Autoridade e Família – Max Horkheimer. Cultura A história da humanidade foi divida das mais diversas maneiras, sendo que essas divi divisõ sões es não não fora foram m aen aenas as !ond !ondi! i!io iona nada dass elo elo o"#e o"#eto to,, mas mas sim sim elo elo est$ est$%i %ioo de !onhe!imento e elo interesse do !o%nos!tivo, !omo na distin&ão entre a Anti%uidade, 'dade M(dia e 'dade Moderna, ori%inada na !i)n!ia liter$ria e deois !olo!ada dentro da história %eral, nela se v) a !ren&a de que nada de imortante e ro%ressivo o!orreu na refe referid ridaa 'dad 'dadee M(di M(dia, a, entr entret etan anto to h$ uma uma quan quanti tida dade de si%n si%nif ifi! i!at ativ ivaa de mate materi riai aiss mostrando um desenvolvimento desenvolvimento material e !ultural imortante. *m outras eriodi+a&ões o fator su"#etivo esa mais, !omo na !on!e&ão dos adres da '%re#a e dos es!ol$sti!os, dividindo as (o!as a artir de a!onte!imentos !omo o nas!imento de Cristo e um ossível fim do mundo, h$ outro modo de dividir o temo !om demar!a&ões olíti!as, !omo o!orrido na -evolu&ão Fran!esa, essas formas ostentam não só o interesse rório !ondi!ionado !ondi!ionado histori!amente, histori!amente, !omo a mar!a da formalidade. A !ríti!a !ientífi!a /s divisões existentes tem o onto de vista de que a história de arte si%nifi!ativa da humanidade, !onstitui uma unidade estruturada em si mesma, e não uma s(rie s(rie in!oer in!oerent entee e !aóti! !aóti!a, a, ois ois a (o (o!a !ass revela revelam m elemen elementos tos estrut estrutura urais is !ara!terí !ara!terísti!o sti!oss e definidos, definidos, eviden!iand eviden!iandoo uma unidade unidade relativa. relativa. A reo!ua reo!ua&ão &ão de distin%uir entre si eríodos históri!os se%undo !ara!terísti!as si%nifi!ativas foi fa!ilitada ela esquisa de ramos isolados da vida so!ial, mas !omumente vem que as linhas tra&adas da história ossuem uma re%ularidade rofunda. 0 erro da tentativa de Comte de interretar a história a artir da ne!essidade das so!iedades assarem elos tr)s est$%ios, no !aso o 1eoló%i!o, o Metafísi!o e o ositivo, sendo uma es!ala externa ali!ada / história or uma filosofia insufi!iente, !om um !on!eito est$ti!o e formalista de 2ei, fa+ are!er que a sua teoria ( ar"itr$ria, ( for&oso lem"rar que o so!iólo%o e o filósofo não odem erder de vista a rela&ão da teoria, !om o ro!esso históri!o, !om ro"lem$ti!as arrai%adas arrai%adas a seu rório rório temo. A !onvi!&ão de que a história er!orreu (o!as de relativa uniformidade, desde Herder e He%el não desaare!eu mais da Alemanha, sendo aerfei&oada na e!onomia olíti!a e na historio%rafia, mais do que na filosofia, entretanto h$ uma diferen&a entre os idealistas e a 3es!ola materialista4. *ntre os rimeiros 5as eras remontam / auto6 revela&ão de um ser esiritual, ao !orresonderem, !omo em Fi!hte, a um lano
universal dedutível a priori, ao reresentarem, !omo em He%el, %raus do esírito universal o"#etivador, ou ao exressarem, !omo em 7ilthe8, a nature+a %eral do homem a !ada ve+ se%undo um lado diferente 9...:;
<
Havendo no idealismo uma for&a
esiritual, que ( a autora do evento, lo%o a história não aare!e 5!omo um ro!esso da a&ão re!íro!a entre nature+a e so!iedade, !ultura existente e em devir, li"erdade e ne!essidade, mas !omo desdo"ramento ou reresenta&ão de um rin!íio homo%)neo.; = *ssa !ara!teri+a&ão ( re+ada ela es!ola materialista, que tenta ir al(m desses elementos metafísi!os or meio da des!o"erta da din>mi!a e!on?mi!a, que ( determinante ara o trans!orrer das eras, retendendo !omreender a transforma&ão da nature+a humana e da estrutura "$si!a síqui!a, !omo momentos de um ro!esso ditado na história ela evolu&ão da rela&ão dos homens !om a nature+a, ou se#a, ela din>mi!a e!on?mi!a. @as diversas !on!e&ões que sur%iram na filosofia da Alemanha e da Fran&a, est$ sendo fixada uma dula !oisa, rimeira !oisa, fala so"re a história se rela!ionar interiormente, odendo ser tra&adas linhas elas quais o destino do resente est$ li%ado as forma&ões so!iais mais anti%as, e a se%unda !oisa, ( que ara o homem moderno, so"ressaem estruturas homo%)neas, eríodos isolados da evolu&ão so!ial, imrimindo sua rória mar!a no direito, na olíti!a, !omo tam"(m nos indivíduos, diferen&as que se exrimem na sique e nas institui&ões, havendo tra&os !ara!terísti!os das manifesta&ões !ulturais das !lasses e dos ovos. 2em"ra que nenhum dos %randes !ontextos !ulturais !onserva, ara semre uma estrutura fixa, o!orrendo uma a&ão re!íro!a entre todas as suas artes, havendo, de um lado, o!orr)n!ias que se reetem de forma semelhante, e de outro, or tend)n!ias que se alteram !onstantemente, tanto a osi&ão das !lasses so!iais entre si, quanto nas rela&ões das esferas da vida. *volu&ão no #o%o de for&as que se aresenta no exterior, !omo luta dos %randes %ruos na!ionais e no interior no !ontraste entre as !lasses so!iais, sendo que este assa a dominar !ada ve+ mais a história euro(ia. Forma de en!arar a !ultura da maneira mais adequada ( vendo o ael das esferas individuais de !ultura e /s suas !ondi&ões estruturais mut$veis na manuten&ão ou dissolu&ão do rese!tivo re%ime so!ial, nesse sentido a !ultura ( inserida na din>mi!a históri!a 5suas esferas, ortanto os h$"itos, !ostumes, arte, reli%ião e filosofia, em seu entrela&amento, semre !onstituem fatores din>mi!os na !onserva&ão ou rutura de uma <
=
determinada estrutura so!ial. A rória !ultura (, a !ada momento isolado, um !on#unto de for&as na alterna&ão das !ulturas.; For&oso lem"rar que o ro!esso de rodu&ão influ)n!ia os homens não só de maneira direta, !omo no re%ime de tra"alho, mas tam"(m na forma !omo ele se situa dentro de institui&ões relativamente fixas, ou melhor, que demoram mais ara se transformar, !omo a família, es!ola, institui&ões de arte e outras, lem"rando um ou!o as reflexões de Althusser so"re os aarelhos ideoló%i!os do *stado, mas de maneira mais refinada, ressalta a imort>n!ia de se !onhe!er a !onstitui&ão dos homens de uma (o!a, indo !ontra !erta !amarilha de "uro!ratas que relin!ham um marxismo vul%ar. Contra a oinião de que as or%ani+a&ões e os ro!essos em todos os !amos !ulturais, aare!em !omo elementos dissolventes da din>mi!a so!ial, oderia se o"#etar que nem semre a !onstitui&ão síqui!a seria fundamental ara a manuten&ão de uma forma de rodu&ão ultraassada, !omo seria nas formas de %overno, sendo fundamental, na verdade, a viol)n!ia ara a manuten&ão desta forma de vida, então se faria mesmo ne!ess$rio um !on!eito din>mi!o de !ulturaE *ssa o"#e&ão ( uma o"#e&ão "oa quando temos em vista aquelas visões ra!ionalistas e idealistas da história que transformam a nature+a humana e ideias morais e reli%iosas em entes que exli!am as din>mi!as da so!iedade, des!onhe!endo a rela&ão rofunda entre as ideias mais elevadas e as rela&ões de oder em uma so!iedade, lem"rando, !omo di+ia Freud, que o aarelho síqui!o interiori+ado, em lar%a es!ala, em uma so!iedade de !lasses se d$ ela ra!ionali+a&ão da viol)n!ia, ois !omo lem"ra @iet+s!he em sua enealo%ia da Moral, lem"rando que a dor ( o maior auxiliar da memória. Coa&ão que enetras at( nas mais manifesta&ões mais su"limes da alma humana, tendo esta #untamente !om institui&ões de media&ão, / maneira da família, da es!ola e da i%re#a, tem a sua le%itimidade rória, o ael da !oa&ão não ode ser suerestimado dentro da história tam"(m, mas vale lem"rar que histori!amente, h$ a assa%em de uma !oer&ão a"erta e G"li!a, ara uma amea&a que foi !ada ve+ mais diferen!iada e esirituali+ada, ante!iando Fou!ault, lem"rando que em din>mi!as de !rise h$ a manuten&ão do oder dominante, muitas ve+es, o que mostra a ne!essidade de se ensar o aarelho síqui!o, !omo tam"(m a ne!essidade do historiador ensar e estudar toda a !ivili+a&ão. Coa&ão que não deve ser estudada de maneira rasa, lem"rando que arte da !oa&ão intro#etada na sique não se manifesta !omo uma simles transforma&ão esiritual, ori%inando6se assim novas qualidades, / maneira do que o!orre !om a
$%ina <<.
reli%ião, que forne!e um verdadeiro quadro dos intermin$veis dese#os e sentimentos de vin%an&a, dos lanos nas!eram em !onexão !om as lutas históri!as, valendo o mesmo ara ideias !omo de Moral e Arte 5*m"ora, or exemlo, a !ons!i)n!ia moral, o senso e a !on!e&ão do dever se tenham desenvolvido em li%a&ão muito estreita !om a !oa&ão e a ne!essidade dos mais diversos tios e devam mesmo ser interretadas em lar%a medida !omo for&a interiori+ada, !omo a lei exterior in!ororada / rória alma, elas, no entanto, reresentam, afinal, na estrutura síqui!a dos indivíduos, for&as ese!ífi!as, !om "ase nas quais eles não só se su"metem ao existente, mas tam"(m, em !ertas !ir!unst>n!ias, se oõe a ele.;
I
Juando h$ uma rea&ão dos homens a mudan&as e!on?mi!as, os %ruos atuam na "ase de sua !ondi&ão humana, que deve ser interretada !om "ase no !onhe!imento e!on?mi!o e do aarelho síqui!o, lem"rando que institui&ões !ulturais, / maneira dos aarelhos de *stado, t)m o seu interesse e o seu oder. Atualmente v)em a !ultura aenas de maneira morfoló%i!a e de seu lado esiritual e históri!o, !omo uma unidade indeendente e suerior frente os indivíduos e não !omo uma estrutura din>mi!a, ou se#a, !omo esfera deendente e ao mesmo temo esa!ial em todo o ro!esso so!ial, o que não !orresonde a uma visão !ontemlativa da história, lo%o não tem a mesma imort>n!ia em todos os eríodos, !omo aqueles mar!ados ela !rise e ela su"leva&ão, que odem ser de!ididas ela vontade de %ruos ro%ressitas, mas são momentos raros, ois o velho aarelho !ultura retoma seu oder, al(m de sua influ)n!ia no aarelho síqui!o dos homens, odemos ver isto nas mais variadas !ulturas e nos ovos mais diferentes, !omo são efi!a+es as rela&ões !ulturais 5que se desenvolveram !om o ro!esso so!ial de vida e aare!em, então, !omo uma s(rie de institui&ões e !omo !ara!teres definidos dos homens.; K @esse sentido fala dos exemlos da China e da Lndia, !om uma maneira ese!ífi!a de viver no mundo, nos tra"alhos simles e re!orrentes. Fala da rela&ão do !ulto dos anteassados na China !om a ese!ifi!idade da horti!ultura e de sua rodu&ão, assentada rin!ialmente na exeri)n!ia, ortanto a uma valori+a&ão dos an!iãos em rela&ão aos #ovens, odendo6se "us!ar ai uma das raí+es da venera&ão dos mais velhos, sendo que o reseito e a atitude de a%rade!imento em rela&ão aos mais velhos tornam6se uma disosi&ão siqui!a, em"ora isto resulte de I
$%ina <I. $%ina <K.
K
rela&ões reais e que semre se#a renovada or ela, somente uma si!olo%ia estritamente ra!ionalista oderia suor que se sou"esse dessa !ausa de venera&ão e a tivessem mistifi!ado, ois 5Antes, as rela&ões na rodu&ão são vividas aqui ori%inalmente em formas reli%iosas, e estas mesmas adquirem seu rório si%nifi!ado e história. 5 1am"(m fala do exemlo 'ndiano, lem"rando de @iet+s!he, em rela&ão / difusão de uma forma de reli%ião, al(m da rória ori%em da reli%ião, que deois de difundida, ( !onservada semre resistente 50 que revolta no sofrimento não ( o sofrimento em si, mas a sua falta de sentido mas nem ara o !ristão, que interretou o sofrimento introdu+indo6lhe todo um me!anismo se!reto de salva&ão, nem ara o in%)nuo das eras anti%as, que exli!ava todo sofrimento em !onsidera&ão a ese!tadores ou a seus !ausadores, existia tal sofrimento sem sentido.;
B
'deias reli%iosas que muitas ve+es são mantidas ela rea&ão das !amadas mais "aixas, ois se essa !on!e&ão lhes resta imensos servi&os, sua erda si%nifi!aria o fra!asso de %era&ões inteiras e retirada de seu sentido, assim Horkheimer afirma que 5Nomente mediante a !onviv)n!ia di$ria !om utensílios modernos e finalmente atrav(s da estrutura&ão mais ro%ressista da vida em %eral ( que as velhas ideias se transformarão efi!a+mente e darão lu%ar a novos !on!eitos de terra e de universo, do nas!er e do morrer, do !oro e da alma.;
@ão odemos erder de vista que tais ideias exer!em um determinado efeito so!ial na evolu&ão síqui!a de !ada indivíduo, al(m de que isso deve estar li%ado a din>mi!a históri!a, ois o sistema de !astas, or exemlo, !onstituía ori%inalmente, uma for&a so!ial extremamente vital, que somente !om o !orrer dos temos se transformou em um entrave de for&as. A resist)n!ia que esse sistema de !astas imõe a influ)n!ia do o!idente, ou de novas formas so!iais, não si%nifi!a que a reli%ião indeende da vida material, mas sim que ela ode, %ra&as / for&a al!an&ada, manter ou ertur"ar a so!iedade, de forma a lev$6la a exer!er fun&ões rodutivas ou o"strutivas. For&oso lem"rar que a sua ersist)n!ia resulta do fato de mem"ros de determinados %ruos so!iais 5adquiriram, %ra&as / sua osi&ão no !on#unto da so!iedade, uma !ondi&ão síqui!a em !u#a din>mi!a determinadas !on!e&ões desemenham um ael
<. enealo%ia da Moral, Comanhia de Oolso, $%ina K. <. B
imortante em outra alavras, de que os homens ersistem nelas aaixonadamente. 1odo um sistema de institui&ões, erten!ente ele mesmo / estrutura da so!iedade, se a!ha em a&ão re!íro!a !om esta determinada !ondi&ão síqui!a, de tal forma que ele, de um lado, refor&a6a !ontinuamente e a#uda6a a rerodu+ir6se e, de outro, ele mesmo ( !onservado e fomentado or ela.;
D
'nstitui&ões !ulturais que odem ser analisadas tanto de um onto de vista su"#etivista6antrooló%i!o quanto o"#etivista, são #ustifi!adas, ois um ou outro elemento se desta!am mais, entretanto 5a manuten&ão de formas so!iais antiquadas, or exemlo, não se rela!iona diretamente !om o simles oder ou !om a ilusão das massas quanto a seus interesses materiais – o fato de que am"os se reali+am a maneira !omo isso o!orre ( !ondi!ionado, antes, ela rese!tiva !ondi&ão dos homens6, mas a erdura&ão tem sua raí+es na !hamada nature+a humana.;
A exressão utili+ada
a%ora, nada tem a ver !om a !on!e&ão de uma su"st>n!ia rimitiva, ou al%o do %)nero, !reditando toda movimenta&ão da so!iedade e mudan&as do indivíduo, o sur%imento de novas qualidades, a essa ess)n!ia a6históri!a, ortanto, a6dilat(!ia, não levando em !onta que revolu&ões no !amo e!on?mi!o e so!ial oderia, em ou!os anos, extin%uir o que antes era tomado !omo uma su"st>n!ia eterna. -evolu&ões e transforma&ões históri!as que 5!ostumam ser !ausadas ativamente or %ruos nos quais a de!isão não se ori%ina da uma nature+a síqui!a enri#e!ida, mas o rório !onhe!imento se transforma em oder. 1odavia enquanto se trata da !ontinuidade de velhas formas so!iais, o ael rin!ial não ( desemenhado elas intele!&ões, mas elos modos humanos de rea&ão que se !onsolidaram em a&ão re!íro!a !om um sistema de institui&ões !ulturais na "ase do ro!esso de vida da so!iedade.; << or Gltimo 5Fortale!er no íntimo dos rórios dominados o ne!ess$rio domínio dos homens elos homens que determina a forma da história at( a%ora, foi uma das fun&ões de todo o me!anismo !ultural das diversas (o!as o resultado ( que a f( na autoridade, !omo !ondi&ão semre renovada deste me!anismo, !onstitui na história um motor humano, em arte rodutivo, em arte o"strutivo.; <=
Autoridade
D
<D.
2em"rar que es!reve este texto no eríodo de esfa!elamento da ef)mera -eG"li!a de Qeimar, diretamente rela!ionado !om a as!ensão do @a+ismo, tra+endo ai a questão da !ultura, da autoridade e da família. 2em"ra que a autoridade aare!e !omo uma !ate%oria dominante no me!anismo !on!eitual históri!o, quanto mais se en!ara a história, não !omo mero re!olhimento e narra&ão dos fatos, tomada !om uma visão ositivista da história, mas !omo um esfor&o metódi!o e !ons!iente, "aseado no tra"alho metódi!o, que toma o re!olhimento e narra&ões !omo ressuostos. Autoridade que %anhou notoriedade, !omo tema, !om a as!ensão de formas autorit$rias de %overno, mas que ( fundamental ara a história vivida at( ali, lem"ra que desde !omunidades rimitivas do assado e no resente em que um %ruo de homens %overna, h$ a domina&ão e su"ordina&ão de !lasse. Homens que tra"alham desde semre ara uma minoria, não aenas so" me!anismos de !oa&ão direta, lem"rando que a !oa&ão leva a uma determinada forma de !onstitui&ão síqui!a, !omo diria Freud. Havendo em todas as so!iedades al%o em !omum, a domina&ão, havendo uma forma de domina&ão ese!ífi!a ara as so!iedades, nesse sentido retoma o que foi dito de Freud a!ima, sendo um me!anismo fundamental ara a !onse!u&ão do tra"alho, que semre se deu so" a (%ide da o"edi)n!ia e não da !oa&ão total, salvo em determinadas (o!as históri!a <. 7efini&ão de que 5autorit$rios são aqueles modos de atuar internos e externos nos quais os homens se su#eitam a uma inst>n!ia alheia, salta imediatamente aos olhos o !ar$ter !ontraditório desta !ate%oria.; 9
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2em"rando rams!i que fa+ uma distin&ão entre so!iedade !ivil e olíti!a, em que a rimeira ( feita de afilia&ões volunt$rias 9ou elo menos ra!ionais e não6!oer!itivas: !omo es!olas, famílias e sindi!atos, e a Gltima de institui&ões estatais 9ex(r!ito, olí!ia, "uro!ra!ia !entral: !u#o ael da entidade olíti!a ( a domina&ão direta. A !ultura, ( !laro, ser$ vista oerando nos mar!os da so!iedade !ivil, onde a influ)n!ia das ideias, institui&ões e outras essoas não atuam or meio da domina&ão, mas or aquilo que rams!i !hama de !onsenso. *m qualquer so!iedade não6totalit$ria, então, !ertas formas !ulturais redominam so"re outras, do mesmo modo que !ertas ideias são mais influentes que outras, a forma dessa lideran&a !ultural ( o que rams!i identifi!ou !omo he%emonia, um !on!eito indisens$vel ara qualquer entendimento da vida !ultural no 0!idente industrial.
autorit$ria ode estar no interesse real e !ons!iente de indivíduos e %ruos, !omo a resist)n!ia de !idadãos que resistem a uma invasão de %uerra, tendo aqui um ar de família !om a no&ão de heteronomia kantiana
' – 5A%e aenas se%undo a m$xima ela qual ossas ao mesmo temo querer que ela se torne uma lei universal.; 'a – 5A%e !omo se a m$xima de tua a&ão devesse se tornar or tua vontade uma lei universal da nature+a.; '' – 5A%e de tal maneira que tomes a humanidade, tanto em tua essoa, quanto na essoa de qualquer outro, semre ao mesmo temo !omo fim, nun!a meramente !omo meio.; ''' – 5Sontade autole%islante e que tem um valor in!ondi!ional diretamente li%ado a uma vontade que d$ a lei ara si mesma, em uma atividade ra!ional que !omara a sua m$xima !om a lei universal e le%isla ara si mesma.; '''a – -eino dos fins. A formula&ão ' seria a formula&ão !an?ni!a, sur%indo a artir desta as outras formula&ões, tornado ossível a rela&ão !om o sensível, lo%o tornando ossível não só a formula&ão !omo tam"(m a ali!a&ão da 2ei. Nendo ne!ess$ria a !omara&ão da m$xima !om a 2ei, no sentido de !on!luir ela forma universal da m$xima ou não, assim, torna6se ossível ensar o 7ever !omo ne!ess$rio e universal. *ntrando ai a autonomia, que ( a rória 2i"erdade, !omo a vontade le%isladora, sendo a rória autodetermina&ão, !om o reresentar a lei moral, ois o homem que reresenta a sua exist)n!ia !omo um fim em si mesmo a artir da !omara&ão da m$xima !om a lei moral, ode ser universali+$vel, no sentido de oder reresentar a lei ara si mesmo, ou ser aut?nomo, aare!endo ai o vín!ulo da vontade !om a ra+ão, ois temos uma fa!uldade aetitiva e temos a !aa!idade de autodetermina&ão. Assim em Tant a Uti!a e a Moral devem ser desvin!uladas do interesse e dos elementos emíri!os, reo!uando6se !om uma Moral que !onsi%a a&am"ar!ar os Neres -a!ionais !omo um todo e não só os humanos, havendo o elemento in!ondi!ional #ustamente, na tantas ve+es reetida, !omara&ão da M$xima !om 2ei Moral, tornando ossível que a Sontade se autodetermine, autonomia vin!ulada ao rório indivíduo, ois se for o interesse de outro seria uma heteronomia, ortanto !oer&ão e não li"erdade, ideia que norteia seu texto so"re o es!lare!imento, !riti!ando a tutela reli%iosa e er%untando se ( ossível um ovo !olo!ar as leis ara si mesmo.
-etoma o iní!io do ensamento "ur%u)s que tem 5iní!io !omo luta !ontra a autoridade da tradi&ão e !ontraõe6lhe a ra+ão de !ada indivíduo !omo fonte le%ítima de direito e verdade.; 7ivini+ando a autoridade que daí vem, lem"rando da influ)n!ia históri!a de 7es!ates que 5( !onsiderado o !riador do rimeiro sistema da filosofia "ur%uesa; aare!endo !omo o 5re!ursor da luta !ontra o rin!íio na luta !ontra o rin!íio da autoridade no ensamento em %eral.; 9$%ina
( a in!aa!idade de se servir se seu rório
entendimento sem a !ondu&ão de outrem. U6se culpado por tal menoridade, se a !ausa da mesma não se en!ontra na falta de entendimento, mas na falta de resolu&ão e de !ora%em ara se servir de seu rório entendimento sem a !ondu&ão de outrem. Naere audeV 1enha a !ora%em de te servir de teu rório entendimentoV – este (, ortanto, o lema do *s!lare!imento.;
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Fi!hte se%uiria na mesma linha em uma defesa do aelo / indeend)n!ia interior, li%ada / suressão das oiniões autadas na autoridade, tendo um a!entuado or%ulho ela li"erdade anterior, li%ada 5/quela atitude muito freqWente que se resi%nava / oressão externa, or #ul%ar a li"erdade en!errada no rório eito e su"linhar tanto mais a indeend)n!ia da essoa esiritual quanto mais su"#u%ada estava / essoa real.; 1omando a li"erdade !omo 5!on!ord>n!ia formal entre a exist)n!ia externa e de!isão
ara mais ver a introdu&ão de Utienne ilson ao iscurso do método. $%ina =6=I, da *ditora SiaSerita.
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rória, então ela nada tem a temer o que imorta ( aenas que !ada um a!eite o evento históri!o e seu lu%ar dentro dele, o que, então, de a!ordo !om o mais moderna filosofia, assa a ser de fato a verdadeira li"erdade 37i+er sim /quilo que a!onte!e de qualquer forma.4 9$%ina
em de!ad)n!ia 5ori%inava6se da simles tradi&ão, ou se#a, do nas!imento, do !ostume e da anti%uidade, mas foi ne%ado elo esírito "ur%u)s em as!ensão e, em !ontraartida, a reali+a&ão individual no tra"alho r$ti!o e teóri!o foi elevada a !rit(rio so!ial. #o entanto, já que eram desi$uais os pressupostos da reali%a!"o, a vida so& este princípio, apesar do enorme crescimento da produtividade operacional, era dura e oprimente. 9...: a libertação foi, de fato, particular. Cate%oria de indivíduo !olo!ada na filosofia !omo
extremamente a"strata, tendo aare!ido na defini&ão 2ei"ni+iana de m?nada, !omo um !entro metafísi!o disso!iado do mundo, uma m?nada redu+ida a si mesma, !om o seus destino instalado nela mesma, sendo que sua feli!idade e desenvolvimento remontam ao seu interior 5=. As M?nadas não tendo artes, não odem ser formadas nem destruídas. @ão odem !ome&ar nem terminar naturalmente e duram, or !onse%uinte, tanto quanto o universo, que ser$ mudado mas não ser$ destruído. @ão odem ter fi%uras, !aso !ontr$rio teriam artes e , or !onse%uinte, uma M?nada em si mesma, e em um momento dado, não oderia distin%uir6se de outra a não ser elas qualidades e a&ões internas, que não odem ser outra a não ser ela qualidades e a&ões internas, que não odem ser outra !oisa senão suas percep!'es9isto (, as reresenta&ões do
!omosto ou do que ( externo, no simles: e suas apeti!'es 9isto (, suas assa%ens ou tend(ncias de uma er!e&ão a outra:, que são os rin!íios da mudan&a.9...:;
Filosofia "ur%uesa que se assenta na divisão entre indivíduo, a so!iedade e a nature+a, que se desdo"ram em outras inGmeras divisões, sendo o indivíduo instalado !omo unidade metafísi!a fixa, tendo ele que atuar or !onta rória, assando 5or !ima de sua deend)n!ia das reais !ondi&ões exist)n!ias da so!iedade, ele #$ ( !onsiderado so"erano no a"solutismo e mais ainda aós a sua queda.; Nendo que na verdade a li"erta&ão ara a maioria dos atin%idos si%nifi!a
n!ia humana sem exame ra!ional no entanto, em !ontraartida, ele a%ora se en!ontrava só no mundo e tinha que su#eitar6se sem querer ere!er. 9$%ina
5rin!íios da nature+a e da %ra&a fundados na ra+ão.; $%ina
desenvolvimento e!on?mi!o, !onstituindo6se quase !omo um demiur%o !omo di+ia FHC, !onstituindo um tio ese!ial de homem. < Mas a de!isão so"re valor de rodutos, !omo sua rória atividade, rodu+6se no mer!ado a artir de for&as diver%ente, so" as quais não tem !ontrole al%um. Horkheimer re!orre a uma distin&ão entre !aitalismo li"eral e !aitalismo monoolista, sendo que esta imerava $ (o!a, lem"rando que 5quanto /s !ondi&ões do mer!ado, !$l!ulo e ese!ula&ão, numa (o!a !om a atual, que não se !ara!teri+a mais ela !on!orr)n!ia de inGmeras vidas indeendentes, mas ela luta de %i%antes!os trustes monoolistas, se transformaram na amla mo"ili+a&ão de na&ões inteiras ara !onflitos violentos.; 9. =P<: 2i%ado a uma firme+a "rutal que exi%e o moderno domínio das massas mediante uma oli%arquia e!on?mi!a e olíti!a, de qualquer modo a relaidades so!ial não aare!e de maneira !lara, !onstituindo6se em uma so!iedade !e%a, / maneira do in!ons!iente, !om homens re%ulando o ro!esso elo qual %anham a vida, na !oletividade so!ial, não or deli"era&ões, mas sim or uma miríade de dis!ussões não6!oordenadas de %ruos e indivíduos, sendo a so!iedade "ur%uesa !ara!teri+ada or um destino sem sentido, erante o qual o indivíduo se !omorta melhor ou não, ortanto, não ( uma luta !ons!iente travada da humanidade !om a nature+a e o des. ermanente de todas as suas fa!uldades e oten!ialidades, es!ondendo6se or tr$s desta li"erdade e aarente %enialidade do emres$rio, 5uma renGn!ia a li"erdade de!erto ori%inalmente ne!ess$ria, mas ho#e retró%ada, o re!onhe!imento do oder !e%o do a!aso, uma autoridade h$ muito desa!reditada. @esse onto vemos a re!uera&ão da reifi!a&ão de 2uk$!s quando fala que 5emres$rios, aarentemente livres, são motivados or uma din>mi!a e!on?mi!a desalmada e não or seu íntimo, !omo se afirma, e não t)m meios de se oor a este estado de !oisas, a não ser ela renGn!ia / exist)n!ia.; 9$%ina =P=.: ortanto uma reifi!a&ão da !ons!i)n!ia que atin%e todas as !lasses so!iais.
ara mais ver o Empresário industrial e desenvolvimento econ)mico no *rasil , . =6=B. *di&ão de B=.
e róximos a morte no tra"alho era !orriqueira, morrendo6se muito de tra"alho. Falando de a!onte!imentos que lem"rar Fou!ault e os !oros dó!eis 59...: a !oa&ão ao tra"alho mortífero foi ra!ionali+ada #unto /s massas !omo exi%)n!ia (ti!a. ro!edia6se da mesma forma não aenas !om os o"res, mas tam"(m !omo todos os deserdados em %eral, !rian&as, doentes e velhos. 0 edito de << do rande *leitor so"re a institui&ão de eniten!i$rias, !asas de !orre&ão e manufaturas, nas quais tam"(m teriam de ser alo#ados todos os desemre%ados e seus filhos, / for&a se fosse re!iso, deveria !ontri"uir não só ara o flores!imento da industria t)xtil, mas tam"(m ara edu!ar os re%ui&osos ara o tra"alho isto !ara!teri+a o ensamento da (o!a. 9.=P:
@arra toda sorte de eisódios envolvendo o emre%o de !rian&as, desde os I anos de idade ara !ima, utili+a&ão de órfãos, !om um tra"alho extenuante e sistemati!amente vi%iado, sem a rória li"erdade de resid)n!ia, al(m da rória resist)n!ia !oi"ida, !om uni&ões severas ara %reves e ara !rian&as que fu%iam de seus terríveis tra"alhos, !om aoio dos %overnos, al(m de sal$rios extremamente "aixos, ois 5enquanto o tra"alhador tivesse uma moeda no "olso ou o mínimo !r(dito, ele se entre%aria ao ví!io da o!iosidade, ou se#a, na verdade ele não queria em hiótese al%uma su#eitar6se /s san%rentas !ondi&ões de tra"alho.; 9.=PI: Mas vale lem"rar que o que imerou na filosofia não foram as !ondi&ões terríveis de tra"alho naqueles s(!ulos, e nem uma teoria so"re a di%nidade do homem, mas sim um elemento de 5rela&ão tra"alhista dos temos modernos, ou se#a, o mas!aramento da autoridade, tal !omo ela resulta ara o tra"alhados.; 9.=PI: -ela&ão entre atrão e emre%ado que ( autada em um !ontrato livre, li"erdade de movimento dos tra"alhadores, que não est$ aenas na lei imerial, ou em uma difi!uldade de al%uma fa!uldade mental, mas sim na sin%ularidade do re%ime reinante, que se aresenta !omo um !ontrato entre artes i%uais, mas os emre%ados são livres na medida em que não ossuem os meios rodutivos, sendo assolados ela fome e ela riva&ão, #$ os atrões det(m os meios rodutivos e ossi"ilidade de !r(dito, uma rela&ão !onstruída elos homens, !onstruída so!ialmente, mas que se aresenta !omo se fosse uma 2ei @atural, ortanto, inelut$vel. 1ra"alhador que #$ en!ontra as !ondi&ões de tra"alho dadas elo emres$rio, não a artir de al%o que inventa, mas sim tendo em vista a !on!orr)n!ia de outros emres$rios no mer!ado interno e externo, sendo um tra&o do sistema vi%ente, 5o de que o tra"alho, de a!ordo !om seu %)nero e !onteGdo, não ( determinado ela vontade !ons!iente da rória so!iedade, mas elo !on!urso !e%o de for&as disersas – a mesma
!ara!terísti!a que !oin!ide tam"(m !om a falta li"erdade do emres$rio.; *ntretanto enquanto ara um ( a sua 5!ondi&ão de domínio; ara outro 5( o ri%or do destino.; 9.=PK: mais uma ve+ Horkheimer retoma a reifi!a&ão da !ons!i)n!ia do rório emres$rio 5*nquanto ele dava !r(dito /s teorias idealistas de li"erdade e i%ualdade e / so"erania a"soluta da ra+ão, tal !omo reinavam no Gltimo s(!ulo, enquanto ele se sentia livre so" as rórias !ir!unst>n!ias dadas, na realidade a sua !ons!i)n!ia era ideoló%i!a ois as autoridades não eram derru"adas, aenas se o!ultavam atr$s do oder an?nimo da ne!essidade e!on?mi!a ou, !omo se !ostuma di+er, atr$s da lin%ua%em dos fatos.; 9. =PK:
Houve todo um emenho em mostrar !omo inevit$vel a deend)n!ia da exlora&ão do homem elo rório homem, !omo se fossem fatos naturais, !om o intuito de romover uma su"missão / vontade alheia, !omo aer!e&ão de fatos eternos, / maneira do tre!ho !itado falando do tra"alho %eren!ial. 2em"rando que as rela&ões históri!as de tra"alho e a!umula&ão da rique+a, que são históri!as, aare!em !omo rela&ões sura6históri!as, ois determinadas formas de !onstitui&ão do tra"alho e aroria&ão da rique+a, em determinados momentos históri!os ode ser rodutiva, mas !om o temo erde seu si%nifi!ado rodutivo, !onstituindo6se uma !ontradi&ão entre os modos de rodu&ão e as for&as rodutivas, !omo di+ Marx em sua 'ntrodu&ão a ontri&ui!"o a crítica da economia política.
'nserindo um elemento imortante nessa
dis!ussão di+endo que o fato de os homens 5arenderem a se su#eitar / hierarquia foi uma das !ondi&ões ara o fa"uloso imulso que a rodutividade do tra"alho tomou desde então, e mais ainda ara o desenvolvimento da !ons!i)n!ia individual.; 9.=P: 7i+endo que a 2i"erdade não ( al%o tão simles, !omo quer a filosofia "ur%uesa, ois a 2i"erdade 59...: defendida na filosofia ( uma ideolo%ia, ou se#a, uma aar)n!ia ne!ess$ria ela forma ese!ífi!a do ro!esso so!ial de vida. A ra+ão ela qual os dois %ruos so!iais mar!antes odiam ser iludidos or ela ( que a !ada um deles sua rória servidão "em !omo a do outro lhes era velada de uma forma determinada, !orresondente / sua osi&ão no ro!esso de rodu&ão. Y2o%oZ ... / afirma!"o da rela!"o da autoridade entre as classes n"o procede diretamente do reconhecimento de um direito herdado, da classe superior, mas do fato de os homens admitirem como fatos naturais ou imediatos certos dados econ)micos 9...:.; 9.=PB:
Horkheimer afirma ser fundamental ara entender toda sorte de %overnos autorit$rios, levar em !onta a sua estrutura econ)mica em que se &aseiam , !aso
!ontr$rios deixaríamos de lado o essen!ial, ois essa !omli!ada estrutura de realidade, em que as rela&ões de deend)n!ia e!on?mi!a são fundamentais ara a vida so!ial, odem ser derivadas mentalmente do *stado, deend)n!ia e!on?mi!a fundamental ara se entender a nova autoridade que se situa ho#e no ensamento e no sentimento, nesse sentido lideran&as olíti!as são efi!a+es, ois %randes massas re!onhe!em !omo ne!ess$ria a sua deend)n!ia e!on?mi!a, uma !ondi&ão retroalimentada ela rela&ão olíti!a. *xist)n!ia de rela&ões irra!ionais de autoridade est$ entre os fatores que refor&am a rela&ão e!on?mi!a mais rofunda, e se en!ontram em uma rela&ão re!íro!a !om ela, sendo toda a literatura ermeada de elo%ios / autoridade, / o"edi)n!ia, / a"ne%a&ão, ao duro !umrimento do dever, havendo toda uma tentativa de refor&ar a lin%ua%em dos fatos e!on?mi!os atualmente, autada ela su"ordina&ão /s rela&ões de rodu&ão, lan&ando mão de exemlos da filosofia no ós6rimeira %uerra mundial que a#udavam a fortale!er e rearavam as formas autorit$rias de %overno, reortando a uma tradi&ão que vem desde N!heler na sua valori+a&ão da autoridade aut)nti!a. Forma atual da so!iedade, tanto quanto as outras deendem da rela&ão de deend)n!ia en!errada nelas mesmas, !omo di+ia Marx em a 0deolo$ia /lem", sendo que as rela&ões rofissionais e de rodu&ão deendem delas, Horkheimer nota que o roduto dessas rela&ões na so!iedade "ur%uesa ( o rório indivíduo, notando uma verdadeira !om(dia ideoló%i!a euro(ia em que 59...: am"os elementos, esontaneidade da ra+ão e heteronomia, li"erdade e o"edi)n!ia !e%a, autonomia e senso de imot)n!ia, falta de reseito de admira&ão sem !ríti!a, intransi%)n!ia no rin!iial e desorienta&ão na realidade, teoria formalista e tola soma de dados, en!ontram6se mais ou menos ar"itrariamente lado a lado, tanto na vida G"li!a de toda a (o!a, quanto tam"(m nos seus rodutos ideoló%i!os.; 9. =PD:
Ai retoma institui&ões !ulturais, intrinse!amente li%adas !om a domina&ão, !omo mostra no !aitulo anterior, rerodu+em estas !ontradi&ões no indivíduo mesmo, no fato de a!reditarem serem livres, a%irem livremente, 5enquanto que os tra&os fundamentais da rória ordem so!ial se su"traem / vontade destas exi%)n!ia isoladas e, or isso, os homens aenas re!onhe!em e !onstatam o lo!al onde oderiam dar forma9...:; faltando assim aquela li"erdade mais essen!ial, de 5diri%ir o ro!esso so!ial de tra"alho e, !om isso, as rela&ões humanas em %eral de forma ra!ional, isto (, de a!ordo !om um lano uniforme no interesse da !omunidade.; 9.=PD: *len!a a diferen&a de roriedade !omo o fato so!ial, que ( tomado !omo um fato so!ial e que mais san!iona as rela&ões
de deend)n!ia, sendo que quem ( o"re re!isa tra"alhar mais e mais, a fim de !onse%uir al%o, tra"alhando ara o detentos dos meios rodutivos, al(m de ter que a%rade!er or tal tra"alho, vendendo a sua for&a de tra"alho, venda essa diretamente rela!ionada !om o !ontínuo aumento do oder dos dominantes, em uma esolia&ão que !he%a as raias do fant$sti!o, na aueri+a&ão !ada ve+ maior de maior arte da so!iedade, enquanto no quadro 5de uma so!iedade #usta, a arte de !ada um naquilo que ele !onse%ue adquirir da nature+a "aseia6se em rin!íios ra!ionais, aqui ela est$ entre%ue ao a!aso, e o re!onhe!imento deste a!aso ( id)nti!o / idolatria do mero su!esso, este 7eus do mundo moderno.; 9.=n!ia !e%a !omo a e!onomia, !omo al%o misti!amente ne!ess$rio e in!ontorn$vel. rin!íio do salvasse quem uder, ( o rin!íio que se a!ha na "ase da so!iedade "ur%uesa em %eral, lem"rando que a ordem hier$rqui!a desta so!iedade aare!e !omo ne!ess$ria, nesse sentido aare!e !omo #ustifi!ada e não se #ustifi!a rimeiro, tal hierarquia assa a ter tra&os quase que sa%rado, ara lem"rar Oen#amin, / maneira dos tra"alhadores ese!iali+ados, no !aso os m(di!os, que tiveram a sorte de se 59...: formar em virtude de uma s(rie de !onstela&ões fortuitas e de adquirir influ)n!ia are!e a ele mesmo e ao seu a!iente o resultado de uma maior !aa!idade e de um valor humano mais alto, em suma, mais uma qualidade natural, que uma !ondi!ionada so!ialmente e esta !ons!i)n!ia se exrime !om uma for&a tanto maior quanto menor o a!iente lhe tem a ofere!er devido / sua osi&ão, / sua rique+a ou, finalmente, devido elo menos / sua doen&a interessante.; 9.=<<:
At( mesmo o m(rito e o !onhe!imento extraordin$rio são afetados or isto, ois aare!em !omo o direito le%al a exlora&ão e ao oder e não !omo um "em ara a !omunidade, semre i%ualmente / !onta "an!$ria, revestindo ainda, o roriet$rio de tal !onhe!imento, de uma aureola sa!ra, havendo toda uma !onstitui&ão reli%iosa do !aitalismo, !omo nos lem"ra Oen#amin, !itando Horkheimer 50 fato simles de que, nos temos modernos, o homem ter osses devido a uma !ir!unst>n!ia externa lhes !onfere uma as!end)n!ia so"re os outros redu+ a uma osi&ão se!und$ria todas as outras ordens de valores que são !otadas na vida G"li!a e nela desemenham um ael. 0s %ruos so!iais que se devem arran#ar !om a realidade existente e eseram melhorar sua osi&ão dentro dela mant(m a f( na ne!essidade desta rela&ão fundamental, mesmo que ela h$ temos se tenha transformado numa al%ema.; 9.=<=:
@as assa%ens finais utili+a uma ar%umenta&ão e um tom que fa+em lem"rar a 0deolo$ia /lem" e a !ríti!a a divisão do tra"alho for&ada, tornando as o!ua&ões quase
que !omo risões, das quais os homens não tem es!aatória, lem"rando que se fa+ fundamental uma outra forma de divisão do tra"alho, transarente e ra!ional e que não estão voltadas ara a domina&ão e assentadas na aliena&ão, al(m do que mar!ada elos o"res servindo os de !ima, devendo haver uma li"erdade do indivíduo voltada ara o tra"alho solid$rio entre homens !on!retos, que tem a sua li"erdade limitada ex!lusivamente ela ne!essidade natural, terminando esta se%unda arte do texto !om uma !ríti!a em rela&ão a oosi&ão formal de ra+ão e autoridade, de se !onfessar adeto de uma e !ontra outra, lem"rando que anarquismo e !onvi!&ão autorit$ria do *stado erten!em a mesma (o!a !ultural.