Luciana Toral VIII turma Medicina UFGD
FISIOLOGIA ENDOÓ ENDOÓ CRINA CAPÍTULO 74
INTRODUÇÃO: As múltpl múltplas as atvid atvidade adess das célul células, as, dos ecid ecidos os e dos ór!os ór!os do ora"i ora"ismo smo s!o coorde"adas pela i"er#rela$!o de v%rios tpos de sisemas de ora"i&a$!o, i"clui"do: # neural : ocorre li'era$!o de su's("cias )u*micas +NT, )ue auam localme"e para co"rolar a -$ celular. # endócrino: em )ue as l("dulas ou céls especiali&adas, li'eram "o sa"ue circula"e su's("cias )u*micas +/orm )ue i"0ue"ciam a -$ das céls em ouros locais do corpo. # neuroendócrino: em )ue os "eur1"ios secream su's. +"euro#/orm )ue alca"$am o sa"ue circula"e e i"0ue"ciam a -$ das céls em ouros locais do corpo. # parácrino: em )ue as céls secream su's. )ue di-u"dem p2 o l*)uido e3racelular, a-ea"do céls ad4ace"es. # autócrino: em )ue uma cél secrea su's )ue a-eam a -$ da msm cél aravés de sua lia$!o a recepores "a super5cie celular. 6os dos sisemas sisemas de me"sae me"saeiros iros )u*micos )u*micos do ora"ism ora"ismo o i"era i"eraem em e"re si p2 ma"er a /omeosasia. Os /orm e"dócri"os s!o ra"sporados pelo siema circulaório circulaório p2 as céls disru*das por d o corpo, i"clui"do em alu"s casos, o 7N, o"de se liam a recepores e i"iciam, v%rias rea$8es. 9orm e"dócri"os podem a-ear a maioria das céls +e3. /orm de crescime"o, tro3i"a ou ape"as ecidos espec*cos, os ecidos#alvos, viso )ue eses ecidos em recepores recepores p2 o /orm +e3. /orm ade"ocortcorópico +A;T9, /orm ovaria"os. Os múltp múltplos los sise sisemas mas /ormo" /ormo"ais ais do ora ora"is "ismo mo desemp desempe"/ e"/am am papel# papel#c/a c/ave ve "a reula$!o de )uase odas as -$s -$s:: # mea'olismo< mea'olismo< # e)uil*'rio /idro#elérico< # crescime"o e dese"volvime"o< # reprodu$!o e # comporame"o.
=7TRUTURA >U?6I;A = 7?NT=7= DO7 9OR6@NIO7 classes erais de /orm: B"s e polipepCdeos: i"clui"do os /orm secreados pela /ipóse a"erior e poserior, pelo p("creas +i"suli"a e lucao", pelas l("dulas paratreóides +/orm paratreóideo e mo ouros.
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=seróides +/orm derivados do coleserol: secreados pelo córe3 adre"al +cortsol e aldosero"a, pelos ov%rios +esróe"os e proesero"a, pelos esCculos +esosero"a e pela place"a +esróe"os e proesero"a. Derivados do AA trosi"a: secreados pela treóide +tro3i"a e riiodotro"i"a e pela medula adre"al +epi"e-ri"a e "oraepi"e-ri"a. N!o /% /orm composos por polissacar*deos ou %c. "ucléicos.
Os horm polip e protéicos são armazenados em vesículas seretórias até que se tornem necessários.
A maioria dos /orm "o ora"ismo s!o polipepCdeos e p"s. =ses /orm variam de ama"/o. =m eral, os polip com EE ou mais AA s!o de"omi"ados p"s, e")o os com me"os de EE aa s!o co"siderados pepCdeos. Os /orm polip e proéicos s!o si"et&ados: # R=R das di-ere"es céls e"dócri"as, em eral, i"icialme"e "a -orma de p"s maiores, 'ioloicame"e i"atvas +pré#pró#/orm, se"do clivadas p2 -ormar pró#/orm me"ores "o R=. # =sses pró#/orm s!o ra"s-eridos p2 o ;F e arma&e"ados em ves*culas secreoras. As e"&imas prese"es "essas ves*culas clivam o pro#/orm em /orm me"ores e 'ioloicame"e atvos e -rame"os i"atvos. # As ves*culas s!o arma&e"adas "o cioplasma, e mas es!o liadas G mem' celular, aé )ue a sua secre$!o se or"e "ecess%ria. Ocorre secre$!o dos /orm e -rame"os i"atvos )do as ves*culas secreoras se -u"dem G mem' celular e o co"eúdo ra"ular é e3pelido "o l*)uido i"erstcial ou direame"e "a corre"e sa"H*"ea por e3ociose. =sCmulo para a e3ociose: # da ;aJ "o ciosol causado pela despolari&a$!o da mem'. # estmula$!o de recepor "a super5cie das céls e"dócri"a provoca do cA6B e atva$!o su'se)He"e de proe*"o#ci"ases, )ue i"iciam a secre$!o do /orm. Os /orm pepiCdicos s!o /idrossolúveis, o )ue permie sua -%cil e"rada "o siema circulaório e o seu ra"spore aé os ecidos#alvo. Os horm esteróides são, habitualmente, sintezados a parr do colesterol e não são armazenados.
;omo os /orm eseróides s!o mo lipossolúveis, uma ve& si"et&ados, eles simplesme"e di-u"dem#se aravés da mem' celular e pe"eram "o l*)uido i"erstcial e, a seuir, "o sa"ue circula"e. Os horm amínicos são derivados da rosina.
K rupos de /orm derivados da trosi"a: + /orm treóideos: si"et&ados e arma&e"ados "a l treóide e i"corporados com macromoléculas da p" reoglobulina +arma&e"ada "os rdes -ol*culos "o i"erior da l treóide. A secre$!o ocorre )do as ami"as s!o clivadas da treolo'uli"a, com li'era$!o dos /orm livres "a corre"e sa"H*"ea. Após sua pe"era$!o "o sa"ue circula"e, a maior pare do /orm treóideo com'i"am#se com p"s plasm%tcas )ue li'era, le"ame"e, o /orm para os ecidos#alvo.
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+K /orm da medula adre"al+epi"e-ri"a e "oraepi"e-ri"a: L3 mais epi"e-ri"a )ue "oraepi"e-ri"a. As caecolami"as s!o capadas em ves*culas pré#-ormadas e arma&e"adas aé sua e3cre$!o por e3ociose. Uma ve& "a circula$!o, podem ocorrer livres "o plasma ou em co"4ua$!o com ouras su'ss. 7=;R=ÇÃO, TRAN7BORT= = D=BURAÇÃO DO7 9OR6 DO 7ANFU= Alu"s /orm podem ser secreados de"ro de poucos seu"do após estmula$!o da l, pode"do e3ercer sua a$!o de"ro de poucos seu"dos a mi"uos +epi"e-ri"a e "oraepi"e-ri"a. Ouros /orm podem "ecessiar de v%rios meses para e3ercer seu e-eio oal +/orm de cresc, tro3i"a. A /ormJ "ecess%rias para co"rolar a maioria das -$s mea'ólicas e e"dócri"as s!o i"crivelme"e pe)ue"as. As i"e"sidades da secre$!o de v%rios /orm s!o e3remame"e pe)ue"as. ;o"role da 7ecre$!o 9ormo"al Feedback impede a hiperavidade dos sistemas hormonais. A vari%vel co"rolada,
-re)He"eme"e, "!o é a secre$!o do próprio /orm, mas o rau de atvidade do ecido# alvo. Ape"as )do a atvidade do ecido#alvo aume"a aé um "*vel apropriado é )ue os si"ais de -eed'acM p2 a l e"dócri"a cam sucie"eme"e poe"es p2 dimi"uir a secre$!o adicio"al do /orm. Feedback !: ocorre )do a a$!o 'iolóica do /orm deermi"a a secre$!o adicio"al do
próprio /orm. +e3. suro de 9. "itmo circadiano #ibera$ão pulsál
Tra"spore dos /orm "o sa"ue Os horm hidrossolúveis +pepCdeos e caecolami"as s!o dissolvidos "o plasma e ra"sporados de seus locais de s*"ese aé os ecidos#alvo, o"de se di-u"dem dos capilares para o l*)uido i"erstcial, e por m, p2 as céls#alvo. Os horm esteróides e reoideanos circulam "o sa"ue, pri"cipalme"e, liados Gs p"s plasm%tcas. ="rea"o, os /orm liados as p"s "!o podem er acesso Gs céls#alvo, se"do, pora"o, 'ioloicame"e i"atvos aé )ue ocorra sua dissocia$!o das p"s plasm%tcas. 9orm liados G p"s servem como reservaótos, resaura"do a J de /orm livres )do esses se liam a recepores#alvo ou s!o perdidos "a circuala$!o. A li dos /orm G p"s rearda ace"uadame"e sua depura$!o "o plasma. Depura$!o dos /orm do sa"ue K -aores i"0ue"ciam a J de um /orm "o sa"ue: + elocidade de secre$!o do /orm "o sa"ue e +K elocidade de sua remo$!o "o sa"ue : D=BURAÇÃO 6=TAPQI;A. A depura$!o dos /orm do plasma ocorre por:
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# desrui$!o mea'ólica pelos ecidos< # lia$!o aos ecidos< # e3cre$!o pelo 5ado "a 'ile e # e3cre$!o pelos ri"s "a uri"a. Os /orm s!o deradados "as céls#alvos por processos e"&im%tcos )ue causam e"dociose do comple3o /orm#recepor da mem'< o /orm é e"!o mea'oli&ado "a cél, e")o os recepores s!o reciclados para a mem' celular. Os /orm pepCdicos e as caecolami"as s!o, em eral, /idrossolúveis e circulam livreme"e "o sa"ue. 7!o, "a maioria, deradados por e"&imas "o sa"ue e "os ecidos e s!o rapidame"e e3creados pelos ri"s e 5ado, perma"ece"do "o sa"ue por ape"as curo per*odo de empo. Os /orm liados Gs p"s s!o depurados com velocidade mo mais le"a e, assim, podem perma"ecer "a circula$!o por v%rias /s, ou, aé mesmo, alu"s dias. 6=;ANI76O D= AÇÃO DO7 9OR6@NIO7 Recepores /ormo"ais e sua atva$!o Recepores /ormo"ais s!o p"s ra"des e mo espec*cos para deermi"ado /orm. A eapa da a$!o de um /orm é sua lia$!o a recepores espec*cos "a cél#alvo. As céls )ue "!o Sm recepores para esses /orm "!o respo"dem. A com'i"a$!o do /orm com seu recepor dese"cadeia, /a'iualme"e, cascaa de r$s "a cél. ocali&a$!o dos di-ere"es tpos de recepores: # "a super5cie da mem' celular, ou so're ela. Tais recepores s!o espec*cos pri"cipalme"e p2 /orm proéicos, pepCdicos e caecolam*"icos. # "o cioplasma celular. Bri"cipal22 recepores p2 /orm eseróides. # "o "úcleo da cél. p2 /orm treóideos e acrediam )ue ese4am locali&ados em associa$!o direa com um ou mais cromossomas. =m eral, o " o de recepores "a cél#alvo "!o perma"ece ce de um dia para o ouro "em msm de mi"uo após mi"uo. As próprias p"s receporas s!o -re)He"e22 i"atvadas, ou desru*das, dura"e o desempe"/o de sua -u"$!o, e ouras ve&es, s!o reatvadas, ou ocorre produ$!o de "ovas p"s pelo meca"ismo de s*"ese proéica da cél. %l&uns horm modi'cam a permeabilidade da membrana. Bratcame"e, ds as su's NT
com'i"am#se com recepores siuados "a mem' pós#si"%ptca. >uase sempre, essa lia$!o produ& alera$!o "a esruura do recepor, a'ri"do, ou -ec/a"do, eralme"e, um ca"al p2 ou mais *o"s. o movo alerado desses *o"s, aravés desses ca"ais, )ue causa os e-eios su'se)He"es so're as céls pós#si"%ptcas. %l&uns horm avam enzimas intracelulares quando se combinam com seus receptores. A lia$!o /orm#recepor pode atvar ou i"atvar e"&imas siuadas imediaame"e "o i"erior da mem' celular. %l&uns horm avam &enes por meio de sua li&a$ão a receptores intracelulares. Bartcular22 os /orm eseróides e tróideos liam#se a recepores e -ormam o comple3o /orm#recepor, )ue )do atvado se lia ou atva por$8es espec*cas dos lame"os de DNA do "úcleo da cél, )ue por sua ve&, i"icia a ra"scri$!o de e"es espec*cos p2 a -orma$!o de RNAm. Após a e"rada
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do /orm "a cél, aparecem p"s recém#-ormadas, )ue passam a co"rolar -$s "ovas, ou aume"adas, da cél. 6eca"ismos dos 7eu"dos 6e"saeiros Um dos meca"ismos pelos )uais os /orm e3ercem a$8es i"racelulares co"sise em estmular a -orma$!o do seu"do me"saeiro cA6B "a -ace i"er"a da mem'. Bor sua ve&, o cA6B causa os e-eios i"racelulares do /orm. Assim, o ú"ico e-eio direo do /orm so're a cél é atvar um só tpo de recepor de mem'. O seu"do me"saeiro -a& o reso. K ouros seu"dos me"saeiros s!o impora"es: + Os *o"s de ;a e a calmoduli"a +K Os produos de derada$!o dos -os-olip*deos da mem'. # o sisema de seu"do me"saeiro da Ade"ilil#;iclase +cA6B A lia$!o do /orm ao recepor permie o acoplame"o do recepor a uma p" F. 7e a p" F estmular o sisema da ade"ilil#ciclase# cA6B, ela é de"omi"ada p" F s +BT" F estmuladora. A estmula$!o da ade"ilil#ciclase, uma e"&ima liada a mem', pela p" F s caalisa, e"!o a co"vers!o de pe)ue"a )tdade de ATB do cioplasma em cA6B "o i"erior da cél. Isso, e"!o, atva a proteíno-cinase dependente do cAMP , )ue -os-orila p"s i"racelulares espec*cas, dese"cadea"do r$s 'io)u*micas )ue, por m, produ&em a resposa celular ao /orm. Uma ve& -ormado "o i"erior da cél, o cA6B atva usualme"e uma cascaa de e"&imas. A impor("cia desse meca"ismo é )ue ape"as alumas moléculas de ade"ilil#ciclase atvada imediaame"e "o i"erior da mem' celular s!o capa&es de causar a atva$!o de "úmero mo maior de moléculas da pró3ima e"&ima, o )ue pode atvar "úmero ai"da maior de moléculas da erceira e"&ima, e assim por dia"e. Dessa ma"eira, aé mesmo a me"os )tdade de /orm aua"do so're a super5cie celular pode i"iciar uma poderosa -or$a atvadora em cascara em d a cél. # o sisema seu"do me"saeiro dos -os-olip*dios da mem' celular Alu"s /orm atvam recepores ra"smem'ra"a, )ue i"atvam a e"&ima fosfolipase C. =ssa e"&ima caalisa a derada$!o de alu"s -os-olip*dios da mem'ra"a, partcularme"e o di-os-ao de -os-atdili"osiol +BIB K, em K produos di-ere"es )ue auam como seu"dos me"saeiros: ri-os-ao de i"osiol +IB e o diacillicerol +DAF. O IB mo'ili&a *o"s ;a das mioc1"drias e do R=, e, a seuir, esses *o"s ;a e3ercem seus próprios e-eios como seu"do me"saeiro, ais como a co"ra$!o do músculo liso e alera$8es da secre$!o celular. O DAF, atva e"&ima proe*"o#ci"ase ; +B;, )ue, a seuir, -os-orila v%rias p"s, resula"do "a resposa da cél. Além desses e-eios, a por$!o lip*dica do DAF é o %c. ara)uid1"ico, )ue é o precursor das prosala"di"as e de ouros /orm locais )ue causam múltplos e-eios "os ecidos de d o corpo. # o sisema de seu"do me"saeiro do ;a#calmoduli"a =se sisema opera em resposa G e"rada de ;a "o i"erior das céls. A e"rada de ;a pode ser i"iciada por alera$8es do poe"cial da mem'ra"a )ue a're os ca"ais de ;a da mem'ra"a ou por /orm )ue i"eraem com recepores da mem'ra"a )ue a'rem ca"ais de ;a. Ao e"rarem "a cél, os *o"s ;a liam#se G p" calmodulina, )ue muda sua co"-orma$!o e i"icia múltplos e-eios "o i"erior da cél. Os horm esteróides aumentam a sínteses de ptns
Ouro meio pelo )ual os /orm auam co"sise em i"du&ir a s*"ese de p"s "as céls#alvo. A seuir, essas p"s -u"cio"am como e"&imas, como p"s de ra"spore ou como p"s esruurais )ue, por sua ve&, desempe"/am ouras -$ "as céls. A se)uS"cia de e"e"os "a -$ dos /orm eseróides é:
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# o /orm pe"era "o cioplasma da cél, o"d se lia G p" recepora espec*ca. # a com'i"a$!o proéica recepora#/orm di-u"de#se, ou é ra"sporada, para o i"erior do "úcleo. # a com'i"a$!o lia#se em pos espec*cos "os lame"os de DNA "os cromossomas, o )ue atva o processo de ra"scri$!o de e"es espec*cos para -ormar RNAm. #o RNAm di-u"de#se p2 o cioplasma, o"de promove o processo de radu$!o "os ri'ossomos, com a -orma$!o de "ovas p"s. Os horm reóideos aumentam a transcri$ão de &enes no n(cleo celular
B2 e3ercer esse e-eio, am'os os /orm liam#se direame"e a p"s receporas "o próprio "úcleo, Duas caracer*stcas impora"es da -$ dos /orm treóideos "o "úcleo s!o: # atvam os meca"ismos e"étcos p2 a -orma$!o de mos tpos de p"s i"racelulares. 6as delas s!o e"&imas )ue promovem o aume"o da atvidade mea'ólica i"racelular em pratcame"e odas as céls do corpo. # Uma ve& liados aos recepores i"ra"ucleares, os /orm treóideos podem co"t"uar a e3pressar suas -$s de co"role dura"e v%rios dias, ou, aé mesmo, sema"as.