O romantismo acaba mal porque é aquilo que só pode acabar mal, aquilo que só pode começar. O romantismo é ausência de obras, “afrmação sem duração”, “liberdade sem realização”. az brilhar a poesia, em ez de como obra, como pura consciência no instante. “! menos que, precisamente, uma das tareas do romantismo tenha sido introduzir um modo absolutamente noo de realização e mesmo uma erdadeira conersão da escrita" o poder, para a obra, de ser tudo, mas sem conte#do ou com conte#dos quase indierentes e, assim, de afrmar a um só tempo o absoluto e o ra$ment%rio, uma totalidade, mas numa orma que, sendo todas as ormas, isto é, não sendo, no limite, nenhuma, não realiza o todo, mas o si$nifca suspendendo&o, ou até mesmo quebrando&o”. p. '(). “*o mesmo modo, Don Quixote é o liro rom+ntico por ecelência, na medida em que o romance se re-ete nele e nele se olta sem cessar contra si próprio, numa mobilidade %$il, ant%stica, irnica e radiante, a da consciência em que a plenitude se d% como azia e apreende o azio como infnito ecesso do caos”. p. '(/. 0iteratura" “o con1unto de ormas de epressão, isto é, também de orças de dissolução” “*ecerto que, antes dos rom+nticos, não altaram os maniestos liter%rios, mas trata&se dessa ez de um acontecimento bem dierente. *e um lado, a arte e a literatura não tem mais nada a azer a não ser maniestar&se, isto é, indicar&se, de acordo com o modo obscuro que lhes é próprio" maniestar&se, anunciar&se, numa palara, comunicar&se, eis o ato ines$ot%el que constitui e institui o ser da literatura” p. '(2. “as principais quest3es do romantismo em al$uns ra$mentos de 4oalis" “que escreer é azer obra de ala, mas que essa obra, mas que essa obra é não obrar5 que alar poeticamente é tornar poss6el uma ala não transitia, que não tem por tarea dizer as coisas 7desaparecer naquilo que ela si$nifca, mas sim 7se8 dizer deiando 7se8 dizer sem no entanto azer de si própria o noo ob1eto dessa lin$ua$em sem ob1eto 9...:” p. '(;. 4oalis descobrir% que a #nica orma de realizar o romance seria deiando&o inacabado e que a #nica orma de acab%&lo seria inentando uma arte noa" a do ra$mento 7p. '''8. O ra$mento aparece como substituto da comunicação dialo$ada, serindo para tornar a comunicação absoluta e apontando para a possibilidade de escreer em comum" uma ala plural. “4a erdade, e em particular em screer ra$mentariamente é então simplesmente acolher sua própria desordem, echar&se sobre seu próprio eu num isolamento satiseito e assim recusar a abertura que representa a ei$ência ra$ment%ria, a qual não eclui mas sim ultrapassa a totalidade”. p. '''&''?.
“4ão deia porém de ser erdade que, começando a tornar maniesta a si própria $raças @ declaração rom+ntica, a literatura ir% da6 em diante lear dentro de si essa questão A a descontinuidade ou a dierença como orma A, questão e tarea que o romantismo alemão, e em particular o do Athenaeum não só pressentiu como 1% claramente props, antes de remetê& la a 4ietzsche e, para além de 4ietzsche, ao uturo”. p. ''?.