MONOGRAFÍAS
LIBROS BASE La vida cotidiana
Pueblos, credos y culturas
Desarrollo tecnológico
Los inicios de la civilización
L a v i d a e n e l P a l e o l í t icic o Los prime ros agricultores y las prim eras ciudades Los celtas L o s p u e b l os os d e l a E s p a ñ a p r e r r o m a n a
L a s P i rá rá m i d e s El Partenón L o s c e l tata s
L a vida en el Paleolítico Los prim eros agricultores y las primeras ciudades Las Pirámides El Partenón
Los romanos y su imperio
La agricultura en la E dad del Hierro Pompeya J u l io io C é s a r
E l e j é r c itit o r o m a n o Julio César
L a a g r i c u l tu tu r a e n l a E d a d d e l H i e r r o L o s in in g e n i e r o s r o m a n o s E l e j é r c i to to r o m a n o
Bárbaros, cristianos y musulmanes
C a b a l l e r o s m e d i e v a lel e s La vida en un pueblo m edieval L a E s p a ñ a m u s u lm lm a n a La vida en un mo nasterio medieval E l r e in in o N a z a r í d e G r a n a d a L o s c a n t e r o s m e d i e v a lele s
C a b a l l e r o s m e d i e v a lele s L a v i d a e n u n m o n a s t e rir i o m e d i e v a l La vida en un pueblo medieval L a c o n s t r u c c i ó n d e l a s c a tete d r a l e s m e d i e v a l e s L a E s p a ñ a m u s u lm lm a n a E l r e in in o N a z a r í d e G r a n a d a L o s o r í g e n e s d e l a R e c o n q u i s t a y elel r e i n o a s t u r i a n o El Cam ino de Santiago
Los b arcos vikingos L a v i d a e n u n p u e b l o m e d iei e v a l La con strucción de las catedrales medievales E l r e in in o N a z a r í d e G r a n a d a L o s c a n t e r o s m e d i e v a lele s Los castillos medievales
Europa descubre el mundo
L a a n t i g u a C h i n a y L a G r a n M u r a l lala
Buda L a a n t i g u a C h i n a y l a G r a n M u r a l lala Hernán Cortés, conquistador de México Toledo y las tres culturas
L a p r i m e r a v u e ltl t a a l m u n d o L a a n t i g u a C h i n a y l a G r a n M u r a l lala H e r n á n C o r tét é s , c o n q u i s tata d o r d e M é x icic o
Renacimiento y Reforma
Carlos Y L a I n q u i s i c ióió n e s p a ñ o l a E l o c io io e n l a E s p a ñ a d e l S i g l o d e O r o
M a r t ín ín L u t e r o L o s s o l d a d o s e u r o p e o s e n t r e 1 5 5 0 y 1 6 50 50 L a I n q u i s i c ióió n e s p a ñ o l a Carlos Y La leyenda negra
Los soldados europeo s entre 1550 y 1650
Monarquías y revoluciones
Un viaje por Espa ña en 1679 La gu erra de Sucesión española E l M a d r i d d e l a I l u s t ra ra c i ó n
U n v i a jeje p o r E s p a ñ a e n 1 6 7 9 Lá guerra de la independencia norteamericana E l M a d r i d d e l a I l u s t rara c i ó n Velázquez S e v i l lala y e l C o m e r c i o d e I n d i a s L o s v a l idid o s
L a g u e r r a d e l a i n d e p e n d e n c iaia n o r tet e a m e r i c a n a E l M a d r i d d e l a I lu lu s t r a c i ó n S e v i l lala y e l C o m e r c i o d e I n d i a s
El poder para el pueblo
E d i m b u r g o y l a r e v o l u c ióió n d e l a m e d i c i n a La c onstrucción en la época victoriana Los sindicatos ingleses
E d i m b u r g o y l a re re v o l u c i ó n d e lala m e d i c i n a Los sindicatos ingleses
E d i m b u r g o y l a r e v o l u c ióió n d e l a m e d i c i n a E l W a r r i o r , e l p r im im e r n a v i o m o d e r n o d e c o m b a t e L a c o n s t r u c c i ó n e n l a é p o c a v i c t o r iai a n a La gue rra de la Independ encia española
Europa en el mundo
D e p o r t a d o s a l a T i e r r a d e V a n D i em em e n L o s m a o r ieie s El desastre colonial
L a r e b e l ió ió n d e l a I n d i a e n 1 8 5 7 Deportados a la Tierra de V an Diemen J a p ó n M e i jiji L o s m a o r ieie s E l d e s a s t r e c o l o n iaia l Goya
El automóvil La II Rep ública y la Gu erra Civil española L u c h a s y re re v o l u c i o n e s o b r e r a s e n l a E s p a ñ a contemporánea E l F r a n q u isi s m o La transición española
U n a u s t r a l iaia n o e n l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l Gandhi L a s r e v o l u c ioio n e s r u s a s H i t l e r y lolo s a l e m a n e s M ao Zedong y China Israel y los árabes L u c h a s y r e v o lulu c i o n e s o b r e r a s e n l a E s p a ñ a contemporánea La II R epública y la Gu erra Civil española
La Edad Media
l ’ n a u s t ra r a l iai a n o e n l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l El automóvil
Los libros base y las monografías de esta colección se refieren ref ieren a distintos contenidos del curriculo de Ciencias Sociales de^iducación de^iducac ión Secundaria, haciendo posible la investigación en el aula y la atención a la diversidad del alumnado. El conjunto de la colección se divide en:
' · Libros Libro s base: diez títulos, en color, cada uno abarcando un período de la Historia. • Monografías: contienen diversos estudios sobre distintos aspectos de la vida social, cultural, tecnológica, etc,,
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LOS CASTILLOS MEDIEVALES Conrad Cairns M , jS»·.·
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Director de colección: colección: Trevor Cairns Traducción: M on tse rr at Tia na Fe rre r Amp liación española (capítulo 8): Je sú s E spi no Ñu ño Mapas: Re g Pi gg ot Dibujos: Sharon Pallent Maqueta: RA G ©Cambridge University Press, 1987. 1992 © Ediciones Akal, S. A., 1999, para todos los países de habla hispana Sector Foresta, Foresta, 1 28760 Tres Cantos Madrid - España Tel.: 91 806 19 96 Fax: 91 804 40 28 ISBN: 84-460-0888-2 Depósito legal: M. 4.510-1999 Impreso en MaterPrint, S. L. Colmenar Viejo (Madrid) Reservados todos los derechos. De acu erdo a lo dispuesto en el artículo 270 del Código P enal, po dr án ser ca sti ga do s co n pe na s de m ul ta y pri va ci ón de lib er ta d qu ien es rep ro du zc an o pl a gien, en todo o en parte, una obra literaria, artística o científica fijada en cualquier tipo de soporte sin la precep tiva autorización.
Nú me ro aprox ap rox im ado ad o de cas til los co nst rui dos do s en var ios paí ses du ran te la Ed ad Media: Inglaterra: Gales: Escocia: Irlanda: Francia: Alemania: Italia: España:
entre 1.500 y 1.800 entre 460 y 540 entre 1.700 y 2.000 entre 3.500 y 4.000 13.000 14.000 (muchos de ellos pequeños) 25.000 (muchos han desaparecido por completo) entre 4.000 y 5.000
Portada; Castillo de Rhuddlan, construido entre 1277 y 1282.
Formaba parte de los planes de Eduardo I para la conquista y defensa del norte de Gales (página 34). Es un castillo concéntrico. El centro lo forma un recinto interior cuadrado con las esquinas defendidas p or dos torres redondas y dos entradas fortificadas fortificadas.. El anillo anillo exterior de defensa es menos com pacto y simétrico, simétrico, porqu e abarca la orilla orilla del río Clwyd y cu bre el diqu e situado a la derecha. La ilustración ilustración muestra el aspecto q ue probablemen te tendría el castillo recién construido. Portadilla; Castillo Castillo de Caerlaverock, Caerlaverock, dom inand o una de las rutas rutas
entre el este y el oeste de Escocia. C onstruido unos diez años después de Rhuddlan. Carece de un anillo exterior de defensa (aunque posee un buen foso), pero, por lo demás, coincide con el anterior en sus ideas defensivas: un recinto compacto y
Ag rad ra d ecim ec im ien to s Portada, p. p. 35 Cadw Welsh Historie Monuments; p. 1 Colin Platt The Castle in Medieval England and Wales, Seeker and Warburg 1982, pp. 8 Castles o f the the British British Isles, 1912), 19 der. (E. S. Armitage Early Norman Castles Mil itaiy iy Architecture, Arch itecture, 1879), 40 izq. sup. (T. H. Turner y (Viollet-le-Duc Milita J. H. Parker Dom estic Architecture in England, 1877), 46 izq. (John Muller Treatise of Fortifications, 1746) The Syndics of Cambridge University Library; p. 9 izq. sup. Peter Harbison Guide to the National Monuments in the Republic of Ireland, Gill and Macmillan 1975, dibujo de Brian O’Halloran; pp. 9 der., 32 sup. Crown Copyright, Historic Buildings and Monuments (Escocia; pp. 9 izq. ab., 32 ab. Roger-Viollet, pp. 10, 11, 22 ab., 26 ab., 36, 41 izq., 44 Country Life; p. 17 sup. l’Institut Français d’Archéologie du Proche Orient; p. 17 ab. Helga Schmidt-Glassner; pp. 18 der., 26 sup., 27, 38 sup., 39, 46 der. Historic Buildings and Monuments Commission for England; p. 19 izq. izq. © Vu du Ciel por Alain Perceval Perce val ®; p. 22 sup. Cambridge University Collection, Crown Copyright Reserved; p. 24 © Arch. Phot. Paris/S.P.A.D.E.M.; Paris/S.P.A.D.E.M.; p. 29 The Mansell Collection; pp. 30, 33, 33, 40 der., 47 izq., 48 Aerofilms; pp. 37 sup. (MS Add 42130 f 207), 38 ab. (MS Ar. Ar. 157 f71v) Bristish Library; p. 37 ab. Master and Fellows of Trinity College Cambridge; p. 41 der. Rijksdienst voor de Monumentenzorg, The Netherlands; p. 42 Nigel Tranter TheFortified House in Scotland, 1962/The Syndics of Cambridge University Library; p. 43 cent. ab. Harold Leask Irish Castles, Dundalgan Press (W. Tempest) Ltd/The Bristish Architectural Library, RIBA London; p. 45 izq. sup. The Board of Trustees of the Royal Armouries; p. 45 izq. ab. The British Architectural Library, RIBA London de David McGibbon y Thomas Ross Castellated and Domestic Dom estic Architecture o f Scotland, 1887; p. 45 der. Trustees of the British Museum. Contraportada, Photographie Giraudon/Musée Condé, Chantilly.
rodeado de altos muros con torres o entradas fortificadas. El dibujo nos muestra la situación actual; el diseño original ha sobrevivido a pesar de su historia repleta de daños y reparaciones. Contraportada: La vida en los castillos se hace más agradable.
Una escena del calendario de un lujoso libro de horas, realizado a principios del siglo xv para el duque de Berry, Berry, un familiar cercano del rey de Francia. Francia. Mes de agosto. En la la camp iña cercana al castillo de Etampes, jóve jó ve ne s no ble s pr ac tic an la cetrería cetr ería.. Dos da ma s caba ca ba lga n a la grupa de trás de los caballeros, caballeros, otra cabalga sola mientras el halconero -un siervo del castillo muy diestro y valoradocamina a pie. En las cercanías del castillo los campesinos recogen el trigo, y en el calor del verano algunos se toman un descanso para bañarse en el arroyo. arroyo.
Indice 1. Los prim eros castil los, p. 4 Bizantinos, árabes e hispanos, p. 4 La caída del Imperio Franco, p. 5 Castillos de madera y tierra, tierra, p. 7
2. Piedra en lug ar de mader a, p. 10 La torre del homenaje cuadrada, p. 10 El shell, p. 11 La cortina, p. 12 3. El castillo sitiado, p. 72
4. Perfecc ion ar las defensas, p. 16 Conquistar terreno, p. 16 La lección de las Cruzadas, p. 16 Torres más sólidas, p. 17 Acos ar a los l os atacan a tacantes, tes, p. 20 Murallas más solidas, p. 22 Defender la puerta, p. 23 Mundi, y sus castillos, p. 29 Federico, Stupor Mundi,
Un castillo puede definirse simplemente como una vivienda particular fortificada, diseñada para protegerse de cualquier ataque armado. La mayoría de las fortificaciones fortificaciones no son castillos: castillos: por ejemplo, no lo son las defensas fronterizas, ni las murallas que rodean las ciuda des, ni los fuertes que albergan a soldados regulares. Por otra parte, hay grandes casas que incluyen la palabra «castillo» en su nombre y que no cuentan con ninguna fortificación; es más, muchas de ellas fueron construidas después de la época de los auténticos castillos. Los castillos castillos de verdad se construyeron en Europa únicamente durante la Edad Media. Los primeros se edificaron en una época en la que la gente vivía bajo la constante amenaza de la violencia. Posterior mente, fueron evolucionando y mejorándose para hacer frente a los nuevos desafíos hasta llegar a una aparente perfección. Sin embargo, las condiciones siguieron cambiando y, finalmente, los castillos deja
5. Diseñar Diseñar castillos perfectos, p. 30 Concentrar el poder, p. 30 La línea de defensa, p. 31 Los castillos de Eduardo I en el norte de Gales, p. 34
6. El castill o com o lugar de residenc ia, p. 36 7. Castillos más pequeños, p. 40 Las casas solariegas fortificadas, p. 40 El castillo de planta cuadrangular y torres en las esquinas p. 41 Las casas-torre, p. 42
8. Los castil los en en España, p. 44 9. El decl ive de los cast ill os, p. 47 La pólvora, p. 47 La paz del rey, p. 48 Casas majestuosas y monumentos antiguos, p. 50
ron de ser efectivos para la guerra o adecuados para la paz. Fue entonces cuando unos se modificaron hasta convertirse en lujosas mansiones, y otros cayeron en ruinas. No obstante, obsta nte, los casti c astillos llos se co nstruye nst ruyeron ron para p ara perdu p erdurar, rar, y mucho mu choss de ellos aún se mantienen firmes en ciudades o en zonas rurales. Es posi ble que q ue en e n más má s de un unaa ocasi o casión ón los l os hayam ha yam os contemp cont emplado lado como com o supervi sup ervi vientes de una era más romántica, en la que en la vida había más aven turas, turas, más heroicidades, y también má s brutalidad. Las personas que los habitaban, sin embargo, probablemente no serían ni más ni menos bru tales o heroicas que los que vivimos hoy día. Para ellos, un castillo era un lugar de trabajo, un lugar sensato y práctico. práctico. Po r eso, para compren der adecuadamente qué era un castillo, castillo, debemos estudiar primero cómo surgieron, cómo se desarrollaron, cuáles fueron sus tipos principales y cómo y por qué se produjo su final.
1. Los primeros castillos Los romanos basaban su arquitectura en edificios majestuosos. En su sistema, regido por la ley y por un estricto gobierno, no había lugar pa ra for talezas priva das del tipo de los castillos; además, el ejército romano sabía que, siempre que hubiera posibilidad, era preferible avanzar contra el enemigo que permanecer tras unas murallas agual dando a que éste atacara. No obstante, los romanos sabían también que las fortificaciones, utilizadas adecuadamente, podían ser de gran ayuda, por lo que edificaron una gran diversidad de ellas por todo el imperio, especialmente en las provincias fronterizas. Pero no existe defensa con tra el enemigo exterior que pueda salvar a una sociedad de su decaden cia interna, y así fue como, en el siglo v, el Imperio Romano Occidental terminó por hundirse. Este imperio se dividió en una multitud de reinos cuyos nuevos gobernantes eran bárbaros procedentes de tribus de las tierras germa nas. Eran personas que siempre habían vivido en asentamientos de madera, en los que su jefe ocupaba una gran sala central parecida a
Fuerte bizantino en Lemsa, Túnez, tal como debió ser hacia el 650. La planta rectangular, simple pero eficaz, se repetiría a menudo
un granero. Como es natural, a esta gente le gustaba más esta forma de vida que el sistema romano y, cuando se hicieron cargo de las pro vincias romanas, prefirieron vivir en el campo en vez de en ciudades. Con la caída del imperio, el comercio había sufrido un grave retroce so, y muchas ciudades habían quedado en ruinas. Esta decaden cia de las ciudades se dio sobre todo en las tierras del norte, donde se asen taron los anglos, los sajones y los francos. Algunas de las ciudades de esa zona mantuvieron sus murallas en buen estado, pero práctica mente ninguno de sus edificios estaba construido con piedra, ni siquiera las fortificaciones.
Bizantinos, árabes e hispanos En las regiones m editerráneas las cosas eran diferentes. Allí se siguió utilizando la técnica de construcción en piedra, y los recién llegados fueron olvidando sus murallas y sus cabañas de madera. A lo largo de la costa este del Mediterráneo, el Imperio Rom ano O riental seguía en pie, fuerte y vig oroso, aunque su idiom a no era el latín, sino el grie go, y su capital no era Roma, sino Constantinopla, o Bizancio, por utilizar su nombre original. Allí las fortificaciones no se abandonaron. El Imperio Bizantino tenía que hacer frente a numerosos enemigos, y sus ingenieros mili tares eran tan hábiles como sus antepasados griegos o romanos. Alrededor de las grandes ciudades levantaron y mantuvieron enormes y complejas defensas, cuyo máximo exponente era la triple muralla de la propia Constantinopla. También edificaron fortalezas relativa mente pequeñas que se utilizaban para defender territorios expuestos o recientemente ocupados. Su estrategia consistía en que, en momen tos de invasión o de rebelión, estas fortalezas pudiesen aguantar hasta que llegasen los refuerzos. No se trataba de castillos, sino de puestos regulares del ejército bizantino. Sin embargo, eran muy similares a algunos de los castillos que se construirían en siglos posteriores, y es posible que mu chos de ello s sirvieran de ins piració n par a la cons trucción de otros. En el siglo vil, los árabes barrieron el Oriente Medio, conquis tando territorios en nombre de su fe, el Islam. Llegaron hasta Constantinopla, pero no pudieron atravesar sus poderosas murallas. Pese a ello, se convirtieron en los nuevos gobernantes de algunas de las provincias más ricas del Imperio Bizantino, y adoptaron rápida mente las técnicas y conocimientos de sus nuevos súbditos. En muy poco tiempo, tam bié n ello s estaban construyendo espléndidos edifi cios. Los musulmanes -nombre que reciben los seguidores del lslamse extendieron hacia el oeste, a lo largo de la costa norteafricana, hasta llegar al estrecho de Gibraltar. En el 711 lo atravesaron y, unos
de Hispania se convirtió en uno de los grandes centros de la civili zación islámica, con su capital en Córdoba. Sin embargo, en el norte había una larga franja de montañas donde los cristianos de Hispania se refugiaron y se negaron a ceder, sin importarles los ataques ni los castigos de los musulmanes. Al principio no parecían un grupo dem a siado peligroso pero, poco a poco, se fueron haciendo cada vez más fuertes y empezaron a avanzar hacia el sur, tratando de ganar terreno a los moros (nombre que daban ellos a los musulmanes). Así dio comienzo una lucha que duró desde el siglo ix hasta finales de la Edad Media, en el año 1492, cuando el último rey moro entregó Granada a los cristianos. A lo largo de estos siglos, a través de las grandes llanuras de la His pan ia central la po blación rara vez podía olvidar la am enaza de la guerra e, incluso en los momentos de tregua, las zonas cercanas a la frontera corrían peligro de sufrir ataques. Era preciso contar con fortalezas pa ra proteger las tie rras y pa ra que sirvie ran com o base des de la que atacar al enemigo. Las ciudades amuralladas cumplían perfectamen te su función, pero no bastaban para cubrir la larga frontera. Por ello, los moros empezaron a construir fortalezas de piedra más pequeñas, parecidas a los fue rtes biz antin os del norte de África, que los cristia nos no tardaron en copiar. Los reyes co ncedieron privilegios especia les a los habitantes de las ciudades amuralladas como recomp ensa por defender la región, y también permitieron a los señores de la guerra
Castillo musulmán de Baños de la Encina, Jaén, tal como era hacia el 960. Un alto muro, protegido por numerosas torres, rodea la cima de la colina.
mantene r como propias las fortalezas más pequeñas, con la condición de que tanto ellos como sus hombres protegieran la tierra y lucharan po r su rey cuando éste se lo pid iera. Estas fortalezas no eran puestos de un ejército regular, por lo que podemos considerarlas como los primero s castillos de Europa. Llegó a habe r tantos , entre mo ros y cristianos, que la región central de Hispania pasó a ser conocida como Castilla, la tierra de los castillos.
La caída del Imperio Franco Los castillos hispanos resultaban muy eficaces, pero no fueron copiados en otras regiones: en el norte de Europa, este tipo de edifi caciones siguió una evolución muy diferente. Esto puede deberse a que los pueblos de esa zona no tenían demasiado contacto con Hispania, aunque es más probable que la causa resida en las diferen tes condiciones climáticas. Com o ya hemo s dicho, en las regiones del norte el material más utilizado para la construcción era la madera. La pie dra, apa rte de para rep ara r algu nas de las vie jas mu rallas romanas, sólo se utilizaba para construir iglesias y, rara vez, palacios. Los ho m bres ricos aún po día n contratar can teros e inclu so arquitectos (si era necesario, podían hacerlos venir de Italia), pero los edificios de pie dra eran caros, lentos de co nstruir y muy fríos. También eran diferentes las tácticas bélicas. Los guerreros del norte luchaban constantemente, pero casi siempre contra pueblos similares al suyo, y todos ellos compartían como tradición el que los soldados v alerosos salían a librar las batallas a cielo abierto. Por eso, salvo las murallas que habían sobrevivido desde los tiempos roma nos, ninguna de sus fortificaciones era demasiado elaborada. Los burh anglosajones, por ejemplo, se iniciaban probablemente com o un asentamiento hecho de madera y protegido por un terraplén y una empalizada, y situado, a ser posible, en un lugar dotado con acciden tes naturales propicios, como una colina o entre dos ríos. El más grande de los guerreros del norte era Carlos, Rey de los Francos (conocido también como Carlomagno). Tras declararse a sí mismo rey de la mayor parte de la Europa noroccidental y central, intentó, en el año 800, fundar algo que reemplazara al antiguo Imperio Romano. Fue lo que se conoció como el Sacro Imperio Romano. Sin embargo, trató de llevar a cabo esta empresa sin contar con el sistema de gobierno, perfectamente organizado, de los roma nos: su imperio carecía de las leyes y tribunales, los magistrados y funcionarios cualificados, la red de comunicaciones y, sobre todo, el ejército regular del antiguo imperio. En lugar de eso, el rey dependía de la lealtad de sus nobles, jefes guerreros como él, para que gober naran y protegieran sus respectivos distritos en su nombre. Sólo un rey muy poderoso podía imponer su voluntad sobre hombres como aquéllos, especialmente en un territorio tan extenso, y los sucesores
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no tomaban las ciudades que encontraban a su paso, o al menos deja ban tras de ellos fuerza s suficien tes para bloquearlas, las guarniciones les seguían, les hostigaban y trataban de retrasar su marcha; esto resul taba especialmente peligroso para los magiares cuando se retiraban de nuevo a sus territorios, probablemente cansados y desorganizados, car gados con el botín y perseguidos por el vengativo ejército de Enrique. Así fue como las fortificaciones demostraron su valor en el norte de Europa, aunque éstas aún no pueden ser consideradas castillos. Parece ser que las fortalezas privadas surgieron porque, en aque llas peligrosas décadas, ningún señor tenía demasiadas probabilida des de sobrevivir a menos q ue su casa pudiera resistir un ataque, peli gro que no procedía únicamente de los vikingos o los magiares, sino también de los vecinos codiciosos. Cu ando el rey era demasiado débil para ma nte ne r la ley, los señ ores no ten ían má s op ció n que fo rtificar sus propias viviendas y contratar buenos guerreros, de los cuales los jinetes con armadura era n los má s eficaces. As í, en Franc ia y Germania empezaron a aparecer castillos al mismo tiempo que se implantaba el sistema feudal, y por los mismos motivos; en Inglaterra, según parece, los nobles, aunque ya poseían casas más
de Carlomagno no fueron capaces de hacerlo. Poco después de su muerte, su imperio se dividió en tres partes pero, aun así, los gober nantes de estos tres nuevos reinos se encontraron muchas veces con dificultades para proporcionar a sus súbditos paz y orden. Mientras el imperio de Carlomagno se desmoronaba, sus pueblos sufrían, cada vez con más frecuencia, los devastadores ataques de dos razas de crueles invasores: los vikingos, con sus barcos, y los magia res, a caballo. Aparecían de repente, saqueaban, quemaban y mata ban , y volvían a desaparecer antes de que se pudiera reun ir un ejér cito lo bastante grande com o para h acerles frente. Las fu erzas locales y las aldeas rodeadas de empalizadas no tenían nada que hacer con tra ellos. Una posible solución eran las fortificaciones. Un rey podía esta blecer ciu dades bie n fortificadas en puntos clave y p on er a su cargo a hombres de confianza. En Inglaterra, por ejemplo, Alfredo el Grande, hacia el año 880, tras rechazar una invasión vikinga contra Wessex, cubrió el reino con un sistema de burhs y, a principios del siglo siguiente, Enrique el Pajarero, rey de Germania, creó un sistema simi lar de fortalezas para hacer frente a los magiares. Estos sanguinarios atacantes buscaban un saqueo rápido, no les interesaban los sitios prolo ng ados, para los que no ten ían ni equipo ni experiencia. Su pr o blem a consistía en que, ahora, no sólo los mejores botines se enco ntra
Aldea sajona en L idford, Devon, hacia el 860. Prote gida p o r abrupto s valles en dos de sus lados, los terraplenes empalizados tenían
grandes y más fuertes, aún no tenían deseos (o quizá oportunidad) de construir castillos. Para un rey, los castillos podían ser un obstáculo o una ayuda: era mucho más difícil dominar a los señores rebeldes si podían defender se desde un castillo, pero estas mismas edificaciones, en manos de señores leales, podían reforzar el reino. Muchos reyes trataban de insistir en que no podía fortificarse una casa sin licencia real, y los más poderosos llegaron incluso a destruir los castillos construidos sin permi so (castillos adulterino s, como los llam aba n). Además, los reyes trataban de reservar para su propio uso, como propiedad suya, los castillos más grandes y los que se encontraban en mejor situación. Estos grandes edificios no sólo resultaban útiles para defender un reino bien asentado, sino también para mantener los territorios recién conquistados. Y así fue como los castillos llegaron a Inglaterra. En el año 1066, los normandos llevaron en su flota invasora piezas de madera prefabricadas para levantar un castillo con el que protege r su lugar de desembarco y, tras su victoria, plantaron castillos por todo el país para aplac ar las rev ueltas y protege rse de nuevos invasores. Los escoceses conocieron los castillos por los normandos, a los que su rey
Castillo norm ando de Brinklow, Warwic kshire, hacia 1130. La sala de recepción proba blemente estaba situada en el patio interior, y los graneros, establos y cobertizos en el exterior.
invitó como amigos, y los galeses luchando contra los señores nor mandos que ocuparon la región de las Marcas. Por último, tras inva dir Irlanda, en el 1169, los normandos se apresuraron a construir cas tillos en todas las regiones que ocuparon.
Castillos de madera y tierra La gran mayoría de los primeros castillos normandos en Britania no tenían nada que ver con nuestra idea habitual de un castillo. En lugar de murallas de piedra con almenas y pesadas torres, lo que había eran construcciones de tierra, recintos protegidos por terraplenes que, en muchos casos, tenían un montículo cónico al lado y estaban protegi dos por murallas de madera, o empalizadas, reforzadas por soportes de madera, o revestimientos, y en cuyo interior se situaban los edifi cios, también de madera. Hoy día sólo se conservan los montículos y los terraplenes, erosionados por el tiempo y cubiertos de vegetación. Hasta principios de este siglo, los historiadores creían que este tipo de montículos debían ser más antiguos, quizá de la época de los anglo sajones o los vikingos, porque no se parecían en nada a los enormes recintos y catedrales de piedra típicos de los arquitectos normandos. No obstante, estas defensas, aparentem ente primitiva s, cumplían todos los requisitos de un castillo. En su interior albergaban todos los edificios necesarios para que una comunidad completa y autónoma viviera su vida diaria sin correr peligro: había alojamientos para los vigilantes, los artesanos, los mozos de cuadra, los cocineros, los sir vientes de todo tipo y sus familias; también había almacenes para ali mento y herramientas, establos y cuadras para los animales más valiosos (especialmente los preciados caballos de batalla), talleres y cocinas, aposentos para el señor, su familia y sus huéspedes, y una capilla; sobresaliendo por encima de toda esta piña de edificios se alzaba la sala de recepción. Para los barones medievales, al igual que para los jefes bárbaros que los habían pre cedid o, esta sala e ra el cen tro y el símbolo de su poder. Allí se decidían todos los asuntos importantes del castillo y del distrito (allí se encontraba el tribunal local, por ejemplo), y allí era donde la gente del castillo se reunía para comer. Du ran te las com ida s, el señ or y sus huéspedes se senta ban en la tarim a, una plataforma baja situada en un extre mo de la sala y desde la que podían ver y ser vistos, mientras que los demás se sentaban en largas mesas de caballete que se podían retirar fácil mente cuando la comida terminaba y había que dedicar la sala a otros usos. Estos edificios se agrupaban dentro del recinto fortificado, que estaba rodeado por el terraplén y la empa lizada. Estas defensas era n lo que convertían la hacienda en un castillo. En muchos casos, el recinto entero estaba situado sobre una elevación del terreno y rodeado por un foso que se cruzaba mediante un puente levadizo.
Plantas del libro Early Norman Castles of the British Isles (1912), en el que E. Armitage demuestra que todas estas obras de tierra eran normandas. Comunes en muchas zonas, varían en tamaño y disposición, pero los diseños sencillos son los más habituales. Investigadores recientes han descubierto numerosos «anillos», con zanjas pero sin
Este tipo de castillos parecía simplemente una versión reforzada de un tipo anterior de asentamiento, y es lo que hoy día se conoce como fo rtaleza s en anillo . Cuando un castillo tenía una mota, como sucedía en muchos casos, la diferencia resultaba evidente. La mota era un montículo cónico situado junto al recinto fortificado (y en oca siones dentro de él) que servía como fortaleza o refugio. General mente, en la parte superior no había demasiado espacio, sólo lo sufi ciente para levantar una empalizada en el borde y edificar una torre de madera en el centro; esto era suficiente para que, si un enemigo ocupaba el recinto, el señor y unos cuantos más se refugiaran allí hasta recibir refuerzos o hasta que llegaban a un acuerdo con el ene migo o trataban de escapar de noche. Los castillos formados p or un recinto fortificado y una mota eran baratos y eficaces. Su co ns tru cción era rápida y f ácil, pu es ni la tala de la madera ni la excavación de los terraplenes requerían más conocimientos de los que pudiera tener cualquier campesino o sol dado. Los altos terraplenes podían resultar muy difíciles de atrave sar, e incluso los ejércitos reales tenían dificultades para someter este tipo de castillos. De hecho, las empalizadas siempre han sido una defensa muy efectiva, que en nuestro siglo aún se utilizó en la década de los sesenta en Vietnam. No obstan te, los defectos de este tipo de fortificació n eran serios. Al estar constantemente en contacto con el suelo, la madera absorbe el agua y tiende a pudrirse, por lo que las empalizadas tenían que sei revisadas continuamente. Además, su tamaño tenía un límite, pues eia muy difícil levantar murallas que, además de fuertes, fuesen altas. En ocasiones, la torre de la mota era demasiado pequeña para albergar a toda su guarnición, y había veces que las murallas exteriores eian lo suficientemente bajas como para que un enemigo numeroso y decidi do trepara por ellas. Por encima de todo esto, se alzaba el defecto más importante de todos: la leña arde. El Tapiz de Bayeux muestra a los normandos que obligan a un castillo a rendirse prendiéndole fuego. En muchas zonas de Europa, los castillos de madera nunca llega ron a ser populares. Como ya hemos visto, en el sur, donde la técni ca de la construcción en piedra no había llegado a perderse, no tuvie ron necesidad de recurrir a la madera; además, allí la buena madera para construcción no era tan abundante como en las regio nes del norte y, durante los veranos calurosos, el riesgo de que ardiera resul taba aún mayor. Respecto al norte del continente, los propios germa nos, pese a que inicialmente construían en madera, prefirieron situar sus castillos en las cimas rocosas, don de podían encontrar piedra con la que construir y donde habría resultado ridículo abrir huecos en la roca sólo para clavar en ellos los troncos de la empalizada. Lo cierto es que, según parece, los castillos de madera y tierra se consideraron siempre una fortaleza barata y temporal e, incluso en los lugares donde eran frecuentes, como Gran Bretaña y el norte de
Algunas de las fo rtif ic acio nes de piedra más ant ig uas de Europa occidental Izquierda: El famoso monasterio de Kells hacia el 1100. Ante el temor a
los vikingos y otros invasores, los mojes irlandeses empezaron a construir después del año 800 altas y estrechas torres al lado de un grupo de cobertizos en forma de panal. Allí se encontraban a salvo, pero no podían luchar ni permanecer mucho tiempo; aguardaban a que los invasores saquearan los cobertizos y se fueran. Inferior izquierda: Cerca del Rhin, los constructores de castillos alemanes encontraron peñas que eran fortalezas naturales en las que construir cómodas viviendas. Era habitual que se construyera en la cima una torre de refugio o Bergfried (literalmente, «montaña de paz»), mucho mejor diseñadas para la defensa que las torres irlandesas. Esta vista de St. Ulrichburg, Alsacia, mues tra lo fuerte de la posició n y la torre, junt o con el e dificio p alac iego inferior, añadido en el siglo x i i . Inferior derecha: En Escocia occidental, la piedra también constituía un elemento natural para la construcción. El castillo de Sween, en Argyll, es simplemente un muro fuerte, sin torres pero originalmente con almenas; las viviendas se construyeron en el lado interior del muro. Data de hacia 1100; se construyeron muchos castillos similares en lugares rocosos a lo largo de toda la costa oeste, mientras los castillos de tierra de estilo normando se extendían por otras partes de Escocia.
2. Piedra en lugar de madera Aunque en Inglaterra y en el norte de Francia los castillos formados por una mota y un recin to fortificado siguieron siendo los más comu nes hasta bastante entrado el siglo x i i , los reyes y los grandes señores que podían permitírselo empezaron a construir castillos de piedra bas tante antes. No sólo eran más resistentes, sino que daban a su propie tario una apariencia más importante. Aunque los castillos de piedra se basab an en el mismo esquema q ue los de ma der a (un patio resgua rda do y un punto fuerte), su disposición seguía dos fórmulas diferentes.
La torre del homenaje cuadrada En el 994, Fulk Nerra (el Negro), Conde de Anjou, en la Francia cen tral, construyó una torre de dos pisos y gruesos muros en Langeais. Era como una versión alta y en piedra de la sala de recepción de madera, y quizá en eso pensaban los arquitectos cuando la constru yeron. Langeais es uno de los primeros ejemplos de lo que se dio en
Colchester, la torre más grande de Gran Bretaña, fue construida hacia
llamar torres del homenaje cuadradas; pero, de hecho, no eran cua dradas, sino rectangulares, y tone del homenaje es un término nuevo par a desig nar el donjon. Las que aún se conservan resultan impresio nantes, y sin duda lo eran aún más en aquella época. Durante dos cientos años aproximadamente, las torres cuadradas fueron las forti ficaciones más poderosas de Francia y Gran Bretaña; los normandos eran especialmente aficionados a ellas, y las fueron construyendo donde quiera que viajaban, desde Irlanda hasta Sicilia. La Torre de Londres, el más famoso de los castillos británicos, fue iniciada por Guillermo I poco después de la conquista normanda, y su torre, la Torre Blanca, aún conserv a el mismo aspecto que tenía al ser construida. Poco a poco, la forma de estas torres cuadradas fue cam biando , y se fuero n hacie ndo más alta s en relac ión a su anchura. La Torre de Rochester (página 15), construida en 1126, es uno de los mejores ejemplos que podemos encontrar en Inglaterra de gran torre cuadrada del siglo xn. Dentro de una de estas torres, el señor podía vivir cómodamente en cualquier momento. La habitación principal era la gran sala, que normalmente ocupaba una de las plantas superiores y, en ocasiones, se alzaba hasta el tejado, rodeada por una galería que transcurría más arriba, emb ebida en el muro. La entrada a la torre solía estar en la pri mera planta, y se llegaba a ella por un tramo exterior de escaleras; en esa primera planta probablemente se situaban las salas de guardia y los almacenes. Además, en el sótano o en la planta baja se almacena ban tam bién alime ntos, beb ida s y mu nicion es y, si era posible, se excavaba un pozo. Probablemente, el señor y sus huéspedes disfruta ban del lujo de unas cáma ras privadas donde dormir, em bebid as asi mismo en el muro, y es posible que, en el siglo xii, las mejores tuvieran incluso chimenea. En cuanto a los demás, tenían que prepararse las camas en una de las salas principales, quizás cerca de donde traba jaban. En el muro tam bié n había var ias cáma ras de me nor tama ño a las que con frecuencia se llama guardarropa·, quizás había quien col gara allí la ropa (se decía que a las polillas no les gustaba el ambien te), pero su finalidad principal era servir de letrinas. Cuando tantas per sonas tenían que permanecer apiñadas en un mismo lugar durante un sitio, el saneamiento resultaba especialmente importante, y parece ser que la mayoría de los constructores de los castillos eran perfecta mente conscientes de ello. Sin embargo, muchos señores preferían vivir la mayor parte del tiempo en una gran sala en el interior del recinto fortificado, pues, al fin y al cabo, la torre se construía pensando más en la protección que en la comodidad. Los muros eran sumamente gruesos (en muchos casos medían tres metros o más) para resistir los golpes de ariete y las rocas lanzadas por el enemigo. En las plantas inferiores había muy pocas v entan as (si es que había alguna ), e in clu so las que había en las superiores estaban pensadas más para garantizar la protección que
El s h e l l
Torre de Appleby, Cumbria, hacia 1180. Sus muros, de tan sólo 1,8 metros de espesor, sin protección exterior y con una puerta directa a la bodega, hacían de ella más una casa que una fortaleza.
improbable que el enemigo escalara las almenas, ya fuera con esca las o con torres de sitio (página 14), por lo que los constructores se dedicaban a poner todos los obstáculos posibles a cualquiera que intentara entrar por la parte de abajo. Normalmente, las escaleras exte riores estaban protegidas por una defensa a modo de pretil almenado, y a veces estaban dispuestas de manera que los atacantes mostraran el costado derecho a los defensores (pues normalmente los guerreros lle vaban el escudo a la izquierda). Si los atacantes conseguían abrirse paso a travé s de las sólidas puertas de entrad a a la toree, en el interior se encontraban aún con más obstáculos. Muchas torres estaban dividi das en dos por un grueso muro transversal, atravesado por una sola puerta en cad a planta, y el ún ico cam ino para ir de una pla nta a otra era una estrecha escalera de caracol que podía bloquearse fácilmente; muchas veces, estas escaleras estaban diseñadas de manera que un hombre diestro, de pie en lo alto, podía hacer uso de su espada fácil mente manteniendo el resto del cueipo protegido tras la columna cen tral, mientras que el atacante, debajo de él, tenía que hacer un movi miento extraño para poder golpear y no tenía ninguna protección. Todas estas precauciones eran imprescindibles en los momentos de lucha, pero no resultaban demasiado cómodas en tiempos de paz.
Sin duda, todos los señores habrían deseado construir sus castillos con una torre cuadrada, pero el coste que suponía toda aquella canti dad de piedra, sumado a lo que había que pag ar a los arquitectos espe cializados necesarios para edificarla, era algo que no todos podían permitirs e, especia lm ente los señ ore s que se establec ían po r su cuen ta. Luego estaba el problema de los cimientos. Las torres cuadradas eran terriblemente pesadas, y los señores que querían reem plazar las defensas de madera de sus castillos de mota y recinto fortificado por otras de piedra tenían que pensarlo cuidadosamente; en muchos casos, la mota no era lo bastante firme, sobre todo cuando se trataba de un montículo artificial. Por supuesto, podían construir la torre en cualquier otro sitio (era bastante frecuente que se construyera en medio del recinto fortificado), pero también había otro sistema para poder seguir utilizando la mota. Este sistema consistía sencillamente en levantar una muralla de pie dra alrede dor del borde del mo ntículo, en lug ar de la empalizada. Este muro se conoce como shell (caparazón). Generalmente, sería cir cular, aunque también podía seguir el contorno irregular de las motas naturales. En la muralla había una entrada, n ormalmente resguardada po r un a pequ eña torre, y en oca sio nes los con structores inclu ían un paso cubierto para que quienes subía n hacia la entra da quedaran pr o tegidos de los proyectiles de los atacantes.
El castillo de Trematon, en Cornualles, es claramente un castillo de mota y recinto fortificado, con shell y muralla. La torre cuadrada es una entrada fortificada añadida hacia el 1250, y la casa situada en el interior del recinto se construyó en 1807, cuando un castillo en ruinas era un adorno muy pintoresco para la residencia de un caballero. La vivienda del señor se encontraría originalmente construida contra el muro del shell.
Dentro del shell, con struidos contra él, estaban la sala de recepción y otros edificios, normalmente de m adera. Sin duda, el interior debía ser muy estrecho y oscuro (los muros del shell bloqueaban casi toda la luz del sol), por lo que no es de extrañar que, salvo en los mo men tos de peligro, la gente prefiriera vivir en el interior del recinto forti ficado. De hecho, en algunos castillos la única edificación que había dentro era una pequeña torre central, una especie de torre del home naje interior, construida con madera o con piedra.
La cortina Fuera cual fuese el tipo de torre, el recinto fortificado seguía siendo el centro de la vida cotidiana. Com o es natural, siempre que podían per mitírselo los señores preferían tener en torno a su castillo una mura lla de piedra a una empalizada de madera: la piedra no se pudría, no ardía, y con ella se podían hacer mu rallas más altas. Esa mu ralla que rodeaba el recinto entero es lo que se conoce con el nombre de muro cortina. Así, a mediados del siglo x i i , todos los castillos importantes de Inglaterra y Francia estaban construidos en piedra, y se componían de una torre del homenaje (cuadrada o shell) y un recinto amurallado. No obstante, los cas tillos de ma de ra y tier ra aún seg uirían utilizánd o se durante años, pues eran muy baratos y muy fáciles de construir y de reparar. Como ya hemos visto, en sus primeros ataques los inva sores anglo-normando s que llegaron a Irlanda en 1169 utilizaron cas tillos de madera, y éstos resultaron tan útiles contra los irlandeses, que no tenían ninguna experiencia en técnicas de sitio, que pasaron veinte años antes de que los recién llegados se molestaran en cons truir un castillo de piedra. Otro ejemplo es el de York, la ciudad más importante del norte de Inglaterra, que tenía dos motas: hasta bien entrado el siglo x i i i no se reemplazaron por un shell las defensas de madera que coronaban una de ellas, y la otra dejó de utilizarse antes de que sus em palizadas se cambiaran por m urallas de piedra. Mientras tanto, cada v ez era más ev idente que, en los castillos de pie dra , aún ha bía mu chas cosas que mejo rar antes de po der hacer frente realmente al ataque de un enem igo bien preparado. No obstan te, antes de analizar cuáles eran esas mejoras, debemos estudiar cuá les eran las posibles tácticas de ataque.
3. El castillo sitiado
En ocasiones, un atacante podía capturar un castillo por sorpresa o po rque ha bía un traidor qu e le ayudaba d esd e d entro. Sin em bar go, en la mayoría de los casos el atacante tenía que sitiar el castillo para intentar que se rindiera, y eso significaba que tenía que utilizar maquinaria con la que derribar la mu ralla o con la que escalarla. Mucho antes de que se inventara la pólvora había otros tipos de artillería que lanzaban contra las fortalezas y sus defensores rocas, bolas de fuego, an imales mu ertos (para prop ag ar enferm ed ades) y flechas. Los dibujos de la página 13 muestran las dos herramientas de sitio más conocidas de la Edad Media. La catapulta se conocía y a en los tiempos an tiguos (los soldados rom anos la llamaban «el asno sal vaje» a causa de su coz); el trabuco, más grande y poderoso, apare ció por primera vez en Europa en el siglo x i i , aunque los chinos y los musulmanes ya llevaban mucho tiempo utilizando un arma similar. Las máquinas podían ser de muchos tamaños, según las necesida des. Además de derribar las murallas y de utilizar mecanismos pare cidos a enormes arcos para hacer caer a los defensores de las alme nas, era necesaxio pon er fuera de com bate la artillería del propio c as tillo. Muchas veces, los defensores contaban con las mismas máqui nas que los atacantes y, aunque el tamaño de las piezas que podían montarse en lo alto de una torre tenía un límite, la altura adicional prop orcio naba un a ventaja considerable. Ad em ás, los defensores tenían práctica en disparar desde esas posiciones y con ocían el alcan ce de sus armas y los resultados que po dían obtener con ellas. El cas tillo de Harlech (página 35) es un buen ejemplo de las posiciones de la artillería de defensa; este castillo se diseñó para que los suminis tros llegaran por mar, y se habían levantado plataformas desde las cuales se podía disparar co n artillería contra cualquiera que intentara impedir que los barcos llegaran al puerto. Las máquinas de los sitiadores podían afectar a algunas defensas, pero habría hecho falta mucho tiemp o para daña r seriam ente la sóli da construcción de los muros más fuertes, especialmente la torre del homenaje. En algunos asedios los atacantes podían asestar golpes más duros y certeros m ediante arietes o abrir brechas desplazando las pie dras una po r una median te picas y palancas. Era un trabajo pe li groso, ya que los defensores se mantenían activos en lo alto, mientras los atacantes sólo podían protegerse con pieles o cobertizos. También se utilizaban unas rob ustas barracas móviles de m adera cubiertas con pieles moja das para que el ene migo no pu die ra inc endia rlas con faci lidad.
El trabuco fue aparentemente la máquina de artillería más conocida. Funcionaba mediante el principio del columpio: cuanto mayor era el peso en el brazo corto, m ayor era la fuerza del brazo largo. La puntería se podía ajustar cambiando el ángulo de lanzamiento de la honda situada en la punta del brazo largo. Con un gran alcance, los trabucos podían lanzar proyectiles tras los muros y a lo alto de las torres. Se podían construir muy grandes, pero eran muy difíciles de mover. Este dibujo está basado en un modelo a escala.
El método más efectivo para demoler parte de un castillo era, sin duda, el minado. Desde una entrada oculta en el campo de los sitia dores se construía un túnel bajo tierra hasta llegar a la parte del cas tillo que se pietendía derribar. Allí se excavaba una gran sala, cuyo techo se sostenía con vigas de madera. Al prender fuego a las vigas, la sala se derrumbaba y la parte de la muralla situada encima se venía abajo con tal fuerza que a veces quedaba hecha añicos. El minado era un trabajo muy arriesgado y desagradable. El zapa dor trabajaba en la oscuridad, con poco aire y con el constante peli gro de derrumbamiento. Por esta razón, los zapadores eran muy valorados y respetados, y su profesión se transmitía en general de pad res a hijos. Un castillo construido sobre roca sólida o terreno húmedo, o rodeado de un foso profundo, estaba a salvo del minado;
La catapulta ya era utilizada po r los griegos y los romanos. Se disparaba mediante una madeja de nervios, pieles de animales o cuerdas fuertemente retorcidas que se podían estirar para ajustar la puntería. Más pequeñas y manejables que los trabucos, las catapultas efectuaban disparos muy potentes y con una trayectoria mucho más baja, lo que permitía golpear con más fuerza. Este dibujo está basado en una reconstrucción a escala real que podía lanzar piedras de 4,5 kilos a 320 metros.
de no ser así, la única defensa consistía en cavar una contramina, desde la cual los defensores podían irrumpir en el túnel de los sitia dores y matar a los zapadores. Para ello, los defensores tenían primeio que localizar la mina, tarea que requería un agudo vigía que detectara movimientos sospechosos fuera de la muralla y localizar así la ubicación de la entrada a la mina; también podían situarse reci pientes con agu a en lug are s estra tégicos y confiar en que las vibra ciones causadas por los picos de los zapadores tuvieran la fuerza suficiente para producir ondas en el agua e indicar dónde se encontraba la mina. Si un castillo rechazaba todas las ofertas de rendición, antes o des pués los atacan tes tenían que enfrenta rse a un com bate cue rpo a cuer po. A menos que lograsen derribar una puerta o abrir una brecha lo
suficientemente grande en el muro, la única solución era escalar la muralla. Las escalas portátiles eran fáciles y rápidas de fabricar y transpo r tar, por lo que se utilizaban con frecuencia en los ataques por sorpre sa; sin embargo, en otras circunstancias eran muy peligrosas, porque los escaladores no podían protegerse mientras trepaban y los defen sores podían empujarlas con largas lanzas y despeñar a los atacantes. Cuando no había posibilidad de sorpresa, la mejor arma era la torre de asedio. Era una torre de madera, más alta que el muro que debía ser atacado, con ruedas para poder empujarla hasta la muralla. Una vez allí, el puente levadizo que llevaba se apoyaba en el muro y los atacantes saltaban hasta las almenas y se batían con los defensores. Otras veces, los sitiadores construían una torre de asedio fija -o inclu so un «castillo de asedio»- a cierta distancia de la muralla, con la altura suficiente para que los arqueros barrieran las almenas y las dejaran libres de defensores para poder así utilizar las escalas portá tiles. Una vez alcanzado el muro del castillo por una torre de asedio, los atacantes tenían muchas posibilidades de aplastar a los defensores en ese punto y conquistar esa parte de las defensas. Sin embargo, era fre cuente que la torre de asedio no pudiera llegar demasiado lejos. Era preciso que el terreno sobre el cua l debía ser arrastrada fuera llano y estuviera libre de obstáculos. Cuando los defensores veían a los sitia dores allanando zanjas y nivelando pequeñas elevaciones, sabían lo que se avecinaba. Las torres de asedio, con su volumen y su lentitud, eran un blanco fácil para cualquier arquero o má quina de guerra den tro de su campo de tiro. Se podía disparar contra sus travesaños, destruyéndolos o haciendo que se tambalearan, y también podía pren dérseles fuego a pesar de su protección de pieles húmedas. Parece que estos defectos fueron los que causaron que, a partir del siglo x i i , las torres de asedio dejaran de usarse, y los atacantes confiaran más en el poder de las pie zas de artillería. Los defensores solían tener muchas ventajas sobre sus atacantes, dependiendo, por supuesto, de lo hábilmente que hub iera sido conce bid o el castillo y de la solidez de su con strucció n. Mientras los sitia dores intentaban protegerse tras parapetos de m adera, los defensores contaban con almenas de piedra y, desde el siglo x i i , con aspilleras muy bien diseñadas que proporcionaban una excelente protección. Además de las máquinas y los arcos normales, podían utilizar pode rosas ballestas. Lentas de cargar pero muy precisas, lanzaban dardos cortos y pesados capaces de atravesar armaduras con una fuerza terri
ble. (El rey inglés Ricar do Co raz ón de León fue herid o de muerte de esta manera durante el asedio a un castillo.) La guarnición contaba con la ventaja proporcionada por la altura a la hora de utilizar cual quiera de sus armas, y esa misma altura le permitía lanzar rocas o aceite hirviendo a los atacantes, dejar caer un enorme acolchado para proteger una extensión de m uro que e stuv iera siendo bombardea da con piedras o golpe ada con un arie te, o lan zar grandes horquillas de madera que atrapaban la cabeza del ariete. Finalmente, los defenso res podían elegir cuándo atacar a sus sitiadores. Una parte de la guar nición podía realizar una incursión nocturna, saliendo por una peq ue ña puerta llamada p ote rn a ; con suerte, podían pillar a los sitiadores por sorpresa, prender fuego a las máquinas , ma tar a los artilleros y regresar aprovechando la confusión en el campo. No es dif ícil comprender po r qué los asedios podían durar tanto tiempo y por qué los soldados estaban poco dispuestos κ líos. El jefe de los atacantes necesitaba muchos más soldados que lo-, que necesi taba el señor sitiado para defender el castillo; adei¡ impe dir que esos soldados abandonaran el asedio vencidos por el tedio suponía un grave problema, ya que el sitio era más aburrido que incómodo o peli groso. Si llegaba a la conclusión de que no podía entrar por la fuerza, el atacante podía intern.ir rendir a la guarnición por hambre, pero en ese caso tenía que llevar a cabo la difícil tarea de obtener suficientes abastecimientos para sus propios hombres mientras esperaban, más aburridos que nunca. Cuanto más tiempo pasaba, más aumentaba el riesgo de tener que levantar el asedio a causa del descontento y el hambre de sus propios hombres, o por la llegada de un ejército que acudiese en ayuda de los sitiados. Si el asedio finalizaba con el castillo tomado al asalto, era proba ble que la guarnición fuera masac rad a. Los atacantes, que habían soportado duras penalidades durante semanas o meses, y graves pér didas luchando contra los defensores, no se lo perdonarían. Todos los soldados lo sabían. Nin guno de los bandos deseaba ter minar asesinado, si podía evi tarlo, y los sitiadores preferían capturar un castillo en condiciones razonables. Por eso era corriente que los defensores, si tenían pocas esperanzas de recibir ayuda, acordaran la rendición después de pactar con el enemigo una tregua de una semana durante la cual esperarían ser auxiliados, mientras ambos bandos cesaban la lucha. Lo cierto es que, terminase como terminase, un asedio costaba tiempo al atacan te; cuanto más poderoso fuera el castillo, más tiempo tardaría en ren dirse y más probabilidades habría de que no tuviera que hacerlo.
Última etapa del asedio del castillo de Rochester, en noviembre de 1215. Desde principios de octubre, el ejército del rey Juan, acampado cómodam ente en el pueblo, había estrechado el cerco, había cortado el puente para impedir la llegada de auxilio, había apostado cinco grandes máquinas, había irrumpido de ntro del recinto y había minado y derribado una de las esquinas de la torre de homenaje. Incluso entonces, los barones rebeldes resistieron tras el muro que dividía el interior
de la torre. El rey, furioso, ordenó acabar con todos ellos, pero sus consejeros le convencieron de que les permitiera rendirse sin represalias. Alguno s d etalles de la esce na son imaginarios, pero otros están bien documentados. No hay duda, po r ejemplo, de la destrucción de la torre del homenaje, que fue reparada diez años después, y el nuevo torreón de esquina se construyó en otro estilo más moderno, redondo. La torre de homenaje todavía permanece en pie.
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4. Perfeccionar las defensas Conquistar terreno En la Edad Media, los guerreros y gobernantes -y ningún gober nante llegaba muy lejos si no era un buen caudillo guerrero- cono cían muy bien las ventajas que ofrecían los castillos. Una fuerza re lativamente pequeña dentro de un recio castillo podía detener a un ejército muy superior a ella durante semanas o incluso meses, y no era prudente adentrarse en territorio enemigo dejando intacto un cas tillo importante cuya guarnición podía ser una amenaza en la reta guardia. No es, pues, sorprendente que las campañas se resolvieran a veces en torno a algunos castillos, y que los asedios fuesen más comunes que las batallas en campo abierto. Hemos visto cómo los normandos usaban castillos para defender las tierras conquistadas (página 7), y veremos cómo Eduardo I de Inglaterra usaba castillos en Gales con el mismo objeto (página 34). Si estaban bien situadas y dirigidas por jefes de confianza, estas edi ficaciones podían ser una efectiva protección para imp edir la invasión de un país. Ricardo Co razón de León c onstruyó un soberbio castillo, Château Gaillard (página 32), para evitar cualquier invasión de No rm an día por los franc os. Sin em bar go, en 1204, sólo seis años des pués de que R ica rdo lo terminar a, Châte au Gailla rd fue tom ado por el rey Felipe Augusto de Franc ia después de una larga y valerosa defen sa. El nuevo rey de Inglaterra, luán, había fracasado en su intento de detener al ejército del rey Felipe, y hasta la mejor de las fortalezas puede ca er si se perm ite a un enem igo poderoso y obcecado atacarla durante el tiempo suficiente. Sin embargo, en 1216, el castillo de Dover fue defendido para el rey Juan por su condestable, Hubert de Burgh, contra un ejército invasor francés; los defensores se negaron a rendirse incluso después de la muerte de Juan, y al final los france ses tuvieron que retirarse. Una vez dem ostrada su importancia, los reyes tuvieron gran cuida do de los principales castillos de sus reinos, especialmente en las zonas donde era más probable una invasión. Los castillos más impor tantes los reservaban para ellos mismos, por medio de sus condesta bles, o los entreg aba n a unos poc os señ ores de su confianza. En la frontera con Escocia, por ejemplo, el obispo de Durham tenía grandes poderes y privilegios, per o neces itaba la ayu da del rey par a detener una posible invasión escocesa; además, como hombre de la Iglesia, no podía tener fam iliares que heredar an su puesto, y cua ndo un obispo moría, el rey tenía un voto decisivo en la elección del nuevo.
Reyes y señores pron to se dieron cuenta de que el castillo de torre y muralla estaba lejos de ser perfecto. Desde mediados del siglo x i i , tanto ellos como sus constructores se dedicaron a intentar mejorar los castillos ya existentes de este tipo o a experimentar nuevos diseños.
La lección de las Cruzadas Los historiadores tienden a creer que la mayoría de las ideas para mejorar los castillos las trajeron los cruzados que volvían de Tierra Santa, donde habían aprendido de las fortificaciones bizantinas y musulmanas cómo diseñar castillos de manera más científica. Es cier to que los cruzados hicieron construir magníficos castillos. Los necesi taban, especialmente en la última época de la ocupación de Palestina, cuando lo habitual era que un pequeño número de guerreros tuviera que enfrentarse a un gran número de musulmanes. Al principio, el número de cruzados no era tan pequeño, y sus castillos eran simples torreones amurallados, pero los últimos castillos incorporaron tantas mejoras, tanto en los detalles como en el diseño general, que puede decirse que a finales del siglo x i i eran los más poderosos del mundo. Veremos que la mayoría de los ingenios descritos en este capítulo y en el siguiente fueron utilizados en el Mediterráneo Oriental antes de aparecer en Europa. P ero no existen pruebas definitivas de que se haya dado un solo caso copiado directamente; los constructores e uro peos podía n haber inventado las me jor as y haberlas ada ptado a las necesidades de cualquiera de los castillos que estuvieran construyen do. Todos los emplazam ientos tenían sus ventajas y sus inconvenien tes y, aun cuando el arquitecto tuviera en m ente las ideas utilizadas en los castillos de la última cruzada, debía decidir si era posible poner las en práctica y cómo podían encajar en su proyecto. Un nuevo concepto que indudablemente fue importado por los cruzados fue el del castillo-monasterio. Estaba copiado de los ribat, un tipo de fortaleza construida por los musulmanes en sus fronteras para lu ch ar co nt ra los no crey entes; su gu ar nición es taba co mpu es ta por devotos creyentes voluntarios que luchaban sin descanso contra los enemigos del Islam mientras se ganaban el favor de Dios, así como un considerable botín. En el lado cristiano, los Caballeros Templarios y los Hospitalarios construyeron sus mejo res castillos en Tierra Santa, y desde allí la idea se extendió hacia otras fronteras de la Europa cristiana, donde luchaban otras órde nes militares y religiosas: en Castilla, donde los Caballeros de Alcántara, Calatrava y Santiago se batían contra los moros; y en Prusia, donde los Cab alleros Teutónicos conquistaban, convertían y sometían a las tribus paganas. Sin embargo, estos emplazamientos estaban construidos según las características propias de cada terre no, sin puntos en común. Además, los castillos eran algunas veces diseñados tanto para albergar monasterios o edificios de gobierno
como para servir de fortalezas. No incorporaban más novedades que los castillos que los reyes o grandes señores hacían construir en otras partes de Europa.
Torres más sólidas Existen dos principales formas de defensa, la defensa pa siva y la defensa activa. La defensa pasiva consiste en resistir los golpes tra tando de sufrir el menor daño posible. La defensa activa consiste en acosar al atacante para que sus golpes sean más débiles. Los cons tructores de castillos tenían en cuenta ambos principios, y nos cen traremos primero en el camino que eligieron para asegurar la defen sa pasiva de los castillos. Obviamente, el lugar· más importante a la h ora de defender un casti llo era su punto más fuerte, la torre de homenaje, cuyos muros podían ser reforzados m ediante contrafuertes lisos o apilastrados. Esto con tribuía a hacer los muros más sólidos, pero como soporte -l a función principal de los co ntra fu ertes- tenía poco valor. Un buen contrafuer te debe apoyarse con fuerza contra el muro, y para lograrlo debe sobresalir bastante; sin embargo, aunque los constructores lo hubie ran comprendido, no queman proporcionar al enemigo una protec ción semejante, que pod ía ser utilizada para golpear desde ella impu nemente o aprovechada como parapeto durante un asalto. Conseguir una base más gruesa resultaba mucho más efectivo, así que por el exterior se diseminaban piedras para formar una masa de escombros que h iciese inútil cualquier intento de atacar atravesándo la. Esto es lo que se conoce como talud. U na ventaja añadida era que si un grupo numeroso de atacantes quedaba cercado, las piedras lan
zadas desde la torre podían rebotar en el talud hacia ellos, rompién dose muchas veces en fragmentos afilados. El talud era, pues, un excelente mecanismo usado a menudo, y no existía razón alguna por la que un a buena idea debiera utilizarse exclusivamen te en la torre del homenaje. Una variante del talud era un enorme espolón construido en la parte exterior de una torre en la dirección por la que era más p ro bab le qu e vinie se el ataque; alg unos espolones fran ces es eran tan grandes como las tones que reforzaban. Las torres del homenaje cuadradas tenían un defecto que, sin embargo, no quería decir que no fueran resistentes: los ángulos rec tos de sus esquinas. Cuanto más agudo era el ángulo de una torre, más vulnerable era al minado y más fácil era arrancar sus piedras.
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Castillos cruzados en territorios muy diferentes. Margat (arriba) fue la base de los Caballeros Hospitalarios en Tierra Santa. A pesar de estaren terreno montañoso, de su tamaño, de su doble anillo de murallas y de su gran torre del homenaje de planta semicircular situada en el extremo escarpado, se rindió a los musulmanes en 1285. Marienburg (izquierda) fue el cu artel general de los Caballeros Teutónicos de la Prusia Occidental. Sus castillos solían ser de ladrillo (existía poca piedra de calidad en la zona) y estaban dispuestos en grandes bloques alrededor de una plaza; eran en parte monasterios y en parte dependencias de gobierno. Marienburg fue destruido en la Segunda Guerra Mundial.
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Dos de las torres de Enrique il. Después del desorden del reinado de Esteban, Enrique hizo destruir muchos castillos construidos sin permiso po r los barones y construyó o reforzó muchos castillos reales en lugares clave. Newcastle upon Tyne (izquierda) muestra e l desarrollo final de la torre de planta cuadrada: pode rosos muros con pilastras que servían de contrafuertes, torreones en las esquinas y un fuerte talud. La entrada está en la segunda planta, m ás alta de lo habitual, y se encuentra defendida po r dos torreones en lugar de po r una fortificación exterior. Las almenas que se observan en este grabado del siglo xix eran restauraciones recientes, casi con certeza erróneas. Fue construido p or Mauricio el Ingeniero alrededor de 1170; él mismo construyó más tarde la torre del homenaje de otro castillo estratégico, Dover. Orford (derecha) fue construido a finales de los años sesenta del siglo xii para vigilar las costas de Suffolk y a algunos barones de dudosa confianza. Tenía, como podemos ver en este grabado del siglo xvm, un diseño más experimental. C ircular en el interior y muy anguloso en el exterior, con tres altos torreones, tenía una fortificación exterior normal, entrada en el prime r piso y un gran talud.
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Segunda planta
Primera planta
mente redondas eran las que mejores resultados daban. Se construyó un gran número de torres redondas, en distintos países y para diver sos propósitos, y desde finales del siglo x i i fueron muy populares en los castillos franceses y británicos. A pesar de esto, en Gran Bretaña existe un número relativamente pequeño de torres del home naje redondas. ¿Po r qué? Un a de las raz o nes es que ya existía un gran número de tones cuadradas, y resultaba muy caro derribarlas para reemplazarlas por otras redondas. A demás, un cilindro era menos adecuado para ser habitado y menos económi co que una construcción rectangular; podía ten er menos habitaciones que una torre cuadrada ocupando un espacio similar y en muros de espesor parecido. Eran también más difíciles de construir, con pie-
En La Roche Guyon, construida también a finales del siglo χιι, la torre del homenaje es circular, rodeada po r un muro de pro tección cerrado o camisa, el cual estaba también parcialmente encerrado por una muralla más baja. Todos tenían espolones de cara a la dirección esperada de ataque. Las construcciones residenciales se encontraban abajo, cerca del Sena.
La única solución consistía en construir torres sin ángulos agudos. Una tone octogonal tenía esquinas poco agudas. Una torre redonda no tenía ninguna esquina, y las piedras, a menos que la máquina las lanzara con gran exactitud, generalmente se desviaban al chocar con tra su superficie. Existieron muchos experimentos de torres del homenaje construidas con cada una de estas plantas. Orford y Conisbrough las combinaban con grandes torreones y contrafuertes, lo cual fortalecía el conjunto, pero facilitaba a los zapadores un mayor número de ángulos que atacar. En Francia existía una gran variedad de torres del homenaje construidas con diferentes plantas redondeadas, pero la experiencia dem ostraba que las torres perfecta
La torre de Coucy, en el nordeste de Francia. Esta sección dibujada en el siglo xix nos la muestra tal como probablemente se construyó, entre 1230 y 1240. Destacan las bóvedas de piedra con tragaluces en el centro, así como el hogar, las chimeneas y el cadalso fijo con tejado de tejas. También tenía su propio foso. Era probablemente la torre redonda más espléndida jamás construida, tres veces mayor que la más grande de Gran Bretaña (Pembroke, página 26). Fue destruida durante la Primera Guerra Mundial.
dras curvadas cuidadosamente esculpidas. Así que fue principal mente en Gales, donde los señores anglonormandos construían cas tillos que n ecesitaban de todos los adelantos para ap lacar la furia del pu eblo al qu e habían inv ad ido , do nd e se cons tru ye ron nu mero sas torres cilindricas.
Aco sar a los atacantes La defensa pasiva por sí misma no era suficiente. Sin gente para defenderlo, el castillo más invulnerable estaba perdido, y los cons tructores se esforzaban para hacer la defensa activa más fácil y segu ra. Hemos visto en el capítulo anterior cómo era posible combatir a los sitiadores desde posiciones de defensa; ahora veremos cuáles eran exactamente esas po siciones. Disparar con arco y flecha a alguien que está justo debajo es prác ticamente imposible. Un arquero, por tanto, no podía herir a los sitia dores que estuvieran atacando la torre o el muro sobre el cual se encontraba él. Pero si el arquero estuviese en una torre que sobresa liera del muro, podría dominar el frente y disparar contra quienes lo atacasen. Esto hacía que apuntar fuese más fácil y seguro y, ya que el enemigo formaba probablemente una gran masa que cubría el muro, una flecha que no alcanzara al hombre contra el que iba dirigida podía herir a otro. Disparar directamente contra las líneas enemigas desde una posición defensiva es lo que se conoce como enfilar. No es una idea nueva, pero, como los arcos y las flechas mejoraban constante mente, se comp rendió que resultaba más ben eficioso diseñar castillos desde los cuales se pudiera hacer un m ejor uso de estas armas. Nor malm en te no ha bía ning ún pr ob lem a pa ra co nstru ir to rr eo nes que sobresalieran de los muros, aunque el defensor debía ase gurarse de que todos los lados donde el muro formaba una curva o un ángulo estuvieran cubiertos. Se hizo habitual situar una torre en una esquina, para que los arqueros p udieran dom inar los dos lados del ángulo. La defensa adicional que proporcionaban las torres llevó a los constructores a poner más énfasis en la muralla, con mejoras que analizaremos en el siguiente apartado de este ca pítulo. Buscar posiciones desde las que enfilar o cubrir los flancos en una torre del homenaje era menos sencillo. Muchas ya tenían torreo nes que sobresalían en las esquinas, pero generalmente no lo hacían lo suficiente, pues habían sido concebidos sólo para defender las esquinas del edificio y para albergar escaleras de caracol. La mejor solución era construir torreones que no partieran desde el suelo, sino que apoyaran en la parte alta del muro de la torre. Este tipo de torretas de esquina se generalizó sobre todo en España, Irlanda y Escocia, países donde las torres del homenaje cuadradas y, más tarde, las casas-torre se construyeron durante toda la Edad Media.
A
B
c
Alm en as : El ancho espacio existente entre las almenas daba libe rtad para usa r las armas con segu ridad (A), pero al ev olucion ar la arquería tendió a hacerse más estrecho (B); en casos extremos se convirtió en una simple hendidura, mientras en los merlones se situaban aspilleras (C). Estos huecos podían tener protecciones de madera articuladas sobre barras de hierro (véase a. la derecha). Los tejadillos sobre los merlones impedían la erosión del muro por la lluvia: también permitían desviar las flechas.
Cadalsos: Galerías cubiertas construidas fuera de las almenas que ofrecían una mejor posición de tiro y una mayor protección, pero eran de madera y resultaban caras de instalar. Muchos castillos tienen agujeros cuadrados bajo sus almenas para albergar las vigas que soportaban los cadalsos, aunque es posible que esos agujeros no llegaran a utilizarse.
Ma taca nes : Construidos como parte del propio muro, estas almenas proyectadas hacia fuera eran las mejores. Su uso se fue incrementando en la Baja Edad Media.
A pesar de la importancia de las flechas, también era interesante pode r lanzar piedras y líq uido hirviendo sobre los ata can tes. Las almenas, especialmente las más avanzadas, proporcionaban una excelente protección a los arqueros, pero el defensor debía inclinar se hacia fuera si quería lanzar una piedra, y ningún merlán (el poste de la almena) le defendería entonces de las flechas de los sitiadores; además, los espacios entre almenas más modernos, diseñados única mente para disparar, apenas dejaban sitio suficiente para inclinarse y lanzar objetos. El problema se resolvía con la construcción de sóli das galerías de madera situadas fuera de las almenas, por las que los defensores podían moverse sin ser vistos y lanzar su carga a través de trampillas en el suelo. Estas galerías se llamaban cadalsos. En los castillos del continente muy pocas eran permanentes, y apenas ha sobrevivido ninguna. En Gran Bretaña es frecuente ver, justo bajo las almenas de los castillos, una serie de profundos agujeros cuadra dos hechos para alojar las vigas sobre las que se construían los ca-
Aspiller as debían ser estrechas en el exterior
amplias en el interior
con un amplio ángulo para disparar
El área de «puntos muertos», que dependía de la forma de las torres, no podía ser cubierta po r los arqueros apostados en la muralla.
dalsos; en unos pocos casos son largas piedras las que sobresalen del muro. Los cadalsos estaban muy extendidos, pero tenían los inconve nientes de la madera; las rocas y las flechas podían destruirlos o incendiarlos, Así, como alternativa más sólida, se construían las almenas separadas de los muros, dejando huecos en la base a través de los cuales los defensores podían arrojar lo que quisieran. Este mecanismo se llamaba matacán. Como en el caso de las torres flan queantes, era conocido desde la época de los romanos, pero fue durante la Edad Media cuando se extendieron, especialmente en luga res muy expuestos a los ataques. Los matacanes podían situarse sobre la entrada para poder lanzar agua en caso de que el enemigo intenta ra incendiar la puerta.
En Warkworth, la torre de Grey Mare’s Tail tenía aspilleras de más de 5 metros de largo que abarcaban varios pisos (obsérvese también la forma, el talud y los agujeros para apoyar las vigas de los cadalsos).
Podían introducirse muchas variaciones: la forma de cola de pez permitían disparar mejor hacia abajo; las cruces y los círculos daban más luz y ofrecían una mejor visión.
En Caernaivon muchas aspilleras se diseñaron para ser utilizadas po r tres arqueros al mismo tiemp o; en otros lugares, un solo arquero tenía tres aspilleras.
Murallas más solidas Las mejoras que hemos analizado en relación con las torres del homenaje podían, por supuesto, aplicarse a otras partes del castillo y, en algunos casos, con mejores resultados. Al aplicar la idea del enfilado (página 20) a la muralla, los constructores vieron la posibi lidad de conseguir una defensa tan fuerte del recinto, que los defen sores rara vez se verían obligados a retroceder hacia la torre del homenaje. La distancia entre las torres de la muralla era la del alcance de un arco, para así poder defenderse unas a otras. C ada una de ellas podía construirse con poder suficiente como para resistir independiente mente en el caso de que otras torres o partes de la muralla fueran tomadas por el enemigo. De ese modo un atacante podía encontrarse con que una victoria en un lugar no significaba obtener la totalidad del castillo. La pue rta por la que se accedía a la torre desde el adarve era siempre estrecha y estaba fuertemente pertrechada; a veces ni siquiera existía puerta a ese nivel, sino que se accedía desde el inte rior del recinto. Una torre podía ser de la clase que mejor conviniera al esquema defensivo de cada castillo en particular. Era bastante común que el lado que se enfrentaba al atacante fuera redondo o muy anguloso, mientras que el lado que daba al patio era plano. En algu nos casos, una torre de m uralla especialmente importante podía ser de hecho una segunda torre del homenaje. Los que llevaron más lejos la idea de construir tones indepen dientes del muro fueron algunos constructores de castillos españoles. Situaban las torres fuera de los muros, conectándolas con las almenas sólo mediante un puente colgante. Este tipo de torres se llamaban torres albarranas, y sus arqueros podían disparar no sólo desde los flancos, sino también por detrás. Un esquema atrevido. Estas torres podía n dar la sensación de estar en una posición peligrosame nte ais lada. En realidad estaban mucho menos expuestas de lo que aparen taban, pero aun así la idea no cuajó entre los constructores de casti llos de otros países. En Francia y G ran Bretaña los raros ejemplos de torres construidas fuera de la muralla eran torres muy grandes y po de rosas; de hecho, eran auténticas torres del homenaje, como las de Coucy y Flint. Una idea aún más atrevida consistía en obviar el uso de las torres como puntos fuertes independientes y tratarlas como m eras partes de una línea continua de defensa que debe mantenerse intacta. La des ventaja de las torres de muralla era que, si los atacantes conseguían hacerse con ellas, podían utilizarlas contra la guarnición del castillo. Por esa razón, algunos constructores usaban medias torres. Por el lado exterior eran como torres normales, pero no tenían muro interior. Así, si los atacantes las tomaban se encontraban sin ninguna protec ción. Muy probablemente ni siquiera encontrarían un sitio donde per manecer, ya que los pisos de la torre no eran sino plataformas móvi-
En Flint (plano en la página 34) la torre del homenaje circular actúa como torre de esquina respecto al recinto interior y domina el débil exterior, pero es también una fortaleza independiente con su propio foso. La idea pu do s er copiada de Co ucy (p. 19), de las torres albarranas españolas o incluso de las antiguas motas, que normalmente se levantaban fuera de sus recintos fortificados.
Framlingham, Suffolk, comenzado antes de 1200, confía completamente en su muralla; las torres están abiertas en la parte de atrás para no ofrecer protección al enemigo en caso de que éste tome una de ellas. Pero este esquema depende de una torre del homenaje interior desde la que se pudiera atacar. No se sabe por qué no fue construida, ni
les que los defensores del castillo habrían tenido tiempo de echar abajo. Framlingham, comenzado alrededor de 1180, probablemente po r Ro ger Big od, cond e de No rfo lk, pa rece ten er plen a confian za en su muralla, ya que no existe ningún punto fuerte hacia el que los defensores pudieran retirarse si fuera penetrada. Un audaz experi mento, sin duda, pero la m ayoría de los constructores de castillos no quisieron arriesgarse.
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Los defensores, en la torre, podían disparar con facilidad contra quien atacase la puerta, pero los atacantes sólo tenían un obstáculo que franquear.
Defender la puerta «Ninguna fortaleza es más fuerte que su punto más débil», y la pu erta, el hu eco qu e los co ns tru ctores se veían ob lig ad os a de jar en la muralla, es ese punto. Esto era obvio, y desde los primeros casti llos los constructores intentaron asegurarse de que atacar la puerta fuera tan difícil y peligroso como atacar cualquier otro punto del muro. La entrada a la tone del homenaje podía dificultarse mediante escaleras y pretiles almenados (página 11), pero la entrada de la muralla debía ser amplia, ya que por ella debían entrar canos y caba llos. ¿Cómo podía hacerse segura? Alguno de los primeros castillos se limitaba a confiar en que la p uerta fuera resistente y estuviese bien atrancada, pero muchas veces la flanqueaban también con una torre situada a la izquierda (desde el punto de vista de los defensores) desde la cual podían disp arar a sus atacantes por la derecha, donde no les protegían sus escudos. Una idea alternativa consistía en hacer pasar la entrada a través de una torre, obligando a atravesar un paso que podía cerrarse por ambos extremos, bloquearse y ser defendido desde arriba y desde ambos lados. Era una buena solución para la entrada de la muralla, pero no todo el mundo la utili zó. El castill o de Bram er, en Su ssex (diagrama de la página 8), es un ejemplo interesante de lo que ocu rría en uno de los primeros castillos. Hacia el año 1100, el propie tario reemplazó la empalizada de m adera que rodeaba el recinto por una muralla. Se abandonó la mota, y la muralla tenía una única torre, por la que atravesaba el corredor de entrada. Sin embargo, debieron pensar que no era suficiente tener una torre atravesada como aquélla sin disponer de una tone del homenaje. Pocos años después, la torre fue ampliada y convertida en torre del homenaje, y se construyó una nueva puerta en la muralla. Algo similar ocurrió en otros de los primeros castillos, como Richmond, en Yorkshire, y Ludlow, en Shropshire. La mejor solución -si los propietarios podían permitírsela- con sistía en combinar ambas ideas en una entrada fortificada completa. La entrada se encontraba entre dos torres y, una vez cruzada, había que atravesar por un corredor un edificio que las unía. Las primeras entradas fortificadas de este tipo aparecieron a mediados del siglo x i i ,
X Los atacantes tenían que atravesar un corredor con una puerta en cada extremo, pero los defensores tenían dificultades para cubrir la zona inmediatamente anterior a la puerta.
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La entrada fortificada combina las ventajas y acaba con las desventajas de los diseños anteriores. El paso o corredor es más largo, se pueden poner más obstáculos en su interior -puertas, rastrillos, aspilleras en los muros y buheras en el techo- y se puede construir además un puente levadizo.
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El más simple de los puentes, que se eleva para cerrar la entrada, no se muestra aquí; hay que recordar que su uso estaba muy extendido, especialmente en pequeñas puertas y poternas. El movimiento de estos puentes podía estar regulado de tal manera que tanto la posición abierta como la cerrada fueran naturales. En estos diagramas, las puertas permanecerían cerradas, si no se utilizaba una fuerte tranca para mantenerlos abiertos; los agujeros donde se alojaban estas trancas todavía se conservan. Las cadenas del cabrestante podían estar guiadas por poleas para que se movieran en la dirección adecuada.
Entrada del castillo bretón de Montmuran, del siglo xiv. El puente principal tenía dos travesaños y sus correspondientes huecos, la pasarela de la derecha uno. Como por debajo del nivel del suelo no quedaba ninguna pieza del puente levadizo, resultaba muy útil, si había un foso lleno de agua. Hay que destacar el desarrollo alcanzado po r los matacanes que rodean la parte alta de la entrada fortificada.
y desde entonces fueron uno de los puntos más fuertes de cualquier gran castillo. Una entrada fortificada no era sólo una fuerte construcción, sino que contaba con una serie de ingeniosos mecanismos para detener a los sitiadores que intentaran atravesarla. En el exterior del corredor existían aspilleras para evitar cualquier aproximación, y sobre la entrada había matacanes; de hecho, los primeros matacanes se situa ron encima de las puertas. Si los atacantes lograban acceder al corredor, se encontraban con una lluvia de piedras, flechas, aceite hirviendo y otros proyectiles lanzados desde las buheras del techo y desde las aspilleras de los muros laterales; y todo esto en plena confusión y sin forma de cubrirse, mientras intentaban forzar la siguiente puerta o rastrillo. En ocasiones el corredor formaba una curva cerrada; esto no sólo contribuía a la confusión de los atacan tes, incapaces de ver claramente el final del mismo, sino que les pri vaba del espacio suficiente para lanzar un ariete contra la última barrera. Las puertas en sí estaban hechas de gruesa madera, muy bien reforzadas con hierro, se abrían hacia el interior mediante grandes bisagras de hierro y se cer raban con sólidas tranca s de mad era que atravesaban anillas también de hierro. A veces existía una pequeña puerta en el portón , para no tener q ue abrirlo en caso de que solamen te
tuviera que entrai' gente a pie. Muy pocos portones medievales han sobrevivido, pero el visitante todavía puede contemplar los restos de las bisagras, descubrir el profundo agujero en la piedra donde se apo yaba la tranca cuando no se utilizaba, e ide ntificar el marco de piedra contra el que la puerta cerraba herméticamente, para impedir que los atacantes pudieran introducir una palanca. Como protección adicio nal, algunas veces existía tras la puerta una resistente reja de hierro, sobre todo en los castillos de Escocia e Irlanda. A principios del siglo x i i llegó a Gran Bretaña un nuevo tipo de portón, el rastrillo. Era una pesada reja de madera reforzada con hie rro que podía subir y bajar en lugar de girar sobre unos goznes. La guarnición podía subirlo y bajarlo desde el habitáculo situado sobre el corredor, donde se alojaba el rastrillo cuando no se utilizaba. Quedan muy pocos rastrillos originales, pero es fácil detectar dónde ha existido uno. El hueco del techo por el que descendía puede haber sido cegado, pero normalmente han sobrevivido los surcos laterales po r los qu e se deslizaba pa ra bajar. Si el castillo estaba rodeado por un foso o un dique seco, normal mente existía delante de la puerta un puente levadizo que, al izarse, constituía un obstáculo más. Como nos muestran los esquemas, había formas muy diferentes de construir puentes levadizos, o giratorios, término más adecuado para algunos de ellos. El tipo consistente en dejar un profundo hueco interior, dentro del cual se alojaba la parte
inferior del puente cuando estaba cerrado, e ra especialmente efectivo. Si el foso era muy amplio, podía existir entre el castillo y la otra ori lla un pilar que unía ésta con otro puente levadizo que se añadía al existente entre la puerta y el pilar. Aunque las entradas fortificadas constituían una defensa formida ble, alguno s señ ores de castillos quisieron hacerlas aún más seguras, estudiando la manera de evitar que el enemigo llegara hasta la puer ta. P ara ello diseñaron una construcción exterior conocida como bar bacana-, ya durante el reinado de Guillermo I se construyó una fren te a la torre del homenaje de Exeter, que hacía las veces de entrada. Como muestra el dibujo del castillo de Conisbrough (página 26), la barbacana es un muro que rode a la muralla principa l y la puerta. En su interior, la entrada de la b arbacana tenía sus propias defensas, y a lo largo de los años éstas se fueron perfeccionando mediante torreo nes, rastrillos y puentes levadizos, hasta tal punto que algunas llega ron a constituir auténticas entradas fortificadas exteriores. Como podemos observar en algunos ejemplos como Exeter y Bramber, la combinación de la torre más fuerte del castillo, la tone del homenaje, con la defensa de la entrada fue una idea utilizada tem pra name nte por los con structor es. Cuanto más pod ero sas se volvía n las defensas de la entrada, más se revitalizaba esta idea. Pero esto sólo fue una parte del amplio desaiTollo que se produjo en la planifi cación de los castillos durante el siglo xm.
Aunqu e la pue rta y los rastr illos no suelen sobrevivir, aún es posible señalar dónde estuvieron colocados dentro del corredor gracias a los restos de bisagras (H), los hu ecos p ara las trancas (D) o los carriles para los rastrillos (P). Éstos a veces terminaban muy por encima del suelo, para im pedir que las puntas se rompieran contra el suelo. Los rastrillos eran generalmente de madera reforzada con hierro, pero en Escocia eran muy comunes las puertas enrejadas construidas completamente de hierro mediante barras cruzadas. Esta reja, de la que vemos sólo la mitad, se encuentra en en el castillo de Doune (página 30).
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Desarrollo de los castillos de torre del homenaje y recinto amurallado en Gran Bretaña Conisbrough, en Yorkshire, fue reconstruido completamente entre 1180 y 1190 po r Hamelin Piantagenet, hermanastro de Enrique II, y esta reconstrucción es una excelente muestra de castillo puesto al día en esa época. Hay que destacar la barbacana, las torres semicirculares de la muralla, cuidadosamente situadas para dar protección donde es necesario, y la torre del homenaje, situada en la muralla tanto para defender la primera línea de defensa como para servir de último punto de resistencia. Comparada con la de Orford (página 18), esta torre es completamente circular, pero está rodeada de seis torreones.
Pembroke, en su estado actual. Probablemente fue construido po r su propietario más famoso, William Marshal, nacido después de 1200. Es más grande que Conisbrough y su entrada fortificada se hace más compleja por e l muro añadido que dobla su espesor; la barbacana está muy deteriorada. Las torres de la muralla son anchas y circulares. Se pueden ver los cimientos de un muro que atravesaba el patio. La torre del homenaje, la más grande de planta circular de Gran Bretaña, está situada para defender este muro y do minar el recinto, y tiene una cúpula de piedra, desde la cual podían disparar simultáneamente dos filas de arqueros.
Warkworth, en Northumberland, sufrió muchas reformas po r parte de sus diferentes señores. Tiene todavía el diseño de un castillo de mota y recinto fortificado, pero los muros de piedra que reemplazaron la empalizada parece que no incluyen todo el recinto original. La muralla existente fue construida o reconstruida hacia las fechas señaladas en la fotografía. La torre del homenaje, más alta de lo habitual, probablemente es única, y combina fortaleza con lujo y magnificencia. En el tiempo en que fue construida, el famoso Harry Hotsp ur debió alojarse a menudo en el castillo.
Helmsley, en Yorkshire, no se asocia con ningún nombre famoso, y su construcción nos recuerda que los constructores de castillos no eran ardientes seguidores de las modas, sino que adaptaban sus ideas a las circunstancias. La obra de tierra, que data probablemente del 1100, no sugiere un diseño del tipo de mota y recinto fortificado. La torre del homenaje, construida alrededor de 1200, está sobrepuesta a la muralla, cuadrada en el lado del patio y redonda en el que se enfrenta al atacante. La gran barbacana, probablemente c. 1250, protege la totalidad del castillo y forma parte del terraplén que, entre dos fosos, rodea el castillo, con una barbacana más pequeña en el extremo.
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Etapas de desarrollo de un castillo: Brougham, Cumbria
3. Hacia 1290 se añadió una torre en la esquina más expuesta de la muralla, la torre d el homenaje se hizo más alta y se cons truyó una entrada fortificada interior entre la torre del ho menaje y la muralla. 1. Entre 1170 y 1180, en el emplazamiento de una antigua fortificación romana frente al río Eamont, se construyó una torre del homenaje de piedra dentro de un recinto proteg ido p or un foso y una empalizada. La mayoría de los edificios eran de madera.
2. Durante la prim era mitad del siglo xm, se construyó un bloq ue residencial de piedra al lado de la torre, junto a las defensas exteriores. La empalizada fue sustituida po r una muralla de piedra, y dentro de ella se truyero n una sala de piedra, una cocina illa y otro edificios.
4. A principios del siglo xiv se añadieron más edificios domésticos junto con una entrada fortificada exterior contigua a la torre del homenaje. Pocos años más tarde se hizo más alta y se conectó con la entrada interior po r un corredor. Alre ded or de 1330 el castillo alcanzó su forma definitiva, un rec into compacto, aunque débil, dominado y defendido por un poderoso grupo de edificios formado p o r la torre del homenaje y la entrada.
Federico, Stupor Mundi, y sus castillos Es evidente que el problem a de d iseñar los mejores castillos posibles ocupó a personas de gran inteligencia, y la más destacada de ellas fue, pro bablemente, el em perado r del Sacro Imperio Fed eric o II, llama do Stupor Mundi , Maravilla del Mundo, quien reinó desde 1212 hasta 1250. Fue un hombre de inagotable curiosidad científica y experi mental; jamás se sentía satisfecho con explicaciones a medias o con relatos no demostrados, y siempre trataba de imaginar algo mejor. Cuando se dedicó a diseñar castillos, los resultados que obtuvo fueron distintos a los de cualquier otra fortaleza de su tiempo, aunque cono cía la arquitectura militar de Inglaterra, Francia, Alemania, Italia y Tierra Santa. Alemán de nacimiento, pasó la mayor parte de su vida en Sicilia y el sur de Italia, donde construyó sus famosos castillos. Es interesante destacar que en Termoli, por ejemplo, no decidió construir una torre circular, sino que, en realidad, se trata de un enor me talud, una pirámide truncada. Sobre ella se levantaba una torre más pequeña desde la que se dominaba comp letam ente la pa ite inferio r; incluso si el enemigo tomaba esta zona, no podía permanecer allí sin enfrentarse a una lluvia de proyectiles lanzados desde la tone superior. Otro de sus castillos, Castel del Monte, es muy difícil de describir en términos de torres o fosos. La estructura principal es una cons trucción octogonal desproporcionad amente baja, con las habitaciones
La torre de Termoli.
agrupadas en torno a un patio de armas central, y con una tone octo gonal en cada esquina, desd e las cuales los arqueros podían cub rir las murallas adyacentes y las torres vecinas. La influencia de este tipo de construcciones se dejó notar en otros tenitorios de la cuenca medite rránea, como muestra la planta circular con tones adosadas del casti llo de Bellver en Palma de M allorca, residencia real construida duran te el reinado de Jaime II (1291-1327). Castillos como éstos nos advierten de que no debemos intentar hacer una clasificación demasiado rigurosa de tipos y períodos. Las clasificaciones que usamos han sido establecidas por los historiado res solamente como ayuda para una más clara comprensión de las dis tintas características y diseños desareollados. Sin duda, los construc tores podían estudiar cualquier innovación de la que tuvieran noticia, pero no podían copiarlas de lib ros de texto. Usaban su sentido com ún y su experiencia, e intentaban a la vez aprovechar las ventajas del teireno sobre el que debían construir y corregir sus puntos débiles. Tenían en mente las circunstancias de ese castillo en particular: ¿exis tían, por ejemplo, posibilidades reales de sufrir un ataque serio?; ¿de cuánto dinero disponían? Además, muchos castillos no se construían de acuerdo con un único proyecto, sino que se iban alterando duran te sus muchos siglos de utilización. Cuando los observamos debemos intentar comprender qué era lo que pretendía su constructor; la mayo ría de los constructores no tenían la posibilidad de realizar brillantes experimentos como los del emperador Federico.
Castel del Monte, construido en 1240, está situado en una colina y su regularidad geométrica le da la apariencia de estar acabado. De hecho, la intención era construir otro recinto fortificado, que nunca se realizó. Federico construyó igualmente otros castillos rectangulares de diseño igualmente geométrico.
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5. Diseñar castillos perfectos
Todas las mejoras detalladas en el capítulo anterior tuvieron como consecuencia un cambio muy grande tanto en la resistencia como en el aspecto de los castillos. Incluso un viejo castillo de torre del homenaje amurallada podía transformarse bastante con matacanes, torres, espolones, aspilleras y formidables entradas fortificadas. Cada añadido era, por supuesto, cuidadosamente proyectado por el propietario y su constructor. Pero cuando había que diseñar un castillo completamente nuevo, el maestro constructor (o arquitecto) disponía de tantas posibilidades que podía seleccionar y combinar diferentes elementos, considerando qué tipo de defensa era más adecuado para cada punto, hasta crear un castillo que respondiera exactamente a las necesidades de su propietario.
Concentrar el poder En una época en la que la mayor parte de las defensas de un castillo quizá una simple empalizada, o una muralla sin torres eran relati
Doune, en Perthshire, un castillo pequeño de finales del siglo xiv. Los edificios principales, construidos en un solo bloque, son la sala (H), el salón privado y las habitaciones del señor (L), y la coc ina (K). Los aposentos del señor estaban separados de la sala principal por un fuerte muro interior, y controlaban el pasaje de entrada (G).
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vamente fáciles de penetrar para un enemigo decidido, alguien tuvo la excelente idea de construir una fuerte torre del homenaje. Pero, incluso con esto las desventajas eran fáciles de adivinar. La torre sólo podía proteger a las personas y propiedades del castillo. No podía albergar una guarnición lo suficientemente grande como para amenazar al enemigo con contraataques. Si bien es verdad que un puñado de hombres en una torre normanda podía defenderla de un ejército, no es menos cierto que una pequeña fuerza era suficiente para bloquearla. Por este motivo, muchas torres se situaban en el centro del recinto fortificado. Esto permitía a los ocupantes de la torre dominarlo por completo, pero normalmente la torre estaba demasiado lejos para ofrecer ayuda en caso de un ataque enemigo a los muros exteriores. Cuando la muralla era muy poderosa, ¿tenía algún propósito la existencia de una torre del hom enaje? L a alternativa de Framlingham (página 22) demostró que esta forma de pensar era un error; el castillo no pudo oponer más que una débil resistencia cuando fue atacado en 1216, en contraste con la dura resistencia de la vieja torre de Rochester el año anterior (página 15) y la triunfal defensa de Dover (página 16). Pero si Ja muralla tuviese una serie de torres verdaderamente fuertes, ¿no podría una de ellas hacer las veces de torre del homenaje? Existía un acuerdo general respecto a que era mejor que el punto más fuerte del castillo estuviera en la vanguardia, y no desaprovechado en su interior. De este modo, si un atacante atravesaba la muralla, encontraría una defensa más fuerte en varias torres grandes, todas ellas capaces de actuar independientemente, que en una única torre del homenaje. Del mismo modo, muchos señores se sentían más seguros si disponían de un buen baluarte en su castillo, mayor que cualquier torre. Con el desarrollo de las entradas fortificadas se fue haciendo evidente que éstas debían ser mucho mayores que el resto de las torres que defendían la muralla, y que al agrandarse podían servir como torres del homenaje, lo que suponía una mejor protección de la entrada. Existía además una ventaja añadida: el señor y las personas de mayor confianza vivirían ahora sobre la entrada, cerca del mecanismo que controlaba el puente levadizo y el rastrillo, por lo que a un traidor le resultaría mucho más difícil abrir la puerta al enemigo. Además, era mucho más barato construir una torre especialmente fuerte que dos. Podían existir diferentes opiniones acerca de las ventajas de situar la torre del homenaje en la entrada, dependiendo quizá de los diferentes emplazamientos. La más famosa de todas estas torres del homenaje utilizadas co mo puerta de entrada, la de Harlech (página 35), permanece prácticamente inalterada. La de Dunstanburgh, que antes de caer en ruinas debía ser aún más impresionante que la de Harlech, fue pronto bloqueada y convertida en torre del homenaje pura, aunque todavía dominaba la nueva entrada al castillo. Incluso en los cas
Castillo de Dunstanburgh, en Northumberland; fue construido entre 1313 y 1325 sobre una amplia meseta, con una enorme torre del homenaje que hacía las veces de entrada en el único lado accesible. Cincuenta años después se alteró la entrada, como se puede observar en esta reconstrucción. La barbacana fue derribada y el paso de la puerta fue bloqueado po r un muro exterior cuadrado. Convertido en una torre del homenaje pura, el gran edificio todavía dominaba la entrada.
tillos pequeños, los señores prefirieron concentrar la defensa princi pal encim a o cer ca de la entrad a, y vivir ellos mism os en ella.
La línea de defensa Estuviese donde estuv iese el principal punto fuerte, el primer propó sito de un señor consistía en mantener al atacante fuera del castillo. Conforme mejoraban las defensas de la muralla, aumentaban las po sib ilida des de que el señor decidiera manten er un a línea de defen sa alrededor del recinto, en vez de defender un último refugio. Cuanto más corta fuese esta línea, más fácil sería de defender con una guarnición limitada, y más fuertes y compactas las torres, a las que se podría destinar una cantidad moderada de dinero. Sin embar go, el acortar el perímetro de la defensa podía privar al castillo del
Los visitantes debían atraves ar una nueva puerta ex terior (1); pasar entre la muralla y un nuevo muro exterior (M); traspasar otra puerta (2) dentro de la nueva barbacana (B), y gir ar a la derecha para pas ar todavía a través de otra puerta (3). Ahora estaban en el vasto recinto exterior, pero todavía tenían que entrar en el pequeño recinto interior antes de alcanzar la torre.
espacio suficiente para proteger a todas las personas y animales necesarios. A veces el lugar en sí era tan inaccesible que el enemigo sólo podía atacar en una d irec ción, y en ton ces todos los con structores co n centraban sus esfuerzos en construir allí una línea de defensa inex pugnable. En sus castillos de las mo nta ñas, los alemanes solían cons truir un Scliildinauer («muralla-escudo»), una tone descomunal que blo queab a el único cam ino hacia el castillo. En Gran B reta ña, aunqu e algunos castillos estaban situados sobre colinas, este sistema se podía utilizar en muy pocos lugares. La excepción eran los promo ntorios de los abruptos acantilados al borde del mar, donde la única posibilidad de aproximación del enemigo p odía ser bloqueada mediante una línea de fortificaciones. Es el caso de Tantallon, sobre un acantilado del estuario de Forth, donde se conservan pocos restos de las débiles defensas del lado del acantilado, o de la pequeña muralla que coro-
Dos métodos para blo que ar el avance enemigo. Tantallon, cons truido a finales del siglo xiv sobre un acantilado saliente del estuario de Forth, tenía una especie de Schildmauer, con una torre en cada extremo y una entrada fortificada en el centro. Château Gaillard, construido entre 1195 y 1198 sobre un risco a orillas del Sena, tiene una torre del homenaje (K) dentro de un recinto interior (IB) y otro intermedio (MB). El único acceso practicable está bloqueado por el formidable recinto exterior (OB) y sus pr ofun dos fosos.
naba el dique frontal, pero do nde ha perdurado la poderos a silueta de esta «muralla-escudo». Independientemente de lo fuerte que fuera la línea principal de defensa, lo mejor era, siempre que se pudiese, intentar impedir que el enemigo concentrara sus fuerzas para atacarla. Esto se podía conse guir construyendo otras defensas. En Château Gaillard, el emplaza miento hizo posible obligar al enemigo a conquistar primero un recin to exterior, y después un segundo recinto antes de enfrentarse al últi mo y más fuerte de ellos. Sin embargo, muchas veces los señores se veían obligados a construir su castillo en un lugar d onde el enemigo po día atacar dir ectam ente des de cualq uie r dirección. Enton ces había que reforzar las defensas todo alrededor. La muralla principal debía ser rodeada por un anillo completo de defensa. Esas son las cons trucciones que se llaman concéntricas, el término geométrico de dos círculos con el mismo centro. Kenilworth es un castillo de este tipo. Cuenta con dos recintos, uno completamente rodeado por el otro y, alrededor, un amplio foso con un lago artificial y un dique fortificado. En 1266, Kenilworth fue el último reducto en el que los partidarios de Simón de Montfort resistían todavía ante el rey Enrique III. Sin esperanzas de relevo, resistieron durante seis meses el asedio del ejército real. Las máqui nas de guerra del rey no consiguieron romper sus defensas y, cuando el hambre y las enfermedades obligaron a la guarnición a rendirse, la rendición se produjo en condiciones muy favorables. A pesar de su fortaleza, Kenilworth tenía un grave defecto. El recinto interior, con su torre del homenaje cuadrada, estaba situado demasiado lejos del recinto exterior, de manera que los arqueros que guardaban la torre estaban muy alejados del muro exterior y no podían ayudar a los hombres que lo defendían. E l conde de Gloucester luchó en el asedio de Kenilworth, y poco después empezó a construir un castillo de las mismas características en Carphilly, en el sur de Gales. Como Kenilworth, Carphilly tenía un lago artificial y dos anillos de murallas, pero, en este caso, el recinto interior estaba cerca del exte rior, bajo pero muy fuerte, de manera que los arqueros de la muralla principa l podían disparar contra los atacantes que intentaran ace rcar se a la primera línea de defensa. El sistema era el siguiente: el ata cante no podía asaltar la muralla principal sin antes haber tomado la exterior, pero ésta no podía tomarla mientras los defensores de la muralla principal permanecieran activos. Por lo tanto, como es lógi co, resultaba imposible conquistar un castillo concéntrico diseñado tan concienzudamente. No sólo se estudió cuidadosamente la distancia entre las dos líneas de defensa y su altura relativa, sino que también se tuvieron en cuenta la regularidad y la uniformidad en el diseño del conjunto del castillo. Si cortásemos este castillo por la mitad, descubriríamos que las dos mitades son prácticamente idénticas. En otras palabras, el castillo fue diseñado para ser simétrico.
Defensas co ncéntricas con uso de agua
En Kenilworth, Warwickshire, el diseño del castillo que tan buen servicio dio en 1266 todavía puede verse claramente, a pesar del gran número de reconstrucciones posteriores. La torre del homenaje está en la esquina de un grupo cuadrado de edificios que marcan la posición del recinto interior, situado en el centro de un gran recinto exterior. Estas líneas de defensa concéntricas estaban defendidas po r un gran lago que impedía el minado; el lago ha sido drenado, pero su posición está marcada en la fotografía. En Caerphilly, sur de Gales, el castillo no se construyó gradualmente com o Kenilworth, sino que fue construido en cuatro años, de 1268 a 1271, por un barón que había participado en el sitio de Kenilworth. Tiene los mismos principios, pero mejorados y puestos al día. El recinto interior, c ompac to y simétrico, tiene altas murallas y grandes torres, pero no torre del homenaje, sino dos grandes entradas fortificadas. Se sitúa dentro de un recinto exterior de murallas tan bajas y tan cercanas a la interior, que un atacante podía escalarlas pero no sobrevivir en ellas. Alr ededo r permanecen las elaboradas defensas del gran lago, en parte cerrado y regulado po r una enorme barbacana situada en uno de los extremos.
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No se trataba sólo de una cuestión estética. Los arquitectos comprendieron que si un castillo presentaba el mismo tipo de defensas por todos sus lados, al enemigo le sería difícil elegir un punto débil. El emperador Federico había llevado esta idea a sus últimas consecuencias en Castel del Monte (página 29), pero lo más probable era que los castillos simétricos de finales del siglo xin no fueran una copia de aquél, sino el resultado final de muchos años de creciente destreza en la planificación de castillos.
Rhuddlan 1277-82
Flint 1277-80
Los castillos de Eduardo I en el norte de Gales Los castillos con un diseño más perfecto de Gran Bretaña y posiblemente del resto de Europa son un grupo que hizo construir Eduardo I para tener un estrecho control sobre el norte de Gales después de conquistar esa tierra montañosa y de fieros guerreros. S e utilizaron los principios más modernos; grandes entradas fortificadas y torres flanqueantes, planos concéntricos y simétricos, aspilleras estratégicamente situadas y ningún ángulo recto que pudiese ser bombardeado o minado. Y aun así, eran todos diferentes, en función del lugar elegido. El maestro constructor podía decidir si se prescindía de la construcción de otro muro o incluso de la entrada fortificada si consideraba que no era útil. La mayoría de estos castillos fueron diseñados para proteger las nuevas ciudades amuralladas de habitantes leales a Eduardo, y todos ellos podían ser aprovisionados por mar, ya que el rey inglés podía conseguir barcos y los rebeldes galeses no. Entonces, ¿eran realmente necesarios tan magníficos castillos? Los galeses eran famosos por sus repentinos y feroces ataques, pero no eran hábiles para sitiar castillos. Quizá estas construcciones intentaban impresionarlos con el poder del rey Eduardo y hacerles comprender que la rebelión era inútil y que los castillos eran bastante más grandes que las pequeñas torres con las que tenían que conformarse los príncipes de Gales. No podemos estar seguros. El constructor de Eduardo era un hombre procedente de Saboya, el maestro Jaime de San Jorge. Cuando observamos esas obras soberbias, podemos sospechar que tanto el rey como el arquitecto amaban los castillos, y que usaron la conquista de Gales como una oportunidad para construir los más magníficos que hayan podido ser concebidos.
Harlech 1285-90
Caernarvon 1283-92 1295-1301 1309-27
Beaumaris 1295-98 1306-13
50 metros 150 pies
Los seis principales castillos eduardinos en el norte de Gales. Las plantas están a la misma escala para hacer más fácil la comparación. Los dibujos de los dos más antiguos están en la página 22 y la portada; los «cuatro grandes» aparecen en la página contigua. Cada uno de ellos fue diseñado para adaptarse a su terreno concreto, aunque todos tienen principios y técnicas similares.
Los grandes c astillos eduardinos
Tanto Conway como Caernarvon tienen altas murallas, numerosas torres y un único recinto dividido. Ambos son palacios a la vez que fortalezas, y ambos dominan los puertos en los que están situados. Pero uno está construido sobre una roca y tiene dos barbacanas, aunque no entradas fortificadas. El otro ocupa un terreno bajo, tiene un foso inundado y dos
entradas fortificadas muy fuertes sin barbacanas. Desde el exterior, Caernarvon conserva su aspecto original, con sus murallas a bandas hechas para impresionar. Conway ha perdido los tejados que se ven en el dibujo, pero, con independencia de esto, sigue presentando un aspecto poderoso.
Harlech y Beaumaris, desde el punto de vista del diseño, también son muy similares. Uno de ellos se alza todavía sobre una colina rocosa junto al mar, y el otro sobre un terreno llano al lado de una ribera baja; el mar ha erosionado la parte inferior de la roca de Harlech, pero, aparte de eso, el aspecto del castillo ha cambiado
poco desde la Edad Media, como se muestra en el dibujo. Demostró su fuerza en algunos sitios famosos. Beaumaris, en una posición más débil, tenía un diseño incluso más fuerte, pero nunca pudo demostrarlo, pues no llegó a terminarse.
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6. El castillo como lugar de residencia
Hasta ahora hemos contemplado los castillos como fortalezas, como si a los constructores sólo les interesara mantenerlos a salvo de los ataques. De este modo, hemos explicado los cambios en el diseño de los castillos desde el punto de vista del desarrollo militar. Pero si la seguridad era la primera preocupación, existía también el problema de adecuar en el interior de las defensas todas las construcciones necesarias para la vida diaria del señor del castillo, su familia y sus
La sala de Penshurst Place, en Kent, construida en 1340, todavía conserva gran parte del mobiliario medieval. Esta vista está tomada desde el lado donde se situaba el señor. El hogar central calentaba e iluminaba toda la estancia, mientras que el humo, a veces excesivo, ascendía y salía a través de una lumbrera en el alto tejado.
sirvientes. Cuanto más importante era el señor, más gente tenía bajo su techo. El castillo debía ser además una casa donde vivir confortablemente y mantener la dignidad necesaria para impresionar a otras personas con su importancia y poder; debía ser el centro administrativo de una extensa propiedad. Desde allí los administradores del señor supervisaban muchos pueblos, incluso ciudades, asegurándose de que se pagaban puntualmente las rentas e impuestos. Estos administradores debían disponer de una estancia en la que trabajar y guardar sus cuentas; además, ya que la mayoría de las rentas se pagaban en especie y no con dinero, debían existir lugares donde almacenarlas; aunque de todas formas los graneros y las bodegàs para guardar comida y bebida habrían sido necesarios para mantener a tantos habitantes, especialmente si existía el riesgo de sufrir un asedio. Además, el señor solía ser el responsable de mantener el orden e impartir justicia en sus tierras; el rey se reservaba probablemente el juzgar en sus propios tribunales los crímenes mayores por los que un criminal convicto podía perder la vida o uno de sus miembros, pero los tribunales del señor podían juzgar crímenes menores y disputas entre sus aparceros. Se hacía, pues, necesaria una gran sala que impresionara lo suficiente durante los procesos, y un sitio donde guardar las actas del tribunal. Todo esto era lo rutinario. Además, podían llegar invitados de importancia quizá el rey en persona con sus sirvientes, por lo que era preciso que hubiera estancias adecuadas para alojarles conforme a su nobleza. Un arquitecto debía tener en mente todas estas funciones mientras planeaba las construcciones que se incluirían tras las defensas y debía tener en cuenta, por ejemplo, que una torre que se usara como almacén debía también estar lista para el combate. Las condiciones podían variar mucho. Los castillos fronterizos debían estar preparados para combatir al menor indicio de hostilidad, mientras que los situados en el centro de un reino bien gobernado podían no llegar a sufrir ningún ataque. Algunos castillos eran la residencia permanente del señor, mientras que otros pertenecían a un gran noble que poseía muchos castillos y que viajaba constantemente de uno a otro. En estos últimos era necesario disponer de alojamientos para el alcaide, que lo gobernaba durante casi todo el tiempo, así como para el señor que llegaba de cuando en cuando con su corte de sirvientes y soldados para comprobar si sus propiedades prosperaban, decidir algunas cuestiones de gran importancia que no podían dejarse en manos de los administradores locales y consumir los alimentos que habían sido obtenidos como renta. De cuando en cuando, hasta el más pacífico de los castillos podía estar repleto de gente y en plena ebullición. La habitación más importante era el gran salón, y ha continuado siéndolo hasta hace bien poco. Incluso aunque el señor, especialmente durante la Baja Edad Media, encontrara demasiado aparatoso comer habitualmente en la sala acompañado de su gente, había muchas ocasiones com o las grandes celebraciones de Navidad,
Pascua y Pentecostés, por ejemplo, o cuando se alojaban en el casti llo invitados importan tes- en las que el señor debía ofrecer cenas ade cuadas a la ocasión. El salón estaría repleto de sus seguidores, obvia mente con él a la cabeza, y el menú podía consistir en una docena de platos o más, servid os con mu cha ceremonia. Cu anto más disti ng ui dos fueran los invitados, más variados y elaborados debían ser los platos presen tad os ante ellos . Las cocinas capaces de preparar festines de semejante calibre debían ser grandes y situarse relativamente cerca del salón. A causa del riesgo de incendio, los constructores debían intentar situarlas en lugares seguros y convenientes para servir; en Caerphilly, la cocina principa l se encontraba fue ra de la m uralla interior, con un a pu erta en el muro por donde los sirvientes llevaban la comida al salón. Algunas cocinas tenían los techos altos y puntiagudos, para permitir a los que trabajaban disponer de una mayor corriente de aire y, por tanto, de un fuego más vivo; cocinar la comida en grandes hogueras en el centro de la cocina o, más tarde, en chimeneas igualmente grandes pegadas al muro podía resultar un trabajo nauseabundo y agobiante. Algunas veces existía un horno en vez de una chimenea, pero en la mayoría de los casos la tahona y la destilería de cerveza eran edificios separados; el pan y la cerveza formaban parte de la dieta habitual, y el castillo necesitaba un suministro grande y constante de ambos. Cerca de la cocina solía situarse un almacén para la cerveza y el vino. Los pasi llos de entrada a la cocina y a la bodega estaban separados, y ambos terminaban en el gran salón, ocultos tras cortinas desde las cuales los encargados de servir las mesas transportaban la comida y la bebida. El estrado donde se sentaba el señor (página 7) se encontraba nor malmente al final del salón, frente a las cortinas, en un punto en el que había una puerta que conducía directamente a sus aposentos pri vados. Su sala de estar principal era llamada la solana, ya que, siem pre que era posib le, sus venta nas estab an orientadas hacia el sur para aprovechar la luz del sol. Allí se encontraban también los dormitorios para el señor, su fam ilia y alg unos de sus sirvientes de más confian za. En la Baja Edad Media, el señor hacía la mayor parte de sus comi das en sus aposentos privados, acompañado de un reducido grupo de person as, y esas com idas eran preparadas en una p equeña cocin a c er cana. Un señor realmente importante, sin embargo, no podía evitar una buena dosis de ceremonial, incluso en sus habitaciones, y así podem os observar cóm o los artistas del siglo XV describen escenas cotidianas en los hogares de la alta nobleza; no se podía esperar menos de personas de su rango. En comparación con las casas actuales, el mobiliario era bastante austero, incluso en las habitaciones del señor. En la Baja Edad Media la mayoría de la gente poseía una cama, pero sólo los ricos tenían sillas; lo normal era sentarse en taburetes, bancos o asientos labrados en los muros, generalmente bajo las ventanas. Las mesas todavía eran tablas apoyadas en caballetes. Una de las razones por las que no
Cocineros cortando, m ezclando y cocinando c omida a principios del siglo xiv.
abundaban los grandes muebles permanentes era la dificultad de introducirlos a través de escaleras de caracol o puertas estrechas, razón por la cual, además de las mesas, muchos otros artículos se diseñaban también para poder ser montados y desmontados según las necesidades. Esto resultaba especialmente práctico para un señor que viajase mucho; por ejemplo, era mejor guardar la ropa en un arcón que pudiera transportarse que dentro de un pesado armario. Los gran des muebles permanentes que se pudieran necesitar se construían directamente en el aposento del castillo en el que quedarían instala dos. Los suelos de madera no planteaban ningún problema, aunque se ensuciaban muy pronto y por esta razón convenía utilizar alfombras de junco o esparto, que podían ser reemplazadas de forma fácil y barata, y que servían tam bién para decorar y abrigar. La gente
Armeros haciendo armaduras, mallas para caballo s y una espa da; siglo χία.
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Una escena cotidiana en el patio del castillo; reconstrucción del castillo de Framlingham (página 22) en el siglo xm.
comente se limitaba a esparcir los juncos sobre el suelo, lo cual era todavía más sencillo de cambiar. Sólo unos pocos señores ricos de la Edad M edia se podían permitir alfombras tejidas, y éstas servían más pa ra cu brir mesas y pared es que suelos. Si los propietarios de los castillos no se ocupaban demasiado del mobiliario, sí lo hacían en cambio de decorar las paredes. Las colga duras de colores, en algunas ocasiones bordados o tapices, cubrían todo el contorno de algunas habitaciones; no sólo decoraban, sino que reducían las corrientes de aire y amortiguaban los ruidos, problemas serios en las grandes construcciones de piedra. Com o alternativa, era común cubrir los muros con yeso y pintarlos, algunas veces con motiMúsicos tocando el arpa, el salterio (una especie de cítara donde las cuerdas se tocan con una pluma de ganso), el olifante (una trompeta hecha con cuernos huecos) y dos tipos de viola (el antepasado del violín y del chelo modernos); siglo xm.
vos religiosos, otras con historias de la mitología griega y romana (donde los personajes vestían a la manera de los caballeros y las damas medievales: a un artista medieval no le importaba demasiado la exactitud histórica), otras con dibujos de animales y flores, o con criaturas míticas, o con dibujos abstractos. Cuando nos encontremos en las habitaciones de piedra desnuda de un castillo deshabitado debemos hacer un gran esfuerzo para imaginarlas tal y como eran, con las paredes y los techos llenos de color. Recordemos también que los nobles vestirían con ricos ropajes, a menudo con pieles y joya s, sus sirvie ntes con trajes de viv os colores y los ho mb res de armas con brillante acero bruñido. M uchos castillos tenían encalados también sus muros exteriores, de manera que a distancia se veían claros y limpios. Para mantener todo esto era necesario un duro trabajo, una orga nización eficiente y un constante abastecimiento. Las provisiones de las bodegas debían ser utilizadas mientras estuvieran en buenas con diciones, y reemplazadas constantemente. La com ida fresca procedía de jardines y huertos, viveros y criaderos situados dentro de las defensas del castillo o justo fuera. Mucho s castillos tenían palomares, en algunos casos parecidos a torres, pero llenos de huecos donde los pájaros po dían anidar; con ello se pr ov eía de car ne durante lo más crudo del invierno, cuando era difícil encontrar otro tipo de carne fresca. Para mo ler el grano existía a veces un molino de viento situa do en lo alto, aunque la Torre de Londres contaba con un molino de agua empujado por la subida y la bajada de la marea en el foso. La limpieza era muy importante en un lugar donde debían convi vir encerradas tantas personas. A veces se podía traer el agua de un arroyo cercano, pero era esencial disponer de un pozo den tro del cas tillo. Siempre que era posible había un pozo dentro de la torre de homenaje, pero también debía haber otro en el interior del recinto, donde era más necesario para la gente que trabajaba en los establos, la herrería, la lavandería y otras ocupaciones. Probablemente la gen te corriente sólo tomaba un baño cuando se metía en el arroyo en los cálidos días de verano, pero las clases altas disponían de bañeras que hacían llenar de agua caliente y, a la hora de comer, los sirvien tes traían aguamaniles con los que las damas y los caballeros podían limpiarse los dedos después de coger con las manos la comida: no existían los tenedores. En cuanto a la higiene, los constructores podían diseñar guarda rropas (página 10) que desembocaban en el foso, pero era más común el uso de letrinas que alguien se encargaba de vaciar regularmente, aprovechando posiblemente su contenido como fertilizante para los campos. Entre sus tareas cotidianas, la gente del medievo no olvidaba sus deberes religiosos. Ningún castillo estaba completo sin tener al menos una capilla, en la torre del homenaje, en una torre de la mura lla o incluso como edificio independiente dentro de la plaza.
La capilla de la torre de Dover, realizada con tanto esmero y tan pequeña, que sólo podía se r utilizada po r un reducido núm ero de personas importantes.
Disponían de sacerdotes propios que, a menudo, tenían sus dormito rios cerca de la capilla. El señor podía escuchar misa junto a su gente, de la misma manera que cenaba en la sala, pero aquí también se pre fería la privacidad, así que en muchos castillos, como el de Beaumaris, vemos pequeñas habitaciones que daban a la capilla y desde las cuales era posible asistir a las celebraciones sin ser visto por el resto de la congregación. También era común que el señor y su esposa dispusieran de una pequeña habitación pa ra rezar, el oratorio, próxima a sus dormitorios. Esencialmente, la vida dentro de un castillo varió poco durante toda la Edad Media. Pero, así como el diseño de los castillos se vio afectado por el desarrollo de nuevas técnicas bélicas y de defensa, también crecieron el comercio y la riqueza, y por tanto, las ideas de la gente sobre la comodidad y el lujo, por no mencionar el fasto y la ceremonia. La demanda de más y mejores aposentos para el señor y la señora y sus familiares y huéspedes distinguidos, y de un mejor servicio para ellos, supuso mayores problemas para el maestro cons
tructor. Para todo esto era necesario espacio, y un castillo amplio es más débil que uno compacto. Naturalmente, los señores y sus damas preferían moverse sin estrecheces, pero un castillo dise ñad o para per mitir esto también permitía al enemigo m overse con más facilidad una vez dentro. Las grandes ventanas, a veces finamente labradas, daban mucha luminosidad en tiempo de paz, pero, incluso con contraventa nas de madera y rejas de hierro, suponían un punto débil en tiempo de guerra. De ese modo, sobre todo durante la Baja Edad Media, el cons tructor de castillos se enfrentaba a la dura tarea de combinar la segu ridad y la comodidad, necesidades normalmente contradictorias. Donde más necesaria era esta com binación era en los castillos rea les. Los castillos que Eduardo I construyó en el norte de Gales fueron en su mayoría diseñados como residencia real. Caernarvon fue parti cularmente concebido como un castillo-palacio (páginas 34-35), y todavía no tenía ventanas en los muros más expuestos, ni siquiera en los de los aposentos reales. Hacia el final de la Edad Media, cuando los castillos pierden su valor militar, incluso el castillo más palaciego continúa siendo una fortaleza. Para terminar, ¿cómo era un castillo como prisión? Algunas perso nas conservan la horrible visión de que todos los sótanos de los casti llos eran lugares llenos de ratas y esqueletos, cadenas e instrumentos de tortura; en inglés, la palabra donjon, torreón, ha derivado en la pala bra dungeon, mazm orra. Detrás de esta sórdida noción, lo cierto es que algunas veces el castillo era utilizado como prisión local; esta función se convirtió en algo habitual con el final de la utilidad militar de los castillos, y a las fortificaciones urbanas como la Torre de Londres les esperaba el mismo destino. Es probable que durante la Edad Med ia el señor, como cualquier representante de la ley y el orden, tuviera que encarcelar a alguien, y en este caso el lugar más seguro eran una torre o un sótano. Algunos castillos tenían pequeñas «fosas» o «mazmorras botella» donde existía una única ent rada en el techo; esto era más común en áreas de gran delincuencia, como la frontera angloescocesa. Las prisiones estaban a menudo al lado de un cuerpo de guardia o una garita y, si era conveniente, existía una celda para delincuentes peli grosos que acabaran de ser capturados. En la Edad Media, la gente corriente no permanecía presa mucho tiempo; los criminales eran eje cutados o sometidos a castigos físicos. La gente importante sí podía perma necer cau tiva durante largos períodos, pero en general estaba n cómodos, a menudo más como invitados que como prisioneros. Hay que admitir que la gente con una posición poderosa puede volverse corrupta y cruel, y los actos crueles eran comunes durante la guerra; pero esto no es algo exclusivo de la Ed ad Media.
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7. Castillos más pequeños
En los capítulos anteriores hemos hablado principalmente de los poderosos castillos pertenecientes a reyes o grandes señores. Con ello queríamos sentar las bases. Además, normalmente son los grandes castillos los que se han conservado mejor y los que son más conocidos, pues suelen atraer a un gran número de visitantes. Sin embargo, la mayoría de los castillos pertenecían a personas que no podían permitirse algo demasiado grande, sino que necesitaban un edificio razonablemente seguro e imponente. La mayoría de los terratenientes en la mayor parte de los países europeos construían lo que juzgaban que mejor se adaptaba a sus propias circunstancias, y el resultado fue una multitud de castillos de todas las formas y estilos. E xist e tanta variedad que es prácticamente imposible clasificarlos a todos; sin embargo, nos será útil analizar los tipos más comunes.
Las casas solariegas fortificadas Un caballero o propietario común, señor de un pueblo, o quizá de dos, no podía aspirar a un gran castillo. Sin embargo, necesitaba una casa que le confiriera algo de dignidad como señor de la propiedad, en la que pudiera guardar su título, archivar sus cuentas y protegerse a sí y a su familia del robo y los disturbios. El peligro de ser atacados podía ser muy grande en algunas áreas, como las zonas fronterizas, por ejemplo, pero la inseguridad era común en todas partes en épocas de disturbios y desgracias com o las hamb runas o cuando el rey era demasiado débil para impedir las disputas y revueltas. ¿Qué era lo mínimo a lo que un pequeño señor podía aspirar? Sala, cocina, aposentos privados, establo y un pequeño almacén; en otras palabras, la composición básica de un castillo, pero a pequeña escala. Si en torno a esto se construía un muro con almenas, podía ser suficiente, especialmente si existía un dique o un foso que ofreciera una protección adicional. Es posible que el propietario hubiera construido esto, pero que luego su hijo o su nieto hubieran reforzado la casa con una entrada fortificada y con una o dos ton es. Muchos de los pequeños castillos fueron construyéndose por partes, erigidas como y cuando al señor le pareció conveniente.
Contraste entre casas señoriales. Aydon, en Northumberland, construida hacia 1300, comenzó como sala en la cima de una colina, y más tarde se le añadieron un ala de servicio y un recinto interior almenado; el exterior servía de corral. Maxstoke, en Warwickshire (arriba) fue construida hacia 1350 en una región llana, rica y pacífica; nótese su diseño simétrico y su dignidad.
El castillo de planta cuadrangular y torres en las esquinas Entre los siglos xiv y xv, la mayoría de los países de Europa occi dental estaban bien provistos de castillos, y la mayoría de los señores no necesitaban más que reparar o mejorar los castillos que habían heredado. Algunos, en cambio, quisieron construir algunos nuevos. Quizá eran nuevos ricos deseosos de mostrar al mundo que eran hombres importantes, o tenían razones para pensar que había un esp e cial peligro de ataque. Un buen número de ellos construyó, en diver sos países, castillos medianos de planta compacta, simétrica, aptos pa ra viv ir y, al mi sm o tiem po, fáciles de defend er. Cada uno de estos castillos consistía en una poderosa muralla que for maba un cuadrado o un rectángulo, con una torre en cada esquina. E sta
muralla servía también como pared posterior de los edificios residencia les, así que el interior del castillo no era un recinto que contuviera muchas estructuras separadas, sino un patio completamente cerrado entre paredes que llegaban ha sta los adarves. Estaban tan bie n p laneados que el constructor lo disponía todo junto y protegido, sin estrecheces pero sin espacios desaprovechados, y ofrecía así una residencia digna mientras que de ca ra al exterior brindaba una protección mu y tranquilizadora. Los castillos de este tipo eran muy nu merosos en España, H olanda y Gran Bretaña. En España algunos tenían defensas exteriores que los convertían en castillos concéntricos. En Holanda era muy fácil en la mayoría de los casos rodearlos con un amplio foso lleno de agua o incluso un lago, atravesado únicamente por un camino elevado. Incluso sin estas precauciones añadidas, estos castillos eran huesos tan duros de roer como uno grande y fuertemente armado.
Contraste entre dos castillos «de planta cuadrangular ». El castillo de Bolton, en Yorkshire, presenta un diseño plano y fuerte, muy extendido en el norte de Inglaterra. Tiene cuatro zonas comp actas para residencia y trabajo, de tres plantas, fortificadas en la cara exterior y razonablemente defendibles desde el patio, y cuatro grandes torres en las esquinas. Estos castillos no disponían en general de defensas exteriores, pero estaban bien situados en campo abierto, donde el atacante no podía cubrirse. La puerta de Bolton puede distinguirse en el ángulo cubierto por la torre frontal izquierda. Maxstoke (en la página anterior) tiene también planta cuadrada, pero carece de los grupos ininterrumpidos de edificios y de la apariencia bélica.
Muiden, en Holanda, situado en una zona llana y anegada, adapta la planta cuadrada a esas condiciones especiales. Rodeado por un ancho foso, tiene una gran entrada fortificada y torres redondas en las esquinas. La muralla es relativamente baja, pero con buenas defensas; no hay zonas de edificios como en Bolton, pero puede observarse en la parte posterior la sala y su alto tejado. En muchos aspectos, el diseño es más parecido a Maxtoke, pero más fuerte. Tanto Bolton como Muiden fueron construidos alrededor de 1380, pero el castillo holandés es de ladrillo. En esa época escaseaba la piedra y los holandeses se hicieron expertos en la fabricación de ladrillos, material con el que construyeron numerosos castillos.
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.as casas-torre in el norte de Inglaterra, donde existía siempre el peligro de ser ata ndo desde Escocia, se construyeron varios de estos castillos «de ílanta cuadrangular», especialmente después del intento de Eduardo I le Inglaterra de conquistar Escocia, que dejó un legado de amarga íostilidad a ambos lados de la frontera. Incluso cuando los dos reinos ataban en paz, los nobles de ambos lados lanzaban ataques. E inclu0 cuando los nobles se mantenían tranquilos, los bandoleros de la rontera estaban siempre dispuestos a saquear a la gente desprotegila, tanto de una nación como de otra. Así que todo el que podía vivía :n una torre, y, si no podía, intenta ba cons truir su casa de pied ra y con 'entanas estrechas. La mayor tentación para los saqueadores era el ;anado, por lo que era esencial encontrar la forma de mantenerlo a alvo. Unos pocos animales valiosos, probablemente los caballos, lodían guardarse en el piso inferior de la torre, pero el rebaño genealmente se guardaba dentro de un corral cercano a la torre, a veces on una puerta protegida. Estos cercados se llamaban barmkin, pele 1peel (esta última palabra significa empalizada), y las torres de la rontera eran llamadas pe le tow ers. Estas casas-torre eran bastante pequeñas, pero reunían todas las aracterísticas de los castillos más grandes. En las torres solía haber in salón en el piso medio, mientras que las habitaciones para el eñor y su familia estaban en el superior y el almacén en el inferior, ’orno en un pequeño recinto fortificado, los cercados podían consner graneros, establos, talleres e incluso viviendas para los sirientes. Algunos cercados tenían pequeñas torres o torreones en las squinas. La m ayoría de las casas-torre medievales eran de planta rectanguar, pero en Escocia, durante los siglos XVI y x v i i , se desarrollaron onstrucciones más complejas. Una razón era que en esa época los iropietarios querían utilizar sus armas de fuego personales y las equeñas piezas de artillería que poseían unos pocos, por lo que neceitaban torres que permitieran disparar a todo alrededor del edificio rincipal. Una segunda razón era la simple necesidad de mayor espa lo habitable; esta necesidad se traducía en la construcción de torré is adicionales y, a veces, de otros pisos sobre el techo que s obresalían daban a la torre una apariencia más corpulenta. Ahora también lo lto de la torre se solía tejar y era utilizado como dormitorio, ya ue la gente que usaba armas de fuego desde troneras y ventanas 0 encontraba muy útiles las almenas. Escocia y el norte de Inglaterra no fueron los únicos sitios donde roliferaron las casas-torre. La idea de una pequeña torre es excelen; para alguien que busque seguridad sin grandes gastos. Había casasjrre en muchas partes de la Europa medieval y aun más lejos. En lgunas zonas de África occidental y del sur de Arabia, por ejemplo,
Elphinstone
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Cuando las armas de fuego se hicieron eficaces, en el siglo xvi, los * constructores de torres desarrollaron salientes desde los cuales las troneras pudieran cub rir la muralla y la puerta. Claypotts, cerca de Dundee, tenía forma de Z, con dos torretas redondas en dos esquinas diagonalmente opuestas d el edificio cuadrado principal. Fue construida entre 1569 y 1588.
Craigievar
Las casas-torre escocesas de toda la Edad Media eran simples rectángulos de piedra. Un buen ejemplo era Elphinstone, en East Lothian, construida hacia 1440 y recientemente demolida. Sólo tenía una característica original: un gran número de pequeñas habitaciones embebidas en el muro. Posteriormente se le añadieron nuevos torreones o alas, pero fue -· para aumentar el espacio habitable, no para mejorar la defensa.
Claypotts
La torre palaciega de Craigievar, en Aberd eenshire, fue construida en los años 60 del siglo x v ii y su balaustrada renacentista se adapta extrañamente a los pequeños torreones góticos redondos y cubiertos por tejados, tan del gusto de los constructores escoceses. Craigievar sigue la llamada planta en L escalonada: la puerta está en un estrecho torreón en el ángulo de
el siglo X V I se construyeron muy pocas casas-torre nuevas; los terra tenientes no las consideraron necesarias porque los gobernantes eran capaces de garantizar su seguridad y la de sus propiedades. En cam bio, los escoc ese s continu ar on constru yé nd ola s p orque sus gobe rn an tes eran a menudo dem asiado débiles. Las casas-torre eran la construcción más común en toda Irlanda. Las razones no están suficientemente claras, pero probablemente la princ ipa l era qu e los go be rn an te s er an má s dé biles inc lus o qu e los de Escocia, y los pequeños señores tenían mayor necesidad de cui dar de sí mismos. El robo de ganado era una costumbre muy anti gua y casi respetable en Irlanda, y los señores necesitaban una torre con corral -en irlandés bawii- para guardar su propio ganado y el que habían conseguido de algún otro. Durante más de mil años, los granjeros irlandeses habían vivido en raths, empalizadas circulares de tierra y madera. Es probable que durante los siglos xiv y xv los granjeros ricos copiaran la idea de construir torres de piedra de los castillos de los invasores anglonormandos, adaptándolas a sus pro pia s nece sid ad es. Al tener la misma finalidad, no es sorprendente que, en general, las casas-torre irlandesas fueran muy parecidas a las escocesas. Pero hay algunas diferencias. En Irlanda estaban muy extendidos los me l lones «escalonados», que no eran más eficaces que los planos pero hacían la torre más hermosa. Normalmente las torres eran de planta rectangular -a veces circular-, pero en unos pocos casos, más casas que torres, había torreones cuadrados o circulares en cada esquina, que daban el aspecto de pequeños castillos «de planta cuadrangular». Cuando los propietarios querían más comodidad no construían normalmente grandes torres, sino que preferían añadir una mansión a la torre existente o construir una independiente dentro del bawn. Algunos irlandeses continuaron construyendo casas fortificadas a mediados del siglo xvi, y fueron probablemente los últimos cons tructores de auténticos castillos en Europa. Irlanda fue una excepción. En los países más ricos y menos turbulentos habían tenido lugar, muchos años antes, cambios que significaron el fin de los auténticos castillos.
En Irlanda se construyeron alrededo r de tres mil casas-torre entre principios del siglo xiv y media dos del xvn. La mayoría eran simples torres rectangulares, y son difíciles de datar. Behamore, en el condado de Tipperary, es de este tipo. El dibujo está basado en un modelo reconstruido, y muestra los muros blanqueados y los techos de paja, muy comunes en los castillos irlandeses. Su corral es un viejo rath reutilizado y coronado po r una empalizada de zarza.
Dunsoghly, cerca de Dublin, construida a mediados del siglo xv, es una de las pocas casas-torre verdaderamente grandes que existen en Irlanda. Tiene casi el aspecto de uno de los primeros castillos de torre del homenaje y recinto fortificado, con sus torres de esquina y un bawn de piedra en el que se levanta una capilla.
Dunsoghly
Synone
Algunas torres eran redondas; Synone, en Tipperary, es un ejemplo del siglo xvi con cuatro pequeños balcones amatacanados que sobresalen del parapeto. Las ventanas estaban protegidas p or barras de hierro.
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8. Los castilios en España
Las peculiares circunstancias históricas de la España medieval favo recieron el desarrollo de la arquitectura militar en la Península. El enfrentamiento entre cristianos y musulmanes, la existencia de diver sos reinos indep endientes o la creciente importan cia adquirida por los señoríos a lo largo de la Baja Edad Media hicieron que el suelo penin sular se llenase de castillos y ciudades fortificadas cuya misión era controlar territorios y defender fronteras y caminos. Entre los cristianos del norte se manifiesta desde el primer m omento la necesidad de acudir a la construcción de fortalezas para su defensa. Así, durante el remado del asturiano Alfonso III (866-911) encontramos referencias documentales a castillos que, como el de Gozón, debían defender la ciudad de Oviedo por su flanco más débil, el mar, ya que, al sur, la barrera natura l de los Picos de E uropa ofrecía suficiente protección. Con todo, fueron los musulmanes de al-Andalus quienes alcanza ron un alto grado de desarrollo en este campo arquitectónico. Sus territorios estaban recorridos p or una estudiada red de ciudades f orti ficadas, castillos y atalayas que, organizada de forma jerárquica, con-
trolaba los principales caminos y permitía hacer frente a los posibles ataques con una sucesión de líneas defensivas de distinta magnitud. También crearon y mejoraron una serie de mecanismos que ofre cían mayores garantías a la defe nsa de muros y puertas. Es el caso de las torres albarranas (p. 22); o el de las entradas en recodo de origen bizantino, que perfeccionaron con sistem as cada ve z más complica dos, como se ve en las numerosas puertas de la Alhambra. También se preocuparon de resolver el problema del abastecimiento del agua en caso de asedio, bien por el sistema de aljibes que recogían el agua de lluvia, bien me diante la construcción de un muro perpend icular al recinto principal, que permitía llegar al rio sin problemas. A esta construcción se le daba el nombre de coracha, y solía terminar en una torre, de la que el ejemplo más conocido es, sin duda, la sevillana Torre del Oro, construida en el período almohade para reforzar la defensa de la ciudad en la zona del Guadalquivir. Este ejemplo muestra cómo no siempre estaban reñidos los plan teamientos defensivos con los estéticos. El interior del castillo almorávide de Monteagudo de las Vicarías (Murcia), por ejemplo, estaba ocupado por un jardín concebido-para el placer de sus moradores. El máximo ejemplo de esta tendencia lo constituye ese complejo con-
Atala ya de Arre bata cap as (Madrid): Esta torre-vigía
formaba parte del sistema defensivo constituido por los musulmanes para controlar el valle del Jarama. Su interior se divide en varios pisos mediante suelos de madera; su única entrada, a la que se llegaba por una escalera de mano que se retiraría para mayor seguridad, está situada en alto, encima de la base maciza de tres metros de altura sobre la que se levanta la torre. En caso de peligro, el o los centinelas que la ocupaban lo comunicaban mediante señales luminosas a otras atalayas similares, hasta que la noticia llegaba a la plaza fuerte más cercana, en este caso
La Alhambra: La residencia de los reyes nazaríes de Granada, obra fundamentalmente de Yusuf I (1333-1354) y Muhammad V (1354-1359), es, en realidad, una pequeña ciudad que engloba funciones militares, administrativas y palaciegas. En las murallas que la rodean llama la atención el contraste entre las formas cerradas de las torres de la alcazaba (a la derecha de la fotografía), concebidas con criterios puramente defensivos, y las ventanas y miradores que abren los muros de las de los palacios reales, para que los moradores de sus
ju nt o de sistemas defen siv os, casas, palac ios y jardines qu e es la Alhambra, cuyas torres se vaciaron p ara acoger ricas estancias desde las que se tenían espléndidas vistas de la ciudad y su entorno. En el norte también se van a hacer eco de muchas de estas nove dades, al mismo tiempo que incorporan las que se producen en el ámbito europeo. No obstante, la situación de continua amenaza béli ca hizo que los castillos de moros y cristianos coincidiesen en la elec ción de emplazamientos elevados, en los que, por una parte, su posi ción privilegiada les permitía tener un control visual muy completo del territorio circundante y, por otra, lo escalpado del terreno ofrecía fuertes cimientos y unas defensas naturales difíciles de salvar para los atacantes. Los ejemplos de este tipo son num erosos a ambos lados de la frontera durante todo el período medieval: Loarre (Huesca), Consuegra (Toledo), Calatrava la Nueva (Ciudad Real), Gormaz (Soria), Segovia, Martos (Jaén), Almería... Todos ellos se caracteri zan por la irregularidad de sus trazados, co nsecuencia de la necesidad de adaptar sus murallas y defensas a las formas del terreno, y es muy frecuente que cuenten con am plios recintos exteriores para albergar a la población del entorno en caso de peligro. Sin embargo, el ser obras cualitativamente muy distintas, pues entre ellos hay edificios pura mente militares junto con residencias reales y conventos de Ordenes
Castillo de Loarre (Huesca): Una fuerte peña sirvió de cimiento a este castillo levantado por Sancho el Mayor de Navarra a principios del siglo xi durante su ofensiva contra los musulmanes oscenses. Lo escarpado del emplazamiento determinó la marcada irregularidad de su planta, en cuyo recinto interior se mezclan las primitivas construcciones militares -entre las que destacan la torre del homenaje (a la izquierda en la fotografía) y la llamada de la Reina- con las dependencias del monasterio románico que se levantó en él a finales del mencionado siglo.
Militares, hace que las soluciones arquitectónicas y el cuidado pues to en su elaboración sean muy diferentes. Con el paso de los siglos, esta situación fue cambiando, sobre todo en la España cristiana de la Baja Edad Media. La frontera con los musulmanes quedaba ya muy al sur, y aunque los conflictos bélicos no desaparecieron, pues fueron frecuentes las guerras internas dentro de los distintos reinos, poco a poco se fue implantando una nueva situación social, política y económica. En todas partes fueron sur giendo nuevos señoríos laicos y eclesiásticos, que encontraron en los castillos el mejor modo de expresar de forma visible los derechos juris diccionales recién adquiridos sobre sus terr itorios. En algunas zonas del norte, como el País Vasco, las familias nobles optaron por la casa-tone como edificio representativo de su linaje y poder. Sin embargo, van a se r los ll amados castil los señoria les l os que, a partir del siglo xrv, mejor encarnen en sus formas la idea del seño río. Se trata de edificios que siguen teniendo un importante carácter defensivo, como demuestra el hecho de que incorporen a sus fábricas las novedades que se van produciendo en este tereeno. Pero, al tiempo, se producen cambios significativos respecto al período anterior.
Planta del castillo de Consuegra (Toledo): En 1183, el rey Alfonso VIII donaba este castillo de origen romano y musulmán a la Orden de San Juan, para que se hiciese cargo de su defensa frente a los almohades. Su carácter predominantemente militar se traduce en la concepción cerrada y compacta del diseño: un doble recinto amurallado da paso al castillo propiamente dicho, un cuerpo rectangular de gruesos muros y sin apenas vanos, al que se adosan diversas torres de gran fortaleza; una de ellas (A) alberga la única entrada. El flanco sur, aprovechando la existencia de un afloramiento rocoso, se reforzó con la construcción de una torre albarrana (B), que se comunicaba con la fortaleza mediante un puente de madera situado en alto.
Castillo de Gormaz (Soria): Para la
construcción de esta fortaleza califal del siglo X se eligió una elevación del terreno que proporcionaba un magnífico control visual y dificultaba el acceso en caso de ataque. Sus fuertes muros, que se adaptan a las irregularidades del terreno, y las torres de planta cuadrada remiten a los modelos bizantinos, que parecen estar en el origen de la fortificación musulmana en al-Andalus.
Los castillos disminuyen su tamaño, pues ya no cuentan con recin tos para albergar a la población en caso de ataque, sino que sólo están pensados para la defensa del señor y sus representantes. También bajan de las colinas al llano, y su planta se regulariza, pero, incluso cuando se siguen ubicando en lo alto de cerros, se busca la claridad del diseño, como ocurre en Peñafiel (Valladolid). La torre del home naje adquiere un total protagonismo dentro del conjunto, aumentan do su tamaño y proyectándose en altura, como claro símbolo del poder y control territorial de su propietario. Tal es así, que en algunos casos, como en Arroyom olinos (Madrid), basta la única presencia de este elemento, acompañado de un foso o una sencilla muralla, para establecer de forma visible la relación de subordinación existente entre pueblo y señor. Por último, la disposición de los distintos ele mentos se hace siguiendo criterios en los que predo minan el orden, la simetría o los cuidados aparejos, adquiriendo especial importancia en su decoración los escudos del propietario; muchos elementos de ori gen defensivo, como los matacanes, pasan entonces a convertirse en un ornamento más del conjunto. Son, en suma, edificios en los que se cuida mucho el factor estéti co, pues son referencias visuales de un poder que no sólo se mani fiesta en la fortaleza de si«s defensas, sino en la belleza de sus dise ños. Sus interiores se hacen más cómodos, se decoran con ricos artesonados y yeserías mudéjares, y se organizan en torno a patios en los
época. Hay, por tanto, una evolución hacia el castillo-palacio, que culmina en ejemplos tan magníficos como el de Manzanares el Real (Madrid) o el de Coca (Segovia), que, con unos cuidadísimos paramen tos de ladrillo, combina todos los dispositivos defensivos de la época con un sentido de la forma que lo convierten en una verdadera joya. Con los Reyes Católicos, los castillos van a sufrir un duro golpe. Conscientes de lo peligrosos que p odían ser para sus planes de refor zar el poder real, estos reyes mandaron desmocha r muchos de ellos y pu sieron mu chas dificultades a la constru cción de otros nuevo s. A partir de entonces la arq uitectura militar española se iba a c entrar en la defensa de sus fronteras. Buen ejemplo de ello es el sistema de torresvigía y fuertes del litoral andaluz, con el que, a partir del siglo xvi, se pretend ió preven ir las incursion es de los piratas berberiscos. Pero ya sólo se trataba de obras de ingenieros militares al servicio del Estado, en las que no tenían cabida las formas simbólicas del poder de los orgullosos nobles medievales.
Castillo de Manzanares el Real (Madrid): El castillo que don Diego
Hurtado de Mendoza y su hijo Iñigo levantaron en la segunda mitad del siglo xv en su señorío del Real de Manzanares es un perfecto ejemplo del carácter palaciego con que se va dotando a este tipo de edificios a finales de la Edad Media. Sin descuidar los aspectos propiamente defensivos, su arquitecto -pos iblemente el toledano Juan Guasha sabido dar un fuerte carácter escenográfico a su fachada principal mediante la disposición simétrica de sus distintos componentes. El interés estético puesto en la presentación del edificio se ve subrayado por el énfasis dado a su ornamentación exterior, con las redes de rombos y bolas de las torretas, el friso de mocárabes que sustituye a los matacanes o la incorporación de un elemento tan frecuente en la arquitectura civil de la época como es la galería con que se corona
9. El declive de los castillos
Hurstmonceux, en Sussex, es un castillo «de planta cuadrangular» construido a mediados del siglo xv. A primera vista es impresionan te. Pero, ¿es realmente un castillo poderoso o su poder es ilusorio?; ¿o quizá es simplemente su belleza lo que impresiona? Hurstmon ceux es un signo de los nuevos tiempos. En muchas partes de Europa, los señores que construían nuevos castillos o, lo que era más habitual, los que reformaban los antiguos estaban mucho más interesados en su comodidad y en su aspecto que en la defensa. ¿Por qué se dejó de valorar aquello que fue considerado como lo más importante durante cientos de años?
El castillo de Hurstmonceux, en Sussex, fue construido con ladrillo, como en Holanda, y no con b loques de piedra, ya que a mediados del siglo xv el ladrillo se puso de moda. Dispone de torres y almenas, aspilleras y algunas troneras bien diseñadas, pero la gracia de sus proporcion es y la ca ntidad de ventanas y chimeneas (algunas de ellas añadidas posteriormente) revelan su princ ipal propósito.
La pólvora La respuesta más obvia son las armas de fuego. Nadie sabe quién inventó la pólvora, pero sí que fue introducida en Europa desde el este. Las primeras armas de fuego se fabricaron a principios del siglo XIV, y entonces eran poco más que una ruidosa novedad para asustar al enemigo y espantar a sus caballos. Pero pronto evoluciona ron y, a mediados del siglo xv, habían reemplazado completamente a las antiguas formas de artillería durante los ataques a castillos. Los grandes cañones, llamados bombardas, podían abrir brechas en los muros, mientras que otros más pequeños despejaban las almenas. No cabía duda de que las arm as de fuego podía n ser mu y efec ti vas. En 1405, en Berwick, los escoceses se rindieron después de que el primer disparo del monstruoso cañón de Enrique IV hiciera tem bla r su mu ralla, y en 1449 el rey de Fra ncia, pro visto de artille ría, expulsó a los ingleses de sus castillos de Normandía en m ucho menos tiempo del que había necesitado Enrique V para capturarlos treinta años antes. Sin embargo, los cañones estaban todavía lejos de ser infalibles. Algunos castillos ingleses se enfrentaron a ellos durante la Guerra Civil, a mediados del siglo xvn y, a pesar de que en aquella época las armas de fuego eran ya bastante modernas, ciertas fortale zas -com o B olton - resistieron bien. Quizá durante la Guerra Civil las armas de fuego no eran del tipo más poderoso, ya que las más gran des, como las bombardas, eran caras y difíciles de transportar. A fina les del siglo xv, los reyes de Escocia tenían una buena cantidad de armas de fuego, pero algunas veces no eran capaces de llevarlas hasta el lugar de la acción, a pesar de haber contratado a obreros especial mente para allanar los caminos.
Sin embargo, las armas de fuego no convirtieron rápidamente a los castillos en obsoletos. En un principio se vio que podían equiparse con cañones, y desde finales del siglo XIV se construyeron troneras en los muros de algunos castillos. Las troneras eran normalmente un agujero redondo sobre el cual se situaba una larga hendidura vertical o cruzada; la hendidura podía servir en parte para apuntar, pero lo más probable es que su función principal fuera poder disparar con arco, un arma más efectiva que los cañones para herir a hombres. Estas troneras sólo podían albergar pequeños cañones, pero durante la última parte de la Guerra de los Cien Años (1337-1453) algunos señores de Francia hicieron construir frente a sus castillos platafor mas bajas de tierra, o bulevares, para protegerse del fuego enemigo y colocar artillería pesada. Hasta finales del siglo xv no se consideró necesario construir nuevos castillos diseñados para resistir la artillería pesada. Uno de los prime ros fue Raven scraig , en Fife, construido por Jaime II de Esco cia, cuya gran afición eran las armas de fuego. Los constructores hacían las torres y muros de los castillos lo más altos posibles, para tener ventaja sobre el atacante, pero Jaime pensaba que de esta m ane ra eran un blanco más vulnerable a los cañones. Para resistir un cañón, los muros deben ser gruesos, no altos. Ravenscraig es de plano similar a Tantallon (página 32), pero el gran muro que defiende el pro mo nto rio es más gru eso que alto. Los pisos superiore s son espe cialmente robustos, para instalar un buen número de cañones, y algunos de éstos apuntaban a través de troneras cuadradas o buzones que ofre cían un ángulo de tiro mucho más amplio que las antiguas. Enfrente
Este grabado extraído de un tratado alemán de explosivos del año 1450 es tosco pero claro. El cañón de asedio dispara desde un carruaje de cuatro ruedas que tiene un cofre para munición o herramientas y un varal para dos caballos. (De hecho, se podían necesitar muchos más caballos que se dis ponían po r parejas.) Las ballestas y las demás armas que portan tanto atacantes como defensores no resisten la comparación con el cañón, aunque el cuidado con que el artista muestra un bulto en los dardos de la ballesta indica que portaban material incendiario.
había un dique seco que no dejaba al enemigo ni ver ni disparar a la pa rte más ba ja del muro ha sta qu e lle gaba al b orde mism o del dique. Ravenscraig era todavía un auténtico castillo, concebido para ser habitado, y tenía aposentos para la reina de Escocia. Pero cuando se fue aceptando la idea de que un a fortificación moderna debía ser dise ñada tanto para resistir el fuego pesado como para responder con cañones del mismo calibre, las edificaciones resultantes dejaron muy poco esp acio p ara una vivien da confo rtable. Du ran te el R enacimien to los italianos experimentaron con varios tipos de «castillo» con muros inclinados, angulosos o curvos, tremendamente sólidos y muy resis tentes a los disparos. Cuando Enrique II de Inglaterra -entre cuyas aficiones se encontraba también la de las armas de fuego- decidió construir una serie de «castillos» para proteger la costa sur de los ata ques franceses, aplicó las mismas ideas y los hizo bajos y redonde ados. Aunque esas edificaciones eran llamadas «castillos», e incluso Walmer es ahora una residencia oficial, no eran auténticos castillos. Se trataba de fuertes de artillería, y nadie pod ía considerar a ninguno de ellos su casa.
La paz del rey No es una casualidad que los castillos convertidos en fuertes de arti llería fueran todos propiedad de reyes. Sólo los reyes podían afrontar
I castillo de Ravenscraig, en Fife, fue construido aproximadamente il mismo tiempo que Hurstmonceux, pero con muy diferentes propósitos. Ésta es una vista desde la base del foso cortado en la roca, .a línea de puntos muestra la posición del puente levadizo,
El castillo de Deal, en Kent, formaba parte de la línea de defensas del rey Enrique VIII contra los ataques franceses a la costa sur de Inglaterra, y fue construido entre 1539 y 1540. Este grabado, que data de mediados del siglo xvn, lo muestra todavía en su estado original. La reducida «torre» está rodeada de dos grupos formados por tres bastiones semicirculares, y en lugar de almenas se construyeron parapetos anchos y redondeados con aberturas p
estos trabajos, y sólo los reyes p odían dispo ner de series completas de artillería con cañones de último diseño y gran tamaño. Al final de la Edad Media, en muchos países europeos la riqueza y el poder de los reyes se estaban convirtiendo en absolutos. Los nobles rebeldes no tenían normalmente ninguna oportunidad ante el ejército real, y sus castillos no servían para m ucho más que p ara ofrecerles una retirada segura. En el pasado, los reyes habían p ermitido a los nobles construir cas tillos para mantener el orden en sus tierras o protegerse contra las invasiones. Ahora no era necesario. El rey era lo suficientemente poderoso como para encargar estos trab ajo s a sus propios homb res, y los castillos estaban perdiendo su valor para la guerra, aunque toda vía podían utilizarse contra las revueltas populares. A veces un casti llo podía estar situado de tal forma que era posible construir nuevas defensas de artillería en torno a él. Pero la técnica de la guerra fue desarrollándose durante los siglos x v i y x v i i y, cuando los reyes europeos que gobernaban naciones-estado formaron ejércitos de sol dados profesionales, los castillos resultaron ser demasiado pequeños para desemp eñar un pap el importa nte en la defensa de un país; sólo
una ciudad bien fortificada podía ser lo suficientemente grande para contener la guarnición y las armas necesarias para resistir a un mode rno ejército régulai·. Los castillos iban perdiendo su utilidad militar desde todos los puntos de vista; ni siq uiera servían para de fen der a su señor d e otro s señores, pues los «nuevos monarcas» eran capaces de evitar las luchas armadas que habían surgido entre nobles desde el principio del medievo. Al extenderse el poder real, la posibilidad de que estallaran revueltas serias entre los campesinos fue disminuyendo. Es cierto que las condiciones podían variar de unos países a otros, o incluso entre distintas zonas de un mismo reino, pero en general la nobleza llegó a la conclusión que era mucho mejor no seguir viviendo en fortalezas. Se construyeron amplias ventanas y anchas y majestuosas escale ras, y las terrazas y jardines eran mucho más agradables que las vie ja s torres y murallas. Además, los estilo s cam biaban y ningún noble que quisiera ser respetado coma el riesgo de ser considerado pasado de moda, pobre o miserable; se esperaba de él que mantuviese su po sic ión en la sociedad viv iendo de la forma apropiada. El rey y sus ministros también lo esperaban. Ningú n m onarca deseaba ver dismi nuir su propia dignidad favoreciendo a alguien que no tuviera el esti lo correcto. Algunas veces había otra razón. Mantenerse a la moda en edificios, ropa y mobiliario costaba una buena cantidad de dinero y ocupaba mucho tiempo; así, estos nobles estarían menos dispuestos a causar problemas al rey.
Los ingenieros militares desarrollaron diseños muy complejos de terraplenes angulares, algunos hechos de piedra, los más apropiados tanto para disparar como para defenderse de las armas de fuego. Éste es un plano de l siglo xvm de la ciudadela de Lille, diseñada po r el más imp ortante de los ingenieros franceses, Vauban (1633-1707).
En ocasiones se intentó convertir los viejos castillos en nuevas fortificaciones. A Carisbrook, en la isla de Wight, del siglo xil, con su shell y su muralla, se le añadieron terraplenes y bastiones (en las esquinas) entre 1587 y 1600, cuando la reina Isabel I temía una invasión po r parte de España.
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Longford, en Wiltshire. El edificio original es también del período isabelino, triangular con torres en las esquinas. Los edificios de la derecha se añadieron posteriormente. Pero en comparación con Caerlaverock (portadilla) demuestra no ser más que una espléndida casa de campo, indefensa tras su jardín y su puerta desprotegida.
Casas majestuosas y monumentos antiguos El castillo perdió su valor a causa de los cambios introducidos en las armas y los métodos militares, en el poder político y en las actitudes ante la moda y la sociedad. Todos estos grandes cambios no se pro dujeron de forma repentina y simultánea. El declive de los castillos, por tanto, fue lento y desigual. Algunos castillos se resistieron al declive, y cobraron otro tipo de importancia. Windsor permaneció como una importante residencia real; durante mucho tiempo su aspecto exterior siguió siendo el de un casti llo, mientras el interior se convertía poco a poco en un palacio. La Torre de Londres se conservó como arsenal y prisión del reino y como sím bolo de lo que nadie podr ía soñar en destruir. Otros muchos castillos rea les permanecieron como almacenes o prisiones o, lo que es menos h abi tual, como cuarteles. Algunos todavía lo son; el castillo de Edimburgo acogió al rey Jorge mientras los rebeldes jacobitas tomaban la ciudad en 1745, y aún en nuestros días sigue siendo un cuartel militar. Algunos castillos fueron reformados p ara hacerlos más habitables. Se construían nuevas ventanas, puertas y pisos en las antiguas torres y se añadían nuevas alas a las antiguas fortificaciones. En ocasiones se construía una casa nueva dentro del patio de un castillo; otras
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En los lugares en los que los incidentes fronterizos aún se recordaban, los terratenientes solían conservar sus casas-torre añadiéndoles alas más cómodas y suntuosas. Este grabado del siglo xvm del castillo de Belsay, en Northumberland, muestra la torre del siglo xiv, la casa solariega jaco bin a añadida en 1614, y un ala construida un siglo más tarde en estilo georgiano temprano. (Más tarde, entre 1810 y 1817, se construyó cerca una casa completa; siguiendo el estilo clásico griego de moda entonces, le dieron e l aspecto de un templo antiguo.)
cantera para obtener piedra. Los duques de Northumberland, por ejemplo, convirtieron el castillo de Alnwick en una espléndida casa de campo, dejando que el cercano castillo de Warkworth se derrum base y conservando un a mansión , Sion House, cerca de Lo ndres , como vivienda permanente. Continuaron construyéndose grandes casas, algunas de ellas por hombres que se habían enriquecido y ennoblecido sirviendo al rey y que no habían heredado tierras ni castillos. Al principio se mantuvo la arraigada costumbre de que toda casa debía conservar alguna apa riencia de castillo. Esto se puede observar en Hampton Court, del comienzo del período Tudor. En la época de los Estuardo, sin em bar go, la moda cambió y desaparecieron todas las almenas y torres, incluso como adornos. La idea de que el castillo era algo que daba prestigio a una resi dencia importante prevaleció. Incluso en el siglo xvm, la era de los grandes ideales clásicos en arquitectura y arte, cuando la Edad M edia era considerada una época de ignorancia y oscurantismo, algunos de los trabajos más destacados de los arquitectos más importantes eran llamados castillos. Era incongruente, pero franceses y alemanes hacían exactamente lo mismo, llamando château o Schloss desde una mo desta casa de campo hasta un palacio como Versalles. Mientras tanto, había gente, incluso en el ilustrado siglo xvm, que
