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MITOLOGIA UNIVERSAL MITO s.m. (Do gr. mythos, mythos, palavra expressa, discurso, f bula, pelo b. lat. mythus.) mythus.) 1. Relato ou narrativa de origem remota e significa #&o simb(lica, que tem como personagens deuses, seres sobrenaturais, fantasmas coletivos, etc. 2. Narrativa de tempos fabulosos ou her(icos; lenda.
MITOLOGIA s.f. (Do gr. mythologia.) mythologia.) 1. Estudo sistem tico dos mitos. 2. Conjunto de mitos de uma determinada cultura transmitido pela tradi #&o (oral ou escrita).
Presentes em todas as culturas, os Mitos situam-se entre a Razo e a F#, mas so considerados sagrados. Os principais tipos de mito referem-se & origem dos deuses, do mundo e ao fim das coisas. Distinguem-se mitos que contam o nascimento dos deuses ( Teogonia), mitos que contam a cria(o do mundo ( Cosmogonia), mitos que explicam o destino do homem ap +s a morte (Escatologia) e outros. Segundo alguns especialistas, os mitos encarnam fen-menos fundamentais da vida: o Amor, a Morte, o Tempo, etc., e certos fen-menos, como as Florestas, as Tempestades, t/m sempre um mesmo valor simb+lico, seja qual for a civiliza(o considerada.
V nus, S#tiro e C&pido
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MITOS TEOG*NICOS Em muitas mitologias, delineiam-se hierarquias de deuses, cada uma com um ou mais deuses supremos. A supremacia pode ser partilhada pelos membros de um casal, ou ser atribu0da simultaneamente a dois ou tr /s deuses distintos. Pode tamb#m variar com o tempo, segundo circunst2ncias hist+ricas, como por exemplo o dom0nio de um povo sobre outro ou o predom0nio de determinados interesses e atividades (de tipo agr 0cola, guerreiro etc.). So freq3entes os relatos de deuses supremos, por vezes identificados como criadores originais do mundo, que a seguir ficam inativos e deixam o governo a cargo de outro deus ou deuses. Em tais casos, a supremacia significa perfei(o, autonomia, onipot /ncia (relativa), mas no unicidade, como # o caso nas religi6es monote0stas. Na Mitologia Grega, segundo a apresenta(o de Homero, Zeus # o "pai dos deuses e dos homens". Essa express o no significa que ele seja um deus criador, mas sim representante da figura do patriarca familiar. Os tr /s grandes deuses escandinavos que ocupavam posi (o superior no grande templo de Uppsala eram Odin, Thor e Frey. Segundo o historiador das religi 6es Georges Dum#zil, eles representavam as tr /s fun(6es da sociedade indo-europ#ia: autoridade, poder e fecundidade. Odin era o deus da suprema autoridade c +smica, pai universal, rei dos deuses e senhor do Valhalla (a morada final dos guerreiros mortos em combate). Thor era o deus guerreiro e do trovo, correspondente ao deus v#dico Indra. 7 representado como um gigante de barba ruiva, e os mitos narram seus festejos pela vit+ria sobre as for (as do caos. Durante o per 0odo das migra(6es e do florescimento dos viquingues (entre o s #culo IX e XI da era crist, aproximadamente), em que predominava o ideal guerreiro, a primazia sobre os deuses era atribu0da a Thor. Frey era o deus da fecundidade, representado com um falo de propor (6 (6es exageradas. Governava a chuva e o brilho do sol e, conseq3entemente, o crescimento das plantas e as colheitas. No panteo hindu 0sta, h9 uma entidade divina tr 0 plice plice - a Trimurti formada pelos deuses Brahma, Vishnu e Shiva, criador, conservador e destruidor do universo, respectivamente. Em certos aspectos, Brahma # um deus personificado; em outros, # um princ0 pio pio impessoal e infinito. Vishnu # o deus social por excel/ncia e destruidor daqueles que amea(am a boa ordem, enquanto Shiva representa a selvageria indomada. O interesse pelas pr + prias origens motivou a forma(o de mitos sobre os grandes ancestrais dos povos ou fundadores da sociedade. Na Mitologia Asteca, Huitzilopochtli conduziu seu povo at # o lago Texcoco, onde se fundou a Cidade do M #xico. A inimizade entre Tezcatlipoca e Quetzalc+atl representa a luta entre o povo asteca e o tolteca, e, quando este foi derrotado, o deus dos vencidos passou a figurar em lugar preeminente do pante o asteca. A tend/ncia a incorporar os deuses dos povos conquistados # comum entre os povos polite 0stas.
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MITOS COSMOG*NICOS Dentre as grandes interroga(6es que o homem permanece incapaz de responder, apesar de todo o conhecimento experimental e anal0tico, figura, em todas as mitologias, a da origem da humanidade e do mundo que habita. 7 como resposta a essa interroga(o que surgem os Mitos Cosmog-nicos. As explica(6es oferecidas por esses mitos podem ser reduzidas a alguns poucos modelos, elaborados por diferentes povos. 7 comum encontrar nas v9rias mitologias a figura de um criador, um demiurgo que, por ato pr + prio e aut a ut-nomo, estabeleceu ou fundou o mundo em sua forma atual. Os mitos desse tipo costumam mencionar uma mat#ria preexistente a toda a cria(o: o oceano, o caos (segundo Hes 0odo) ou a terra (nas Mitologias Africanas). A cria(o ex Nihilo (a partir do nada, sem mat #ria preexistente) j9 reflete algum tipo de elabora(o filos+fica ou racional. A cosmogonia chinesa, por exemplo, atribui a origem de todas as coisas a Pan Gu, que produziu as duas for (as ou princ0 pios pios universais do Yin e Yang, cujas combina(6es formam os quatro emblemas e os oito trigramas e, por fim, todos os elementos. No hindu 0smo, o Rigveda descreve graficamente o nada original, no qual respirou o Um, nascido do poder do calor. cal or. A 9gua # o elemento primordial mais freq3ente das cosmogonias, sobretudo nas Mitologias Asi9ticas e da Am#rica do Norte. A consolida(o da terra se faz pela a(o de um intermedi9rio (esp0rito ou animal) que a retira do fundo da 9gua e introduz no mundo um elemento de desordem ou de mal. A cria (o a partir do nada, unicamente pela palavra de Deus, aparece claramente no livro b0 blico blico do G/nesis (associado, por sua vez, as Mitologias Mesopot2micas) e em cosmogonias polin#sias. Outras cosmogonias apresentam a origem divina do cosmo como emana (o: por exemplo, a partir do suor, do s /men ou do sangue de um deus. Outro mito cosmog -nico muito difundido (no Pac 0fico, na Europa e no sul da :sia) # o do ovo primordial. Na tradi (o hindu, a ora(o do mundo # simbolizada pela quebra de um ovo. Alguns ciclos cosmog -nicos se referem a um par ou casal primevo, geralmente o c#u e a terra, que tiveram de ser separados violentamente para tornar poss0vel a vida no espa (o intermedi9rio. Essa separa(o dolorosa se verifica em outros modelos, nos quais se menciona um sacrif 0cio inicial ou uma batalha entre seres superiores, de cujos membros esquartejados brotam o cosmo e a vida terrestre. Na grande lenda babil-nica da cria(o, o Enuma Elish, Tiamat, personifica(o do mar, # morto por Marduk, o deus protetor da Babil -nia, que ent o constr +i o universo a partir dos despojos daquele e cria os homens com o sangue de Kingu, outro deus rebelde. O "hino do homem primordial", nos Vedas, fala de Prajapati - o senhor dos seres, mais tarde identificado com o deus Brahma - como o homem c +smico cujo corpo # sacrificado e do qual surge a variedade do mundo das formas. Outros mitos, por fim, descrevem o surgimento da humanidade a partir das profundezas da terra (mitologia dos 0ndios Zuni, da Am #rica do Norte) ou a partir de uma rocha ou de alguma 9rvore de import2ncia cultural.
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MITOS ESCATOL-GICOS Ao lado da preocupa(o com o enigma da origem, figura para o homem, como grande mist#rio, a morte individual, associada ao temor da extin(o de todo o povo e mesmo do desaparecimento do universo inteiro. Para a Mitologia, a morte n o aparece como fato natural, mas como elemento estranho & cria(o original, algo que necessita de uma justifica(o, de uma solu(o em outro plano de realidade. Tr /s explica(6es predominam nas diversas mitologias. H9 mitos que falam de um tempo primordial em que a morte no existia e contam como ela sobreveio por efeito de um erro, de castigo ou para evitar a superpopula(o. Outros mitos, geralmente presentes em tradi(6es culturais mais elaboradas, fazem refer /ncia & condi(o original do homem como ser imortal e habitante de um para 0so terreno, e apresentam a perda dessa condi(o e a expulso do para0so como trag#dia especificamente humana. Por fim, h9 o modelo m0tico que vincula a morte & sexualidade e ao nascimento, analogamente &s etapas do ciclo de vida vegetal, e que talvez tenha surgido em povos agr 0colas. A id#ia do julgamento dos mortos, sua absolvi (o ou condena(o predominou no antigo Egito. Conforme descrito no papiro Ani, o cora (o do morto era levado & presen(a de Os0ris num dos pratos de uma balan(a, para que fosse pesado em compara(o com o que se considera justo e verdadeiro: uma pena do deus Maat (simbolizado pela figura de um avestruz) era posta no outro prato da balan (a. Os Hebreus, ao contr 9rio, no tinham, at# o s#culo II a.C., uma id #ia clara a respeito de um julgamento
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MITOLOGIA GREGA A Mitologia Hel/nica # uma das mais geniais concep(6es que a humanidade produziu. Os gregos, com sua fantasia, povoaram o c #u e a terra, os mares e o mundo subterr 2neo de Divindades Principais e Secund9rias. Amantes da ordem, instauraram uma precisa categoria intermedi9ria para os Semideuses e Her +is. A mitologia grega apresenta-se como uma transposi(o da vida em zonas ideais. Superando o tempo, ela ainda se conserva com toda a sua serenidade, equil0 brio e alegria. A religio grega teve uma influ/ncia to duradoura, ampla e incisiva, que vigorou da pr #-hist+ria ao s#culo IV e muitos dos seus elementos sobreviveram nos Cultos Cristos e nas tradi(6es locais. Complexo de cren(as e pr 9ticas que constitu0ram as rela(6es dos gregos antigos com seus deuses, a religio grega influenciou todo o Mediterr 2neo e 9reas adjacentes durante mais de um mil/nio. Os gregos antigos adotavam o Polite 0smo Antropom+rfico, ou seja, v9rios deuses, todos com formas e atributos humanos. Religi o muito diversificada, acolhia entre seus fi#is desde os que alimentavam poucas esperan(as em uma vida paradis0aca al#m t
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autenticamente religioso. Assim # que foram incorporadas & religio hel/nica a deusa fr 0gia Cibele e os deuses eg0 pcios =sis e Ser 9 pis. Pode-se dizer que o sincretismo, ou fuso pac0fica das diversas religi6es, foi a caracter 0stica dominante do per 0odo Helen2 stico.
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MITOLOGIA ROMANA Os romanos ultrapassaram todos os outros povos na sabedoria singular de compreender que tudo est9 subordinado ao governo e dire (o dos deuses. Sua religio, por #m, no se baseou na gra(a divina e sim na confian(a m
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religiosa. No per 0odo de forma(o original, a religio dos romanos j 9 apresentava caracter 0sticas utilit9rias, em que as preocupa(6es se centravam na satisfa(o das necessidades materiais, como boas colheitas e a prosperidade da fam0lia e do estado em tempo de paz e de guerra. Entre os deuses mais importantes dessa # poca esto J4piter, deus do c#u, o maior deles; Marte, deus da guerra; Quirino, protetor da paz, identificado depois com Romulus; e Juno, cuja fun(o principal era dirigir a vida das mulheres. Outras deidades menores eram figuras vagas de fun (6es limitadas e claramente definidas. Como os deuses maiores, tinham poderes sobrenaturais e, pelo culto adequado, podiam ser induzidos a empreg9-los em benef 0cio dos adoradores. A curiosidade dos romanos, por #m, no passava desse ponto: os deuses no tinham mitos, n o formavam casais e no tinham filhos. Os romanos no tinham tamb#m uma casta sacerdotal; seus ritos eram executados com meticulosa exatido por chefes de fam0lia ou magistrados civis. Essas atividades clericais, por #m, eram reguladas por col#gios sacerdotais. Na segunda metade do s#culo VI a.C., os Etruscos conquistaram a cidade de Roma e introduziram nas pr 9ticas religiosas o culto &s est9tuas dos deuses, os templos, a adivinha (o mediante o escrut0nio das entranhas de animais sacrificados e do fogo e maior solenidade nos ritos funer 9rios. O primitivo calend9rio religioso lunar, de dez meses, foi substitu 0do pelo calend9rio solar de 12 meses. Nesse per 0odo ocorreu a incorpora(o de deuses que n o eram apenas etruscos. J< piter ganhou como consortes Juno e Minerva, uma unio que resultou da influ/ncia grega, j9 que as duas deusas foram identificadas como Hera e Atena, mulher e filha de Zeus. V6nus e Diana surgiram de fontes italianas. Entre os deuses incorporados ao panteo romano por influ/ncia etrusca esto Vulcano, deus do fogo, e Saturno, divindade de fun(6es originais obscuras. O Per2 odo Republicano, do s #culo V ao s #culo I a.C., caracterizou-se pela amplia(o da influ/ncia da cultura grega, cujos mitos revitalizaram os deuses romanos ou introduziram novas divindades, como Apolo, que n o tinha um equivalente romano geralmente reconhecido, e Escul9 pio. Outro costume importado da Gr #cia foi convidar os deuses para o banquete sagrado, o Lectisternium, no qual eram representados por suas est9tuas e associados em casais, como J< piter e Juno, Marte e V/nus etc. As figuras juntas nos banquetes formaram o grupo grego popular e t0 pico de 12 deuses. Foram introduzidos ainda cultos orgi 9sticos do Oriente M#dio, como o da deusa Cibele, a Grande Me, e o de Dioniso, que em Roma foi identificado como Baco. O imperador Augustus quis reavivar os cultos tradicionais - ele mesmo foi divinizado ap+s a morte - e reconstruir os templos antigos. A crescente demanda por uma religi o mais pessoal, por #m, que nem as religi6es tradicionais gregas nem as romanas eram capazes de satisfazer, foi atendida por v9rios cultos do Oriente M #dio, que prometiam a seus seguidores o favor pessoal da divindade e mesmo a imortalidade se certas condi (6es fossem atendidas, entre elas a inicia(o secreta em ritos misteriosos. O primeiro deles foi o de =sis que, embora de origem eg0 pcia, sofreu modifica(6es em sua passagem pela Gr.cia. Depois veio o culto de Atis, consorte da Grande Me, e por
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MITOLOGIA EG7PCIA Como em todas as civiliza(6es antigas, a Cosmogonia ocupa a primeira parte dos textos sagrados eg0 pcios, tentando explicar com a fantasia e o relato milagroso tudo quanto se escapa do reduzido 2mbito do conhecimento humano. Para os eg 0 pcios, como para o resto das grandes religi6es, a cria(o do Universo faz-se de um
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Naturalmente, Set odeia desde a inf 2ncia o primog/nito Os0ris; esta # a f 9 bula constante do bom irmo diante do mau; # a lenda exemplificadora do mau assassinando o bom, tentando evitar a sua clara superioridade, tentando apagar com a morte a dist 2ncia entre ambos. Mas continuemos com a hist +ria dos quatro filhos de Geb e Nut, e digamos que Set casou com a sua irm Neftis, mantendo a tradi(o iniciada pelos seus antecessores divinos. Mas Neftis foi esposa do malvado Set tamb#m mau grado seu, porque ela amava Os 0ris, e deste casamento no surgiu nenhum filho, porque Set tinha que ser for (osamente est#ril pela sua maldade. Mas no sucedeu a mesma coisa com Neftis, dado que ela sim, conseguiu ter um filho e, precisamente um filho de Os0ris. Para consegu0-lo, embebedou o seu irm o e deitou-se com ele. Esse filho nasceria mais tarde e seria conhecido com o nome de An < bis. Neftis amava tanto Os0ris e tanto desprezava o seu marido que, quando se produziu o seu assass 0nio, a boa e infeliz Neftis fugiu do seu perverso marido, para poder estar ao lado do amado, junto da sua irm =sis, ajudando-a no embalsamamento. Ap +s aquele momento, =sis e Neftis permaneceriam sempre unidas & morte, acompanhando o piedoso defunto na sua sepultura, para proporcionar-lhe a ajuda que necessitasse no outro lado da morte. Ao assassinar Os0ris, Set s+ conseguiu divinizar ainda mais o seu odiado irm o, porque o Os 0ris triunfante sobre a morte ia estabelecer-se como a personifica(o divina do ciclo, e voltaria a nascer e morrer eternamente, reinando na vida eterna do c#u e deitando sobre o seu traidor irmo na terra, ao ficar com as suas posses e ser a figura amada pelas duas irms =sis e Neftis, a figura adorada e homenageada por todos os eg0 pcios, a divindade bondosa que governava as esta (6es e o ben#fico Nilo em proveito dos homens. No foi demasiado dif 0cil a Set terminar com a vida do seu bom irmo, o grande rei Osiris, apesar da constante vigil2ncia que =sis mantinha sobre as suas idas e vindas, dado que ela sim conhecia bem o seu malvado irm o e no confiava de maneira nenhuma nas suas artes. Depois de tentar uma e outra vez assassin9-lo sem /xito, finalmente Set tramou um plano que lhe permitia iludir =sis e assim mandou construir uma caixa muito rica e bela, com o tamanho exato do seu irmo. Com a caixa em seu poder, Set organizou uma grande festa, & qual convidou =sis e Os0ris, junto com outras setenta e duas personagens, que no eram outras que os seus aliados no sinistro plano. Terminada a festa, Set comentou que tinha idealizado um jogo, que consistia em ver quem de todos os presentes cabia melhor naquela magn0fica arca, e para o feliz tinha reservado um grandioso pr /mio. Os convidados provaram sorte, mas nenhum dava o tamanho adequado, de maneira que chegou a vez de Os 0ris e ele sim, enchia completamente o buraco da caixa. Mas no havia tal pr /mio; os presentes lan(aram-se em tropel e encerraram o rei dentro dela; depois lan(aram-na ao Nilo e o rio arrastou a caixa e a sua carga para o mar. =sis saiu em persegui(o do ba < e Neftis uniu-se ela rapidamente na procura, enquanto Set e as suas seis d
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o seu pal9cio. Mas =sis soube tamb#m do portentoso fato e empreendeu a viagem at# chegar & cidade de Biblos, onde pediu ser recebida pelo rei, para fazer-lhe saber a raz o da sua penosa expedi(o. O rei ouviu o relato da rainha e ordenou imediatamente que lhe fosse devolvido o caixo onde repousavam as restos mortais do bom Os 0ris. Concedido o seu desejo e com o caixo em seu poder, regressou sigilosamente para o Egito, no sem antes tentar ocultar o cad9ver do infeliz esposo da maldade de Set. Mas Set, senhor da noite e das trevas, deu com ele e voltou a tentar terminar com a amea(a que Os0ris representava, fazendo com que os seus restos fossem dispersos por todo o imenso e intransit 9vel delta do grande rio. De novo =sis empreendeu a procura dos restos de Os0ris nos p2ntanos do Nilo e, um a um, reuniu outra vez o cad9ver. Quando os conseguiu, tomou a forma de uma grande ave de presa e pousou-se sobre os despojos, batendo as suas asas at# que com o seu ar benfeitor insuflou uma vida renovada em Os0ris. O esposo ressuscitado tomou-a e a boa =sis ficou gr 9vida de H+rus, o filho que teria de vingar o pai assassinado e restauraria a ordem divina no Egito. Mas, enquanto chegava o momento do nascimento de H +rus, =sis ocultou-se de Set nos pantanosos terrenos do delta do Nilo. Os0ris retornou ao reino dos mortos, mas j 9 tinha deixado a sua semente em =sis e dela nasceu felizmente H+rus em Jenis. Com a presen(a devota da sua me foi educado no maior dos segredos, preparando-se com esmero e paci/ncia o sucessor do rei assassinado no seu esconderijo do Delta, enquanto a m 9gica =sis o cobria com a impenetr 9vel coura(a dos seus conjuros, esperando at# que chegasse a hora da vingan(a definitiva. E esta hora chegou, mas a luta entre Set e H+rus seria longa e angustiosa; uma briga que aparecia no ter fim, na qual um e outro infringiam tanto mal como o que recebiam do seu advers 9rio. To penoso era o combate que Tot, o deus da Lua e a divindade da ordem e a intelig /ncia, se apiedou dos combatentes e interveio para mediar na disputa, levando a ambos perante o tribunal dos deuses e fazendo comparecer tamb#m Os 0ris, para que todos pudessem ouvir as raz 6es de um e dos outros. O tribunal sentencia que, na causa entre Set e Os 0ris, seja Os0ris quem recupere o reino que teve em vida, e acrescenta & sua coroa a parte do pa0s que originalmente correspondeu ao seu irmo e assassino. Na longa e controversa vista da briga entre Set e H+rus, que durou nada menos que oitenta anos, os ju 0zes celestiais terminaram por sentenciar o pleito sobre os direitos sucess +rios a favor de H+rus. O filho p+stumo de Os0ris recuperava o que correspondia pela sua linhagem: a sucesso no trono de Egito. Assim, o filho era reconhecido pela divindade como soberano indiscut 0vel, dentro da tradi(o cl9ssica que adjudicava aos reis e aos reinos um sentido de vontade divina. Por estas duas senten (as Set perde o seu poder, conquistado com enganos, mas no # castigado seno afastado do mundo; Set passa a ser tamb#m uma divindade necess9ria ao ser acolhido por Ra, divindade solar, para que se ocupe nos c#us de alternar a noite com o dia e deixe que sejam os reis os que governem sobre a terra. H+rus, por sua vez, engendra quatro filhos: Amsiti, Hapi, Tuemeft e Kevsnef; embora no se especifique com exatido quem pode ser a m e, se # que existe tal (h9 quem dizem que s o filhos de H +rus e da sua me =sis). Estes filhos, que acompanhar o Osiris nos julgamentos aos mortos, tamb #m cuidam dos quatro pontos cardeais e se ocupam de velar pelas necessidades e pela sa
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divindade revelasse o seu nome secreto. Ra resiste enquanto pode ag3entar a dor terr 0vel, e trata em vo de esquivar a resposta, pois sabe que o nome da coisa e o poder sobre ela s o uma
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Amon e ultrapassar os limites do imp #rio eg0 pcio, sendo adotado como deus supremo nos povos vizinhos da L0 bia, N< bia e Eti+ pia, convertendo-se em deus oracular no seu grande templo situado no meio das arenas des#rticas da L0 bia. O grande Amon, casado com a deusa Mut, teve um filho, Jons, que passou de ser uma divindade lunar secund 9ria para converter-se em permanente acompanhante do seu pai nas di 9rias travessias a bordo da barca solar. Com Mut e Jons, completa-se o pante o tebano e fecha-se completamente a sagrada trindade dos deuses de Tebas, & semelhan(a do trio formado por Os 0ris, =sis e H+rus. Se grande era o poder dos deuses e quase tanto o dos seus designados, os fara +s, o mundo da morte era, em definitiva, o que governava a vida dos humanos, dado que toda a vida se orientava a cumprir com o custoso rito do enterramento, da preserva (o do corpo do defunto e do reunio dos muitos bens que deviam acompanh 9-lo na sua marcha para a vida eterna. Al#m de todo este cortejo de m+veis, barcas rituais, imagens do morto, ef 0gies dos deuses menores e maiores, alimentos, livros de ora (6es e conselhos, devia permanecer o corpo, to intacto como se soubesse fazer, porque ainda no se tinha chegado a abstrair a id#ia da "alma", e s+ se identificava a possibilidade da vida ap+s a morte com a conserva(o do aspecto humano. Por isso, nos enterros mais privilegiados conservavam-se embalsamadas por separado, junto da m
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Embora fundamental para a vida em Egito, o grande rio, o Nilo, nunca chegou a ter uma divindade que o representasse no panteo nacional em igualdade de condi (6es com os outros deuses, e s+ contou com o deus Hapi, que n o era o mesmo que oficiava como filho de H +rus, dado que este tinha rasgos h0 bridos de mulher e de homem e luzia roupas de barqueiro do rio, tendo a sua morada numa caverna pr +xima da primeira catarata, a mais de mil quinhentos quil-metros da foz. Outras partes do rio tiveram quase mais import2ncia do que Hapi, como foi o caso da grande corrente de 9gua que conformava o rio - Satis - representada por uma mulher tocada com a tiara branca do alto Nilo e o arco e as flechas nas suas mos, que era esposa da divindade da primeira catarata - Jnum - um deus com cabe (a de carneiro, embora haja que precisar que foram quatro os diferentes Jnum venerados sobre as 9guas do Nilo. Tamb#m era esposa do Jnum da primeira catarata a deusa Anukit, a divindade que representava o estreitamento do rio & sua passagem pelas gargantas rochosas de Filae e Siena, ou o deus dos lagos -Hersef- que aparecia aos homens com o corpo de um homem e a cabe (a de um borrego. Sabek, com cabe (a de crocodilo, era a divindade das inunda (6es benfeitoras, filho da deusa Neith, protetora das terras fecundas do Delta. Para as terras secas do Egito existia tamb#m uma divindade masculina espec0fica, Minu, relacionada com a prote(o dos viajantes que cruzavam as solit9rias e calorosas arenas do deserto, e tamb#m encarregado da fecundidade dos campos e do gado. Nejbet, como mulher tocada com a tiara branca, ou em forma de abutre que voava sobre a cabe(a dos reis, era a deusa protetora do Alto Egito. Hathor, al#m de ser a vaca criadora de tudo o vis 0vel e a protetora das mulheres e a maternidade, tamb#m estava situada no limite entre as terras f #rteis e as secas, oferecendo das figueiras a 9gua e o p o aos mortos que se aproximavam do seu terreno para fazer-lhes saber que eram bem-vindos. Se a alegre e feliz Hathor tinha a forma de uma vaca, o seu animal companheiro devia ser o muito relevante deus : pis, o boi divino adorado desde os primeiros tempos da exist /ncia do Egito, embora no chegasse & sua categoria celestial. No # de admirar esta representa(o animal dado que todos os deuses eg 0 pcios tinham uma caracter 0stica animal que geralmente portavam nas suas figura(6es em lugar da cabe(a humana, quer fosse uma de falco, como no caso de H+rus; de chacal ou co, como a que distinguia An < bis; de leoa, como a que personificava a deusa Sekhmet; de vaca, como &s vezes levavam =sis e Neftis; de bode, como podiam luzir Ra e Os0ris; a cabe(a de gato que diferenciava Bast e Mut; a de ganso que era a de Amon; o 0 bis e o macaco que encarnavam o supremo Tot; o escorpio que representava o esp0rito da deusa Selket, ou o f /nix triunfal, que era a melhor forma de dar a conhecer a eternidade da alma dos dois grandes deuses Ra e Os0ris. Mas o boi : pis era um verdadeiro animal, selecionado entre os seus cong/neres de acordo com umas marcas sagradas que deviam exibir, para servir de centro do seu culto; era cuidado no seu templo de M /nfis durante vinte e cinco anos, se chegasse a alcan(ar tal idade, depois era afogado e mumificado, para dar lugar ao seu sucessor. Mas junto da magnific/ncia do boi : pis, n o h 9 que esquecer o escaravelho sagrado, o Jepri, representa(o viva e m
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Egito #, sobretudo, o ber (o indiscut0vel do monote0smo, do futuro deus
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MITOLOGIA CHINESA Quanto & mitologia de todo este vasto territ +rio do continente asi9tico, pode constatar-se que, realmente, talvez seja uma c+ pia da pr + pria organiza(o hierarquizada da sociedade chinesa, pois assim como havia um governante m 9ximo & frente de cada dinastia, tamb#m devia adorar-se um deus
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nome gen#rico de "Vener 9vel Celeste da Origem Primeira" e h9 j9 muito tempo -uma eternidade- que delegou todo o seu poder num dos seus disc 0 pulos e, ao mesmo tempo, segundo dos tr /s deuses - denominados os "Tr /s Puros"- que comp 6em a trindade chinesa. O nome deste deus, que realiza a pesada tarefa que lhe encomendou o seu mestre, # "Senhor do c#u". E chegar 9 um dia em que tamb#m ele deixar 9 que o seu sucessor leve a cabo o trabalho de ordenar e governar o universo inteiro. Mas, por agora, # o
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A popula(o da ancestral China chamava Ti-kuan ao deus que perdoava os pecados e, segundo a cren(a popular, era o "Agente da Terra" que formava tr 0ade com outros dois deuses; o "Agente do c#u" e o "Agente da 9gua". Todos os desejos, e necessidades, dos humanos ficavam satisfeitos assim que estes invocavam o deus apropriado. Por tudo isso, o n
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de sair do d#cimo Inferno e dirigir-se para o lugar onde se encontra a "Roda das Migra(6es", deve beber o "Caldo do Esquecimento" para, assim, guardar segredo obrigat +rio -pois nada do passado poder 9 j9 ento recordar- de tudo quanto lhe aconteceu na sua digresso infernal. Esta beberagem, segundo a lenda dos povos do long0nquo oriente, era preparada pela deusa que habitava na misteriosa casa edificada & sa0da do Inferno. Todas as almas que abandonassem aquele lugar de perdi(o tinham que beber o "Caldo do Esquecimento" pois s + ento lhes seria permitido continuar para a frente e chegar & "Roda das Migra(6es", para assim consolidar a sua reencarna(o. Algumas vers6es explicam, no obstante, que as almas dos mortos, antes de chegarem & presen(a do deus de "Muros e Fossas", recebiam a ajuda de Abida, deidade que tinha encomendada a tarefa de aliviar a todos os humanos & hora da morte, pois acolhia as almas puras e purificava as impuras. Tamb#m se diz que o T 9rtaro era um lugar de perdi(o, sim, mas constitu0do por cidades cheias de funcion9rios e tamb#m de v9rios edif 0cios que eram como sedes dos diferentes tribunais perante os quais tinham que comparecer as almas dos mortos para serem julgadas. O pr + prio pal 9cio do Rei Yama encontrava-se numa das cidades principais do mundo infernal e, ao lado deste soberbo -e, ao mesmo tempo, t #trico edif 0cio- se levantavam as diversas edifica(6es que albergavam no seu interior as terr 0veis c2maras de tortura e supl0cio. Esta m0tica cidade chamava-se Fong-tu e tinha uma entrada principal, denominada "Porta do Mal"; no extremo oposto, ficava protegida e resguardada por um pustulento rio -posteriormente, tamb#m entre os mitos greco-latinos aparecer 9 o rio Aqueronte, cujas turvas, lodosas e fedorentas 9guas, rodear o o lugar de perdi(o chamado T9rtaro, que contava com tr /s pontes, as quais constitu0am outros tantos acessos a Fong-tu, embora pelo lado contr 9rio desse para a zona principal. A primeira ponte estava constru0da em ouro maci(o e s+ os deuses podiam atravess9-la. A segunda ponte era de prata e estava reservado &s almas que tinham sido justas. A terceira ponte era muito mais comprida e estreita do que as anteriores e atravess9-la resultava perigoso, pois carecia de corrim6es para se agarrar. As almas que tinham sido perversas e viciosas estavam obrigadas a atravess9-la e, se ca0ssem no fedorento rio, seriam imediatamente trituradas por monstros que tomavam a apar /ncia de serpentes de bronze e de raivosos ces de ferro. A mitologia dos povos do long 0nquo oriente contava, tamb#m, com lugares de felicidade e de dita, isto #, com para0sos. Como j 9 se indicou, o da "Grande Montanha" era um deles. O outro era a "Terra da Extrema Felicidade de Ocidente", e, geralmente, era o lugar escolhido por "Rei Yama" para enviar aquelas almas dos mortais que tinha encontrado inocentes e que, pelo mesmo motivo, considerava justas. O primeiro dos para0sos estava habitado pela "Dama Rainha" (a quem a tradi(o m0tica fazia esposa do poderoso "Senhor do c#u" que, no cimo da montanha mais alta, tinha constru 0do o seu grandioso pal9cio; este era um edif 0cio fabuloso -contava com mais de nove andares-, rodeado de jardins com plantas e flores arom9ticas e permanentemente verde. Aqui crescia, oculto num lugar rec-ndito, a m 0tica ":rvore da Imortalidade"; dos seus frutos se alimentavam os bem-aventurados, isto #, aqueles que tinham levado uma vida reta e justa e que, portanto, n o tinham enganado nem maltratado nenhum dos seus semelhantes. Por tudo isso lhes era permitido conviver com as deidades denominadas "Imortais". Era muito comum, entre as altas esferas da sociedade chinesa, tais como os seus monarcas e classes poderosas, dar culto -nos in0cios da primavera e da esta(o outonal- ao C #u, & Terra, ao Deus da Guerra e ao grande mestre Conf
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Tanto o Sol como a Lua eram astros considerados como personifica(6es de certas deidades. E no s+ os imperadores e a classe poderosa mas tamb#m o povo apoiava o culto &s citadas lumin9rias; pelo qual a venera(o & Lua e ao Sol ficava convertida, ao mesmo tempo, em culto oficial e popular. Eram ofereciam sacrif 0cios aos citados astros coincidindo com ano par ou 0mpar. Os anos 0mpares estavam consagrados ao Sol e os anos pares & Lua. Ambas as lumin9rias apareciam tamb#m relacionadas com os dois princ0 pios essenciais. O Sol era princ0 pio ativo e, portanto, era associado com o "Yang"; ao passo que a Lua era princ0 pio passivo, pelo qual aparecia sempre relacionada com o "Yin". Para a popula(o chinesa, estes dois princ0 pios tinham uma import2ncia capital. Se concebia a eternidade como um c0rculo que carecia de um princ0 pio e que no tinha fim. O "Yang" e o "Yin" estavam dentro dela, como duas for (as que se necessitam mutuamente e, pelo mesmo motivo, em vez de opor-se, se complementam. Na mitologia dos povos do extremo oriente, portanto, tudo se encontra estruturado com anteced/ncia -no h9 lugar para improvisa(6es e se rejeita qualquer tipo de intui(o-, e classificado em itens que se sobrep 6em, a maneira de arquivo, para dar lugar a emo(6es, paix6es, tend/ncias e necessidades. Outros mitos dos povos orientais -especialmente entre a popula(o que seguia os ensinos de Buda, o "Iluminado"- explicavam que o T 9rtaro se encontrava num lugar escuro e subterr 2neo e, segundo a cren(a popular, tinha umas caracter 0sticas bastante contradit+rias. Havia oito infernos de fogo e outros oito de gelo. E ambos produziam nos condenados torturas pelo calor ou torturas pelo frio. No entanto, tamb #m existiam -distribu0dos em cada um dos quatro pontos correspondentes aos infernos principais, tanto de fogo como de gelo- outros lugares de perdi(o inferiores que, em ocasi6es, supriam os dezesseis principais. Contudo, no se sabia com certeza o s0tio exato onde estes lugares de perdi (o iam surgir. Apareciam tanto -o que sempre sucedia de forma repentina- na profundidade de um vasto e verde vale como no pico de uma montanha; at# uma 9rvore milenar podia converter-se subitamente em sede de um destes infernos inferiores. ?s vezes surgiam no pr + prio espa(o e o ar abrasava ou gelava os condenados. Por outro lado, todas as condutas estavam controladas pelos ajudantes e funcion9rios do "Juiz do Averno", que se sentava num trono duro encaixado entre duas estantes de pedra. Na da sua esquerda encontra-se o "Julgador que v/ tudo"; # uma figura feminina que penetra com a sua vista no mais rec-ndito do pensamento daqueles que comparecem para serem julgados. ? direita situa-se o "Julgador que cheira tudo"; trata-se de uma figura masculina que tem como fun(o descobrir, com o seu fino olfato, qualquer a (o injusta ou imoral que tenha cometido o mortal que comparece para ser julgado. Portanto, como se pode comprovar, no h 9 escapat+ria poss0vel para os condenados, dado que todas as suas a(6es foram "vistas e cheiradas". Embora, para reduzir a pena, estivesse permitido que os vivos intercedessem em favor dos condenados, o que requeria sempre uma atua(o inteligente e um mestre budista como mediador. Toda a natureza, segundo a tradi (o popular, devia ser cuidada e mimada e resguardada, e preservada de qualquer mal, dado que atrav#s dela se manifestavam as diferentes deidades. Fen-menos naturais como o raio, o trov o, a chuva torrencial, o vento forte. .., deviam a sua apari(o a uma deidade menor. E, assim, Yun-t Ong tinha a fun (o de reunir as nuvens, depois de t /-las formado, e era invocado com certa freq3/ncia como o "jovem deus que re
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explica que Tien'mu produzia o raio servindo-se de dois espelhos. Tamb #m o ru0do ensurdecedor do trovo era produzido por uma deidade menor; recebia o nome de "Senhor do trovo" e, por isso, estava considerado como o amo e dono do ru 0do. Tamb#m se venerava, especialmente entre as classes poderosas, o deus da riqueza. Em quase todas as casas dos ricos havia no s + um desenho com o nome do deus gravado em caracteres ideogr 9ficos, mas tamb#m uma ef 0gie representativa da deidade. Deste modo, sempre o consideravam pr +ximo deles e podiam dirigir-lhe as suas preces com assiduidade, na cren(a de que, assim, nunca se veriam reduzidas a sua fortuna e o seu patrim-nio. O deus das riquezas era conhecido pelo nome de T'saichem; o seu poder era superior ao das outras muitas deidades similares e at# tinha designados numerosos deuses para o servirem e levarem a cabo as tarefas que aquele considerasse mais duras e dif 0ceis. Outro aspecto muito importante, que tamb#m estava regulado e protegido por uma deidade, era o estamento familiar com todas as suas implica(6es. A intimidade da fam0lia, e as rela(6es pessoais entre todos os seus membros, ficavam a salvo de cr 0ticas adversas, proferidas por pessoas no integrantes do grupo familiar. De tudo isto se encarregava o deus T'sao-Wang e, em troca, recebia todos os dias o reconhecimento dos seus protegidos. Era freq 3ente, entre as fam0lias da popula (o do extremo oriente, honrar o deus que se erigia em seu protetor, por meio de um ritual que consistia em queimar varetas de incenso, ao mesmo tempo que se invocava o nome do deus T'sao-Wang, duas vezes; uma quando come (ava o dia e outra ao anoitecer. Cada profisso, of 0cio e trabalho, tinham a sua deidade protetora. Entre todos estes deuses, a tradi(o popular destacava o deus das letras e da literatura, ao qual se atribu0a uma obra de conte
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portentoso, da forma em que surgiu da costela direita da sua me que, segundo conta a lenda, tinha sonhado antes que um belo elefante branco a possu 0a.
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MITOLOGIA INDIANA Nos assentamentos urbanos do vale do Indo, entre os restos da civiliza(o precursora de Harappa, nas ru0nas das altamente evolu0das cidades de Harappa e Mohenjo-Daro, encontraram-se as imagens em terracota e em selos de cer 2mica de diversas divindades que bem podem considerar-se como precursoras das posteriores representa(6es bram2nicas. Esta cultura, que j9 se comunicava regularmente com a mesopot2mica no s#culo XXIV aC, tinha o touro como animal emblem 9tico principal, dada a abund2ncia das suas representa(6es, certamente como garante da fecundidade e como s0mbolo da vida ap+s a morte; o touro ou boi sagrado compartilhava a sua popularidade, a julgar pelo n
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Entre os assura, os seres espirituais, havia uma grande rivalidade que se manifestava na briga entre os deuses aditya e os dem-nios raksa. Esta briga desembocou, finalmente, numa luta que resolver 9 o dom 0nio do mundo dos assura, atrav#s do confronto direto entre os campe 6es dos dois bandos, entre o deva Indra, um filho do C #u e da Terra, que morava no ar, e Vritra, o dono dos materiais necess9rios para construir o Universo. O deva, o deus Indra, era um aditya escolhido pelos seus companheiros para represent9-los no combate no qual devia vencer o seu campeo de uma vez por todas. O seu oponente, Vritra, era um danava ou raksa; o seu antagonismo vinha de longe, at # tal ponto que se tornou necess 9rio chegar a iniciar o combate definitivo, aquele do qual sair 9 o chefe indiscut0vel. O deva Indra, ap+s beber a bebida sagrada, o soma, cresceu tanto que os seus pais, C#u e Terra, tiveram que afastar-se para lhe deixar espa(o; por isso ele habitava no ar da atmosfera que ficou aberta com a sua separa (o. Indra foi armado com o raio (vayra) por Tvastri, o ferreiro dos deuses, e fortaleceu-se ainda mais tomando outros tr /s grandes jarros de soma, mas a luta foi longa e dif 0cil, porque Vritra, onde andava o filho de Danu, era nada menos que uma gigantesca serpente que vivia nas montanhas, dado que # sabido que as for (as do mal gostam de tomar o aspecto da serpente. Indra, com ou sem a ajuda de Rudra e dos maruts, divindades do vento, que nisso h 9 vers6es diferentes, combateu Vritra at# conseguir destro(ar-lhe o lombo com o vayra; e no se deu por satisfeito, pois Indra tamb#m acabou com a me Danu, que caiu ao morrer sobre o cad 9ver do representante do mal. Mas do mal nasceru o bem e, assim, do seu ventre nasceram as 9guas da terra, at# encherem os oceanos, de cujo calor saiu o Sol; e com o Sol, o ar, a terra firme e os oceanos, j9 foi poss0vel construir o Universo, pois se possu 0am todos os materiais requeridos, e se deu forma definitiva ao Sat dos deuses e das suas criaturas, enquanto o Asat invis0vel ficava para sempre afastado e relegado & sua no-exist/ncia. Os tr /s deuses encarregados de velar pelo Sat desde o momento da sua cria(o so Dyaus, Indra e Varuma. Dyaus est9 a cargo da primeira esfera c+smica, a concavidade do firmamento; Indra da segunda, do ar da atmosfera e dos elementos e meteoros que nela acontecem; Varuma encarrega-se da terceira esfera, da qual a ordem c+smica estabelecida rege na terra. Indra, o aditya Vritahan, o campeo aditya que matou Vritra, j 9 o conhecemos pela sua fa(anha de libertar as 9guas e construir o mundo. Dyaus Pitr, o C #u Pai, # o esposo do fecundador de Prtivi Matr, a Terra Me; Dyaus o Grande # o esp0rito benfeitor supremo do dia e da luz. Varuma, o deus que est 9 em todos os lados, # tamb#m o chefe dos adityas, os filhos de Aditi, a deusa virgem do ar; Varuma cuida do rito da verdade divina, e f 9-lo zelosamente da Terra e da Lua, isto #, mant#m-se vigilante no dia e na noite, ajudado na sua constante misso protetora pelas estrelas como zelador que # da ordem sagrada no Universo vis0vel, do Sat, embora o deus solar Mitra siga substituindo-o nas tarefas diurnas, de um modo auxiliar, pelo menos na =ndia, dado que o Mitra transferido para o Ocidente, primeiro atrav#s da Babil-nia e mais tarde da P#rsia, converte-se num deus principal. Varuma # o deus s 9 bio que conhece tudo o que j9 aconteceu e tudo o que tem de suceder. Da sua garganta brotam as 9guas das sete fontes do c#u, de onde v /m & terra para formar os grandes rios do planeta. Dyaus Pitr, donde talvez sair 9 o Zeus grego, # o deus supremo do C #u. Varuma tamb#m velava pelos mortos, para0so no qual reina junto com o primeiro humano nascido e falecido, o bom Yama, e com a sentinela dos dois ces protetores das almas, Syama e Sabala. O deva Indra, desposado com a deusa Indrani, era uma divindade caprichosa, embora fosse o deus principal dos humanos, e os seus caprichos manifestavam-se com mulheres, homens ou animais, tanto que a divindade Gautama teve que enfurecer-se com a sua atitude e chegou a desmembr 9-lo, embora mais tarde os seus divinos companheiros se ocupassem de recompor o seu corpo desfeito.
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Entre os aditya estavam tamb#m Mitra, do qual j 9 se falou, Baga, Amsa, Daksa e Aryaman, junto de Indra e Varuma, formando o septeto b9sico; tamb#m se costumava p-r um oitavo aditya, o errante Martanda, que, com o seu cont 0nuo andar pelo c#u, era simplesmente uma divindade astral, o Sol, Surya, desposado com a deusa da Aurora, Uchas, uma deusa bondosa e benfeitora. A servi(o dos adityas estavam os cavaleiros ou Asvins, divindades menores que tinham os seus dom 0nios na escurido de cada noite, dispensadores do orvalho no seu correr celestial e outorgadores de muitos mais bens espirituais e corporais. Os centauros Gandharva vigiavam o sumo sagrado do Soma, que era, al #m disso, outro deus de import 2ncia nas cerim-nias sagradas. Estes centauros Gandhava eram do mesmo modo umas divindades tutelares das almas emigrantes na metempsicose. Os Gandharva estavam unidos &s mais belas divindades, as perturbadoras Apsara, ninfas da 9gua e concubinas dos deuses maiores. Precisamente um Gandharva, Visvavat, foi o pai do primeiro mortal. Visvavat estava casado com Saranya, a filha do ferreiro dos deuses, Tvachtar, o mesmo que proporcionou o raio a Indra para lutar com Vritra. Deste casamento nasceram Yama e a sua irm g/mea, e esposa, Yami. Os Gandharva tamb#m se ocupavam da escolta do deva Kama, deus do amor e esposo de Rati, deusa da paixo amorosa. Na mitologia bram 2nica, Kama, foi morto por Siva, dado que tinha tentado distra0-lo nas suas medita(6es, seguindo as maliciosas instru(6es da mutante deusa Parvati, esposa de Siva; mas foi devolvido & vida pelo mesmo Siva, ao ouvir a pena que invadia a apaixonada vi
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os Sutras, os livros de relatos legend 9rios Puranas, e as epop#ias do Ramayana e o Mahabharata, onde se encontra o texto v#dico do Bhagavad Gita, que nos ensina as tr /s vias sagradas de acesso ao conhecimento pela contempla(o, as obras e a devo(o religiosa. O bramanismo contempla na sua base o mist#rio da Trimurti, a trindade do absoluto, do Eu ou atman, como criador de toda a exist/ncia e possuidor de todas as ideias. O Eu existe nas suas tr /s pessoas complementares: Brama, o criador, Visn<, o conservador e Siva, o destrutor. Mas tamb#m o Eu, o @nico, coexiste ao mesmo tempo nas duas naturezas unidas, na mortal e na imortal, porque as duas naturezas so simplesmente uma
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aproxima mais e mais do fervor popular e habita nas moradas paradis 0acas rodeado pelo amor eterno de um milhar de incondicionais pastoras celestiais, as Gopis, e na companhia de Laksmi, divindade do amor, da ci /ncia e da sorte, segundo nos contam os textos do Ramayana. Quando Visn< desce & terra para acompanhar os humanos, f 9-lo geralmente incorporando-se em um deus de quatro bra (os, bra(os que portam o disco, o ma (o, a concha ou a trompeta, e a espada ou o lotus, emblemas que s o representa(6es das suas faculdades e virtudes, como so os s0mbolos do Sol, da for (a, do combate contra o mal e o seu justo castigo, respectivamente. Siva # a terceira pessoa do Trimurti, embora para os seus fi#is ele seja a primeira e incontest9vel divindade trinit9ria. Casado com a tamb#m impressionante deusa Parvati, a montanha, que conhece muitas advocacias, desde a de Sati, ou esposa, e Ambik 9, ou me, at# & de Kali, a negra, a deusa da morte. Com a sua esposa Siva habita nas regi 6es que formam o teto do mundo, no Himalaia, no cima do monte Kailas. Naturalmente, um amor como o da deusa Parvati e o deus Siva n o podia deixar de ser grandioso e conta-se que, quando por fim Siva e Parvati se uniram pela primeira vez, todo o planeta estremeceu num gigantesco terremoto. O deus Siva apresenta-se &s vezes perante os homens nu e coberto com a cinza da ascese, com toda a pureza do seu ser, adornado com o sinal inconfund 0vel de um terceiro olho vertical no meio da fronte, com o qual v / tudo, s 0mbolo da sua onisci /ncia, e com o cabelo preso num grande carrapicho, o mesmo que parou a queda da deusa Ganga, a deusa das 9guas sagradas do rio Ganges, na Terra, absorvendo com a sua est+ica dor essa imensa quantidade de 9gua, que era to necess9ria para a vida do povo indiano. Outras vezes aparece completamente coberto de serpentes, para apontar inequivocamente a sua imortalidade, e armado com o arco Ayakana e o Jinjira, mais o raio e um machado, porque ent o # a personifica(o do tempo, o deus destrutor. Quando aparece como deus da justi (a, f 9-lo montado num touro branco e o seu corpo est 9 coroado por cinco cabe(as e um n
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decidiu abandonar tudo para procurar a verdade, e ainda passou outros seis anos percorrendo a =ndia na companhia do seu fiel Chandaka, procurando essa serenidade admir 9vel no an-nimo frade, mas o seu esfor (o no se via recompensado pelo /xito; no tinha encontrado o mestre procurado nem alcan(ado o estado desejado. Por fim, na solido de uma noite de Bodh-Gaya, quando se encontrava praticamente & beira da desesperan(a, sob os ramos da 9rvore Bo, Gautama foi iluminado e, com a for (a da verdade, o Buddha come(ou o seu caminho de prega(o & boa gente que encontrava no seu caminho. A sua verdade era simples, nada h 9 de permanente num Universo mutante, num Universo no qual os nossos atos, e n o os deuses, nos premiam ou castigam com um novo nascimento em que o nosso ser, emigrado, alcan (ar 9 um estado mais perfeito ou mais imperfeito, segundo os m #ritos da nossa pr + pria vida, segundo tenha sido de triunfal a sua luta contra os anseios e as paix 6es. A doutrina de Buda desenvolveu-se com for (a na =ndia e fora dela, mas, pouco a pouco, a sua implanta(o no territ+rio onde nasceu foi perdendo for (a, mudando-se com mais vigor para o outro lado dos confins do norte, no reduto inacess 0vel do Tibete, e atravessando mais tarde para o este, chegando & pen 0nsula da Indochina, & China, Mong+lia, Cor #ia e Japo, para ficar definitivamente assentada no Extremo Oriente. Tamb#m com o decurso do tempo, a doutrina simples e quase ateia de Buda se foi enriquecendo com elementos alheios, dando ao asceta Buda uma dimenso divina da qual ele teria fugido envergonhado e confuso, e pondo junto dele toda uma corte de deuses tradicionais, at# fazer crescer da mera id#ia filos+fica da ren
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enchendo de personagens locais, cobertos de atributos e tamb#m de ornamentos e, ainda mais, se foi tornando mais e mais barroco & medida em que, nos diferentes lugares da :sia, se ia apropriando de divindades locais para o seu novo pante o, como # o caso dos mais representativos Bodhisattvas, Mitreya, Manjusri e Tara (que tinha sido deusa da energia na =ndia e passa a ser encarna(o de Buda) no Tibete, ou a multid o de divindades existentes associadas a Buda ou aos Bodhisattvas na China e Jap o. Buda, o asceta hist+rico original, esvai-se perante a s#rie de Buddahs que j9 alcan(aram o Nirvana, o repouso eterno, e ele s+ # o Gautama ou o Sakiamuni, e n o haver 9 mais at# chegar o Mitreya do
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MITOLOGIAS PR 9-COLOMBIANAS
As religi6es da Am#rica pr #-colombiana, & # poca do descobrimento, variavam desde formas animistas primitivas, com cultos estreitamente ligados & natureza, at# sofisticados pante6es mitol+gicos que, nos casos mais avan(ados -- imp#rios asteca e inca --encontravam-se provavelmente pr +ximos do monote 0smo. A evolu (o maior ocorreu fundamentalmente em duas grandes regi6es culturais -- Am#rica Central, o M#xico inclusive, e regi6es andinas --, cujas sucessivas civiliza(6es tenderam a integrar de maneira sincr #tica, em novos sistemas, os deuses e concep(6es religiosas preexistentes. Cabe notar, no entanto, que povos da Am #rica do Norte e outras regi6es sul-americanas criaram mitologias pr + prias originais. No que se refere ao M#xico e & Am#rica Central, as manifesta(6es religiosas arcaicas adquiriram firmeza nos pante6es das grandes culturas teocr 9ticas -- dirigidas por sacerdotes que controlavam os calend9rios e os ritos -- do horizonte cl9ssico e especialmente no centro sagrado de Teotihuacan, que, entre os s #culos I e VI d.C., difundiu por toda a regi o o culto ao deus civilizador Quetzalc+atl, criador do homem. No s#culo VII, a chegada dos toltecas - povo guerreiro cujo sanguin9rio deus Tezcatlipoca, o Sol noturno, expulsou Quetzalc +atl, segundo conta a lenda -- provocou a destrui(o de Teotihuacan. Sua cultura, no entanto, perdurou em grande parte na civiliza(o maia do Yucat9n, que sofreu tamb#m o influxo de grupos toltecas fi #is a Quetzalc+atl, conhecido pelos maias com o nome de Kuculk 9n. Outras importantes divindades maias eram Itzamn9, senhor dos deuses e filho do primeiro criador Hunab-Ku; e Chac, deus da chuva equivalente ao Tl 9toc asteca. O texto sagrado em l0ngua quiche Popol-Vuh constitui uma fonte de inapreci 9vel valor sobre a mitologia maia, cuja variedade se ampliava ainda mais ao se desdobrar cada divindade em quatro figuras relacionadas aos pontos cardeais. A integra(o das culturas anteriores conferiu extraordin9ria riqueza & mitologia asteca, correspondente a um regime teocr 9tico dominado pela figura do rei em que as concep (6es guerreiras, pol0ticas e religiosas formavam um todo unit9rio. A cosmogonia asteca, de car 9ter fatalista, considerava que o mundo se achava em seu quinto estado, ap +s a destrui(o dos quatro anteriores, cren(a que fundamentava, a pr 9tica de sacrif 0cios humanos, cujo prop +sito era proporcionar sangue ao Sol para que sua luz n o se apagasse. Veneravam-se popularmente in
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XV come(aram a se desenvolver algumas tend/ncias dualistas e, em menor medida, monote0stas. As civiliza(6es andinas tamb#m desenvolveram complexos sistemas religiosos, embora seus pante6es mitol+gicos no tenham alcan(ado a multiformidade dos da Am #rica Central. As manifesta(6es art0sticas de culturas que floresceram durante o primeiro mil/nio antes da era crist, entre elas a de Chav0n, com suas representa(6es de animais tot/micos e grotescas figuras antropom+rficas, mostravam j9 acentuados tra(os de elementos religiosos e simb+licos associados a cultos da natureza que seriam depurados por civiliza (6es posteriores, como as de Huari e Tiahuanaco, esta
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O SEGR EDO DOS ASTECAS
Pedra do Sol: o
mon lito mais c #lebre da civiliza %(o
Assim como os seus antecessores incas, os astecas fascinam a arqueologia e despertam suposi(6es em torno do seu desaparecimento. Comunidade marcada pelo trabalho e pelas cren(as religiosas, os astecas habitavam a regio de Astl9n, a noroeste do M#xico. Sucessores diretos da linhagem dos toltecas, os astecas inicialmente formavam uma pequena tribo de ca(adores e coletores que, em 1325, se deslocou em dire (o & zona central mexicana e desenvolveu uma agricultura moderna e de subsist/ncia. Entre as inven(6es dos astecas, constam a irriga(o da terra e a constru(o dos "jardins flutuantes" - cultivo de vegetais em terrenos retirados do fundo dos lagos. A constru (o das chinampas (nome dado a esses jardins) era feita nos lugares mais rasos dos lagos. Os astecas demarcavam o local das futuras chinampas com estacas e juncos, enchiam-nos com lodo extra 0do do fundo do lago e misturavam com um tipo de vegeta(o aqu9tica que flutuava no lago. Esta vegeta (o formava uma massa espessa sobre a qual se podia caminhar. Estas tecnologias foram essenciais para a funda(o e sobreviv/ncia de Tenochtitl9n. Tenochtitl9n, capital do imp#rio asteca, era bela e bem maior que qualquer cidade da Europa na # poca. Esta metr + pole teve seu apogeu de 400-700 d.C. Com suas enormes pir 2mides do Sol e da Lua (63 e 43m de altura, respectivamente), sua Avenida dos Mortos (1.700m de comprimento, seus templos de deuses agr 9rios e da Serpente Plumada, suas m 9scaras de pedra dura, sua magn0fica cer 2mica, ela parece ter sido uma metr + pole teocr 9tica e pac0fica, cuja influ/ncia se irradiou at# a Guatemala. Sua aristocracia sacerdotal era sem d
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Ascens&o e derrocada
O imp#rio inca foi constru0do em apenas um s#culo (XIV). A derrocada veio to rapidamente quanto a sua ascens o. Em nome da Igreja Cat +lica e da Monarquia do Velho Mundo, os conquistadores espanh+is Hern9ndez de C+rdoba, Grijalva e Hern9n Cort#s, chegaram em 1517 no M #xico, conquistaram e destru0ram a civiliza(o Asteca, erguendo sobre as ru0nas do templo de seu deus mais importante, uma catedral crist. A pris o do Pr 0ncipe Montezuma e sua submisso direta a Hern9n Cort#s e Fern9n Pizarro. Humilhado e submetido aos favores dos espanh+is, Montezuma foi decepado. Por incr 0vel que possa parecer, a civiliza(o asteca simplesmente desapareceu. V9rias so as hip+teses para sua "fuga". Uma delas alega que o massacre dos astecas teria impelido os membros da civiliza(o a debandarem para a Floresta da Am#rica Central. Outra hip+tese, coadunada por uf +logos e fan9ticos em discos voadores, afirma que os astecas eram seres extraterrestres ou produtos h0 bridos, que teriam retornado aos seus planetas de origem, assim que a misso tivesse sido concretizada. Poucos ind 0cios revelam o paradeiro desse povo misterioso. Entretanto, por volta de 1988 uma equipe de reportagem de uma TV de El Salvador encontrou um achado um tanto desconcertante. Incrustadas na parede de um templo estavam escritas, em n9uatle (l0ngua tradiocional dos astecas), as palavras: "N+s voltaremos no dia 24 de dezembro de 2.010". A Arte Asteca
As ru0nas astecas indicam muito mais grandeza do que qualidade. Sua arquitetura era menos refinada que a dos maias. Milhares de artesos trabalhavam continuamente para construir e manter os templos e pal9cios. Pequenos templos se elevavam no topo de altas pir 2mides de terra e pedra, com escadaria levando aos seus portais. Imagens de pedra dos deuses, em geral de forma monstruosa, e relevos com desenhos simb+licos, eram colocados nos templos e nas pra(as. A mais famosa escultura asteca # a Pedra do Sol, erradamente conhecida como Calend9rio de Pedra Asteca. Est9 no Museu Nacional de Antropologia da Cidade do M #xico. Com 3,7 m de di2metro, a pedra tem no centro a imagem do deus sol, mostrando os dias da semana asteca e vers6es astecas da hist+ria mundial, al#m de mitos e profecias. Os astecas eram artesos h9 beis. Tingiam algodo, faziam cer 2mica e ornamentos de ouro e prata e esculpiam muitas j+ias finas em jade. Cultura e Religi&o de um povo m 2 stico
Dezoito deuses. O polite 0smo dos astecas estava configurado na cren(a em divindades representativas para cada uma das fun(6es. Acreditavam em um deus que monitorava o vento, outro que monitorava o sol, outro que cuidava das planta (6es e assim por diante. A religio e o Estado estavam to unidos na sociedade asteca que as leis civis tinham por tr 9s de si a for (a da cren(a religiosa. Quando entravam em guerra, os astecas lutavam no s+ por vantagens pol0ticas e econ-micas, como tamb#m pela captura de prisioneiros. Estes eram sacrificados aos muitos deuses. A mais importante forma de sacrif 0cio consistia em arrancar o cora(o da v0tima com uma faca feita de obsidiana, ou vidro vulc 2nico. ?s vezes, os sacerdotes e guerreiros comiam a carne da v0tima.
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Huitzilopochtli, a divindade asteca favorita, era o deus da guerra e do sol. Exigia o sacrif 0cio de sangue e de cora(6es humanos para que o sol nascesse a cada manh . Outros deuses importantes eram Tlatoc, da chuva; Tezcatlipoca, "o espelho fumegante", do vento; e Quetzalcoatl, "a serpente de plumas", deus do conhecimento e do sacerd+cio. Segundo as lendas astecas, Quetzalcoatl havia atravessado o mar velejando, mas um dia voltaria. Os deuses exigiam cerim-nias especiais, ora(6es e sacrif 0cios a intervalos determinados ao longo do ano e em ocasi 6es especiais. Ap+s as guerras, o mais bravo dos prisioneiros era sacrificado. Para isso, caminhava at# o altar do templo tocando uma flauta e acompanhado de belas mulheres.
NOME DO DEUS CENTEOTL COATLICUE EHECATL HUEHUETEOTL
REPRESENTA;=O Deus com chifre "Mulher-serpente" Deus do vento Deus do fogo
HUITZILOPOCHTLI
Deus da guerra/Sol
MICTLANTECUHTLE OMETECUHLTI QUETZALCOATL
Deus da morte Criador da vida na Terra Sua esposa era OMECIHUATL "Serpente-Plumada" - deus da Um dos mais significativos civiliza(o e aprendizado deuses astecas. Representa a for (a da natureza. Deus da noite e da magia Deus supremo. Associado tamb#m com o destino dos homens e com a realeza. Deus da chuva e da tempestade Outro dos deuses mais cultuados no Antigo M#xico Sol Considerado como primeira fonte de vida A Terra, a "honor 9vel av+" "Jovem espiga-de-milho" Associado com o governo "Sete serpentes" Associado com o governo Deus da primavera e do replantio Deus do fogo
TEZCATLIPOCA
TLALOC TONATIUH TONANTZIN XILONEN CHICOMECOATL XIPE TOTEC XIUHTECUHTLE
COMENT0RIOS
Considerado o deus mais antigo da Mesoam#rica Principal guardio da metr + pole asteca de Tenochtitlan
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Hist(ria e cultura do povo do Sol
O Homem de Jade,
uma das misteriosas rel +quias dos astecas
Os astecas, de acordo com sua pr + pria hist +ria lend9ria, surgiram de sete cavernas a noroeste da Cidade do M#xico. Na verdade, esta lenda diz respeito apenas aos tenochca, um dos grupos astecas. Esta tribo dominou o Vale do M #xico e fundou Tenoochtitl 9n, que se tornaria a capital do imp#rio asteca, por volta do ano 1325 d.C. Conta a lenda que o deus Huitzilopochtli conduziu o povo a uma ilha no Lago Texcoco. Ali viram uma 9guia, empoleirada num cacto, comendo uma serpente. Segundo uma profeciam, este seria o sinal divino para o local da constru(o de sua cidade. Os tenochca come(aram com um pequeno templo e logo tornaram-se os l 0deres da grande na(o asteca. A primeira parte da hist+ria asteca # lend9ria. Mas o resultado das escava(6es arqueol+gicas e os livros astecas servem de base para um relato hist+rico ver 0dico. A hist+ria possui um registro bastante aut/ntico da linhagem dos reis astecas, desde Acamapichtli, em 1375, a Montezuma II, que era o imperador quando Hern9n Cort#s entrou na capital asteca em 1519. Montezuma de in0cio acolheu os espanh+is, mas depois conspirou contra eles. Cort#s ento aprisionou o imperador. Os astecas rebelaram-se contra os invasores e Montezuma foi morto no levante. Cort#s, com quase mil soldados espanh +is e a ajuda de milhares de aliados ind0genas (tribos inimigas dos astecas), finalmente conquistou os astecas em 1521. Sua vit +ria foi f 9cil. Enq3anto os espanh+is possu0am armas de fogo, cavalos e armas de ferro, os astecas praticamente lutavam com as mos. Outro fator que propiciou o dom 0nio por parte dos espanh+is foi cren(a, evidentemente equivocada, de que os espanh+is seriam na verdade o deus Quetzalcoatl e seus seguidores, regressando, como rezava a lenda.
O imp#rio asteca caiu imediatamente ap+s a conquista. As doen(as europ#ias terminaram por assolar a popula(o e dizimar milhares de pessoas. Os espanh+is arrasaram completamente o centro cerimonial de Tenochtitl9n e usaram a 9rea para seus pr #dios p< blicos. Derrubaram templos astecas e erigiram igrejas cat+licas.
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Cotidiano
A maioria dos astecas vivia como os 0ndios de hoje, nas mais remotas aldeias do M#xico. A fam0lia morava numa casa simples, feita de adobe ou pau-a-pique e coberta de sap/. O pai trabalhava nos campos com os filhos mais velhos. A m e cuidava da casa e treinava as filhas nos afazeres dom#sticos. As mulheres passavam a maior parte do tempo moendo milho numa pedra chata, a metate, e fazendo bolos sem fermento, as tortillas. Tamb#m fiavam e teciam. Os alimentos preferidos eram a pimenta, o milho e o feijo - que produziam em larga escala para consumo. As roupas eram feitas de algodo ou de fibras das folhas de sisal. Os homens usavam tanga, capa e sand9lias. As mulheres trajavam saias e blusas sem mangas. Desenhos coloridos nas roupas revelavam a posi(o social de cada asteca. Os chefes de aldeia usavam uma manta branca e os embaixadores carregavam um leque. Em geral, os sacerdotes se vestiam de negro. Educa#&o
Os sacerdotes tinham controle total sobre a educa(o. O imp#rio asteca era provido de escolas especiais, as calmecas, que treinavam os meninos e meninas para as tarefas religiosas oficiais. As escolas para as crian(as menos disciplinadas eram chamadas de telpuchcalli, ou "casas da juventude", onde elas aprendiam hist+ria, tradi(6es astecas, artesanatos e normas religiosas. Os astecas registravam os acontecimentos mais importantes em livros feitos de papel preparados com folhas de sisal. Estes livros eram enrolados como pergaminhos ou dobrados como mapas. Os astecas no possu0am um alfabeto. Criaram uma esp#cie de escrita em logogrifo, usando imagens e caracteres simb+licos.
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INCAS - Misticismo e f # Rodrigo Craveiro
Conta a hist+ria que os primeiros incas surgiram em forma de duas lendas bem conhecidas. A primeira dizia que Tayta Inti ou o Pai Sol, observando o c aos e a perdi(o que prevaleciam na Terra, decidiu enviar ao planeta duas crian(as, com o objetivo de estabelecer a ordem. Elas surgiram as 9guas do Titicaca, o lago mais alto do mundo, e carregavam uma esp #cie de est9tua dourada, presente de seus pais. O nome do primeiro inca era Manko Qhapaq; sua irm era Mama Oqllo. De acordo com a tradi(o, a est9tua foi enterrada na montanha Wanakauri, a sudeste de Cuzco. A interpreta(o desta lenda tem um suporte favor 9vel, j9 que sugere que Manko Qhapaq representa uma na(o inteira do povo Tiawanako. Eles viveram na regio de Titicaca e eram conhecidos por suas terras f #rteis. Ainda assim, os Tiawanako foram surpreendidos pela superpopula(o e pela escassez de alimentos, o que os obrigou a bater em retirada rumo a uma terra mais promissora. Sabe-se tamb#m que a poss0vel capital do Estado de Tiawanako era Taypiqala, que teria sido destru0da pelos guerreiros Aymara, vindos do sul do Peru. As invas6es obrigaram o povo Tiawanako a fugir em dire(o ao vale de Cuzco. J 9 foi provado que os Tiawanako tiveram uma participa(o decisiva na forma(o de Tawantinsuyo, o Estado que abriga Cuzco. A segunda lenda # conhecida como "Irmos Ayar" e indica que, de tr /s janelas da montanha Tamput'oqo (a 25 kms de Cuzco) teriam sa 0do quatro irmos. Eram eles: Ayar Manko (Manko Qhapaq), Ayar-Kachi, Ayar-Auka e Ayar-Uchu. Cada um deles trouxe sua esposa. Eles caminharam at# Cuzco, onde apenas as mulheres e Manko Qhapaq fundaram a cidade, em nome de Teqsi Wiraqocha e do Sol. Organiza#&o Pol2 tica
7 incontest9vel que o estado inca teve uma organiza (o social e pol0tica peculiar. Seu chefe de Estado era o Inka ou Sapan Inka, tamb#m conhecido como Sapan Intiq Churin ("O @nico Filho do Sol"), que tinha uma esposa com o nome de Qoya. De um modo mais compreens 0vel, pode-se dizer que o nome "Inka" equivale a "Rei"; e "Qoya" significa "Rainha". De acordo com a tradi(o andina, tanto Inka quanto Qoya eram descendentes diretos do Deus Sol. Para perpetuar sua linhagem divina, o Inka era obrigado a casar com sua irm. O "Sapan Inka" tamb#m tinha um n
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Os historiadores ainda no chegaram a um consenso sobre o n
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MAMA COCHA: (Me do Mar) As lendas incas A Primeira Cria#o: "Caminhava pelas imensas e desertas pampas da plan0cie, Viracocha Pachayachachi, 'o criador das cosas', depois de haver criado o mundo em um primeiro ensaio (sem luz, sem sol e sem estrelas). Mas quando viu que os gigantes eram muito maiores que ele, disse: - No # conveniente criar seres de tais dimens6es; parece-me melhor que tenham minha pr + pria estatura! Assim Viracocha criou os homens, seguindo suas pr + prias medidas, tal como so hoje em dia, mas aqueles viviam na obscuridade". A Maldi #o: Viracocha ordenou aos hombres que vivessem em paz, ordem e respeito. Entretanto, os homens se rendeream & vida ruim, aos excessos, e foi assim que Deus criador os maldisse. E Viracocha os transformou em pedras ou animais, alguns ca 0ram enterrados na Terra, outros foram absorvidos pelas 9guas. Finalmente, despejou sobre os homens um dil
Como muitos outros elementos da cultura andina, a religi o dos incas # um produto da conviv/ncia milenar do homem com a natureza. Em s 0ntese, # uma religio que o homem n o pode explicar, demonstrar ou dominar, pois trabalha como fen-menos ou poderes superiores incontrol9veis. Dessa forma, uma serpente que com uma picada conseguisse causar convuls6es e morte em um homem era considerada sagrada. Um puma, o mais poderoso animal da fauna andina, era considerado como deus pelos incas. Os trov6es e raios que causavam fogo e destrui(o tamb#m eram venerados. D
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Vis&o cosmopolita do Universo
O deus Wiraqocha estava acima dos tr /s mundos da cosmovis o peruana. Os incas acreditavam na exist/ncia do Hanan Pacha, um mundo no espa (o sideral e chamavam de Kay Pacha a superf 0cie da Terra. Eles afirmavam ainda que o Ukhu Pacha era um mundo situado abaixo do solo, uma esp #cie de inferno. O Inka era considerado como o Sapan Intiq Churin ou o "@nico Filho do Sol". Esta era a principal razo para que cada cidade ou vilarejo inca tivesse templos dedicados ao seu culto. O mais importante templo - todo banhado a ouro - era o Qorikancha. Na religio qu#chua, considerava-se que a Lua era uma deidade feminina, identificada com a prata e esposa do Deus Sol. O mais importante sacerdote na sociedade inca era o Willaq Uma. Em condi (6es normais, o cargo de Willaq Uma era ocupado pelo irm o ou o tio do Rei. Um estudo de Luis E. Valcarcel indca que todos os deuses, menos Wiraqocha, surgiram do Hanan Pacha. Ali tamb#m estariam os esp0ritos de incas nobres tamb#m. Daquele mundo, teriam vindo os incas, como crian (as do Sol. Dois seres mitol +gicos estabeleceram uma comunica(o regular entre os diferentes mundos; do Ukhu Pacha saiu todo o mundo terrestre ou Kay Pacha - e eram projetados atrav#s do Hanan Pacha. Da0 se v/ um pouco da rela (o com o catolicismo. Os cat+licos acreditam que ap+s a morte, o esp0rito v9 para o c#u. Esses seres mitol+gicos ou espirituais eram representados na forma de duas serpentes: Yakumama (me d'9gua), que ao chegar & Terra fora transformada em um grande rio e teria voltado ao mundo sob a forma de um raio. A outra cobra era Sach'amama (M e :rvore), que tinha duas cabe(as e caminhava verticalmente, com a apar /ncia de uma "velha 9rvore". Ao chegar ao mundo celestial, Sach'amama foi transformada em um K'uychi (arco-0ris), que era relacionado com a fertilidade. A Terra ou a Me Terra, conhecida como Pachamama, ainda # objeto de cultua(o em todas as montanhas andinas. As estrelas tamb#m ocuparam um lugar preponderante na religi o pr #hisp2nica. Muitas estrelas e constela(6es, tais como a estrela Ch'aska ou V/nus, ou a constela(o Ple0ades tinham caracter 0sticas divinas. Atualmente, alguns seguidores da religio inca ainda usam algumas constela(6es para a previso do futuro: de acordo com o brilho das estrelas, # poss0vel saber se o pr +ximo ano ser 9 repleto de chuvas, prosperidade, alegria ou desastres. Muitos historiadores indicam que Waka ou Guaca era um santu9rio usado para a venera(o de deuses regionais ou locais. Considerava-se que a vida de uma pessoa ou uma dinastia pudesse emergir de um rio, uma montanha, um p 9ssaro ou um puma. Quem nascia dos rios era denominado de Crags; quem provinha das montanhas, era chamado de Orkjo. A arte de embalsamamento teve grande desenvolvimento no Peru pr #-hisp2nico. Toda a pessoas que morria era mumificada, no importasse a qual classe social pertencia. A
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prosperidade e boa sorte. Chamados de Wasiqamayoq ou Ulti, eram esculpidos em pedra e tinham diferentes formas e cores. Normalmente tinham formas de concha, onde as pessoas colocavam vinho ou ayahuasca durante as cerim -nias chamadas de "haywarisqa" (cerim-nia de oferendas). Oferendas e sacrif 2c ios
As oferendas consistiam em diferentes elementos, como comida, ayahuasca, Aqha (bebida alco+lica fermentada a partir do milho), lhamas e porcos. As oferendas l0quidas eram colocadas em fontes chamadas de Phaqcha, e a ayahuasca e o sangue de animais eram irrigados no templo, como sacrif 0cio. Os animais eram sacrificados para que se buscasse prever o futuro pelo estudo de suas v0sceras, cora(o, pulm6es e outros +rgos. Alguns historiadores espanh+is - normalmente padres cat+licos - escreveram que em circunst2ncias especiais sacrif 0cios de crian(as eram praticados (estudiosos peruanos alegam que essa posi(o da Igreja Cat+lica visava atenuar as atrocidades cometidas pelos conquistadores espanh+is, em nome do Cristianismo). O padre Vasco de Contreras y Valverde, usando de diversos documentos em 1649, assegurou que quando o Wayna Qhapaq morreu "seu corpo foi trazido para a cidade, onde em seu funeral quatro mil pessoas foram assassinadas...". Garcilaso Inca de la Vega escreveu: "Eles no tinham sacrif 0cios relacionados & carne ou sangue humano, mas abominavam isso e abominavam o canibalismo. Os historiadores que disserem o contr 9rio estar o incorrendo em erro grave". Atualmente, j9 se sabe que algumas prov 0ncias Qu#chua praticavam sacrif 0cios humanos; Huaman Poma, entre 1567 e 1615, escreveu que Capacocha era o nome de uma crian (a sacrificada com uma ano de idade, enquanto que Cieza de Leon acredita que esse seja o nome dado a todos os presentes e oferendas de seus 0dolos; Pedro Sarmiento de Gamboa escreveu que "Capaccocha era a imola(o de duas ou mais crian(as do sexo masculino ou feminino". Sup6e-se que os sacrif 0cios humanos tenham ocorrido nos templos incas mais importantes. Em 1992, Johann Reinhard informou a respeito de restos de um corpo humano encontrados em altas montanhas andinas. O padre Cobo escreveu em 1639 que quando os garotos eram sacrificados, "eles eram estrangulados com uma corda, ou por socos initerruptos e eles eram queimados; algumas vezes, os incas tornavam-no b / bados, antes de mat9-los". Quando os espanh+is chegaram ao Peru, a redu(o sistem9tica dos ind0genas e de suas idolatrias estava evidente. Uma das metas principais dos espanh+is era tentar extirpar totalmente os "bruxos" da religio de Tawantinsuyo. Quando as "Redu (6es de 0ndios" foram estabelecidas em 1572 por Viceroy Toledo, (para alguns peruanos, foi um grande organizador; mas tirano e perverso para muitos outros). Os espanh+is se concentraram em quatro esfor (os quando da conquista das tribos qu#chua: estabelecer o controle ou escravizar os 0ndios, fazer com que os incas pagassem pesados tributos & Coroa Espanhola, estabelecer o controle moral e alterar a religio dos incas. A religio dos incas, que se caracterizava por animista, come(ava a ganhar tra(os cat+licos. Os mais importantes templos incas foram queimados e demolidos. Uma Inquisi (o foi instaurada e os sacerdores "Willaq Uma" e "Tarpuntays" foram considerados como feiticeiros e, por isso, submetidos & dura lei da Igreja Cat+lica. Todo o seguidor de seitas ou religi 6es diferentes do catolicismo era reprimido ou mesmo assassinado. Entre os colonizadores, haviam pensamentos diferentes sobre os homens andinos e sua religio. A mais famosa disputa em torno de dados religiosos foi travada entre o
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mission9rio espanhol e historiador Bartolome de las Casas (1474-1568) e o tamb#m escritor espanhol Juan Gines de Sepulveda (1490-1573). De las Casas sugeriu a necessidade imperativa de evangelizar o povo do Novo Mundo, em concord 2ncia com os preceitos cristos. Gines de Sepulveda admitiu que o ind 0gena andino teria de ser evangelizado, mas antes teria de ser humanizado. Sepulveda queria dizer que o componente de uma das civiliza (6es mais ricas do mundo devia ser tratada como animal e passar por um processo de humaniza (o. Tradicionalmente e oficialmente considera-se a religio oficial peruana como sendo a cat+lica. Como Carmen Bernard diz, "os incas no so povos fossilizados. Sua imagem # ainda v0vida nas mentes que eram exclu0das de todo o poder pol 0tico. Essa imagem dos incas # real para a hist+ria ou serve como uma proposta aleg+rica? No importa. Ela vive nos cora(6es daqueles a quem o mundo moderno parece ter sido esquecido ou rejeitado..." Macchu Picchu > A cidadela dos Andes
Durante o in0cio da primeira d#cada do s#culo XX, v9rios exploradores da Am#rica do Sul procuravam por ouro e outros tesouros da extinta civiliza(o inca. Hiram Dingham acabou descobrindo quase que por acaso, em 1911, uma pequena cidade, no topo dos Andes. Ali, conta a lenda vivia somente uma fam 0lia. Era Macchu Picchu, a cidadela perdida dos incas. Ningu#m sabe como e porque Macchu Picchu foi constru0da. Fincada em um local de dific0limo acesso, a cidade mais conhecida dos incas desenvolvia papel fundamental no imp#rio Inca. Pensava-se que a constru(o da cidade tivesse sido ordenada pelo Pachacuti Inca, como uma oferenda real ou divina, pelo ano de 1460. Sua exist /ncia era sempre mantida em segredo. Ap+s a morte de Pachacuti, o poder foi legado aos seus familiares e a cidade passou a ser visitada por sacerdotes incas at# a invaso da Espanha. Com a exce(o daqueles que viviam na cidade, poucas pessoas tinham permisso oficial para transpor os limites e entrar em Macchu Picchu. Carcomidos pelas doen(as (trazidas pelos europeus), pela guerra civil e outras atrocidades, os incas come(aram a abandonar a cidade, que ficou esquecida nos
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templos, jardins, um pal9cio real e locais para banhos cerimoniais. Cerca de duas mil pessoas viviam ali. H9 ind0cios da exist/ncia de uma outra cidade, chamada de Maranpampa pelos arque+logos. Os cientistas trabalham com a hip+tese de que Maranpampa esteja oculta em algum local pr +ximo a Macchu Picchu. Poss 0veis ru0nas dessa cidade teriam sido descobertas em 1986. A cidade de Paikhikhin tamb#m foi descoberta em 1997 e se localizava na Amaz -nia Brasileira. Teriam os incas se refugiado em territ+rio brasileiro?
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- importante salientarmos que os historiadores n (o conheceram a Aut /ntica Civiliza %(o dos Mayas, refiro-me a Civiliza %(o Serpentina, ou aos que viveram em Mayab. Conheceram apenas uma civiliza %(o em decl +nio, j1 exposta e entregue aos Dzules do seu tempo, portanto as informa %2es histricas precisam ser compreendidas como apenas a vis (o que os historiadores tiveram, o que # diferente da realidade.
Os maias no chegaram a formar um imp#rio unificado. Existiram em diversos centros praticamente independentes (com alguns costumes em comum), cada um dos quais tendo o seu crescimento, apogeu e decad/ncia. Isoladas e distantes da influ/ncia europ#ia, as cidades maias cresceram e sua cultura teve um grande desenvolvimento. A decad/ncia dos maias aconteceu por volta do s #culo XIII, bem antes da invas o espanhola, que ocorreu no final do s#culo XV. Dentre as culturas pr #-colombianas, a dos maias foi a que mais se desenvolveu em v9rios campos: arte, educa#&o, com#rcio, arquitetura, matem9tica e astronomia. Como curiosidades, confira o esporte nacional.
Nestas pe(as da cultura maya, vemos aspectos interessantes. Homenagens aos Deuses Mayas da chuva e um exemplo de suas oferendas. A sociedade
Tendo em vista a natureza dos documentos analisados pelos arque +logos no # f 9cil recompor em detalhe a organiza(o da sociedade maia. De qualquer forma, sabe-se que apresentava grupos sociais com caracter 0sticas bem definidas indicando estratifica(o social. Os maias dividiam-se em prov0ncias aut-nomas que eram verdadeiras cidades-Estado (como nos informa Alberto R. Lhuillier). Nelas a maior autoridade era o halach uinic. Ele desenvolvia fun(6es religiosas e pol0ticas sendo o seu cargo de natureza heredit 9ria. Os sacerdotes eram respons9veis pelos sacrif 0cios, faziam oferendas, estudavam astronomia, faziam calend9rios e liam escritos, em suma, concentravam uma grande parcela do poder.
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Eram muito temidos sendo respons9veis pela imposi(o dos pr /mios e castigos e, principalmente, pela transmisso das tradi(6es. Uma esp#cie de nobreza desfrutava de privil#gios, atuava na administra(o da cidade. Possu0am terras e sup6e-se que no pagavam tributos. Muito abaixo dos sacerdotes esto os guerreiros, e artesos que se dedicam & confec(o de uma s#rie de objetos muitos deles de uso ritual. Os comerciantes, se # que existiam como grupo social, no tinham expresso. Os camponeses dedicam-se a tarefas mais rudes, ou seja, eram respons9veis pela agricultura e pelas constru(6es. As propriedades comunais, forneciam alimentos para a fam0lia dos camponeses e tamb#m para os sacerdotes e nobres. A eles cabia tamb#m trabalhar nas constru(6es dos centros cerimoniais, transportando pedras com as quais erguiam pir 2mides, faziam terra(os, campos de pelota e templos. Muitos desenhos representam nativos sem que se possa saber com seguran (a se seriam sacrificados ou escravizados. "Os cronistas da # poca da conquista deixaram algumas informa(6es em seus escritos. Eles informam que a condi (o de escravo podia ser resultado de uma pena (adult#rio ou homic 0dio), por nascimento (pais escravos), prisioneiro de guerra, +rf o destinado ao sacrif 0cio pelo seu tutor ou ter sido comprado por um comerciante." A civiliza(o maia passou por tantos per 0odos, por tantas transforma(6es; sofreu in
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Essa Pir 2mide possui uma grande simbologia Esot #rica, com seus nove degraus principais e sua escadaria lateral que funcionava tamb#m como calend9rio. Costumes e vesturio
A roupa dos sacerdotes era rica. Usavam peles de jaguar, mantos vermelhos, plumas e adornos incrustados com jade. O uso do ornamento era to freq3ente, que entre a nobreza era costume o uso de pedras semi preciososas nos dentes. As Cidades
Os maias habitaram uma 9rea que compreende hoje parte do M#xico (os estados de Yucat9n, Campeche, Tabasco e Chiapas), a Guatemala e Honduras. Calcula-se que 15 milh 6es de habitantes viviam em uma 9rea de aproximadamente 325 000 quil-metros quadrados tendo como eixo a pen 0nsula de Yucat9n. A regio # comumente dividida em: Terras Altas (Guatemala e faixa
A cer 2mica em Pet#n data de 800-600 a.C indicando que o homem dominara uma natureza adversa e criara condi(6es para se estabelecer nesta regio. No ano 600 a.C., pelo que indicam as escava(6es, Tikal # povoado. Ali, em 200 a.C. desenvolver-se- 9 a constru(o de um grande centro cerimonial. Ele sofrer 9 altera(6es durante 10 ou 12 s #culos at# transformar-se na maior cidade da 9rea maia. A import2ncia de Tikal # grande em fun(o das modifica(6es que ocorreram. Elas indicam o surgimento de um estilo regional, qualificado como maia, e que influir 9 nas Terras Baixas. Tikal # uma cidade totalmente envolvida pela floresta tropical, exemplo de cidade maia. Teve grande florescimento entre 435 e 830. A 9rea central da cidade possu0a por volta de 3000 constru(6es. Templos, pal9cios, campos para jogos de bola e banhos a vapor foram algumas das fun(6es reconhecidas pelos arque+logos para as constru(6es escavadas. Encontraram-se tamb#m centenas de t
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Para termos uma id#ia do porte de algumas constru(6es, vale a pena citar como exemplo o templo IV constru0do por volta de 741 com 72 metros de altura. Quanto &s constru(6es civis, a disposi(o era diferente: tr /s ou quatro quartos seguidos e a luz s + entrava pela porta. A cozinha ficava fora, em uma esp#cie de alpendre e pelo desconforto dessas pe(as muito escuras imagina-se que grande parte das atividades eram realizadas externamente. Em Tikal notam-se bem conflu/ncias culturais. Um dos seus soberanos "C #u tormentoso" (426-456), soube expressar muito bem a aproxima (o cultural fazendo-se desenhar (na estela 31 de Tikal) com dois guerreiros mexicanos em cujos escudos podia-se ver Tl 9loc (deus mexicano), ao mesmo tempo em que ele usava roupas tipicamente maias. A estrutura urbana da cidade de Tikal # importante de ser compreendida na medida em que estar 9 presente em outras cidades. Como nos lembra um importante estudioso das cidades ind0genas, Jorge Hardoy, "seu aspecto no # ordenado como de Teotihuac 9n, mas seus construtores criaram efeitos atraentes edificando "largos cal(ad6es que desembocavam quase que invariavelmente em uma pra(a que garantia uma perspectiva majestosa". Quando Tikal entra em decl0nio florescer o outras cidades como Palenque, Cop9n, Piedras Negras, Uxmal, Chich#n Itz9, etc., cada qual apresentando sua marca espec0fica. Nas Terras Baixas, Piedras Negras # um espa(o onde podemos contemplar em detalhe a arte maia. So 7 200 monumentos produzidos ao logo de 200 anos (608-810), onde uma s #rie de relevos nos permite conhecer um pouco mais dessas culturas. Uma das cenas representadas nesses relevos, por exemplo, # uma reunio do conselho. "Diante de jovens nobres e de membros das fam 0lias reinantes, um grupo de dignit 9rios est9 sentado no solo, enquanto, do alto de um trono ricamente ornamentado, em cujo rebordo ap+ia sua mo, o pr 0ncipe se inclina em dire(o aos mais idosos de seus conselheiros". Palenque # uma cidade localizada na serra de Chiapas. Sua arquitetura e escultura so surpreendentes. Por exemplo: a 9gua que chega at# a cidade foi canalizada em alguns lugares atrav#s de aquedutos subterr 2neos. Embora algumas solu(6es possam surpreender, no devemos olhar isoladamente cada um dos elementos arquitet -nicos desta cidade. A renova(o est9 presente no aspecto geral da cidade no que se refere & em leveza e harmonia de propor (6es. Como conseguiram leveza arquitet-nica nas constru(6es? Aumentar os espa(os interiores, e criando aberturas em forma de "T", que permitiram a entrada de luz. Entre as constru(6es importantes vale a pena mencionar o chamado "pal 9cio" com sua torre de observa(o, o templo das Inscri(6es e o mais fant9stico t
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Em torno da preciso do calend9rio maia poderemos fazer in
Por volta de 800 d.C., por motivos ignorados as civiliza (6es das plan0cies do sul ir o desaparecer. S+ sobreviver o os maias do norte do Yucat 9n. Provavelmente cat9strofes como secas ou inunda(6es, terremotos ou epidemias tenham alterado o t /nue equil0 brio respons 9vel pela produ(o de alimentos necess9rios ao abastecimento da regio. As guerras entre grupos ou mesmo migra(6es tamb#m podem ter desorganizado o equil 0 brio das popula(6es estabelecidas nas Terras Baixas. Mas, entre as hip+teses, a mais extravagante (mas poss0vel) de todas diz respeito & auto-destrui(o. Os sacerdotes prisioneiros de uma viso fatalista do mundo, constru0ram a partir dos astros o fim da pr + pria cultura. Ou seja, prevendo o fracasso, conduziram a hist+ria de suas cidades para essa dire(o. Chich#n Itza, Uxmal e Mayap9n haviam formado uma alian(a para manter o dom0nio da pen0nsula. Mas, no in0cio do s#culo XIII com a queda de Chich #n Itz9, termina o ciclo da cultura maia. Da cultura maia restar 9 apenas o c9lculo curto e parte da tradi(o mantida atrav#s da repeti(o oral. Os livros de Chilam Balam recolher o algumas profecias embora muito da cultura maia, embora suas formas diferenciadas de expresso, tenha se perdido no seu decl 0nio. Alguns pequenos grupos dos descendentes 0ndios, que formavam esses Estados decadentes, sobreviver o embora mantendo-se isolados. Mas, o que de fato ocorreu com rela(o a essa 9rea foi um processo de mexicaniza(o, onde as marcas culturais passaram a ser impostas pelos astecas e chichimecas. A conquista espanhola
Os maias viviam um per 0odo de franco decl0nio quando os espanh +is chegaram & Am#rica. Por volta de 7 s #culos antes da chegada dos conquistadores das cidades maias foram abandonadas e invadidas pela floresta grande parte tropical fenecendo parcela significativa da cultura de que os maias eram deposit9rios. Na pen0nsula do Yucat9n e Guatemala os espanh+is entraram em contato com alguns sobreviventes de uma cultura em decad/ncia. Ali9s, como nos lembra o grande antrop +logo Miguel L#on Portilla, em 1511, ou seja, 11 anos antes de Cort #s iniciar sua expedi(o para conquistar a cidade do M#xico (Tenochititlan) uma caravela encalhou e seus dois
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sobreviventes chegaram &s costas do Yucat9n. Um deles de nome Gonzalo Guerrero casou com uma 0ndia optando por viver entre os maias e o outro Jer -nimo de Aguilar vinculando-se mais tarde & expedi(o de Cort#s servir 9 como interprete entre Cort#s e sua "amante" 0ndia Malinche. A conquista do Yucat9n, de fato, s+ ter 9 in0cio em 1527 sendo conclu 0da em 1546. Foi feita por 300 homens acompanhados dos tlaxcaltecas. Durante esses anos, foram submetidas as popula(6es de cakchiqueles, quich#s, tzutujiles, entre outros. Vale a pena notar que os quich #s tentaram se opor ao dom 0nio espanhol, mas foram derrotados e massacrados. Assim como os astecas referem-se a press9gios funestos os maias tamb#m possuem textos prof #ticos. Os textos maias sobre a conquista referem-se &s profecias, especialmente os livros de Chilam Balam de Chumayel , de Tizim 0n e de Man0. Os testemunhos ind0genas sobre as conquistas do Yucat9n esto em grande parte inclu0dos nos livros de Chilam Balam. A mem(ria da conquista
So poucos os documentos ind 0genas que sobreviveram & conquista. A cristianiza(o da Am#rica fez-se acompanhar de um grande esfor (o para eliminar todo material que pudesse favorecer manifesta(6es idol9tricas. Restaram apenas tr /s livros produzidos pelos ind 0genas antes da conquista. Os outros livros que se referem & cultura maia e, entre eles, os chamados livros de Chilam Balam, so adapta(6es que os padres fizeram & l0ngua maia do Yucat9n, descrevendo antigos costumes ind0genas e a conflu/ncia entre a cultura ind0gena e a cultura espanhola. Os temas tratados nos livros s o de diversas naturezas: 1. textos de car 9ter religioso 2. textos de car 9ter hist+rico, tendo em vista as cronologias maias 3. textos astrol +gicos 4. Rituais 5. medicinais e, tamb#m, 6. novelas espanholas escritas em l0ngua ind0gena. Devo confessar, leitor, que enquanto escrevia sobre o passado pr #-colombiano uma profecia de Chilam Balam voltava sempre & minha mente. Parecia a voz da consci/ncia exigindo que uma
A l2 ngua maia
So in
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Os livros maias eram confeccionados em uma
Atividades agr2 colas e comerciais
Os Maias cultivavam o milho (tr /s esp#cies), algodo, tomate, cacau, batata e frutas. Domesticaram o peru e a abelha que serviam para enriquecer sua dieta, & qual somavam tamb#m a ca(a e a pesca.
7 importante observar que por serem os recursos naturais escassos no lhes garantindo o excedente que necessitavam a tend/ncia foi desenvolverem t#cnicas agr 0colas, como terra(os, por exemplo, para vencer a eroso. Os p2ntanos foram drenados para se obter condi (6es adequadas ao plantio. Ao lado desses progressos t#cnicos, observamos que o cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas as 9rvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo para limp9-lo deixando o campo em condi (6es de ser semeado. Com um bast o faziam buracos onde se colocavam as sementes. Dada a forma com que era realizado o cultivo a produ(o se mantinha por apenas dois ou tr /s anos consecutivos. Com o desgaste certo do solo, o agricultor era obrigado a procurar novas terras. Ainda hoje a t#cnica da queimada, apesar de prejudicar o solo, # utilizada em diversas regi6es do continente americano. As Terras Baixas concentraram uma popula(o densa em 9reas pouco f #rteis. Com produ (o pequena para as necessidades da popula(o, foi necess9rio no apenas inovar em termos de t#cnicas agr 0colas, como tamb#m importar de outras regi6es produtos como o milho, por exemplo. O com#rcio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cer 2micas, mel, cacau e escravos, atrav#s das estradas ou de canoas. A arquitetura e o urbanismo
As pir 2mides em geral estavam cobertas de vegeta(o sendo necess9rio que os arque+logos abrissem clareiras para restaur 9-las. Ao estud9-las descobriram que as primeiras pir 2mides recobriam outras pir 2mides. Esse costume de recobrir uma constru(o com outra corria tamb#m com rela(o aos pisos.
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As casas constru0das em grupo eram cobertas de sap# e sempre estavam pr +ximas de planta(6es de milho. In
A preciso do calend9rio maia # muito grande, e que nos conduz a uma reflex o sobre conhecimento cient0fico propriamente dito. O ponto de partida, sem d
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Se o dia no era de bom agouro, cabia ao sacerdote encontrar maneiras de ultrapassar aquela dificuldade. Neste sentido, o sacerdote possu 0a a chave do tempo com a qual construiu uma filosofia fatalista. O mundo podia ser destru0do porque seria recomposto mantendo-se assim uma perspectiva c0clica que marcava o ritmo da hist+ria. Cronologia
O interesse em confeccionar um calend9rio vinculava-se tamb#m a uma necessidade de definir datas. Todos os acontecimentos que lhes pareciam importantes tinham suas datas fixadas em relevo numa pedra. Apesar desta preocupa(o constante com a cronologia predominava entre os maias a busca infind9vel de suas origens m0ticas que se sobrepunha & realidade. Evidentemente, os arque+logos, preocupados em datar objetos e culturas, tentaram estabelecer uma rela(o entre a cronologia maia e a cronologia crist. As conclus6es so discut0veis. Neste sentido, para no nos confundirmos, # melhor tomar a data de 2 500 a.C. como uma data inicial a partir da qual se iniciaria a longa trajet+ria dos maias. Esse pressuposto # apenas uma hip+tese did9tica e no possui comprova (o pr 9tica. Esporte Nacional
O jogo de pelota (pok ta pok), praticado por todas as civiliza(6es pr #-colombianas, era o esporte nacional maia, como provam as quadras constru0das para esse fim. Para esse povo, o jogo tinha car 9ter sagrado e c+smico, simbolizando a luta da luz contra as sombras, atrav#s de seus deuses, e o movimento dos astros no firmamento. Em um campo retangular de 70m de largura por 168m de comprimento, catorze jogadores arremessavam uma pesada bola de borracha atrav#s de an#is de pedra, fixados nos dois lados do campo. A bola s + podia ser movimentada com a cabe(a, bra(os e pernas, sendo proibido o toque de mos.
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Das palavras Mayas empregadas nos livros segundo e terceiro (EO V-o da Serpente EmplumadaF). AHAU - Deus, homem divino, rei, EDeus-ReiF, EGrande Senhor F. BALCHE - Bebida que se extrai de uma arvore em Yucat9n e que se fermenta. Tamb#m significa 9rvore escondida. CENOTE - Po(o de 9gua subterr 2nea. O Cenote Sagrado existiu em Chichen Itz 9 e era lugar de cerim-nias m0sticas. COZUMIL - Pequena ilha de frente a Pen 0nsula de Yucat9n que significa ETerra das AndorinhasF. Atualmente se chama Cozumil. Esta ilha foi indubitavelmente a sede de um semin9rio ou escola esot#rica da cultura Maya. DZULES - Senhores; este nome se deu aos espanh +is nos primeiros tempos da conquista. KATUN - 7 poca ou per 0odo da cronologia Maya. Pequeno s #culo Maya, de 20 anos de 360 dias. KUKULCAN - Grande instrutor divino, HSerpente com PlumasI equivalente ao Quetzalcoatl Nahoa. MANI - ETudo passou F. Tamb#m # o nome de uma famosa cidade Maya que nos tempos da conquista foi sede dos Reis Xiu e o
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MITOLOGIA JAPONESA
Cria#&o da terra. O mito de Izanagui e Izanami
A mitologia japonesa relata que a apari(o do g/nero humano na terra se deu sob forma divina. No princ 0 pio tudo n o passava de uma massa viscosa e indistinta no oceano. Deste mar surgiu algo semelhante a um broto de junco e desabrochou. Deste surgiu uma divindade. Simultaneamente, duas outras criaturas divinas, masculina e feminina, emergiram. Pouco se comenta sobre o trio original, mas gerou deuses e deusas na terra celestial. Ap+s um per 0odo incont9vel de tempo, surgiu o par de energia divina Izanagui e Izanami. Certa ocasio, os deuses deram a Izanagui uma lan (a enfeitada e confiaram-lhe a tarefa de criar o Japo. O casal desceu de Takama no Hara (Plan 0cie Celeste) por "uma Ponte Lan(ada do C #u" (Ama no Hashi Date) J geralmente associada ao arco-0ris. Pararam no meio dela para observar a terra viscosa l9 embaixo. Do alto da ponte, o jovem Izanagui mergulhou sua arma divina dentro da viscosidade flutuante, "agitando em forma de c0rculo, e ao retirar, deixou respingar da ponta gotas salgadas que ca0ram da lan(a e, sobrepondo-se, se cristalizaram formando ilhas. Vendo as ilhas que acabaram de criar, Izanagui e Izanami atravessaram o Ama no Hashi Date (Ponte Lan (ada do C#u), e desceram para l9, onde fizeram um acordo entre si, eregindo o "Augusto Pilar Celeste" na ilha de Ono Koro, para criar mais ilhas e assim, deram origem ao arquip#lago japon/s. O cap0tulo 6 do Kojiki descreve v 9rias ilhas: "Assim a terra de Iyo foi denominada Ehime". A primeira ilha que o casal divino deu & luz foi awaji, e, em seguida, a ilha de Shikoku. Izanagui e Izanami casaram-se e aprenderam a arte de fazer amor olhando um par de gar (as (tsuru) em acasalamento. Estas aves brancas so ainda relacionadas & unio e mesmo o deus Espantalho no pode assust9-las, j9 que foram aben(oadas na cria(o. Entre a descend/ncia de Izanagi e Izanami esto marcos geogr 9ficos, como deus das Cachoeiras, deus das Montanhas (Kyama Tsukimi no Kami), deus do Fogo (Watatsumi no Kami) Esp0rito das :rvores, deus das Ervas, deus dos Ventos, al #m dos esp0ritos de todas as ilhas japonesas (Dai Yashimagumi). O deus dos Ventos foi respons 9vel pela cria(o de muitas ilhas, pois era ele que dissipava n #voa densa e revelava regi6es desconhecidas. O primeiro filho do casal foi abortado, supostamente por causa de uma ofensa da parte de Izanami & cerim-nia de casamento e a criatura semelhante a um peixe-gel#ia foi colocado no mar. Todos os outros filhos sobreviveram. ORIGEM DA VIDA E MORTE NA TERRA J O
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