CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DISCIPLINAS
Disciplina 1: Português e Redação Empresarial Disciplina 2: Direito e Legislação Disciplina 3:Operações imobiliárias Disciplina 4:Desenho Arquitetônico Disciplina 5:Relações Humanas, Ética e Cidadania Disciplina 6: Economia e Marcado Disciplina 7: Organização e técnicas comerciais Disciplina 8:Matemática Financeira
ÍNDICE PORTUGUES UNIDADE 2
12
Texto T exto e leitura
UNIDADE 3 Textos T extos técnicos
13
UNIDADE 4
19
Relatórios administrativos
UNIDADE 5 Revisão gramatical DIREITO E LEGISLAÇÃO
Unidade 1
39
As Fontes Fontes e a Divisão do Direito
Unidade2
55
A Lei do Inquilinato
Unidade 4
72
A Legislação e os Registros Registros OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Unidade 1
91
O Corretor de Imóveis 91
Unidade 2 Unidade 3
97 105
A Comercialização do Imóvel Imóvel
Unidade 4
117
As Transações Transações Imobiliárias
Unidade 5 A Administração Imobiliária
127
DESENHO ARQUITETÕNICO Unidade 1
171
O Desenho Técnico
Unidade 2 Unidade 3
175 183
A Construção Civil
183
RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICA MATEMÁTICA FINANCEIRA Unidade 1
289
Capital e Juros
Unidade 2
291
Capitalização Simples Simples
Unidade 3
292
Capitalização Composta
Unidade 4 Descontos
294
Curso Técnico em Transações Imobiliárias
PORTUGUÊS E REDAÇÃO EMPRESARIAL
Curso Técnico em Transações Imobiliárias
Curso Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO A disciplina Português e Redação Empresarial tem como principais objetivo objetivos: s: aguçar a capacidade de comunicação, expressão e leitura; aprimorar a produção de textos, principalmente textos técnicos e relatórios administrativos; revisar conteúdo gramatical de nível médio. Alcançar esses objetivos signica estar apto a desenvolver desenvol ver sua capacidade de comunicação de maneira signicativa.
Curso Técnico em Transações Imobiliárias
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UNIDADE 1 Comunicação e expressão
2. Falta de experiência; 3. Falta de imaginação; 4. Ausência de atenção (distração); 5. Falta de disposição para entender. Para obter melhores resultados na comunicação das empresas, é necessário desenvolver algumas habilidades técnicas e atitudes que auxiliam no processo de compreensão entre as partes envolvidas. Essas habilidades técnicas envolvem envolve m respostas para tais perguntas:
1.1. O processo de comunicação Sons, gestos, imagens, palavras cercam a vida do homem moderno, compondo mensagens de toda ordem, transmitidas pelos mais diferentes canais como a televisão, o cinema, a imprensa, o rádio, o telefone, o telégrafo, os Como transmitir informações? cartazes de propaganda, os desenhos, a música e tantos Como instruir? outros. Em todos esses meios de comunicação, a língua Como ser breve e claro? desempenha um papel preponderante, em sua forma oral Para fazer com que a comunicação seja ecaz, também ou através de seu código substitutivo escrito. E, através devemos analisar alguns pontos, como: dela, o contato com o mundo que nos cerca é permanCom quem você vai se comunicar? entemente atualizado e a comunicação é incessante. EtiO que você irá dizer? mologicamente, comunicação signica tornar comum, Como você está transmitindo as inforcompartilhar opiniões, fazer saber, então, implica intera- mações? ção e troca de mensagens. Portanto Portanto,, é um processo de Como você se certica de que conseguiu participação de experiências que modica a disposição convencer o receptor? das partes envolvidas envolvidas.. Prestando atenção nesses pontos, podemos conseguir Toda T oda empresa empresa precisa desenvolver canais de comunicação bons resultados em nossa comunicação e, em conseqüênque proporcionem relacionamento agradável e ecaz de cia disso, a relação entre os participantes da organização, seus integrantes entre si e com a comunidade. Por isso, da empresa, pode trazer mais benefícios à mesma. as comunicações administrativas formam um sistema de informação estabelecido para favorecer os participantes 1.3. Clareza de expressão da organização org anização.. São muitos os momentos em que se vemos pessoas que As relações de trabalho exigem linguagem compreen- não se entendem, mesmo falando a mesma língua. O que sível para que se estabeleça o entendimento comum. A impede estas de emitir a sua mensagem com clareza, faprópria denição de comunicação envolve participação, zendo-se entender? transmissão e troca de conhecimentos. Desse modo, o A comunicação, por mais fácil que possa parecer, é algo desempenho de uma empresa depende da ecácia da co co-- difícil de executar com a ecácia devida. Pense bem: municação de seus participantes. quantas vezes hoje você explicou algo para uma pessoa e esta não entendeu, mesmo após você repetir o que disse? 1.2. Problemas de comunicação nas em- Mesmo dentro do mesmo idioma, há maneiras de se expresas pressar incompreensíveis fora de seu contexto. Para que Segundo Medeiros (2007), existem vários fatores que im- se possa expressar o que se deseja de uma maneira plaupedem a ecácia de uma mensagem. Da parte do emissor sível a maioria das pessoas de um determinado deter minado grupo, depode-se considerar: vemos expandir nossa nossa capacidade de comunicação. comunicação. 1. Incapacidade verbal, oral ou escrita para Um exemplo é o caso das gírias. Todos nós expor o próprio pensamento; podemos falar gírias, mas para que pessoas alheias a elas 2. Falta de coerência entre as partes de sua entendam-nos quando falamos, deveríamos saber explicar idéia, frase ou pensamento; com outras palavras cada gíria que falamos, assim como 3. Intromissão de opiniões, juízos e valores substituí-las por palavras que tenham cabimento naquele quando somente os fatos podem gerar um resultado satis- contexto. fatório; Outra coisa que, por mais que achemos que não, aumen4. Uso de termos técnicos desconhecid do ta o nosso poder comunicativo, é a leitura, ou melhor, receptor; a aquisição de informações. Não só as que lhe cabem, 5. Imprecisão vocabular; mas também informações informações gerais. É dessa maneira então 6. Ausência de espontaneidade; que, com uma variedade de assuntos para fabricar opin7. Acúmulo de detalhes irrelevantes; iões sobre eles para que até o relacionamento dentro de 8. Excesso de adjetivos adjetivos,, frases feitas, cli- sua empresa melhore. Com uma comunicação ecaz, nós chês. Já da parte do receptor são empecilhos à comunica- conseguimos abrir portas e criar novos laços e contatos, ção: dando-nos uma grande gama de oportunidades. Anal, 1. Nível de conhecimento insuciente para a com com-- a sociedade se baseia na comunicação. E nos exprespreensão da mensagem;
Curso Técnico em Transações Imobiliárias sando bem, podemos destacar-nos nesta, da maneira que convir-nos. A comunicação escrita também exige muito de nós e tem outros obstáculos. Por exemplo, como não podemos explicar tudo o que há por trás do texto que escrevemos,, devemos contar com a capacidade de interprecrevemos tação de nosso receptor e sobre s obre isso não temos controle. Por isso, devemos escrever de maneira clara, simples e precisa para que o texto seja compreensível ao maior número de leitores. Há fatores que favorecem a efetividade da comunicação, sendo eles:
também escolher, selecionar e ordenar os signos. b) Decodicar signica traduzir o código e dar-lhe um sentido. Há, também, outros códigos que não se submetem à linguagem verbal e que não precisam recorrer a ela para serem compreendidos: a musica, os sinais de trânsito, a pintura, etc.
1.4.4. Mensagem Toda T oda forma codicada, codicada, isto é, toda combinação combinação de signos destinada a transmitir uma informação especíca consticonsti Ter T er um objetivo em mente; tui uma mensagem e é por meio da transmissão da menTer informações sucientes sobre o sagem que nós nos comunicamos. Uma série de mensafato; gens intercambiadas é uma interação, sendo necessárias Planejar a estrutura da comunicação a pelo menos duas pessoas – o emissor e o receptor – para ser feita; que ela ocorra. Conhecer o signicado de todas as pala pala-- Mensagem é uma informação transmitida. vras necessárias e escolhê-las adequadamente; Tratar Tr atar do assunto ass unto com propriedade; 1.4.5. Canal / Meio / Veículo Ser preciso. Para a mensagem chegar até o emissor, é necessário um veículo, um contato ou um canal que a transporte. 1.4. Elementos da comunicação Quando a mensagem é escrita, o canal, o veículo que a transporta são os raios luminosos que chegam à retina, Em todo ato de comunicação estão envolvidos um emis- permitindo a leitura. No caso das mensagens irradiadas, sor, um código, um canal, uma mensagem, um contexto o canal são as ondas hertzianas; na mensagem televisione um receptor. Vejamos cada um deles separadamente, a ada, há dois canais; os raios luminosos para a visão e o ar m de que possamos entender como estão interligados e para a audição; já na mensagem em Braile, o canal são as como interagem entre si. papilas dos dedos, o tato, as mãos. Pelos exemplos, exemplos, percebe-se que o canal pode ser: 1.4.1. 1.4 .1. Emi Emisso ssorr,c ,comu omunic nicado adoro rouc ucodi odica cador dor É o que fala ou escreve, é a fonte da informação. Ocupa, O meio de expressão da mensagem, em relação ao receptor, um dos extremos do circuito da como as próprias capacidades e os sentidos do homem: a comunicação. audição, a fala, o tato; O meio pelo qual a mensagem é trans1.4.2. 1.4 .2. Re Recep ceptor tor,r ,rece ecebed bedor orou oudeco decodi dicad cador or mitida, como o ar, na propagação de ondas sonoras; É o que ouve ou lê; é o destinatário da informação infor mação.. OcuO veículo pelo qual a mensagem é transpa, em relação ao emissor, o extremo oposto do circuito mitida, como a televisão, o rádio ou o papel escrito em da comunicação. Braile. Canal é, então, o veículo que transporta o texto ou A transmissão de informação supõe, então, a existência a mensagem. Ele funciona no circuito da comunicação, de dois pólos: o que emite a informação é chamado emis- como o elemento comum ao codicador e ao decodica sor (locutor ou escritor); e o destinatário, de receptor dor. (ouvinte ou leitor). Conforme o tipo de comunicação, ora um pólo é exclu- 1.4.6. Contexto sivamente emissor e o outro é receptor, ora os papéis de A produção e a recepção de mensagens estão condicionaemissor e de receptor são intercambiáveis intercambiáveis.. das à situação (circunstância) ou à ambientação. A mensagem sem contexto pode não ser entendida ou pode ser 1.4.3. Código compreendida de modo diferente da que o emissor preO emissor e o receptor devem dispor de um código que tende. Assim, não há texto sem contexto contexto.. Para o contexto seja comum a ambos, isto é, de um sistema de signos con- português, chamar uma garota de rapariga é elogioso. Já vencionais que permita dar a informação uma uma forma per- para o contexto nordestino brasileiro, chamar uma garota ceptível. Quando falamos ou escrevemos, por exemplo, de rapariga pode ser ofensa grave. valemo-nos de um código que compõe a língua que utilizamos. Da mesma forma, quem nos ouve ou lê deve dispor do mesmo código a m de que possa nos entender. a) Codicar não signica apenas adotar um código, mas 1.5. Funções da linguagem
Curso Técnico em Transações Imobiliárias “Meu sonho, eu te perdi, tornei-me tor nei-me um homem. O verso 1.5.1. Função Referencial, Informativa ou Denota- que mergulha o fundo de minha alma é simples e fatal, tiva mas não traz carícia... Vinícius de Moraes Quando a intenção do emissor é apenas transmitir t ransmitir a mensagem, de modo claro e objetivo, sem admitir mais de uma 1.5.3. Função Conativa ou Apelativa interpretação, com a nalidade de espelhar a realidade, Haverá predominância da função conativa ou apelativa empregando palavras no sentido denotativo denotativo,, a linguagem linguag em quando, na linguagem houver o desejo do emissor em assume uma de suas funções mais importantes: a função atuar sobre o receptor, levando-o a uma mudança de referencial, informativa ou denotativa. Esta função tem o comportamento comportamento.. E isto pode acontecer por meio de uma predomínio do contexto, ou seja, a intenção de informar ordem, um apelo, uma sugestão, uma súplica. o conteúdo, o assunto, as idéias, os argumentos de uma Trata-se Trata-se,, portanto, de uma linguagem usada para atrair a mensagem. A função referencial é sempre predominante atenção do receptor e inuenciá-lo a receber a mensagem. mensag em. em textos de jornais, jor nais, revistas informativas, livros técnicos Observe, neste exemplo exemplo,, a função conativa ou apelativa: e didáticos. Exemplo: Pelo amor de Deus, me ajude aqui! Rápido!!! Sarah! Venha aqui! 1.5.2. Função Emotiva ou Expressiva Observe os textos a seguir: 1.5.4. Função Metalingüística Eu nasci além dos mares, É o próprio código lingüístico discutido e posto em deOs meus lares, staque. Diz respeito às mensagens relativas ao conjunto Meus amores cam lá! de sinais usados na comunicação – o código. códig o. O dicionário - Onde canta nos retiros é um exemplo de metalinguagem, pois ele utiliza a língua Seus suspiros, para falar dela mesma. Suspeiros o sabiá 1.5.5. Função Fática Casimiro de Abreu Põe o CANAL em destaque, vericando se o contato entre o emissor e o receptor continua sendo “Houve um tempo em que a minha janela se mantido. abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alar- Ex.: Expressões como: ALÔ, BOM dia, COM licença, gava sua copa redonda. À sobra da árvore, numa esteira, Câmbio, Pois não, Está me ouvindo? Está me entendenpassava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada do? de crianças, e contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, 1.5.6. Função Poética porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as A mensagem é posta em destaque. O emissor crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam tem uma preocupação especial na escolha das palavras, com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu, que realçando sons que sugerem signicados diversos, para participava do auditório, imaginava os assuntos e suas expressar ou enfatizar mensagem. peripécias e me sentia completamente feliz”. Cecília Meireles Em ambos os textos, tanto no de Casimiro de Abreu como no de Cecília Meireles, há predominância da função emotiva ou expressiva da linguagem. Os textos mostram escritores (emissores) voltados para si mesmos, para os seus próprios sentimentos, revelando o estado interior de cada um. Nota-se, por isso, a presença de verbos e pronomes em 1ª pessoa e de pontos de exclamação, reiterando os aspectos emocionais da linguagem dos emissores.Quando há predominância dessas características, pondo o emissor e seus sentimentos em destaque, podese armar que, prevalece a função emotiva ou expressiva da linguagem. A função emotiva ocorre com maior freqüência em textos poéticos, onde o aspecto subjetivo predomina:
1.5.7.
Resumo das Funções da Linguagem
2. Referencial – enfatiza o contexto; 3. Emotiva – enfatiza o emissor (revela o estado interior do emissor); 4. Apelativa – enfatiza o receptor (é essencialmente a linguagem publicitária – persuade o receptor); 5. Metalingüística – enfatiza o código; 6. Fática – põe em destaque o canal; 7. Poética – põe em destaque a mensagem.
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UNIDADE 2 Texto T exto e leitura 2.1. Noção de texto
Para falar de texto é necessário denir o que é um texto. Podemos abraçar um conceito amplo amplo,, lato, de texto. Neste caso, incluiremos como texto, produções nas mais diversas linguagens. Seriam tratadas como textos as produções feitas comas linguagens das artes plásticas, da música, da arquitetura, do cinema, do teatro, entre outras. Denições que se enquadram nesse caso são:
que é tomada pelos usuários da língua (falante, escritor/ ouvinte, leitor), em uma situação de interação comunicativa especíca, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua extensão.” (TRAVAGLIA, Luiz Carlos.Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997.p.67.) Desse modo, podemos nalizar com o seguinte conceito: texto é um tecido verbal estruturado de tal modo que as idéias formam um todo coeso, uno, coerente. Suas partes devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Assim, um fragmento que trata de diversos assuntos não pode ser considerado texto. Da mesma forma, for ma, se lhe falta coerência, se as idéias são s ão contraditórias, também não se constitui texto.
“A palavra texto provém do latim textum, que signica tecido, entrelaçamento. (...) O texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a m de 2.2. As possibilidades de leitura t exto não está est á nos devaneios interpretase obter um todo inter-relacionado inter-relacionado.. Daí poder falar em A leitura de um texto textura ou tessitura de um texto: é a rede de relações que tivos do leitor, mas está inscrita como possibilidade no garantem sua coesão, sua unidade”. (INFANTE, (INFANTE, Ulisses. texto. Do texto ao texto. Curso prático de leitura e redação redação.. Edi- Lido de maneira fragmentária, um texto pode dar a impressão de um aglomerado de noções desconexas, ao que tora Scipione: São Paulo Paulo,, 1991) “...em um sistema semiótico bem organizado, o leitor pode atribuir o sentido que quiser. Desse modo, um signo já é um texto virtual, vir tual, e, num processo de comu- há várias possibilidades de interpretar um texto, mas há nicação, um texto nada mais é que a expansão da virtuali- limites. dade de um sistema de signo. signo.”” (ECO, Umberto. Conceito Determinadas interpretações se tornarão inaceitáveis se levarmos em conta a conexão, a coerência entre seus de texto. São Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4.) Nesse sentido podemos entender a “leitura do mundo” vários elementos. Essa coerência é garantida pela reiterade que fala Paulo Freire. É preciso ler o mundo, com- ção entre esses elementos, tais como: a reiteração, a rerecor rência a traços semânticos preender as diversas manifestações das muitas linguagens linguag ens dundância, a repetição e a recorrência ao longo do discurso. dis curso. com as quaistemos contato o tempo todo. Esse conceito lato de texto, apesar de aceito por muitos Para perceber as reiterações, o leitor deve tentar agrupar conr teóricos e de ser interessante por se tratar deuma aborda- os elementos signicativos que se somam ou se conrsig nicado.. Deve percorrer o gem geral da compreensão (uma vez que essa depende da mam num mesmo plano do signicado conjugação de várias linguagens) é adequado a algumas texto inteiro, tentando localizar todas as recorrências, ou g uras e temas que conduzem a um mesmo situações, e ineciente em outros casos. Se consideramos seja, todas as guras um conceito amplo de letramento, queremos que os sujei- bloco de signicação. Essa recorrência determina o plano tos sejam capazes de “ler” os mais diversos “textos” nas de leitura do texto. Há textos que permitem mais de uma leitura. As mesmais diversas linguagens. Aqui, vale a pena adotar a acepção de que “tudo é texto”. mas guras podem ser interpretadas segundo mais de um No entanto, para se fazer um estudo da leitura e da es- plano de leitura. Quando se agrupam as guras a partir de um elel crita, por exemplo, é preciso delimitar um pouco esse signicativo, estamos perto de depreender o tema conceito. Se tudo é texto, lemos o quê? Tudo? Estudare- emento signicativo, permitir várias leituras mos o quê? Tudo? O professor que vai alfabetizar tem de do texto. Dizer que um texto pode permitir ensinar tudo? Se pensarmos que tudo é texto, poderemos não implica admitir que qualquer interpretação seja correta nem que o leitor possa dar ao texto o sentido que cair em um conceito errôneo. Se buscamos um objeto de estudo para fazermos fazer mos ciência, lhe for conveniente. O texto que admite várias leituras a ampliação do conceito é extremamente perigosa e inde- contém em si indicadores dessas varias possibilidades. No sejada. Se tudo que vemos e ouvimos pode ser um texto, seu interior aparecem guras ou temas que têm mais de tudo pode ser texto, e o conceito se transforma em nada, um signicado e que apontam para mais de um plano de pois é intratável, indenível e, portanto, não nos serve. leitura. Há outros termos que não se integram a um certo is so são desencadeadores Nesse caso, a melhor denição de texto devem ser estas: plano de leitura proposto e por isso de outro plano. Portanto, devemos ter consciência de que “O texto será entendido como uma unidade mesmo que um texto não tenha apenas uma possibilidade lingüística concreta (pesceptível pela visão ou audição), de leitura, não devemos delirar em sua interpretação. A