FACULDADE INTERAÇÃO AMERICANA
ALEX SANDRO SILVA RA 105588 CAROLINE DANTAS RA ITALO REGAZZO S. JUNIOR RA 106697 RIVALDO S. SILVA RA 106713
APRENDER COM EMOÇÃO, ENSINAR COM ALEGRIA.
SÃO BERNARDO DO CAMPO 2012
ALEX SANDRO SILVA RA 105588 CAROLINE DANTAS RA ITALO REGAZZO S. JUNIOR RA 106697 RIVALDO S. SILVA RA 106713
APRENDER COM EMOÇÃO, ENSINAR COM ALEGRIA.
Trabalh Trabalhoo da discip discipli lina na de Ges Gestão tão da Form Formaçã açãoo Continuada apresent apresentado ado a Faculda Faculdade de Interaç Interação ão Americana, Americana, como exigência exigência parcial para obtenção de créditos da Licenciatura de Graduação Plena em Mate Matemá máti tica, ca, sob sob orie orient ntaç ação ão do profe professo ssor r Daniel
SÃO BERNARDO DO CAMPO 2012
RESUMO O trabal trabalho ho é embasa embasado do no capitu capitulo lo cinco cinco (Aprende (Aprenderr com Emoção, Emoção, Ensinar Ensinar com Alegria), Alegria), Boniteza de um Sonho, de Moacir Gadotti (2003). Aprender é adquirir conhecimento que tenha sentido, necessidade, utilidade e significado. A aprendizagem pode ser mecânica ou significativa. Aprende se a vida toda, porém, somente, o que é importante para o projeto de vida individual. Aprende se com o coletivo, mas não é o coletivo que aprende, o conhecimento é adquirido individualm individualmente, ente, por meio das experiências experiências vividas com dialogo dialogo entre o contexto contexto que permeia permeia o coletivo. Ensinar é transmitir conhecimento, mobilizando o desejo de aprender. As escolas trazem consi con sigo go o desaf desafio io de fazer fazer dela delass um luga lugarr mais atrae atraent ntee para para os alunos alunos e forne fornece cerr uma uma com compree preens nsão ão verd verdad adei eira ra da soci socied edad adee da info inform rmaç ação ão.. Para Para o educ educad ador or é nece necess ssár ário io o conh conhec ecim imen ento to do que que se vai vai ensi ensina nar, r, tend tendoo ciên ciênci ciaa qu quee ensi ensino no não não depe depend ndee tant tantoo do conhecimento do professor, mas da sua capacidade de criar espaço de aprendizagem. O educador deve: gostar de aprender; aprender; ser ético; ético; estar aberto à participaçã participaçãoo dos alunos, interagindo interagindo com eles; saber transformar o saber em desejo de aprender; ter amor aos alunos; ser ético; deve, também, ser um profissional do encantamento, tendo ciência de que ensinar a é ao mesmo tempo ciência e arte.
Palavras-chave: aprender; ensinar; alegria; emoção.
SUMÁRIO
I N T R O D U Ç Ã O .....................................................................................................................05 . .....................................................................................................................06 1 . A P R E N D E R ......................................................................................................................06 1.1 Educação....................................................................................................................06 1.2 O que é aprender?..................................................................................................07 1 . 3 A p r e n d i z a g e m ....... .......... ....... ....... ...... ....... ....... ....... ....... ...... ....... ....... ...... ....... ....... ...... ....... ....... ....... ....... ...... ....... ....... ...... ....... ........ ......... .......... .........09 ....09 1.4 Lecionar: Um ato social ou emprego?..........................................................11 . ..........................................................................................................................13 2 . E N S I N A R ...........................................................................................................................13 2.1 Ensinar é mobilizar o desejo de aprender..................................................13 2.2 Desafio das escolas...............................................................................................13 2.3 Profissional que aprende em rede..................................................................15 2.4 Saber é saborear.....................................................................................................16 2 . 5 É t i c a ............. .................... ............. ............. .............. .............. ............. ............. .............. .............. ............. ............. .............. ............. ............. .............. ..................1 ...........166
C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S ..........................................................................................18 R E F E R E N C I A S ...................................................................................................................19
INTRODUÇÃO
O presente trabalho acadêmico tem como objetivo geral analise do c ap a p it i t ul u l o c in i n co c o , c uj u j o t ít í t ul u l o é : “ A p r e n d e r c o m E m o ç ã o , E n s i n a r c o m alegria”, do livro Boniteza de um sonho – Ensinar-e-aprender com sentido,
de Moacir Gadotti, escrito em 2003. A pesquisa foi bibliográfica, sendo u ti t i li l i za z a do d o s a lg l g un u n s l iv i v ro r o s, s , a lé l é m d o c it i t ad a d o E le l e e st s t á d iv i v id i d id i d o e m d oi oi s capítulos: 1. Aprender; 2. Ensinar. O c a p í t u l o 5 d o l i v r o B o n i t ez e z a d e u m s o n h o , j á a p r e s e n t a u m t i t ul ul o s u g e s t i v o a d i s c u s s ã o : “ A p r e n d e r c o m e m o ç ã o e e n s i n a r c o m a l e g r i a ” . É d e f at a t o u ma m a v er e r da d a de d e q ue u e t od o d os o s a qu q u el e l es e s q ue u e e nc n c on o n tr t r am a m s en e n ti t i do d o p ar ar a l e c i o na n a r t e m a l e gr g r i a a o p e r c eb e b e r q u e o s s e u s a p r en e n d i z e s e s tã t ã o a b s o r v e nd nd o s eu e u s e ns n s in i n am a m en e n to t o s c om o m e mo m o çã ç ã o, o , o d es e s af a f io i o e st s t á j us u s ta t a me m e nt n t e a í. í . C om om o t ra r a ba b a lh l h ar a r d e m an a n ei e i ra r a q ue u e h aj a j a p ra r a ze z e r a os o s a lu l u no n o s q ue u e i rã r ã o r ec e c eb e b er er o s ensinamentos propostos? E preciso ensiná-los a aprender. O p r im i m ei e i ro r o c a pi p i tu t u lo l o v a i a bo b o r da d a r o a p re r e n de d e r , c on o n c ei e i tu t u an a n d oo- o e a n a li l i s a nd n d o s u a i mp m p o r tâ t â n c ia i a n o c o n te t e x to t o e d u ca c a ç ã o, o , a l é m d e s a li l i e nt nt a r s u a p a r t i c u l a r i d a d e . A p r e n d e r , e n s i n a r e o s c a m i n h o s q u e c h e g a m a e s t e s devem estar claros em nossa mente para que possamos demonstrar em n os o s sa s a s a ul u l as a s , a pl p l ic i c an a n do d o d e m an a n ei e i ra r a c oe o e re r e nt n t e o s c on o n ce c e it i t os o s q ue u e e st s t ão ão definidos no plano de ensino e naquilo que está acontecendo na atualidade. O
s eg e g un u n do do
c ap a p it i t ul ul o
t ra r a rá rá ,
t am a m b ém ém ,
a
d ef e f in i n iç i ç ão ão
de
e ns n s in i n ar ar ,
l ev e v an a n ta t a nd n d o a d is i s cu c u ss s s ão ã o d e c om o m o e ns n s in i n ar a r a u ma m a s oc o c ie i e da d a de d e q ue u e t em em a informação acessível a um “click” do computador. Enfoca a realidade da e d uc u c aç a ç ã o n o B ra r a s il i l , d es e s c re r e ve v e n do d o a s h a bi b i li l i da d a d es e s e c om o m pe p e tê t ê n ci c i as as q u e o educador deve ter para ensinar.
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1. APRENDER
1.1 Educação
E d u c a çã ç ã o é o p r o c e s s o c o n t í nu n u o d e d e s e n v o l v i me m e n t o d a s f a c u l d ad ad e s físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhor se integrar n a s o c i e d a d e o u n o s e u p r ó p r i o g r u p o1 . N o c o n t e x t o e s c o l a r f o r m a l , o s c o n h e c im i m e n t o s e h a b i li l i d a d e s s ã o t r a n s mi mi t i d o s a o s a l u n o s c o m o b j e t i v o d e d es e s en e n vo v o lv l v er er
o
r ac a c io i o cí c í ni ni o
e
c re r e sc s c im i m en e n to to
i nt n t el e l ec e c tu t u al al ,
a ss s s im im,
g er e r an a n do do
cidadãos atuantes na sociedade onde estão inseridos. A e du d u ca c a çã ç ã o é n ec e c es e s sá s á ri r i a à s ob o b re r e vi v i v ên ê n ci c i a d o s er e r h um u m a no no . O conhecimento adquirido pela humanidade de outrora e é apropriado pela de hoje, para que não haja a necessidade de inventar tudo novamente. Desta f o r m a , o l e g a d o p r o d u z i do d o p e l a h u m a n id i d a d e e s t a b e l e ce ce u m a r e l a ç ã o c o m o que é aprendido hoje. A tarefa do professo é despertar a percepção do aluno para esta relação, assim, dando um sentido ao que é aprendido. N ã o h á u m a ú n i c a f o r m a n e m ú n i c o m o d e l o d e e d u c a ç ã o e n e m a e s c ol o l a é o ú n ic i c o l u g a r o n d e a c o n te t e c e . T o d o s, s , d e u m a f o r ma m a o u d e o u tr tr a , fazemos uso dela, seja em casa, na rua, na igreja ou na própria escola. Nos envolvemos com ela para aprender e ensinar, para saber, para ser, fazer ou p a r a c o n v i v e r , a e d u c a ç ã o e s t á c o n t e x t u a l i z a d a a n o s s a v i d a ( B R A N D Ã O , 1981). E m “ m un u n d o s d i ve v e r s os o s ” ( p e qu q u e n as a s s o ci c i e da d a d es e s t r ib i b a is i s , c a ça ç a d o re re s , a g r ic i c u lt l t o r es e s , s o ci c i e da d a d e s i n du d u s t ri r i a li l i z ad a d a s e e m d e s en e n v o lv l v i me m e n to t o e t c. c. ) a e d u ca c a ç ã o e x i s te t e d e f o r ma m a d i fe f e r e nt n t e , e x i s te t e e m c a d a p o v o o u e n tr t r e p o v os os q ue u e s e e nc n c on o n tr t r am a m . E la l a e st s t á e nr n r ai a i za z a da d a e m t od o d os o s o s m un u n do d o s s oc o c ia i a is is , 1
Informação retirada: http://www.significados.com.br/ed http://www.significados.com.br/educacao/ ucacao/
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p r i m e i r a m e n t e s e m c l a s s e s d e a l u n o s , s e m l i v r o s e s e m p r o f e s s o r e s especialistas. Posteriormente com escolas, salas, professores e métodos p e d a g ó g i c o s .
1.2 O que é aprender? Hoje, de fato, vivemos em uma sociedade baseada no conhecimento. É n e ce c e s s ár á r i o s a b e r, r , e c o mo m o j á é d e c o n h e ci c i m en e n t o d e t o do do s n e n h u m s e r – h um u m an a n o n as a s ce c e s ab a b en e n do d o , e xi x i st s t e t od o d o u m p ro r o ce c e ss s s o e du d u ca c a ci c i on o n al a l q ue ue o apresenta todas as maneiras e costumes, além de outras informações que irão agregar suas vida e ajudá-lo no momento de escolha ou decisão. Assim como afirma Gadotti (2003), “educar é aproximar o ser humano do q u e a h u m a n i d a d e p r o d u z i u” .
A p r e n d er e r é a d q u i r i r c o n h e c i m e n to t o , p o r é m , n ã o é , a p e n a s , o s i m p le le s a c um u m ul u l o d e c on o n h ec e c im i m en e n to t o , n ão ã o é q ua u a lq l q ue u e r c o nh n h ec e c im i m en e n to t o . E le l e d e ve v e t er er s e n t i d o, o, n e c e s s i d a d e e u t i l i d a d e p a r a q u e m a p r e n d e , l o g o , o a l u n o q u e n ã o vê sentindo não aprenderá, resistirá ao aprendizado. Aprendemos a partir da interação com o mundo que nos rodeia. Quem dá significado ao que aprendemos é o contexto. De acordo com o Gadotti (2003), o ato de aprender não se limita a a p e n a s d e c o r a r , a c u m u l a r i n f o r m aç a ç õ e s , m a s s i m a h a b i li li d a d e d e p e n s a r . A habilidade de aprender a pensar sobre a vida. A ser criativo, a gerar s o l u ç õ es e s , a p r e n d e r u s a r a s i n f o r m a ç õ e s d e m a n e i r a c o e r e n t e e t r a n s f o r má má las em soluções ou novas ideias. “ C o n h ec e c e r é o e fe f e it i t o d e u m p r o c e ss s s o a t i vo v o d e e la l a b o r a ç ão ão d a realidade(externa ou interna) por parte do aprendiz. Quem aprende não é a pe p e na na s
o bj b j e to to
da
a çã çã o
d aq a q ue u e le le
q ue ue
e ns n s in i n a, a,
m as as
s u je j e it it o
a ti t i vo vo
d os os
p r o c e s s o s d e c o n h e c e r ” P i a g e t .
S o b r e a p r e n d e r é i m p o r ta t a n t e c i t a r q u e t o d o a p r e n d i z ad ad o é a d q u i r i d o de maneira individual, ou seja, só absorvemos o que a nos é interess ante, o 7
q ue u e a n ós ó s t er e r á a lg l g um u m a u ti t i li l i da d a de d e . O u s ej e j a, a,
c ad a d a i nd n d iv i v íd í d uo u o t e m s eu eu
interesse, então do mesmo conteúdo pode se tirar diversas informações, i s s o v a r i a d e a c o r d o c o m o i n t e r e s s e d o r e c e p t o r . P o r é m é n o c o l e t i v o, o, n o contexto que se aprende. Este objetivo varia de acordo com o plano de vida de cada cidadão. Como é de conhecimento geral, não é possível inserir conhecimento d e m a ne n e i r a m e c â ni n i c a n a m e nt n t e d e q u a lq l q u e r s e r h u ma m a n o . A p r e n de de r é u m a p r a t i c a q u e s e t o r n a p o s s í v e l c o m e s f o r ç o s , i n f o r m a ç õ e s t e ó r i c a s e d e p r e f e r ê n c i a c o m e x p e r i ê n c i a s p r á t i c a s . P o i s , c o m o p o r q u e n e c es e s s i te t e a p r e n de d e r a d i ri r i g ir i r : n ã o b a s t a r e c eb eb e r
exemplo, alguém
t o da d a s a s i n s t r uç uç õ e s
t e ó r i ca c a s p a r a s e d i z e r u m m o t o r is i s t a , é n e c e s s á r io i o v i v ê n c i a e p r á t ic ic a , c o m o também não basta ingressar na prática sem ao menos um pré-referencial teórico sobre o assunto. É preciso primeiro, que haja o interesse, uma apresentação sobre o assunto, algo prático para que realmente o agente aprendiz esteja apto à função. Ainda usando esse exemplo, podemos ressaltar a ansiedade de todos q u a n d o c o m p l e ta t a m 1 8 a n o s e d e s e j a m a d q u ir i r i r a l i c e nç n ç a p a r a d i r i gi gi r , e s s a e m o ç ã o, o , g e r a e m p e n h o . O q u e c a u s a a f a c i l i d ad ad e e o g o s t o n o m o m e n t o d o aprendizado. De fato é necessário que haja algo externo para passar informações, mas nada mais importante do que a nossa vontade e a nossa emoção em aprender, nos temos coisas a aprender até o momento final de nossas vidas. E s s a e m o ç ã o , e s s e f a t o r e m o c io i o n a l q u e b u s c a mo mo s e m n o s s o s a l u n o s p o d e m s e r i n d u z i d o s p e l a m a n e i r a c o m q u e l e c i o n a m o s n o s s a s a u l a s . A a u la l a s e t r a t a d e u m p r o c e ss s s o p a r e c id i d o c o m o p r o ce c e s s o d e v e n da da s , o n d e é necessário que o assunto a ser apresentado, esteja diretamente ligada a uma necessidade do aluno, mesmo que nós, como professores, precisemos indicar essa necessidade a ele, com alegria, emoção, razão.
1.3 Aprendizagem
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O p ro r o ce c e ss s s o p el e l o q ua u a l o m u nd n d o d e s ig i g ni n i f ic i c ad a d os o s t em e m o ri r i ge ge m é d e n o m in i n a d o c o g n i ç ão ã o , o u s e j a , o c o n j u n t o d e i n f o rm r m a ç ã o a r m a ze ze n a d a p o r intermédio da experiência ou da aprendizagem, torna se ponto de partida p r a o u t r o s a p r e n d i z a d o s , d a n d o s i g n i f i c a d o p a r a e l e a p a r t i r d a r e l a ç ã o com seu conhecimento prévio. Por isso, ao mostrar uma foto de uma raposa a u m a c r ia i a n ç a, a , e p e r gu g u n ta t a r o q u e é , e l a d i r á q u e é u m c a c ho h o r r o, o , p o is is é a referência conhecida por ela. O autor (Gadotti, 2003) defende que todo ser humano é um ser inacabado ou incompleto, que nasce “cru” e deve ser ensinado e deve a p r e n d e r c o m a l g u é m . A l g u é m q u e e s t e j a p r o n t o a a p r e s e n ta t a r i n f o r ma ma ç õ e s que acrescente algo que julguemos proveitoso para o nosso crescimento e p a r a n o s s a r o t i n a c o m o s e r v i v o , c o n s t i t u i n t e d e u m a s o c i e d a d e . S ó p a r a m o s
de
aprender
quando
morremos.
Não
aprendemos
porque
é
“ b o n i ti t i n h o ” a p r e n d e r , e s i m p o r q u e é n e c e s s á r i o p a r a a v i d a . S a b e m os os q u e s e s om o m o s c ap a p az a z es e s d e f az a z er e r a lg l g o q ue u e a nt n t es e s n ão ã o f az a z ía í a mo m o s, s , é p or o r qu qu e aprendemos. H á, á,
c on o n tu t u do do ,
d ua ua s
a bo b o rd r d ag a g en en s
c og o g ni n i ti t i v is i s ta ta s
d en e n om o m i n ad a d as as ,
aprendizagem mecânica e aprendizagem significativa: q u el e l a q ue u e é a dq d q ui u i r id i d a c om o m p ou o u ca ca o u 1 . A p r en e n d iz i z a ggee m m e câ c â n ic i c a : é a qu nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva, ou s ej e j a , q u an a n d o a s n o va v a s i nf n f o rm r m aç a ç õ es e s s ão ã o a pr p r e nd n d id i d as a s s e m i nt n t er e r a gi gi r c o m c o n ce c e i to t o s r e le l e v a nntt e s e x is i s t en e n t es e s n a e s tr t r u tu t u r a c o gn g n i ti t i v a. a . D e st s t a f o r ma ma , é p o s s í v e l d e c o r a r f ó r m u l a s , l e i s , p o r é m , é e s q u e c i d o a p ó s a a v a l i a ç ã o .
2. Aprendizagem significativa: é aquela idéia ou informação adquirida p o r m e i o d a r e l a ç ã o d o s c o n c e i t o s r e l e v a n t e s , c l a r o s e d i s p o n í v e i s n a estrutura cognitiva, sendo, assim, assimilado, guardado e potencialmente servido para futuras aquisições de conhecimento. Temos ciência da importância da aprendizagem, por isto precisamos aprender “com”, ou seja, aprendemos “com” porque precisamos do outro. A relação com o outro, mediado pelo mundo e pela realidade em que v i v e mo m o s , p r o p i c i a o a p r e n d iz i z a d o . E E s t e a p r e n d i za za d o c o m e ç a a f a z e r p a r t e 9
do ser, somente, quando ele vê que tem significado, sentido, atenda a alguma necessidade. A f i g u r a n o m e ad a d a e r e s p o n s á v e l p o r a c r e s c e n ta t a r i n f o r ma ma ç õ e s , a l é m do básico para sobrevivência, é o professor. Contudo, estes encontram diversas barreiras para efetuar sua missão. É fato que o ser – humano necessita aprender, porem o aprendizado deve ter fundamento e apresentar s en e n ti t i do d o , c as a s o o c on o n tr t r ár á r io i o , o d es e s in i n te t e re r e ss s s e é u ma m a c on o n se s e qü q ü ên ê n ci c i a a s er er e nf n f re r e nt n t ad a d a. a . L og o g o, o , o a lu l u no n o q ue u e n ão ã o e nc n c on o n tr t r ar a r u ma m a r el e l aç a ç ão ã o c om o m s eu eu s objetivos e costumes não irá perceber um motivo para aprender. E sq s q ue u e ce c e mo m o s o q ue u e a pr p r en e n de d e mo m o s s em e m s en e n ti t i do d o . A fi f i na n a l, l , p ar a r a q ue ue guardar algo que não tem utilidade? O sentido do conhecimento é aprender p a r a v i v e r , a s s i m , o c o n h e c i m e n t o é a d q u i r i d o p a r a s e r u s a d o e n ã o guardado, é uma ferramenta que se deve ter sempre à mão. O c on o n te t e xt x t o t em e m u m p ap a p el e l i mp m p or o r ta t a nt n t e n o a pr p r en e n di d i za z a do d o , p oi oi s s e aprende na interação do ser com o contexto, este que dá significado ao que aprendemos. O educador tendo ciência de tal informação deve dominar, a lé l é m d o s t ex e x to t o s , o c on o n te t e xt x t o; o ; a lé l é m d o c o nt n t eú e ú d o, o , o s ig i g ni n i fi f i ca c a do d o d e t al al conteúdo que é dado pelo contexto so cial, político e econômico, mostrando a o s a l un u n o s o h i s tó t ó r ic i c o d o c o n te t e ú d o a p r es e s e n ta t a d o , t o rn r n a n do d o o e d u ca c a d or or , também, em um historiador. O aprender não é, apenas, acumular conhecimento, o importante é a p r e n d e r a p e n s a r , a p r e n d e r a a p r e n d e r. r . A p r e n d e s e c o m o c o l e ti ti v o , p o r é m não é o coletivo que aprende, o conh ecimento é adquirido individualmente, p o r m e i o d a s e x p e r i ê n c i a s v i v i d a s c o m d i a l o g o e n t r e o c o n t e x t o q u e p e r m e i a o c o l e t i v o . Aprende se por toda vida, porém, somente, o que é significativo p a r a o i n d i v i d u o . I s t o d e n t r o d e u m a d i s c i p l i n a e d e d i c a ç ã o , p o i s h á t e m p o p a r a a p r e n d e r . N ã o s e p o d e “ i n j e t a r ” d a d o s e i n f o r m a ç õ e s n a c a b e ç a d e n i ng n g u é m. m . S ó a p r en e n d e mo m o s q u an a n d o c o lo l o c a mo m o s e m oç o ç ã o n o q u e a p r en e n d e mo mo s . Por isto o educador deve ensinar com alegria, pois, segundo Paulo Freire
10
( 1 99 9 9 7 ), ) , “ Q u e m e n si s i n a a p re r e n de d e a o e n si s i n a r e q u e m a p r e n d e e n s in in a a o a p r e n d e r ” .
Gadotti (2003), no livro Boniteza de um sonho, ressalta que as escolas estão preocupadas em ensinar e não param para pensar o que é ensinar, como se aprende, ou porque se aprende, constituindo em dar aulas s ua u a ú ni n i ca c a p re r e oc o c up u p aç a ç ão ã o . É p re r e ci c i so s o a na n a li l i sa s a r o p ap a p el e l d a e sc s c ol o l a c om om o instituição que cuida da aprendizagem de todos os estudantes, tendo a p r e o c u p a ç ã o q u e n e l a s o s a l u n o s a d q u i r a m o c o n h e c i m e n t o . Muitos professores não estão satisfeitos como educadores por uma série de motivos. Muitas escolas estão contaminadas pelo desrespeito, a i nd n d is i s ci c i p li li n a e
v io i o lê l ê nc n c ia i a . F al a l t a s en e n ti t i d o p ar ar a o
q ue ue
e ns n s in i n am am ,
f al a l t a, a,
p r i n c i p a l m e n t e , m o t i v a ç ã o . P o r u m l a d o o a l u n o q u e r s a b e r , m a s n ã o q u e r aprender, pois a escola não ensina na linguagem dos alunos.
1.4 Lecionar: Um ato social ou emprego? N o s i s t e m a a t u a l , p r o f e s s o r e s s ã o e s c o l h i d o s a t r a v é s d e c o n c u r s o s e p r o v a s e l a b o r a d a s b a s e a d a s e m u m p e r f i l d e p r o f i s s i o n a l d e f i n i d o . M a s c om o m o e sc s c ol o l he h e r p ro r o fe f e ss s s or o r es e s a le l e gr g r es e s e m u m p la l a no n o d e c on o n cu c u rs r s o? o? E o s p r o f e s s o r e s ? E s c o l h e m p r e s t a r e s t e c o n c u r s o c o m q u a l i n t u i t o ? O q u e b u s c a m o s s e r ? E o q u e o s n o s s o s a l u n o s e s p e r a m q u e s e j a m o s ? S ã o p e r g u n t a s r e f l e x i v a s q u e d e v e m o s f a z e r a t o d o i n s t a n t e p a r t i n d o d o momento decisório de nossas carreiras como profiss ionais da educação. A profissão de professor deve representar mais do que um meio de sustento, deve ser um caminho a ser percorrido em busca de um sonho, deve ser visto como um bem à sociedade. Deve ser esta, valorizado, com o s e u d ev e v id i d o v al a l or o r , s e r u m p r ec e c io i o s o b em e m d a s o ci c i ed e d ad a d e , r e co c o nh n h e ci c i da da d e maneira coerente com a sua importância. N ã o d e v e m o s t r a t a r n o s s a c a n d i d a t u r a à v a g a d e p r o f e s s o r a p e n a s como um meio de conseguir um emprego. Mas o processo que estará em 11
nossas responsabilidades após essa conquista e que deve ocupar nossas p r e o c u p a ç õ e s . T e re r e m os o s e m n o s s as as m ã o s
o p o d e r d e mu m u d a r, r , n ã o a p e na na s o n o s s o
futuro, mas o futuro de uma pessoa, uma família, e até mesmo, de uma n a ç ã o . S o m o s n o s o s r e s p o n s á ve v e i s p o r t o m a r d e c i s õ e s e i n d u z ir ir o a l u n o a o desejo de aprender, pois o resultado, que é o saber, é satisfatório ao mesmo.
12
2. ENSINAR
2.1 Ensinar é mobilizar o desejo de aprender “ E n s i n a r é m o b i l i z a r o d e s e j o d e a p r e n d e r ” ( G A D O T T I , 2 0 0 3 ) . O p r o f e s s o r d e v e d e s p e r t a r n o a l u n o o d e s e j o d e a p r e n d e r e p a r a i s t o é n e ce c e s sá s á r io i o q u e e le l e g os o s te t e d e a p re r e n de d e r t am a m bé b é m, m , p oi o i s s e a pr p r e nd n d e m ui u i to to ensinado com amor e dedicação. Segundo Moacir Gadotti (2003) nossas crianças passam muito tempo na frente da televisão, enquanto a média mundial é de quatro horas diárias e m f re r e nt n t e à t el e l ev e v is i s ão ã o e o it i t o h or o r as a s d iá i á ri r i as a s n a e sc s c ol o l a. a . N o B ra r a si si l é a o c o n tr t r á r io i o , e l as a s p a s sa s a m o i to t o h o r as a s d i ár á r i as a s n a f r e nt n t e d a t e le l e v is i s ã o e q u at at r o horas diárias na escola. Mesmo passando tão pouco tempo na escola, elas p a s s a m m a i s t e m p o c o m o s p r o f e s s o r e s d o q u e c o m o s p a i s . D a í s u r g e o p a p e l d a e s c o l a e m t e r c i ê n c i a d e t a l p a n o r a m a e , a s s i m , t r a b a l h a n d o p a r a que a escola seja um lugar atraente para as crianças.
2.2 Desafio das escolas A c r ia i a n ça ç a p a s sa s a m u it i t o t e mp m p o e m f r e nt n t e à t e le l e v is i s ã o p o r qu q u e s e n te te m p r a z e r , j á i r à e s c o l a é i m p o s t o p e l o s p a i s e p e l a s o c i e d a d e , a s s i m , n ã o trazendo o mesmo prazer que elas têm com a televisão ou internet. Os p r o f e s s o r e s d e v e m o b s e r v a r q u e a m í d i a t r a z g r a t i f i c a ç ã o i n s t a n t â n e a , n ã o lhes exigindo nenhum esforço cognitivo que a escola exige pra que se obtenham o sucesso nela. Surge um novo desafio para as escolas e para os professores: fazer d a e s co c o l a u m l u g ar a r m a i s a tr t r a en e n t e p a ra r a o s a l u n os o s e f o rrnn e ce ce r u m a c o mp m p r e en e n s ã o v e r da d a d e ir i r a d a s o c ie i e d ad a d e d a i n fo f o r ma m a ç ã o. o . O p r o fe f e s s or or , q u e d e té t é m o c o nh n h e c im i m e nt n t o a p a s sa s a r , d e ve v e e s ta t a b e le l e c e r u m a r e l a ç ão ão c o m q u e m 13
está aprendendo, sendo mais do que alguém que transmite o conhecimento, s en e n d o u m “ in i n s tr t r uutt o rr””
q u e a j u da da
a
e n co c o n t r a r , o r ggaa n i z a r
e
g e r ir ir
o
conhecimento, guiando e não modelando. O desinteresse dos alunos, desvalorização da profissão e reduzida r ea ea l i z a ç ã o
p e s so so a l
c ul ul m i n a
em
um
total
d e s an an i m o
por
p a r te te
dos
p r o f e s s o r e s . T r a z c o n s i g o a s q u e s t õ e s : “ p o r q u e s e r p r o f e s s o r ? ” , “ Q u a l é o s e n t i d o d e s e r p r o f e s s o r h o j e ? ”, ”, “ P a r a q u e e s t o u e n s i n a n d o ? ” , “ C o m o d e v e ser o novo professor?”. Diante da sociedade da informação, ou a que Gadotti (2003) prefere c ha ha m a r
de
s oc o c i e d ad ad e
a p rree n de de n t e ,
o
n ov ov o
p r ooff e s so so r
dev e
ser
um
p r o f i s s i o n a l d o s e n t i d o . E l e d e v e s a b e r i n t e g r a r o s n o v o s e s p a ç o s d o s a b e r ( di d i ve v e rs r s as as
m í d ia i a s, s,
O N G’ G’ s ,
i n te t e rn r n et et ,
e sp s p aç a ç os os
p úb ú b li l i co co s
e
p ri r i v ad a d os os ,
associações, empresas, sindicatos, partidos, parlamento, etc.) e deixar de s e r u m l ec e c io i o na n a do d o r p ar a r a s e t or o r n ar a r u m “ ge g e s to t o r ” d o c o nh n h ec e c im i m en e n to t o s oc o c ia ia l ( p o pu p u l ar a r ) . A q u el e l e q u e s e l ec e c i on o n a a i n fo f o r ma m a ç ã o e d á /c / c o n st s t r ói ó i s e n ti ti d o a o conhecimento, ou seja, o mediador do conhecimento. Para Paulo Freire (1996) ensinar não é transferir conhecimento, é c r i a r a p o s s i b il i l i d a d e p a r a s u a p r ó p r i a p r o d u ç ã o o u c o n s t r u ç ã o . O e d u c a d or or d ev e v e t e r c iê i ê nc n c ia i a q ue u e o p ro r o ce c e ss s s o d e a pr p r en e n di d i z ag a g em e m n ão ã o é n eu e u tr t r o, o, é i m p o r ta ta n t e
i n d u z ir ir
o
pensar
e
a p e ns n s ar ar
a
r ea ea l i d a d e
e
nã o
p e n sa sa r
p e n s a m e n t o s j á p e n s a d o s , c o n s t r u i n d o , a s s i m , s e n t i d o a o a p r e n d e r . M u i t a s vezes o professor não vê o sentido no que está ensinado e o aluno, em c o nt n t ra r a p a rt r t id i d a, a , n ã o v ê s e nt n t id i d o n o q u e e s tá t á a p re r e n de d e nd n d o , é f u nd n d a me m e nt n t al al a p r e n d e r o q u e é s ig i g n i f ic i c a t i v o, o , d e v e s e m o s t ra r a r a p l i ca c a ç ã o à v i d a p r á ti ti c a , p o r m e i o d o e x e r c í c i o d a c u r i o s i d a d e q u e m o v e o e s p í r i t o h u m a n o . P a r a o e d u c a d o r é n e c e s s á r io i o o c o n h e c im im e n t o d o q u e s e v a i e n s i n a r , p o r é m o e n s i n o n ã o d e p e n d e t a n t o d o c o n h e c i m e n t o d o p r o f e s s o r , m a s d a s ua ua
c ap a p ac a c id i d ad ad e
d e c ri r i ar ar
e sp s p aç a ç o d e a pr p r en e n di d i z ag a g em em ,
d an a n do do
a o a lu l u no no
autonomia.
14
2.3 Profissional que aprende em rede E s ta t a mo mo s
v i v e nd nd o
e m um
m u nd nd o
g l o ba ba l i z a d o
e
i s to to
é
muito
i m p o r ta t a n t e n a f o r m a ç ã o d o n o v o p r o f e s s o r . E l e s e f o r m a a u t ô n o mo mo e m s e u a p r e n d iz i z a d o e p a s s a r á p a r a s e u s a l u n o s e s s a f o r m a d e a p r e n d er er . P o r g o s t a r de aprender constantemente, será feliz ao ensinar e passará para seus aprendizes a alegria de aprender novos conceitos a cada dia. Transmitirá ao aluno que a organização facilitará o aprendizado. E l e e n s i na n a r á a o s a l un u n o s a i m po p o r tâ t â n c ia i a q u e t e m e m d i v i d ir i r o s a b er er através da dinâmica escolar ao se reunirem em grupo para elaborarem trabalhos, então por meio desta forma de aprendizado os alunos aprenderão a f a l a r , d e d u z i r , e s c r e v e r b e m , l e r , c r i t i c a r e o m a i s i m p o r ta ta n t e , a p e n s a r . Se o aluno não sabe pensar, não será capaz de tomar decisões, assim, não aprendendo. O n o vo v o p r of o f e ss s s o r i nt n t er e r ag a g e c om o m s e us u s a lu l u n os o s e o s r e sp s p e it i t a c o mo mo individuo que são, não como apenas números, pois cada aluno tem sua p r ó p r i a c a p a c i d a d e e f o r m a d e a p r e n d e r e é a i s t o q u e s e d e v e e s t a r a t e n t o . D e ve v e s e e s ta t a r a be b e r to t o à p ar a r ti t i ci c i pa p a çã ç ã o d os o s a lu l u no n o s e m s a la l a d e a u la l a , p o is is o n o v o p r o f e s s o r d e v e “ d e s c e r d o p e d e s t al al ” e s e “ n i v e l a r ” a o a l u n o , e s t a n d o ao lado deles, que em muitos casos, só irão aprender pelo contato direto c o m o p r o f e s s o r , a i s i m , o s a l u n o s e s t a r ão ã o a b e r t o s a t i r a re re m s u a s d ú v i d a s , p o i s s e p r e c i s a d e p r o f e s s o r e s h u m a n o s , q u e e n t r a m n a s v i d a s d o s a l u n o s p a r a t i r a r s u a s d ú v i d a s . É p re r e ci c i so s o , t am a m bé b é m, m , r es e s sa s a lt l t ar a r a i mp m p or o r tâ t â nc n c ia i a d e s e t ra r a ba b a lh l h ar ar a autonomia dos alunos e tentar infundir neles uma nova mentalidade de sempre se renovar pra que futuramente se tornem prof issionais éticos.
15
2.4 Saber é saborear O n o v o p r o f e s s o r d e v e r o m p e r a s “ c o r r e n te te s ” d o p a s s a d o n o q u e d i z respeito a ensinar. Antigamente era uma forma de domínio, de imposição e não havia muita preocupação com o que se aprendia, ou com o que os alunos pensavam. Este novo profissional do saber entende que ensinar é transformar o não saber em desejo de aprender. Para que o professor tenha um bom d es e s em e m p en e n ho h o e m s al a l a d e a ul u l a e le l e p re r e ci c i s a t er e r p ra r a ze z e r e m e ns n s in i n ar ar e , p r i n c i p a l m e n t e , e m a p r e n d e r , t r a n s m i t i n d o i s t o a o s a l u n o s . E l e p r e c i s a entender que a capacidade de aprender é tão importante quanto seu próprio conhecimento, e que não se abrir para o novo é parar no tempo. É importantíssimo que o professor tenha amor pelos seus alunos, que se doe de coração e não vise apenas o retorno financeiro, pois os alunos não são máquinas, são seres humanos em busca do conhecimento transmitido pelos professores. São eles: crianças, adolescentes, adultos, idosos, cada um na sua realidade individual e o professor terá que “entrar” no contexto deles e transmitir o conhe cimento. A principal tarefa do educador é a de fazer com que seus alunos e n t e n d am am q u e o q u e e l e s e s t ã o a p r e n d e n d o s e r v i r á d e b a g a g e m p a r a n o v o s aprendizados que serão levados por toda vida. Eles só trarão isso para suas v id i d as a s s e s ab a b or o r ea e a re r e m o s ab a b er e r , p ar a r a i st s t o e le l e s t e rã r ã o c om o m o e xe x e mp m p lo lo o p r o f e s s o r .
2.5 Ética A ética é parte integrante da competência do professor, do saber ser p r o f e s s o r . I s s o s i g n i f i c a q u e u m p r o f e s s o r q u e n ã o t e m u m s o n h o , u m a u t op o p i a, a , u m c o mp m p r o me m e t i me m e n to t o , e l e n ã o é c o mp m p e te t e n t e, e , n ã o é é t ic ic o . N ã o s e p o d e
educar
sem
um
sonho,
ensinar
por
ensinar,
ou
mecanizar. 16
D e s u m an an i z a r o p r o c e s s o e d u c a t i v o é n ã o s e r é t i c o . A p r e n d e - s e a o l o n g o d e t o d a a v i d a , d e s d e q u e t e n h a mo m o s u m p r o j e to t o d e v i d a . É t i c a d o “ c u i d a d o2 ” , d a “ a m o r o s i d a d e3 ” . A r az a z ão ã o c om o m pe p e te t e nt n t e d ev e v e s er e r u ma m a r az a z ão ã o “ mo m o lh l h ad a d a d e e mo m o çã ç ã o” o” ( F re r e ir i r e , 1 99 9 9 7 ). ) . O p a pe p e l d a s e mo m o çõ ç õ e s n o p r oc o c e ss s s o d e a p re r e n di d i za z a g em em é d e c i s iv iv o : r a z ã o e e m o ç ã o n ã o s ã o i n s t â n c i a s s e p a r a d a s n o s e r q u e a p r e n d e (Wallon,), a emoção é parte do ato de conhecer. Em
a le l e mã mã o
e du d u ca ca r
s ig i g ni n i fi f i ca ca
c ui u i da d a r, r,
a co c o lh l h er er .
U ma ma
s oc o c ie i e da d a de de
alucinada e ruidosa como a nossa não pode educar porque não pode cuidar, não pode acolher. Nela não há mais tempo para o “modo de ser cuidado”, p a r a o e n c o n t r o , m a s a p e n a s p a r a o “ m o d o d e s e r t r a b a l h o ” o u e x p l o r a ç ã o , nas expressões utilizadas por Leonardo Boff (1999). O novo professor é também um profissional do encantamento. Num m u n d o d e d e s e n c a n t o e d e a g r e s s i vi v i d a d e c r e s c e n te te s , o n o v o p r o f e s s o r t e m um papel biófilo. É um promotor da vida, do bem viver, educar para a paz e a para sustentabilidade. Não podemos abrir mão de uma antiga lição: a educação é ao mesmo tempo ciência e arte. A arte é a “técnica da emoção” (Vygotski). O novo profissional da educação é também um profissional que domina a arte de re-encantar, de despertar nas pessoas a capacidade de engajar-se e mudar.
2
Leonardo Boff, Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. Petrópolis, Vozes, 1999. Paulo Freire, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997 3
17
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
educação,
d es e s en e n vo v o lv l v im i m en e n to to
em
todo
i nd n d iv i v id i d ua ua l e
mundo, c ol o l e ti t i vo vo
faz
se
d e t o do do s
necessária
para
os
É
p ov o v os os .
o
u ma ma
ferramenta que pode transformar o mundo, desde que se dê, a devida, i m p o r tâ tâ n c i a . T r a z e n d o a r e a l i d a d e p a r a s a l a d e a u l a , d e s p e r t a n d o n o a l u n o a c u r i o s i d a de d e e o d e s e j o d e a p r e n d e r c o m o u m s e r q u e p o d e i n t e r vi vi r n o s e u meio. A nt n t i ga g a me m e nt nt e
n ão ão
se
t in i n ha ha m
m u it i t as as
e sc s c ol o l a s, s,
a
e du d u ca c a çã çã o
e ra ra
p r i v i l é g i o d e p o u c o s . O p r o f i s s i o n a l d a e d u c a ç ã o , o s e r p r o f e s s o r , e r a v a l o r iz i z a d o . H o j e t e m o s m u i t a s e s c o l a s e p o u c o s p r o f e s s o r es e s . A e d u c a ç ão ão é oferecida a todos, porém devido à desvalorização do professor não há muita gente que queira se lo. E n s i n ar a r é m o b i li l i z a r o c o n h e c im i m e n t o, o , t r a n s f o r ma ma n d o o n ã o s a b e r e m desejo de aprender, em contrapartida aprender é adquirir o conhecimento com sentido, que se faz necessário para a vida, como uma ferramenta a ser usada. Tendo em vista o quadro preocupante que a educação brasileira p a s s a , a l i a d o a f a l t a d e i n t e r e s s e p o r p a r t e d o s a l u n o s , e m u i t a s v e z e s d o s p r o f e s s o r e s , a s e s c o l a s d e v e m m u d a r s u a p o s t u r a , t o r n a n d o s e m a i s a tr t r a en e n te t e p a ra r a o s a lu l u no n o s , c r ia i a nd n d o u m e s pa p a ç o d e a p re r e nd n d iz i z ag a g e m, m , o nd nd e é p o s s í v e l c o n s t r u i r c o n h e c i m e n t o . O n o v o p r o f i s s i o n a l d a e d u c a ç ã o d e v e e n s i n a r c o m a l e g r ia ia p a r a q u e seja possível aos seus alunos aprenderem com emoção. Ele vai interagir, “dividindo” o conhecimento com seus alunos, com muita ética e dedicação. Desta forma, os alunos entenderão que o conhecimento que estão tendo acesso servirá de bagagem para novos aprendizados que serão levados por toda vida. 18
REFERÊNCIAS
ALVES, R. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez. 1981 BRANDÃO, C. R. O que é Educação? São Paulo: Brasiliense. 1981 BOCK, A. M. B. & FURTADO, O. & TEIXEIRA, M. L. T. Psicologia: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva. 2002 BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999. DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir – Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. São Paulo: Cortez, 1998. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1997. GADOTTI, M. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. SIGNIFICADOS. Disponível em: . Acessado em 29 de ago. 2012.
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