A iniciação na religião se faz durante um período de reclusão na casa de culto, a qual implica vários tabus (proibições), tais como, as relações sexuais, certos alimentos, o calor do sol, etc. Durante este período, o noviço se aprofunda nos mistérios da religião. Esta iniciação exige uma série de banhos cerimoniais, inclusive com o sangue de animais sacrificados. Diz-se que a pessoa "está no santo" quando seu Orixá protetor se apossou de sua consciência, dela só se afastando mediante o ritual do "despacho de santo", este realizado pelo Babalorixá, Yalorixá ou por um filho mais velho e experimentado. Diz-se então que o noviço "está feito": é "filho-de-santo". A partir daí é uma aprendizagem contínua: a aquisição de conhecimentos é uma experiência progressiva, iniciática, possibilitada pela absorção e pelo desenvolvimento de qualidades e poderes. A aquisição de tais conhecimentos só é efetiva se houver contato constante com o sagrado. O Batuque se diferencia de outras religiões porque o indivíduo aprende pela observação direta, o que pressupõe sua presença a prática ritual. Dentro de algum tempo, após cumprir todas as etapas da iniciação e de ter recebido todos os "Axés": o direito e poderes para "olhar os Búzios" e para cortar (sacrificar animais segundo o ritual) o filho-de-santo "pronto" pode estabelecer-se com casa de culto própria, da qual será o Babalorixá ou Yalorixá. O cumprimento de cada uma destas etapas, se de um lado confere prestígio, direitos e privilégios junto á comunidade batuqueira, de outro, corresponde a obrigações e comprometimentos cada vez maiores com o sagrado. O filho-desanto desde a iniciação até o fim da vida fica ligado ao seu Orixá por laços muito rigorosos de obediência e cultos, não só por interesse de receber do Orixá as graças e a proteção desejada, mas também para evitar castigos e as penas por ele impostas ao seu filho que não procede com correção ou negligência os deveres religiosos. Além disso, o "filho-de-santo" deve estrita obediência a seu "Pai" ou "Mãe-de-Santo", subordinação esta tão extensa que atinge até a conduta fora da casa de religião.
É a primeira obrigação da iniciação. O Babalorixá ou Yalorixá utiliza o Mieró (ervas sagradas maceradas com água pura), enquanto tira-se o Erín, ou seja, a reza do Babalorixá Babalori xá ou Yalorixá. Debruçado sobre uma bacia de ágata, contendo o Mieró, o iniciando tem sua cabeça lavada. Depois seca com uma toalha branca. A partir de então o iniciando passa a ser "filho-de-santo", devendo respeitar e participar de todas as atividades que ocorrerem no Ylê. OBS: O Mieró deverá ser feito para a lavação de cabeças, de obrigações (Boris, Ocutás, Vasilhas, etc) ou mesmo um banho de descarga.
O Aribibó é a obrigação realizada com um casal de pombos pertencentes ao Orixá. Nesta obrigação não feita nenhum tipo de assentamento, visto que se trata de um reforço ou até mesmo um Axé de saúde.
O Bori de aves é a obrigação em que o filho-de-santo reafirma sua convicção dentro da religião. É feito como uma preparação para o aprontamento, ou como um "reforço de cabeça", que tem como objetivo melhorar as condições gerais do filho-de-santo. Na obrigação do Bori são consagrados alguns objetos que juntos também se chamam Bori: uma manteigueira de vidro ou porcelana, 01 moeda antiga, alguns Búzios (de acordo com o número de Axé do Orixá) e 01 quartinha (espécie de vaso de barro com tampa). Estes objetos são colocados dentro de uma vasilha, juntamente com as guias e recebem o sangue (Axorô) dos animais sacrificados, vasilha esta que fica no colo do filho que está sendo Borido, enquanto este fica sentado no chão.O Babalorixá ou Yalorixá Yalorixá faz as marcações no corpo do filho da mesma forma que foi feita no Aribibó, com a diferença de serem sacrificados além de pombos, galos ou galinhas, de acordo com o Orixá dono da cabeça do filho-de-santo. Na continuação da obrigação de Bori conservam-se as mesmas etapas do Aribibó, porém no Bori há uma testemunha a quem chamamos de Padrinho ou Madrinha de cabeça, devendo-se total respeito ao Padrinho, que deverá ser alguém com feitura, filho-de-santo pronto, pois é o Padrinho ou Madrinha que deverá ser procurado caso o afilhado necessite de orientação e o Babalorixá ou Yalorixá estiver impossibilitado de auxiliar o filho-
de-santo. Terminada as etapas da matança o Borido é auxiliado a trocar de roupa e deita-se no chão mantendo-se o mais próximo de sua obrigação. Os animais sacrificados vão para a cozinha, onde são preparadas as inhélas (partes extremas e vitais das aves, fritas em óleo) que serão servidas aos Orixás e com o restante do corpo das aves serão preparadas às refeições para alimentar o povo que permanecerá no Ylê durante o período de obrigação, ou então serem servidas durante a noite de Batuque.A reclusão do filho de santo que está sendo Borido varia de 03 a 04 dias em média. Durante este período o Borido reduz ao máximo suas atividades e movimentos, permanecendo a maior parte do tempo deitado ao chão. Após o Batuque e o término do período de reclusão levanta-se a obrigação e monta-se o Bori: Faz-se uma cama de algodão dentro da manteigueira e põe-se a moeda ao centro rodeado pelos Búzios. Cobre-se com bastante mel. Agora o filho-de-santo tem o Bori (a manteigueira com os Búzios e a quartinha cheia d'água), que ficará guardado no Quarto-deSanto, numa prateleira coberto por cortinas, juntamente com os Boris dos demais filhos do terreiro, até que este filho se apronte e tenha seu próprio terreiro. O Bori é considerado a "cérebro" do indivíduo, portanto exige certos cuidados, não deve ser mexida, a quartinha deve estar sempre com água e deve ser reforçado de tempos em tempos com nova obrigação.
Quando são sacrificados galos ou galinhas da cor pertencente ao Orixá de cabeça e para o Orixá que rege o corpo da pessoa. É uma obrigação de iniciação para o filho-de-santo novo ou de reforço para o filho que fez Bori e que precisa renovar sua força espiritual
Como é chamado vulgarmente, pois é considerado como preparação para o aprontamento, isto é, antecede o Bori de Quatro-pés. Esta obrigação é feita para filhos que já tenham feito Bori de aves e também pode ser feito como reforço, para os que já são filhos prontos. É sacrificado um casal de galinhas d'angola se o filho-de-santo pertence a um Orixá de frente, casal de marrecos se o filho-de-santo pertencer á Oxum ou Oxalá ou então, um casal de patos se for filho de Iemanjá. A feitura de um Bori de Meio Quatro-Pés, vai depender da necessidade do indivíduo e/ou da exigência de seu Orixá, o que será verificado junto ao Babalorixá ou Yalorixá através do Ifá
Considerado como apronte de cabeça, principalmente quando junto ao Bori ocorre o assentamento do Orixá de cabeça do filho-de-santo. Ocasião onde se consagra não somente o Bori, mas também os objetos místicos: as ferramentas e o ocutás onde será fixado o Orixá e a guia Delegum, guia com vários fios de contas que variam em número e cor de acordo com o Axé do Orixá. È sacrificado um animal de quatro patas de acordo com o Orixá do indivíduo. A partir desta obrigação, aumentam as responsabilidades do filho-de-santo, assim como seu prestígio junto á sociedade batuqueira. O período de obrigação, em que o filho fica "preso" no Ylê é maior do que no Bori de Aves, variando de 06 até 20 dias ou mais, isto vai depender da situação e das regras dadas pelo Babalorixá ou Yalorixá.
O aprontamento corresponde ao estabelecimento oficial e definitivo do vínculo místico indivíduo/Orixá. Entretanto este vínculo precisa ser renovado de tempos em tempos, pois o ato de colocar Axorô na cabeça implica na idéia de alimentar o Orixá e fortalecer o seu filho.O aprontamento sempre ocorre na obrigação que chamamos de matança e os principais passos do aprontamento são muito semelhantes em todos os terreiros, e são eles: 1. O corte dos animais ofertados a cada um dos Orixás a serem assentados em cima da vasilha que contém os objetos a serem consagrados. 2. No caso do aprontamento de cabeça o Axorô do animal também é derramado sobre a cabeça do filho-de-santo que está se aprontando, tal como é feito no Bori. 3. Os animais sacrificados são coureados, para que possam ser preparados e servidos no Batuque que será realizado. Geralmente a matança se dá numa Quinta-feira, sendo uma Obrigação fechada, comparecendo somente os filhos do Ylê.No sábado dá-se o Batuque grande, quando comparecem ao Ylê grandes números de pessoas, pertencentes ao Batuque ou não. Após as etapas da matança segue-se a preparação para o Batuque que será dado em homenagem aos Orixás que estão sendo assentados. A preparação do Batuque compreende desde a decoração do salão, até a confecção dos alimentos que serão servidos.
O filho-de-santo é agraciado com os Axés de Obé e Ifá, quando o Babalorixá ou Yalorixá perceber o desenvolvimento, o empenho e o merecimento do filho para com suas Obrigações e o comprometimento com seus Orixás e com os fundamentos da Religião. Significa que o Babalorixá ou Yalorixá Yalorixá tem extrema confiança no filho que irá receber os Axés, tanto em relação aos seus conhecimentos, quanto ao seu caráter e honestidade, pois é através do Ifá que se auxilia quem precisa de orientação e com o Obé realizamos os fetiches para os Orixás. A entrega destes Axés ocorre no Batuque de terminação, geralmente no sábado posterior ao Batuque Grande. Quando for entregue os Axés, os objetos que compõe o jogo de Ifá e as facas deverão ser colocados em uma bandeja enfeitada com flores e folhas e se fará o ritual de entrega. O padrinho ou madrinha segurará uma vela acesa testemunhando a Obrigação. Antes de dar início à entrega dos Axés o Babalorixá ou Yalorixá Yalorixá dirá um pequeno discurso sobre a importância e a utilidade dos Axés que estão sendo entregues perante todos os presentes. A partir de então o filhode-santo é considerado pronto, isto é tem sua obrigação completa com o assentamento de todos os Orixás e os Axés de Obé e Ifá. Depende agora de seu desenvolvimento e aptidão e, com o consentimento de seu Orixá-de-cabeça e de seu Babalorixá ou Yalorixá poderá ter seu próprio Ylê.
As primeiras manifestações do Orixá são muito rudes, diz-se que o Orixá nasceu ao chegar pela primeira vez ao mundo. O Babalorixá ou Yalorixá começa então a ensinar ao Orixá certos comportamentos e fundamentos necessários para o bom desempenho do Ebó.
A Religião Africanista é em seus fundamentos voltada para o passado, mantém até hoje ensinamentos e preceitos, desde o tempo mais remoto, do negro na África e chegou até nós através dos escravos. Sobreviveu a todos os períodos de opressão e perseguição. Daí a enorme importância da obrigação de corte aos Orixás, pois é a preservação da cultura que ao mesmo tempo em que ofertava certos sacrifícios aos Orixás alimentava seu povo com a carne do sagrado. Depois adiantando na linha do tempo, entramos nas casas comuns e nos terreiros em que os animais andavam soltos no pátio e serviam para a subsistência familiar, ainda não existia as facilidades que hoje são disponíveis nos supermercados. Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a balança arrebente algo de grave pode acontecer a um dos participantes da balança, podendo até ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça de arrebentar a Balança Axé dos Presentes enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolos são servidos aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados. São de costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem ser usados no dia-adia do Ylê etc. É neste momento o Babalorixá ou Yalorixá Yalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos os presentes recebidos. Levantação limpá-las e guardá-las nas prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos escravos, o Passeio saindo do Ylê vão ate o centro da cidade visitar lugares de grande significado para a comunidade. O Serão ocorre geralmente na quinta-feira á noite, começa entorno dás 20:00 horas e estende-se muitas vezes até a madrugada, das obrigações de Bori e de apronte que serão feitas.
No Serão são imolados animais quadrúpedes (aos quais chamamos vulgarmente de quatro - pés) e de aves. As oferendas feitas aos Orixás são de origem animal assim como vegetal (folhas, plantas, grãos) e mineral: os ocutás, a água, etc. Os animais são ofertados os Orixás com o intuito de fortalecer o axé do Orixá assim como a mente e espírito do filho-de- santo através do axorô (sangue do animal) e das inhélas, certas partes dos animais que serão fritas e arriadas no Quarto-desanto (cabeça, pés, testículo no caso dos quatro-pés e cabeça, pés, pontas das asas, do pescoço e da sambiqueira, pulmões e testículos das aves). A carne dos animais imolados serão preparados em forma de canja, de amalá, assados, enfarinhados e consumido pelo povo durante o período de obrigação e pelas pessoas que comparecerem ao toque, Batuque. Os couros retirados dos animais, depois de preparados são utilizados na confecção dos tambores, instrumentos tocados durante o Batuque. Nada é desperdiçado, por exemplo, no Ylê, é grande o número de animais imolados, devido ao grande número de filhos que o Ylê tem, quando não é consumida a totalidade de carne e de comida preparada, o restante é doada a entidades carentes nas proximidades do Ylê
No dia posterior ao corte, permanecem alguns filhos-de-santo no Ylê para, prepararem todos os detalhes os toques que irá acontecer no sábado. As principais atividades acontecem na cozinha, considerada a parte mais importante do Ylê, depois do Quarto-de-santo. É necessário que um filho-desanto, mais experiente e de extrema confiança do Babalorixá ou Yalorixá auxilie na organização de tudo que deve ser feito, pois os afazeres são muitos e o tempo escasso. Além de todas as comidas-de-santo, devem ser feitas comidas tradicionalmente sagradas e significativas que serão servidas ás visitas que são esperadas mais tarde no toque. Com as aves preparam-se: canja, galinha assada, galinha enfarofada. Com a carne do carneiro faz-se o Amalá, comida consagrada ao Orixá Xangô: A carne cozida e desfiada são agregadas ao molho com folhas de mostarda picada, servido com pirão de farinha de mandioca. Os cabritos e porcos são assados e servidos em pedaços. Faz-se também canjica de milho branca e amarela, além de uma grande variedade de doces como: sagu, pudim, ambrosia, quindim, docinhos,
etc... Para beber serve-se o Atã, bebida típica do Orixá Ogum, feita com frutas minusculamente cortadas, misturadas com guaraná e xarope de groselha.Os miúdos dos quatro-pés é cozido e picado de forma bem miúda para se fazer o sarrabulho, uma espécie de farofa temperada com cheiro verde, cebola e os miúdos picados. As filhas de Iansã, ajudadas por outros irmãos fazem o acarajé, comida consagrada ao seu Orixá de cabeça. Havendo disponibilidade faz-se ainda os bolos que serão ofertados pela ocasião do aniversário de assentamento dos Orixás. A preparação do toque segue com a arrumação do Quarto-de-santo que deve ter: flores, perfumes, as comidas-de-santo, Atã, pelo menos uma porção de cada comida que está sendo feita para o povo, frutas, balas enroladas em papéis coloridos, os bolos de aniversário. Além das inhélas e das vasilhas contendo as obrigações e de outros fetiches religiosos. Há ainda a arrumação do salão, onde acontece o toque, e das demais dependências do Ylê que depois da limpeza são organizadas para melhor receber os convidados, Babalorixás e Yalorixás que juntamente com seus filhos-de-santo vêm prestigiar a obrigação.
Também faz parte da preparação para o toque a confecção dos mercados que serão distribuídos no final do Batuque.O significado e a explicação desta denominação perdeu-se nos tempos, porém seu significado religioso continua forte. Os mercados são pacotes onde se colocam as comidas-de-santo para serem ofertados ás visitas simbolizando a distribuição e a extensão do axé de prosperidade, fartura e fraternidade a todos os lares e Ylês. O axé obrigatoriamente deve ser dividido entre os que compareceram ao toque, principalmente quando o Ebó é de quatro-pés. Cada Ylê acondiciona o mercado da maneira que lhe convém: em bandejas, em pacotes, em caixas de papelão, etc, porém o que não muda muito é o conteúdo do mercado. O mercado deve conter: pedaços de carne de cabrito assada, frutas, bolo, Axoxô (milho cozido, pertence á Obá), pipoca (pertence á Bará), batata doce frita em rodelas ou acarajé (pertence á Iansã), doces - quindim, docinhos, balas (pertence á Oxum), farofa de Xapanã (farinha de mandioca pilada com amendoim e açúcar). No final do toque também são distribuídos, bolos, carnes, frutas. O Babalorixá, muitas vezes presenteia os Babalorixás e Yalorixás que estão de visita com flores do Quarto-de-Santo, para que sejam colocadas em seus Quartode-santo, como sinal de agradecimento pelo comparecimento no Ebó. Caso ainda
sobre alguma comida ou fruta, deve ser doado a pessoas carentes ou instituições de caridade.
O toque geralmente inicia ás 23:00 horas, quando todos os filhos-de-santo devem estar presentes e devidamente trajados de seus axós, para auxiliar o Babalorixá ou Yalorixá a recepcionar os visitantes. O início do toque se dá com a chamada: todos em silêncio, ajoelham-se, enquanto o Babalorixá Babalorixá ou Yalorixá Yalorixá em frente ao Quarto-de-santo, tocando o adjá (espécie de sineta) saúda a todos os Orixás, de Bará a Oxalá, fazendo pedidos de abertura, de paz, saúde e prosperidade a todos os presentes. Os filhos-de-santo respondem com a saudação específica de cada Orixá. Os alabês (tamboreiros), "puxam" os Eríns, isto é tocam tocam os tambores enquanto entoam os Eríns, para que os presentes respondam, e a roda se forma no centro do salão, movimentando-se no sentido anti-horário. Os Eríns têm coreografias adequadas a cada orixá ou a cada "passagem", (relação da reza com alguma história daquele orixá), por exemplo: nos eríns do Orixá Ogum ora dança-se simulando com as mãos o trabalho do ferreiro na forja, ora dança-se simulando a utilização de uma lança, relacionando com Ogum guerreiro. Todos podem fazer parte da roda, adultos, crianças, iniciados e prontos, porém alguns detalhes devem ser observados. Participam da roda pessoas que estejam de axó (calça comprida para os homens, e no mínimo saia para as mulheres, desde que não seja curta), mulheres em período menstrual não participam do Batuque, mas podem auxiliar na manutenção, na limpeza e na recepção dos convidados. As pessoas que estiverem de luto também não podem participar do Ebó, ficando somente na assistência. Os Orixás que "chegam" usam o centro da roda para dançarem e darem os seus Axés, com exceção dos Orixás "velhos" que são encaminhados a sentarem-se nos banquinhos a eles destinados. Os Eríns seguem a hierarquia dos Orixás, sendo de responsabilidade do Alabê a exatidão dos Eríns assim como a ordem dos acontecimentos no decorrer do toque. Acompanhe a seqüência de tais acontecimentos, segundo a Nação Jêge-Ijexá.
Chama-se balança ou Cassum em homenagem a Xangô e também por conter o Axé de todos os Orixás em equilíbrio. Há um intervalo na movimentação da roda e os presentes, inclusive os Orixás afastam-se do centro do salão, deixando
espaço para a roda da balança. Só há balança quando há ebó de quatro-pés, que é constituída exclusivamente por pessoas prontas na religião, que já tenham feito ao menos Bori de quatro-pés, no mínimo 06 pessoas (conta de Xangô) podendo ser em número múltiplo de 06: 12, 18, 24, 32. Caso o número de prontos seja excedente, por ser feito mais de uma balança, aí então se costuma fazer uma balança com pessoas de Orixá de frente e uma balança com o povo de praia. Os participantes colocados lado a lado, formando uma roda de mãos dadas, dançam ao ritmo do tambor que vai gradualmente aumentando de intensidade. É quando ocorre o maior número de ocupações ao mesmo tempo, sendo somente de Orixás jovens (Oxum, Iemanjá e Oxalá velhos só podem chegar depois do início dos Eríns de Oxum). Ao terminar a balança os Orixás cumprem o fundamento: Vão ao Quarto-de-santo, depois até a porta da rua para cumprimentar os orixás da rua e depois dançam ao som do Alujá de Xangô e do Alujá de Iansã, Eríns destinados unicamente pelos orixás de frente. Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a balança arrebente algo de grave pode acontecer por dos participantes da balança, podendo até ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça de arrebentar a Balança, cabe ao alabê, mudar imediatamente o axé indo direto para a execução do Alujá de Xangô. Por causa desta crença, muitas pessoas esquivam-se de participar da Balança, porém é uma obrigação muito forte onde se confirma que o ebó que está sendo realizado é de quatro-pés, o axé que emana no salão durante a balança é algo muito forte, sentido por todos os presentes.
Logo após a Balança os Orixás que estão no "mundo" dançam o Alujá do Xangô e o Alujá de Iansã, respectivamente, ritmos do tambor, característicos destes Orixás. Os Orixás jovens dançam em frente ao "pagodô" local mais elevado (espécie de palco) onde ficam os alabês. Durante o alujá é contagiante o Axé e a empolgação com que os Orixás dançam, proporcionando um momento de rara beleza.
Terminado os Eríns de Obá é hora da Saída do Ecó, que nada mais é do que o despacho do Axé de Bará, e do Ecó de Bará Lanã e do Bará Lodê (alguidar com
água, farinha de mandioca e gotas de epô - azeite de dendê) e do Ecó de Oxum (Vasilha de vidro com farinha de milho, água, mel e perfume e flores). A saída do Ecó simboliza a saída de toda a negatividade que existe no ambiente e nas pessoas presentes prepara o ambiente para os Eríns dos Orixás de praia, que tem um toque mais brando. Enquanto sai o Ecó, os alabês continuam puxando os Eríns, só que agora puxam os Eríns dos Orixás da rua - Bará Lodê, Ogum Avagãn e Iansã Timboá - não há movimento da roda e a assistência evita olhar para o que está acontecendo, virando para a parede. Diz a crença que quem olhar a saída do Ecó atrai para si a negatividade ali contida.
No Batuque de Quatro-pés há a roda de Ibedji, no Jêge-Ijexá ela acontece durante os Eríns de Oxum. É o momento em que as crianças participam da obrigação e as mulheres que pretendem a maternidade ou que estão grávidas fazem os seus pedidos e agradecimentos. Os orixás, principalmente Oxum e Xangô, distribuem aos que estão na roda e na assistência, as frutas, os doces quindins, merengues, cocadas, bolos - que estão no Quarto-de-santo.
Sendo Oxum a deusa da beleza adora perfumes, espelhos, em seus Eríns há um momento especial em as Oxuns que estão no mundo recebem vidros de perfumes, leques e espelhos. Dançam felizes, empunhando seus leques e espelhos enquanto outras se banham com perfume e distribuem um axé perfumado as pessoas que estão na roda e na assistência. Este axé faz uma referência sobre a "passagem" em que Oxum está no rio banhando-se, num ritual de beleza e encantamento.
Geralmente acontece quase no final do Batuque, os Orixás que estão aniversariando "apresentam" seus bolos, tantos os Orixás quanto os filhos-desanto que não se ocupam, mostram a todos o seu bolo com a vela acesa (correspondente aos anos de assentamento do Orixá), enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolo são servidos aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados. São de costume também, os
convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-dia Ylê, etc. É neste momento que o Babalorixá ou Yalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos o presente recebido.
Pertence aos Eríns do Oxalá o Axé do Alá. Em determinado momento, os filhosde-santo com estatura mais elevada suspendem ao alto um grande Alá branco. Enquanto a roda e os Eríns continuam, todos passam por baixo do Alá pedindo ao Orixá do branco a paz e a proteção.
O Aforiba é o momento em que Ogum e Iansã demonstram a passagem em que Iansã embebeda Ogum para fugir com Xangô. O Babalorixá ou Yalorixá convida um Ogum e uma Iansã para fazerem o Aforiba, então ela coloca no centro do salão duas garrafas contendo atã (Aforiba) e as armas pertencentes a estes Orixás (espadas). Iansã toma as garrafas e oferece á Ogum que logo se embebeda, mas em seguida Ogum volta a si e vai atrás de Iansã empunhando sua espada. Os dois lutam, mas Iansã consegue acalmar Ogum e os dois reconciliamse e voltam a dançarem juntos. Tendo um Xangô no mundo poderá vir ele fazer parte do Aforiba. Xangô vem em defesa de Iansã e com seu machado de dois gumes entra na luta com Ogum. Aí então, Iansã acalma os dois Orixás.
Conforme o Batuque vai acontecendo, os Orixás chegam (ocupam-se da consciência e do corpo de seus filhos) e fazem o fundamento da religião, conforme o ensinamento do Babalorixá e da Yalorixá. Feita a obrigação os Orixás "sobem", vão embora. Os Orixás são despachados, geralmente por filhos-de-santo mais antigos e experientes do Ylê, porém eles ficam em "Axêre" ou "Axêro" (No Candomblé são chamados de Erês), estado intermediário entre a ocupação do Orixá e da pessoa propriamente dita. Os Axêres agem como crianças, tomam refrigerante e adoram fazer brincadeiras com as pessoas, pois seu linguajar é confuso, trocam as expressões como, por exemplo: "tigue" (tigre) quer dizer carro, "confeitaria" quer dizer bolo, "pouco" quer dizer muito, "feinho" quer dizer bonito, e assim por diante. È um momento de descontração, porém deve ser mantido o
respeito, pois apesar de fazerem brincadeiras, os axêres ainda conservam a essência do orixá.
Terminada o período em que a obrigação deve ficar arriada, há a levantação, termo que se refere ao ato de levantar as vasilhas contendo as obrigações de corte que estavam arriadas, limpá-las e guarda-las nas prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos escravos, as obrigações são guardadas no Quarto-de-santo e ocultas por cortinas que geralmente tem á sua frente imagens católicas que se referem ao sincretismo religioso, assim como velas, castiçais, comidas de santo, flores e outros objetos sagrados pertencentes aos Orixás
A obrigação do peixe é feita pela manhã bem cedinho, e só ocorre em festas grandes, com quatro-pés. Alguém encarregado deve ir ao rio ou ao mercado público e trazer peixes ainda vivos para serem imolados aos Orixás, de Bará á Oxalá, por isso não pode ser uma quantidade muito pequena. Os orixás de frente recebem pintado como obrigação e os Orixás de praia recebem jundiá. No Quarto-de-santo são imolados ao menos um peixe para cada orixá e a ele é destinado: a cabeça, as barbatanas, a cauda e um pouco de axorô (sangue). A carne dos peixes imolados é servida com pirão (ebó) no almoço e deve ser consumida pelos presos (filhos que estão de Obrigação) e pelos que estão na casa, pois o ebó de peixe simboliza fartura e prosperidade. Uma quantidade maior de peixes é preparada frita para ser servida ao povo que comparecer ao batuque de encerramento ou no Toque do Peixe - toque realizado na noite do corte do peixe, porém com duração mais curta quando serão consumido o Ebó do peixe e peixes fritos, além das comidas dos Orixás.
A obrigação da Mesa de Ibedji é feita no Batuque de Encerramento e nas ocasiões em que o Babalorixá ou Yalorixá acharem necessárias. É realizada no início da noite e antecede o Batuque de Encerramento. Dela participam crianças de zero á doze anos, além de mulheres grávidas, ou que queiram engravidar. São "tirados" Eríns de Bará, de Xangô e Oxum (que representam os Ibedji) e dos Orixás velhos. A Mesa de Ibedji é riquíssima de detalhes e constitui uma
obrigação religiosa com muito axé e beleza. Significa agradar e reverenciar aos orixás das crianças que simbolizam pureza, paz e prosperidade. Uma grande toalha branca é colocada ao chão e nela colocam-se 01 gamela de frutas, 01 gamela contendo Amalá, flores, 01 quartinha, brinquedinhos, bolo, doces e refrigerantes. As crianças participam em grupos de 06, 12...(números múltiplos de 06, a "conta" de Xangô), sentam-se ao redor da toalha, as menores acompanhadas por um adulto. Servem-se para as crianças: primeiramente canja de galinha, depois os doces e refrigerante. Após terem comido o que foi servido, são dados ás crianças uma colher de mel e um gole de água. Depois são lavadas e enxugadas as mãos das crianças. Terminadas estas etapas as crianças são levantadas da mesa por pessoas adultas ou por orixás que tenham "chegado" na mesa e conduzidos a formarem uma roda ao som de Eríns de Xangô. São feitas quantas mesas forem necessárias para que todas as crianças presentes participem da Obrigação. Encerrada a Mesa de Ibedji, os Orixás que chegaram durante e a Mesa de Ibedji, recolhem os itens que ainda restam na mesa e levam até o Quarto-de-santo. Os brinquedos são distribuídos entre as crianças que participaram da Mesa
É o toque que encerra as atividades públicas do Batuque Grande. Tem uma proporção um pouco menor do que o primeiro toque, pois é antecedido pelo corte do peixe e do corte de confirmação, quando são imoladas somente aves aos orixás.A cor dos axós é preferencialmente o branco e pode acontecer a Mesa de Ibedji antes do início do toque. É nesta noite que serão dados os axés de Obés e Ifá. Entre os alimentos servidos aos convidados prevalecem os doces, além da canja, da canjica e do Amalá (este feito com carne de peito de gado). Seguido do toque, no dia posterior há a levantação da obrigação do corte de confirmação
O término da obrigação para os filhos-de-santo que estão presos por motivo de seu aprontamento ou por obrigação de Bori é o Passeio no dia posterior á Levantação, pela manhã, antes, porém o Babalorixá ou Yalorixá leva os presos até a porta da frente do Ylê e apresenta-os à rua (aos Orixás da Rua), liberandoos para saírem fora dos limites do Ylê. É comum no centro de Porto Alegre reconhecermos um grupo de presos passeando juntamente com seu Babalorixá ou Yalorixá. Saindo do Ylê vão até o
centro visitar lugares de grande significado para a comunidade batuqueira: A Igreja do Rosário construída com o trabalho do negro escravo (antiga irmandade de negros), o Mercado Público - lá compram cereais, grãos, e velas, o Rio Guaíba (que banha a cidade) lá reverenciam Oxum e jogam moedas ao rio pedido prosperidade e fartura. Em seguida, vão visitar algum Ylê conhecido onde "batem cabeça" cumprimentando os Orixás do Ylê e lá depositam parte das compras feitas no mercado. De volta ao Ylê, batem cabeça no Quarto-de-santo e arriam o restante das compras feitas. Cumprimentam o Babalorixá ou Yalorixá na nova condição de Filho-de-santo pronto, ou borido (conforme a obrigação realiza).
As quinzenas são obrigações menores que duram normalmente dois ou três dias a matança e o toque (Batuque) é freqüentado por um número não muito grande de pessoas e geralmente estão associadas a alguma data comemorativa ou a obrigação de Bori de filhos-de-santo do Ylê. Há o toque dos Eríns dos Orixás, as comidas-de-santo são ofertadas aos orixás e as tradicionais comidas servidas ao povo: canja, canjica branca e amarela, amalá. Por ser uma obrigação menor, exige um mínimo de aves a serem sacrificadas, cujo axorô e inhélas são ofertadas aos Orixás. A carne das aves é consumida nos intervalos do toque do tambor, servida enfarofada ou na canja, comidas tradicionalmente ofertadas as pessoas que comparecem ao Ebó. Há ainda as "quinzenas secas", quando não há sacrifício de animais. Os alimentos servidos ao povo são basicamente doces.Sendo as quinzenas obrigações menores, constituem em excelente oportunidade para a aprendizagem dos fundamentos do Batuque, dos Eríns e da organização do Ebó
Realizada no período na semana Santa, não ligada ao catolicismo, mas um período em que o mundo entra em luto pela crença católica. Por estar em luto a humanidade fica fragilizada e desprotegida, então se faz nos terreiros à obrigação de mandar os santos para guerra, Arriam-se novas oferendas, além de doces e flores em sinal de agradecimento e alegria pela volta dos Orixás, e pelo término do período de luto. Geralmente acontece na quinta-feira santa á noite, os Orixás que costumeiramente chegam, manifestam-se em seus filhos-de-cabeça, perto da porta da entrada do Ylê e com uma expressão mais pesada, com feições mais sérias, como se estivessem tristes. Recebe no Quarto-de-Santo um saquinho de tecido contendo grãos que simbolizam o axé e o alimento que serão
necessários na guerra. Levam também todos os axés que estiverem arriados no Quarto-de-Santo, este permanecendo vazio até o sábado de aleluia em sinal de luto. No sábado de aleluia, entorno dás 10:00 horas da manhã, abre-se o Quartode-Santo, o tamboreiro toca os Eríns e os Orixás que foram para a guerra manisfestam-se novamente, simbolizando a chegada da guerra. São recepcionados com muita alegria, pois o período de guerra e de luto foi superado. Arriam-se novas oferendas, alem de doces e flores em sinal de agradecimento e alegria pela volta dos Orixás, e pelo término do período de luto.
Na concepção batuqueira, cada ano é regido por um Orixá que é acompanhado por outros Orixás. A determinação de qual Orixá irá reger o ano é dada através do Jogo de Búzios. Esta limpeza é diferente das demais limpezas feitas durante o ano, pois é realizada com o Axé de todos os Orixás, mais 07 varas de marmelo. (que pertencem a Ogum, para cortar as demandas), a vassoura de Xapanã (de palha ou com 07 cores de tecido, para varrer as mazelas e feitiçarias) e com 01 ave do Orixá que está entregando o ano. É feita à marcação dos que fizeram a limpeza e segurança amarrando-se ao pulso ou tornozelo um molho de linhas com as cores de todos os orixás, o que significa que o indivíduo está puro e seguro para enfrentar o ano que vai vir. Esta Limpeza é feita também nas pessoas comuns que freqüentam o Ylê. Depois da Limpeza é feito o osé nos Orixás, limpeza das ferramentas, dos ocutás e de tudo o que pertencem aos Orixás. E finalmente é realizado o toque em homenagem aos Orixás que estão entregando o ano e aos orixás que irão reger o próximo. A água contida nas quartinhas dos Orixás são despachadas e trocadas por uma nova água, o que simboliza a renovação do Axé. É uma obrigação com caráter festivo, porém não deixa de ter seu caráter religioso.
O Batuque cultua seus antepassados, e embora o culto aos que já se foram faz parte do Fundamento Religioso do Batuque, as obrigações, bem como tudo o que se refere aos rituais fúnebres é separado e diferente do culto aos Orixás. Há muito respeito e um certo temor ao se falar em "Egun" - espírito dos que se foram causando até mesmo pânico entre aqueles que não conhecem os fundamentos religiosos. Babalorixás e Yalorixás que atingiram um grau mais elevado na Religião possuem o Balê ou "Buraco", local específico para as obrigações ligadas aos mortos, geralmente situado no extremo oposto á entrada
do terreiro, porém quando o Balê ou Buraco não é estabelecido, os rituais e oferendas aos Eguns são feitos no mato. As obrigações de egun acontecem em períodos pré-estabelecidos (geralmente próximo á Semana Santa e no Dia de Finados) e anualmente no dia em se comemora a abertura do Balê, salvo ao fato de algum filho-de-santo vir a falecer. No caso de falecimento do Babalorixá ou Yalorixá dono (a) do terreiro, o luto no templo permanece por um ano, neste período ficam suspensas obrigações de corte, toques e fetiches, sendo somente liberado o Jogo de Ifá trinta dias depois para que se possa manter a economia do terreiro. No Balê são feitas às oferendas aos eguns, comidas ritualísticas específicas, flores, bebidas, cigarros, perfumes, etc. - como forma de homenagear nossos ancestrais, desde aqueles que deram início á nossa gôa (família religiosa) até aqueles que se foram mais recentemente. Ao falecer um iniciado na Religião Africanista é necessário realizar as Obrigações de Desligamento e quanto maior for o grau de importância desta pessoa dentro do culto, maior e mais detalhada será a obrigação, que significa o desligamento do espírito da pessoa falecida com a vida material e terrena. Os cânticos que no lado dos Orixás são chamados de Eríns, nos Eguns são chamados de Ateté e são acompanhados ao som do tambor xôxo, não há utilização de sineta e nem de agê, a roda movimenta-se no sentido horário enquanto balançam-se os braços, os participantes usam sapatos, características contrárias às das obrigações para os Orixás. Além de homenagear os ancestrais, as Obrigações de Egun também servem para descarregar as cargas negativas.
Dia dos Orixás no Batuque: Bará:
é nome de um Orixá que se cultua no Batuque, Batuque, religião afro-brasileira do Rio Grande do Sul. Sul. Por várias características pertencentes aos homens, Bará se apresenta como o Orixá mais humano de todos os Deuses africanos, sendo sempre o primeiro Orixá a ser servido em qualquer obrigação, nele encontraremos um Orixá prestativo e presente, segurando todas nossas futuras necessidades, caso contrário devemos nos preparar, sem exagero, para alguma coisa desagradável. Como dono das chaves, dos portais, encruzilhadas, caminhos e comércio, deve sempre ter suas saudações, obrigações e cortes quando necessário feitos em primeiro lugar caso contrário caminhos trancados, mas não devemos taxar o Orixá Bará de egoísta, para a segurança de nosso ritual é só servi-lo primeiro e assim nosso ritual estará bem encaminhado. É o Orixá responsável pela boa abertura dos trabalhos, esta para nossos negócios e vidas, destrancando caminhos e abrindo portas ou trancando e fechando, dependendo de nossos merecimentos e cumprimento de tarefas. Alúpo ou Lalúpo
Segunda-feira e Sexta (Bará Agelú) 07 e seus múltiplos Vermelho Corrente de aço (para alguns), vermelho escuro (Legba), vermelho (Lanâ, Lodê, Adagui e Agelú) Pipoca, Milho torrado, 07 batatas inglesas assadas e azeite de dendê. Legba com Oiá Timboá, Lodê com Iansã ou com Obá, Lanã com Obá ou com Oiá, Adagui com Oiá ou com Obá, Agelú com Oxum Pandá e às vezes com Oyá Corrente, chave, foice, moeda, búzios, entre outros. Galo Vermelho. Cabrito branco fosco mais ou menos marrom. São Pedro, Pedro, quando faz adjuntó com Iansã, São Benedito com faz adjuntó com Obá. Santo Antônio do Pão dos Pobres Santo Antônio Menino no colo do Santo Antônio. Os filhos de Bará possuem um caráter ambivalente, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e ficam muito contrariadas. As pessoas de Bará não têm paradeiro, gostam de viagens, de andar na rua, de passear, de jogos e bebidas. Quase sempre estão envolvidas em intrigas e confusões. Guardam rancor com facilidade e não aceitam ser vencidas. Por isso para ter-se um amigo ou filho de Exú é preciso que se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele. Reza escrita de Bará:
Responder: Amachere onibá Exu abanada amachere anibá Exu abanda.
Responder: Exu ademi chechemirê
Responder: Exu ademi chechemirê
Responder: Exu jalana fumalé
Responder: Exu jalana fumalé
Responder: Exu ecuo bará Ianã
Responder: Bará
Responder: Bará
Responder: Bará
Responder: Alupagema
Responder: Alupagema
Responder: Alupagema
Responder: Alupagema
Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô
Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô
Responder: Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã
Responder: Olebará aléo modibará oelefa epô
Responder: Ae ae olebará
Responder: Exu berim Exu berim ianã
Responder: Exu berim Exu berim ianã
Responder: Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao
Responder: oiá eléfa
Responder: Exu Demi modibará com seu ajo modipaim
Responder: Chegou Ioda
Responder: Chegou Ioda
Responder: Papainhale
Responder: Exulana fomiô exulana fumaléo
Responder: Olebará iaboduma sanabore oeléba
Responder: Olebará iaboduma oaçaquere equeoue
Responder: Ocoro ocoro ocoro quere quere ocoro ocoro ocoro e eléfa iaboduma
Responder: Ogum
Responder: Ogum dae anaisô
Responder: Ogum anira alasebó
Responder: Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum
Responder: Exú Ecuô Bará lanã
Responder: Bará
Responder: Bará
Responder: Bará
Responder: Bará
Responder: Amachere onibá Exú abanadá ioamachere onibá Exú abanada
Responder: Ademi chechemirê
Responder: Ademi chechemirê
Responder: Exu jalana fumalé
Responder: Exu jalana fumalé
Responder: Exu berim Exu berim lanã
Responder: Exu berim Exu berim lanã
Responder: Exu berim Exu berim lanã
Responder: Alalupagema
Responder: Alalupagema
Responder: gam gam chonipadô
Responder: Ara Ogum megê mireo
Responder: Ara Ogum megê mireo
Responder: Ageóra oraóra ageóra Ogum: 2) Ogum Ogum:: dia: Segunda-feira para Ogum Avagãn Quinta-feira para os
Orixá da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia. Orixá guerreiro, defendendo as leis e a ordem, representa todas as batalhas da vida, ele faz parte de tudo aquilo que é preciso lutar para alcançar vitória. Ogum ensina os homens a manufaturar o ferro e o aço, a ele pertence o "obé" – a faca utilizada para os sacrifícios. Em muitas lendas aparece como irmão de Odé e Bará. Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção. Depois de Bará é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu
símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a quinta-feira. Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc. É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Bará porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores. Saudação - Ogunhê. Dia da semana - segunda-feira para Ogum Avagãn e quinta-feira para os demais. Número - 07 e seus múltiplos. Cor - vermelha e verde. Guia - vermelho e verdes escuros. Oferenda - pipoca, farinha de mandioca mistura com dendê, costela de gado assada e três laranjas de umbigo cortadas em cruz. Adjuntós - Avagãn com Oyá Timboá ou Oiá Dirã, Onira com Oiá, Olobedé com Iança, Adiolá com Oxum Pandá ou Iemanjá Bocí. Ferramentas - alicate, espada, faca, bigorna, búzios, moedas, martelo, tenaz, lança e ferradura. Ave - galo vermelho dourado. Quatro pé - cabrito branco, vermelho, malhado ou escuro, menos preto. Ogum Avagãn - São Paulo Ogum Onira, Olobedé e Adiolá - São Jorge. Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor. amor. Reza escrita de Ogum:
Responder: Ogum ario ario Ogum quere
Responder: Orumalé amajocô Ogum o orumalé
Responder: Abolelai oabachame siogun o oabachame siaolê Ogum
Responder: Ogum orum odô oamaconi ebó eloaboum anaisô oajaba mio
Responder: Ario ara Ogum orum odô ario
Responder: Erunde ococoeiro leoagareo
Responder: Oamoro amofererê
Responder: Oamoro amofererê
Responder: Ogum Onira anaisô quereque
Responder: Ogum Onira anaisô quereque
Responder: Adepa Ogum farerê
Responder: Ogum talabaichoro obeçeo Ogum o
Responder: Ogum Iai Ogum lai Ogum
Responder: Ogum onira oaçeço ebó
Responder: Oromiotala de orumalé
Responder: Oromiotala de orumalé
Responder: Onira epeê onira opê Ogum anirê Ogum onira ecoateuá Ogum anirê Ogum onira eoateuá Ogum anirê
Responder: Ara Ogum Ogum dê
Responder: Ara Ogum Ogum dê
Responder: Ara Ogum Ogum dê
Responder: Ara Ogum Ogum dê
Responder: Eléfa tala ademio
Responder: Eléfa tala ademio
Responder: Ogum onira Ogum loro Ogum dalócha epê Ogum onira Ogum loro Ogum dalócha arumalé
Responder: Ogum de anirê irê irê Ogum ló acaradeo anirê ire ire Ogum ló
Responder: Abela muja oquereo
Responder: Oquicoro
Responder: Fará riri mafara biá mafara biá mafara Ogum
Responder: Ogum ló Ogum ló Ogum
Responder: Ogum fará fará fará Ogum fará marajó
Responder: Onira opeê onira opeê Ogum anirê Ogum onira eoateuá Ogum anirê Ogum onira eoateuá Ogum anirê
Responder: Óia a bela muja
Responder: Ogum fará fará fará Ogum fará marajó
Responder: Ogum dae anaisô
Responder: Ogum dae anaisô
Responder: Ogum abeô Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum
Responder: Ogum Macá Macá Cabecini Abeô
Responder: É de lai lai lai Ogum eléfa lai lai lai
Responder: É de lai lai Xangô edeue é de lai lai
Responder: É de lai lai Xangô edeue é de lai lai
Responder: É de lai lai Xangô edeue é de lai lai
Responder: Oemaquere quere quere Ogum loro
Oyá no Batuque Também chamada Oiá, é o Orixá dos ventos e raios. Além disto, e Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - um dos seus símbolos. Guerreira, a mais agitada dos Orixás feminina, foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. É irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê. Suas cores são vermelho e branco, marrom terracota ou ainda, rosa. De acordo com uma lenda Oyá Omo Mésàm (a mãe dos nove filhos) derivou o nome de Iansã. Sua saudação é epaiêio! Iansã é rainha dos raios, ventos e tempestades. É um Orixá feminino, enérgico, sensual e autoritário. Na mitologia dos Orixás Iansã foi casada com Ogum, mas o traiu com Xangô. Saudação - Epaiêio. Dia da semana - terça-feira. Número - 07 e seus múltiplos. Cor - vermelha e branca.
Guia - 01 conta vermelha, 01 conta branca. Oferenda - pipoca, opeté de batata doce (batata doce amassada com as mãos misturado ao azeite de dendê), maçã bem vermelha e sete rodelas de batata doce fritas no azeite comum. Adjuntós - Oiá Timboá com Bará Legba ou com Ogum Avagãn, Iansã Oiá Dirã com Ogum Avagãn, Iansã Oiá com Bará Adagui, as vezes com Bará Lanã ou com Bará Agelú ou Ogum Onira ou Xangô Aganjú ou Xapanã Jubeteí, Iansã com Bará Lodê, com Ogum Olobedé, com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá ou com Xapanã Sapatá. Ferramentas - espada, par de alianças, cálice, moedas, búzios e raio. Ave - galinha vermelha ou carijó. Quatro pé - cabrita branca. Iansã Oiá Timboá - Santa Terezinha quando faz adjuntó com Ogum Avagãn. Iansã Oiá Dirá - Joana D’arc. Iansã Oiá - Santa Bárbara sem o castelo. Iansã - Santa Bárbara com o castelo. As pessoas filhas de Iansã são audaciosas, intrigantes, autoritárias, vaidosas, pessoas sensuais, volúveis, com tendência a ter diversos relacionamentos sexuais, inclusive aventuras aventuras extraconjugais. São extremamente ciumentas. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras. Reza escrita de Oyá (Yansã) (Yansã)
Divindade do fogo e do trovão e da justiça. Rei de Oyó. Tem grande importância nos segmentos do candomblé com origem em terras Yorubá, importância esta representada pelo seu instrumento sagrado chamado Xére - que é tratado e visto com grande respeito por qualquer aborixá (adorador de orixá). XANGÔ é um Orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém justiceiro, e muito vaidoso. Xangô era muito atrevido e violento, porém, grande justiceiro, sempre castigando os ladrões e malfeitores. Por este motivo diz-se que quem teve morte por raio, ou sua casa, ou negócio queimado pelo fogo, foi vítima da ira ou cólera de Xangô. Seu símbolo principal é a machada de dois gumes ou dupla (Oxê). Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô, Rei de Oyó, marido de Oyá, Oxum e Oba. Deus da justiça e do trovão. Patrono da política, da diplomacia, da sedução e da articulação. Senhor da vida é o grande Rei entre os orixás. Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar. Saudação - Caô Cabeci ou Caô Cabecile. Dia da semana - quarta-feira. Número - 06 e seus múltiplos. Cor - branca e vermelha. Guia - 06 conta vermelha, 06 conta branca. Oferenda - Amalá (carne de peito bem cozida e desfiada com a mão, mostarda(verdura) cozida no bafo da carne, seis bananas catarinas, uma maçã bem vermelha, pirão de farinha de mandioca bem cozido, um pouco de dendê e seis folhas de mostardas para enfeitar o alguidar ou a gamela). Adjuntós: Xangô Agandjú Ibedji com Oxum Pandá Ibedji, Xangô Agandjú com Oiá ou Oxum Pandá ou Iemanjá Bocí, Xangô Agodô com Iansã ou Oxum Olobá Ferramentas: Balança, machado de duas lâminas, livro, pilão, gamela, búzios e moedas, brinquedos para Xangô Agandjú Ibedji Ave: Galo Branco.
Quatro pé: Carneiro branco Xangô Agandjú Ibedji: São Cosme e São Damião Xangô Agandjú: São Miguel Arcanjo Xangô Agodô: São Jerônimo quando faz adjuntó com Iansã e São João Batista quando faz adjuntó com Oxum Olobá Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável. Os filhos de Xangô são tidos como grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume papel importante em sua vida. Odùdùa, um guerreiro que vinha de uma cidade do Leste, invadiu com seu exército a capital do povo chamado Ifé. Esta cidade depois se chamou Ifé, quando Odùdùa se tornou seu governante. Reza escrita de Xangô:
Responder: Ebêo maiô, ebêo maiô, acareuáia Xangô maiô, acareuáia godô maiô
Responder: Alabataô cabecile adeô
Responder: Oluor Ogum Nabor ibor eléfa Orixá oluor og nabor ibor eléfa Orixá
Responder: Aganjuéco minaué jenjé orum jenjé aganjuéco minaué jenjé ori Xangô
Responder: Ogodoci emiremi aganjú amiçaora ogodoamam eremi Xangô aganju amiçaóra
Responder: Amiçaóra
Responder: Laúmquerê
Responder: Querequê obomaré querequê
Responder: Choro choro onigodô
Responder: Choro choro onigodô
Responder: Ara acumberi ara
Responder: Abado onipê oiabadô
Responder: Abado onipê oiabadô
Responder: Aganjuéco saranhã
Responder: Oia badilê saranha acafamodé
Responder: Anareum calunudê
Responder: Ago iê iê
Responder: Lai lai omodibau aiê omodibau lai lai omodibau aiê
Responder: Lai lai guiachaoro
Responder: Cao cabelecile omochirê omodibau
Responder: Cabecile
Responder: Eliço godô acarao anicéu anicéu
Responder: Anicéu anicéu
Responder: Anicéo acaorô
Responder: A ae e aee a e aee
Responder: Calunudê calunudê é de cão cabecile ae é de godô cabecile ae
Re Ara decum decum decá
Dia da Semana: Sábado e Terça-feira
Ibejis são divindades gêmeas infantis, é um orixá duplo e têm seu próprio culto, obrigações e iniciação dentro do ritual. Divide-se em masculino e feminino, (gêmeos). Cultua-se como erês ligado a qualidades de xangô e oxun. Popularmente conhecido como Xangô e Oxun de
Ibeji. Os orixás gêmeos protegem os que ao nascer perderam algum irmão (gêmeo), ou tiveram problemas de parto. Em algumas casas de candomblé e batuque são referidos como erês (crianças) que se manifestam após a chegada dos Orixás chamados de axé erês ou axêros. Em outras são cultuados como xangô e ou oxum crianças. Porém na verdade são orixás independentes dos erês. Por serem gêmeos, estão ligados ao princípio da dualidade e de tudo que vai nascer, nascer, brotar br otar e criar. criar. Saudação: Ieieu Oxum Ibêdje e Caô Cabecile Xangô Ibêdje Dia da Semana: Sábado e Terça-feira Terça-feira Da Comemoração: 27 de Setembro Número: 6 e seus múltiplos (quando Xangô Ibêdje) e 8 e seus múltiplos (quando Oxum Ibêdje) Cor: Amarelo claro (Oxum Ibêdje) e vermelho e branco (Xangô Ibêdje) Oferenda: Todos os tipos de doces e guloseimas. Ave: Casal de frangos branco. Cosme e Damião Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconseqüente; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas, tudo enfim que se possa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinados e possessivos. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia. Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como "gosta de mim" ou "não gosta de mim". Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas. Reza escrita de Ibedjis:
Responder: Dioo dioo tala dibeije édioo tala dibeije édioo alarundeo
Responder: Dioo dioo Xangô di beije é .dioo tala di beije é dioo
Responder: É cundiareo Ogum ló
Responder: Ocundiareo Ogum
Responder: É cundiareo Ogum ló
Responder: Babarumalé olufa
Responder: Anibedijo
Responder: Anibedijo
Responder: Oia sençumalé tala dibedi é di ouô
Responder: Dadá selé ubadê acorô
Responder: Açeçum sapatá eçulabaê
Responder: Açeçum sapatá eçulabaê
Responder: Alauim alauim arurebabá
Responder: Ara decum decum decá
Orixás yorubanos da caça e do mato, no batuque, batuque, religião afro-brasileira do Rio Grande do Sul. Sul. Odé é o terceiro filho de Yemanjá com Oxalá senhor da caça e rei do ketu o único verdadeiro amor de oxum, diz uma lenda que ode um dia saiu de casa e ficou preso nas matas de ossanha apesar de sua mae o ter avisado teimoso foi ate as matas e ossanha apaixonada o prendeu la Yemanjá Yemanjá ficou muito triste com a ausência de seu filho e se pos a chorar então Zambi deu ordem pra ossanha soltar ode para ver sua mãe, mais por ter passado muito tempo ode se acostumou em viver nas matas sendo assim visita sua mãe mais mora nas matas. Divindades da caça que eles vivem nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado OFÁ, e um rabo de boi chamado ERUEXIM. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Bará. Vivem nas matas, caçando, por isso, protege os caçadores em suas expedições.
É casado com Otim formando um casal inseparável, onde está um está o outro. Odé caça, mas fica com pena dos bichos e dá para sua mulher Otim que devora tudo e por isso é gorda. Saudação: Oquebambo Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para outros Segunda-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otim.·Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim Oferenda: Miami doce, chuleta de porco frita no azeite comum e refogada com azeite de dendê com uma pitada de mel, feijão miúdo, doce (balas e pirulitos) Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim com Odé Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios Ave: Galo prateado claro ou pintado para Odé e galinha preta para Otim Quatro pé: Casal de porco. Odé: São Sebastião Otim: Santa Bernadete ou Santa Efigênia Seus filhos são pessoas espertas e com iniciativa, gostam de descobertas e novidades. São místicos e muito intuitivos. O lado emocional é sua característica mais marcante, pois é carismático e carinhoso. Costumam ser indecisos e inseguros, mas adoram se apresentar em público e ser o centro das atenções. Reza escrita de Odé/Otim:
Responder: Ossampa erepê amam oluro erepê
Responder: Mineró mineró Odé mineró Odé o
Responder: Otimboró Odé
Responder: Odé omota timboró
Responder: Timbaró Odé
Responder: Ajacuna jamirô ajacuna ajacuna pamirô o ajacuna olemote emote afarireo pamirô
Responder: Ajacuna pamirô
Responder: Odé pamilaro
Responder: Pamilaro safamodé
Responder: Ara çoçô a Odé
Responder: Ace ace carelê
Responder: E epê digalaire lairepê digala
Responder: Ebereçulá ebereçulo ebereçulá ae ao
Responder: E ae
Responder: Acorô
Responder: Acorô
Responder: Eloamachite adibeô
Responder: Beni beni seodéo beni beni seodéo acacao dão cunfarerê beni beni seodéo
Responder: Oquê acoquino oquê o quê
Responder: Oro oro cundê cemalaia ceçumalé
Responder: Ogum béo
Responder: Adioê
Responder: Adioelogum
Responder: Otim
Responder: Elibobô é com eleci com eleci ocutaô
Responder: Oia bobô e o abrequete o abrequete oara oiá bobô
Orixá do rio Níger, terceira mulher de Xangô. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Obá divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora. Irmã de Oyá (Iansã). Esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepada a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Saudação: Exó Dia da Semana: Quarta-feira Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Rosa Guia: toda rosa Oferenda: Canjica e feijão miúdos refogados com tempero verde e Abacaxi Adjuntós: com Bará Lodê ou Lanã ou Adagui, com Xangô Agandjú, com Xapanã Jubeteí ou Sapatá Ferramentas: navalha, timão, roda, moedas e búzios Ave: Galinha cinza com pescoço dourado Quatro pé: Cabrita mocha de qualquer cor menos preta Obá: Santa Bernadete. As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem. Porém, pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e as amizades. São extremamente honestas, tolerantes e crédulas. Sua principal característica é ser guerreira (o). Não cultiva amigos por achar que são interesseiros. Não gostam de sexo. Geralmente tem nariz largo, sobrancelhas grossas, rosto redondo, lábios acentuados, pessoa de estrutura forte
Responder: Erunselé erunselé Jabairaô
Responder: Anagorô anagorô babairaô
Responder: Erunré olegobunlero coquinabá
Responder: Alabata
Responder: Cochererê
Responder: Labae acachopadomirôé inho
Responder: Iá iá ode
Responder: Cominhãnhã
Responder: Caminhãnhã
Responder: Cominhãnhã sapadoro c ominhãnhã
Responder: Oiassueni
Responder: Oiassueni
Responder: Oiassueni obabaomi oiassueni
Responder: Obá Onixangô Xangô de Obá obá Nerim
Ossanha ou Ossãe é o Orixá das plantas medicinais e litúrgicas. Orixá das Folhas e das Matas. É fundamental sua importância, porque detém o reino e poder das plantas e folhas, imprescindíveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamento de todos os Orixás através do omieró ou abô (banho feito de ervas), assim como sobre todas as cabeças. Também a ele pertencem os ossos, nervos e músculos. As pessoas com defeitos físicos nas pernas. E que não possuem uma das pernas, quase sempre estão ligadas de alguma forma a esse Orixá, pois ele se apresenta sem uma das pernas, seja simbolicamente, assim como em transe dança com uma das pernas encolhidas como se não a possuísse, muitos de seus filhos conhecidos de todos nós, que não possuem uma das pernas quando da manifestação de Ossãnha, dançam toda uma noite em uma perna só. Como as folhas estão relacionadas com a cura, Ossãnha também está vinculado à medicina. Saudação: Eu-Eu Dia da Semana: Sexta-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Verde e branco Guia: 01 conta verde e 01 conta branca
Oferenda: Pipoca, linguiça de porco frita, figo e opeté de batata inglesa esmagada com uma pitada de azeite-de-dendê, a qual se dá forma de um cone. Ferramentas: coqueiro, muleta, bisturi, cágado, moedas e búzios Ave: Galo cinza com vermelho Quatro pé: Qualquer cor menos preto. São Judas Tadeu - quando faz adjuntó com Iemanjá Bocí São Cristóvão - quando faz adjunto com Oxum Demun Os filhos de Ossanha são calmos, ingênuos e pacíficos. Defendem a ecologia. Os filhos de Ossãe são, de um modo geral, pessoas equilibradas, controladas tanto em suas emoções como em seus sentimentos. Agem de maneira racional, não deixando que a amizade, a inimizade ou opiniões próprias suas interfiram em suas decisões para com os outros, e sim do que de fato é direito de ser. Possuem grande capacidade e eficiência. Reza escrita de Ossanha:
Responder: No ajeuá no ajaim
Responder: Esseliná babá omam sueliná babá
Responder: Airomaio daimorê ariô
Responder: Airomaio daimorê ariô
Responder: Ossanha baichorô elomaio baichorô elomaio
Responder: Oia o agaleio erunfé
Responder: Chereco chereco checo
Responder: Eu eu itabor itabor Ossanha borisô
Responder: Eu eu Ossanha saebó eu eu
Responder: Eu eu Ossanha saebó eu eu
Responder: Oapecó sumaroxum
Responder: Aladao benfara daumiçaue obemfara rarico
Responder: E é com fã é com fã
Responder: Ossanha bemaruquefé
Responder: Ossanha no ajequim no ajequim babalodocum
Responder: No agaleio no agaleio no agaleio erunfé no agaleio erunfé Ossanha de marunquefé
Responder: Vamos quereque
Responder: Vamos quereque Oimicero eró Responder: Eró oimiceró eró eró
Responder: Irê ababa omam irê
Responder: Ossanhará ofenite obenito totô
Responder: Ossanha ossanhesi
Responder: Dai assurue dai assarue
Responder: Otim otimdeuá ossanhará otimdeuá otim otimdeuá
Responder: Oia oia boduma Ossanha serebuá
Responder: Ossanha serebuá
Responder: Ossanha sarue e de Ogum lai lai
Responder: Ao ao Bele ossanhim ossanhim Bele ao ao
Responder: Acençura anareuá
Responder: Acençura aiçareuá Sou Itagiba
Responder: Sou Itagiba
Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece. Uma de suas missões no mundo material e espiritual é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos. Saudação: Abaô Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos Cor: Vermelho e Preto Guia: uma conta vermelha e uma preta Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado, um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios. Ave: Galo Carijó (preto e branco) ou vermelho Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto. Xapanã Jubeteí: São Roques quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaros quando faz adjuntó com Obá Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos. Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo. Rezas escritas de Xapanã:
Responder: Assagero iafuao abauorumalé
Responder: Elemobelefa chorou imobelefa chorou
Responder: Assagero baoni oniobá assagero baoni
Responder: Ae ae ocorumã ocorumã afábami baorô
Responder: Assuiça selo selo
Responder: Assuiça selo selo
Responder: Colejam jan colejan
Responder: Cole janjan colejan
Responder: Emudiá mudiá mudia cotan
Responder: Acaraloque loquê loque
Responder: A ae orumaléo
Responder: Olomilao
Responder: Olomilao
Responder: Sapatá obeni obenite
Responder: Ele dandá baráonite obelao
Responder: Belojá belojó ololinha
Responder: Vamo dela ibaba lecô
Responder: Carembó carembó
Responder: Xapanã ae Xapanã mandou quere Xapanã mandou quere ae ae
Responder: Equereque maitá
Responder: Lonoribá lonorixé
Responder: Sapatá sabauê anaisò onisobô
Responder: Sabauê sapatá manda sunsê obochiche na suréba Xapanã abeçae
Responder: Bará Bará nichorô sapatá luquelema nichorô
Responder: Bará serácunê sassaruê onipéo bará seracundê sassaruê onipéo
Responder: Oara moquelema cobeoara moquelema moquelema cobeoara moquelema co
Responder: Mocequéba mocequéba amorisô eae mocequêba mocequéba amorisô aeae mocequéba mocequéba amorisô ae ae omocequéba mocequéba amorisô olebará
Responder: Iemanjá chegou sumabeum amarerô
Responder: Gamarusu beo eo
Responder: Quando gama chegou calmai o pepe calmai o pepe sapatá quando gama chegou
Responder: Aguaniséo ae sapataniséo ae
Responder: Sabauê sabauê amorisô ae amorisô nanaberequeti amorisô
Responder: Ariaraue Ogum lai lai lai
Responder: Baia quebaiaiô
Responder: Gama jarrô jarrô gama jarrô jarrô sapatá cutami
Responder: Pá pá
Responder: Amasepé
Oxum no Batuque Oxum é muito bonita, charmosa, e possessiva. É intuitiva e sente quando algo não está bem. É uma boa anfitriã e tem boa fé, não percebendo a maldade dos inimigos. Nome de um rio na Nigéria, em Ijexá e Ijebú. Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro, riqueza e do amor. A Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. Dona dos rios e cachoeiras gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc. Senhora soberana das águas doces. Todos os rios, lagos, lagoas e cachoeiras pertencem a este Orixá. O casamento, o ventre e a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por
consequência, a felicidade. O ouro e o dinheiro em todas as suas espécies também são de Oxum. Pela hierarquia é o primeiro Orixá doce seguida de Iemanjá e Oxalá, formando assim o grupo de Orixás chamado de Cabeças Grande. Saudação: Ieieu Dia da Semana: Sábado Número: 08 e seus múltiplos Cor: Todos os tons de amarelo (amarelo claro: Oxum Pandá, amarelo escuro: Oxum Demum, amarelo ouro: Oxum Docô) Guia: toda amarela de um mesmo tom, o tom varia com o Orixá (amarelo claro: Oxum Pandá, amarelo escuro: Oxum Demum, amarelo ouro: Oxum Docô) Oferenda: Oxum Pandá - canjica amarela cozida, quindim, pêssego em calda, mel e bala de mel; e as outras canjica amarela cozida, quindim e mel Adjuntós: Oxum Pandá Ibedji com Xangô Agandjú Ibedji, Oxum Pandá com Bará Agelú, Com Ogum Adiolá, com Xangô Agandjú, com Oxalá Bocum, com Oxalá Olocum, Oxum Demun com Ossanha, com Oxalá Olocum, Oxum Olobá com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá, Oxum Docô com Oxalá Jobocum ou Oxalá de Orumiláia Ferramentas: todos adornos femininos em ouro, peixe, leque, caramujos, coração, moedas e búzios Ave: Galinha amarela clara para Oxum Pandá e Demum e galinha amarela ou vermelha para Oxum Docô Quatro pé: cabrita branca ou amarela Oxum Pandá Ibedji: Nossa Senhora de Fátima Oxum Pandá: Nossa Senhora de Fátima quando faz adjuntó com Bará Agelú, Nossa Senhora do Rosário quando faz adjuntó com Ogum Adiolá, Nossa Senhora de Lourdes quando faz adjuntó com Xangô Agandjú, Nossa Senhora das Graças quando faz adjuntó com Oxalá Bocum, Imaculada Conceição quando faz adjuntó com Oxalá Olocum e Sagrado Coração de Jesus quando faz adjuntó com Oxalá Olocum Oxum Demun: Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora da Conceição Oxum Docô: Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora Aparecida.
: moça, coquete e vaidosa.
: de meia idade. : matriarca e idosa. As pessoas de Oxum são extremamente sensuais e perfumadas. São vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto. São boas donas de casa e companheiras, despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem envolvem em intrigas. Reza escrita de Oxum:
Responder: Oxum taladê
Responder: Oxum taiadê
Responder: Oxum taladê
Responder: Oxum taladê . Responder: Alareuá
Responder: lebami Oxum peolomi iebami Oxum peolomi ieiepandá elufá tagarela iebami Oxum peolomi
Responder: Ieieo Oxum pererema
Responder: Oieieoeleuati Oxum eleuati Oxum panda
Responder: Eleuatiobá
Responder: Omineóra oraora omineóra
Responder: Aubere aubere aueni Oxum
Responder: Aubere aubere
Responder: Oxum épanda para éleo
Responder: Atonirê olomilo Oxum atonirê
Responder: Oxum pererê Oxum pererê
Responder: Beleué Ieué Oxum beleué
Responder: Edibamboleio anupeauô
Responder: Orum eléu achioxum orum eléu
Responder: Amaiorô Orixá oieiêo amaiorô
Responder: Ominilabauaxim
Responder: Ominilabaxaebó
Responder: Aladê ieiê elum Oxum maguéti
Responder: Perere Ogum auma auma auma perere Ogum maréogum
Responder: Oadeo oire adeuá ominilaba adeo aire adeuá
Responder: Adeo oire adeuá
Responder: Ie elomário
Responder: Fia fia odé sapatafia amaodé sim fia fia ode
Responder: Pandá anareui
Iemanjá deusa da nação de Egbé, nação esta Ioruba onde existe o rio Yemojá (Iemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os Orixás. Por isso a ela também pertence a fecundidade. Em todos os lugares, no dia 2 de fevereiro ou no ano novo fazem-se homenagens a grande mãe Iemanjá. É protetora dos pescadores e jangadeiros. Mãe da maioria dos Orixás é considerada a dona da maternidade, do casamento e família e Mamãe Universal, este Orixá reina nas águas do mar e tudo que está relacionado a ele, peixes, crustáceos, estrelas, algas, vegetais e outros, a Iemanjá pertence. Saudação: Omio Odô. Dia da Semana: Sexta-feira Número: 08 e seus múltiplos Cor: azul claro Guia: toda azul claro ou azul claro com branco Oferenda: canjica branca, cocada branca e mel Adjuntós: Iemanjá Bocí com Ogum Adiolá, com Xangô Agandjú, com Odé, com Ossanha e com Oxalá Dacum, Iemanjá Bomí com Oxalá Bocum ou Oxalá de
Orumiláia, Nanã Burukun com Oxalá Bocum Ferramentas: todos adornos femininos em prata, peixe, leque, caramujos, barco, âncora, leme, conchas, lua, moedas e búzios Ave: Galinha branca Quatro pé: ovelha Iemanjá Bocí e Iemanjá Bomí: Nossa Senhora dos Navegantes Nanã Burukun: Nossa Senhora Sant’Ana As pessoas de Iemanjá são sérias e impetuosas, domina a todos e fazem-se respeitar. Dificilmente perdoam os erros dos semelhantes. Gostam de testar as pessoas. Seu temperamento é muito difícil, são bravas, nervosas, mas possuem um coração grandioso, são dedicados aos parentes e amigos, preocupam-se com os outros e consigo. Gostam de coisas luxuosas. São honestas, gostam da casa e da família, são ótimas esposas, mães ou pais. São gentis, compreensivas, sensíveis, frágeis e apegadas à família. Honestas e educadoras das crianças. Muito simples e organizadas. Seu coração é bondoso e são muito determinadas. Tem um humor variável. Super vaidosas, principalmente com os cabelos. Seus filhos têm uma postura altiva e elegante, nariz arrebitado, estatura média, maçã do rosto cheia e rosto comprido. Reza escrita de Yemanjá:
Responder: Iemanjá seleodô babaoromiô Iemanjá eleissaéo babaoromiô
Responder: Iemanjá pase que pasejo aelemanjá sessum orun ao aebalva aoxum dipéo ebabaoromiô
Responder: É oao abéo écum amaraiso é ao abéleo
Responder: É ao abéleo
Responder: Oromilá oque é oque é oia aganjú oxumlá oque é oque é oiá óia oélé oelé
Responder: Acaorô oque é oque é óia aganjú oxumlá oque é oque é oiá oiá oelê oelê
Responder: Oquere Orixá
Responder: Oqueré Orixá
Responder: Iemanjá Ogum oforilabatá omi forilao
Responder: Aorô
Responder: Aorô
Responder: Aorô
Responder: Atonirê emire emi
Responder: Oiaba adela babaelê Iemanjá Ogum ia babaelê
Responder: Iemanjá que bata batababaelê
Responder: Quetu nené quetu nené Iemanjá elaô quebaodé
Responder: Tototô oiabeniqué oiabeni oiabeni oiabeniqué
Responder: Iemanjá seleclodô
Responder: Iemanjá seleolodô
Responder: Iemanjá seleolodô
Responder: Iemanjá seleolodô
Responder: Iemanjá seleolodô
Responder: Iemanjá seleolodô
Responder: Omofiro eredéo
Responder: Omofiro eredéo
Responder: Anareuá anareuaeo
Responder: Ie Iemanjá anareuaeo
Responder: Etumaladidê tumaladidê nanaborocuma oconssula etumaladideo
Responder: Etumaladidê
Responder: Ebó oniopé oassairema ebó
Responder: Bará cotim cotim cotim cotim bará
Responder: Bará quebará quebará baio
Responder: Ogum bará quebará baio
Responder: Emire emire emire emire equeoê nanaborocuma equeoê
Responder: Nanaborocuma equeoê
Responder: Anareuá
Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Sua saudação é ÈPA BÀBÁ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. Afr icana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo (Oxalá de Orumilaia dono da visão no jogo de búzios). Saudação: Epaô Baba Dia da Semana: Domingo Número: 08 e seus múltiplos Cor: Branco e Branco com preto para Oxalá de Oromilaia Guia: toda branca ou 01 branca, 01 preta, 01 branca para Oxalá de Orumiláia. Oferenda: canjica branca, merengue e mel Adjuntós: Oxalá Obocum com Oxum Pandá, Oxalá Olocum com Oxum Pandá,
Oxalá Dacum com Iemanjá Bocí, Oxalá Jobocum com Oxum Docô ou Iemanjá Bocí, Oxalá de Oromilaia com Oxum Docô ou Iemanjá Bomí. Ferramentas: jóias em prata, caramujo, sol, cajado, pomba de prata, moedas e búzios, para Oxalá de Oromilaia acrescentamos olhos de prata Ave: Galinha branca e galinha preta para Oxalá de Oromilaia Quatro pé: cabrita branca e cabrita branca com pequenas manchas pretas para Oxalá de Oromilaia. Oxalá Obocum e Oxalá Olocum: Menino Jesus de Praga Oxalá Dacum e Oxalá Jobocum: Sagrado Coração de Jesus Oxalá de Oromilaia: Espírito Santo ou Santa Luzia
Oxalá Obocum e Oxalá Olocum: Menino Jesus de Praga; Oxalá Dacum e Oxalá Jobocum: Sagrado Coração de Jesus; Oxalá de Orumiláia: Espírito Santo ou Santa Luzia. Os filhos dele não gostam de pedir ajuda aos outros, são introvertidos, tranqüilos e reservados. Uma característica marcante é a honestidade. Alguns possuem uma leve sobressalência nas costas (corcunda). Os filhos de Oxalá são calmos, responsáveis, reservados e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos, mas exigem ser respeitado. Reza escrita de Oxalá:
Responder: E de auê babarumalé é de au
Responder: Eoapecô orumalé
Responder: Eoapecô orumalé
Responder: Aiolomina o anareo cori foribalé
Responder: Aifiola aiofila ieiê babarumalé
Responder: Eleomaquere quere quere eleomaquere de Orixá
Responder: Ominina batia ominina balocum
Responder: Oeliéu eléu eléu omiato babachorô
Responder: Oeléoao elédebabao
Responder: Eléoao elébabao
Responder: Alao oo oo babá
Responder: Oxalá de oromiláia babaichorô oromiláia
Responder: Oxalá de oromiláia choro
Responder: Oxalá de oromiláia oromiláia choro
Responder: Oibelerum belerum belerum Orixálá maleodô
Responder: Alafiolaê de babareuá
Responder: Quereremo fará
Responder: Oiquererema fará
Responder: Oibabaribô Maconsé Oxalá Maconsé Babaribô Maconsé
Responder: Farabodó
Responder: Oquenia pechoro oquenia pechoro ialaossimam ialaossimam pechorô
Responder: Inhéo oinhéo ao inhéo deoromiláia ilao
Responder: Oiumpepeo airá babachanirê olunfá airá
Responder: Fararaiso colimocum fararaiso
Responder: Ieieo paviá ieieo pavià amassélo locum acoro ieiê paviá amasselo locum acoro
Responder: Anajéo adupereo
Responder: Ebô ololofila Orixalá
Responder: Ebô babálofila Orixalá
Responder: Oxalá lerum Oxalá lerum olofilo orixálá olofilo babá
Responder: Babaribô onimocum será
Responder: Babaorixauene Bocum ló
Responder: Taluben talaufain taluben talaufaô
Babalorixá Moacir do Bará Rua: Odenir Dissenha 128 Uberaba – Curitiba – Paraná - Brasil CEP: 81590-620 Tel: 41 – 3575-1387 MSN:
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