GRAVITACIONAL
Gravitacional: á injeção do vapor na cânula força a saída do ar do freio por uma válvula localizada na parte inferior. Nesse processo, pode ocorrer a formação de bolhas de ar no interior do pacote, o que impede a ocorrência da esterilização
PRÉ-VÁCUO Através da bomba de vácuo contida no aparelho, o ar é removido podendo ter um ou três ciclos pulsáteis, favorecendo a penetração mais rápida do vapor dentro dos pacotes.
PARÂMETROS DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR SATURADO SOB-PRESSÃO TIPO DE TEMPERATURA EQUIPAMENTO Gravitacional
Pré-vácuo
De 132ºC a 135ºC De 121ºC a 123ºC De 132ºC a 135 C °
Fonte: AORN, 2002.
TEMPO DE EXPOSIÇÃO De 10 a 25 minutos
De 3 a 4 minutos
INVÓLUCROS Algodão - algodão. Papel grau cirúrgico. Papel crepado. Filmes transparentes. Containers. Caixas metálicas. Vidro refratário. Tecido não tecido.
CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO Eficácia do equipamento. Registros dos instrumentos mecânicos. Indicadores químicos. Indicadores biológicos – preparação padronizada contendo esporos bacterianos do Bacillus stearother
mophilus.
Integradores químicos. Teste de Bowick-Dick.
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES O vapor deve penetrar em todas as regiões dos pacotes, sem presença de bolhas de ar. Não apertar muito os pacotes. Dispor os pacotes de modo vertical. Utilizar somente 80% da capacidade do aparelho. colocar os pacotes sobre Não superfície frias após a esterilização.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO
É o método de esterilização realizado através de uma estufa (Forno de Pasteur). Durante os anos 80 foi bastante utilizada, mas caiu em desuso devido sua validade de forma. Usados em pequenas instituições, centros de saúde e consultórios médicos e odontológicos. Materiais que podem ser esterilizados: – Instrumental cirúrgico, material inoxidável em geral, vidros, ceras, pomadas e óleos e pós. ATUALMENTE FAZ-SE O USO, SOMENTE, DO ÓLEOS E PÓS. O que faz o calor seco agir como agente esterilizante é a irradiação do calor das paredes laterais e da base da estufa para todo o material. O calor seco tem baixo poder de penetração, sendo um processo irregular e vagaroso, precisando de um longo período de exposição.
MECANISMO DE AÇÃO
Destruição dos microorganismos, por oxidação e dessecação celular, ou seja, ocorre a desidratação e conseqüente morte dos microorganismos.
PARÂMETROS DO PROCESSO
Temperatura: dependerá do tipo de material e sua validação, sendo em média de 140ºC a 180ºC. Tempo de exposição: depende da temperatura, de uma a três horas consecutivas e ininterruptas, a partir do momento que a estufa atinge a temperatura ideal. – Ex: 121ºC 140ºC –
12hs. 60min.
CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO Testes biológicos com Bacillus subtilis , diariamente na primeira carga e após manutenções; Identificação das caixas com fitas termorresistente; Anotação em impresso de controle dos horários das etapas do processo e registro da temperatura em todos os ciclos; Manutenção preventiva semanal do equipamento.
RECOMENDAÇÕES PARA A ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS POR CALOR SECO
Usar invólucros adequados ao processo, que não podem ser de tecido/ papel; Evitar volumes pesados e superposição de materiais. Evitar sobrecarga do aparelho. Marcar o tempo de exposição a partir do momento que o termômetro atingir a temperatura desejada. Evitar que o bulbo do termômetro toque o material, pois não marcará a real temperatura do interior da estufa. Não abrir a estufa durante a esterilização e, caso haja necessidade, reiniciar o processo. Invalidar o ciclo caso haja sinal de defeito ou dúvida quanto ao processo e realizar manutenção.
Cont...
Usar luvas de proteção térmica ao descarregar o equipamento. Não colocar os materiais ainda quentes sobre superfície fria. Lacrar as caixas metálicas após a esterilização e quando estiverem frias. Limpar o equipamento; – Não forma ferrugem e nem danifica materiais de
corte.
Desvantagens: – O material deve ser resistente a variação da
temperatura.
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR DE BAIXA TEMPERATURA E FORMALDEÍDO GASOSO (VBTF)
Definição: é o processo físico-químico de esterilização realizado em autoclaves, por meio da combinação de solução de formaldeído na presença de calor saturado, com temperatura entre 50ºC a 78ºC. O Formaldeído é um monoaldeído que existe como gás solúvel em água, denominado também formalina ou formol. É um gás incolor e inflamável, em concentrações maiores que 7% no ar, fica com odor picante e irritante.
TOXICIDADE Concentrações até 10ppm, causam irritação da conjuntiva, irritação da mucosa das membranas, cefaléia e fadiga. Concentrações maiores que 10ppm causam distúrbios de respiração (pneumonia e edema pulmonar) e hepatites tóxicas.
FASES DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO EM VBTF Pré-aquecimento: inicia quando as paredes da câmara tiverem atingido a temperatura operacional pré-selecionada. Remoção do ar: é realizada por combinação de injeção de formaldeído, vapor e pulsos de vácuo. Serve para facilitar a penetração do vapor e do formaldeído no interior dos artigos e da câmara. Esterilização: quando a atmosfera de vapor e formaldeído se forma, existe uma tendência ao formaldeído separa-se e permanecer na parte inferior,conseguindo a mistura ideal no processo. Remoção do gás ou desvaporização: pulsos de vapor de água desmineralizada. Secagem: feita com vácuo. Admissão de ar: entrada de ar na câmara, passando pelo filtro retentor de bactérias.
RECOMENDAÇÕES PARA ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS POR VAPOR DE BAIXA TEMPERATURA E FORMALDEÍDO GASOSO Utilizar o processo de esterilização por VBTF para artigos termosensíveis. Dispor os artigos verticalmente nos cestos e não compactá-los. Respeitar o volume máximo da câmara, até 70 a 80% da capacidade. Respeitar as dimensões máximas dos pacotes. Selecionar os invólucros compatíveis com o processo: papel grau cirúrgico. Preconiza-se a não esterilização de artigos que absorvam grande quantidade de formaldeído. Fazer o controle do processo de esterilização.
CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO Parâmetros físicos: temperatura, pressão, umidade e admissão do esterilizante. Controle químico: internos e externos. Controle biológico: acondicionamento, qualidade e funcionamento. Vantagens: barato, eficiente e baixa temperatura (55ºC). Desvantagens: necessita de equipamento específico e controle rigoroso.
ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO DE ETILENO (ETO)
Definição: é um processo físico-químico que utiliza a gás óxido de etileno (produto altamente tóxico na forma de gás, apresentando risco aos seres humanos por ser carcinogênico e por ser inflamável), sendo realizado em autoclave à temperatura entre 50ºC e 60ºC.
MECANISMO DE AÇÃO
Esse gás é incolor, miscível em água, acetona, éter, benzeno, sendo explosivo e facilmente inflamável. Exigência de controle de resíduos de óxido de etileno a níveis de 1ppm.
TOXICIDADE
Portaria Internacional 482, em 1992, regulamento técnico estabelece: – Art. 3: limite de tolerância de concentração de
óxido de etileno dever ser de 1,8 mg/m3 ou 1ppm para um dia normal (8hs). – Art. 4: Concentração máxima permitida para exposição das pessoas ao gás, 15 minutos diários, em 9mg/m3 ou 5ppm. – Art. 5: Proíbe menores, gestantes e mulheres em idade fértil em sala de esterilização, aeração e no depósito de recipientes de óxido de etileno
RECOMENDAÇÕES PARA A ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS POR ETO Usar em artigos termossensíveis compatíveis com o processo. Atender aos requisitos da legislação vigente sobre instalação e manuseio de ETO. Esterilização de acordo com a carga dos artigos a serem esterilizados. Artigos limpos e secos antes do empacotamento. Selecionar os invólucros compatíveis com ETO. Sujidade inibe a efetividade da esterilização e o líquido produz resíduos tóxicos que não são removidas pela aeração.
Cont...
Tempo composição, tamanho do pacote e tipo de embalagem. Controle residual de acordo com o limite máximo na legislação nacional. Desfavorecimento do ETO no ambiente hospitalar, pois exigem uma planta física especial. Controle do processo de esterilização e documentação.
ESTERILIZAÇÃO POR PLAMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (H2O2) Processo físico-químico Autoclave próprio (Sterrad). Radicais livre reativos mata os microorganismo incluindo os esporos. Vantagem: não há formação de produtos tóxicos.
TOXICIDADE
Não apresenta resíduos tóxicos.
DESVANTAGENS Alto custo inicial, manutenção e de invólucro compatível com o agente esterilizante.
RECOMENDAÇÕES Para artigos termosensíveis e compatíveis com o processo. Selecionar os invólucros compatíveis com o processo.
ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA Imersão dos artigos médicohospitalares em um germicida químico. Quando outros não estão disponíveis.
CARACTERÍSTICAS IDEAIS DOS GERMICIDAS QUÍMICOS Possuir amplo aspecto antimicrobiano. Desinfecção de alto nível (20 min ou menos). Agir na matéria orgânica e ser compatível com sabão e detergente. Atóxico. Não corrosivo em superfícies metálicas e não deteriorar os artigos ( borracha, plástico e metais). Inodoro ou odor agradável. Solúvel em água. Treinamento mínimo. Relação custo/benefício.
RECOMENDAÇÕES
Produto autorizado e registrado ANVISA. Obedecer recomendações do fabricante. Preencher os artigos completamente com o produto químico. Colocar somente artigos compatíveis e secos. Observar o prazo de imersão para esterilização. Enxagüe feito para tecidos assépticos e uso de EPI’s.
ESTERILIZAÇÃO POR ÁCIDO PERACÉTICO
Potente microbicida. Rápida. Toxicidade: baixo risco por evaporação para os sistemas respiratório e à mucosa ocular. Recomendações: – Imersão total dos artigos na solução, à temperatura ambiente. – Materiais termosensíveis. – Selecionar artigos compatíveis. – Enxague os artigos com técnicas assépticas em água esterilizada. – Não armazená-lo.
DESINFECÇÃO POR ÁCIDO PERACÉTICO A 0,2% VANTAGENS
• • • • • • • • • •
rápido: 10 minutos monitoração da [ ] enxágüe fácil baixa toxicidade remove sujidade residual
DESVANTAGENS
• • • •
• • • •
processo manual incompatível com aço bronze, latão e ferro galvanizado custo odor avinagrado
ESTERILIZAÇÃO POR GLUTARALDEÍDO
Dialdeído saturado / potente ação biocida. Para materiais médico-hospitalares termosensíveis. Não podem ser armazenados (contaminação). Mecanismo de ação: bactericida, virucida, fungicida e esporocida. Toxicidade: – Irritação dos olhos, nariz ou da garganta. – 0,2ppm. – Ventilação e EPI’s. Parâmetros: temperatura ambiente, tempo de exposição 10hs de imersão. Recomendações: – Artigos médico-hospitalares termosensíveis. – Quando não houver outro recurso disponível.