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“A BONDADE PARA AVRAHAM” (A LUZ DA CABALÁ PARA O ANO TODO) R’ AVRAHAM CHACHAMOVITS
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BEHAALOTECHÁ Behaalotechá : Encontramos no Zohar III:148b, Behaalotechá
“‘Fala a Aharon, e dize-lhe: Quando acenderes as lâmpadas, as sete lâmpadas iluminarão o espaço em frente da Menorá. E Aharon fez assim: Acendeu as lâmpadas da Menorá’ (Bamidbar 8:2-3). R ’ Yehudá discursou sobre o verso: ‘O qual é como um noivo que sai do seu leito conjugal’ (Tehilim 19:6). ‘Feliz é a porção de Yisrael ’,’, ele disse, ‘na qual o Sagrado, abençoado seja ele, deleita-Se e para qual Ele deu a Torá da verdade, a Árvore da Vida, da qual aquele que se une a ela alcança vida neste mundo e no mundo vindouro”
As sete lâmpadas representam a manifestação física dos partsufim de Ze’ir Anpin e Nukva, e simbolizam também os três ramos ou ‘colunas’ da Menorá: o esquerdo, o direito, e o central. Agora, o brilho Divino que flui através das midot (e portanto, das lâmpadas), toma forma e entra em um estado de máxima atividade potencial na s firá ’firá de Yesod (fundação, ou na base 1 Chachamovits © Copyright 2006 - Avraham Chachamovits www.portaisdacabala.com.br
da menorá) que é conectada no grau mundano com os órgãos reprodutores humanos. Isso ocorre pois, é através dos órgãos reprodutores, correlacionados com a s ’firá de Yesod , que o ato de união faz passar pelo brit (a aliança sagrada) todas as ‘forças concentradas’ do corpo, dando inicio a o processo (pro)criador – como uma “semente [que] está nela” mesma, um corpo possui a capacidade de gerar noutro, através de suas ‘sementes’, e se houver brachá (benção), um novo ser. No entanto, este ‘potencial criativo’ (que é pura energia) é algo que a sitra achra (o outro lado) fortemente deseja se apossar para se alimentar; e isso ocorre na medida em que o homem tem sua força vital diminuída, o que implica na diminuição também de sua força espiritual. E é de fato desta maneira que a sitra achra impeli a pessoa ao ‘gasto a esmo’ desta energia sexual criadora pois, quando esta energia não encontra um k’eli (recipiente) apropriado ela se perde, por assim dizer, e se degenera, tornandose o oposto de sua origem, que é a destruição e a morte, e assim como está escrito, “se a mulher de um homem não pode conceber um filho, mesmo assim, ele deve orar para que D’us provenha para ele um recipiente de acordo, para que suas sementes não se estraguem. Pois aquele que descarrega sua semente em um recipiente que não é apropriado, ‘corrompe e deteriora’ sua semente”. Esta destruição significa um acréscimo, D’us não permita, das chitzonim (forças estranhas) que se vivificam na separação e afastamento da Santidade. Isso é assim pois a origem do poder de Yesod é a s ’firá de Da’at (conhecimento), o que significa que o desejo e ato sexual se iniciam na mente da pessoa, que é onde reside o esplendor d’alma; e assim como é sabido, “a moradia d’alma divina encontra-se no cérebro que está na cabeça”. No entanto, este conhecimento ligado à Da’at é aprofundado e de qualidade espiritual, de forma a integrar o conhecimento espiritual em todos os seus graus e níveis. Assim, como o mal é simplesmente o físico engrossado, i.e., que apenas recebe e não tem luz própria, vemos que todo este mal fortemente deseja esta energia brilhante de criação a qual é ligada diretamente à origem Santa, pois o mal é desprovido desta vitalidade especial. A partir do intelecto da pessoa, ela precisa decidir se a energia sexual será usada para a ‘ascensão espiritual’ (o que implica na purificação de sua mente e resguardo da energia vital) ou para a criação (i.e., a ‘descensão espiritual’); mas de fato e como é 2 © Copyright 2006 - Avraham Chachamovits www.portaisdacabala.com.br
conhecido pelos adeptos da Cabalá, o código para esta decisão é o grau esotérico de “não tocareis para que não morrais” – assim, se o homem ‘não tocar’ em uma mulher ele pode ascender, se tocar, ele pode criar mas perde energia física e espiritual, e desta maneira ele morre um pouco nos dois níveis, que D’us não permita; querendo dizer também que a ação elicia de fato uma resposta física (a consumação do ato de união) e espiritual (i.e., na geração de um novo ser investido de uma alma), mais implica em desgaste no mundo físico e em uma mancha no espiritual (caso o kavaná [intenção] sobre o ato não for positivo). Em um outro nível, a própria criação intelectual também passa pela s ’firá de Yesod , pois uma idéia ou a compreensão em geral são luzes que descendem também do grau espiritual, sempre em acordo com os atributos naturais da pessoa e sua posição espiritual . De fato, é em Yesod que no momento que antecede o ‘nascimento’ desta luz (i.e., a expressão da idéia sob o ponto de vista mundano), que ela, antropomorficamente falando, ‘cresce, se desenvolve, se alimenta, e se forma em um estágio final’ a tal ponto de impelir sua manifestação completa e esplendor máximo na descida final para Malchut ; que é este mundo aqui de ação que recebe e demonstra toda a expressão deste shefa (fluxo). Este processo da constante luz Divina que descende para graus inferiores até o nosso mundo, sempre passa pelo canal de Yesod como último estágio anterior a qualquer manifestação mundana. Sob o ponto de vista psicológico, este processo ocorre de mesma forma. O amor, por exemplo, que é expresso por todo o sistema emocional, é originário no intelecto (Binah) pois esta parte ‘decompõe’ em estrutura o flash de compreensão do intelecto (Chochmah), e assim elicia uma resposta emocional no indivíduo. No entanto, o intelecto tem características muito particulares de auto-referência e orientação que demandam a constante adaptação da realidade ao intelecto (e não ao contrário com se suporia). Este ímpeto de transformação da realidade provém do Yesod d ’Binah (i.e., a fundação da compreensão), que prepara o pensamento no instante imediatamente precedente da emoção que corresponderá à idéia. Ou seja, é da natureza do pensamento impelir a realidade com o nascimento da idéia que assim se expande nas emoções. Este processo de iluminação do intelecto e das emoções subseqüentes, se conectado como a santidade do estudo da Torá e das mitzvot , leva a maturação e a elevação do Ze’ir Anpin (das midot ), digo, assim como o 3 © Copyright 2006 - Avraham Chachamovits www.portaisdacabala.com.br
dibur (a fala ou a verbalização da reza) aumenta o kavaná (intenção) de uma t ’filá (oração), pois “através da voz, a pessoa desperta a intenção de seu
coração e mente”, a expressão do intelecto purificado nas emoções, amadurece o caráter do indivíduo, como ensina a Chassidut . Os três ramos da menorá representam a subdivisão do Ze’ir Anpin no lado de Chochmah (direito) com as s’firot de Chesed e Netzach, no lado de Binah (esquerdo) com as s ’firot de Guevurá e Hod , e no centro através de Keter , com as s ’firot de Da’at , Tiferet , Yesod e Malchut . Com o desejo de expressão emocional ( Yesod ) de um intelecto ligado ao Divino, a configuração ( partsuf ) amadurece, pois a expressão leva o individuo a novos graus de intenção ( Keter do Ze’ir Anpin , ou seja, a ‘base do caráter’) que por sua vez recaem sobre o intelecto desejando por fim se manifestar, ou seja, se auto-validar em um processo de constante regeneração. Assim, em acendendo as lâmpadas da menorá, Aharon representa o caminho em que o fluxo de Ze’ir Anpin (o qual tem como principal emoção o amor) favorece o amadurecimento destas midot . A característica básica de Aharon era o amor, pois como sabemos: “Seja um aluno de Aharon, amando a paz e perseguindo a paz, amando as criaturas e se aproximando da Torá”, mas quando o Mashiach chegar, e que seja logo, não mais será necessário perseguirmos a paz, pois graças a retificação das midot , a iluminação da menorá que representa cada pessoa ligada à Torá, brilhará pela eternidade e além.
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