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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – RS Centro de Ciências da Saúde Departamento de Microbiologia e Parasitologia
Livro didático – 2ª edição - 2007
Dra. Sílvia Gonzalez Monteiro Professora de Parasitologia Veterinária
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Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências da Saúde Departamento de Microbiologia e Parasitologia
Este livro didático tem a finalidade de auxiliar os alunos em Medicina Veterinária no estudo dos parasitas dos animais domésticos.
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INDICE:
•
Conteúdo Programático
13
•
Conceitos em Parasitologia
17
•
Tipos de Parasitos
17
•
Tipos de Hospedeiros
18
•
Tipos de Ciclo dos Parasitos
18
•
Especificidade dos Parasitos
18
•
Ação do Parasito sobre o Hospedeiro
18
•
Períodos de Parasitismo
19
•
Classificação dos Seres Vivos
19
•
Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica
20
•
Filo Arthropoda
22
•
Classe Arachnida
23
•
Ordem Acari (Acarina)
24
•
Subordem Mesostigmata
24
•
Família Dermanyssidae
24
o
•
Família Macronyssidae o
•
Gênero Varroa
Família Raillietidae o
•
Gênero Macrocheles
Família Varroidae o
•
Gênero Laelaps
Família Macrochelidae o
•
Gênero Ornithonyssus
Família Laelapidae o
•
Gênero Dermanyssus
Gênero Raillietia
Subordem Metastigmata (Carrapatos)
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24 25 26 26 26 27 27 28 28 29 29 30
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•
•
Família Ixodidae (carrapatos duros)
30
o
Gênero Rhipicephalus
33
o
Gênero Boophilus
35
o
Gênero Amblyomma
37
o
Gênero Anocentor
38
Família Argasidae (carrapatos moles)
38
o
Gênero Argas
39
o
Gênero Ornithodorus
40
o
Gênero Otobius
41
Pôster Carrapatos
42
•
Subordem Astigmata (sarnas)
43
•
Morfologia das Sarnas
44
•
Família Sarcoptidae
45
•
•
o
Gênero Sarcoptes
45
o
Gênero Notoedres
45
Família Cnemidocoptidae Gênero Cnemidocoptes
46 46
Família Psoroptidae
47
o
•
o
Gênero Psoroptes
47
o
Gênero Otodectes
48
o
Gênero Chorioptes
48
•
Subordem Actinedida (Prostigmata)
54
•
Família Cheyletidae
54
o
•
Família Myobiidae o
•
Gênero Myobia
Família Demodecidae o
•
Gênero Cheyletiella
Gênero Demodex
Família Trombiculidae
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54 54 54 55 55 57
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o
Gênero Trombicula, Eutrombicula
57
•
Subordem Cryptostigmata
58
•
Família Oribatidae
58
•
Classe Insecta
59
•
Classificação dos insetos
64
•
Ordem Phthiraptera (Piolhos)
65
•
Subordem Amblycera (Antenas escondidas)
66
•
o
Gênero Menopon
67
o
Gênero Menacanthus
67
o
Gênero Heterodoxus
68
Subordem Ischnocera (Antenas livres)
68
o
Gênero Trichodectes
68
o
Gênero Bovicola
69
o
Gênero Felicola
69
o
Gênero Goniodes
69
o
•
Gênero Lipeurus Subordem Anoplura (Picadores - Sugadores)
70 70
o
Gênero Pediculus
70
o
Gênero Pthirus
72
o
Gênero Haematopinus
73
o
Gênero Linognathus
74
•
Pôster Piolhos
76
•
Ordem Hemiptera
77
o
Família Reduviidae (Barbeiros)
77
•
Gênero Panstrongylus
78
•
Gênero Triatoma
78
•
Gênero Rhodnius
79
o
•
Família Cimicidae (Percevejos)
Gênero Cimex
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79 79
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o
•
Gênero Ornithocoris
80
Ordem Siphonaptera (Pulgas)
82
o
Gênero Tunga
83
o
Gênero Ctenocephalides
84
o
Gênero Pulex
85
o
Gênero Xenopsylla
85
•
Pôster Pulgas
87
•
Ordem Diptera
88
•
Classificação dos Diptera
89
Subordem Nematocera - Classificação
91
Subordem Nematocera (Mosquitos)
92
o
Gênero Anopheles
92
o
Gênero Aedes
93
o
Gênero Culex
94
o
Gênero Culicoides
96
•
Gênero Lutzomyia Gênero Simulium
98 100
•
Subordem Brachycera Tabanomorpha (Mutucas)
102
•
•
o
•
o
Gênero Chrysops
104
o
Gênero Tabanus
105
Subordem Brachycera Cyclorrapha (Moscas)
107
o
Gênero Musca
108
o
Gênero Fannia
109
o
Gênero Stomoxys
109
o
Gênero Haematobia
110
o
Gênero Cochliomyia
111
o
Gênero Chrysomyia
o
Gênero Phaenicia
o
Gênero Sarcophaga
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113 114 114
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•
Gênero Oestrus
115
•
Gênero Dermatobia
116
o
•
•
Gênero Gasterophilus
Seção Pupipara Família Hippoboscidae
118 119 119
o
Gênero Hippobosca
119
o
Gênero Pseudolinchia
119
o
Gênero Lipoptena
120
o
Gênero Melophagus
120
•
Filo Protozoa – Chave de Classificação Filo Protozoa (Unicelulares)
121 122
•
Subfilo Sarcomastigophora
123
•
Classe Mastigophora – Locomoção por Flagelos
124
•
o
Gênero Tritrichomonas
125
o
Gênero Giardia
126
o
Gênero Histomonas
o
Gênero Trypanosoma
o
Gênero Leishmania
127 128 131
•
Subfilo Apicomplexa
134
•
Classe Sporoazida ou Coccidia
134
•
o
Gênero Eimeria
o
Gênero Isospora
137
o
Gênero Cryptosporidium
138
o
Gênero Toxoplasma
o
Gênero Cystoisospora
o
Gênero Neospora
o
Gênero Hepatozoon
Classe Piroplasmasida o
Gênero Babesia
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136
139 137 140 142 144 144
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•
Ordem Rickettsias
147
o
Gênero Ehrlichia
147
o
Gênero Anaplasma
149
•
Helmintologia (Metazoários)
151
•
Filo Plathelmintos (Vermes Achatados)
151
•
Classe Trematoda (Vermes em forma de folha)
152
o
Gênero Fasciola
153
o
Gênero Eurytrema
154
o
Gênero Paramphistomum
156
Gênero Schistosoma
156
o
•
•
Classe Cestoda (Vermes segmentados)
159
o
Gênero Taenia
161
o
Gênero Echinococcus
163
o
Gênero Davainea
165
o
Gênero Raillietina
165
o
Gênero
166
o
Dipylidium Gênero Amoebotaenia
167
o
Gênero Anoplocephala
168
o
Gênero Paranoplocephala
168
o
Gênero Moniezia
170
o
Gênero Thysanosoma
171
Filo Nemathelminto (Vermes redondos) – Chave de
173
Classificação •
Classe Nematoda
174
•
Ordem Rhabditida
176
o
•
Ordem Oxyurida o
•
Gênero Strongyloides
Gênero Oxyuris
Ordem Ascaridida o
Gênero Heterakis
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176 178 178 179 179
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•
o
Gênero Ascaridia
180
o
Gênero Ascaris
180
o
Gênero Parascaris
181
o
Gênero Neoascaris
182
o
Gênero Toxocara
182
o
Gênero Toxascaris
183
Ordem Strongylida o
Gênero Strongylus
185
o
Gênero Triodontophorus
188
o
Gênero Syngamus Gênero Stephanurus
189 190
o
Gênero Oesophagostomum
192
o
Gênero Ancylostoma
194
o
Gênero Bunostomum
196
o
Gênero Trichostrongylus
198
o
Gênero Haemonchus
199
o
Gênero Cooperia
201
o
Gênero Ostertagia
202
o
Gênero Hyostrongylus
203
o
Gênero Dictyocaulus
205
o
Gênero Nematodirus
206
o
•
•
184
Ordem Spirurida
207
o
Gênero Habronema
207
o
Gênero Draschia
208
o
Gênero Dipetalonema
209
o
Gênero Dirofilaria
210
Ordem Enoplida
211
o
Gênero Trichuris
211
o
Gênero Capillaria
213
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o
Gênero Dioctophyma
213
•
TÉCNICAS
215
•
Coleta e montagem de endoparasitas
215
•
Pesquisa de ectoparasitas
217
•
Pesquisa e coletade ácaros produtores de sarna
220
•
Técnicas helmintológicas
221
•
Técnica de Willis
222
•
Técnica de Hoffman
222
•
Técnica de Baermann
223
Técnica de Sedimentação pelo acetato de etila
224
•
Técnica de centrífugo-flutuação
225
•
Técnica de Mac Master
225
•
Exame direto de fezes
227
•
Coprocultura
227
•
Esfregaço direto de fezes
228
Método da gota espessa
228
•
Fórmulas
230
•
Exame de fezes de cão e gato
232
•
Exame de fezes de ruminantes
238
•
Exame de fezes de suínos
246
•
Exame de fezes de equinos
251
•
Exame de fezes de aves Diagnóstico dos principias protozoários
257 261
•
Principais artefatos encontrados em exame de fezes
271
•
•
•
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Os ectoparasitos devem ser entregues em álcool 70oC, identificados com nome do
Disciplina: Parasitologia Veterinária Curso: Medicina Veterinária Departamento: Microbiologia e Parasitologia Horas/aula: 90 Validade: a partir de 2002
espécime, data e local da coleta. A etiqueta deve ser escrita em papel de seda à lápis e imersa dentro do vidro onde está o parasito.
EMENTA: Estudo morfológico, ecológico, biológico e sistemático dos principais parasitas dos animais domésticos. Estudo do controle e
Os endoparasitos devem ser fixados em RaillietHenry (ácido acético+formol+água), identificados com nome do espécime, data e local da coleta. A etiqueta deve ser escrita em papel de seda a lápis e imersa dentro do vidro
diagnóstico.
onde está o parasito.
OBJETIVOS: Oferecer aos estudantes do Curso de Medicina Veterinária: Conhecimentos sobre taxonomia, nomenclatura, sinonímias, morfologia, fisiologia, localização e hospedeiros dos parasitos dos animais domésticos.
PROGRAMA DA DISCIPLINA:
Conhecimentos sobre o ciclo evolutivo, a epidemiologia e a importância econômica dos parasitos dos animais domésticos. Aplicação das técnicas de diagnóstico parasitológico para identificação dos parasitas dos animais domésticos.
-
MATERIAL PARA AULAS PRÁTICAS: Jaleco, Agulha histológica, pinça. AVALIAÇÕES: Os alunos serão avaliados através de duas provas (práticas, escritas e/ou orais) e apresentação de coleção de parasitas. COLEÇÃO: A coleção é composta por seis alunos.
UNIDADE I INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA - Conceito - Definição de Parasito Tipos de parasito Tipos de Hospedeiro Tipos de ciclos do parasito Especificidade dos Parasitos Ação do parasito sobre o hospedeiro Períodos de Parasitismo REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA -Classificação dos seres vivos -Classificação das Espécies, Gêneros, Famílias, -Ordem e Classes. UNIDADE II FILO ARTHROPODA 1.1-CLASSE ARACHNIDA 1.1.1-Ordem Acarina Subordem Mesostigmata
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-Família Dermanyssidae -Família Macronyssidae
- Família Pediculidae
-Família Laelapidae -Família Macrochelidae -Família Varroidae -Família Raillietidae
1.2.2. – Ordem Hemiptera a- Sub-Ordem Gymnocerata - Família Reduviidae - Família Cimicidae
Sub-Ordem Metastigmata - Família Ixodidae - Família Argasidae
1.2.3. – Ordem Siphonaptera a- Sub-Ordem Fracticipta - Família Hystrichopsyllidae
Sub-Ordem Astigmata - Família Sarcoptidae - Família knemidocoptidae - Família Psoroptidae
b- Sub-Ordem Integricipta - Família Hectopsyllidae - Família Pulicidae
Sub-Ordem Prostigmata Famílias: - Demodecidae- Demodex - MyobiidaeMyobia -Cheyletidae- Cheyletiella -Trombiculidae- Trombicula Sub-Ordem Cryptostigmata - Família Oribatidae 1.2.- CLASSE INSECTA 1.2.1. – Ordem Phthiraptera a- Sub-Ordem Amblycera - Família Menoponidae - Família Boopidae b- Sub-Ordem Ischnocera - Família Trichodectidae - Família Philopteridae c- Sub-Ordem Anoplura - Família Haematopinidae
1.2.4. –Ordem Diptera a- Sub-Ordem Nematocera - Família Culicidae - Família Ceratopogonidae - Família Simulidae - Família Psychodidae b- Sub-Ordem Brachycera Tabanomorpha - Família Tabanidae c- Sub-Ordem Brachycera Cyclorrhapha - Família Muscidae - Família Calliphoridae - Família Sarcophagidae - Família Oestridae - Família Cuterebridae - Família Gasterophilidae - Família Hippoboscidae UNIDADE III Protozoários - Conceito. Morfologia Geral - Endamoebidae, Trichomonadidae
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-
Hexamitidae, Mastigoamoebidae Trypanosomatidae
- Trichuriidae
-
Eimeridae Sarcocystidae Plasmodidae, Haemoproteidae, Hepatozoidae Babesiidae, Theileridae Anaplasmataceae e Rickettsiaceae
AULAS PRÁTICAS
UNIDADE IV Trematoda -
Conceito. Morfologia Geral Fasciolidae, Dicrocoelidae Paramphistomatidae Schistosomatidae Técnicas de exames de fezes
- Coleta e conservação de Artrópodes - Mallophaga e Anoplura - Diptera - Culicidae,Ceratopogonidae, Psychodidae e Simulidae - Brachycera e Muscidae - Calliphoridae, Sarcophagidae, Oestridae,
UNIDADE V Cestoda - Conceito. Morfologia Geral
Cuterebridae, Gasterophilidae - Acari, Gamasida e Oribatida - Ixodida e Acaridida - Coleta e conservação de Helmintos - Técnicas de exame de fezes - Morfologia de ovos e oocistos - Diagnóstico de Hemoparasitos - Identificação de larvas de Trichostrongylidae - Morfologia de Nematódeos
- Taeniidae. - Davaineidae, Hymenolepidae - Dilepididae, Anoplocephalidae.
- Morfologia de Cestódeos - Morfologia de Trematódeos - Morfologia de Protozoários
UNIDADE VI Nematoda - Conceito. Morfologia Geral - Rhabditidae, Strongyloididae - Oxyuridae
BIBLIOGRAFIA BARRIGA, O. O. 2002. Las Enfermedades Parasitarias de los animales domésticos em la américa latina. Editorial Germinal, Santiago do Chile. 1a edição. 247 p.
- Ascaridae, Subuluridae, Heterakidae - Ancylostomatidae, Syngamidae, - Stephanuridae. - Trichostrongylidae. - Protostrongylidae, Dioctophymatidae. - Spiruridae, Ascaropidae. - Physalopteridae. - Acuriidae, Tetrameridae, Thelazidae. - Dipetalonematidae, Filariidae,
CARRERA, M. 1991. Insetos de Interesse Médico-Veterinário. Editora UFPR. 1a edição 228 p. COSTA LIMA, A 1960. Insetos do Brasil – vols. 1, 2 e 4. Ed. ENA/UFRRJ.
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______________________________________________________________________________________________
FLECHTMANN, C. H. W. 1975. Elementos de Acarologia. Editora Nobel. 344p. FORATINI, O. P. 1973. Entomologia Médica. Volume 1-4 1a edição Universidade de São Paulo, 535 p. FORTES, E. 1987. Parasitologia Veterinária – Editora Sulina 453 p.
REY. L. 2002. Bases da Parasitologia Médica. Editora Guanabara-Koogan. Segunda edição. 380 p. SLOSS, M. W. 1999. Parasitologia clínica veterinária. 60edição. Editora Manole. 208 p. SOULSBY, E. J. L. 1977. Helminths, Arthropods & Protozoa of Domestic Animals. 6 aed. Lea & Febiger 824 p.
FREITAS, M. G. et al – 1982. Manual de a
Acarologia Médica e Veterinária 6 UFMG, 252 p.
edição
GEORGI, J.R. Parasitologia veterinária. Philadelphia. Portuguesa, Saunders. 1980. HARDWOOD, R. F. & JAMES, M. T. 1979. Entomology in Human and Animal Health, 548 p HOFFMANN, R. P. 1987. Diagnóstico de
URQUART,G.M.; ARMOUR, J.; DUNCAN, J. L.; DUNN, A. M.; JENNINGS, F. W. 1998. Parasitologia Veterinária. Segunda edição. Editora Guanabara koogan. 273 p. E-mail:
[email protected] Homepage: http://w3.ufsm.br/parasitologia E-mail laboratório:
[email protected]
Parasitismo Veterinário. Editora Sulina. 156 p. NEVES, J. 1983. Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. 1248p. PESSOA, S. B. 1978. Parasitologia Médica – 10a edição Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 851 p. PINTO, C. 1938. Zooparasitos de Interesse Médico Veterinário. Pimenta de Mello & Cia, Rj. 375 p. REY, L. 2001. Parasitologia. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan. 856 p.
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CAPÍTULO I
Conceitos e Classificação
____________________________________________________________________________________ I - CONCEITOS EM PARASITOLOGIA 1) PARASITO: Origem grega significa ser que se alimenta de outro (hospedeiro). Indivíduo que necessita outro ser para ter abrigo, alimento, para reproduzir e perpetuar a espécie. A relação parasita - hospedeiro é muito importante, por exemplo: - Acantocéfalos e cestóides: têm uma dependência de 100 % do hospedeiro, pois necessitam deles para sua nutrição. - Nematóides: têm uma dependência menor, pois possuem tubo digestivo e obtêm seu O 2 no próprio habitat. 2) ENDOPARASITOS: São aqueles que têm contato profundo com tecidos e órgãos dos hospedeiros. Ex: helmintos e protozoários. 3) ECTOPARASITOS: São aqueles que têm contato com a pele dos hospedeiros. Ex: artrópodes (ácaros e insetos) como berne, carrapatos, pulgas. 4) INFECÇÃO: Invasão de um hospedeiro por organismos (vírus, bactérias, protozoários, helmintos).Termo
utilizado para endoparasitos (pode ocorrer infecção sem haver manifestação de doença). 5) INFESTAÇÃO: É o estado ou condição de ser infestado, restrito à presença de parasitas externos.Termo utilizado para ectoparasitos.
II - TIPOS DE PARASITOS: 1) OBRIGATÓRIO: Aquele que precisa de um hospedeiro para sobreviver. Ex: Toxoplasma . 2) FACULTATIVO: Aquele que pode ou não viver parasitando, ou seja têm fase de vida livre. Ex.: Sarcophagidae (As moscas são atraídas pelo exsudato das lesões, botam ovos, eclodem as larvas que se alimentam do tecido necrosado. Normalmente essas larvas são encontradas em animais em putrefação. 3) ACIDENTAL: Acidentalmente entra em contato com o hospedeiro porém não evolui nele. Aquele que vai a outro lugar que não o ideal e fica por acaso. Ex.: Dipylidium . 4) TEMPORÁRIO: Procura o hospedeiro somente para se alimentar. Ex.: pulgas e mosquitos.
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5) PERMANENTE: Permanece no hospedeiro em todas suas fases. Ex.: sarnas. 6) PERIÓDICO: Apenas em uma determinada fase de sua vida é parasito. Aquele que parasita por tempo determinado. Ex: carrapato, berne, miíase.
berne ovipõe na mosca de estábulo e passa de ovo à larva. IV - TIPO DE CICLO DO PARASITO 1) MONOXENO: Infesta ou infecta diretamente seu HD, sem necessitar de HI. Ex: Haemonchus.
III - TIPOS DE HOSPEDEIROS
2) HETEROXENO: Quando existe um ou mais HIs ou HDs . Ex:
1) DEFINITIVO (HD): É aquele onde o parasito é encontrado na sua forma adulta. Em protozoários, ele se encontra na fase sexuada.
Ciclo de Dipylidium, Fasciola.
2) INTERMEDIÁRIO (HI): É aquele onde se encontra a forma imatura do parasito. Em protozoários, ele se encontra na fase assexuada. Ex: Anopheles (HI do Plasmodium ).
3) PARATÊNICO: Hospedeiro de transporte. É aquele que alberga o parasito. É quase indispensável, entra no ciclo por acidente. Ex: Heterakis (no ciclo do Histomonas ). 4) VETOR: Usado para Artrópodes. Podem ser: - Mecânico: Mero transportador. Ex: o ácaro Macrocheles usa o besouro para se transportar. - Biológico: É como um HI, pois vai haver um desenvolvimento do parasito. Ex: a mosca do
V - ESPECIFICIDADE DOS PARASITOS 1) ESTENOXENOS: Quando são muito específicos, só aceitam aquele hospedeiro. Ex: Plasmodium . 2) EURIXENOS: Quando são pouco específicos, tendo uma variedade de hospedeiros. Ex: Toxoplasma . VI - AÇÃO DO PARASITO SOBRE O HOSPEDEIRO 1) AÇÃO MECÂNICA: A) Obstrução: como a de Ascaris , formam bolos de vermes no intestino e o obstruem. B) Compressão: como a do cisto hidático, que conforme vai crescendo vai comprimindo os orgãos. 2) AÇÃO ESPOLIADORA: Seqüestram nutrientes e fluidos do hospedeiro. Ex: Haemonchus.
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3) AÇÃO INFLAMATÓRIA/ IRRITANTE: Penetração ativa de larvas na pele. Ex: Strongyloides papillosus.
4) AÇÃO DE TRANSMISSÃO: Transmitem agentes patogênicos. Ex: Carrapato transmitindo Babesia. VII - PERÍODOS DE PARASITISMO 1) PERÍODO PRÉ-PATENTE (PPP): Do momento da infecção até a maturidade sexual. 2) PERÍODO PATENTE (PP): Da fase adulta até a fase de fim da vida dos parasitos ou fim da infecção. Em protozoários, é a fase de reprodução sexuada. CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS -NECESSIDADE: Distribuição dos seres em grupos formados segundo as afinidades mais ou menos íntimas e que pareçam evidentes para o especialista. CLASSIFICAÇÃO NATURAL: Apoia-se em dados filogenéticos (estuda a evolução de um grupo ou espécie de plantas ou animais, estudo da evolução das espécies), ontogênicos (estudo da origem e desenvolvimento desde o nascimento até adulto) e biogeografia procurando evidenciar as diferenças e as relações de parentesco entre os pontos extremos da árvore genealógica dos seres vivos e que representam as espécies atuais conhecidas. Desta forma procura-se esclarecer a história da evolução destes seres.
CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL: Apoia-se em caracteres de certos órgãos estudados pelo especialista e por ele escolhidos arbitrariamente. DIVISÕES: ESPÉCIE - é a reunião de indivíduos que possuem características semelhantes e que ao reproduzirem-se transmitem a sua descendência esses mesmos caracteres, dando origem assim a novos indivíduos igualmente semelhantes. A espécie distingue-se pelos seus caracteres próprios, porém podem possuir certo número de caracteres comuns com outros organismos que lhes são vizinhos. Descendência comum: Graus de variação quase que imperceptíveis; até em indivíduos da mesma geração, há grande semelhança entre eles. Cada grupo de indivíduos representante da unidade zoológica constitui uma espécie. São tão semelhantes entre si como os descendentes de um só indivíduo, tendo traços comuns a todos eles e que são denominados de caracteres específicos. VARIEDADE E RAÇA: Na mesma espécie podem ocorrer um ou mais grupos com uma ou várias pequenas diferenças da forma específica típica, e que se perpetuam na geração. Este grupo ou grupos recebem o nome de variedade ou raça. Pode desaparecer ao modificar o meio em que vivem. SUB-ESPÉCIE:
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Formas intermediárias entre espécie e variedade. Grupo de indivíduos que apresenta
Ramo ou Filo – Conjunto de Classes. Os diversos ramos ou filos pertencem ao Reino
dentro da espécie alguma característica particular que se transmite por herança. Ex: Felis catus domesticus .
animal ou ao Reino vegetal.
GÊNERO: A reunião de espécies chama-se de GÊNERO. Muitos gêneros, além dos caracteres que lhes são peculiares, apresentam (em comum com outros gêneros) certo número de caracteres
TERMOS INTERMEDIÁRIOS: Há necessidade, em diversos casos, de fazermos grupamentos intermediários entre os diversos grupos, antepondo-se prefixos sub ou super conforme o grupamento situar-se respectivamente abaixo ou acima de um certo grupo. Desta forma, podemos Ter: FILO – sub-
também semelhantes, e a reunião desses grupos todos constituem um conjunto mais vasto que se denomina FAMÍLIA. Grupos de espécies consideradas próximas entre si pela comunidade de certos caracteres denominados genéricos, recebendo cada grupo o nome de gênero (genus). A validade dos caracteres genéricos apoiados em poucos caracteres podem carecer de base, pois a
filo, CLASSE – sub-classe. ORDEM – sub-ordem – super-família – FAMÍLIA – sub-família – Tribu. GÊNERO – sub-gênero – ESPÉCIE – subespécie – variedade.
descoberta de grupos intermediários de espécies nas quais estes aspectos apresentam grande gama de variação, levam o especialista a agrupar vários gêneros sob uma designação única.
Código que visa impedir confusões na designação científica dos animais uniformizando-a. Tem como ponto de partida a classificação de Linnaeus 1758.
GRUPOS SUPERIORES AO GÊNERO: Família – Terminam sempre em idae. Conjunto de gêneros que mantêm entre si grandes afinidades, oferecendo certo número de traços comuns. No caso da existência de famílias também com certo número de características comuns com outras famílias, sua reunião vai se constituir numa ORDEM. Ordem – Conjunto de Famílias. As diversas ORDENS do mesmo modo podem reunir-se formando uma CLASSE. Classe – Conjunto de Ordens.
REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA
Nomenclatura Zoológica é o sistema de nomes científicos aplicados aos animais vivos ou fósseis. A nomenclatura zoológica é independente de outros sistemas. Uma só palavra (uninominal): O nome de um grupo superior à espécie. Ex: Necator (gênero), Ancylostomidae (família), Strongyloidea (superfamília), Nematoda (Classe). Duas palavras (binominal):
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O nome de espécie. Ex: Necator americanus, Ancylostoma caninum.
Três palavras (trinominal): O nome de subespécie. Ex: Hymenolepis nana fraterna, Trypanosoma vivax vienes.
Parênteses: O nome de um subgênero é escrito dentro de parênteses, entre o nome genérico e o nome específico. Ex: Heterakis (Heterakis) gallinarum, Oesophagostomum (Bovicola) radiatum.
A nomenclatura deve ser em latim ou latinizada; se for uma combinação arbitrária de letras deve ser formado de modo a ser tratado como palavra latina. O nome genérico (gênero) deve ser empregado como substantivo no nominativo singular e sempre escrito com a primeira letra maiúscula. Ex: Oxyuris equi, Babesia caballi. O nome específico (espécie) deve ser sempre escrito em letra minúscula. Um nome específico dedicado a uma mulher deve terminar em ae e se for para homem em i. Ex: cuvieri – ruthae. -O nome de uma sub-família é formado acrescentando-se inae. Ex: Culicinae -O nome de família é formado acrescentando-se idae. Ex: Eimeriidae -O nome de uma superfamília deve ter a terminação oidea. Ex: Strongyloidea -Tribo deve terminar em ini. Ex: Anophelini _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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CAP TULO II ____________________________________________________________________________________
Artrópodes
FILO ARTHROPODA (ARTHRON = ARTICULAÇÃO, E PODOS =PÉS) - Tubo digestivo completo.
CARACTERÍSTICAS: - Apêndices articulados. - Simetria bilateral. - Corpo geralmente
- Sistema circulatório aberto (a hemolinfa não está contida em vasos, é transparente, contém segmentado
(somitos,
hemócitos e circula entre os órgãos). - Respiração por traquéias, brânquias e/ou
metâmeros) e articulado exteriormente.
pulmões.
- Cabeça,
- Fecundação interna.
tórax
e
abdômen
diferenciados
(insetos) ou fusionados (ácaros).
- Presença de órgãos de sentido como antenas,
- Exoesqueleto endurecido (quitina).
pêlos sensitivos.
- Fazem mudas.
- Reprodução sexuada.
CLASSES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRI A: Classes
ARACHNIDA
Exemplos
Aranha,
INSECTA
PENTASTOMIDA
escorpião, Piolho, pulga, mosca, Linguatulídeos.
carrapato e sarna.
mosquito.
Regiões do corpo
Cefalotórax, abdômen
Cabeça, tórax, abdômen Corpo lanceolado
Peças bucais
Quelíceras, palpos
Labro,
mandíbulas, Dois pares de ganchos
maxilas e lábio o
N de Antenas
Áceros
Díceros
Áceros
Pares de patas
4 pares patas
3 pares patas
Ápodes
Ciclo evolutivo
Direto, exceto acarinos
indireto
Indireto
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CLASSE ARACHNIDA Ordem Acarina (Acari) MESOSTIGMATA
METASTIGMATA
PROSTIGMATA
ASTIGMATA
ORIBATIDA
(sem dentes no hipostômio)
(Estigma entre o 3 e 4 par
(estigma situado
(sem estigma respiratório)
Cryptostigmata
de patas ou atrás do 4o par
anteriormente)
o
o
(respiração
de patas e hipostômio com
cutânea)
dentes recurrentes) Dermanyssidae -Dermanyssus
Argas
Demodecidae- Demodex
Argasidae- Ornithodorus Macronyssidae- Ornythonissus
Myobia
Knemidocoptidae- Knemidocoptes
Laelaps
Ixodidae- Rhipicephalus Varroidae-
Oribatuloidea
Sarcoptes
Otobius
MyobiidaeLaelapidae-
Notoedres
Sarcoptidae -
Varroa
Amblyomma
Macrochelidae - Macrocheles
Cheyletidae- Cheyletiella Psoroptidae -
Boophilus Anocentor
Psoroptes Otodectes Chorioptes
Trombiculidae- Trombicula (só a larva é parasita, com 3 pares de patas)
Railletidae-
Railletia
MyocoptidaeAnalgidae Acaridae -
Myocoptes Megninia
Ácaros da poeira
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Ácaros - Mesostigmata ____________________________________________________________________________________
PARTE I
Mesostigmata
____________________________________________________________________________________ FILO ARTHROPODA
GÊNERO: Dermanyssus
CLASSE ARACHNIDA
ESPÉCIE: Dermanyssus gallinae
ORDEM ACARI (ACARINA)
CARACTERÍSTICAS:
CARACTERÍSTICAS:
- Escudo dorsal redondo. - Quelíceras que terminam (bifurcação).
- Ácaros de pequeno porte. - Quelíceras modificadas e palpos curtos.
em
quelas
(meso - mediano; stigmata - espiráculo)
- Todas as patas com garras e carúnculas. - Escudos truncados posteriormente. - Chamado vulgarmente de piolhinho, ácaro vermelho das aves). - Passa a maior parte do tempo fora do hospedeiro, em frestas e gaiolas. Quando no hospedeiro, preferem a região da cloaca. - Especificidade baixa e ciclo rápido (45 dias).
CARACTERÍSTICAS: - Um par de estigmas respiratórios ao nível da
HOSPEDEIROS: Parasita de galinhas
coxa II e III abrindo-se em peritremas alongados. - Presença de escudo dorsal. - Hipostômio desprovido de dentes recurrentes. - Podem ser de vida livre ou parasitas internos (vias respiratórias) ou externos de répteis, aves e mamíferos.
(principalmente canários).
-
Cefalotórax e abdômen fusionados. Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. Larvas com três pares de patas. Ninfas e adultos com quatro pares de patas. Respiração cutânea ou traqueal.
SUBORDEM MESOSTIGMATA (Gamasida)
e
outras
aves
CICLO:
- Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocar reações cutâneas e alguns podem causar anemia. - Ciclo: ovo - larva - protoninfa - deutoninfa adultos FAMÍLIA DERMANYSSIDAE
Figura 1. Visão dorsal do ácaro das aves, Dermanyssus sp. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Ácaros - Mesostigmata ____________________________________________________________________________________ desenvolvimento das aves jovens. - Pode atacar o homem causando dermatites. - Podem ser vetores de agentes patogênicos (vírus, bactérias). - A anemia pode levar a morte dos animais. -
CONTROLE:
Remoção dos ninhos das aves. Limpeza dos galinheiros, gaiolas. Aplicação de acaricidas nas paredes e pisos das instalações.
- Higiene e isolamento das aves parasitadas. - Aquisição de aves livres de ácaros. Figura 2. Dermanyssus sp. montado em lâmina A fêmea desse ácaro inicia a postura 12 a 24 horas após se alimentar de sangue no hospedeiro. Ovos são depositados em fendas ou detritos acumulados no galinheiro, ninhos das galinhas ou de outras aves. As fêmeas fazem várias posturas sucessivas, sendo cada postura precedida de uma alimentação de sangue. 48 a 72 horas após a postura há a eclosão das larvas (estas não se alimentam) e em 24 a 48 horas passam a protoninfa. 24 a 48 horas passam a deutoninfa (estas se alimentam) e em mais 24 a 48 horas passam a adultos. O ciclo todo pode ser completado em 7 dias. Adultos podem sobreviver até 4 a 5 meses no ambiente sem alimentação. O hábito alimentar é noturno. De dia são encontrados nos ninhos e frestas dos galinheiros. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA:
- Provoca diminuição da postura, perda de peso, irritação, anemia, influencia no
FAMÍLIA MACRONYSSIDAE
GÊNERO Ornithonyssus ESPÉCIES:
Ornithonyssus
bursa,
Ornithonyssus sylviarum
CARACTERÍSTICAS:
-
Escudo dorsal pontiagudo. Quelíceras finas e longas. Especificidade baixa e ciclo rápido. Geralmente passa todo o ciclo sobre a ave. Hematófago. Fora do hospedeiro pode sobreviver até dois meses sem alimentação. - Localização preferida é na cloaca que fica com aparência de suja (escura), mas em grandes infestações é encontrado em todo o corpo da ave. HOSPEDEIROS:
Galinhas e outras aves domésticas (perus, patos) e silvestres (pombos, pardais). ESPÉCIE: Ornithonyssus bacoti
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Ácaros - Mesostigmata ____________________________________________________________________________________ animais devem ser tratados com acaricidas. CARACTERÍSTICAS:
- Parasita de ratos silvestres, podendo parasitar ratos brancos e camundongos, pois podem entrar em laboratórios.
FAMÍLIA LAELAPIDAE GÊNERO Laelaps ESPÉCIES: Laelaps nuttalli, Echinolaelaps echidninus
CICLO:
As fêmeas fazem a postura sobre o hospedeiro ou nos ninhos, sendo grande o número de ovos nas plumas das aves - As larvas eclodem em cerca de três dias (não se alimentam) - em 17
- O 1 o par de patas é em forma de S e projetase anteriormente. - Placa genito-ventral ou placa epiginial em forma de gota e escavada posteriormente.
horas passam a protoninfas que se alimentam mais 1 a 2 dias passam a deutoninfas - mais 1 a 2 dias à adultos. Ciclo pode ser completado em 7 dias.
- Presença de cerdas no corpo. - Placa dorsal não é dividida e cobre quase todo o dorso.
Figura 4. Ácaro Laelaps sp. HOSPEDEIROS: Ratos
Figura 3. Ornithonyssus adulto. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA:
Mesmo do gênero Dermanyssus. CONTROLE:
Mesmo do gênero Dermanyssus , porém os
CICLO:
São ovovivíparos. A fêmea dá nascimento a larvas que não se alimentam após 10 a 12 horas da fecundação - em 3 a 8 dias passam a protoninfa - em 3 a 8 dias passa a deutoninfa - e em mais 5 a 6 dias a adultos. Habitam os ninhos dos ratos.
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Ácaros - Mesostigmata ____________________________________________________________________________________
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA
HOSPEDEIROS: Moscas (principalmente Musca domestica ) e
E SAÚDE PÚBLICA: Tem importância em animais de laboratório. O
outros insetos.
Echinolaelaps serve de hospedeiro definitivo de um protozoário (Hepatozoon muris ) que se aloja no fígado dos ratos. Os ácaros adquirem o protozoário ao parasitarem ratos infestados. O rato ao ingerir o ácaro adquire a infecção. O Echinolaelaps pode provocar dermatite no
CICLO:
homem.
horas para deutoninfas e levam quase 24 horas da fase de deutoninfa à adultos.
As fêmeas deste ácaro utilizam-se das moscas e outros insetos para dispersão e efetuam a postura nos locais de criação de mosca (fezes). As larvas eclodem em 6 a 10 horas apresentam 3 pares de patas e não se alimentam. Em 6 a 11 horas mudam para protoninfas, em 13 a 24
CONTROLE:
Limpeza das gaiolas, esterilizá-las com calor, vapor, acaricidas. Aplicação de acaricida nos ratos. FAMÍLIA MACROCHELIDAE
GÊNERO Macrocheles ESPÉCIE Macrocheles muscaedomesticae CARACTERÍSTICAS:
- Quelíceras queladas fortemente. - Placa dorsal única. - Primeiro par de patas mais fino, mais longo e sem carúnculas e garras que os demais. - Escudo ventral e genital separados. - Encontra-se em fezes de ruminantes, eqüinos e aves de postura. - Alimentam-se de larvas de moscas e nematóides. - Funciona como controle biológico dos outros, pois os insetos carregam agentes patogênicos (bactérias). - Parasita outros artrópodes.
Figura 5. Ácaro Macrocheles sp.
Figura 6. Ácaro Macrocheles parasitando Musca domestica.
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Ácaros - Mesostigmata ____________________________________________________________________________________ O ciclo é completado em 2 a 3 dias. Enquanto a mosca completa 1 geração o ácaro
CARACTERÍSTICAS:
completa 3 gerações. As fêmeas podem ficar ovipositando por até 24 dias e cada uma coloca um total de 90 ovos.
quitinizados (ex: escudo metapodal ou metapodossomal). - Patas bem desenvolvidas com ventosas. - Corpo mais largo do que longo. - A larva da abelha morre ou tem disfunção de alguma estrutura devido à alimentação do ácaro com hemolinfa.
IMPORTÂNCIA:
- Os adultos são predadores dos ovos e larvas de 1o ínstar de moscas, enquanto que as ninfas alimentam-se mais comumente de nematóides promovendo um controle
- Escudos
desenvolvidos
e
bastante
biológico. - É problemático em insetos criados em laboratório. CONTROLE:
- Por ser um problema em laboratórios, recomenda-se o uso de telas nas janelas e portas para impedir o acesso de moscas, já que estas podem estar dispersando os ácaros. - Pulverizar as fezes para controlar as larvas (não é ideal porque mata também os predadores e passada a ação do inseticida há uma superpopulação de larvas) e pulverizar o ambiente (instalações). CONTROLE BIOLÓGICO:
É complicado por requerer ambiente úmido, porém não fluído e não se alimentam de larvas de 2o e 3o ínstar, consomem em média dez presas por dia, não são muito longevos (a fêmea vive em média três semanas).
Figura 7. Visão ventral (acima) e dorsal de Varroa jacobsoni .
HOSPEDEIROS: FAMÍLIA VARROIDAE
Abelhas.
GÊNERO Varroa ESPÉCIE Varroa jacobsoni
CICLO:
Pouco conhecido. Alguns estudos relatam a _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Ácaros - Mesostigmata ____________________________________________________________________________________ preferência desse ácaro por zangões, pois estes têm livre acesso a outras colméias, levando a
ouvido externo do animal, as proto e deutoninfas no meio ambiente. As fêmeas dão nascimento
dispersão do ácaro.
as larvas (ovovivíparas) que não se alimentam. Esse ácaro provoca escarificação da pele do animal ao fixar-se (o pedicelo possui garras) o que leva a uma otite bacteriana subclínica (facilita a penetração das bactérias). Os zebuínos são mais sensíveis a esse ácaro do que o gado europeu, e a presença do ácaro no ouvido é comum nos animais (20-40 ácaros por ouvido).
IMPORTÂNCIA:
Ocorrem grandes prejuízos em apiários, principalmente em regiões frias pelo estresse, o ácaro parasita principalmente larvas e pupas, o que causa má formação dos insetos ou morte. Quando os insetos adultos são parasitados eles tem diminuição na sua produção e no caso de zangões há o perigo do ácaro alastrar-se para outras colméias Os prejuízos maiores são em colméias puras onde os insetos são mais sensíveis (Europa, EUA), no Brasil com os cruzamentos das espécies melíferas, estas adquirem maior resistência a esse ácaro.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA:
Tem importância apenas como porta de entrada para bactérias e conseqüentemente otites bacterianas. CONTROLE:
Limpeza e aplicação de acaricida no conduto FAMÍLIA RAILLIETIDAE GÊNERO Raillietia
auditivo, pois a presença do ácaro pode levar a otite.
CARACTERÍSTICAS:
- Parasita o conduto auditivo externo. - Escudo dorsal sem forma. - Presença de placa anal. ESPÉCIES Raillietia flecthmanni, Raillietia auris, Raillietia caprae.
HOSPEDEIROS: Raillietia flecthmanni -
búfalos e bovinos Raillietia auris - bovinos Raillietia caprae - caprinos (principal) e ovinos CICLO:
As fêmeas, machos e larvas localizam-se no _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Carrapatos - Metastigmata
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PARTE II
Carrapatos
____________________________________________________________________________________ FILO ARTHROPODA CLASSE ARACHNIDA ORDEM ACARI (ACARINA) CARACTERÍSTICAS: - Ácaros de pequeno porte. - Quelíceras modificadas e palpos curtos. -
Cefalotórax e abdômen fusionados. Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. Larvas com três pares de patas. Ninfas e adultos com quatro pares de patas. Respiração cutânea ou traqueal.
SUBORDEM METASTIGMATA (carrapatos) (meta - atrás; stigmata - espiráculo) FAMÍLIA IXODIDAE
Figura 9. Teleógina de carrapato. - Fêmeas com área porosa na base do capítulo. - Hipostômio com dentes recurrentes. - Carrapatos com escudo dorsal cobrindo toda a face dorsal no macho e somente 1/3 face dorsal da fêmea, ninfa e larva. - Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocarem reações cutâneas e causarem anemia. - Dimorfismo sexual nítido. - Ciclo: ovo - larva - ninfa – adultos. CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS: As fêmeas após se destacarem dos hospedeiros procuram um abrigo próximo ao solo, onde
Escudo Figura 8. Escudo incompleto na fêmea e completo no macho de Ixodidae. CARACTERÍSTICAS: - Possuem um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa IV abrindo-se em peritremas curtos.
põem grande quantidade de ovos. O período de ovipostura é de vários dias. Terminada a oviposição as fêmeas morrem. Os ovos são castanhos, esféricos e pequenos. O desenvolvimento do ovo até adulto depende muito das condições de temperatura. As baixas temperaturas prolongam os estádios de desenvolvimento.
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Carrapatos - Metastigmata
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alguns dias, a larva sofre muda da cutícula e se transforma em ninfa. Esta que é octópoda
Figura 10. Postura de Ixodidae. Durante o desenvolvimento os ixodídeos passam pelos estádios de larva hexápoda, ninfa octópoda e adulto. Larvas eclodidas sobem pelas gramíneas e arbustos e esperam a passagem do hospedeiro para os quais se transferem. Após sugar o sangue dos hospedeiros durante
espera alguns dias para o enrijecimento da cutícula, ingurgita-se de sangue e muda novamente de cutícula para se transformar em adultos (macho ou fêmea). As fêmeas repletas de sangue se desprendem do hospedeiro e no solo após um período de descanso, iniciam a ovipostura. Os machos permanecem mais tempo no hospedeiro. A cópula usualmente ocorre sobre o hospedeiro. CLASSIFICAÇÃO DO CICLO DE ACORDO COM O NÚMERO DE HOSPEDEIROS: 1- Monoxeno - Carrapato de um só hospedeiro – É quando todos os três estádios (larva, ninfa e adulto) se alimentam no mesmo hospedeiro,
Figura 11. Ciclo de Boophilus microplus. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Carrapatos - Metastigmata
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onde também realizam as mudas. 3- Trioxeno – Carrapato de três hospedeiros – 2- Dioxeno – Carrapato de dois hospedeiros – Os estádios de larva e ninfa são no mesmo hospedeiro, onde também é realizada a primeira ecdise. A segunda ecdise se realiza no solo e o ixodídeo adulto procura um segundo hospedeiro.
Para cada estádio há um hospedeiro, todas as mudas são feitas fora do hospedeiro.
Figura 12. Ciclo de um carrapato monoxeno.
1- Larvas se alimentam no animal e ingurgitam. 2- Larva muda para ninfa no solo. 3- Ninfa se alimenta, ingurgita e deixa o animal. 4- Ninfa muda para macho ou fêmea 5- Machos e fêmeas copulam e se alimentam no animal. 6- Fêmea vai ao solo fazer postura.
Figura 13. Ciclo de um carrapato trioxeno. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Carrapatos - Metastigmata
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Chave para identificação dos gêneros da família Ixodidae encontrados no Brasil 1- Escudo sem ornamentação
2
Escudo com ornamentação 2- Olhos ausentes Olhos presentes
4 3 4
Ixodes 3- Festões ausentes e sulco anal anterior ao ânus Festões presentes, sulco anal posterior ao ânus, segundo artículo dos palpos angular Haemaphysalis lateralmente
4- Festões presentes Festões ausentes
5 6
5- Com 11 festões e olhos presentes
Amblyomma
Anocentor Com 7 festões e olhos presentes Festões presentes somente nos machos, escudo usualmente sem ornamentação, coxa I Rhipicephalus com 2 espinhos longos, com 4 placas adanais ventrais (2 pouco desenvolvidas)
6- Sulco pós-anal ausente nas fêmeas e pouco evidente nos machos, Coxa I com dois Boophilus espinhos curtos em ambos os sexos, com 4 placas adanais bem desenvolvidas
OBS: Larvas – Possuem 3 pares de patas e escudo incompleto. Ninfas – Possuem 4 pares de patas e escudo incompleto. – Possuem 4 pares de patas e aparelho genital. Fêmeas Possuem 4 pares de patas, escudo completo e aparelho genital. Machos-
GÊNERO: Rhipicephalus
- Base do gnatossoma geralmente hexagonal.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Palpos e rostro curtos.
Base do capítulo hexagonal
Placas adanais Figura 14. Ninfa de Rhipicephalus sanguineus.
Figura 15. Macho de Rhipicephalus sanguineus.
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- Escudo sem ornamentação; olhos e festões presentes, coxa I bífida. - Machos com um par de placas adanais desenvolvidas e um par rudimentar. - Peritremas em forma de vírgula acentuados no macho e pouco acentuados na fêmea. ESPÉCIE: Rhipicephalus sanguineus HOSPEDEIROS: - Parasita de cães, mas pode parasitar também gato e carnívoros silvestres. CICLO: É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros.
Figura 16. Cão parasitado por Rhipicephalus sanguineus.
As fêmeas põem de 2000 a 3000 ovos em toda sua vida.
PARÂMETROS BIOLÓGICOS PERÍODO
DIAS
Pré- postura Incubação Sucção da larva Muda da larva Sucção da ninfa Muda da ninfa Sucção da fêmea
3 17-60 2-7 5-23 4-9 11-73 6-30
SOBREVIVÊNCIA As larvas não alimentadas podem sobreviver até oito meses e meio. As ninfas seis meses. Adultos até 19 meses. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA: Este carrapato é comum em cães.
Altas infestações provocam desde leves irritações até anemia por ação espoliadora. O carrapato pode atacar qualquer região do corpo, porém é mais freqüente nos membros anteriores e nas orelhas. É considerado o principal transmissor da babesiose canina; a transmissão pode ser transovariana ou transestadial, pode também transmitir vírus e
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bactérias. Pode atacar o homem causando dermatites. CONTROLE: -Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias. -Limpeza dos canis. -Aplicação de acaricidas nas paredes, teto e piso das instalações. -Higiene e isolamento dos cães.
GÊNERO
Boophilus
ou
Rhipicephalus
Atualmente, após sequenciamento genético o gênero Boophilus passou a ser subgênero de Rhipicephalus , passando então a se chamar Rhipicephalus (Boophilus) microplus.
Figura 18. Macho de Boophilus microplus. - Festões ausentes. - Peritremas arredondados ou ovais. - Machos com dois pares de placas adanais desenvolvidas e geralmente com prolongamento caudal. ESPÉCIE
Rhipicephalus
(Boophilus)
microplus
HOSPEDEIROS: Bovídeos, pode ser encontrado em outros hospedeiros domésticos e silvestres. CICLO: O R.(B.) microplus é um carrapato de um só hospedeiro (monoxeno). As fêmeas ingurgitadas (denominadas Figura 17. Gnatossoma de
Rhipicephalus (Boophilus) microplus
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos lateral e dorsalmente. - Base do gnatossoma hexagonal. - Escudo sem ornamentação. - Olhos presentes.
teleóginas) e prestes a darem início a ovoposição desprendem-se naturalmente do hospedeiro e no solo procuram um lugar apropriado para a ovipostura. A oviposição pode durar vários dias. As teleóginas realizam a postura de 3000 a 4000 ovos que permanecem aglutinados. Terminada a ovoposição a fêmea morre.
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A duração do ciclo não parasitário varia muito dependendo das condições climáticas, sendo 27
*NAS PASTAGENS: a)Limpeza das pastagens
0
C e 80% umidade as condições ideais para o desenvolvimento do ciclo.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA: 1- Dano direto causado pela picada do carrapato, com irritação local e perda de sangue -A picada do carrapato provoca irritação e predispõe o animal a ataques de moscas –
Mudança de vegetação através de drenagem, calagem e gradagem do solo diminui consideravelmente a quantidade de larvas na pastagem. A limpeza, com corte de pastos, de arbustos (abrigos naturais das larvas) contribui para diminuição da infestação dos rebanhos. b)Rotação das pastagens
miíases. -A pele irritada serve de via de acesso para infecções secundárias. -Cada fêmea suga em toda a sua vida 1,5 ml de sangue, o que provoca anemia e perda na produtividade de carne e leite. -Desvio de energia: Há um enorme esforço do animal para compensar os danos causados pelo carrapato o que representa um desvio de
Consiste na mudança dos rebanhos para novas pastagens em épocas estratégicas, de acordo com a biologia do carrapato. A pastagem deve permanecer em descanso por determinado tempo até que as larvas morram por falta de alimentação.
energia que seria convertida para produção. -Desvalorização dos couros e diminuição na produção das vacas leiteiras.
pouco eficaz, pois algumas larvas não morrem porque penetram no solo ou nas partes mais profundas da vegetação.
2- Inoculação de toxinas -Durante a sucção eles injetam substâncias tóxicas prejudiciais a saúde dos bovinos. -As picadas podem produzir uma paralisia que se inicia nos membros anteriores e em poucos
d)Tratamento das pastagens com carrapaticida Não compensa, é uma operação difícil e onerosa.
dias atinge todos os órgãos. Não se tem notícia disso no Brasil.
*CONTROLE NO HOSPEDEIRO a)Banho de Imersão É o método preferido há vários anos. Utilizado para propriedades com grande número de animais, pois o custo das instalações e gasto com produtos químicos é alto.
3- Transmissão de doenças -Transmite a Babesia e o Anaplasma agentes causadores da tristeza parasitária bovina. -Pode transmitir também viroses e bactérias.
c)Queima das pastagens É um método bastante utilizado no Brasil, porém
b)Aspersão ou spray CONTROLE: _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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É econômico e prático, utilizado em pequenas propriedades.
não deixar que entrem em açudes após o banho.
Os resultados dependem muito da habilidade e do cuidado do operador. O jato de deve molhar o animal no sentido oposto a implantação do pelos. É mais seguro que o de imersão para animais novos e vacas gestantes. Deve-se seguir a risca as instruções dos fabricantes dos carrapaticidas.
- Enviar ao laboratório se preciso, amostras do banho para medir concentração do medicamento.
RECOMENDAÇÕES NA APLICAÇÃO DOS BANHOS: - Verificar o nível da suspensão ou emulsão no tanque carrapaticida, ajustando o volume com adição de água ou de carrapaticida. - Homogeneizar a emulsão ou suspensão, revolvendo o sedimento antes de banhar o gado. - Fazer a recarga do banheiro de acordo com as
-
GÊNERO Amblyomma CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Palpos e hipostômio longos. - Geralmente ornamentado. Olhos e festões presentes. Base do gnatossoma de formas variadas. Placas adanais ausentes no macho. Peritremas em forma de vírgula ou triangular.
instruções do fabricante. - Banhar os animais descansados e sem sede. - Banhar os animais nas horas mais frescas do dia. - Evitar exposição dos animais ao sol quente. - Evitar banhar os animais em dias de chuva, e Figura 20. Carrapato Amblyomma sp. ESPÉCIE Amblyomma cajennense HOSPEDEIROS: - Parasita a maioria dos animais domésticos e alguns silvestres. - Pode parasitar o homem. Figura 19. Peritrema de Amblyomma.
CICLO:
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É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos em toda sua vida. IMPORTÂNCIA: Pode transmitir vários agentes patogênicos, como Borrelia, agente da doença de Lyme e Rickettsia rickettsi causadora da febre maculosa.
ESPÉCIE Anocentor nitens HOSPEDEIROS: Eqüídeos. LOCALIZAÇÃO: Principalmente no pavilhão auricular. CICLO: Monoxeno. As fêmeas põem em média 3000 ovos no solo.
A sua picada pode originar ferimentos na pele de cura demorada.
As larvas podem resistir até 71 dias sem se alimentar quando as condições são favoráveis.
CONTROLE: Mesmo do Rhipicephalus.
IMPORTÂNCIA: Pode transmitir vários agentes patogênicos como Babesia . A sua picada pode originar ferimentos na pele com até perda da orelha. Favorece miíases.
GÊNERO Anocentor . CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Rostro e palpos relativamente curtos. - Peritremas circulares (parece um dial de telefone). -
Escudo sem ornamentação. Com sete festões. Coxas IV muito maiores que as demais. Sem placas adanais.
Figura 22. Fêmea de A. nitens
Figura 21. Peritrema de Anocentor
FAMÍLIA ARGASIDAE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Não possuem escudo. - Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas e anterior nas larvas.
nitens
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- Palpos livres. - Orifício genital entre as coxas I e II. - Fêmeas sem áreas porosas na base do capítulo. - Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso. - Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas. - Dimorfismo sexual pouco acentuado. GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA: Argas, Ornithodorus e Otobius .
GÊNERO Argas
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: - Face dorsal separada da ventral por um bordo lateral nítido. - Achatado dorso-ventralmente. - Aparelho bucal na face ventral.
Figura 24. Face dorsal e ventral de Argas sp.. −
Durante o dia os adultos permanecem escondidos em buracos e frestas, sob cascas de árvores, lugares protegidos da luz. −
À noite saem dos esconderijos e sobem nas aves para sucção que dura em média 30 minutos. −
Após a alimentação as ninfas e adultos voltam para os esconderijos e as fêmeas se preparam para postura. −
Figura 23. Carrapato Argas sp.
Cada sucção corresponde a uma postura de 120 a 180 ovos. −
HOSPEDEIROS: Galinha, peru, pombo e outras aves. Carrapato comum em galinheiros. CICLO:
A fêmea põe ao todo uns 600 ovos.
−
O período de incubação dos ovos é de três semanas dependendo da temperatura e umidade. −
A larva hexápoda ataca as aves, fixando-se geralmente na pele do peito e sob as asas onde
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Carrapatos - Metastigmata
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suga durante 5 a 10 dias, depois disso ela retorna ao esconderijo. −
Depois de ingurgitada ela volta ao esconderijo onde muda a cutícula transformando-se na N1 (ninfa 1 ou protoninfa). −
Esta procura o hospedeiro e alimenta-se por 30 a 60 min. −
Regressa ao abrigo e muda para N2.
−
Esta também procura o hospedeiro se alimenta e muda. −
Após a muda aparecem os adultos.
−
Ciclo biológico em condições favoráveis de temperatura e umidade se completa em 2 meses.
−
Os adultos copulam fora do hospedeiro, nos esconderijos, e as fêmeas só realizam postura após o repasto sangüíneo. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA: -Tem importância pela sua ação espoliadora levando à anemia e mortalidade de aves, principalmente as jovens. - Há lesões hemorrágicas na pele. -Os carrapatos irritam as aves, estas bicam a pele e conseqüentemente há diminuição da postura. -Há desenvolvimento retardado das aves novas. -Serve como transmissor de microorganismos (Borreliose). DIAGNÓSTICO: Procurar os ácaros à noite, larvas a qualquer hora do dia principalmente embaixo das asas.
GÊNERO Ornithodorus
Figura 25. Ciclo do carrapato de aves Argas. 1- Adultos ingurgitam sobre a ave. 2- Fêmea cai e faz postura dos ovos. 3- Larvas fixam-se na ave. 4- Larvas ingurgitam. 5- Larvas caem e fazem ecdise. 6- Ninfas 1 fixam-se na ave e ingurgitam. 7- Ninfas 1 caem e fazem ecdise para Ninfas 2 8- Ninfas 2 sobem na ave e ingurgitam. 9- No solo as N2 passam a adultos, macho e fêmea. 10- Adultos sobem na ave e alimentam-se.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Argasidae sem limitação das faces dorsal e ventral. - Formato de corpo retangular. -Hipostômio bem desenvolvido nos adultos. HOSPEDEIROS: Homem e animais domésticos. CICLO: Vivem em solo arenoso, em áreas sombreadas, ao redor de árvores. Muito parecido com o anterior, só mudam os hospedeiros e passam por duas ou mais fases de ninfa antes de chegarem a adultos.
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Carrapatos - Metastigmata
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HOSPEDEIROS: - Eqüinos. - Ruminantes. - Suínos. - Caninos. - Homem. ESPÉCIE: Otobius megnini CARACTERÍSTICAS:
Figura 26. Vista dorsal e ventral de Ornithodorus sp.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA: -Transmissor da Borrelia causadora da doença de Lyme. -São hematófagos e provocam grande irritação. CONTROLE: Destruição dos esconderijos, aplicação de acaricidas.
GÊNERO Otobius CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Argasidae com tegumento granuloso no estádio adulto. - Olhos ausentes. - Hipostômio bem desenvolvido na ninfa e vestigial nos adultos.
- Vive nos estádios larvais e ninfais nas orelhas de eqüídeos, bovinos, ovinos e outras espécies. - Os adultos não são parasitos. - Todas as mudas são realizadas no hospedeiro. - Os parasitos sugam sangue e causam irritação que resulta em inflamações. - As larvas e ninfas localizam-se na orelha. - Os adultos vivem em esconderijos como galhos de árvores onde ocorre a cópula e a postura (adultos não se alimentam). - As larvas eclodem, vão até o hospedeiro (orelha) em 5 a 15 dias passam a ninfa1 – ninfa2 – podem ficar até seis meses na orelha – deixam o hospedeiro e vão para lugares altos e secos onde se transformam em adultos. DIAGNÓSTICO: Otoscopia para visualizar larvas e ninfas.
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Carrapatos - Metastigmata
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Laboratório de Parasitologia Veterinária da UFSM Responsável: Dra Silvia Gonzalez Monteiro
Principais Carrapatos de Importância Médica Veterinária
Amblyomma
Amblyomma (peritrema)
Anocentor Anocentor (peritrema)
Boophilus
Boophilus (peritrema)
Rhipicephalus
Rhipicephalus (Peritrema)
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Sarnas - Astigmata
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PARTE III
Sarnas
____________________________________________________________________________________ OU
um hospedeiro susceptível. Contato direto entre os animais e fômites.
CARACTERÍSTICAS: -Ácaros sem estigmas respiratórios (trocas gasosas pela pele). -Coxas fundidas a face ventral do corpo.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Varia com a espécie, susceptibilidade do hospedeiro, número de ácaros transferidos e local de transferência. Varia de 2 a 6 semanas.
SUBORDEM: ASTIGMATA
SARCOPTIFORMES
-Quelíceras com quelas. -Corpo pouco quitinizado. -Tarsos com empódio unciforme ou em forma de ventosa. -Olhos ausentes. TRANSMISSÃO: Ocorre quando os ácaros são transferidos para Família Sarcoptidae (Ácaros escavadores)
Gênero Sarcoptes
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO: Ovos, larvas, duas gerações de ninfas e adultos. CICLO COMPLETO -Psoroptidae: 8 a 20 dias / -Sarcoptidae: 10 a 20 dias.
Hospedeiro Vertebrado Homem Eqüinos Cães Suínos Bovinos Ovinos Caprinos
Espécie Sarcoptes scabiei S. scabiei var. equi S. scabiei var. canis S. scabiei var. suis S. scabiei var. bovis S. scabiei var. ovis
Notoedres
Gatos, coelhos,rato
Notoedres cati, N. cuniculi, N. muris
Cnemidocoptidae
Cnemidocoptes
Galiformes
Cnemidocoptes gallinae
(Ácaros escavadores)
(sarna podal das aves)
Galiformes Periquito
Cnemidocoptes mutans Cnemidocoptes pilae
Eqüinos Coelhos Ovinos Bovinos
Psoroptes equi
Psoroptes
Psoroptidae (Ácaros superficiais)
Psoroptes cuniculi Psoroptes ovis Psoroptes natalensis Psoroptes bovis Psoroptes caprae
Chorioptes
Ruminantes, eqüinos e coelhos
Chorioptes ovis, Chorioptes bovis, Chorioptes equi, Chorioptes cuniculi
Otodectes Otodectes cynotis Cão, Gato, e outros carnívoros _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Sarnas - Astigmata
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MORFOLOGIA DAS SARNAS:
Figura 27. Sarcoptes sp. Figura 30. Psoroptes sp
Figura 28. Notoedres sp. Figura 31. Chorioptes sp.
Figura 29. Cnemidocoptes sp. Figura 32. Otodectes sp. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Sarnas - Astigmata
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1-FAMÍLIA SARCOPTIDAE: (ESCAVADORES) - Escavam galerias na pele (intradérmicas) na
-
qual penetram profundamente provocando um espessamento da pele, sem formação de crostas. Corpo globoso. Rostro curto e largo. Patas curtas e grossas Patas posteriores encaixadas total ou parcialmente no idiossoma (parte final do corpo).
- Machos sem ventosas copuladoras adanais. - Gêneros: Sarcoptes, Notoedres.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - 0,2 a 0,5 mm - Gnatossoma cônico, tão longo quanto largo. - Corpo estriado com áreas escamosas e espinhos curtos e grossos na face dorsal. - Machos com ventosas nas patas I, II, e IV. - Fêmeas com ventosas nas patas I e II. - Ânus terminal. - Pedicelo longo e simples - Corpo globoso.
GÊNERO: Notoedres
ESPÉCIE: Notoedres cati (gato), muris(rato)
Figura 33. Túneis escavados por Sarcoptes e Notoedres na epiderme.
GÊNERO: Sarcoptes ESPÉCIE: Sarcoptes scabiei: var. equi, var.
Ânus dorsal
canis, var. suis.
Figura 35. Sarna do gênero Notoedres
Presença de espinhos
Figura 34. Sarna do gênero Sarcoptes sp.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Sarna da cabeça do gato. - Ânus dorsal. - Corpo globoso. - 0,1 a 0,25 mm. - Machos com ventosas nas patas 1, 2 e 4. - Fêmeas com ventosas nas patas 1 e 2.
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Sarnas - Astigmata
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- Face dorsal com escamas rombas.
- Corpo estriado, face dorsal com saliências mamelonadas.
CICLO BIOLÓGICO: GÊNERO Sarcoptes e Notoedres Em seu ciclo evolutivo passam pelas fases de ovo, larva, duas fases de ninfa, macho, fêmea imatura e fêmea adulta ou ovígera. A transformação da fêmea imatura em adulta ocorre após a fertilização. A fêmea fertilizada escava galerias na epiderme, onde se nutre de linfa. À medida que escava seu túnel, vai
- Gnatossoma mais largo do que longo. - Fêmeas sem ventosas nas patas. - Machos com cerdas longas e ventosas em todas as patas. - Pedicelos não segmentados. - Ânus terminal - Apresentam duas cerdas ao lado do ânus
efetuando a postura dos ovos. Esses vão surgindo com 2 a 3 dias de intervalo e se sucedem durante dois meses, ficando para trás os mais velhos. A fêmea gasta cerca de meia hora para atravessar a camada córnea da pele. O trajeto das galerias pode ser reconhecido pelo aspecto irritativo e pelas excreções enegrecidas que a fêmea vai deixando. Os ovos dão nascimento, em cerca de cinco dias, a larvas
Gnatossoma mais largo que longo
hexápodes que passam para a superfície da pele onde procuram alimento, abrigo e passam por uma ecdise, surgindo as ninfas, octópodes. Após nova muda de pele, surgem os machos e as fêmeas imaturas; o primeiro procura essas últimas para a fertilização. Passados alguns dias, a fêmea imatura, já fertilizada, passa por nova ecdise resultando na fêmea adulta, que procura penetrar na pele recomeçando o ciclo. Assim, o ciclo se completa em 10 a 14 dias. 2- FAMÍLIA CNEMIDOCOPTIDAE
GÊNERO Cnemidocoptes ESPÉCIE Cnemidocoptes mutans CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Sarna podal dos galináceos. - Não possuem espinhos na face dorsal.
Figura 36. Sarna do gênero Cnemidocoptes Ciclo biológico do gênero Cnemidocoptes As fêmeas não praticam galerias como fazem as do gênero Sarcoptes; elas permanecem sedentárias e sua presença determina uma proliferação epidérmica acompanhada de aumento da substância córnea. Essa
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proliferação é bem marcada nas excrescências das patas, resultado de um tecido alveolar
em que se desenvolve o tecido esponjoso, não se nota mais qualquer sinal de inflamação.
tomado de numerosas pequenas câmaras, repletas de ácaros em todos os estágios do desenvolvimento. O ácaro invade ativamente a epiderme, penetrando no folículo plumoso ou atravessando diretamente a camada córnea epidérmica, Instala-se nas camadas superficiais da epiderme, danificando-a em direção à derme. Ao mesmo tempo os bordos da depressão por onde penetrou reagem produzindo uma
3- FAMÍLIA PSOROPTIDAE – ácaros não escavadores - São ácaros superficiais, produzem formação de crostas espessas. - Corpo ovóide. - Face dorsal sem espinhos. - Rostro longo e cônico. - Machos com ventosas (copuladoras) adanais. 0
abundante quantidade de substância córnea que vai recobrir totalmente a depressão, transformando-a em uma pequena bolsa fechada. No estágio seguinte as células epidérmicas entram em proliferação, englobando o ácaro. No interior da câmara o ácaro permanece separado do estrato por germinativo da pele por uma fina camada de queratina. Pouco a pouco a câmara vai se aprofundando
- Patas longas e espessas, 4 par de patas nos machos é menor que o terceiro. - Gêneros: Psoroptes, Chorioptes, Otodectes .
na derme. Parece que todo o desenvolvimento do ácaro se verifica no interior dessas bolsas. Em certo momento a bolsa primitiva dará origem, por meio de um mecanismo semelhante ao brotamento, a uma bolsa secundária que acaba por se separar da bolsa mãe. A repetição do mecanismo conduz finalmente à produção de um tecido esponjoso. Apenas na fase inicial da invasão das camadas
- 0,5 a 0,8 mm.
superficiais da epiderme pelo ácaro estabelecese uma reação inflamatória; esta consiste em uma necrose focal da parte da derme ou epiderme imediatamente subjacente ao ponto de penetração do ácaro. Observa-se também a presença de um exsudato inflamatório. Logo que o ácaro se instala mais profundamente na epiderme, essas manifestações inflamatórias desaparecem e durante os estágios seguintes,
GÊNERO Psoroptes CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Corpo ovóide. - Parasitas de eqüídeos, bovinos, ovinos,e coelhos.
Pedicelo triarticulado Figura 37. Sarna do gênero Psoroptes
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- Gnatossoma mais longo que largo. - Patas grossas e longas terminando em longos pedicelos tri-segmentados - Machos com ventosas nas patas I, II e III. - Fêmeas com ventosas nas patas I, II e IV. - Machos apresentam duas ventosas copulatórias ao lado do ânus - Machos com 40 par de patas bem reduzido. - Ânus terminal.
GÊNERO Otodectes CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Sarna auricular de cães e gatos. - 0,3 a 0,5 mm. - Ventosas com pedicelos curtos e simples, sem segmentação. - Corpo ovóide. - O 40 par de patas das fêmeas é muito pequeno. - Gnatossoma em forma de cone. - Fêmeas com ventosas nas patas I e II.
- Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV. - Machos sem tubérculos abdominais.
GÊNERO Chorioptes : CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Sarna de ovinos, bovinos, caprinos e eqüinos. - 0,3 a 0,6 mm. - Gnatossoma tão longo quanto largo. - Machos com ventosas nas patas I, II, III e IV. - Fêmeas com ventosas nas patas I,II e IV. - Pedicelo curto e simples, sem segmentação. - Peças bucais arredondadas. - Machos com tubérculos abdominais. Pedicelo curto
Ápódemas divergentes
Figura 39. Ácaro Chorioptes sp.
Ápódemas convergentes
Ciclo biológico dos gêneros Psoroptes, Otodectes e Chorioptes
As sarnas psorópticas são produzidas por ácaros dos gêneros Psoroptes, Otodectes e Chorioptes , da família Psoroptidae dos ácaros Astigmata parasitos. Caracterizam-se por serem sarnas não penetrantes, superficiais, em que o agente causal não pratica galerias dentro da
Figura 38. Macho de Otodectes sp. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Sarnas - Astigmata
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pele do hospedeiro, e se desenvolve nas regiões lanosas ou bem dotadas de pêlos dos animais.
intermamário, escroto, regiões glúteas, podendo, no entanto, estender-se por todo o corpo, sendo
Elas apresentam as mesmas fases evolutivas em seu ciclo que Sarcoptes scabiei , no entanto, não praticam galerias no interior da pele. Esses ácaros picam a pele causando irritação, descamação e exsudação de soro, vivem e se multiplicam sob a descamação provocada e a sua contínua atividade provoca o agravamento da lesão. Alastra-se de preferência nas regiões bem dotadas de pêlos do corpo do animal.
raro no rosto. O papel patogênico não reside somente na lesão produzida pelo ácaro mas também na contaminação secundária desta ou das escoriações provocadas pelo indivíduo ao se coçar. Ácaros das sarnas sarcópticas dos animais domésticos podem infestar o homem, porém a de origem animal é muito menos grave do que a humana, porque os ácaros não escavam a pele
DIAGNÓSTICO DAS SARNAS: Detecção dos ácaros nas galerias (extração mediante agulhas) ou em raspados de pele. A verificação dos túneis, das vesículas que se formam na parte terminal desses e a distribuição zonal das lesões são elementos para o diagnóstico. A sua confirmação é obtida fazendo um raspado do material cutâneo para a
e não se multiplicam. Ocorre apenas uma erupção papular avermelhada, com prurido que desaparece em poucas semanas. Os ácaros que causam a sarna sarcóptica dos animais domésticos são estruturalmente semelhantes à espécie que causa a escabiose humana, mas representam subespécies de S. scabiei , pois não são facilmente transferidas de um hospedeiro para outro.
obtenção de exemplares do ácaro e observação microscópica. EPIDEMIOLOGIA DA SARNA SARCÓPTICA: A sarna sarcóptica humana é conhecida desde remota antigüidade. A infecção alastra-se rapidamente em grupos de pessoas como em hospitais, escolas, estabelecimentos comerciais etc., causando sérios inconvenientes. O
SINTOMAS: Família Sarcoptidae: Pus, crostas e escamas, alopecia, prurido e engrossamento da pele. Uma das características principais dessa parasitose é o prurido que vem sobretudo à noite, quando o indivíduo deita para dormir. A lesão cutânea é típica: observam-se áreas
contágio se realiza quando as fêmeas do ácaro passam do indivíduo atacado para o indivíduo sadio; é favorecido pelo uso de roupas de cama ocupados anteriormente por pessoas infestadas, peças do vestuário e quase sempre é noturno. O contágio é facilitado pela falta de higiene e promiscuidade. O ácaro localiza-se na epiderme, sob a camada córnea, predominantemente nos espaços interdigitais, cotovelos, axilas, sulco
eritematosas, pápulas foliculares e vesículas nas regiões afetadas. A maioria dos sintomas cutâneos é devida a infecções secundárias. Há indicações de que a primeira infestação pelo ácaro não determina coceira imediata; depois de cerca de um mês aparece o prurido e então se instala a coceira - o paciente tornou-se agora sensível ao ácaro. Após ter sido infestado uma vez, ao se
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reinfestar, a inflamação tem lugar em poucas horas. Uma pessoa já sensibilizada começa a se
escamas semelhantes às da caspa. Não sendo tratada, a sarna sarcóptica prejudica muito a
coçar imediatamente e freqüentemente remove o ácaro, terminando a infecção, enquanto que na pessoa não sensibilizada o parasita se desenvolve por cerca de um mês antes que o hospedeiro tome conhecimento.
saúde dos animais que passam por um período de desnutrição progressiva terminando com a morte do animal.
- Na cabra a sarna sarcóptica geralmente se inicia pela cabeça e orelhas, podendo generalizar-se e invadir o corpo e membros. Caracteriza-se pela formação de crostas acompanhada de coceira, perda de pêlos e espessamento da pele.
- A sarna sarcóptica do carneiro e ovelhas se desenvolve nas partes não recobertas de lã, portanto, na cabeça do animal. Provoca coceira intensa, determinando o ato de coçar ocasionando lesões cutâneas; freqüentemente há infecção nos olhos que podem conduzir à perda da visão.
- No cão a sarna sarcóptica manifesta-se no início por um prurido ou coceira que coincide com o aparecimento de pequenos pontos vermelhos na pele, semelhantes a picadas de pulgas, que se localizam inicialmente na cabeça,
- Na sarna sarcóptica dos cavalos, as primeiras lesões visíveis ocorrem na cernelha e em torno da cabeça, podendo também se iniciar pelo peito e pelos flancos. A intensa coceira obriga o animal a se esfregar fortemente contra objetos que o rodeiam. A presença e a atividade dos
focinho, ao redor dos olhos e principalmente na margem da orelha, mais tarde as máculas são substituídas por vesículas (pequenas bolsas cheias de líquido). Os pêlos caem progressivamente e com o ato de coçar há exsudação de soro que, secando, origina crostas salientes que se iniciam, sobretudo no bordo posterior da orelha. Quando se desconfia que um cão está atacado por sarna sempre se
ácaros causa intensa irritação; a pele inflama-se, aparecendo vesículas em torno do ponto de penetração dos ácaros. As vesículas, sendo rompidas, libertam o seu conteúdo que, secando, dá origem às crostas. Nas áreas afetadas os pêlos mantêm-se eretos e muitos caem. Do ato de coçar resulta injúria mecânica com a formação de grandes crostas firmemente aderentes aos tecidos subjacentes. Com a
deve examinar a parte inferior da margem posterior das orelhas. Nessa região a sarna provoca um grande número de pequenas saliências no tamanho de grãos de areia de modo que, quando se aperta e se passa essa região entre os dedos, se tem uma sensação de aspereza semelhante à uma superfície granulosa”. Nos cães novos as lesões se manifestam pelo desprendimento de pequenas
movimentação do animal podem romper-se e o soro e sangue conferem uma coloração amarelo - avermelhada às lesões. A parasitose pode ter curso rápido e ser até mortal. A sarna sarcóptica eqüina é geralmente transmitida por contato direto entre os animais; no entanto, arreios, selas e outros também podem ser responsáveis pelo contágio.
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- No coelho a sarna sarcóptica manifesta-se no focinho, lábios, queixo, base das unhas, orelhas e planta dos pés. É acompanhada de intensa coceira e de formações crostosas. Dissemina-se facilmente nas criações e quando não tratada é mortal. - No gado bovino a sarna sarcóptica é pouco freqüente; geralmente se inicia na parte interna das coxas, na face inferior do pescoço e na base da cauda, de onde pode alastrar-se para todo o corpo. - Também o porco é um animal sujeito ao ataque por S. scabiei , onde a sarna se instala de início na cabeça, principalmente nas orelhas e ao redor dos olhos, de onde pode alastrar-se por todo o corpo. Manifesta-se por intensa coceira e pela formação de crostas, sendo mais severa em leitões. Sarna Notoédrica: - Em gatos localiza-se principalmente nas orelhas e na cabeça do animal, podendo estender-se para outras partes do corpo, sobretudo em torno dos órgãos genitais. Os sintomas incluem coceira, formação de crostas que se espessam, endurecem e se desenvolvem à custa de exsudações de soro e extravasamento de sangue. Eventualmente pode se transferir para o homem. - Em coelhos ocorre prurido nos lábios e região nasal. Essa sarna é cefálica, iniciando-se nas orelhas e depois descendo pela parte ventral do pescoço, podendo estender-se às patas e região dos órgãos genitais. As lesões iniciais constituem-se de pequenas pápulas que vão
Figura 40. Lesão de sarna notoédrica em gato. formando cadeias, principalmente na borda das orelhas, deformando o contorno destas; em seguida aparecem crostas cinzentasamareladas, provocando a queda dos pelos. Sarna Cnemidocóptica: Aves andam com dificuldade, prurido moderado, patas com aspecto engrossado e descamação da pele, má formação das patas. Sarna Psoróptica: - Psoroptes bovis (Gerlach, 1857) é a causadora da sarna psoróptica em bovinos, cujos primeiros sintomas são coceira intensa da pele na cernelha, na base da cauda ou nas partes látero - dorsais do pescoço. Dessas regiões pode alastrar-se pelo dorso e flancos do animal, atingindo eventualmente todo o corpo. À medida que os ácaros se multiplicam, infligem uma série de pequenos ferimentos a pele, seguidos de coceira, formação de pápulas, inflamação e exsudação de soro. O soro que vem a superfície mistura-se com sujeira e solidifica-se formando escamas amarelo acinzentadas, freqüentemente mostrando também manchas de
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sangue. Inicialmente as escamas têm cerca de 0,5 cm de diâmetro; à medida que os ácaros vão
infestação são indicadas por hiperemia (excesso de fluxo sangüíneo na superfície do corpo) e
passando para a pele sadia circunjacente, a lesão gradativamente aumenta. Com o avançar da parasitose, extensas áreas ficam desnudas e cobertas de crostas. A pele espessa-se, a coceira é intensa e o animal é constantemente irritado.
pela formação de crostas vermelho castanhas próximo da base do pavilhão auricular; com o avançar da parasitose, pode afetar toda a superfície interna da orelha. A complicação mais séria é a infecção piogênica do ouvido médio que pode se estender ao ouvido interno. A invasão das lesões por bactérias pode levar à formação de ulcerações. A presença de ácaros no ouvido médio resulta também em distúrbios
- Psoroptes caprae causa a sarna psoróptica em
cabras, tendo a parasitose desenvolvimento idêntico à observada na espécie bovina, podendo aparecer em qualquer parte do corpo; parece haver tendência a se limitar às orelhas da cabra, determinando sarna auricular que embora rara, pode causar surdez, perda de apetite e, em casos extremos, a morte do animal. - Psoroptes ovis é a responsável pela sarna
psoróptica de carneiros e ovelhas, em que provoca desmerecimento do couro e da lã, e assume tal aspecto de gravidade que chega a determinar a morte dos animais parasitados. A irritação é severa e freqüentemente se observa os animais infestados coçarem-se e mesmo se morderem. - Psoroptes equi , a sarna psoróptica em cavalos
é semelhante àquela descrita para bovinos, sendo as primeiras lesões observadas na cabeça. - Psoroptes cuniculi ataca coelhos, restringindo-
se geralmente ao pavilhão da orelha (sarna auricular não penetrante); pode expandir-se infestando outras partes da cabeça, pescoço e mesmo as patas. As primeiras manifestações da
nervosos; os animais assim atacados freqüentemente sacodem a cabeça e raspam com as unhas a base do pavilhão auditivo produzindo ferimentos que ainda mais intensificam as dores. Sarna Otodécica: Essa espécie determina irritação no conduto auditivo de cães e gatos; não pratica galerias no tegumento, mas alimenta-se de fluidos tissulares na profundidade do canal auditivo, próximo do tímpano. Da porção média do conduto auditivo para o tímpano aparecem crostas; o tímpano pode mostrar-se hemorrágico. Em virtude da intensa irritação provocada pelo ácaro, o canal vai acumulando produtos inflamatórios, cera alterada e ácaros. Freqüentemente ambos os ouvidos são afetados. Em casos de parasitoses intensas os animais mostram sinais de distúrbios nervosos, freqüentemente se movendo em círculos ou sacudindo a cabeça. O ato de coçar muitas vezes conduz ao aparecimento de hematomas na orelha. Infecções bacterianas secundárias as vezes resultam em inflamações do ouvido médio e mesmo das meninges.
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Sarnas - Astigmata
_____________________________________________________________________________________________ O. cynotis também ataca o furão.
Separação dos animais infestados, alimentação adequada, condições de higiene do recinto
Sarna Chorióptica: - Chorioptes ovis , parece ser a única espécie do gênero assinalada no Brasil (Freire, 1955), causa a sarna chorióptica em carneiros e ovelhas, localizando-se principalmente nas rugas da bolsa escrotal dos carneiros, e que não invade as partes do corpo revestidas de lã comprida. Por esse motivo foi também designada de sarna das partes baixas. Ataca
satisfatórias, esterilizar o material de uso nos animais (arreios, coleiras) com acaricida sendo melhor não utilizá-los antes de 14 à 17 dias.
também os pés e os membros, subindo até a face interna das coxas, região escrotal dos carneiros e da mama das ovelhas. As regiões parasitadas se recobrem de crostas e produzem prurido bastante intenso. Parece não atacar a cabeça e demais partes do corpo. - Chorioptes cuniculi determina em coelhos uma
parasitose auricular
quase não
indistinguível
penetrante,
da
causada
sarna por
Psoroptes , no entanto, é bem menos séria. - Chorioptes equi determina uma parasitose
semelhante àquela causada por Psoroptes , mas, as lesões estão geralmente confinadas às partes inferiores das patas, notadamente do boleto, sendo por isso também denominada sarna das patas dos cavalos. - Chorioptes bovis é responsável pela sarna
chorióptica do gado bovino, bastante semelhante a sarna psoróptica, porém localizada e menos séria. Geralmente restringese à cauda e aos boletos das patas anteriores e posteriores e via de regra não se alastra. PROFILAXIA: _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Ácaros - Prostigmata ____________________________________________________________________________________
PARTE IV Prostigmata
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FILO ARTHROPODA CLASSE ARACHNIDA
ESPÉCIES: -Cheyletiella yasguri – Comumente encontrada
ORDEM ACARI (ACARINA)
em cães. -Cheyletiella blakei – Comumente encontrada
SUBORDEM ACTINEDIDA (PROSTIGMATA)
-Cheyletiella
CARACTERÍSTICAS: - Estigmas respiratórios quando presentes, situados anteriormente. - Ovo –Larva – Protoninfa – Deutoninfa – Adultos. - Famílias:
Cheyletidae,
Demodecidae e Trombiculidae.
FAMÍLIA CHEYLETIDAE
em gatos.
Myobiidae,
parasitovorax –
Comumente
encontrada em coelhos. Todas as espécies podem ser transmitidas para outros animais e ao homem.
CARACTERÍSTICAS: - Os ácaros são grandes (385 µm), vivem sobre a superfície da pele e seus ovos ficam presos em fios do pêlo.
GÊNERO Cheyletiella
CICLO:
HOSPEDEIROS:
- O ciclo desses ácaros é em média de 21 a 35
Coelhos, cães e gatos.
dias sobre o hospedeiro, mas adultos podem sobreviver fora do hospedeiro por 2-14 dias, por isso a infestação pode ser adquirida do ambiente (Ex: cama) ou por contato direto.
PATOGENIA: - Provoca caspa, dermatite descamante. - No homem causa irritação na pele e coceira. - O grande número de ácaros brancos movendose sobre a superfície da pele é chamado de “caspa ambulante”.
FAMÍLIA MYOBIIDAE Figura 41. Adulto de Cheyletiella
GÊNERO Myobia
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Ácaros - Prostigmata ____________________________________________________________________________________
CARACTERÍSTICAS: - Causa sarna em camundongos, com coceira e perda de pêlo. - 1o par de patas modificado. - Alargamento na lateral do corpo. - Cerdas na extremidade posterior.
Figura 43. caro Demodex humano (acima) e de cão (abaixo). - Dois estádios ninfais. - Corpo dividido numa parte anterior curta e uma posterior alongada e com estriações.
ESPÉCIES: -Demodex canis (cão) -D. phylloides (suino) -D. pholiculorum (homem)
Figura 42. caro de roedores Myobia sp.
CARACTERÍSTICAS: - Sarna profunda, que vive no folículo piloso,
CONTROLE Higiene, manutenção adequada alimentar, tratar o animal doente e evitar contato com outros animais e fômites.
outros órgãos internos como o rim, fígado.
6 meses.
GÊNERO Demodex Demodex
o corpo alongado. Podem viver em linfonodos e - O estabelecimento da doença está relacionado à imunidade. Normalmente atinge filhotes de 3 a
FAMÍLIA DEMODECIDAE ESPÉCIES:
glândulas sebáceas e sudoríparas por isso tem
- Aparecem áreas circunscritas de alopecia na canis
(cão),
D.
phylloides (suino), D. pholiculorum (homem)
cabeça, ao redor dos olhos e na parte inferior da pata (projeções ósseas nas extremidades).
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Patas curtas. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Prof a Silvia Gonzalez Monteiro
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Ácaros - Prostigmata ____________________________________________________________________________________ ninfal
chamada
protoninfa
e
após
para
deutoninfa, ocorre a diferenciação para machos e fêmeas, que vão para a superfície da pele a fim de copularem (fase de contaminação). Após a cópula as fêmeas ovígeras (já fecundadas) e os machos voltam para o folículo piloso. Pode ocorrer o rompimento do folículo e o ácaro mover-se para outros órgãos (ex. fígado) mas não há danos.
CONTROLE:
Figura 44. Lesões de sarna demodécica. - Há formação de crostas, pontos vermelhos, queda acentuada de pêlos. Não há evidência de
Como é uma sarna de ocorrência natural na pele que produz doença em imunodeprimidos, deve-se pesquisar a causa da imunodepressão (mudança de casa, na alimentação, stress) e evitar contato da mãe doente com a ninhada.
prurido.
* D. foliculorum e D. brevi atingem humanos,
- Tipos: Úmido, quando tem pus (infecção
sendo que a primeira nos folículos pilosos do
secundária-imunodepressão).
rosto e a segunda nas glândulas sebáceas do
Seco, com prurido intenso e crosta superficial. Geralmente inicial e passa para o
mesmo.
estado úmido.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO - Através da coleta de
- Atacam mais os animais jovens e de pêlo
material:
curto. Animais sadios podem ter mesmo sem
1)Para ácaros que penetram profundamente,
apresentar a doença.
como Sarcoptes, Notoedres e Demodex .
- A maioria dos casos é branda e a recuperação espontânea, mas em alguns casos pode levar até a morte (nesses casos os pêlos se tornam esparsos sobre regiões cada vez maiores e a pele se torna áspera e seca - é a sarna vermelha).
?
Mergulhe a lâmina de bisturi em óleo mineral,
pegue uma prega de pele e raspe mantendo um ângulo reto com a pele até produzir um leve sangramento. 2)Cnemidocoptes. ? Amoleça as crostas com água morna e óleo mineral. Remova as crostas mais soltas, macere
CICLO: Ácaros dentro do folículo piloso, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas (no cão principalmente no folículo piloso e glândulas sudoríparas). Ocorre a eclosão das larvas dentro do folículo, estas passam para a fase
e olhe no microscópio. 3)Sarnas superficiais (Psoroptes, Chorioptes e
Otodectes ). ?
Raspe as crostas soltas e guarde em pote
bem fechado. Macere algumas crostas com óleo
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Ácaros - Prostigmata ____________________________________________________________________________________ mineral, coloque em uma lâmina e olhe no
requerer de dois meses a um ano, sendo que 1
microscópio com objetiva de 10X.
a 5 gerações podem ser produzidas por ano, fato esse que vai depender da temperatura,
FAMÍLIA TROMBICULIDAE
umidade, e localização. As larvas ficam 15 dias
GÊNERO Eutrombicula, trombicula
no hospedeiro e caus am dermatite intensa, pois inoculam saliva tóxica que lesa as células . As larvas se alimentam-se de linfa.
CARACTERÍSTICAS: - Hematófaga. - Conhecida como micuim. - Escudo com cerdas ramificadas. - Febre fluvial é transmitida pelos trombiculídeos. -Transmitem Rickettsia a roedores silvestres que não desenvolvem a doença, mas podem mais tarde transmitir ao homem. - Saliva tóxica – Causa prurido - Cheio de cerdas nas patas. - Quelíceras pontiagudas
CICLO BIOLÓGICO: São ácaros de vida livre, ninfas e adultos vivem e alimentam-se em matéria orgânica. No solo as fêmeas põem os ovos em áreas abrigadas, em uma semana eclodem as larvas que possuem três pares de patas e é a fase parasitária. Quando um animal ou homem se aproxima as larvas
laranja-amarelada
ou
laranja-
avermelhada rastejam na superfície de terra ativadas pelo CO2 da respiração, fixam-se, alimentam-se no animal e após vão ao solo onde mudam para ninfas e posteriormente para adultos. Adultos normalmente vivem em lugares protegidos e ficam mais ativos na primavera. A ninfa, como o ácaro adulto, tem oito patas. Os corpos são normalmente cabeludos. As ninfas e adultos alimentam de insetos pequenos ou outros organismos. O ciclo de vida inteiro pode _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Prof a Silvia Gonzalez Monteiro
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Ácaros - Cryptostigmata ____________________________________________________________________________________
PARTE V Cryptostigmata
____________________________________________________________________________________
FILO ARTHROPODA
Vivendo no solo, sobem pelas hastes do capim
CLASSE ARACHNIDA
onde são ingeridos pelos animais; no trato digestivo dos animais ocorre a libertação do
ORDEM ACARI (ACARINA) SUBORDEM
cestóide que vai parasitar o bovino (eqüino).
CRYPTOSTIGMATA
OU
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRI A
ORIBATIDA
E SAÚDE PÚBLICA:
SUPER FAMÍLIA GALUMNOIDEA
É importante por agir como transporte de cestóides para os animais.
FAMÍLIA GALUMNIDAE
CONTROLE:
SUPER FAMÍLIA ORIBATULOIDEA
Não se tem medidas adequadas para o controle
FAMÍLIA ORIBATIDAE
no pasto.
CARACTERÍSTICAS: ?
Os ácaros incluídos na subordem Oribatei ou Cryptostigmata constituem um dos mais numerosos grupos de artrópodes do solo, tanto em número de espécies quanto em número de indivíduos. Eles têm um papel importante na decomposição de substâncias orgânicas no solo.
?
Respiração por tubos traqueais que se abrem em estigmas respiratórios na base das patas. Figura 45. Ácaro Cryptostigmata.
HOSPEDEIROS: Não possuem, são ácaros de vida livre. CICLO: Ovo - larva - 3 fases ninfais (protoninfa, deutoninfa
e
tritoninfa)
e
adultos.
Habitam as camadas superficiais do solo, onde alimentam-se de fezes (coprófagos) podendo desse modo adquirir os ovos de cestóides. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Prof a Silvia Gonzalez Monteiro
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CLASSE INSECTA
Cada par de patas é inserido em um segmento torácico. •
MORFOLOGIA EXTERNA: Os insetos são artrópodes com o corpo dividido em três regiões bem distintas: cabeça, tórax e abdômen. •
•
A pata se divide em coxa, trocanter, fêmur, tíbia e tarsos.
Com três pares de pernas; É também conhecida por classe hexápoda.
Os tarsos são divididos em três a cinco segmentos e nesses estão as garras e estruturas membranosas chamadas empódio que podem ou não ter dois apêndices posteriores chamados de pulvilo.
Adultos geralmente, com um ou dois pares de asas.
ASAS
•
Com um par de antenas.
•
•
•
Respiração traqueal. Orifício genital situado posterior do abdome. •
•
•
na
extremidade
Simetria bilateral.
As antenas são divididas em escapo (parte articulada na cabeça), pedicelo e flagelo (1 a 10 segmentos). Pode ou não existir arista nos flagelos. •
Os olhos compostos (omátides) são formados por centenas de omatídeos. Visão bastante ampla para o inseto.
Os insetos podem ser ápteros (sem asas pulgas e piolhos) ou dípteros (com 1 ou 2 pares de asas).As asas são estruturas membranosas com escamas, cerdas ou espinhos. São compostas por nervuras ou veias e suas características identificam famílias ou gêneros. 1. Nervura Costa (C) - completa ou incompleta 2. Nervura Subcosta (SC) 3. Nervura Radial (R)
•
Dois a três ocelos, auxiliares na parte dorsal da cabeça, entre os olhos compostos. •
Aparelho bucal com um par de mandíbulas, 1 par de maxilas (pode ter palpos maxilares), 1 labro dorsal, 1 lábio ventral e 1 hipofaringe. •
•
Na extremidade da probóscida existe um par
de labelas, que varia de tamanho com o tipo de aparelho bucal (mastigador: mandíbulas desenvolvidas ou picador: estiletes perfurantes) O tórax é dividido em 3 segmentos: Protórax, Mesotórax e Metatórax e cada um desses é dividido em 4: um segmento dorsal (noto), dois segmentos laterais (pleura) e um segmento ventral (esterno). •
4. Nervura Mediana (M) - bifurcação da nervura Radial 5. Nervura Cubital (Cu) 6. Nervura Anal (A) OBS: Cada área delimitada por nervuras chamase célula. Essa pode ser apical e fechada ou discal. As nervuras costa e subcosta não se ramificam. ABDÔMEN Segmentos em anéis, sem apêndices e com cerdas. É onde aparece a abertura genital. Apresenta na região pleural (lateral) os estigmas respiratórios ou espiráculos. Essa região é menos quitinizada para permitir a distensão abdominal. Os três últimos anéis não
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apresentam espiráculos. espiráculos no tórax.
Há insetos com
Funções: Digestão e absorção dos alimentos. Em alguns insetos há divertículos, geralmente
MORFOLOGIA INTERNA DOS INSETOS
situados na parte anterior do estômago, denominados cecos gástricos.
1.Sistema Digestivo – Nos insetos o canal alimentar consiste de um tubo quase reto, que se estende da boca, situada na extremidade anterior, até o ânus, situado posteriormente. Este tubo é diferenciado em três regiões
Proctodeu, Freqüentemente, está dividido em três partes: - Intestino delgado ou íleo. - Intestino grosso ou cólon. - Reto. O íleo é tubular, o colo é dilatado e o reto
distintas: - Intestino anterior ou estomodeu. - Intestino médio ou mesêntero. - Intestino posterior ou proctodeu.
globular ou piriforme. Este possui número variável de papilas - chamadas papilas retais - e termina pelo ânus.
Estomodeu: Inicia na boca ou cavidade bucal e está dividido nas seguintes porções: faringe, esôfago, papo e proventrículo. - A faringe, nos insetos sugadores, possui musculatura poderosa, e funciona como uma bomba de sucção. - O esôfago é um tubo simples que se prolonga até o tórax; sua porção posterior se dilata, em alguns insetos, para formar o papo. Ao papo segue-se o proventrículo que se caracteriza pela forte musculatura das suas paredes e pela presença de dentes e espinhos. Função do estomodeu: É armazenar os alimentos e triturá-los; aí começa também a digestão, graças às enzimas de várias naturezas que variam de acordo com o tipo de alimentação do inseto. Mesêntero: Varia de forma segundo o grupo dos insetos.
Glândulas salivares: Ao nível da cavidade bucal abre-se o duto das glândulas salivares situadas no tórax ou se prolongam até o abdome. As glândulas salivares variam nos diferentes insetos, podendo ser simples ou lobadas, colocadas simetricamente uma de cada lado do corpo do inseto. De cada lado sai um duto salivar que se reúnem para formar um canal coletor único, por onde se escoa a secreção salivar. Natureza da secreção salivar Varia muito nos vários grupos de insetos; as espécies que se alimentam de sangue de vertebrados, freqüentemente produzem secreção salivar que contém uma substância anticoagulante. A inoculação da secreção salivar por insetos hematófagos, durante o ato de alimentação, provoca nos hospedeiros uma reação cutânea variável de intensidade, de quase imperceptível até severa.
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Alguns insetos aquáticos possuem brânquias. 2. Sistema Excretor – Ao nível da junção do mesêntero com o proctodeu abrem-se os tubos de malpighi, de função excretora. A excreção nos insetos se realiza, principalmente, pelos tubos de Malpighi, que funcionam corno se fossem rins. Os tubos de Malpighi, cujo número e tamanho variam de inseto para inseto, consistem de vários túbulos alongados fechados na
4. Sistema Circulatório – Os insetos têm circulação aberta. Há apenas um vaso que se estende dorsalmente do tórax ao abdome, acima do aparelho digestivo, e que se chama vaso dorsal.
extremidade livre e que se abrem na luz intestinal pela outra extremidade. A urina, que é filtrada através das células que forram internamente os túbulos, cai na luz destes túbulos e escoa para o intestino, onde é misturada com as fezes. Antes de ser eliminada pelo ânus, uma grande quantidade de água é reabsorvida pelas glândulas retais e retida no organismo do inseto. Este poder de retenção da
A porção mais delgada, situada anteriormente, é a aorta dorsal. O sangue penetra pelos ostíolos, e daí pela contração do coração é impulsionado para a aorta dorsal. O sangue ou hemolinfa sai da aorta para banhar os vários órgãos internos, situados na hemocele, deslocando-se no sentido anteroposterior.
água varia com o inseto e com seu estádio de desenvolvimento. 3. Sistema Respiratório – - Os insetos possuem um sistema de tubos denominados sistema traqueal . - As traquéias se abrem para o exterior através de orifícios, localizados lateralmente nos segmentos torácicos e abdominais, chamados
Coração: É a porção dilatada do vaso dorsal, constituída de várias câmaras, situada posteriormente.
Hemolinfa: É um líquido claro, esverdeado ou amarelado, raramente vermelho, que serve de meio de trocas químicas necessárias ao funcionamento dos tecidos e órgãos. - A hemolinfa contém numerosas células denominadas hemócitos.
estigmas ou espiráculos respiratórios. - Os estigmas possuem estruturas destinadas a regularizar a entrada e saída do ar no corpo do inseto. Regra geral existem 10 pares de estigmas; nas formas típicas há um par no mesotórax, um na margem anterior do metatórax e um par em cada um dos primeiros sete ou oito segmentos do abdome. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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gânglios. Desse conjunto partem fibras que inervam as várias partes do corpo. Este conjunto
Hemolinfa
Figura 46 . Pata de carrapato seccionada mostrando a hemolinfa. Função da hemolinfa: Consiste no transporte do material nutritivo para os tecidos e recolher os produtos de excreção para os órgãos excretores. Hemócitos: Funções: a mesma dos leucócitos dos mamíferos. Alguns fagocitam células estranhas ao organismo e são, especialmente ativos nos processos de mudas e metamorfoses. Às vezes, os hemócitos se congregam ao redor de corpos estranhos ou de larvas de filarídeos. 5. Sistema Nervoso – Cérebro: Situado na região do esôfago encontra-se o gânglio supra-esofageano, também chamado cérebro. Do cérebro parte uma dupla cadeia de gânglios ventrais que se dirige para a extremidade posterior do corpo. Os gânglios se intercomunicam com o cérebro por meio de conexões longitudinais. Usualmente para cada segmento abdominal corresponde um par de
constitui o sistema nervoso periférico. Na frente do cérebro há um gânglio que constitui o sistema nervoso simpático e que inerva as vísceras do inseto. Nos insetos os órgãos dos sentidos são muito desenvolvidos. Há várias células situadas em várias partes do corpo, que estão associadas a pelos e cerdas. Os insetos possuem órgãos especiais dos sentidos da visão, da audição, da gustação, do olfato, etc. O complexo das células sensoriais é conhecido por "sensilia". Pêlos do corpo dos insetos Funcionam como órgãos sensoriais que captam vários estímulos mecânicos e químicos. Percevejos e as pulgas - possuem órgãos que detém pequenas alterações na temperatura, orientando-os para os seus hospedeiros. Piolhos - possuem órgãos receptores da umidade. 6. Sistema Reprodutor – Os insetos, regra geral, são artrópodes de sexos separados. Há raros casos de hermafroditismo. Em algumas espécies a ocorrência de partenogênese é normal. Nos insetos de vida social, como as abelhas, as formigas e os cupins, algumas formas - as operárias - são incapazes de se reproduzirem. a. Aparelho Genital Feminino – É constituído de dois ovários que por sua vez são formados de vários ovaríolos, onde se originam as células germinais.
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Os ovaríolos se reúnem e formam os ovidutos, um de cada ovário; estes vão constituir o oviduto
Alguns ovos possuem espinhos ou outras estruturas características na casca.
comum, cuja parte posterior é a vagina. Associada à vagina, na sua extremidade posterior, há uma câmara genital, em forma de saco, que é a espermateca ou receptáculo seminal onde se armazenam os espermatozóides. Ainda anexas à vagina estão as glândulas anexas, que fornecem o material para o revestimento do ovo.
Postura: É realizada, geralmente, em lugares que oferecem condições adequadas ao desenvolvimento das formas jovens. Algumas espécies põem ovos isolados uns dos outros, enquanto outras põem os ovos aglomerados. Mudas:
b. Aparelho Genital Masculino – O aparelho genital masculino é formado de dois testículos, um de cada lado do canal alimentar, dos quais originam-se os dutos eferentes. Estes se reúnem para constituírem o duto ejaculatório que se abre para o exterior. Cada duto eferente se dilata para formar uma vesícula seminal, onde se alojam os espermatozóides, antes de serem injetados na fêmea. Associadas ao
Durante o desenvolvimento do ovo até o estádio adulto o inseto sofre uma série de transformações nas suas estruturas, com eliminação e renovação da cutícula, cujo fenômeno é conhecido por metamorfose dos insetos.
aparelho genital masculino existem as glândulas acessórias que lançam no duto ejaculatório o fluido seminal destinado a acompanhar os espermatozóides. O duto ejaculatório termina pelo edeago que é o órgão copulador. Externamente a genitália masculina está relacionada com a copulação e transferência do esperma para os órgãos genitais femininos.
Antes de atingir a fase adulta, o inseto muda várias vezes de cutícula.
DESENVOLVIMENTO E METAMORFOSE
adquirindo consistência e coloração natural dos insetos.
Os insetos são, na maioria, ovíparos. Excepcionalmente existem algumas espécies vivíparas. Geralmente os ovos são ovais, esféricos ou alongados, mas há fêmeas que põem ovos em forma de tonel ou de disco. A casca que envolve o ovo varia muito, em espessura, forma e cor.
Exsúvia: A cutícula eliminada é denominada exsúvia.
Estádio: É a forma dos insetos entre duas mudas. O crescimento do inseto somente se realiza na ocasião da muda, pela ruptura da cutícula do estádio anterior. A cutícula nova, pela ação do ar, vai aos poucos assumindo
a
Ametabolia: Quando os insetos se desenvolvem sem apresentarem transformações substanciais. As formas jovens são semelhantes às formas adultas, diferindo apenas pela dimensão. Este tipo de desenvolvimento é chamado de
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ametabolia e os insetos são chamados de ametábolos. Tipos fundamentais de formas imaturas: As ninfas e as larvas. As ninfas diferem dos adultos pela ausência de órgãos genitais e pelos rudimentos de asas. As larvas, entretanto, são muito diferentes dos adultos, tanto sob o aspecto morfológico como biológico. A passagem do estádio de larva para adulto se dá através de um estádio intermediário que é a pupa. Dois tipos fundamentais de metamorfose podem ocorrer no desenvolvimento dos insetos: (1) - metamorfose incompleta ou hemimetabolia (2) - metamorfose completa ou holometabolia
A pupa não se alimenta. Os insetos deste tipo são conhecidos por holometábolos ou holometabólicos. Neste grupo incluem-se os insetos das ordens Diptera e Siphonaptera (Pulgas). CLASSIFICAÇÃO A classe Insecta compreende 26 ordens, das quais as seguintes incluem espécies de interesse na patologia médica e veterinária: •
Ordem Diptera (moscas e mosquitos)
•
Ordem Hemiptera (barbeiros e percevejos)
•
Ordem Siphonaptera (pulgas)
•
Ordem Phtiraptera (piolhos)
(1) Metamorfose incompleta - hemimetabolia. Neste tipo de metamorfose os estádios jovens, que são ninfas, são semelhantes aos adultos. As principais diferenças observadas entre as formas imaturas e os adultos são o tamanho e proporções do corpo, o tamanho das asas, desenvolvimento dos ocelos, quando presentes, formas das antenas e peças bucais. Inclui-se neste tipo de metamorfose os insetos das ordens Hemiptera e Phtiraptera. Os insetos deste grupo são conhecidos por hemimetábolos ou hemimetabólicos. (2). Metamorfose Completa - holometabolia. Neste tipo os estádios jovens são muito diferentes dos adultos, tanto sob o ponto de vista morfológico como sob o ponto de vista de hábitos. O indivíduo recém eclodido é a larva e o estádio imediatamente anterior ao adulto é a pupa. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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PARTE VI
Piolhos
____________________________________________________________________________________ CLASSE INSECTA
CARACTERÍSTICAS DOS PIOLHOS MASTIGADORES (MALÓFAGOS): Cerdas pelo corpo. Ausência de asas. Passam toda a vida no hospedeiro, agarrados aos pêlos ou penas. Metamorfose incompleta (hemimetábolos). Certa especificidade para cada espécie, mas o mesmo animal pode ser parasitado por várias espécies. Maior quantidade de piolhos no inverno (por causa da temperatura) pela aglomeração de indivíduos. A fêmea produz uma substância cimentante nas suas glândulas coletéricas que permite que os ovos fiquem colados ao pelo ou penas.
Figura 47. Características de um piolho anoplura (sugador). ORDEM PHTHIRAPTERA Parasita de aves e mamíferos. Os piolhos mastigadores possuem a cabeça mais larga do que o tórax. Os piolhos sugadores possuem a cabeça mais estreita que o tórax. Três Subordens: -Amblycera (antena escondida)mastigadores. -Ischnocera (antena livre).mastigadores. -Anoplura – Piolhos sugadores.
Piolhos Piolhos
Figura 48. Ovo (lêndea) de piolho de aves fixado à pena. IMP. MED.VET DOS PIOLHOS: O animal se coça, não se alimenta bem, fica irritado, com má aparência e podem aparecer
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infecções secundárias, o que gera perda de peso e queda na produtividade.
Os piolhos mastigadores se alimentam de bárbulas de penas e de células de descamação
As espécies que infestam aves são mais daninhas que aquelas ectoparasitas de mamíferos. Quando a infestação é muito grande, o animal torna-se irritadiço, espoja-se na terra, coça-se muito, não descansa, adquire péssima aparência e pouco se reproduz. De tanto se coçarem acabam arrancando as penas ou os pêlos, escarificando a pele, o que resulta em
da pele. Algumas espécies ingerem sangue que aflora à superfície da pele.
ferimentos agravados por invasão bacteriana. A espécie Trichodectes canis pode servir como hospedeiro intermediário do Dipylidium caninum um cestódeo parasito do cão e ocasionalmente do homem (através da ingestão do piolho contendo a larva do cestódeo). As espécies que vivem rentes à pele das aves podem causar sérios prejuízos. Menacanthus stramineus (piolho de aves) irrita a pele provocando descamação epitelial e afloramento de sangue do qual se alimentam. PERÍODO EMBRIONÁRIO - Dura cerca de uma semana. CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS MALÓFAGOS (PIOLHOS MASTIGADORES): Ovo – ninfa 1 – ninfa 2 – ninfa 3 – adulto. Ninfas são parecidas com os adultos, exceto pela ausência de edeago no macho e gonopódios nas fêmeas. DURAÇÃO DO CICLO: Mais ou menos 20 dias. ALIMENTAÇÃO:
DISSEMINAÇÃO: Através de contato direto, fora do hospedeiro morrem em três a sete dias. LONGEVIDADE SOBRE O ANIMAL: 20 a 40 dias ESPECIFICIDADE: Possuem alta especificidade. (Um mesmo hospedeiro pode ser parasitado por várias espécies de malófagos, mas dificilmente 1 sp. de malófago adapta-se a outro hospedeiro que não o seu). São mais ou menos adaptados a determinadas regiões do corpo. CONTROLE: Tratar e manter os animais isolados e em boas condições de higiene. A ocorrência de malófagos é bastante comum, principalmente, nos meses mais frios. Deve-se tratar com inseticidas duas vezes por semana durante três a quatro semanas. Os malófagos passam toda a sua vida entre as penas e os pêlos de seus hospedeiros, onde põem os seus ovos, em grandes massas, sempre colados ao substrato. Tratar com inseticidas repetindo após 10 a 14 dias. SUBORDEM AMBLYCERA CARACTERÍSTICAS: Palpos maxilares presentes.
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Antenas com quatro segmentos. Fossetas antenais (depressão para guardar
Abdômen com uma fileira de cerdas dorsal em cada segmento.
as antenas). Piolhos mastigadores.
Espinhos gástricos visíveis. Tarso com duas garras.
Antena Palpo
Figura 49. Cabeça de um Amblycera.
FAMÍLIA MENOPONIDAE
GÊNERO: Menopon ESPÉCIE Menopon gallinae HOSPEDEIROS: Aves. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Possui a cabeça mais larga que o tórax. Apresenta dois tufos de cerdas no quinto segmento abdominal. Menores que um centímetro. Ápteros.
Figura 51. Menopon sp . piolho mastigador das aves.
GÊNERO: Menacanthus ESPÉCIE Menacanthus stramineus HOSPEDEIROS: Aves. Parasita de galinhas, perus, faisões e excepcionalmente pombos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Duas fileiras de cerdas longas e curtas nos segmentos abdominais. Fronte provida de processo espinhoso
Tufos de cerdas
Figura 50. Segmento abdominal de
Figura 52. Menacanthus sp . piolho mastigador de aves.
Menopon mostrando os tufos de cerdas _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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recurvo para trás e para baixo. Antenas com quatro segmentos.
Antenas filiformes (três a cinco segmentos). Sem fossetas antenais (antenas livres).
Possuem palpos.
Piolhos mastigadores.
FAMÍLIA BOOPIDAE
FAMÍLIA TRICHODECTIDAE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Três segmentos antenais. Uma garra ligada ao hospedeiro.
GÊNERO Heterodoxus
ESPÉCIE Heterodoxus spiniger HOSPEDEIROS: Cão CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Dois espinhos na região dorsal da cabeça Cabeça subtriangular Têmporas estreitas, não salientes. Parte inferior da cabeça com 2 ganchos voltados para trás e implantados junto à base dos palpos maxilares Palpos maxilares com 4 artículos Protórax livre Uma fileira de cerdas longas no abdômen com tergitos e pleuritos bem quitinizados Duas garras nos tarsos Parasito de cães
GENERO Trichodectes ESPÉCIE Trichodectes canis HOSPEDEIROS: Cão CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Cabeça hexagonal. Uma só garra. Antenas com três segmentos. Têmporas sem lobos posteriores. Fronte arredondada. Todos segmentos abdominais com placas pleurais (pleuritos). Estigmas respiratórios do segundo ao sétimo segmento (seis pares). Cerdas abdominais longas. Edeago grande. Não tem palpos. Vetor de Dipylidium caninum para cães.
Pleuritos
Tergitos Figura 53. Heterodoxus mastigador de cães.
sp.
Placas pleurais piolho
SUBORDEM ISCHNOCERA CARACTERÍSTICAS Palpos maxilares ausentes.
Figura 54. Trichodectes sp., piolho mastigador de cães.
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GÊNERO Bovicola CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
ESPÉCIE Bovicola sp. HOSPEDEIROS: Ruminantes CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Cabeça arredondada com a “bochecha” repartida. Cerdas abdominais curtas, iguais e em filas transversais. Manchas nos tergitos. Cabeça tão larga quanto longa
Tergitos
Cabeça com aspecto pentagonal, olhos atrás das antenas. Três pares de estigmas respiratórios abdominais. Cerdas abdominais muito curtas. Abdômen do macho com pequena saliência posterior formada pelo último segmento. Antenas sem dimorfismo sexual.
FAMÍLIA PHILOPTERIDAE Cinco segmentos antenais com 2 garras ligadas ao hospedeiros.
GÊNERO Goniodes ESPÉCIE Goniodes sp HOSPEDEIROS: Aves Figura 55. Bovicola sp., mastigador de ruminantes.
piolho
GÊNERO Felicola ESPÉCIE Felicola subrostrata HOSPEDEIROS: Felinos
Figura 56. Felicola , mastigador de felinos.
piolho
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Cabeça em forma de chapéu e com 2 cerdas longas nas extremidades laterais. Tarsos com duas garras. Antenas com cinco segmentos imbricados nos dois sexos, o último segmento não
Figura 57. Goniodes sp ., piolho mastigador de aves.
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clavado. Tem apêndices recurvos em gancho na frente
fica no piolho e através das fezes deste, penetra nas feridas. FAMÍLIA PEDICULIDAE
GÊNERO Lipeurus
GÊNERO Pediculus
ESPÉCIE Lipeurus sp HOSPEDEIROS: Aves.
ESPÉCIE Pediculus humanus HOSPEDEIROS: Humanos LOCAL: Cabeça
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS -Corpo e cabeça alongados. -Fronte larga, arredondada no ápice.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Olhos grandes.
-Mancha mediana no tórax.
Figura 58. Lipeurus sp . piolho mastigador de aves. SUBORDEM ANOPLURA CARACTERÍSTICAS Piolhos picadores-sugadores (hematófagos). Ausência de asas. Garras grandes. Passam toda a vida agarrados aos pêlos do hospedeiro. Metamorfose incompleta (Hemimetábolos). Transmissores de Rickettsia prowasekii causador da febre das trincheiras em situações de guerra, microorganismo que
Corpo alongado, cabeça ovóide. Tórax sem segmentos aparentes. Cinco segmentos nas antenas. Olhos simples. Abdômen com sete segmentos. Presença de um rostelo ou dentes préestomais para cortar a pele. Placas pleurais bem quitinizadas. Presença de gonopódios nas fêmeas (duas saliências côncavas internamente e situadas uma de cada lado do orifício genital) com que se prende aos pêlos durante a ovipostura para o alinhamento dos ovos. Olhos
Figura 59. Olhos de Pediculus sp.
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BIOLOGIA: A fêmea põe ovos operculados nas bases dos
muita higiene. As picadas provocam prurido e erupções na
pêlos ou nos fios das vestimentas (conforme subespécie). A fixação no pêlo ou fio se dá por uma substância secretada por glândulas especiais (glândulas coletéricas). Cada fêmea põe cerca de 7 a 10 ovos diariamente (Lêndeas). Período de incubação dos ovos - 8 a 9 dias em condições ideais de temperatura e umidade (33 a 40o C e 90% U. R.).
pele, agravadas pela invasão de agentes secundários. Há correlação entre o grau de infestação e o comprimento dos cabelos (Mulheres são mais parasitadas que homens).
Hemimetabólicos- ovo- ninfa (três mudas) – adulto. Desenvolvimento pós-embrionário: 8 a 9 dias. Longevidade dos adultos – 9 a 10 dias. CICLO TOTAL – Em média 18 dias (em condições favoráveis de temperatura e umidade). Picam o homem intermitentemente (picada dura
não se dá pela picada do inseto, nem pela via transovariana. A transmissão da infecção se dá pela contaminação de feridas da pele com as fezes dos piolhos ou pelo esmagamento do conteúdo intestinal em áreas em abrasão. Os piolhos morrem da infecção em poucos dias. (invade os tecidos dos piolhos destruindo as células.) O ato de esmagar o piolho com os polegares possivelmente ocasiona a infecção. A
3 a 10 minutos ou mais). São mais ativos à noite ou durante o descanso do paciente.
rickettsia pode permanecer viva e virulenta nas fezes do piolho durante 66 dias.
IMPORTÂNCIA MÉDICA: São encontrados em indivíduos de baixo escalão social, principalmente que não tem
2-Febre das trincheiras- Transmitida pela Rickettsia quintana - O nome surgiu porque a doença apareceu entre os soldados que combatiam nas trincheiras durante a primeira guerra mundial (mais de 1 milhão de casos). O doente apresenta febre com dores
Placas pleurais
Figura 60. Pediculus humanus piolho sugador de humanos.
DOENÇAS QUE TRANSMITEM: 1-Tifo exantemático - Causado pela Rickettsia prowaseki - os piolhos se infectam ao sugarem sangue de um indivíduo doente. A transmissão
generalizadas somente durante cinco dias, por isso é denominada quintana. O sangue, porém é infectante por quase dois meses. Não é injuriosa aos piolhos (se multiplica no lúmem intestinal) Fonte de infecção é a picada ou fezes. Fezes secas conservam poder infectante durante muito tempo, de modo que a infecção pode ser transmitida também por inalações.
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3-Febre recorrente-Transmitida pela Borrelia recurrentis (É uma espiroqueta que se
BIOLOGIA: Não é de muita atividade, permanecendo preso
desenvolve na hemocele do inseto). O homem só se infecta pelo esmagamento do inseto e libertação do conteúdo da hemocele em qualquer ferimento da pele.
a dois pêlos durante vários dias, quase sempre com as peças bucais presas na pele do hospedeiro. Além da região pubiana pode ser encontrado em regiões densamente pilosas (cabeça, sobrancelhas, axilas, etc.). Após a cópula que se realiza no hospedeiro, a fêmea põe ovos nos pêlos da região pubiana ou de outras.
GÊNERO Pthirus ESPÉCIE Pthirus pubis HOSPEDEIROS: Humanos. LOCALIZAÇÃO: Púbis, axilas, sobrancelhas, cílios (regiões de bastante cabelo). CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Garras enormes. Tórax mais largo que o abdômen. Pernas robustas. Primeiro par de patas é menos desenvolvido. Unhas do segundo e terceiro par de patas fortemente recurvadas. Abdômen com os cinco primeiros segmentos fusionados. Abdômen apresenta lateralmente quatro tubérculos salientes com cerdas nas extremidades. Os espiráculos 3, 4 e 5 estão na mesma linha transversal. CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS: É chamado de “chato” porque é achatado. Precisam da temperatura corporal para sobreviver. Só suportam dois dias fora do hospedeiro. Ciclo de ± 16 dias (de ovo a ovo ± 30 dias), com 30 dias de vida adulta.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 7 a 8 dias.
Tubérculos
Figura 61. Pthirus sp ., conhecido por chato, piolho sugador de humanos. DESENVOLVIMENTO: 13 a 16 dias. CICLO TOTAL: 30 dias. SOBREVIVÊNCIA FORA DO HOSPEDEIRO: Adultos e ninfas vivem dois a três dias. LONGEVIDADE NO HOSPEDEIRO: 30 dias.
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DISSEMINAÇÃO: Principalmente por via sexual. Também através de toalhas, roupas, assentos de privadas, etc.. OBS: Não se conhece transmissão de doenças, mas sua presença causa prurido mais ou menos intenso, que incomoda o indivíduo. As picadas produzem manchas azuladas na pele devido a saliva das glândulas reniformes. FAMÍLIA HAEMATOPINIDAE
GÊNERO Haematopinus
Figura 62. Haematopinus sp . piolho sugador de ruminantes, suínos e eqüinos.
HOSPEDEIROS: Ruminantes, suínos, bubalinos e eqüinos. -Haematopinus suis -(suínos) -Haematopinus eurysternus (bovino)-
-Ocorre mais freqüentemente em animais adultos. -Clima temperado - No inverno os animais ficam confinados no interior de estábulos ocorrendo aumento considerável da população de piolhos. -Regiões corporais - Pescoço, base da cauda e chifres, nas infestações altas a parasitose se generaliza por todo o corpo. -Verão - os piolhos são raros, limitando-se à orelha e locais onde os pêlos são mais longos. -Brasil - Não constitui problema de grande significação, provavelmente devido ao fato de não resistirem aos raios solares diretos e a temperatura elevada do corpo do animal. -Haematopinus quadripertusus- (bovino)
-Ocorre no Brasil (espécie mais prevalecente nos trópicos). -Fêmeas põem ovos quase que exclusivamente nos pêlos da cauda do animal. -Ninfas sobem para regiões da cabeça, do pescoço e outras onde se tornam adultas.
-Piolho dos animais domésticos. -Muito comum no Brasil. -Regiões mais freqüentes - Dobras do pescoço, base das orelhas e entre as pernas. -H. asini - (equídeos) -Base da crina e base da cauda. -H. tuberculatus - (búfalos) -Podem parasitar bovinos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Cabeça estreita e alongada. Sem olhos. Antenas com 5 segmentos. Tórax largo. Coxim tibial entre a base da tíbia e tarso. Abdômen alargado. Todas as patas iguais. Placas pleurais e parapleurais. Tubérculos pós-antenais. Machos possuem um pênis ou edeago.
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Phthiraptera-Piolhos
______________________________________________________________________________________________
BIOLOGIA:
com evidente prejuízo para saúde dos animais. A pele pode se tornar seca com aspecto de
Ectoparasitos de animais domésticos com ciclo biológico parecido ao descrito dos piolhos humanos. Fêmeas põem ovos nos pêlos dos hospedeiros fixando-os com uma substância cimentante. Fêmea põe em média 3 a 6 ovos/dia. Ciclo de 9 a 19 dias. Adultos vivem 30 dias. Concentra-se em pêlos longos.
sarna. Os animais parasitados, injuriados permanentemente pelos piolhos, não se alimentam direito nem descansam, o que origina queda de produção e prejuízo para os fazendeiros.
Três estádios ninfais, cada estádio: três a quatro dias. Hemimetabólicos.
L. vituli (bovinos)
FAMÍLIA LINOGNATHIDAE
GÊNERO Linognathus Linognathus setosus (cães)
L. pedalis (ovinos)
HOSPEDEIROS: Cães, ruminantes. PERÍODO DE INCUBAÇÃO É de 9 a 19 dias dependendo da espécie, das condições de temperatura e umidade e do meio em que são mantidos os animais (ovos não se desenvolvem em temperatura inferior a 25o). PERÍODO DE PRÉ-OVIPOSIÇÃO: É em média de três dias, a fêmea inicia postura que dura vários dias. Número de ovos varia com a espécie (um a quatro por dia). H. suis (mais ou menos 90 ovos, cerca de 3 a 6 por dia).
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Sem placas quitinizadas. Abdômen membranoso. Primeiro par de patas é menor que o segundo e o terceiro. Cinco segmentos nas antenas.
CICLO TOTAL-20 a 40 dias dependendo da espécie e fatores ambientais. IMP.MED.VET: -Leva a perda de produtividade dos animais. -A picada do piolho, com inoculação de saliva irritante, provoca prurido, obrigando o animal a se coçar e morder o local da picada para se livrar do inseto. O ato de coçar pode provocar ferida que se agrava pela invasão de germes,
Figura 63. Linognathus sp ., piolho sugador de cães e ruminantes. HOSPEDEIROS:
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Phthiraptera-Piolhos
______________________________________________________________________________________________ L. vituli - bovinos leiteiros e animais novos.
Encontrados no pescoço, barbelas, espáduas, períneo, etc..
L. setosus - Cães (novos e velhos)- mais
comum em cães de pêlos longos do que de pelagem curta. BIOLOGIA: Parecida com Haematopinus. Fêmeas depositam ovos nos pêlos do hospedeiro. Três estádios ninfais. Duração do ciclo 30 a 40 dias (depende da espécie). TRATAMENTO DOS PIOLHOS EM GERAL: -Medidas de higiene. -Aplicação de inseticida. -Alguns Inseticidas não agem sobre lêndeas, então, recomenda-se uma segunda aplicação
pelo corpo do animal (Mastigadores) ou permanecem presos ao pelo (Anoplura). LOCALIZAÇÃO NO HOSPEDEIRO: Preferencialmente na parte superior do corpo, desde a cabeça até a cauda. Há exceções: H. quadripertusus (vassoura da cauda). H. suis (nas dobras da pele atrás da orelha e região púbica= início da infestação). Menopon/Menacanthus (penas que cobrem o corpo). SAZONALIDADE: Mais freqüente no inverno. O pêlo cresce e forma um micro-habitat. No RS há problemas nesta época do ano por causa do frio (animais ficam mais próximos uns dos outros ou são estabulados). Deve-se tratar antes os animais.
após 10 a 14 dias. ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA: Identificação das espécies, direcionar o tratamento para a espécie afetada (hospedeiro). Importante para o diagnóstico e medidas de controle. CICLO
BIOLÓGICO
DOS
PIOLHOS
IMPORTÂNCIA DOS PIOLHOS: Os anopluras são mais patogênicos do que os mastigadores, pois provocam perda de sangue, tem capacidade de transmitir agentes patogênicos, abrem uma porta de entrada para infecções secundárias, há o enfraquecimento dos animais e irritações na pele.
EM
GERAL: No hospedeiro (Anoplura e Mallophaga): ovo- ninfa- adulto (macho e fêmea). Hemimetábolos. Completa-se em 25 a 35 dias. Ovos (lêndeas) são colocados presos ao pêlo e em contato com a pele eclodem as ninfas, passam a adultos que se locomovem
CONTROLE DOS PIOLHOS: -Produtos químicos em banhos de imersão ou aspersão com pressão. Repetir em 10 a 14 dias. -Pente fino. -Inseticida em pó nos ninhos. -Limpeza e esterilização dos fômites. -Produtos pour-on. -Ivermectinas para sugadores.
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Phthiraptera-Piolhos
______________________________________________________________________________________________
Principais Piolhos de Importância Médica Veterinária
Trichodectes
Felicola
Heterodoxus
Bovicola
Linognathus
Haematopinus
Goniodes
Lipeurus Struthiolipeurus
Columbicola Pthirus
Pediculus Chelopistes
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Hemípteras – Barbeiros e ______________________________________________________________________________________________percevejos
PARTE VII
Hemípteras
____________________________________________________________________________________ ORDEM HEMÍPTERA CONCEITOS BÁSICOS:
FAMÍLIA REDUVIIDAE - barbeiros SUBFAMÍLIA TRIATOMINAE
•
Dois pares de asas.
•
Corpo grande e achatado dorso ventralmente.
Alimentação: podem ser hematófagos (rostro curto e reto com três segmentos), predadores ou entomófagos (rostro curvo em forma de arco) e •
fitófagos (rostro (hipostômio + quelíceras) longo e com quatro segmentos). •
Olhos bem grandes.
Geralmente apresentam dois pares de asas um par anterior do tipo hemiélitro, ou seja, asa com parte apical membranosa e parte basal coriácea (dura), que serve para proteção das asas posteriores (membranosas, destinadas ao vôo) quando em repouso. •
Hemimetabólicos (metamorfose incompleta): ovo - ninfa (cinco fases) – adulto. •
NUTRIÇÃO: São hematófagos em todos os estágios de evolução (ninfas, fêmeas e adultas). Após a alimentação defecam. CICLO BIOLÓGICO: Depois da última muda para adultos, a fêmea e o macho copulam. Não precisa alimentação prévia. A fêmea copula apenas uma vez e faz postura parcelada (1 a 40 ovos em cada postura) num total de quase duzentos ovos em toda a sua vida. O macho copula várias vezes. Após a postura os ovos são brancos e operculados. Depois escurecem e quando o embrião está formado ficam rosados. Período de incubação: 15 a 30 dias. Os ovos do gênero Triatoma e Panstrongylus são isolados, os do gênero Rhodnius são aderidos. A duração do ciclo depende da temperatura, Conexivo
Parte Parte Figura 64. Asa em hemiélitro.
SUBORDEM CRYPTOCERATA – aquáticos. SUBORDEM GIMNOCERATA
Figura 65. Adulto, ovos e ninfas de barbeiro.
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Hemípteras – Barbeiros e ______________________________________________________________________________________________percevejos
O Panstrongylus possui o tubérculo inserido bem próximo aos olhos compostos (omatídeos) . O Rhodnius possui o tubérculo inserido próximo ao rostro (aparelho bucal).
GÊNERO Panstrongylus CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: •
Tamanho grande.
•
Cabeça curta e grossa.
•
Tubérculo antenal bem próximo ao olho.
Figura 66 Inserção do tubérculo antenal dos triatomíneos de importância veterinária. alimentação, umidade relativa e espécie de barbeiro. Em média de 180 a 300 dias. IMPORTÂNCIA: Os gêneros dessa família servem de hospedeiro intermediário para o agente causador da doença de chagas (Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes do barbeiro).
Figura 67. Cabeça de Panstrongylus sp.
GÊNERO Triatoma CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Conexivo (parte dorsal onde a asa não cobre) amarelado. •
HABITAT: Habitam locais escondidos (toca de tatu, copa de árvores, frestas na casa) e possuem hábito noturno. GÊNEROS: Temos três gêneros de importância nessa família: Rhodnius, Triatoma e Panstrongylus . Eles são diferenciados principalmente pela inserção do tubérculo antenífero. O Triatoma possui o tubérculo na porção medial da cabeça.
Tubérculo da antena entre o olho e a extremidade da cabeça. •
Figura 68. Cabeça de Triatoma sp.
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Hemípteras – Barbeiros e ______________________________________________________________________________________________percevejos
GÊNERO Rhodnius CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Tubérculo antenal bem perto do ápice. •
Cabeça muito longa e delgada, mais longa que o tórax. •
Conexivo de cor amarelada com manchas oblongas negras. •
•
Antenas com quatro segmentos.
OBS: Barbeiro peridomiciliar - chega perto, mas não consegue ovopositar. Barbeiro domiciliar - capacidade de colonizar a habitação humana (principalmente casas mal construídas). **Um bom transmissor é aquele que tem capacidade de domicialização, susceptibilidade ao T. cruzi , tamanho da colônia, grau de antropofilia e outros.
Figura 70. Cimex Lesão. em homem provocada pelo percevejo FAMÍLIA CIMICIDAE - percevejos da cama CARACTERÍSTICAS: •
Corpo bem menor que o dos barbeiros.
•
Asas atrofiadas.
•
Não transmitem doenças.
Fazem seus ninhos próximo de onde a pessoa dorme e saem a noite para se alimentar. •
GÊNERO Cimex HOSPEDEIROS: Morcego e homem. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: •
Pronoto bem
pronunciado e largo no
Pronoto Figura 69. Cabeça de Rhodnius sp.
CONTROLE: Uso de inseticidas, condições decentes de moradia humana e animal, telas nas janelas, destruir ninhos dos barbeiros próximos as casas. Figura 71. Cimex sp. conhecido como percevejo. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Hemípteras – Barbeiros e ______________________________________________________________________________________________percevejos
comprimento (quatro vezes mais largo que alto). •
Um par de cerdas no ângulo posterior do
protórax. Ápteros. •
•
Muito peludos.
condições, pode viver um ano ou mais sem comida. Um adulto ingurgita-se com sangue em aproximadamente 10 a 15 minutos, e um jovem (ninfa) em três a cinco minutos. Ele então retorna para o seu esconderijo para fazer a digestão do sangue. Faz alimentações repetidas.
GÊNERO Ornithocoris HOSPEDEIROS: Aves. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Pronoto com a parte anterior mais estreita que a posterior parecendo uma figura trapezoidal. •
Figura 72. Cimex sp. visão ventral e dorsal.
Dois pares de cerdas nos ângulos posteriores do protórax. •
CICLO BIOLÓGICO: A fêmea põe um a cinco ovos por dia. Ela pode pôr um total de 200 ovos quando bem alimentada e em temperaturas superiores a 28° C. Os ovos são pegajosos quando recém postos e aderem ao objeto no qual eles são colocados. Ovos chocam de seis a 17 dias. Ninfas recentemente eclodidas alimentam-se imediatamente quando há comida disponível. Elas mudam cinco vezes (trocam a pele externa ou exosqueleto para crescerem) antes de alcançarem a maturidade, alimentando-se entre cada muda. Pode haver três ou mais gerações por ano. Todas as fases são encontradas em uma população que está reproduzindo. Podem viver durante várias semanas sem alimentar-se se a temperatura está amena e durante vários meses se a temperatura está baixa. O hemíptera vive em média 10 meses com alimentação disponível. Em algumas
•
Rostro atingindo a coxa um.
Antenas com terceiro e quarto artículo mais delgados que os dois primeiros. •
•
Parasita de aves.
Figura 73. Ornithocoris sp. vista dorsal e ventral.
Espécie Ornithocoris toledoi HOSPEDEIROS: Galinhas.
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Hemípteras – Barbeiros e ______________________________________________________________________________________________percevejos
CICLO BIOLÓGICO: Após a alimentação (hematófagos) que dura 5 minutos, ocorre a cópula. Para cada postura a fêmea copula uma vez. O período de prépostura é em média de 7 dias. Entre duas posturas há um intervalo de 7 a 10 dias, após o qual, a fêmea copula outra vez. Em cada postura são postos em média até 50 ovos. Há também 5 estádios ninfais. Cada estádio ninfal realiza cerca de 3 repastos sangüíneos antes de nova ecdise. O ciclo completo varia entre 40 a 90 dias, podendo os adultos viverem até 200 dias. IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA DOS HEMÍPTERAS: Através da picada causam irritação e incomodam o homem e os animais perturbando a sua tranqüilidade. Podem provocar anemia e os gêneros pertencentes à família Reduviidae são
responsáveis
pela
transmissão
do
Trypanosoma cruzi .
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Siphonaptera - Pulgas
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PARTE VIII
Pulgas
____________________________________________________________________________________ ORDEM SIPHONAPTERA Siphon - sifão, a - ausência, pteros – asas CARACTERÍSTICAS: - Nome vulgar: Pulgas. - Não apresentam asas. - Achatadas lateralmente, o que facilita o andar
- Holometábolos (metamorfose completa): ovo – larva – pupa – imago ou adulto. - Ectoparasitos obrigatórios periódicos, somente os adultos permanecem transitoriamente no corpo do hospedeiro para a sucção do sangue, deixando-o após o repasto.
pelos animais. -Corpo revestido de espessa quitina escorregadia e cerdas voltadas para trás que auxiliam a pulga a deslizar entre as penas e pêlos dos hospedeiros não permitindo que voltem (dêem ré). - Pernas longas, principalmente as posteriores, adaptadas para o salto. - Antena com três segmentos (escapo, pedicelo
BIOLOGIA: As pulgas desenvolvem-se por metamorfose completa. As fêmeas fecundadas, depois de um ou vários repastos sangüíneos, desovam numero variável de ovos (entre três e 18) em cada postura. O número total de ovos pode chegar a muitas centenas, dependendo da espécie. Os ovos das pulgas são brancos, grandes (0,5 mm) e visíveis a olho nu sobre
e clava) e sulco antenal que divide a cabeça em fronte (parte anterior) e occipício (atrás do sulco antenal). - Aparelho bucal picador-sugador: hematófago. -Abdômen formado por 10 segmentos (urômeros) imbricados. Os segmentos dois a sete possuem de cada lado um estigma. O nono metâmero apresenta em ambos os sexos uma placa sensorial chamada de sensila.
fundo escuro. A postura ocorre quase sempre nos lugares onde habitam os hospedeiros, quando os ovos são postos nos pêlos ou penas do hospedeiro estes não se fixam e caem ao solo. O desenvolvimento depende das condições de temperatura e umidade, mas no verão o ciclo se completa em 21 dias. A larva sai do ovo por uma abertura na cápsula cefálica. As larvas são vermiformes,
- Três segmentos torácicos e 10 abdominais. -Podem apresentar ctenídeos (dentes quitinosos) que são cerdas espiniformes, dispostas como dentes de um pente, cuja localização, número, tamanho, forma e disposição são importantes na sistemática. -Algumas pulgas apresentam mesonoto rachado.
esbranquiçadas, ápodas e possuem aparelho mastigador. O alimento das larvas é sangue digerido, seco, eliminado com as dejeções das pulgas adultas. Em condições favoráveis a larva passa para pupa em 9 a 15 dias, mas no inverno ou na falta de alimento pode prolongar-se por até 200 dias. A primeira muda ocorre entre o terceiro ao sétimo dia e, após três a quatro dias realiza-se a segunda muda. Depois das mudas
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Siphonaptera - Pulgas
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SUBORDEM INTEGRICIPTA - Não apresenta fratura no occipício. FAMÍLIA HECTOPSYLLIDAE
GÊNERO Tunga - bicho de pé HOSPEDEIROS: Suínos, cães e homem (rural)
Figura 74. Ovo de pulga. a larva tece um casulo pegajoso que se fixa em algum substrato e fica camuflado pela poeira. Realiza-se então a terceira e última muda, dando origem a pupa. A fase de pupa dura de 7 a 10 dias mas pode chegar a mais de um ano se a temperatura não for favorável. As pulgas adultas permanecem no casulo até sentirem a presença do hospedeiro através da liberação de gás carbônico e vibrações. PERÍODOS DE SOBREVIVÊNCIA Sem alimento Com alimento: Pulga do homem – 125 dias 513 dias Pulga do cão – 58 234 dias Pulga do rato – 38 dias 100 dias
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Quase não tem tórax (achatadas): Os três segmentos torácicos juntos, são menores que 1 segmento abdominal. - Duas mandíbulas (lacínias) retilíneas, serrilhadas e longas. - Palpos labiais com dois segmentos pouco quitinizados. - Menores pulgas que existem (1 mm). - Não possuem ctenídeos. BIOLOGIA: As fêmeas depois de fecundadas introduzem-se na pele (pode ser em qualquer lugar, mas a preferência são os dedos do pé, junto ao canto das unhas) do hospedeiro, deixando livre, em comunicação com o meio exterior apenas o Segmentos torácicos
Figura 75. Larva de pulga presente no
Figura 76. Macho adulto de Tunga penetrans.
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Siphonaptera - Pulgas
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ápice do abdômen, no qual se encontra a abertura do ovipositor. Instalada no hospedeiro começa a sugar sangue e inicia-se o desenvolvimento dos ovos (até 100), que não são eliminados de imediato permanecendo no abdômen até a pulga ficar do tamanho de uma ervilha. Após o período de incubação os ovos são expelidos e o resto do ciclo é como o da maioria das pulgas. Depois de todos os ovos serem postos a pulga murcha e cai ao solo ou é expelida pela ulceração que se forma no local
saia inteiro, a destruição no interior da pele pode causar infecção. SINTOMAS: No início da penetração ocorre um leve prurido, mas com o intumescimento do abdômen do inseto surge a sensação dolorosa. Cabeça da pulga
da penetração. Machos e fêmeas não fertilizadas sugam intermitentemente seu hospedeiro. Somente quando a fêmea é copulada ela penetra na pele. O macho morre. Os ovos levam 3-4 dias para eclodirem as larvas e 2 a 3 semanas após tornam-se adultos. Ciclo completo: Em torno de 30 dias. Figura 78. Tunga penetrans íntegra, retirada do interior da pele do hospedeiro. FAMÍLIA PULICIDAE
GÊNERO Ctenocephalides HOSPEDEIROS: cão e gato.
Figura para 77. Fêmea de pulga penetrante pronta postura. TRATAMENTO: A retirada do inseto deve ser realizada por meios mecânicos. Usa-se uma agulha esterilizada procurando alargar a abertura da cavidade onde está o inseto a fim de que ele
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Apresentam olhos. - Apresentam ctenídeos pronotal e genal. CICLO BIOLÓGICO: -A oviposição é feita tanto no hospedeiro como no ambiente e nesse eclodem as larvas que permanecem no ambiente se alimentando de detritos e fezes das pulgas adultas (as larvas não são hematófagas). As larvas produzem uma
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Siphonaptera - Pulgas
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substância gosmenta que formará o pupário e essa pupa é o processo de transição de larva
CICLO BIOLÓGICO: A fêmea fertilizada vai procurar o hospedeiro e
para adulto. A pupa não se alimenta. Dela emergem os adultos machos e fêmeas que são hematófagos. Quanto mais quente, mais acelerado é o ciclo (pode ser de 21 a 150 dias). As pulgas têm uma grande resistência à inanição, durando cerca de 30 a 50 dias sem se alimentar e têm preferências, mas não especificidade. É hospedeiro intermediário de Dipylidium caninum.
suga o seu sangue, distendendo o seu abdômen (fica parecendo uma ervilha) e depois libera os ovos no ambiente. Estes passam a larvas, pupas e adultos (fêmeas e machos). Só fica no hospedeiro para se alimentar. Utiliza estábulos para colonização, principalmente em condições deficientes de higiene.
Pronotal
Genal Figura 80. Cerda anterior ao olho e occipital de Pulex.
GÊNERO Xenopsylla Figura 79. Ctenídios de Ctenocephalides.
CONTROLE: Deve-se tratar não só o animal, mas também o ambiente.
GÊNERO Pulex
ESPÉCIE Xenopsylla cheops HOSPEDEIROS: Ratos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Não possuem ctenídeos. -Possuem fileira de cerdas no occipício, em forma de V. -Possuem mesonoto rachado.
HOSPEDEIROS: Homem. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Não apresentam ctenídeos genal e pronotal. - Mesopleura sem espessamento interno. - Possuem uma cerda anterior ao olho e uma cerda occipital.
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA DAS PULGAS EM GERAL: - A presença de pulgas sobre o corpo do animal, pode causar uma reação cutânea pela ação da saliva desse inseto. - A Tunga pode propagar o tétano (Clostridium tetani ).
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Siphonaptera - Pulgas
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-Algumas pulgas são hospedeiras intermediárias de cestódeos (Dipylidium – Ctenocephalides ). -A morte de ratos dissemina pulgas ( Xenopsylla ) contaminadas com o bacilo Yersinia pestis , que transmite a peste bubônica. Quando os roedores adoecem da peste e morrem, as pulgas abandonam o cadáver e vão alimentar-se em outro animal ou no homem. A bactéria fica no proventrículo do estômago da pulga, onde se reproduzem ocasionando obstrução parcial ou total do tubo digestivo. As pulgas nessa condição não conseguem se alimentar direito e ficam num estado de fome permanente, impelindo-as a atacar os animais vorazmente. O proventrículo parcialmente bloqueado faz com que haja refluxo de sangue contido no estômago, então quando a pulga se alimenta regurgita para o interior do corpo do animal sangue infectado com bacilos. *Pulga semibloqueada - é a mais importante porque a pulga consegue ingerir algum nutriente e por isso ela sobrevive mais tempo, porém está sempre com fome, picando vários hospedeiros e transmitindo a bactéria. Com o passar do tempo passa a bloqueada, que morre logo.
Mesonoto rachado
Figura 81. Cerdas em “V” de Xenopsylla sp.
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Siphonaptera - Pulgas
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Principais Pulgas de Importância Médica Veterinária Ctenocephalides
Ctenocephalides
Cabeça
Tunga
de Tunga
Pulex -
Cerdas na cabeça Xenopsylla-
Pulex
Cerdas em forma de V
Xenopsylla
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ORDEM DIPTERA
- Mesotórax mais desenvolvido que o pró e
(Moscas, Mutucas e Mosquitos)
metatórax.
CABEÇA:
ASAS:
- Cabeça articulada bem distinta do tórax, com 1
-
par de antenas, 1 par de olhos compostos, 1 a 3
transparentes,
ocelos e aparelho bucal.
nervuras longitudinais e poucas transversais.
Asas
Mesotorácicas com
membranosas
número
moderado
e de
- O par de asas é inserido no mesotórax. - No metatórax aparece o balancim ou halter
APARELHO BUCAL: moscas
(asas metatorácicas atrofiadas e transformadas
mosca
em pequenas hastes, órgãos de equilíbrio) e
doméstica). Apresenta um par de mandíbulas cortantes, um par de maxilas para triturar, um
também uma estrutura membranosa chamada calíptera ou alúla (situada no lado posterior da
lábio, um labro e hipofaringe. As maxilas podem
base da asa), as duas estruturas são auxiliares
apresentar palpos maxilares (não confundir com
das asas, dando equilíbrio ao vôo.
-
Aparelho
hematófagas)
bucal
picador
ou
lambedor
(Ex. (Ex.
antenas que estão entre os olhos). -
As
labelas
nos
lambedores
são
muito
PATAS:
desenvolvidas e apresentam canalículos (tipo
- Pernas com cinco artículos tarsais.
esponjinha)
- Tarsos terminam em duas garras, embaixo das
e
desenvolvidos
nos e
sugadores
apresentam
são
pouco
dentículos.
A
unhas há os púlvilos e o empódio.
exceção é que na mutuca (sugador) as labelas
- Larvas sem apêndices locomotores.
são grandes e têm dentículos.
- Pupas livres, móveis ou imóveis envolvidas pelo pupário resultante do endurecimento da
Antenas
Olhos
última pele larval.
ANTENAS: - As antenas possuem três segmentos: escapo, pedicelo e flagelo (esse pode ter de 1 a 16 segmentos),
pluriarticulado
ou
não.
Essas
características definem a subordem.
Aparelho bucal Figura 82. Cabeça de mosca.
- Subordem Nematocera – Mosquitos – Antenas filiformes
com
semelhantes
no
mais
de
flagelo.
seis Na
artículos subordem
Nematocera as antenas têm cerdas. Fêmeas
TÓRAX:
apresentam
poucas
cerdas
e
machos
apresentam muitas cerdas. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria a Prof Silvia Gonzalez Monteiro
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______________________________________________________________________________________________ Essa pode ser simples ou nua, bipectinada, pectinada
dorsalmente
e
pectinada
ventralmente.
antenas
Antenas
Figura 83. Fêmea de mosquito mostrando as antenas com poucas cerdas. -
Subordem
Brachycera
Tabanomorpha
–
Tabanídeos ou mutucas – Antenas com três Figura 85. Antena de brachycera
artículos sendo que o último é anelado. Sem arista.
OLHOS: -Os olhos compostos são grandes, ocupam quase toda a cabeça e são constituídos por células denominadas omatídeos. Na subordem
Antenas
Brachycera Cyclorrhapha, os olhos das fêmeas são dicópticos (olhos separados) e dos machos são holópticos (olhos juntos). -Ocelos entre os olhos compostos.
CLASSIFICAÇÃO: A
ordem
díptera
esta
dividida
em
três
subordens: Figura 84. Antena de tabanídeo.
- Nematocera – Mosquitos.
- Subordem Brachycera Cyclorrhapha – Moscas
- Brachycera Tabanomorpha – Tabanídeos ou mutucas.
em geral – Antenas com três artículos, com
- Brachycera Cyclorrhapha – Moscas em
arista.
geral.
-No caso das moscas não se vê escapo nem
HABITAT:
pedicelo, mas sim o flagelo, que é pendurado e
Forma adulta é terrestre, vivem em ambiente
há uma cerda, um apêndice chamado arista.
diferente daquele onde se desenvolveram as larvas.
Encontram-se
com
freqüência
em
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______________________________________________________________________________________________ descampados, folhagens,
florestas, alguns se
Na subordem Brachycera Cyclorrhapha
as
adaptaram a regiões inóspitas como mangues,
larvas são do tipo acéfalo e os adultos emergem
desertos, cerrados, cavernas. As larvas de dípteros desenvolvem-se em água
da pupa através de uma fenda que circunda a parte anterior do pupário.
corrente ou estagnada, matéria orgânica em decomposição , no interior de vegetais, ou como
IMPORTÂNCIA:
parasitas de animais.
Os dípteros são os mais importantes grupos de insetos de importância Médica veterinária e
NUTRIÇÃO:
humana,
Varia de acordo com a espécie.
transmissão de inúmeros agentes patogênicos
Pode
ser:
Flores,
matéria
orgânica
pois
são
responsáveis
pela
em
por meio da picada ou contaminando alimentos
decomposição, seiva que escorre dos vegetais, suor, exsudatos de úlceras cutâneas, sangue
com germes patogênicos que carregam em suas pernas ou aparelho bucal. Há ainda dípteros
de diversos animais, existem também muitas
cujas larvas se desenvolvem à custa de tecidos
espécies predadoras que nutrem-se sugando os
de vertebrados, causando as bicheiras ou
humores dos insetos que capturam.
miíases.
REPRODUÇÃO: Metamorfose completa – Holometábolos. Ovo Larva - Pupa – Adultos. Durante o estágio larvário os insetos sofrem 3, 4 ou mais ecdises.
As larvas são ápodes e podem ser de dois tipos: Eucéfalas – Com cabeça distinta e móvel, armada de mandíbulas e maxilas com dentes quitinosos. Acéfalas- Com cabeça reduzida e peças bucais rudimentares,
transformadas
em
ganchos
internos. Nas Subordens Brachycera Tabanomorpha e
Nematocera as larvas são do tipo eucéfalo e o adulto que se forma no interior da pupa emerge através de uma fenda em forma de T situada no dorso da pupa.
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Nematocera -
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CLASSIFICAÇÃO DE NEMATOCERA
FILO
CLASSE
Arthropoda Insecta -Tubo digestivo -Díceros completo. -Patas articuladas -Celoma repleto de hemolinfa.
ORDEM
Díptera -Um par
-3 pares de patas. -Corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen
SUBORDEM
de
asas -Holometábolos -Aparelho bucal picadorsugador ou lambedor
FAMÍLIA
SUBFAMILIA
Nematocera
Culicidae
Anophelinae
-Um par de antenas longas e articuladas -Fêmeas parasitas -Olhos compostos -Adulto emerge da pupa através de
(Mosquitos) Palpo fêmea=probóscida -Antenas nos machos é plumosa. Culicinae -Probóscida bem Palpo fêmea
Ceratopogonidae
fenda dorsal em T
Simulidae Psychodidae
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PARTE VI
Mosquitos
____________________________________________________________________________________ ORDEM DIPTERA SUBORDEM NEMATOCERA FAMÍLIA CULICIDAE CARACTERÍSTICAS: - Sem ocelos. - Antenas com 15-16 segmentos. - Pernas longas.
- Larvas horizontais na superfície d’água - Pupas com trompa respiratória de forma cônica curta e de abertura larga. - Fêmeas com palpos delgados e do mesmo comprimento da probóscida. - Machos com últimos segmentos do palpo dilatados e pilosos, dando aspecto de clava.
- Conhecido como mosquito. - Fêmeas hematófagas sugam sangue à noite. - Machos alimentam-se de sucos vegetais. - Fêmeas colocam seus ovos em locais úmidos (plantas flutuantes) ou água. SUBFAMÍLIA ANOPHELINAE CARACTERÍSTICAS: - Adultos com escamas abundantes. - Probóscida bem desenvolvida. - Palpos retos. - Olhos grandes. - Antenas nos machos plumosas. TRIBO ANOPHELINI
Palpos
Figura 86. Fêmea de Anopheles
GÊNERO Anopheles CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -- Coxa Primeiro tergito abdominal posterior mais curtasem queescamas. a largura do mesoepímero. - Palpos da Fêmea de comprimento igual ao da probóscida. - Escuama com franja completa.
- Ovos providos de flutuadores e postos isoladamente. - Larvas sem sifão respiratório.
BIOLOGIA DE ANOPHELES - Criadouros são lagoas, rios e represas. - Veiculador da malária (esporozoítas do Plasmodium vivax na glândula salivar)
- Hábito crepuscular e noturno - Quando em repouso esses mosquitos formam .
um ângulo quase reto ao substrato.
SUBFAMÍLIA CULICINAE TRIBO CULICINI
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existentes em barris, potes de barro, vasos, cacos de garrafa.
Palpos Figura 87. Macho e fêmea de Culicinae.
GÊNEROS: Aedes, Culex .
- Depositam os ovos separadamente em vários lotes, postos em intervalos de um ou mais dias. - Ovos resistem a dessecação por vários meses. - Hábito diurno gostam de temperatura elevada e picam raramente quando a temperatura fica abaixo de 23 graus. - O ciclo dura 11 a 18 dias em temperatura de 26 graus centígrados.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Lobo pronotal menor que o meron. - Escuamas com franjas, via de regra, completa com ou sem espiraculares . - Ovos desprovidos de flutuadores e postos em jangada. - Larvas com sifão respiratório. - Dispõem-se perpendicularmente ou obliquamente na superfície líquida
- Longevidade: Em laboratório uma fêmea viveu até 154 dias. - A fêmea após ter feito a postura de seus ovos morre rapidamente. Em condições normais uma fêmea pode fazer 12 ou mais repastos sangüíneos em um mês o que é de grande importância na transmissão da febre amarela. - A cópula se processa 12 a 24 horas após o nascimento do imago e estimula o desejo de
permanecendo com o corpo mergulhado. - Pupa com trompa respiratória de forma tubulosa, mais ou menos cilíndrica alongada e de abertura estreita. - Fêmeas com palpos curtos de comprimento menor que a tromba - Machos com palpos longos, mas os últimos segmentos não são dilatados, e são maiores que a tromba. - Quando em repouso esses mosquitos ficam com o corpo paralelo a superfície.
sugar sangue. As fêmeas virgens dificilmente sugam sangue. As fêmeas após sugarem sangue fazem a postura dos ovos em poucos dias; se forem alimentadas com líquidos açucarados, não há postura.
GÊNERO Aedes : Espécie Aedes aegipty CARACTERÍSTICAS: - Postura preferencialmente (vizinhança da água ou na sua superfície) em águas limpas _____________________________________________________________________________________________ Figura 88. Fêmea de Aedes Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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- Cada fêmea pode pôr de 70 a 150 ovos. - Esse mosquito é doméstico e nas horas de
GÊNERO Culex
repouso (noite) se esconde atrás ou debaixo de móveis. - As larvas se alimentam de bactérias contidas na água e possuem sifão respiratório com um tufo de cerdas. - Transmite a febre amarela e a dengue.
- Doméstico de hábito noturno. - Fêmeas depositam seus ovos em água estagnada pura ou impura nas imediações dos domicílios. - Os ovos, postos verticalmente são aglutinados
CARACTERÍSTICAS:
Palpos
Figura 89. Tórax de Aedes aegipty
Figura 91. Fêmea de Culex.
Figura 90. Sifão respiratório de larva de _____________________________________________________________________________________________ Fi ura 92. Larva de Culex s . Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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formando uma jangada. - As fêmeas são antropófilas. - É encontrado principalmente nos dormitórios, sobre o teto, móveis e roupas. - Após a desova a fêmea morre ou sobrevive poucos dias. - -Larvas possuem sifão respiratório com vários tufo de cerdas. - Ciclo dura em média 10 a 11 dias. - Transmite Wuchereria bancrofti (filária, Elefantíase). BIOLOGIA DA FAMÍLIA CULICIDAE ALIMENTAÇÃO: Quando adultos as fêmeas alimentam-se em geral de sangue pois tem necessidade para que se processe a maturação dos ovos mas não para sua subsistência pois em laboratório sobrevivem apenas com água e açúcar., os machos alimentam-se de sucos de frutas e néctar de flores. CÓPULA: Nos mosquitos de hábitos crepusculares (anofelinos) a cópula se dá momentos antes de se dirigirem para as casa. Há mesmo a chamada “dança nupcial” em que os mosquitos ficam voando em largos círculos, aí se efetuando a cópula. Os machos e fêmeas saem dos criadouros e em geral copulam no ar e essa cópula ocorre de duas maneiras: No Aedes aegypti, o macho fica sob a fêmea fixando-a por meio de duas pinças laterais, o ato dura 4 a 5 segundos; no Anopheles , macho e fêmea se prendem pela extremidade posterior, ficando em linha. Um macho pode copular várias fêmeas e uma fêmea pode ser copulada por vários machos.
POSTURA E OVOS: Uma vez alimentada, a fêmea quando está com seus ovos amadurecidos precisa fazer a postura, e o lugar da postura varia de espécie para espécie. Anopheles:
Gostam de fazer a postura em grandes coleções de água parada, água com leve correnteza ou em água coletada de bromélias. Os ovos de Anopheles não resistem a dessecação, não
agüentam três dias em lugar seco. Os ovos de anofelinos são postos isoladamente na superfície da água, sendo que possuem flutuadores laterais. Aedes:
Colocam seus ovos à beira das águas de pequenas coleções de vasos, latas, etc. Evaporando-se a água os ovos aderem as paredes do vaso e resistem ali por vários meses, quando cai a chuva há a eclosão das larvas. Isso explica a disseminação desses mosquitos para todos os lugares. Os ovos de Aedes são postos isoladamente, mas não possuem flutuadores.. Culex:
Os ovos de Culex são colocados sempre em posição vertical formando jangadas capazes de flutuar. LARVAS: As larvas são encontradas na água, ainda que possam sobreviver algum tempo em ambiente úmido.
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O período larvário representa a fase de crescimento do inseto, durante a qual a larva
mosquitos é constituído de duas partes: cefalotórax e abdômen.
expulsa quatro vezes a pele; são as mudas ou ecdises. As larvas se alimentam de microorganismos. As larvas são vermiformes e desprovidas de patas e asas. O corpo da larva é constituído de cabeça, tórax e abdômen. A respiração é feita por um sifão respiratório na extremidade final do abdômen. Anopheles não possui sifão respiratório.
As pupas da família culicidae também se localizam na água. Após a saída do mosquito adulto ele fica em cima da pele da pupa que acabou de deixar para que ocorra a quitinização (quitina em contato com o ar endurece).
Figura 95. Pupa de Nematocera.
Figura 93. Larva de Anophelinae Sifão respiratório
FAMÍLIA CERATOPOGONIDAE Sinonímia: Mosquito pólvora, maruins.
GÊNERO Culicoides. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Bem pequeno, até 4 mm. - Peças bucais curtas, pungitivas e sugadoras
Figura 94. Larva de Culicinae. PUPAS: Após a quarta muda larvária emerge a pupa, com a forma de uma vírgula. É móvel, porém não se alimenta O corpo das pupas de
nas fêmeas. - Asas hialinas com manchas claras e escuras r ecobertas de curta pilosidade. -Antenas longas com 14 segmentos com formato de contas de rosário, plumosas nos machos. Os primeiros segmentos antenais parecem bolas.
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BIOLOGIA Ovos: Os ovos são alongados e levemente encurvados; o período de incubação é de 2 a 7 dias dependendo das condições do ambiente. Larvas: As larvas apresentam 12 segmentos abdominais; desenvolvem-se em meio aquático ou semi-aquático, isto é em terrenos lodosos ou de muita umidade, tanto pode ser de água doce como salgada; habitat ideal é o mangue. As larvas nadam com agilidade em busca de microorganismos para se nutrirem. Adultos: São encontrados em mangues, zonas de marés, voam pouco, não se afastam muito do lugar onde habitam. Machos e fêmeas reúnemse em grandes enxames onde ficam voando em turbilhão para a cópula. As fêmeas fixam-se ao corpo de outros insetos e sugam-lhes a hemolinfa. Se o macho após a cópula não fugir, a fêmea nutre-se dele. As fêmeas são hematófagas e atacam vorazmente o homem. Podem matar se atacarem em bandos. Tem hábito crepuscular, mas podem sugar à noite ou até de dia.
CARACTERÍSTICAS DO CULICOIDES : - Vive nos mangues e terrenos pantanosos, pois se desenvolvem em certo grau de salinidade. - Ovos postos em água doce ou salgada. - As fêmeas fazem a postura em pedras, pedaços de pau. - Seis estágios larvais, só fêmeas são hematófagas. IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: A picada é semelhante a um fósforo aceso no braço, a picada faz formações bolhosas na pele que não raro se complicam com infecção secundária pelo ato de coçar. Causa dermatite em eqüinos, com perda de pele. A picada produz lesões eczematosas urticarianas. Transmite filarias e vírus da língua azul para bovinos e ovinos. FAMÍLIA PSYCHODIDAE SUBFAMÍLIA PSYCODINAE: Psychoda mosca dos banheiros. Sem importância em medicina veterinária.
Antenas
SUBFAMÍLIA PHLEBOTOMINAE: PRINCIPAIS GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: - Gênero Phlebotomus (Encontrado na Europa)
- Gênero Lutzomyia (Encontrado nas Américas) – mosquito palha. Figura 96. Cabeça de Culicoides.
GÊNERO Lutzomyia
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Olhos compostos ocupando grande parte da
e com duas manchas escuras no lugar dos olhos. O desenvolvimento larval ocorre na água,
cabeça. - Ocelos ausentes. - Antenas tão longas quanto o comprimento da cabeça e tórax com densa pilosidade. - Dípteros muito pequenos, 4mm no máximo. - Palpos maiores que a probóscida com 3 a 5 artículos. - Asa com formato lanceolar e com nervuras longitudinais e paralelas.
em matéria vegetal em decomposição, nos buracos de árvores cheios de folhas apodrecidas e em excrementos. O desenvolvimento larval se dá em 30 dias e depois de quatro mudas de pele passam a pupa. As larvas nunca se criam em ambiente inteiramente aquático, mas em lugares de muita umidade, onde a luz raramente incide, com abundante matéria orgânica que lhes sirva de
- Cerdas longas pelo corpo. - Abdômen com 10 segmentos; do oitavo em diante os segmentos se modificam e formam as peças do aparelho genital.
nutrição; nas florestas as larvas se criam embaixo da camada de folhas mortas que reveste o solo, nas frestas das rochas, nas tocas que servem de abrigo a animais silvestres.
BIOLOGIA Ovos: Os ovos dos psicodídeos são alongados, pardo-escuros, depositados em ambientes aquáticos ou semi-aquáticos, isoladamente ou
Pupas: As pupas mostram cabeça distinta, pernas e asas unidas ao corpo. A fase de pupa transcorre entre 10 e 15 dias.
em grupos.
Adultos: Os adultos na conformação geral do corpo parecem um pequeno mosquito. O aparelho bucal das fêmeas é adaptado para sugar sangue, elemento essencial para maturação dos ovos. Os machos nutrem-se de sucos vegetais. A grande maioria dos psicodídeos habitam as florestas, em lugares sombrios próximos à pequenas porções de água.
Larvas: Quatro estádios larvais. As larvas são vermiformes, ápodas, com a cabeça não retrátil
Asa em forma de lança
Figura 97. Adulto de Lutzomyia sp.
Algumas espécies aparecem, eventualmente no interior de habitações humanas ou dos abrigos dos animais domésticos, escondendo-se em cantos escuros durante o dia e saindo à noite em busca de alimento. Algumas espécies podem sugar sangue de dia. Habitações próximas a matas estão sujeitas a receber a visita desses mosquitos. São atraídos pela luz das lâmpadas.
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Os mosquitos flebotomíneos têm pouca capacidade de vôo. Não procuram alimento a mais de 200 metros de distância.
Antenas
Longevidade dos adultos: 27 dias. ASTENOBIOSE OU DIAPAUSA: Normalmente a duração do período larval depende da temperatura e umidade; em baixa temperatura esse período pode prolongar-se em virtude de uma fase de hibernação que a larva sofre depois da terceira muda. Em certas espécies, porém, independente destas condições, sem que se verifique diminuição da temperatura e alteração do teor de umidade, a larva hiberna e sua evolução se interrompe. Assim em uma postura podemos ter ovos que evoluem até fase adulta e outros que ficam em hipobiose por meses.
Aparelho bucal Figura 98. Aparelho bucal de Simulium
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - O adulto apresenta asa com nervuras em apenas uma parte dela, a antena parece um chifre e possui os segmentos do flagelo achatados. - Dípteros pequenos (1,5 a 4 mm. de
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: Os flebotomíneos são hospedeiros de agentes causadores de doenças que afetam o homem e animais domésticos. São transmissores da Leishmania , causadora da Leishmaniose Visceral e/ou cutânea. Transmitem também muitos vírus entre os quais o responsável pela febre dos três dias (febre papatasi) muito conhecida na Europa. Podem
comprimento), robustos, lembram uma pequena mosca. - Seu corpo é revestido de fina e curta pilosidade aveludada, escura nas fêmeas e colorida nos macho. - Olhos compostos, separados nas fêmeas e juntos nos machos. - Tórax giboso. - Pernas curtas e fortes.
veicular ainda o vírus da estomatite vesicular, doença séria em bovinos, cavalos e suínos.
- Antenas com 11 segmentos, sem cerdas e curtas (parece um chifre).
FAMÍLIA SIMULIDAE Mosquitos conhecidos como borrachudo ou pium
BIOLOGIA Os machos vivem sugando flores, ao contrário das fêmeas que são sugadoras de sangue de vertebrados, tendo para isso uma probóscida pungitiva.
G ÊNERO Simulium
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Nematocera - Mosquitos
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A desova dos simulídeos se dá na água de rios e riachos com bastante correnteza, depositada
de ar, formando uma bolha, à medida que a bolha aumenta, o borrachudo adulto vai
sobre a vegetação marginal ou sobre rochas pouco submersas; geralmente a postura efetuase quando a fêmea voa rente a superfície da água ou pousa sobre ela. Cada fêmea pode depositar até 500 ovos, junto aos quais é eliminada uma substância gelatinosa que mantém os ovos aglomerados. Depois de 5 a 7 dias de incubação surgem as larvas. Larvas e pupas ficam abaixo do nível das águas
insinuando-se para o seu interior, a bolha se desprende do pupário e sobe a tona d’água, se desfaz, e põem em liberdade o borrachudo.
e as larvas apresentam ventosa posterior (para fixação), escova oral (para captar nutrientes rapidamente), pseudópodes (por isso é chamada de semifixa) e glândulas salivares que produzem um fio pegajoso do qual são tecidas as pupas. As pupas são em forma de cone com filamentos traqueais (para absorção de O 2). Ciclo se completa em quatro a oito semanas em condições ideais de temperatura e umidade.
Habitam áreas de cachoeiras e rios, pois só se desenvolvem em águas correntes. Hábitos diurnos (crepuscular), atacam em bandos.
Adultos: Os machos costumam reunir-se em grandes enxames, geralmente ao entardecer para aguardar que alguma fêmea entre na dança; quando isso acontece, logo um casal se afasta para a cópula.
Longevidade dos adultos: 2 a 3 semanas. Larvas: Possuem o corpo liso, cabeça bem diferenciada, parte posterior do corpo é dilatada e tem uma estrutura que serve para sua fixação. A larva fica vertical ao solo fixada ao substrato. Ela nutre-se de microorganismos encontrados na água. A apreensão dos microorganismos é feita por penachos situados um em cada lado da cabeça. Após seis mudas elas tecem um casulo cônico (com a secreção das glândulas salivares) fixo na base e aberto em cima e passam a pupa. Pupas: Apresentam em cada lado do tórax brânquias respiratórias constituídas de expansões filamentosas. Depois de completo o desenvolvimento da pupa, o pupário enche-se
Figura 99. Adulto de Simulium sp. (borrachudo). IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: A picada, no início é imperceptível, quando sentimos, a fêmea já está no final do repasto sangüíneo. No local da picada surge um pequeno ponto hemorrágico e uma leve sensação de dor que se transforma em prurido. Transmitem doenças de filarídeos (elefantíase, onchocercose). Transmite também o Leucocytozoon para aves.
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Nematocera - Mosquitos
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A mais importante parasitose transmitida por esse mosquito é a Onchocerca volvulus que pode ocasionar cegueira. Os adultos dessa filária formam nódulos subcutâneos em várias partes do corpo humano; nesses nódulos a filária se reproduz originando as microfilárias que migram para a periferia do corpo onde o mosquito as ingere ao sugar sangue. Quando o mosquito vai sugar outra pessoa inocula as microfilárias que migram pelo corpo e muitas vezes se instalam no globo ocular causando cegueira. CONTROLE: Povoar lagos com peixes que se alimentam deles e controle biológico por Bacillus thuringiensis. Evitar a poluição dos rios que termina como os peixes.
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Brachycera Tabanomorpha Mutucas ______________________________________________________________________________________________
PARTE VII
Mutucas
____________________________________________________________________________________ SUBORDEM BRACHYCERA TABANOMORPHA
FAMÍLIA TABANIDAE CARACTERÍSTICAS GERAIS - Tamanho de 0,6 a 3 cm. - Chamados vulgarmente de mutucas ou moscas do cavalo. - Dípteros robustos. - Aparelho bucal lambedor e sugador (curto e grosso). - O mecanismo principal para achar os hospedeiros é a visão e assim os olhos grandes servem bem esta função. - O CO2 também atua como uma fonte de odor para atrair algumas espécies. - Os olhos são coloridos e usados para atrair o sexo oposto. A coloração de olho varia entre espécie sendo unicoloridos ou horizontalmente coloridos em Tabanus , manchados em Chrysops , e com faixas em zigue-zague em Haematopota. - Antenas com três segmentos e o flagelo apresenta anelações que são projetadas para frente. - No momento há mais de 3,000 espécies conhecidas de Tabanídeos. - Os três gêneros principais de importância são: o Chrysops, Tabanus, e Haematopota . - Cabeça semi-esférica ou semilunar. - Mesonoto desenvolvido (meio do tórax). - Olhos holópticos nos machos e dicópticos nas fêmeas (separados). Presença ou não de ocelos afuncionais.
- Asa com terceira nervura longitudinal bifurcada (R4 +5). Com espinhos na nervura costal da asa. - Occipício com uma cavidade. - Machos desprovidos de mandíbulas e não hematófagos. - Mandíbulas nas fêmeas para cortar a pele. CICLO BIOLÓGICO: É completo, holometabólico. Ovo- larva- pupa e imago (adultos). Em climas quentes o ciclo dura em torno de quatro meses. Após o repasto, as fêmeas põem lotes de centenas de ovos. Ovos: Os ovos dos tabanídeos são alongados com um a dois milímetros de comprimento. A oviposição ocorre tanto em ambiente aquático como úmido (pântanos, troncos podres). Os ovos não são postos diretamente na água, mas em vegetação pendente, pedras e escombros (sobre plantas aquáticas, sobre o musgo que recobre as pedras marginais dos rios, córregos e lagoas, em troncos de árvores cheios de detritos vegetais). Os ovos são de cor branca cremosa a cinzentos, são postos em Bifurcação na ponta da asa
_____________________________________________________________________________________________ Figura 100. Asa de Tabanidae. Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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grandes massas que variam de 200-1000 ovos e a oviposição varia com gênero do díptero.
São achadas larvas de Chrysops em substrato com maior conteúdo de água e são assim
O número de ovos e período de incubação é variável (Período de incubação = 10 dias a oito meses). A eclosão das larvas acontece quatro dias depois dos ovos serem postos, embora este tempo dependa da temperatura ambiente. Larvas: As larvas ao eclodirem dos ovos, caem na água
hidrobiontes. As larvas de Tabanus são encontradas em substratos um pouco mais secos e têm uma distribuição mais ampla. Estas larvas são chamadas semi-hidrobiontes, A fase larval leva freqüentemente vários meses. A duração de desenvolvimento varia de dez a onze semanas às temperaturas mais altas, para 42 semanas às mais baixas temperaturas.
e completam o seu desenvolvimento no lodo do fundo d’água (se enterram); são carnívoras (Tabanus ) alimentando-se de pequenos animais ou de larvas de outros insetos, não encontrando alimentação suficiente tornam-se canibais. As larvas carnívoras (aparelho bucal mastigador) na falta de alimento podem atacar animais e humanos. Passam por 8 estágios larvares, sendo que o desenvolvimento é bem variável,
O primeiro instar larval eclode, passa para o segundo instar larval que é positivamente fototático fazendo com que se mova pela superfície do substrato. Este segundo instar não se alimenta e em três a seis dias a terceira fase de instar é alcançada. O terceiro instar é negativamente fototático e escava abaixo do substrato. O alimento da larva de Chrysops é material orgânico encontrado no substrato, a
em função da espécie, clima e quantidade de alimento. O local de desenvolvimento para a larva depende do gênero e pode ser dividido em habitats distintos. A divisão é principalmente baseada no conteúdo de água do substrato no qual a larva desenvolve.
larva de Tabanus é carnívora equipada com mandíbulas. As larvas alimentam-se de outras larvas de inseto, crustáceos, caracóis e nematódeos, sendo também, canibais. A conseqüência disto é que estas larvas são achadas com baixa densidade populacional no substrato. Isto contrasta com as densidades larvais de Chrysops no substrato que pode ser muito densa.
Antenas
Aparelho bucal
Figura 101. Aparelho bucal de Tabanidae.
Pupa O período pupal é curto, de alguns dias ou semanas. As pupas são parecidas com a crisálida (pupário) das borboletas. A pupação se dá no mesmo lugar das larvas, porém procuram locais menos encharcados. Quando passam a pupas, elas migram até próximo a superfície do lodo.
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A fase de pupa desenvolve-se em uma a três semanas Nutrição: Os machos nutrem-se de néctar de flores. As fêmeas também sobrevivem com néctar, porém precisam de sangue para a maturação dos ovos. As fêmeas localizam sua presa pela visão e suas picadas são profundas e dolorosas. As fêmeas muitas vezes não conseguem terminar o repasto sangüíneo já que o animal ou pessoa se sente bastante incomodado e a retira do local onde estava sugando. As maxilas e mandíbulas são usadas para cortar o couro ou esfolar com uma ação do tipo tesoura. O corte resultante é fundo e doloroso e flui sangue. O labro ingere o sangue exposto. Devido à natureza cortante da picada o díptero está freqüentemente sendo espantado e ainda querendo alimentar-se. Quando espantado o tabanídeo voa a uma distância pequena e então retorna. A próxima prioridade para o tabanidae recentemente emergido é acasalar. Isto acontece durante as primeiras horas da manhã. Machos e fêmeas entram junto em enxames e a copula é iniciada no ar, o ato é terminado no solo e leva aproximadamente cinco minutos. O reconhecimento de fêmeas por machos é feito através da visão embora não é no momento conhecido se um ferormônio de agregação causa os enxames matutinos de machos Habitat: São silvestres e raramente encontrados nos domicílios. São de hábito diurno e sua picada é bastante dolorida. Surgem nos meses quentes.
CARACTERÍSTICAS - Presença de ocelos funcionais. - Com esporão tibial na pata III. - Terceiro artículo das antenas formado de anéis justapostos sempre em número superior a cinco. - Probóscida alongada. - Asa manchada e tamanho pequeno (tribo Chrysopsini); - Olhos pilosos e probóscida longa (tribo Scionini).
1-TRIBO CHRYSOPSINI GÊNERO Chrysops CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Raramente maiores que 10 mm - Suas asas apresentam faixa transversal preta mediana - Terceiro artículo antenal com o primeiro anel tão longo quanto os quatro seguintes reunidos.
Figura 102. Mutuca do gênero Chrysops sp.
2-TRIBO SCIONINI GÊNERO Fidena - Nunca maiores que 15 mm, corpo coberto por curta pilosidade, superfície dos olhos recoberta de fina pubescência, probóscida estiletiforme, longas, sempre maior que a altura da cabeça.
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SUBFAMÍLIA TABANINAE 2-TRIBO DIACHLORINI 1-TRIBO TABANINI Basicostas densamente revestidas de setas e labelas densamente pilosas.
-Basicostas de um modo geral sem setas. -Labelas esclerosadas. -Presença de vestígios de ocelos.
GÊNERO Tabanus
GÊNEROS: Diachlorus, Chlototabanus , etc.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Basicosta (projeção próxima à base da nervura costal) com cerdas (tribo TABANINI) ou sem cerdas (tribo DIACHLORINI).
CARACTERÍSTICAS DAS FÊMEAS QUE SÃO BOAS TRANSMISSORAS DE PATÓGENOS:
- Sem esporão tibial na pata III. - Ausência de ocelos funcionais. - Probóscida raramente mais longa que altura da cabeça. Geralmente curta e robusta.
1. Anatogenia - sem repasto sangüíneo não há maturação nos ovários (hematofagia fundamental). 2. Telmofagia - rasga a pele até atingir o vaso sangüíneo com extravasamento de sangue . Infecta-se tanto por um agente presente no sangue como na pele. 3. Agressividade - ataca qualquer um, sem especificidade nem hospedeiro. 4. Alimentação interrompida - leva eventuais patógenos para outros hospedeiros, transmitindo a doença do primeiro.
Figura 103. Cabeça de Tabanus sp. 5. Grande repasto – aumenta o nível de transmissão. 6. Grande capacidade de vôo - procura vários hospedeiros para satisfazer a sua alimentação Pode voar até 20 km. 7. Picada dolorosa Figura 104. Mutuca do gênero Tabanus sp.
PRINCIPAL FORMA DE TRANSMISSÃO DOS AGENTES PATÓGENOS:
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1.
Mecânica
(vetor
mecânico)
-
aquele
hospedeiro que leva ativamente o patógeno e inocula num outro, porém nesse tempo não há desenvolvimento do patógeno no inseto. PATOGENIA DOS TABANÍDEOS - Transmissão de anemia infecciosa eqüina e peste suína. - Transmissão de bacterioses. - Transmissão de protozoários como o Trypanosoma evansi cães.
para eqüinos, suínos e
- Efeito da picada (dor). CONTROLE: 1)Deve-se eliminar o habitat de criação de larvas (como terrenos mal drenados), pois os adultos permanecem em regiões próximas ao desenvolvimento das larvas. 2) O controle químico deve ser feito utilizando inseticida de contato com efeito residual nos estábulos e nos animais. 3) Fitas escuras adesivas colocadas nos estábulos funcionam como armadilhas para capturar esses insetos.
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PARTE VIII
Moscas
____________________________________________________________________________________ SUBORDEM BRACHYCERA MUSCOMORPHA I. DIVISÃO ASCHYSA FAMÍLIA SYRPHIDAE CARACTERÍSTICAS: - Não têm sutura ptilineal (mancha entre os olhos, cicatriz de uma membrana que se rompe na hora de sair do pupário). - Sem importância na Medicina Veterinária.
- Presença de calíptera - Com ou sem cerdas na hipopleura (região entre a pata II e a pata III). 2.1 SEM CERDAS NA HIPOPLEURA
Escutelo
II. DIVISÃO SCHYZOPHORA - Com fissura ptilineal ou frontal Calíptera
Figura 106. Calíptera da asa de muscídeo. 2.1.1 COM APARELHO BUCAL FUNCIONAL Fissura
Figura 105. Fissura ptilineal.
1. SEÇÃO ACALIPTRATAE CARACTERÍSTICAS - Ausência de calíptera (estrutura que auxilia no vôo). - Sem importância em Medicina veterinária. - Ex: Drosophila.
FAMÍLIA MUSCIDAE - Quatro faixas negras no mesonoto. - Apresentam uma célula distal na asa. - Três estágios larvares, sendo que a larva é vermiforme e esbranquiçada. Na sua extremidade anterior possui ganchos (para capturar alimentos) e na posterior possui estigmas respiratórios com 1, 2 ou 3 aberturas, de acordo com a fase larval (L1, L2, L3). A) SUBFAMÍLIA MUSCINAE - Aparelho bucal lambedor.
2. SEÇÃO CALIPTRATAE CARACTERÍSTICAS _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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GÊNERO Musca
ESPÉCIE Musca doméstica CARACTERÍSTICAS MORFOLÒGICAS: - Tamanho: ± 9 mm. - Tórax é cinza com quatro listras longitudinais escuras e largas no dorso. - O abdômen possui os lados de cor amarelada na metade basal. A porção posterior é marrom escura e possui uma faixa longitudinal escura no meio do dorso. - Aparelho bucal com palpos maxilares médios, labela com pseudotraquéias (liquefaz o alimento sólido). - Antena com arista plumosa (cerdas dos dois lados). - Estigmas da larva têm abertura fora do centro.
Figura 107. Adulto de Musca domestica. BIOLOGIA: - A Musca é atraída por comida humana, mas também é encontrada em excrementos e qualquer espécie de sujeira. Patógenos podem ser regurgitados na comida via gota de vômito.
Figura 108. Peritrema de Musca sp. - Sob condições favoráveis as fêmeas tornam-se receptivas para cópula aproximadamente 36 horas após a emergência da pupa. - Durante o processo de cópula as asas dos machos promíscuos rapidamente se desgastam pela ação vigorosa das fêmeas resistindo ao galanteio. - A postura é feita quatro dias após a cópula e são depositados 75 a 150 ovos por vez. A incubação é em média de 24 h, sendo que em temperatura de 25 a 35oC o período de incubação é de 8 a 12 h e em 23 a 26 oc - 3 a 4 dias. A postura é feita em fezes e material orgânico em decomposição, levando em torno de uma a três semanas para passar de L1 a L3 dependendo do substrato e temperatura ambiente. - O período pupal é de 14 a 28 dias, mas no verão leva quatro a cinco dias. - A temperatura é fator limitante para a mosca, pois o tempo de vida dos adultos varia de 30 dias no verão e mais do que isso no inverno. A 30oC o tempo de ovo a adulto é de 10 dias e a 16oC é de 46 dias. Além disso, só 10% dos ovos chegam a adulto, também devido à temperatura. - A umidade também é limitante, pois as larvas devem penetrar logo nas fezes se não morrem pela ação dos raios solares. - Número de ovos por fêmea: 350 - 900.
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- Ciclo médio de vida (ovo à adulto em dias): 10 dias em temperatura excelente. SUBSTRATOS: Alimentos açucarados, carne, excrementos, matéria orgânica em decomposição ou meios em fermentação. HABITAT: Lixo, estações de tratamento de efluentes, jardins que recebem adubação orgânica, resíduos de matérias primas açucaradas, meios fermentados. IMPORTÂNCIA: 1) Transporte forético: de microorganismos que levam à febre tifóide, disenteria, cólera e mastite bovina, de protozoários como Entamoeba , Giardia e helmintos como Taenia sp., Dipylidium e nematóides espirurídeos. É também veiculadora de D. hominis. 2) Hospedeiro intermediário: de endoparasitos como Habronema em cavalos e Raillietina em aves.
GÊNERO Fannia ESPÉCIE Fannia sp. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Antena com arista nua.
- Tamanho bem pequeno (4 à 5 mm). - Pernas pretas, halteres amarelos. - Larva apresenta projeções com espinhos que funcionam como flutuadores que permitem sobreviver em meio semi-líquido. Antena com arista nua. - Parece uma pequena mosca doméstica. - Aparelho bucal lambedor. - Abdômen translúcido. - M1 paralela e acentuada.
BIOLOGIA: - Desenvolve-se em fezes de aves. - Ocorre mais no meio rural. - O período de ovo a ovo leva 30 dias. IMPORTÂNCIA: Pode ser hospedeiro intermediário de Raillietina sp.,transmissor de vermes espirurídeos e produz irritação nas aves, provocando perda de peso e postura. B) SUBFAMÍLIA STOMOXYDINAE - Aparelho bucal picador - sugador (machos e fêmeas hematófagas).
GÊNERO Stomoxys ESPÉCIE Stomoxys calcitrans – Mosca dos estábulos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Aparelho bucal com palpos curtos e dentes pré-estomais na labela. - Lembra a mosca doméstica, porém possui uma probóscida preta que é usada para picar a pele e sugar o sangue. Possui um abdômen mais largo
Aristas _____________________________________________________________________________________________ Figura 109. Antena com arista nua de Fannia . Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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que o da Musca e possui marcas xadrezes no dorso do abdômen. - Possui quatro listras longitudinais no tórax similares a da Musca . - Antena com arista pectinada (cerdas apenas de um lado). - Larvas com dois estigmas contendo três aberturas em forma de s na L3.
Palpos
Probóscida
Figura 111. Aparelho bucal de Stomoxys sp.
Figura 110. Adulto de Stomoxys sp.
BIOLOGIA: Têm preferência por eqüídeos, mas alimenta-se numa grande variedade de animais como bovinos, porcos, cães e humanos. Durante o seu estágio adulto são feitos vários repastos sangüíneos e uma mosca alimenta-se da vários hospedeiros em um dia. - Depois de ingurgitados, tanto macho quanto fêmea ficam lentos enquanto digerem o repasto sangüíneo. - Os lugares onde são mais comumente encontrados são: cercas, parede de casas, de estábulos. Quando são perturbadas elas geralmente voam e retornam ao mesmo local. - Essas moscas têm hábito diurno e localizam o hospedeiro através do gás carbônico expelido pela respiração, elas preferem se alimentar nas
partes baixas do animal como pernas e abdômen. - O desenvolvimento do ciclo, de ovo a ovo é de 30 dias e a postura de 25 a 30 ovos por vez. A incubação é de um a quatro dias, e o tempo de L1 a L3 é de aproximadamente 20 dias. - O período pupal é de 13 dias no verão e de três a quatro meses no inverno. IMPORTÂNCIA: Causa anemia nos animais e é a principal veiculadora de ovos de Dermatobia hominis , faz transmissão mecânica do T. evansi , serve de hospedeiro intermediário do Habronema sp., é transmissor de anemia infecciosa eqüina e causa irritação no animal que não se alimenta direito e tem perda de peso.
GÊNERO Haematobia ESPÉCIE Haematobia irritans (mosca do chifre). CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Tamanho de ± 6 mm. - Aparelho bucal com palpos longos e labela sem dentes.
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as fezes em camadas finas, pois as larvas não sobrevivem aos raios solares. As moscas não
Palpos Probóscida
depositam ovos em fezes fermentadas porque os gazes e ácido lático matam as larvas. Os inseticidas não são muito eficientes porque além de algumas moscas serem resistentes, matam outros microorganismos úteis. No caso dos eqüídeos, as camas devem ser sempre trocadas (de 10 a 15 dias) para evitar proliferação de moscas.
Figura 112. Palpos longos de Haematobia sp. 2.2. COM CERDAS NA HIPOPLEURA (em seqüência linear acima da coxa 3) BIOLOGIA: - Fica o tempo todo em cima do animal (no dorso) de cabeça para baixo e só desce para fazer postura nas fezes frescas. Todo o desenvolvimento é nas fezes (L1 até adulto). - Ciclo curto de 16 dias (no verão completa o ciclo em oito a nove dias). - Alimenta-se o tempo todo, causando anemia. - Prefere animais mais escuros. CICLO BIOLÓGICO: As larvas eclodem em 24 horas e desenvolvemse durante três dias, mudam para pupas e após seis dias emergem os adultos (moscas) que ficam no corpo dos animais de cabeça para baixo e põem até 180 ovos cada. IMPORTÂNCIA: Perda de 40 kg se o animal tiver 500 moscas nele (em torno de 30 dias). Também é veiculadora de D. hominis. CONTROLE GERAL DAS MOSCAS: Deve-se ter um controle higiênico, fazendo esterqueiras, compactação de fezes, espalhar
2.2.1 COM APARELHO BUCAL FUNCIONAL FAMILIA CALLIPHORIDAE CARACTERÍSTICAS - Aparelho bucal lambedor (labelas com canalículos). - A maior importância dessas moscas é a fase larvar, pois são produtoras de miíases (bicheira). - Chamadas vulgarmente de moscas varejeiras.
GÊNERO Cochliomyia CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Distingui-se o sexo pelos olhos (as fêmeas são dicópticas e machos são holópticos). - Apresentam ocelos. - Palpos muito curtos. - Flagelos claros (tendem a amarelo). - Arista bipectinada. - Tórax verde a azul metálico. - Três linhas negras longitudinais no tórax. - A fêmea adulta apresenta basicosta clara.
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Podem ser: 1. Clínica (localização anatômica) a)Cutânea - podem ser furunculosas (ex: berne), rasteiras e ulcerosas ou traumáticas. b)Cavitária - ouvido, nariz.
Faixas negras no tórax
c) Orgânica – internas.
Figura 113. Adulto de Cochliomyia sp.
2. Etológica a)Pseudomiíase – acidental.
- No 5o tergito abdominal, nas laterais, há uma pilosidade prateada (cerdas aveludadas) como manchas claras. - As larvas são vermiformes segmentadas e com parte posterior do corpo truncada. Na parte anterior, aparelho bucal com esqueleto cefálico, espinhos quitinizados em cada segmento do corpo. Posteriormente estão as aberturas
b)Miíase semi-específica, facultativas ou secundárias - é causada por moscas necrobiontófagas, que se alimentam de tecido em decomposição. Ex: Cochliomyia macellaria.
respiratórias alongados).
hominivorax.
(peritrema
com
estigmas
c)Miíase específica, obrigatória ou primária é causada por moscas biontófagas, que se alimentam de tecido vivos. Ex: Cochliomyia
ESPÉCIE Cochliomyia hominivorax CICLO BIOLÓGICO: Ovo (16 a 24 h.), L1, L2, L3, pupa e adulto. Aparecem CARACTERÍSTICAS: muito na primavera devido à temperatura e umidade - Estigma da larva em forma de dedos separados. IMPORTÂNCIA: - Espinhos no final do corpo da larva com forma Além de serem causadoras de miíases, são predominantemente em v. veiculadoras de patógenos. MIÍASES – É a infestação de vertebrados vivos com larvas de dípteros que, em certos períodos, se alimentam dos tecidos vivos ou mortos do hospedeiro, de suas substâncias corporais líquidas ou do alimento por ele ingerido.
- Larva com troncos traqueais pigmentados e alongados. BIOLOGIA: - Ciclo de 20 dias, sendo que 10 no hospedeiro, onde faz postura em feridas. - A longevidade dos machos é de 25 dias e das fêmeas de 35, mas pode variar com a temperatura.
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curtos que de C. hominivorax .
BIOLOGIA: Ciclo de 10 a 12 dias e a longevidade é de 45 dias, mas pode variar com a temperatura.
GÊNERO Chrysomyia Figura 114. Peritremas de Cochliomyia hominivorax.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Tórax com brilho metálico verde à azul. - Brilho acobreado em algumas espécies. •
CONTROLE: -Esterilização de machos de C. hominivorax. Assim a fêmea não bota ovos, mas continua veiculando patógenos, logo não é muito eficaz. -Fazer tratamento de lesões na pele, com repelente e cicatrizante. ESPÉCIE Cochliomyia macellaria
CARACTERÍSTICAS MORFOLÒGICAS: - Estigma da larva em forma de dedos bem juntos. - Espinhos no final do corpo da larva são mais robustos e predominantemente em W. - Troncos traqueais da larva mais claros e mais
- Dimorfismo sexual pelos olhos (fêmeas dicópticas e machos holópticos). - Olhos acinzentados. - Arista bipectinada. - Palpos achatados lateralmente e parte distal mais larga, cinzenta e com cerdas bem longas. - Aparelho bucal lambedor. - Não apresenta listas longitudinais no mesotórax. - Remigium (tronco da asa que origina a nervura radial. Localiza-se logo abaixo da nervura costa, já que a subcosta está colada ao tronco) com cerdas. BIOLOGIA - Provoca miíase secundária e preferem fezes de aves, lixo e carcaça de animais. - Aparecem muito na primavera devido a temperatura e umidade. ESPÉCIE Chrysomyia megacephala – Ciclo biológico de 10 dias e longevidade de 60 dias (até 120 em laboratório), mas pode variar com a temperatura.
Figura 115. Peritrema da larva de Cochliomyia macellaria.
ESPÉCIE Chrysomyia albiceps –
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GÊNERO Phaenicia CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Corpo com brilho metálico verde, azul ou cor de cobre. - Com ocelos. - Não tem listas negras no mesonoto. - Arista bipectinada. - Aparelho bucal lambedor. - Frontália e parafrontália com cerdas prateadas. - Remigium nu (sem cerdas).
Figura 116. Adulto de Chrysomyia sp. Ciclo biológico de 11 dias e longevidade de 30 a 40 dias, mas pode variar com a temperatura. ESPÉCIE Chrysomyia putoria – Ciclo biológico de 10 dias e longevidade de 30 a 40 dias, mas pode variar com a temperatura. CONTROLE: -As larvas fazem controle natural entre elas, pois são predadoras umas das outras, mas de qualquer maneira são veiculadoras de patógenos, por isso não adiantaria proliferá-las. Não deixar esterqueiras abertas, evitar acúmulo de lixo. -Microhimenópteros como as vespas furam as pupas vivas das moscas e enfiam o ovipositor para depositar ovos, o que impede a continuação do ciclo da mosca. -O ideal é um controle integrado, biológico e químico.
Figura 117. Adulto de Phaenicia sp.
BIOLOGIA: Provocam miíase secundária, preferem fazer a postura em fezes de aves, lixo e carcaça de animais. ESPÉCIE Phaenicia eximia, P. cuprina e P. sericata
Ciclo biológico de 12 dias e longevidade de 40 dias para os machos e 50 para as fêmeas, podendo variar com a temperatura. FAMÍLIA SARCOPHAGIDAE
GÊNERO Sarcophaga _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Moscas de médio à grande porte - Coloração escura acinzentada (sem brilho metálico) - Possuem três listas negras no tórax e cerdas na hipopleura, não confundir com muscídeo. - Aparelho bucal funcional lambedor - Probóscida não quitinizada e maleável - Abdômen com manchas negras (parece xadrez)
Provocam miíases secundárias, pseudomiíases, as larvas são predadoras e ainda são veiculadoras de patógenos. 2.2.2 MOSCAS COM APARELHO BUCAL AFUNCIONAL - Adultos não se alimentam. - Larvas causam miíases. FAMÍLIA OESTRIDAE
GÊNERO Oestrus HOSPEDEIROS: Ovinos e caprinos. LOCAL: Fossas nasais. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Adulto com olhos pequenos e bem separados e fronte com crateras. Flagelo com arista nua. - Larvas grandes com uma placa peritremática em forma de “D”. Os estigmas são porosos. A larva I mede 1-3 mm., é segmentada e
Figura 118. Adulto de Sarcophagidae. BIOLOGIA - Larvas vivem em cadáveres e têm a parte posterior truncada, esqueleto cefálico quitinizado, cerdas no segmento do corpo (não são espinhos) e aberturas respiratórias internas na parte posterior que parecem dedinhos de luva. - Fêmeas são larvíparas (até 50 larvas por vez) o que é vantagem na competição por carcaças. IMPORTÂNCIA:
apresenta filas transversais de espinhos e 2 ganchos bucais quitinosos fortes e curvos que formam o cefaloesqueleto. A larva II mede 1,512 mm., apresenta poucos espinhos no segundo segmento. A larva III mede uns 20 mm., é de cor branca quando lovem e amarela-parda quando madura. Possui dorsalmente bandas quitinosas largas em todos os segmentos, os quais estão desprovidos de espinhos com exceção do segundo que possui poucos. Posteriormente todas larvas apresentam peritremas, cuja forma e tamanho é importante para identificação. BIOLOGIA As moscas adultas são muito ativas durante os meses quentes, primavera-verão e início do outono. As horas de vôo coincidem com as de
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máxima luminosidade, momento em que os animais ficam na sombra, agrupados e se
As larvas III maduras, saem para o exterior, favorecendo sua saída pelos mecanismos
protegem entre si mantendo sua cabeça baixa e narinas próximas do solo. As fêmeas fecundadas depositam larvas I imersas em uma mucosidade nas imediações das fossas nasais. Estas migram e invadem cavidades, seios nasais, paranasais e frontais. Seu desenvolvimento parece depender da geração a que pertence. Será mais rápido (15 dias) para larvas depositadas na primavera-verão, e mais
defensivos do animal. A metamorfose até adulto leva entre 25-30 dias em período quente, prolongando-se até 2-3 meses na estação fria, momento que aproveitam para entrar em diapausa pupal. O adulto emergente da pupa não se alimenta, pois suas peças bucais são rudimentares. A cópula ocorre no solo e os adultos freqüentam os lugares onde o hospedeiro está presente. A fêmea põe 30-50
tardio no final de verão, início de outono, podendo entrar em um período de letargia larvária de 7-9 meses. As mudas larvais L-II e LIII ocorrem em 25-35 dias, prolongando-se até 10-11 meses no caso de gerações de outono e condições climáticas adversas. As larvas, por meio de seus espinhos e céfaloesqueleto, exercem irritação das mucosas sinusais, iniciando-se nos cornetos, cavidade e
larvas em cada postura, podendo chegar a 500 em todo o período de larviposição. O CO2 e o odor do hospedeiro atraem as moscas. O número médio de larvas por animal pode oscilar entre 5 a 30 exemplares.
tabique nasal, podendo chegar aos seios frontais. Alimentam-se de sangue, tecidos da mucosa e muco que ela segrega.
saem pelo espirro ou por livre vontade e que podem ficar de 2 semanas até 10 meses no animal. É chamada praga de verão porque as moscas irritam os animais que ficam indóceis e tentam esconder o focinho. Raramente é mortal.
IMPORTÂNCIA: Inflamação dos seios frontais e infecção, devido a presença de larvas (L2 e L3) que irritam e
CONTROLE: é muito difícil, pois o que deve ser feito é a prevenção na época em que mais ocorre, começando no meio da primavera e não deixando a larva se desenvolver. FAMÍLIA CUTEREBRIDAE
GÊNERO
Cuterebra
(BERNE
DE
ROEDORES).
Figura 119. Larva de Oestrus sp.
GÊNERO Dermatobia
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Moscas
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ESPÉCIE Dermatobia hominis (sua larva é chamada de berne). HOSPEDEIROS: Mamíferos (mais importante bovino e cão). CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Adulto com cabeça e tórax castanhos e abdômen azul metálico. •
Larva com espinhos e ganchos só na parte mais larga. Estigmas respiratórios na parte mais •
estreita. BIOLOGIA: A atividade da larva é noturna e a L3 não é piriforme. •
Adultos não se alimentam e vivem em matas (florestas, ilhas de matas, fazendas ou beira de rio). •
CICLO BIOLÓGICO: As moscas, que são duas a três vezes maiores que a mosca doméstica tem uma reprodução constante porque só possuem três dias de vida. Elas não vão aos animais, mas depositam uma massa de ovos (um ovo por segundo) no abdômen de vetores foréticos (insetos zoofílicos,
Figura 121. Abdômen metálico de Dermatobia s . como a musca doméstica ), e esses levam os ovos até os animais. Em torno de sete dias (varia com temperatura e umidade) eclodem as larvas (por estímulo térmico a larva abre o opérculo), que penetram na pele (mesmo estando Estas possuem somente íntegra). em metade do seu corpo espinhos para se fixarem na pele. As larvas não chegam a atingir os tecidos, ficam logo abaixo da pele. Depois de ± 40 dias, as larvas caem no chão e viram pupas que ficam sem se alimentar por 32 dias e só aí viram adultos (moscas). Obs: Os animais de pêlo escuro são mais afetados que os de pêlo claro. Mas a preferência é do vetor e não da Dermatobia por causa da reflexão da onda luminosa (o preto atrai mais os insetos)
Figura 120. Cabeça de Dermatobia sp.
CONTROLE DOS VETORES: *QUÍMICO: Inseticidas tópicos, injetáveis.
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Moscas
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Figura 122. Larva L3 de Dermatobia sp. Figura 123. Adulto de Gasterophilus sp. *BIOLÓGICO: Parasitóides (microhimenópteros), predadores (formigas, ácaros, pássaros), fungos (Metarhizium, Beauveria ), bactérias (Bacillus thurigiensis ). MANEJO INTEGRADO: resistentes (zebu)
inseticida;
raças
FAMÍLIA GASTEROPHILIDAE
GÊNERO Gasterophilus ESPÉCIES G. nasalis; G. intestinalis; G. haemorroidalis
no caso de outras spp), estigmas com aberturas cheias de trabéculas. •
Adultos com um par de asas.
CICLO BIOLÓGICO: A oviposição é feita em vôos rápidos e os ovos aderem ao pêlo. De 7 a 10 dias tem-se a eclosão da L1 que penetra na mucosa bucal onde fica migrando de 2 a 6 semanas (varia com a espécie). As larvas são deglutidas por eqüídeos e quando chegam ao estômago e duodeno, vão à L2 e L3 e pelas fezes chegam
HOSPEDEIROS: Eqüinos. LOCAL: Duodeno e estômago (larvas). CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: Adulto possui o corpo recoberto por pêlos sedosos e amarelos (lembra abelha, mas essa têm dois pares de asas). •
Larvas grandes com ganchos orais em forma de foice, corpo segmentado coberto por espinhos (Uma fileira no caso de G. nasalis e 2 •
Figura 124. Ovo de Gasterophilus preso ao pêlo.
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Moscas
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5) Eliminação: G. nasalis e G. intestinalis saem direto nas fezes com o peristaltismo. G. haemorroidalis antes de ser eliminado se fixa no plexo hemorroidário podendo levar a um prolapso retal e depois tétano, já que as fezes dos eqüinos são ricas em Clostridium tetani pelo fato do cavalo cortar a gramínea bem rente ao solo, vindo terra junto com esporos.
Figura 125. Larva de Gasterophilus sp. ao solo virando pupa e mais tarde, adultos. PARTICULARIDADES DAS ESPÉCIES: 1) Oviposição: G. nasalis e G. haemorroidalis realizam oviposição nos pêlos da região da ganacha (barba) enquanto que G. intestinalis prefere pêlos dos membros anteriores.
CONTROLE: Depende da criação e do manejo, mas se deve cortar o pêlo da ganacha no verão e escovar ou passar esponja com água morna, para soltar os ovos presos ao pelo e matar as larvas. SEÇÃO PUPÍPARA •
•
2) Eclosão da larva: G. nasalis e G. haemorroidalis a larva penetra na mucosa assim que eclode, já em G. intestinalis para abandonar o ovo a larva necessita um estímulo térmico de umidade e fricção. Os estímulos são dados pela lambida do cavalo.
•
•
•
•
•
3) Migração boca-estômago: Em G. nasalis antes de ser deglutido a larva para na faringe (uma a duas semanas) podendo ocorrer asfixia. Em G. haemorroidalis e G. intestinalis, as larvas vão direto ao estômago.
•
A pupa se encontra sempre no chão onde se enterra para fugir de predadores. Ela se forma pelo endurecimento da larva três. A fêmea origina diretamente a pupa. As larvas se desenvolvem no pseudo-útero da fêmea. As moscas ventralmente
são
achatadas
dorso-
Apresentam um envoltório coriáceo (duro) Dípteros anômalos (por não apresentarem asas ou terem asas rudimentares) Todos hematófagos Os palpos guardam as peças bucais (nos outros dípteros é o lábio)
FAMÍLIA HIPPOBOSCIDAE
GÊNERO Hippobosca 4) No estômago e intestino: Todos preferem o piloro e o duodeno e o período parasitário é de 9 a 11 meses. Podem causar cólicas.
GÊNERO Pseudolinchia Espécie Pseudolinchia canariensis
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Moscas
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HOSPEDEIROS: pombos.
•
Asa desenvolvida e caduciforme.
•
Ficam presos no pêlo por uma substância pegajosa na pupa.
CARACTERÍSTICAS: Asa somente com veia r-m presente.
GÊNERO Melophagus
IMPORTÂNCIA: transmissor do protozoário Haemoproteus columbae.
HOSPEDEIROS: Ovinos CARACTERÍSTICAS: •
•
Asa reduzida à pequena calosidade Ficam presos à lã por uma substância pegajosa na pupa
IMPORTÂNCIA: Transmissor do
protozoário
Trypanosoma
mellophagium
Figura 126. Hipoboscidae de pombos.
GÊNERO Lipoptena HOSPEDEIROS: Cervídeos CARACTERÍSTICAS:
Figura 128. Parte anterior de Melophagus
Figura 127. Melophagus , parasito de ovinos. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Protozoários
____________________________________________________________________________________ 121 FILO PROTOZOA
SUBFILO SARCOMASTIGOPHORA CLASSE SARCODINA
CLASSE MASTIGOPHORA
ORDEM AMOEBINA
ORDEM RHIZOMASTIGINA FAMÍLIA MASTIGAMOEBIDAE
ORDEM TRICHOMONADIDA
ORDEM DIPLOMONADIDA
ORDEM KINETOPLAS
FAMÍLIA TRICHOMONADIDAE
FAMÍLIA HEXAMITIDAE
FAMÍLI TRYPANOSOM
GÊNERO
GÊNERO
GÊNERO
GÊNERO
HISTOMONAS
TRICHOMONAS
GIARDIA
TRYPANOSOMA
G
LEI
FAMÍLIA ENDAMOEBIDAE SUBFILO APICOMPLEXA OU SPOROZOA
GÊNERO ENTAMOEBA
CLASSE SPOROASIDA OU COCCIDIIA ORDEM EUCOCCIDIORINA
FAMILIA
FAMILIA
FAMILIA CRYPTOSPORIDAE
EIMERIIDAE
FAMILIA
PLASMODIIDAE
GÊNERO
GÊNERO
GÊNERO
GÊNERO
EIMERIA
ISOSPORA
CRYPTOSPORIDIUM
PLASMODIUM
HEPATOZOIDAE
GÊNERO
SARCOCYSTI
GÊNERO
GÊNERO
HAEMOPROTEUS
HEPATOZOON
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Protozoários
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CAPÍTULO III Protozoários
____________________________________________________________________________________ FILO PROTOZOA MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS
atuam beneficamente compondo intestinal de ruminantes.
a
flora
CARACTERÍSTICAS: - Unicelulares, eucariontes (com membrana nuclear).
Pseudópodes: São prolongamentos citoplasmáticos encontrados em amebas. Geralmente emitem apenas um e o corpo
- Com organelas adaptadas ao parasitismo como flagelo, cílios e pseudópodes. - Membrana lipoprotéica para limitar as trocas (permeabilidade), que pode ser fina ou grossa. - Uninucleados, sendo que o período que precede a divisão pode ter vários núcleos. - Presença de organelas estáticas, como por exemplo, a membrana cística.
acompanha.
Flagelo: Organela que se origina do cinetoplasto (extremidade anterior) e ao se dirigir para a cauda carrega uma membrana, formando a membrana ondulante. Ele precisa de muita energia e aparece na classe dos Trypanosoma .
(macrogameta), mas as células filhas são todas iguais (isogametas).
Cílios: Dão pouco impulso ao parasito, mas
REPRODUÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS I - Sexuada (Gametogonia ou Esporogonia): Ocorre troca de material genético 1.Cópula- União do macho com a fêmea. 2.Conjugação- fusão entre célula fêmea e macho dando origem à célula filha. O macho (microgameta) geralmente é menor que a fêmea
II - ASSEXUADA: CÉLULA MÃE ORIGINA CÉLULA FILHA 1. Divisão binária - Núcleo se divide igualmente dando origem a duas células idênticas à mãe. Ex: Trypanosoma e Amebas 2. Divisão binária sucessiva ou divisão múltipla - É o caso das amebas.
Figura 129. Locomoção por flagelos.
3. Brotação - Brotamento de novas células dentro da célula mãe, a qual é bem maior no início.
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Protozoários
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4. Endodiogenia - Dentro da célula mãe ocorre a formação das células filhas (núcleo e citoplasma) e só depois se rompe a membrana citoplasmática da mãe. 5. Esquizogonia - Esquizonte (célula que sofrerá esquizogonia) se divide sucessivamente e ocorre formação de milhões de merozoítas (núcleo que vai originar um indivíduo) OBS: Os protozoários podem apresentar dois tipos de reprodução juntos. NUTRIÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS I-HOLOZÓICANutrem-se de matéria orgânica já elaborada. Envolve a captura, ingestão, assimilação e eliminação das porções não digeridas. Protozoário tira a substância do hospedeiro, digere e joga fora. Ocorre na maior parte dos
II- AnaeróbicaVivem em meio onde não há muito oxigênio. TIPOS DE PARASITAS I - Monoxeno: Só um hospedeiro. Ex: Entamoeba, Giardia, Tritrichomonas. II- Heteroxeno: Precisa de mais de um hospedeiro para completar o ciclo. Ex: Plasmodium, Babesia, Trypanosoma . DIVISÃO DO FILO PROTOZOA TRÊS SUBFILOS: I-Subfilo Sarcomastigophora: Possui duas classes: a) Classe Mastigophora (locomoção por
protozoários. Ex.: Amebas, Plasmodium (utilizase de parte da hemoglobina para se nutrir).
flagelos)- Trypanosoma, Tritrichomonas,
II- HOLOFÍTICAProtozoários sintetizam seu material nutricional usando raios solares como fonte de energia. Não tem importância veterinária. Ex.: fitoflagelados.
b) Classe Sarcodina pseudópodes) – Amebas.
III- SAPROZÓICAUtilizam a matéria orgânica e inorgânica dissolvida em líquidos. São osmotróficos (absorvem substâncias digeridas da célula ou do tecido do hospedeiro) Ex.: Trypanosoma.
Toxoplasma,
RESPIRAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS I- AeróbicaVivem em meio rico em oxigênio .
Leishmania, Giardia, Histomonas.
(locomoção
por
II- SubFilo Apicomplexa ou Sporozoa: 2 classes: a)Classe Sporoasida ou Coccidia-Coccídeos: Cryptosporidium,
Eimeria,
Sarcocystis.
b)Classe Piroplasmasida - Babesia III- SubFilo Ciliophora: a)Ciliados (sem muita importância). FILO PROTOZOA
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Protozoários
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I -SUBFILO SARCOMASTIGOPHORA Nesse Subfilo estão compreendidos
os
protozoários que possuem organelas para sua locomoção como: flagelos, pseudópodes ou ambos. CARACTERÍSTICAS: - Normalmente não intracelulares. - Possuem organelas de locomoção como flagelos e pseudópodes.
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Flagelados
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PARTE I
Flagelados
____________________________________________________________________________________ CLASSE MASTIGOPHORA – Locomoção por flagelos. I-ORDEM TRICHOMONADIDA Possuem quatro a seis flagelos (sendo um recorrente) unidos a uma membrana ondulante.
FAMÍLIA TRICHOMONADIDAE GÊNERO Tritrichomonas ESPÉCIE Tritrichomonas foetus. HOSPEDEIROS: Bovinos. LOCAL: Prepúcio dos machos e vagina das fêmeas. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
O macho uma vez infectado passa a ser o agente transmissor. Pode ocorrer contaminação por fômites e inseminação artificial. As vacas por sua vez adquirem resistência com o tempo, podendo dar origem a terneiros sãos por inseminação artificial (para não contaminar os touros). IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Leva ao aborto precoce nas vacas (pouco detectado devido ao pequeno tamanho do feto) ou absorção fetal. Esse protozoário pode ainda invadir o útero atacando as membranas fetais e causando a Trichomonose genital das vacas. Permite o aparecimento de infecções oportunistas, principalmente se ocorrer retenção
- Trofozoíta com formato piriforme. - Sem simetria bilateral. - Presença de quatro flagelos, sendo três curtos e um que vai à extremidade posterior carregando parte da membrana plasmática e formando assim a membrana ondulante. - Possui um axóstilo no centro do corpo. - Possui um núcleo deslocado. - Possui um citóstoma, que é uma vesícula alongada por onde o parasito se alimenta.
de placenta. O macho não apresenta sintomatologia, mas passa o parasito para outras vacas através do coito, sendo inviabilizado para reprodução (o tratamento no macho não é seguro).
CICLO BIOLÓGICO: A transmissão é puramente mecânica e se dá através do coito, por isso esse protozoário não apresenta forma cística, pois não necessita de resistência no meio ambiente.
PROFILAXIA: Retirar o touro do plantel, dar descanso sexual para as fêmeas (três a quatro meses, pois a mudança de pH durante o cio mata o parasito) e utilizar touro negativo e sêmen de boa procedência.
DIAGNÓSTICO: Lavagem do trato reprodutivo com soro fisiológico e observação do conteúdo em microscópio. Cultura do material.
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Flagelados
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OBS: T. vaginalis - Aparece nas mulheres. Ë favorecido pela baixa de pH (quando a mulher
Ingestão de cistos contidos nos alimentos e água.
passa da puberdade). Fazer exames ginecológicos periodicamente. T. gengivalis - Aparece em pessoas que têm muita cárie e tártaro, pois o protozoário digere restos alimentares e bactérias. Fazer revisão periódica dos dentes. T. intestinalis - Há baixa patogenicidade no homem. Aparece no esôfago de pombos.
Os cistos são viáveis por até duas semanas no ambiente. FORMAS EVOLUTIVAS: Cisto e trofozoíto.
II - ORDEM DIPLOMONADIDA FAMÍLIA HEXAMITIDAE A forma trofozoíta apresenta simetria bilateral e seis a oito flagelos.
GÊNERO Giardia ESPÉCIE Giardia lamblia = intestinalis HOSPEDEIROS: Homem, cão, caprinos, bovinos.
Figura 130. Cistos de Giardia sp. corados pelo lugol. Aumento de 400X.
LOCAL: Intestino. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Trofozoíta com formato piriforme. - Possui dois núcleos. - Possui vários flagelos (seis a oito). - Possui dois axóstilos. - Possui discos suctórios (ventosas) que mantém o parasito na mucosa para que ele se alimente. - Apresenta forma cística alongada com quatro núcleos. - Com simetria bilateral. TRANSMISSÃO:
Figura 131. Forma trofozoíta de Giardia sp. CICLO BIOLÓGICO: A contaminação se dá através da ingestão de alimentos ou água contaminados com a forma
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Flagelados
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cística. No intestino ocorre a liberação dos trofozoítos que se multiplicam por fissão binária,
-Organismos amebóides e uninucleados. Seu único flagelo nasce de um grânulo basal
algumas formas se encistam na mucosa do intestino e evoluem até cisto que é eliminado com as fezes e que resistem às condições adversas do ambiente. O cisto no duodeno após fissão binária dá origem a dois trofozoítos. Os trofozoítos fixam-se nas células do intestino, se encistam, amadurecem e, após, os cistos são eliminados para a luz do intestino por onde vão ao meio exterior com as fezes.
próximo ao núcleo. ESPÉCIE Histomonas meleagridis. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Galinhas e perus. Pode aparecer em codornas, pintos e faisão. HOSPEDEIRO
INTERMEDIÁRIO:
Heterakis
gallinarum.
LOCAL: Mucosa de ceco e no fígado de perus. TRANSMISSÃO: A ave contamina-se por Ingestão de ovos de Heterakis gallinarum (parasita dos cecos das aves) contendo o Histomona s no seu interior. ESTÁGIOS: Trofozoíto.
Figura 132. Desenvolvimento da Giardia no hospedeiro. IMP. EM HIGIENE E SAÚDE PÚBLICA: Leva a casos de cólica e diarréia. PROFILAXIA: Limpeza do ambiente, lavar bem os alimentos e só beber água filtrada. III- ORDEM RHIZOMASTIGINA FAMÍLIA MASTIGAMOEBIDAE
GÊNERO Histomonas. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE HISTOLÓGICO DE CECO OU FÍGADO): - Trofozoíta arredondado com núcleo basófilo (roxo) e citoplasma negativo (branco). - Flagelo não visível. - Presença de eosinófilos (rosa). CICLO BIOLÓGICO: O verme Heterakis gallinarum ao se alimentar da mucosa do ceco das aves se infecta com o protozoário. Quando é feita a postura de ovos de Heterakis para o meio ambiente, esses já possuem no seu interior os trofozoítos de Histomonas . As aves ao se alimentarem podem ingerir ovos embrionados desse verme (Heterakis ) e quando a sua larva eclode e se
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fixa no intestino, os parasitas (Histomonas ) liberam-se e penetram na mucosa do intestino onde se reproduzem por fissão binária. Alguns trofozoítas migram para o fígado produzindo lesões características. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Pode levar a inflamação do ceco seguida de alterações patológicas no fígado (enterohepatite), acarretando na queda de produtividade do plantel e até morte das aves.
próximo ao núcleo e flagelo livre sem membrana ondulante. - Forma epimastigota: Estrutura em forma de foice onde o cinetoplasto é anterior e aparece próximo ao núcleo. - Forma promastigota: estrutura em forma de foice que aparece em cultura de células e em hospedeiro invertebrado. Ë uma forma alongada, onde o flagelo não forma membrana
É uma doença principalmente de aves jovens.
ondulante, o cinetoplasto fica na extremidade anterior, longe do núcleo e este é central.
PROFILAXIA: Os perus devem ser criados em terrenos que não tenham sido utilizados por galinhas, pois as galinhas são os principais reservatórios da doença já que disseminam o parasito sem adoecer.
- Forma esferomastigota: Estrutura arredondada que aparece dentro de células que possui um núcleo central e um cinetoplasto e ainda um pequeno flagelo.
IV - ORDEM KINETOPLASTIDA FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE
GÊNERO Trypanosoma ESTÁGIOS DE VIDA DO TRYPANOSOMA - Forma tripomastigota: Estrutura em forma de foice que aparece sempre em esfregaço de sangue e em hospedeiro vertebrado. Apresenta flagelo livre na extremidade anterior, membrana ondulante, um núcleo central, cinetoplasto e blefaroplasto (local exato onde o flagelo se forma). - Forma opistomastigota: Estrutura em forma de foice que apresenta cinetoplasto posterior
Figura 133. Forma tripomastigota do Trypanosoma cruzi . - Forma amastigota: Estrutura arredondada que aparece dentro das células e por isso não necessita de movimento, logo não apresenta flagelo. Possui um núcleo central e um cinetoplasto em forma de bastão. Sempre em hospedeiro vertebrado. REPRODUÇÃO:
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Assexuada por divisão binária.
depois passa a epimastigota e no final do trato digestivo forma-se a forma infectante
TRANSMISSÃO: Inoculativa ou contaminativa.
(tripomastigota metacíclica). Para infectar, ao se alimentar à noite no hospedeiro ele defeca próximo a picada (Trypanosoma da secção stercoraria - transmissão contaminativa). Há calor e inchaço no local da picada e o hospedeiro ao se coçar faz com que as fezes contaminadas com tripomastigotas penetrem na ferida. No tecido retículo endotelial passa a forma amastigota onde sofre divisão binária e
ESPÉCIES DE TRYPANOSOMA SEÇÂO STERCORARIA – transmitido através das fezes I - Trypanosoma cruzi
HOSPEDEIROS: Humanos, primatas, cães e gatos.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 1. Forma tripomastigota (circulante): - Forma de C. - Extremidades pontiagudas.
vai à circulação, transformando-se em tripomastigota (permanece uns cinco dias na circulação). Um grande número de tripomastigotas é destruído na circulação, entretanto os que escapam vão se localizar em diferentes órgãos e tecidos (musculaturas do cólon, esôfago, baço, fígado, coração) onde se transformam em amastigotas constituindo os focos secundários e generalizados. Nestes
- É a fase contaminativa para o hospedeiro. - Núcleo central grande (se cora em roxo). - Presença de membrana ondulante e flagelo. - Cinetoplasto grande e próximo a extremidade posterior (se cora em roxo).
focos secundários, os amastigotas, após multiplicação, com novas invasões, evoluem para a forma flagelada e voltam ao sangue periférico para recomeçar o ciclo. O inseto é infectado ao picar o homem para se alimentar.
VETORES: Hemípteras (barbeiros).
2. Forma amastigota (tecidual): - Possui forma arredondada. - Encontrada nos tecidos (principalmente na musculatura cardíaca), multiplicação. - Núcleo não tão grande.
é
a
fase
de
CICLO BIOLÓGICO do T. CRUZI : O barbeiro ingere as formas circulantes (tripomastigotas) ao picar o hospedeiro contaminado e no tubo digestivo o protozoário se multiplica, se transforma em promastigota,
Figura 134. Ciclo de Trypanosoma da seção Salivaria.
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Flagelados
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IMPORTÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA: Promove a hiperfunção de órgãos como
inocula as formas promastigotas (Trypanosoma da secção salivaria - transmissão inoculativa)
esôfago, coração e cólon ocorrendo aumento no tamanho dessas estruturas e os sintomas à longo prazo são febre, lesões no sistema cardíaco e digestivo. No local onde ocorreu a picada forma-se um edema que é chamado de chagoma ou sinal de Romanã.
que penetram nas células retículo endoteliais virando amastigotas e passam à circulação sangüínea na forma tripomastigota.
PROFILAXIA: Deve-se evitar habitações precárias (pois é comum a presença de ninhos do barbeiro) e deve-se combater o hemíptera destruindo seus ninhos. SEÇÂO SALIVARIA- Transmitido via picada II - Trypanosoma vivax HOSPEDEIROS: Ruminantes, principalmente bovinos e bubalinos.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Leva a doença de caráter crônico onde, ao longo dos anos, o animal pode ou não estar contaminado. Na África ele utiliza como vetor a mosca Tsé tsé que causa a doença do sono. Pode causar morte por hemorragia ou isquemia. PROFILAXIA: Combate aos vetores. III - Trypanosoma equinum= evansi HOSPEDEIROS: Eqüinos.
VETORES: Stomoxys e tabanídeos.
VETORES: Stomoxys e tabanídeos.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 1. Forma tripomastigota: - Forma de foice, mas sem forma de C e bem menor que o T. cruzi. - Núcleo grande e central (se cora em roxo). - Cinetoplasto pequeno e fraco(se cora em
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 1. Forma tripomastigota:
roxo). - Extremidade posterior mais arredondada. CICLO BIOLÓGICO: O vetor pica o hospedeiro contaminado ingerindo a forma tripomastigota e na sua probóscida se transforma em promastigota, que se multiplica por divisões binárias sucessivas e quando o inseto pica novamente outro animal
Figura 135. Forma tripomastigota de
T. evansi. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Flagelados
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- Núcleo bem visível. - Cinetoplasto praticamente invisível.
- Cinetoplasto bem pequeno. - Membrana ondulante bem visível.
- Membrana ondulante bem visível. - Grânulos no citoplasma.
- Número maior de grânulos no citoplasma.
CICLO BIOLÓGICO: Os vetores picam o hospedeiro contaminado e se alimentam da forma tripomastigota e essa forma é diretamente inoculada em outros animais (Trypanosoma da secção salivaria transmissão inoculativa). Não ocorre desenvolvimento do Trypanosoma no inseto, a transmissão é mecânica. Como a picada do tabanídeo é dolorosa facilita a transmissão, pois o animal sente logo e se coça. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Essa espécie causa o Mal das cadeiras, doença no qual os sintomas são: Paralisia progressiva dos membros posteriores, febre,
CICLO BIOLÓGICO: É um Trypanosoma da secção Stercoraria e a transmissão é venérea, ou seja, via sexual. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Leva a uma doença venérea chamada durina, na qual os sintomas mais comuns são: secreção excessiva na mucosa genital e edema dessas partes. Em casos severos pode ocorrer aborto. IV - ORDEM KINETOPLASTIDA FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE
GÊNERO Leishmania
anemia e emaciação. PROFILAXIA: Combate aos vetores. IV - Trypanosoma equiperdum HOSPEDEIROS: Eqüinos e asininos.
Figura 136. Amastigotas de Leishmania sp.
TRANSMISSÃO: Passam de hospedeiro vertebrado para outro hospedeiro vertebrado sem auxílio de insetos vetores. Transmissão de tripomastigotas através do coito. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 1. Forma tripomastigota: - Núcleo bem visível.
Figura 137. Promastigotas de Leishmania
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Flagelados
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Protozoário da classe Mastigophora (flagelado) que é transmitido para o vertebrado pela picada
promastigotas, que ao se multiplicarem podem até obstruir o canal alimentar do inseto. Este, ao
de um inseto vetor. Há duas espécies de importância: Leishmania donovani (agente da leishmaniose visceral) e Leishmania braziliensis. (agente da leishmaniose cutânea).
inocular saliva no hospedeiro definitivo manda aquele “bolo” de formas promastigotas que penetram nos macrófagos e se transformam em amastigotas, onde se multiplicam e ganham a corrente sangüínea indo ao baço ou fígado.
I - Leishmania donovani HOSPEDEIROS: Homem e cães.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Provoca uma doença chamada leishmaniose visceral ou calazar, onde as formas
VETORES: Phlebotomum e Lutzomyia. LOCALIZAÇÃO: Os protozoários se multiplicam no interior de macrófagos, que acabam sendo destruídos, causando a liberação dos parasitos, que invadem macrófagos vizinhos.
promastigotas se proliferam nos macrófagos e os destroem. Em casos avançados pode atingir o tubo digestivo causando diarréia, abdômen distendido e mortalidade que alcança 70 a 90% nos casos não tratados. É uma zoonose onde os cães são excelentes reservatórios de Leishmania para o homem.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE HISTOLÓGICO DE FÍGADO OU BAÇO): 1. Forma amastigota: - Estruturas arredondadas aglomeradas. - Núcleo central. - Ausência de flagelo. - Encontrada nos vertebrados.
pequenas
e
2. Forma Promastigota: - Encontrada no inseto vetor. - Corpo alongado. - Flagelo livre na extremidade anterior do corpo. CICLO BIOLÓGICO: Na picada o vetor (Lutzomyia ) se infecta com a forma amastigota (que está dentro de macrófagos) e essas se transformam em
Figura 138. Ciclo biológico de Leishmania sp.
PATOGENIA: A L. donovani é um parasito exclusivo do Sistema Fagocitário Mononuclear (antigo Sist. Ret. Endotelial), principalmente das células localizadas no baço, fígado e medula óssea. No citoplasma das células os parasitas multiplicam-
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Flagelados
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se, distendendo as células até sua ruptura. Os parasitas liberados são fagocitados por novas células reticulares e este ciclo continua indefinidamente. Conseqüências: Aumento dos órgãos ricos em macrófagos (hepato e esplenomegalia). A medula óssea sofre atrofia uma vez que as células reticulares aí situadas, são desviadas pelo parasitismo, para a função macrofágica. Quadro hematológico com pancitopenia, mais especialmente leucopenia e anemia hemorragia devido a baixa de plaquetas.
por
PROFILAXIA: Eliminação de cães infectados e combate aos vetores. II - Leishmania braziliensis HOSPEDEIROS: Homem e cães. VETORES: Phlebotomum e Lutzomyia. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE HISTOLÓGICO DE PELE): 1. Forma amastigota: - Estruturas arredondadas pequenas e aglomeradas. - Núcleo central. - Ausência de flagelo.
CICLO BIOLÓGICO: Na picada o vetor se infecta com a forma amastigota e essas se transformam em promastigotas no canal alimentar do inseto. Ao picar o hospedeiro definitivo inocula um “bolo” de formas promastigotas que penetram nas células retículo endoteliais e se transformam em amastigotas, que se multiplicam e ficam na pele do hospedeiro.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Leva a séria lesão cutânea, principalmente no focinho dos cães e na região nasal dos homens, podendo invadir as mucosas produzindo erosão nos tecidos cartilaginosos. É a chamada leishmaniose cutânea ou úlcera de Bauru. Também é uma zoonose e os cães são ótimos reservatórios da doença para o homem. PROFILAXIA: Eliminar cães infectados e combater os vetores. Se prevenir contra insetos principalmente nos bosques úmidos. b) CLASSE Sarcodina – Locomoção por pseudópodes. São as amebas, e não possui muita importância em Medicina veterinária.
PATOGENIA: A infecção estabelece-se pela inoculação de promastigotas através da picada de flebotomíneos. Os parasitas ficam incubados (em média de duas semanas a dois meses) nas células histiocitárias da pele onde se multiplicam sob a forma de amastigotas, aparecendo então a lesão inicial. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Coccídeos
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PARTE II
Coccídeos
____________________________________________________________________________________ SUBFILO APICOMPLEXA ou SPOROZOA CARACTERÍSTICAS: - Complexo apical (só é visto em microscopia eletrônica) na extremidade anterior que permite que o protozoário penetre dentro da célula a ser parasitada. - Parasitas intracelulares - Só os microgametas apresentam flagelos a) CLASSE SPOROAZIDA OU COCCIDIA ORDEM EUCOCCIDIORINA I - SUBORDEM EIMERINA FAMÍLIA EIMERIIDAE CARACTERÍSTICAS:
1. Macrogametócito - Estrutura arredondada repleta de grânulos grandes e periféricos e um núcleo central que é o macrogameta. 2. Microgametócito - Estrutura com formato irregular (meio oval) com milhares de grânulos pequenos espalhados no citoplasma que são os microgametas. 3. Oocisto imaturo ou zigoto - Estrutura disforme que apresenta uma membrana forte. 4. Esquizonte ou meronte - Estruturas arredondadas grandes, que apresentam merozoítas (estruturas em forma de foice) no seu interior.
- Coccídeo com ciclo evolutivo direto. - Oocistos contendo esporocistos que possuem no seu interior esporozoítas. - Merogonia e gametogonia nas células do hospedeiro. - Esporogonia (meiose) geralmente fora do corpo do hospedeiro. - Microgametas com dois ou três flagelos. - Os gêneros são diferenciados pelo número de
5. Oocisto esporulado - Estrutura ovóide, translúcida, esverdeada, com parede dupla e contendo esporocistos e esporozoítas. No caso de Eimeria são quatro esporocistos com dois esporozoítas no seu interior e no caso de Isospora são dois esporocistos com quatro esporozoítas no seu interior.
esporocistos nos oocistos e o número de esporozoítas nos esporocistos.
6. Merozoítas de 1ª geração - são pequenos tanto em Eimeria quanto em Isospora.
GÊNEROS Eimeria e Isospora.
7. Merozoítas de 2ª geração - são pequenos (microzoítas) em Eimeria e grandes (macrozoítas) em Isospora.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
FASES DE REPRODUÇÃO: _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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1. Assexuada - esquizogonia ou merogonia: ocorre no interior do hospedeiro. 2. Sexuada ou gametogonia: ocorre no interior do hospedeiro. 3. Esporogonia (esporos = oocisto): ocorre no meio ambiente. TIPOS DE CICLO EVOLUTIVOS
I - CICLO EVOLUTIVO PROPAGATIVO: É o que ocorre em aves, com espécies como E. tenella (que ocorre em aves de corte), E. acervulina e E. necatrix (ambas ocorrem em poedeiras). Nesse ciclo, são formados três tipos de merozoítas: um que formará os macrogametócitos, outro que formará os microgametócitos e um terceiro, sem diferenciação que formará os merontes e depois, macro e microgametócitos levando a 2ª geração. II- CICLO EVOLUTIVO PROLIFERATIVO: É o que ocorre em ruminantes, com as espécies E. bovis e E. zuerni em bovinos e E. arloingi e E. christenseni em caprinos, nos suínos, temos Isospora suis. No caso de ruminantes, depois da fase trofozoíta é formado o primeiro meronte no intestino delgado e quando os merozoítas vão ao intestino grosso, dão origem a um segundo meronte bem pequeno, é esse quem forma os macro e microgametócitos para chegar a oocisto. Nos suínos ocorre o mesmo, sendo que tudo no intestino delgado. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Nos ruminantes esses protozoários causam
doenças típicas de filhotes com diarréia, diminuição no desenvolvimento. Em suínos, Isospora suis é
limitante no caso de leitões, pois interfere na absorção intestinal, causa diarréia, e os animais não atingem os 90 kg ideais para abate. Em aves, a mortalidade pode chegar a 100%. OBS 1: Em coelhos, E. stieda se encontra no fígado. O esporozoíta vai ao fígado pela via porta e no endotélio do ducto biliar forma merontes I e II, macro e microgametócitos, gametas e oocisto, e depois vai à bile e sai nas fezes. OBS 2: Cada geração é mais patogênica que a outra porque produz mais oocistos. São formados mais macrogametócitos que microgametócitos porque esse último produz milhões de microgametas PROFILAXIA DAS COCCIDIOSES: 1. Coccidiose aviária: Deve ser feito bom manejo e o emprego de coccidiostáticos na ração e na água. O galpão deve ser bem ventilado para diminuir a umidade local e manter a cama sempre seca. 2. Coccidiose bovina: Deve ser feito um bom manejo, comedouros e bebedouros trocados diariamente e mantidos no alto (evita que os animais defequem neles) e camas secas. 3. Coccidiose em coelhos: Deve ser feita a limpeza diária das gaiolas, coelheiras ou cercados e a manutenção dos comedouros e bebedouros limpos. As criações devem ter pisos de tela de arame.
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GÊNERO Eimeria CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Eimeriidae cujos oocistos esporulados possuem quatro esporocistos e cada oocisto recém saído nas fezes e que não está esporulado, possui um núcleo.
Figura 139. Oocisto não esporulado de Eimeria sp.
A patogenia depende da espécie de Eimeria , do número de oocistos ingeridos, da idade da ave (quanto mais jovem mais susceptível), presença e severidade de outras doenças, eficácia do coccidiostático, estado nutricional das aves e nível de medicação na ração. CICLO: Os oocistos eliminados com as fezes do hospedeiro são imaturos (não esporulados). No meio ambiente ocorre a esporulação dos oocistos, para isso precisa de O2, temperatura de 25 a 30 graus e umidade de 70 a 80%. O tempo de esporulação nessas condições é de dois a três dias. Os oocistos esporulados são infectantes e podem permanecer viáveis por dois a três meses. O hospedeiro se contamina ao ingerir esse oocisto. Na moela ou estômago o oocisto é destruído, liberando os esporocistos. Depois pela ação da tripsina e da bile ocorre a liberação dos esporozoítos no intestino delgado. Esses esporozoítos penetram nas células da mucosa intestinal, arredondam-se e originam os trofozoítos que passam a esquizontes iniciando assim a reprodução assexuada denominada de
Figura 140. Oocisto esporulado de Eimeria sp.
HOSPEDEIROS: Mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes. PATOGENIA
Figura 141. Ciclo biológico de Eimeria
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esquizogonia ou merogonia. Cada esquizonte (ou meronte) tem em seu interior um número
O gênero Isospora pertence à família Eimeriidae e o gênero Cystoisopor a pertence à família
variável de merozoítas (depende da espécie). Esses merozoítas rompem a célula hospedeira atingem a luz do intestino e invadem novas células epiteliais, arredondando-se e formando uma nova geração de esquizontes. Alguns merozoítos da segunda geração penetram em novas células e dão início a terceira geração de esquizontes, outros penetram em novas células e dão início a fase sexuada do ciclo, conhecida
Sarcocystidae. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Oocistos possuem dois esporocistos contendo quatro esporozoítos cada quando esporulados. •
como gametogonia. A maioria desses merozoítos se transforma em gametócitos femininos ou macrogametócitos que vão formar os macrogametas. Outros se transformam em microgametas ou gametócitos masculinos que vão dar origem aos microgametócitos. Os microgametas rompem a célula e vão até o macrogameta para a fertilização. Dessa fertilização resulta o zigoto que desenvolve uma parede dupla em torno de si, dando origem ao oocisto. Os oocistos rompem a célula e passam à luz intestinal saindo para o exterior com as fezes na forma não infectante, pois não estão esporulados. No ambiente em um a cinco dias esporulam e tornam-se infectantes. IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: Essa parasitose destrói as células do intestino causando diarréia sanguinolenta, acarreta uma baixa conversão alimentar, diminuição da resistência orgânica, redução do peristaltismo intestinal, perda de peso e predispõem a infecção bacteriana secundária.
Figura 142. Acima oocisto não esporulado, abaixo oocisto esporulado de Isospora sp. HOSPEDEIROS: Aves e carnívoros. Quando encontrado em aves o gênero é Isospora e quando encontrado em carnívoros é chamado de Cystoisospora . HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: No ciclo de Cystoisospora pode ocorrer o ciclo com ingestão de roedores parasitados.
GÊNERO Isospora e Cystoisospora _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Na esporogonia, sob condições ideais de temperatura alta, oxigenação e umidade, o oocisto sofre divisão, formando dois esporocistos, contendo quatro esporozoítos em cada um. ESPÉCIES: Cystoisospora canis – Cão. Cystoisospora felis – Felinos. Cystoisospora rivolta – Felinos. Cystoisospora ohioensis – Cão.
Figura 143. Ciclo biológico de Cystoisospora sp. CICLO BIOLÓGICO: A contaminação se dá através de alimentos como ração, capim e água contaminados com o oocisto esporulado. No tubo digestivo do animal os esporozoítos saem do oocisto e penetram na célula epitelial do intestino onde se arredondam, passando a serem chamados de trofozoítas. Começa a reprodução assexuada. Sucessivas mitoses vão formando vários núcleos e citoplasmas para formar os esquizontes (ou merontes) que contém os merozoítas. A célula não suporta a pressão e se rompe, liberando os merozoítas que seguem dois caminhos: - Penetram novamente nas células intestinais fazendo outra fase de reprodução assexuada que formará uma 2ª geração. - Continuam para a fase sexuada, onde os merozoítas dão origem a macro e microgametócitos. Os microgametas que estão nos microgametócitos saem da célula parasitada e fecundam os macrogametas (e com isso perdem seus flagelos – ex-flagelação) formando o gameta ou oocisto imaturo. Esse sai nas fezes para fazer a esporogonia.
PATOGENIA: Pouco patogênica. Produz diarréia em filhotes e diminuição no desenvolvimento, porém é autolimitante. FAMÍLIA CRYPTOSPORIDIIDAE
GÊNERO Cryptosporidium HOSPEDEIROS: Homem, rato, macaco, bovino, ovino, caprino, eqüino, suíno, canino, felino. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Oocisto medem em torno de 5 µm e contém quatro esporozoítas e sem apresentar esporocistos.
Figura 144. Oocisto de Cryptosporidium sp. 400X
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CICLO: Característico de Coccídeo.
- Educação sanitária.
É monoxeno. Ocorre esquizogonia na superfície das células intestinais com duas gerações de esquizontes e outra de multiplicação sexuada (gametogonia) com formação de macro e microgametócitos. Os microgametas fecundam os macrogametas originando oocistos com quatro esporozoítos de parede espessa que são eliminados já infectantes. Esporulação dentro do hospedeiro. A esquizogonia e a gametogonia
FAMÍLIA SARCOCYSTIDAE - Ciclos evolutivos semelhantes à família Eimeriidae. - A esporogonia pode ocorrer dentro ou fora do hospedeiro. - A reprodução assexuada ocorre no hospedeiro intermediário e a sexuada no definitivo. - Ocorre predação, onde o hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir restos do hospedeiro
ocorrem em microvilosidades intestinais. Alguns oocistos rompem-se dentro hospedeiro promovendo auto-infecção.
Intermediário.
do
GÊNERO Toxoplasma ESPÉCIE Toxoplasma gondii HOSPEDEIRO DEFINITIVO: principalmente o gato.
Felídeos,
HOSPEDEIRO
Diversos
INTERMEDIÁRIO:
mamíferos e répteis.
Figura 145. Ciclo biológico de Cryptosporidium sp.
PROFILAXIA: - Água limpa em bebedouro adequado, com altura que impeça os animais nele defecarem. - Comedouros no alto para que não sejam infectados pela cama. - Higiene dos estábulos, remoção e incineração das camas. - Tratamento dos animais parasitados.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE HISTOLÓGICO DE FÍGADO OU CÉREBRO): - Pseudocisto - estrutura alongada, sem parede definida onde se encontram os taquizoítas. - Cisto - estrutura arredondada com parede bem definida onde se encontram os bradizoítas. - Zoíta - estrutura em forma de foice com um núcleo. Não aparece em corte histológico. CICLO BIOLÓGICO: O hospedeiro intermediário ingere o oocisto ao pastorear ou ao ingerir alimentos mal lavados. No trato digestivo há liberação de esporozoítos que pela via sangüínea vai ao fígado, cérebro e
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No hospedeiro intermediário pode ocorrer má formação fetal, hidrocefalia fetal, morte cerebral, aborto em ovinos, bovinos e eqüinos, podem ocorrer distúrbios pulmonares, fortes dores musculares, cegueira e queda na produção.
Figura 146. Ciclo de Toxoplasma gondii outros órgãos passando a se chamar trofozoítos. Nestes ocorre a reprodução assexuada (esquizogonia). Esta fase é tão rápida que os trofozoítas são chamados de taquizoítas e é a fase aguda da doença. O organismo do animal reage e cria anticorpos e os taquizoítas então diminuem sua velocidade de reprodução passando a se chamar bradizoítas, que formam uma parede cística como proteção aos anticorpos. O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir restos de animais contaminados com os esquizontes (cistos), na mucosa intestinal ocorre a gametogonia e o oocisto formado vai ao meio ambiente com as fezes. Ocorre a esporulação formando um conjunto de dois esporocistos contendo quatro esporozoítas e esses esporozoítas são as formas infectantes para o hospedeiro intermediário. OBS: Pode haver transmissão pré-natal. O hospedeiro intermediário pode contaminar-se através da ingestão de carne mal cozida contendo cistos do parasito. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
PROFILAXIA: Deve ser feita a limpeza diária de gatis, remoção adequada de fezes, precauções higiênicas como lavar as mãos antes das refeições e uso de luvas na jardinagem, não dar carne crua aos gatos, cobrir as rações. OBS: Hammondia e Frenkelia também são parasitas de cães e gatos e têm importância no diagnóstico diferencial de oocistos.
GÊNERO Neospora ESPÉCIES: Neospora caninum HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: Cão. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Bovinos, caninos, caprinos, ovinos, eqüinos e cervídeos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Oocistos medem entre 10 à 12 µm. - Os taquizoítos e cistos são as formas encontradas intracelularmente no hospedeiro intermediário - Os taquizoítos possuem forma de lua e medem em torno de 6 X 2 µm de comprimento, e podem ser encontrados em diferentes células do corpo. - Os cistos possuem forma oval, podem medir até 107 µm de diâmetro e são encontrados nas células do sistema nervoso.
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- Dentro dos cistos estão presentes os bradizoítos medindo em torno de 7 x 1,5 µm de
- Mumificação fetal, fetos natimortos, bezerros deformados
comprimento.
- Nascimento vivo seguido de morte. - Nascimento de bezerros com sinais neurológicos: encefalomielite, paralisias, ataxia motora (incoordenação motora) exoftalmia ou olhos de aparência simétrica. - A maioria dos bezerros com neosporose morrem nas quatro primeiras semanas de vida.
CICLO BIOLÓGICO: O parasito, sob reprodução sexuada, reproduzse no intestino do cão e, posteriormente, seus oocistos (medindo 10-12 µm de diâmetro) são levados ao ambiente pelas fezes. A esporulação ocorre nas fezes, dentro de três dias, não sendo, portanto, infecciosos em fezes
autolisados,
DIAGNÓSTICO:
frescas. Os oocistos esporulados contêm dois esporocistos, com quatro esporozoitos cada um. Os oocistos são resistentes no ambiente e permanecem viáveis por longo período até serem consumidos pelo hospedeiro intermediário, por meio de alimentos contaminados. Após a ingestão dos oocistos esporulados, pelo hospedeiro intermediário, os esporozoítos
Os meios utilizados são histológicos ou imunohistológicos, imunofluorescência indireta (IFI), imunoenzimático (ELISA), PCR. Atualmente, é possível realizar testes sorológicos, como imunofluorescência indireta (IFA) e o teste imunoenzimático (Elisa) que indicam exposição dos animais a Neospora , não significando que os mesmos estejam doentes. Se uma vaca é positiva não significa que um
desencistam-se e invadem os tecidos desenvolvendo uma infecção sistêmica (reprodução assexuada, esquizogonia). O parasito forma principalmente no cérebro, cistos chamados de bradizoítos. Estes, apesar de estarem em estado latente, quando ingeridos pelo cão são infecciosos. No cão esses bradizoítos penetram nas células intestinais onde fazem a reprodução sexuada eliminando
aborto foi induzido por Neospora com base nos dados do exame sorológico. Para confirmar se o aborto foi causado por N. caninum , o parasito deve ser encontrado nos tecidos fetais. O teste de imunohistoquímica dos tecidos fetais, que utiliza o feto inteiro, ou pelo menos o cérebro e a medula, é o mais eficiente e preferencial método para confirmar o diagnóstico. O isolamento e cultura do agente
oocistos não esporulados para o meio ambiente.
também confirmam a presença de Neospora no processo patológico.
SINAIS CLÍNICOS: - Abortamento no hospedeiro intermediário em qualquer época da gestação, fetos podem morrer no útero. - Reabsorção fetal.
MATERIAL UTILIZADO PARA EXAME: Soro bovino - as amostras devem ser colhidas até 90 dias após o abortamento (depois deste prazo, o nível de anticorpos cai drasticamente). Feto abortado - deve ser encaminhado resfriado.
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TRATAMENTO: O tratamento para neosporose é feito com sulfas e vacinas.
OBS: O cão se infecta ao ingerir o carrapato.
ZOONOSE: Não há evidência do leite ou carne de animais infectados, transmitirem Neospora ao homem.
CICLO: O cão infecta-se ao ingerir o carrapato que contém esporocistos na sua cavidade corporal. Ocorre destruição dos esporocistos e liberação dos esporozoítas que penetram na parede intestinal e através da corrente sanguínea passam ao baço, linfonodos, pulmões, músculos, fígado e medula onde fazem a esquizogonia. Nesses locais ocorrem várias
CONTROLE: 1) Evitar que os cães contaminados defequem nos depósitos de alimentos e bebedouros. -Use as vantagens de depósitos fechados cubra os silos com lonas plásticas após sua abertura. 2) Educar a população a castrar os cães nas fazendas e vizinhanças. -Castrar cães que não são necessários à procriação. -Orientar seus vizinhos que mantenham seus cães nas suas propriedades -Comunicar as autoridades locais (vigilância sanitária) sobre a presença de cães sem dono.
gerações de esquizontes, após os merozoítos penetram nos leucócitos circulantes e passam a gametócitos. O ciclo se completa quando o carrapato ingere sangue contaminado com os gametócitos. Os gametócitos livres se unem em pares e formam os zigotos que ficam no interior do carrapato (hemocele) e passam a oocisto contendo 30 a 50 esporocistos com 16 esporozoítos em cada.
3) Todo feto abortado e restos placentários deverão obrigatoriamente ser enterrados, para prevenir o consumo pelos cães. SUBCLASSE GREGARINASINA FAMÍLIA HEPATOZOIIDAE
GÊNERO Hepatozoon ESPÉCIE Hepatozoon canis HOSPEDEIRO DEFINITIVO:
Carrapato
Rhipicephalus sanguineus .
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Cães. LOCAL: Interior de leucócitos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Isogametas que são estruturas alongadas no interior dos neutrófilos.
Figura 147. Ciclo biológico do Hepatozoon sp.
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA:
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Coccídeos
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É uma parasitose assintomática, encontrada geralmente com outras parasitoses como Babesia e Ehrlichia .
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Babesias
______________________________________________________________________________________________
PARTE III Babesias
____________________________________________________________________________________
CLASSE PIROPLASMASIDA ORDEM PIROPLASMORIDA FAMÍLIA BABESIDAE
GÊNERO Babesia CARACTERÍSTICAS HOSPEDEIROS:
MORFOLÓGICAS
E
1. Babesia canis - Cães -Grande Babesia . -Aparece um a dois trofozoítas dentro da
Figura149. Babesia bovis no interior da hemácia -Pode aparecer nos capilares do cérebro, provocando trombos nos vasos.
4. B. bigemina (transmissão por ninfas e adultos do carrapato)- Bovinos. -Grande Babesia . -Aparece um a dois trofozoítas dentro de cada hemácia
Figura 148 . Babesia canis no interior da hemácia. hemácia.
2. Babesia gibsoni - Cães -Pequena Babesia .
3. Babesia bovis (transmissão por larvas do carrapato) – Bovinos.
Figura 150. Babesia bigemina no interior da hemácia.
-Pequena Babesia.
5. B. equi ou Nutallia equi ou mais recentemente Theileria equi - Equinos
-Parasitemia muito baixa.
-Pequena Babesia.
-Aparece de um a dois trofozoítas dentro de
-Parasitemia muito alta.
cada hemácia.
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Babesias
______________________________________________________________________________________________ -Aparecem um, dois, três ou quatro trofozoítas,
tubo digestivo do carrapato e nelas se multiplica
sendo que quando aparecem quatro, são em
por divisão binária ou múltipla até as células se
forma de cruz de malta. -Animal permanece portador por toda a sua
romperem e liberarem os vermículos (organismos claviformes, móveis e alongados).
vida.
Esses vermículos migram para os tecidos da fêmea do carrapato, através da hemolinfa,
6. B. caballi - Equinos
podendo
-Grande Babesia .
transovariana)
-Aparece um a dois trofozoítas dentro da
(transmissão
hemácia.
trofozoítas. O carrapato ao sugar o hospedeiro
chegar ou
aos
ovários
as
(transmissão
glândulas
transestadial)
na
salivares forma
de
inocula as formas trofozoítas que penetram nas hemácias do animal e se dividem assexuadamente por divisão binária formando merozoítas. A célula se rompe e os merozoítas são liberados penetrando em novas hemácias.
TIPOS DE TRANSMISSÃO: Figura 151. Babesia caballi no interior da hemácia.
CICLO BIOLÓGICO: O carrapato ao se alimentar do sangue do hospedeiro definitivo ingere os merozoítos que se diferenciam e fazem a reprodução sexuada
Transovariana
-
Ocorre
nas
babesioses
transmitidas por carrapatos monoxenos, como Boophilus microplus e Anocentor nitens. Por só
terem um hospedeiro na vida, a transmissão é da fêmea para seus ovos. As larvas ou ninfas originadas
desses
irão
contaminar
outros
animais.
ou gametogonia que vai dar origem a um zigoto chamado oocineto. Este penetra nas células do
Transestadial
-
ocorre
nas
babesioses
transmitidas por carrapatos heteroxenos, como Rhipicephalus sanguineus. Por a muda ocorrer
no solo, a larva infectada passa para ninfa com as formas infectantes e essa então transmite o parasita a outro animal.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Além da destruição das hemácias gerando anemia, observam-se lesões em outros órgãos irrigados pelo sangue contaminado. O baço filtra hemácias Figura 152 . Ciclo de Babesia sp.
parasitadas
(e
incha
causando
esplenomegalia) e acaba por não identificá-las
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Babesias
______________________________________________________________________________________________ mais fagocitando também as hemácias sadias e com isso intensifica a anemia (anemia auto imune). No rim as hemácias se rompem e no fígado ocorre hemoglobinúria por não ocorrer metabolização
da
hemoglobina.
Ainda,
a
Babesia ativa a calicreína e leva ao aumento de
permeabilidade dos vasos e vasodilatação, provocando uma estase circulatória. No quadro de babesiose cerebral bovina ocorre destruição dos capilares cerebrais e se observa aumento da coagulação intravascular, hiper excitabilidade e incoordenação.
PROFILAXIA: Deve ser feito o controle dos vetores. Em regiões endêmicas os animais já têm imunidade adquirida através do colostro que deve ser reforçada
gradativamente
com
o
desenvolvimento do animal.
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Rickettsias
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CAPÍTULO IV
Rickettsias
____________________________________________________________________________________ ORDEM RICKETTSIALES DEFINIÇÃO: As rickettsias são consideradas pertencentes a um grupo separado de bactérias por
A multiplicação ocorre por divisão binária somente dentro da célula hospedeira. Apesar de serem capazes de metabolismo próprio para seu desenvolvimento, possuem um sistema transportador de ATP que utiliza ATP do
apresentarem aspectos comuns entre elas e por serem disseminadas por artrópodos que servem de vetores. As rickettsias são bactérias com parasitismo intracelular obrigatório. São estruturalmente semelhantes a bactérias gram-negativas, extremamente pequenas, com aproximadamente 0,25 mm de diâmetro, formando cocobacilos normalmente corados
hospedeiro. A energia do parasito, portanto, é proveniente em grande parte de ATP do hospedeiro.
com Giemsa e fracamente corados por Gram. Podem estar agrupados em pares, em cadeias ou isolados. Com exceção da Rickettsia prowazekii, causadora de tifo, não apresentam flagelos. A maioria das espécies é encontrada somente no citoplasma das células hospedeiras, mas aquelas causadoras da febre maculosa multiplicam-se no núcleo e saem para o
Nesta classificação a Ordem das Rickettsiales está inclusa no Filo das Proteobacterias, classe das Alphaproteobacterias. A divisão em tribos, que era comumente utilizada, foi abandonada. A família Anaplasmataceae foi novamente retirada e os gêneros pertencentes a ela (Aegyptianella, Anaplasma, Ehrlichia e Neorickettsia ) foram inclusas na Família Ehrlichiaceae. O gênero Cowdria foi abolido e
citoplasma. O envelope típico consiste de 3 camadas. Uma membrana citoplasmática mais interna, uma parede celular rígida e uma externa com composição química típica de membrana e com aspecto trilaminar. A parede celular é quimicamente similar a dos Gram negativos e possuem invaginações intracitoplasmáticas. O citoplasma possui ribossomos.
sua única espécie a Cowdria ruminantum foi reclassificada como pertencente ao gênero Ehrlichia . Os gêneros Eperythrozoon e Haemobartonella passam a família Mycoplasmataceae.
CLASSIFICAÇÃO: A mais recente se encontra na 10ª Edição do Bergey´s Manual of Sistematic Bacteriology , escrito por Garrity, Winters, Kuo e Searles, e foi publicado em 2002.
FAMÍLIA Ehrlichiaceae
GÊNERO Ehrlichia
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Rickettsias
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HOSPEDEIROS: Cães e gatos (muito raro) INVERTEBRADO: Carrapato Rhipicephalus sanguineus . HOSPEDEIRO
LOCALIZAÇÃO: Organismos encontrados nos leucócitos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: São bactérias intracelulares obrigatórias dos leucócitos (monócitos e polimorfonucleares) ou trombócitos.
a 5 dias, com a formação do corpo inicial; e (3) formação das mórulas, sendo estas constituídas por um conjunto de corpos elementares envoltos por uma membrana. O cão é infectante apenas na fase aguda da doença, quando existe uma quantidade importante de hemoparasitas no sangue. O carrapato poderá permanecer infectante por um período de aproximadamente um ano, visto que a infecção poderá ocorrer em qualquer estado do ciclo.
CICLO BIOLÓGICO: O vetor de maior importância na transmissão da enfermidade é o carrapato, mais especificamente, o Rhipicephalus sanguineus . No carrapato, a E. canis se multiplica nos hemócitos e nas células da glândula salivar,
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: A Ehrlichiose apresenta sinais inespecíficos sendo que há 3 fases da doença que pode ser fatal se não tratada. Na fase aguda que ocorre após um período de incubação que varia entre 8 e 20 dias e perdura por 2 a 4 semanas o animal apresenta hipertermia (39,5 - 41,5 oC), anorexia, perda de
propiciando, portanto, a transmissão transestadial. Em contra partida, a transmissão transovariana provavelmente não ocorre. A transmissão entre animais se faz pela inoculação de sangue proveniente de um cão contaminado para um cão sadio, pelo intermédio do carrapato. A infecção do cão sadio se dá no momento do repasto do carrapato infectado. Após um
peso e astenia. Menos freqüentemente observam-se outros sinais inespecíficos como febre, secreção nasal, anorexia, depressão, petéquias hemorrágicas, epistaxis, hematúria, ou ainda edema de membros, vômitos, sinais pulmonares e insuficiência hepato-renal. Essa fase pode passar desapercebida pelo proprietário. Na fase sub-clínica é geralmente assintomática,
período de incubação de 8 a 20 dias, o agente se multiplica nos órgãos do sistema mononuclear fagocítico (fígado, baço e linfonodos). O ciclo da Ehrlichia é constituído de três fases principais: (1) penetração dos corpos elementares nos monócitos, onde permanecem em crescimento por aproximadamente 2 dias; (2) multiplicação do agente, por um período de 3
podendo ser encontradas algumas complicações como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas Ocasionalmente, observa-se hifema, hemorragia sub-retinal, uveíte, descolamento de retina e cegueira . A fase crônica da erliquiose assume as características de uma doença auto imune. Geralmente nesta fase o animal tem os mesmos
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Rickettsias
______________________________________________________________________________________________
sinais da fase aguda porém atenuados, encontrando-se apático, caquético e com
que o torna uma peça útil para a elaboração do diagnóstico.
susceptibilidade aumentada a infecções secundárias, em conseqüência do comprometimento imunológico.
Um outro teste bastante simples e disponível, é o teste de Immunocomb, que se baseia na detecção de anticorpos IgG contra Erlichia canis no soro. Este teste é muito útil no monitoramento dos níveis de anticorpos, principalmente nas fases sub-clínica e crônica, onde é muito difícil o encontro da E. canis em esfregaço sanguíneo. É também útil no monitoramento dos níveis de anticorpos pós
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico laboratorial consiste na observação de E. canis em esfregaços de sangue do cão infectado, ou em decalques dos órgãos alvo. Pode-se ainda realizar o diagnóstico por imunofluorescência indireta, que constitui um método sensível e muito específico, permitindo o diagnóstico preciso da erliquiose. A trombocitopenia presente no quadro clínico não permite que se confirme o diagnóstico da doença, mas em áreas sabidamente endêmicas, a erliquiose dever ser considerada como a primeira suspeita. A confirmação do diagnóstico
tratamento.
pode ser reforçada se for encontrado hipoalbuminemia e hiperglobulinemia associado a trombocitopenia. A técnica de PCR (polymerase chain reaction), permite um diagnóstico rápido e com sensibilidade semelhante a outras técnicas, o
acaricidas ambientais e de uso tópico são eficazes desde que seja realizado o manejo correto. Todo animal que entre em uma propriedade ou canil, deve ser mantido em quarentena e tratado para carrapatos. Caso seja positivo para Ehrlichia , deverá ser tratado antes de ingressar na criação. Nas áreas endêmicas, o fluxo de cães deve ser
PROFILAXIA: A prevenção da doença tem um caráter de suma importância nos canis e no locais de grande concentração de animais. Devido a inexistência de vacina contra esta enfermidade, a prevenção é realizada através do controle do vetor da doença: o carrapato. Para tanto, produtos
mínimo e quando ocorrer, recomenda-se tratar o animal com doxiciclina por um período de 1 mês.
GÊNERO Anaplasma Figura 153. Corpúsculo de Ehrlichia em neutrófilo segmentado.
ESPÉCIES: -A. centrale
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Rickettsias
______________________________________________________________________________________________ -A. marginale
até 70% dos eritrócitos sanguíneos em uma semana após o período de incubação. A doença
HOSPEDEIROS: Bovinos
aparece clinicamente após o dia 40 após o contato com o carrapato contaminado. Não há hemoglobinúria, pois as hemácias são destruídas no baço e fígado e não na corrente sanguínea.
HOSPEDEIRO
INVERTEBRADO: Carrapato
Boophilus sanguineus.
LOCALIZAÇÃO: Organismos encontrados nos eritrócitos. CICLO BIOLÓGICO: A transmissão é feita por carrapatos ou mecânica, por meio de seringas hipodérmicas ou instrumentos cirúrgicos contaminados. No sangue, o organismo penetra no eritrócito, forma um vacúolo e divide-se por divisão binária, formando um corpúsculo de inclusão. Saem das hemácias e penetram em outras promovendo uma intensa anemia.Os eritrócitos parasitados são ingeridos pelo carrapato e
PROFILAXIA: -Tratamento dos animais para que não fiquem portadores. -Premunição dos animais suscetíveis com sangue de animais portadores. -Evitar que os animais adquiram carrapatos antes da premunição. -Combater o superparasitismo pelo emprego de banhos carrapaticidas. -Esterilizar os fômites.
transmitidos para outros bovinos, ou através de utilização entre os animais de material contaminado como seringas e/ou material cirúrgico. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Quatro semanas DIAGNÓSTICO: Presença de organismos pequenos e redondos de cor vermelha - escura no interior dos eritrócitos em esfregaço sanguíneo corado com Giemsa. Testes de fixação de complemento, aglutinação e imunofluorescência indireta.
Figura 154. Corpúsculos Anaplasma nas hemácias.
de
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Produz uma reação febril aguda, acompanhada por grave anemia hemolítica que pode destruir _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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CAPÍTULO V
Helmintos
____________________________________________________________________________________
HELMINTOLOGIA - Metazoários
- NEMATHELMINTOS: vermes redondos, com parede do corpo chamada de cutícula. - PLATHELMINTOS: vermes achatados, com parede do corpo chamada de tegumento. - ACANTOCEPHALA: Cabeça em forma de espinho. FILO PLATHELMINTOS (Platy = achatados)
- Vermes achatados dorso-ventralmente. - Hermafroditas. - Simetria bilateral. - Não possuem esqueleto. - Tubo digestivo incompleto. - Não possui cavidade corpórea, mas sim parênquima. - São divididos em: -Classe Trematoda, com subclasses Digenea e Monogenea**. -Classe Cestoda.
**Monogenea:
Helmintos
ectoparasitas
de
peixes, mais especificamente de brânquias, que dificultam a respiração. Fazem ciclo direto, ou seja, são monoxenos.
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Trematóides ______________________________________________________________________________________________
PARTE I
Trematóides
____________________________________________________________________________________ CLASSE TREMATODA (trematoda = furos)
sempre um molusco e o segundo, um peixe ou crustáceo.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Formato semelhante a uma folha. - Não são segmentados. - Tubo digestivo sem ânus (metabólitos excretados pela boca).
CICLO EVOLUTIVO GERAL DOS TREMATÓDEOS: Os ovos que saem nas fezes (em alguns casos podem sair via oral) geram indivíduos
- Ceco termina em fundo de saco. - Presença de glândulas vitelínicas (produzem vitelo, matéria necessária para formação do ovo). - Possui ventosas oral, ventral (ou acetábulo) e genital (ou gonotil) para fixação no hospedeiro e movimentação sobre o mesmo. - Revestimento externo (tegumento) resistente. Possui músculos sobre a lâmina basal que
(embriões) ciliados chamados miracídios. Estes, possuem glândulas que produzem substâncias que, associadas à condições ambientais, abrem o opérculo do ovo por onde sai o miracídio e passa para o meio aquático, necessário para sua sobrevivência. Ele nada até atingir o hospedeiro intermediário, que geralmente é um molusco - aquático ou terrestre onde penetra nas partes moles, perde os cílios e
mantém a forma do parasito. BIOLOGIA: - Sistema excretor com tubos pronefridiais, vesícula excretora e células excretoras (células flama), com cílios para filtração. - Sistema reprodutor masculino com testículos, canais eferentes, canal deferente e bolsa do cirro com vesícula seminal, glândulas
passa a ser chamado de esporocisto (o miracídio já apresenta cone cefálico e vive no máximo 24 horas). O esporocisto divide –se inúmeras vezes no hepatopâncreas do molusco originando milhares de formas infectantes, que saem pelas partes moles e infectam o ambiente. * O esporocisto pode ter uma ou duas gerações. Quando de 1ª geração forma-se a rédia (também no hospedeiro intermediário) a qual vai
prostáticas, o órgão peniano que é chamado de cirro e um poro genital. - Sistema reprodutor feminino com ovário, reservatório seminal, canal de laurer, reservatório vitelínico, oótipo, glândulas de mehlis, poro genital e alças uterinas. - Heteroxenos podendo apresentar até três hospedeiros intermediários. O primeiro HI é
originar várias cercárias, que possuem cauda saem do molusco e se fixam na vegetação passando a serem chamadas de metacercárias , (possuem uma proteção cística e são as formas infectantes) cercária sem a cauda, que podem estar no segundo hospedeiro intermediário ou não). Quando de 2ª geração não há fase de rédia.
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Trematóides ______________________________________________________________________________________________
CONTROLE: -Combater os moluscos. -Tratar os animais CLASSE TREMATODA SUBCLASSE DIGENEA - Aparelho genital masculino e feminino no mesmo indivíduo. - Necessitam de dois hospedeiros.
Figura 156. Ovo de Fasciola hepatica .
ORDEM GASTEROSTOMATA
CARACTERÍSTICAS:
- Boca que se abre dentro de uma ventosa oral (anterior).
- Adultos grandes e achatados dorsoventralmente. - Acetábulo bem desenvolvido (ventosa ventral). - Bolsa do cirro bem desenvolvida.
SUBORDEM DISTOMATA SUPERFAMÍLIA FASCILOIDEA
GÊNERO Fasciola CARACTERÍSTICAS: - Presença ou ausência de bolsa do cirro e acetábulo terminal. - Genitália ramificada. I - FAMÍLIA FASCIOLIDAE
ESPÉCIE Fasciola hepatica HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos e ovinos (pode parasitar eqüídeos, bubalinos e humanos). HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Molusco aquático - Lymnaea viatrix (região Sul) e Lymnaea columela (região Sudeste). LOCAL: Ductos biliares.
Figura 155. Adultos de Fasciola hepatica.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Cone cefálico, que é uma projeção anterior do corpo onde fica a abertura da ventosa oral. - Corpo muito grande em relação aos outros trematódeos, com espinhos no tegumento. - Só se distingue ovário e testículos pela localização.
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Trematóides ______________________________________________________________________________________________
- Ovos com 150 µm amarelados pela bile.
intestinal e caem na cavidade peritonial perfurando o peritônio visceral do fígado e neste
CICLO BIOLÓGICO: Os ovos saem nas fezes do hospedeiro definitivo e as chuvas os arrastam até os riachos onde são liberados os miracídios que migram e penetram ativamente na partes moles dos moluscos, formando então os esporocistos, que migram para a região pré-cordial e se transformam em rédia I. Se o meio for favorável ele vira logo cercária, mas se não, como no
local migram até quatro meses, depois vão aos ductos biliares onde ficam adultos, se alimentam de sangue e após oito semanas da infecção já eliminam ovos. PPP - 3 a 4 meses
caso de uma estiagem prolongada, o molusco se afunda na lama e só quando o meio se torna favorável é que seu metabolismo volta ao normal e a rédia se torna cercária. Essas são semelhantes aos adultos e já apresentam cauda, saindo pelas partes moles do molusco e caindo na água. Dirigem-se então para o talo submerso do capim da várzea onde se fixam, perdem a cauda e passam a metacercária que
alimentos porque é passível de parasitar humanos (zoonose).
possui uma substância cimentante que evita a desidratação e aí sobrevive por anos. Quando há estiagem, a lâmina dos rios desce e elas ficam expostas, e assim são ingeridas pelos hospedeiros definitivos ao pastorear. No tubo digestivo desses animais as metacercárias perdem as carapaças de proteção e passam a ser formas jovens que penetram na mucosa
haver calcificação dos ductos biliares. - Provoca perdas na produção animal e mortes muitas vezes pela migração das formas jovens, sendo que por isso, o exame de fezes é negativo, pois ainda não há eliminação de ovos.
IMPORTÂNCIA EM HIGIENE E SAÚDE PÚBLICA: - Observar a proveniência das verduras e outros
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: - As formas jovens migram no parênquima hepático destruindo-o. É a fase aguda da doença. - Os adultos provocam espoliação nos ductos biliares e na forma crônica da doença pode
II - FAMÍLIA DICROCOELIIDAE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Posição anterior do ovário e testículo em relação ao útero. - Ceco mediano retilíneo. - Glândulas vitelínicas medianas ao corpo do parasito.
GÊNERO Eurytrema ESPÉCIE Eurytrema pancreaticum Figura 157. Cercaria de Fasciola . _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Trematóides ______________________________________________________________________________________________
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos.
digestiva, esporocisto II. Formam-se então as cercárias (que saem do molusco com um muco) e essas se aderem ao talo do capim, que é ingerido pelo gafanhoto. As cercárias atravessam o tubo digestivo e passam a metacercárias na cavidade celomática do gafanhoto, que é ingerido acidentalmente pelo hospedeiro definitivo ao pastorear e as metacercárias passam do intestino e vão se localizar nos ductos pancreáticos, onde se tornam adultos.
Figura 158. Eurytrema pancreaticum adultos.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Cecos
Testículos Ovários
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: 1-Moluscos terrestres: Bradybaena similaris (caracol). 2-Gafanhoto: Conocephalus sp.
Útero
LOCAL: Ductos pancreáticos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Corpo grande. - Ventosa oral grande. - Esôfago curto. - Testículos bem separados e na mesma zona (mesmo plano horizontal). - Ovário posterior aos testículos. - Cecos que não vão ao terço mediano do corpo. - Acetábulo mediano. CICLO BIOLÓGICO: Os ovos saem nas fezes do hospedeiro definitivo e os moluscos ingerem esses ovos que liberam o miracídio no seu intestino. Na cavidade celomática forma-se esporocisto I e na
Figura 159. Adulto de Eurytrema sp. Apesar da destruição dos ductos pancreáticos é questionada a sua ação tendo em vista que o animal não exterioriza a doença. SUBORDEM AMPHISTOMATA SUPERFAMÍLIA PARAMPHISTOMATOIDEA CARACTERÍSTICAS - Acetábulo terminal ou subterminal. - Não são achatados e têm formato de pêra. FAMÍLIA PARAMPHISTOMATIDAE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
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Trematóides ______________________________________________________________________________________________
- Testículos na mesma zona. - Porte médio à grande.
vegetação para se encistarem (quando em forma de cisto são chamadas metacercárias). O hospedeiro definitivo ingere as metacercárias ao pastorear e a membrana cística da metacercária se rompe liberando formas jovens do trematoda que se fixam na porção inicial do intestino delgado e rúmem. São mais patogênicos no
1 - GÊNERO Paramphistomum ESPÉCIE Paramphistomum cervi HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: aquático: Lymnaidae e Planorbidae.
Molusco
\A
O Figura 161. Paramphistomum mostrando A – acetábulo ou ventosa ventral e O - Ventosa oral. intestino delgado que no rúmem.
Figura 160. Adultos de Paramphistomum LOCAL: Rúmem. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Não apresenta ventosa genital.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Os parasitos produzem diarréias fétidas e escuras e o animal fica muito debilitado. SUBORDEM STREGEATA SUPERFAMÍLIA SCHISTOSOMATOIDEA FAMÍLIA SCHISTOSOMATIDAE
CICLO BIOLÓGICO: Os ovos saem nas fezes e liberam no meio ambiente o miracídio que vai à água penetrar no hospedeiro intermediário (molusco), no hepatopâncreas deste, passa a esporocisto I. Após, surgem as rédias que originam cercárias e essas saem pelas partes moles do hospedeiro intermediário e na água procuram uma
GÊNERO Schistosoma ESPÉCIE Schistosoma mansoni Schisto- fenda / soma- corpo HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem.
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Trematóides ______________________________________________________________________________________________
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: aquático Biomphalaria e Planorbis.
Molusco
LOCAL: Veias mesentéricas e hepáticas. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Possui dimorfismo sexual. - Fêmea filariforme fica dentro do canal ginecóforo do macho. - Macho mais grosso, com ventosas oral e ventral (em torno de 1 cm de comprimento).
ambiente aquático migram ativamente até penetrarem na pele íntegra do hospedeiro definitivo. Esse também pode se infectar bebendo água contaminada. A furcocercária no tubo digestivo perde a cauda, passa a adulto jovem que se diferencia em macho e fêmea e pela circulação vai às veias mesentéricas e intra-hepáticas.
Figura 163. Molusco Biomphalaria sp. PERÍODO PRÉ-PATENTE: 2,5 a 3 meses.
Figura 162. Macho (maior) e fêmea de Schistosoma sp. CICLO BIOLÓGICO Após a cópula a fêmea migra para ramos menores das mesentéricas e lá fazem a postura. Os ovos possuem um espinho e uma substância
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Algumas espécies ocorrem em roedores e bovinos e suspeita-se que eles atuem como hospedeiros alternativos mantendo parasitos. IMPORTÂNCIA EM HIGIENE e SAÚDE PÚBLICA: É importante o tratamento de fontes de água
irritante da mucosa e por isso ele consegue chegar ao tubo digestivo e assim sair nas fezes. Quando isso ocorre no ambiente aquático, o miracídio penetra ativamente no hospedeiro intermediário (molusco) indo ao hepatopâncreas para formar esporocisto de 1ª geração e depois de 2ª geração e ainda cercárias (furcocercárias). Estas apresentam uma cauda bífida, saem do hospedeiro intermediário e no _____________________________________________________________________________________________ Figura 164. Ovo de Schistosoma sp. 100X Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Trematóides ______________________________________________________________________________________________
natural, pois a água é o meio de infecção tanto para hospedeiro definitivo como para hospedeiro intermediário. No homem, os sintomas são: diarréia sanguinolenta e com muco, anorexia, sede anemia. PROFILAXIA: Identificar os meses de população máxima de caramujos pela temperatura, não deixando que os bovinos fiquem expostos a extensões de água contaminada nessas ocasiões
.
Figura 165. Furcocercária de Schistosoma sp.
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Cestóides
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PARTE II
Cestóides
____________________________________________________________________________________ CLASSE CESTODA
perfusão).
CARACTERÍSTICAS GERAIS: - Apresentam formato de fita. - Têm corpo segmentado dividido em escólex (para fixação), colo e estróbilo (corpo que é dividido em proglotes).
FORMAS DE ESCÓLEX: - Triangular. - Afilado. - Globoso. - Com rostelo e ventosas sem ganchos.
- Hermafroditas. - Tamanho de corpo varia com o gênero de cestóide (de mm a metros). - Obrigatoriamente parasitos de animais. - As formas adultas localizam-se no trato digestivo. - Necessitam pelo menos um hospedeiro intermediário para completar o ciclo biológico. - Sistema digestivo ausente (alimenta-se por
- Com rostelo e ventosas com ganchos.
Escólex
FORMAS DE PROGLOTES: 1-Jovem: Não se vê estruturas de reprodução. 2-Maduro: Podem ser mais largos do que longos ou o contrário, o aparelho genital pode ser simples ou duplo e ainda pode haver três testículos ou mais no mesmo proglote. O aparelho genital é constituído de ovários lobulados com um útero em forma de saco entre eles e glândulas vitelínicas abaixo, testículos espalhados na proglote, bolsa do cirro, canal deferente e o átrio genital.
Colo
Estróbilo
Figura 166. Divisão do corpo de um cestóide.
Figura 167. Cápsula ovígera contendo ovos com embrião no seu interior.
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3-Grávido: podem ser mais largos do que longos ou o contrário, podem ter útero transversal com saculações horizontais ou útero horizontal com saculações transversais e ainda podem apresentar cápsulas ovígeras com ovos no seu interior contendo um embrião hexacantor. Cysticercus
TIPOS LARVARES: 1-CYSTICERCUS: vesícula semitranslúcida que apresenta no seu interior um escólex, que está invaginado e que pode apresentar rostelo com ganchos ou não. Nesse tipo larvar o hospedeiro intermediário é vertebrado.Tamanho: 1 a 2 cm. 2-ESTROBILOCERCUS: Vesícula semitranslúcida que apresenta um escólex evaginado, ou seja, um pescoço longo e pseudo-segmentado. Nesse tipo larvar o hospedeiro intermediário é vertebrado. 3-COENURUS: Vesícula que apresenta no seu interior vários escólex invaginantes. Nesse tipo larvar o hospedeiro intermediário é vertebrado. 4-CYSTICERCÓIDE: Vesícula rígida com escólex invaginado. Nesse tipo larvar o hospedeiro intermediário é invertebrado. ESPÉCIE
Figura 168. Forma larval cysticercus no
5-CISTO HIDÁTICO: Vesícula maior que o Cysticercus que apresenta no seu interior vesículas filhas com escólex ou escólex soltos e a esse conjunto se dá o nome de areia hidática. No seu envoltório há uma membrana composta de proteínas, um epitélio germinativo e uma camada de reação do hospedeiro à presença da forma larvar. Nesse caso o hospedeiro intermediário é vertebrado. SUBCLASSE EUCESTODA ORDEM CYCLOPHILIDEA CARACTERÍSTICAS -Quatro ventosas no escólex. -Fazem apólice (proglotes se desprendem e saem nas fezes).
Suíno
Cysticercus Cysticercus celullosae Musc. cardíaca e esquelética
Homem
Bovino
Cysticercus Cysticercus bovis
T. hydatigena
Cão
Ruminante, Suíno.
T. taeniformis
Felinos
Roedores
T. serialis
Cão
Coelho
T. pisiformis
Cão
Coelho
T. multiceps
Carnívoros
Herbívoros
T. saginata
TIPO LARVAR
NOME DA LARVA
HOSPEDEIRO DEFINITIVO Homem
T. solium
HI
1,5 cm
LOCALIZAÇÃO
Musc. cardíaca e esquelética
Cysticercus Cysticercus tenuicollis Serosas Estrobilocercus Cysticercus fasciolaris Fígado e cavid. abdominal Coenurus
Coenurus serialis
Cysticercus Cysticercus pisiformis Coenurus
Coenurus cerebralis
Tec.conjuntivo e serosas Serosas, cavidade peritonial cérebro
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SUPERFAMÍLIA TAINOIDEA FAMÍLIA TAENIIDAE
saem nas fezes para o meio ambiente. No meio ambiente ocorre a degradação das proglotes e
GÊNERO Taenia
liberação dos ovos que são dispersos pelo vento, aves, chuvas. O hospedeiro intermediário se contamina ingerindo os ovos em alimentos contaminados e pela ação da bile libera o embrião hexacantor de dentro do ovo que vai pela corrente sanguínea até a musculatura esquelética ou cardíaca, onde ocorre o desenvolvimento da forma larvar (cysticercus). O hospedeiro definitivo se contamina ingerindo
CARACTERÍSTICAS GERAIS: -Número de proglotes variável, muitos deles grávidos. -Aparelho genital simples. -Proglotes maduras mais largas do que altas. -Proglotes grávidas mais altas do que largas. -Todas as espécies apresentam rostelo com ganchos exceto T. saginata. -Testículos ocupando todo o parênquima interno * As formas adultas estão sempre no hospedeiro definitivo e as formas larvares sempre no hospedeiro intermediário.
carne crua ou mal cozida (ou vísceras) do hospedeiro intermediário. No tubo digestivo do hospedeiro definitivo ocorre a evaginação do escólex e se fixa a mucosa do intestino delgado.
CICLO BIOLÓGICO GERAL: No intestino delgado do hospedeiro definitivo ocorre a fecundação das proglotes maduras
1 - ESPÉCIE T. solium HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem. HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Suínos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
gerando proglotes grávidas que se destacam e
- Útero com até 14 ramificações.
Figura 169 . Ciclo biológico da T. solium e T. saginata parasita do intestino delgado de humanos. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Ventosa Coroa de ganchos
Figura 170. Cysticercus removido do tecido e corado. Observar a coroa de ganchos e ventosas.
Figura 171. T. saginata um parasita do intestino delgado de humanos.
- Cabeça com rostelo de ganchos. - Adulto mede em torno de 3 metros de comprimento com 800 a 1000 proglotes.
- Útero com 15 a 35 ramificações. - Cabeça sem rostelo de ganchos. - Mede em torno de 8 metros e possui mais de 1000 proglotes.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
O homem pode se tornar o próprio hospedeiro intermediário se ingerir acidentalmente os ovos. A forma larvar, pela circulação vai se encaminhar para os olhos, cérebro e tecido subcutâneo podendo levar a alterações patológicas como cegueira, nódulos no olho, transtornos neurológicos. Nos suínos infectados com cisticercos os sinais clínicos são inaparentes.
A presença da forma larvar na musculatura do animal leva a liberação parcial da carcaça ou até seu descarte total, ou seja, têm importância econômica grande já que é significativo em certas regiões do Brasil.
IMP.HIGIENE E SAÚDE PÚBLICA: A defecação de seres humanos fora do vaso sanitário leva a disseminação dos ovos. 2 - ESPÉCIE T. saginata HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem. HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Bovinos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
CONTROLE: -Congelamento da carne a – 5 Co por 4 dias. -Cozimento da carne. -Sistema eficiente de esgotos. 3 - ESPÉCIE T. hydatigena HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão. HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Ruminantes e suínos.
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Figura 173. Ovos de Taeniidae. Figura 172. Cysticercus tenuicollis , forma larval da T. hydatigena.
OBS: A forma larval é o Cysticercus tenuicollis, vulgarmente conhecido como “bolha d'água”. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Nos hospedeiros intermediários leva ao descarte de vísceras com as formas infectantes. 4 - ESPÉCIE T. taeniformis HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Felinos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Roedores. IMP.MED.VET: A forma larvar determina achados clínicos e patológicos no fígado de roedores.
O verme adulto de quase 100 cm é encontrado no cão onde coloca seus ovos que vão ao meio ambiente com as fezes. O ovino ingere com a pastagem os ovos contendo a oncosfera que é liberada e transportada pelo sangue ao cérebro ou medula espinhal onde desenvolve o estágio larval chamado de Coenurus cerebralis. Este, é um grande cisto (5 cm) cheio de líquido que apresenta vários escólex na sua parede. E conforme vai desenvolvendo-se vão aparecendo os sintomas clínicos no ovino como andar em círculos, alterações na postura, defeitos visuais, paraplegias. PPP: 8 meses
5- ESPÉCIE Taenia multiceps
GÊNERO Echinococcus HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão e canídeos selvagens. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Ruminantes, principalmente ovinos.
ESPÉCIE Echinococcus granulosus HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão.
IMP. MED. VET: _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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FORMA ADULTA: -Escólex e rostelo com ganchos.
Figura 174. Areia hidática retirada do interior do cisto hidático. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Animais ungulados e homem. LOCAL: Forma larvar no cérebro, fígado e pulmão. Forma adulta no intestino de cães (permanece por 5 a 6 meses).
-Apresenta no máximo cinco proglotes. -É quase invisível a olho nu pelo seu pequeno tamanho (5 mm). CICLO BIOLÓGICO: O hospedeiro definitivo infecta-se ao ingerir vísceras do hospedeiro intermediário contendo o cisto hidático (forma larval). As larvas originam adultos no tubo digestivo do cão. As proglotes grávidas cheias de ovos se destacam e vão ao meio ambiente com as fezes. Neste, os ovos se disseminam e o hospedeiro intermediário infecta-se ingerindo os ovos nas pastagens ou em alimentos contaminados que dão origem às larvas hexacantor que pelo sistema porta vão ao fígado ou pela circulação vão ao pulmão e cérebro. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA:
VIABILIDADE DOS OVOS: 21 dias FORMA LARVAR: Cisto hidático. CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS
Figura 175. Adulto de Echinococcus granulosus 100X.
DA
A forma larvar no hospedeiro intermediário pode levar a obstrução de canais respiratórios, distúrbios no fígado (cirrose), cérebro e pulmão. E se o cisto hidático se romper no hospedeiro intermediário esse pode morrer de choque, pois
Figura 176. Cisto hidático em fígado de ruminante. Observar a parede do cisto com várias vesículas filhas.
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foram liberados vesículas filhas e escólex.
da forma larvar e o hospedeiro definitivo se infecta ingerindo o hospedeiro intermediário. No
FAMÍLIA DAVAINEIDAE GÊNERO Davainea
tubo digestivo do hospedeiro definitivo as formas larvares se fixam no intestino delgado e desenvolvem-se até adultos, onde acabam o desenvolvimento do seu ciclo biológico.
ESPÉCIE Davainea proglotina HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Galináceos. HOSPEDEIRO terrestres.
INTERMEDIÁRIO:
Moluscos
LOCAL: Forma adulta no duodeno.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: É um parasito bastante patogênico e as infecções podem levar a quadros de inflamação intestinal nas aves levando a queda de produção (ganho de peso) gerando sérios prejuízos econômicos.
FORMA LARVAR: Cisticercóide.
GÊNERO Raillietina CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS FORMA ADULTA: -Corpo com poucas proglotes. -Aparelho genital simples. -Ventosas com ganchos no escólex.
DA
-Poro genital alterna o lado nas proglotes. -Cápsulas ovígeras com um ovo no seu interior.
ESPÉCIE Railletina tetragona Railletina cisticillus Railletina echinobothrida
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Galináceos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: terrestres, formigas e moscas.
Moluscos
LOCAL: Forma adulta no duodeno. FORMA LARVAR: Cisticercóide.
Figura 177. Adulto de Davainea proglotina.
CICLO BIOLÓGICO: As proglotes grávidas vão ao meio ambiente com as fezes e o molusco ingere os ovos. No corpo desse molusco ocorre o desenvolvimento
Figura 178. Ovo de Raillietina
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CARACTERÍSTICAS FORMA ADULTA:
MORFOLÓGICAS
DA
- Proglotes em formato de trapézio. -Cápsulas ovígeras contendo de 6 a 18 ovos. -Pode ou não apresentar rostelo. -Não se vê genitália.
-Corpo com muitas proglotes. -Presença de ventosas sem ganchos. -Proglotes grávidas com cápsulas ovígeras contendo ovos. SUBFAMÍLIA DILEPIDINAE
GÊNERO Dipylidium CICLO BIOLÓGICO: As proglotes grávidas vão ao meio ambiente com as fezes e o molusco ingere os ovos. No corpo desse molusco ocorre o desenvolvimento
ESPÉCIE Dipylidium caninum
da forma larvar e o hospedeiro definitivo se infecta ingerindo o hospedeiro intermediário. No tubo digestivo do hospedeiro definitivo as formas larvares se fixam no intestino delgado e desenvolvem-se até adultos.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Pulgas (Ctenocephalides felis e C. canis ) e piolho (Trichodectes canis ).
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: As infecções podem levar a menor produtividade do plantel, menor ganho de peso e
FORMA LARVAR: Cisticercóide.
conseqüentemente perdas econômicas.
FORMA ADULTA: -Aparelho genital duplo. -Proglotes com laterais dilatadas.
FAMÍLIA DILEPIDIDAE -Presença de rostelo retrátil com ganchos.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão.
LOCAL: Forma adulta no duodeno.
CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS
DA
CICLO BIOLÓGICO: O cão infecta-se ao se coçar e lamber, quando acidentalmente ingere a pulga contendo
Figura 179. Adulto de Dipylidium caninum
Figura 180. Cápsula ovigera de Dipilydium contendo ovos
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cisticercóide no seu interior. No intestino delgado esse hospedeiro intermediário é digerido e há liberação da forma larvar cisticercóide, o escólex se evagina, se desenvolvem as proglotes e mais tarde as proglotes grávidas saem nas fezes. O hospedeiro intermediário se infecta ingerindo as cápsulas ovígeras com os ovos ou com os ovos e na cavidade celomática a larva se desenvolve.
Figura 181. Ciclo de Dipylidium caninum IMP.MED.VET: Há uma incidência grande em criações de cães. As proglotes ativas saem pelo ânus causando um prurido muito grande o que leva muitas vezes o cão a arrastar o traseiro no chão. Em casos de altas infecções pode ocorrer inflamação intestinal, diarréia e cólica.
GÊNERO Amoebotaenia
ESPÉCIE Amoebotaenia sphenoides HOSPEDEIRO domésticos.
DEFINITIVO:
Galináceos
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Minhoca. LOCAL: Forma adulta no duodeno.
FORMA LARVAR: Cisticercóide. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA FORMA ADULTA: -Corpo com poucas proglotes (máximo 13). -Proglotes mais largas do que altas. -Aparelho genital simples. -Rostelo com ganchos e ventosas sem ganchos. -Cápsulas ovígeras contendo ovos.
CICLO BIOLÓGICO: O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir o hospedeiro intermediário que contém a forma larvar. No tubo digestivo do hospedeiro definitivo ela se fixa no intestino delgado e desenvolve-se eliminando mais tarde, as proglotes grávidas que saem nas fezes. No ambiente o hospedeiro intermediário ingere os ovos que originam a forma larvar. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: A importância é nas criações extensivas onde as aves ficam em contato direto com o chão e conseqüentemente com minhocas. Em infecções elevadíssimas leva a alterações como gastrenterite, queda no desenvolvimento das aves e da produção. FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE (Anoplo- desarmado/ cephalidae- cabeça) CARACTERÍSTICAS -Escólex globoso com ventosas bem visíveis e sem ganchos. -Sem rostelo. -Útero no plano horizontal com saculações verticais.
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ESPËCIE Anoplocephala magna SUBFAMÍLIA ANOPLOCEPHALINAE
GÊNERO Anoplocephala
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Oribatídeos (ácaros cryptostigmata).
ESPËCIE Anoplocephala perfoliata
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: oribatídeos = ácaros cryptostigmata).
Ácaros
LOCAL: Forma adulta no intestino delgado e grosso.
LOCAL: forma adulta no intestino delgado e grosso. FORMA LARVAR: cisticercóide. CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: -Estróbilo se destaca. -Corpo maior. -Não apresenta projeções digitiformes. -Ventosas que “olham” para cima. -Não se vê estruturas internas. -Proglotes empilhadas.
Projeções digitiformes
Figura 182. Porção anterior de A. perfoliata
FORMA LARVAR: Cisticercóide. CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: -Estróbilo não se destaca. -Ventosas olham para as laterais. -Proglotes empilhadas. -Não se vêem estruturas internas. -2 pares de projeções digitiformes.
Figura 183. Anoplocephala magna.
GÊNERO Paranoplocephala ESPËCIE Paranoplocephala mamillana HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos.
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A
C
B
Figura 184. Ciclo biológico de Anoplocephalidae de eqüinos.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Oribatídeos
CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA:
(ácaros cryptostigmata).
-Fendas nas ventosas. -Ovário de um lado e testículos do outro. -Tamanho do corpo menor que Anoplocephala.
LOCAL: forma adulta no intestino delgado ou região pilórica do estômago. FORMA LARVAR: cisticercóide.
CICLO BIOLÓGICO GERAL: As proglotes grávidas se destacam e vão ao solo com as fezes (A) os ovos liberados são ingeridos por ácaros (B), no interior do ácaro se forma o cisticercóide. O ácaro é ingerido pelo eqüino há liberação do cisticercóide que fixa-se no intestino delgado tornando-se adulto (C). Um a dois meses após a ingestão de ácaros infectados com a forma larvar, os vermes adultos são encontrados no intestino dos eqüinos.
Figura 185. Ovo de
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Em infecções altas pode causar inflamação no
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Cestóides
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ponto de fixação do parasito (intestino delgado e grosso) causando obstrução intestinal e
FORMA LARVAR: cisticercóide.
raramente perfuração intestinal. Isso ocorre com mais intensidade em Anoplocephala perfoliata e quase não ocorre em Paranoplocephala mamillana.
CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: -Glândulas interproglotidianas espalhadas nas bordas das proglotes.
FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE
ESPÉCIE Moniezia benedeni HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes.
GÊNERO Moniezia CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: -Escólex com ventosas bem visíveis. -Pescoço fino e longo. -Aparelho genital duplo. -Atinge 4,5 a 6 metros. ESPÉCIE Moniezia expansa HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Oribatídeos (ácaros cryptostigmata). LOCAL: Forma adulta no intestino delgado. FORMA LARVAR: Cisticercóide. CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: -Glândulas interproglotidianas comprimidas no terço mediano das bordas das proglotes.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Oribatídeos (ácaros cryptostigmata). LOCAL: Forma adulta no intestino delgado.
CICLO EVOLUTIVO GERAL: As proglotes grávidas ou ovos são eliminados nas fezes e no pasto são ingeridos por ácaros e nesses se desenvolvem as formas larvares. O hospedeiro definitivo se contamina ingerindo
Escólex
Figura 186. Moniezia , anoplocephalidae de
Figura 187. Ovos de Moniezia.
_____________________________________________________________________________________________ ruminantes. Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Cestóides
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Figura 188. Ciclo biológico de Anoplocephalidae de ruminantes.
acidentalmente os ácaros nas pastagens. As formas adultas se fixam no intestino delgado
LOCAL: Forma adulta no ducto biliar e pancreático.
onde ocorre maturação e fecundação das proglotes.
FORMA LARVAR: Cisticercóide.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Embora sejam pouco patogênicos, em grandes infecções de cordeiros jovens pode levar a redução do peso corporal reduzindo assim a qualidade da lã.
CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: -Franjas na borda posterior de cada proglote. -Aparelho genital duplo.
SUBFAMÍLIA THYSANOSOMINAE
GÊNERO Thysanosoma ESPÉCIE Thysanosoma actinioides HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Ácaros.
Figura 189. Proglotes franjados de Th sanosoma
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Cestóides
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CICLO BIOLÓGICO: As proglotes grávidas são eliminadas nas fezes
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA: A infecção leva a obstrução do ducto biliar
onde ocorre a liberação dos ovos. No pasto são ingeridos por ácaros e nesses se desenvolvem as formas larvares (cisticercóides). O hospedeiro definitivo contamina-se ingerindo acidentalmente os ácaros nas pastagens. As formas larvares vão via corrente sanguínea ao ducto biliar e pancreático, onde ocorre o desenvolvimento, maturação e fecundação das proglotes.
levando a icterícia e até colangite.
Figura 190. Thysanosoma actinioides adulto.
Figura 191. Ovos de Thysanosoma sp. Fora da cápsula ovígera.
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Nematóides
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CLASS NEMATO
FILO NEMATHELMINTHES ORDEM STRONGYLIDA FAMILIA STRONGYLIDAE Strongylus
ORDEM
ORDEM
ORDEM
OXYURIDA
ASCARIDIDA
SPIRURIDA
FAMÍLIA OXYURIDAE
FAMÍLIA ASCARIDIIDAE
FAMÍLIA PHYSALOPTERIDAE
Oxyuris Passalurus Syphacia
Ascaridia
Physaloptera
FAMÍLIA HETERAKIDAE
FAMÍLIA THELAZIIDAE
FAMILIA SYNGAMIDAE Stephanurus Syngamus
Heterakis
FAMÍLIA ANCYLOSTOMATIDAE Ancylostoma Bunostomum
FAMÍLIA CHABERTIDAE Chabertia Oesophagostomum
FAMILIA TRICHOSTRONGYLIDAE Cooperia Ostertagia Teladorsagia Trichostrongylus Haemonchus
FAMÍLIA ASCARIDIDAE Ascaris Parascaris Toxascaris Toxocara
FAMÍLIA ACUARIIDAE
D
Thelazia Oxyspirura
FAMÍLIA SPIROCERCIDAE Ascarops Physocephalus Spirocerca
FAMÍLIA HABRONEMATIDAE Habronema
Cheilospirura Dispharynx
FAMÍLIA ONCHOCERCIDAE FAMÍLIA SUBULURIDAE Subulura
Dirofilaria Dipetalonema Onchocerca Setaria
FAMILIA DICTYOCAULIDAE Dictyocaulus Nematodirus
FAMILIA ANGIOSTRONGYLIDAE Aelurostrongylus Angiostrongylus
FAMILIA METASTRONGYLIDAE Metastrongylus
FAMILIA PROTOSTRONGYLIDAE Muellerius
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PARTE III
Nematóides
____________________________________________________________________________________ FILO NEMATHELMINTOS CLASSE NEMATODA CARACTERÍSTICAS - Vermes de corpo cilíndrico. - Simetria bilateral. - Dupla camada de membranas. - Músculos lisos segmentados
entre
as
membranas. - Pode apresentar cristas, espinhos ou asas (essas podem ser cefálicas, cervicais ou caudais). - Sistema digestivo completo (boca, vestíbulo oral, lábios, esôfago, faringe, intestino e ânus ou abertura anal). - Dimorfismo sexual (embora existam fêmeas partenogenéticas). TIPOS DE BOCAS, VESTÍBULOS ORAIS E LÁBIOS - Boca simples, com coroa franjada ou ainda com espinhos ou dentes (para hematófagos). - Vestíbulo oral simples, com lamelas ou com dentes. - Trilabiada, bilabiada ou com interlábios. TIPOS DE ESÔFAGO -Simples ou filariforme. -Oxiuriforme (com bulbo posterior). -Rabditiforme (com istmo e bulbo). -Com bulbo anterior. -Com dois bulbos. -Com divertículo.
Figura 192. Alguns exemplos de esôfago de nematóides. -Com abertura anal no final do corpo. -Com abertura anal no meio do corpo. SISTEMA GENITAL FEMININO: É composto por dois ovários, dois ovidutos, um útero, uma vagina e uma vulva. Quanto ao tipo de útero podem ser: 1.Opistodelfas: útero voltado para a parte posterior do corpo. 2.Prodelfas: útero voltado para a parte anterior do corpo. 3.Anfidelfas: útero dividido, sendo que os ovários ficam um para cada lado do corpo.
TIPOS DE INTESTINO _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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4.Mesodelfas: útero faz uma volta, onde os ovários quase se tocam. SISTEMA GENITAL MASCULINO: É composto por dois testículos, dois canais deferentes, um canal ejaculador, dois espículos
(que são estruturas quitinizadas para condução do sêmen à abertura genital e que podem ser simples, com ganchos ou ornamentados), um gubernáculo (que orienta os espículos durante a cópula) e 1 bolsa copuladora com raios bursais. Essa é dividida em troncos (para abraçar a fêmea): 1. Tronco ventral: dois troncos para cima. 2. Tronco lateral: três troncos para trás. 3. Tronco dorsal: três troncos para trás.
FORMA INFECTANTE PARA O HOSPEDEIRO A maioria dos nematóides infecta por L3. TIPOS DE OVOS 1. Simples. 2. Operculado. 3. Bioperculado. 4. Larvado. Figura 193. Estrutura de um macho de nematóide.
1
2
3
4
Figura 195. Tipos de ovos de nematóide.
Figura 194. Estrutura de uma fêmea de nematóide.
A casca apresenta três camadas: 1. Membrana de fertilização: responsável pela secreção da casca. É a parte mais interna. 2. Membrana lipoídica
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3. Membrana protéica: só aparece em alguns helmintos e esses ficam mais resistentes à
GÊNERO Strongyloides
condições ambientais ( ex: Ascarídeos). OBS: os ovos podem ser encontrados em fezes, urina e expectoração brônquica.
Strongy- redondo/ oides- forma
TIPOS DE FÊMEAS 1.Ovovivíparas: Postura de ovos com embrião ou larva formada (na hora da postura). 2.Ovíparas: Postura de ovos no 1° estágio (sem segmentação).
ESPÉCIE – Strongyloides sp.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: S. westeri : Eqüinos. S. ransomi: Suínos. S. papillosus: Bovinos. S. stercoralis : Homem, cão e gato. LOCAL: Intestino delgado
3.Vivíparas: fêmeas fazem postura de larvas. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: OBS: A resistência da larva é devido a sua cutícula. Em cada muda ela perde a cutícula e ganha outra, a não ser na passagem de L2 para L3, pois aí a L3 retém a cutícula da L2 ficando com duas e se tornando assim mais resistente às condições do meio ambiente. FORMAS DE INFECÇÃO -Picada de mosquito. -Ingestão de ovos. -Ingestão de larvas. -Ingestão do HI. -Infecção cutânea (penetração).
-Tamanho muito pequeno (♀ parasitas menores que 1 cm).
-Fêmeas partenogenéticas, com boca trilabiada, sem cápsula bucal e com esôfago claviforme. -Ovário e útero anfidelfos (alças p/ lados diferentes) e no 2° quarto do corpo. -Larvas com esôfago filariforme, ocupando um terço do tamanho do corpo. -Aparecem ovos por todo o corpo da fêmea. -Ovo larvado com 50 a 60 micras.
O desenvolvimento de L3 a adulto pode ser de várias formas: Alguns ficam no tubo digestivo e ali se desenvolvem; alguns se desenvolvem fixados à mucosa; e outros vão a circulação indo se desenvolver nos órgãos. ORDEM RHABDITIDA SUPERFAMÍLIA RHABDITOIDEA FAMÍLIA STRONGYLOIDIDAE Figura 196. Ovo larvado de Strongyloides. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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através da ingestão de alimentos contaminados aonde a L3 chega ao tubo digestivo e no intestino rompe a parede, passa para a circulação e repete o ciclo. Também pode haver contaminação placentária. 2 - Heterogômico ou indireto: Em condições ambientais ideais a L1 segue o caminho que dará origem a L3 (forma infectante) ou origina formas não infectantes, ou seja, L1, L2, L3, L4 e L5 que amadurecem, vão a adultos de vida livre e copulam gerando formas parasitárias (fêmeas partenogenéticas). PPP- 15 à 25 dias
Figura 197. Ciclo biológico de Strongyloides sp. OBS: Só as fêmeas partenogenéticas são parasitas. Essas são triplóides e possuem esôfago filariforme. Machos são haplóides e fêmeas de vida livre são diplóides e produzem indivíduos triplóides. Esses possuem esôfago rabditiforme (ocupa ¼ do corpo). CICLO BIOLÓGICO: 1 - Homogômico ou direto: Em condições ambientais favoráveis a L1 vai a L2 e L3 dentro ou fora do ovo. O hospedeiro definitivo se contamina através da penetração das larvas L3 na pele e essas ganham as arteríolas, coração, pulmão e nos bronquíolos a L3 passa a L4 e vai aos brônquios, traquéia, laringe, onde são deglutidas caem no tubo digestivo e passam a L5 (larvas jovens) desenvolvendo-se as fêmeas partenogenéticas. Outra forma de infecção é
IMP.MED.VET: Atingem exclusivamente animais jovens (primeiros meses de idade), podendo afetar fêmeas em lactação. A penetração das larvas na pele causa irritação, inflamação local e dermatite localizada (que pode ser purulenta), tudo depende do número de larvas e do local de penetração. A passagem pelo pulmão pode causar processos inflamatórios (pneumonia) e as formas adultas que estão nas vilosidades intestinais promovem a erosão destas provocando infecção e levando a enterite catarral, que apresenta muito catarro e muco. Pode gerar também aumento do peristaltismo intestinal provocando diarréia, má absorção alimentar, desidratação o que acarreta diminuição do desenvolvimento dos animais jovens. Em casos graves leva a morte do animal. Período pré-patente- 15- 25 dias.
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OBS: Utiliza-se para diagnóstico a técnica MACMASTER no caso de S. westeri, S.
-Macho com um espículo e asa caudal. -Ovos operculados, ovais e amarelados.
ransomi e S. papillosus. Já para diagnosticar S. stercoralis utiliza-se a técnica de BAERMAN que
procura larvas, pois os ovos são postos num estágio mais avançado. ORDEM OXYURIDA SUPERFAMÍLIA OXYUROIDEA FAMÍLIA OXYURIDAE -Boca trilabiada. -Esôfago oxyuriforme ou rabditiforme. Figura 199. Adulto de Oxyuris .
GÊNERO Oxyuris ESPÉCIE - Oxyuris equi HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. LOCAL: Intestino grosso CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho médio (♀ - 4 a 15 cm, ♂ - 0,9 a 1,2 cm).
.
CICLO BIOLÓGICO: A - Ovo com L3 é ingerido. B,C – Larva liberada no intestino. D – passa a L4 e L5 (adultos). E - Fêmea migra até o ânus onde deposita ovos
na região perianal cimentante.
com
uma substância
PPP = Quatro a cinco meses.
-Esôfago oxyuriforme, com istmo longo. -Cauda terminando em forma de chicote. -Fêmeas com muitos ovos por toda a extensão do corpo.
B,C E
A D
Figura 200. Ciclo biológico de Oxyuris equi. _____________________________________________________________________________________________ Figura 198. Ovo de Oxyuris equi Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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______________________________________________________________________________________________ Obs: Larvas podem eclodir e voltar ao intestino
LOCAL: Cecos.
grosso – retroinfecção.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: As formas jovens são mais patogênicas, principalmente as L3 que penetram na mucosa levando à inflamações intestinais (enterite) seguidas de diarréia. A substância colocada com o ovo na região perianal provoca um prurido intenso e o animal se coça, se machucando e podendo perder pelo. ORDEM ASCARIDIDA -Apresentam papilas pré-cloacais, cloacais e pós-cloacais. SUPERFAMÍLIA ASCARIDOIDEA FAMÍLIA HETERAKIDAE
GÊNERO Heterakis ESPÉCIE - Heterakis gallinarum HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Aves. H. PARATÊNICO (de transporte): Minhoca.
Figura 201. Adultos de Heterakis gallinarum
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno – 4 a 15 mm. -Boca trilabiada. -Esôfago bulbiforme. -Machos apresentam dois espículos de tamanhos diferentes, uma ventosa pré-cloacal e asa caudal na extremidade posterior. Também apresenta papilas pré-cloacais, cloacais e póscloacais. CICLO BIOLÓGICO: Ciclo direto, sem migração. No ceco, as fêmeas fazem a postura de ovos (com uma célula e casca espessa) e esses saem com as fezes para o meio ambiente. Ocorre o desenvolvimento de L1 dentro do ovo (passa a L2 e L3) e o HD se infecta ingerindo os ovos com a forma infectante (L3). No tubo digestivo da ave, que também pode ingerir minhocas que mantém larvas L3 em seus tecidos, a L3 é liberada e vai ao ceco. Uma parte das larvas penetra profundamente na mucosa cecal e outra fica nas criptas do epitélio cecal fazendo as mudas para L4 e L5 e depois passando a adultos.
Figura 202. Ovo de Heterakis sp.
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PPP = 4 semanas. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: As larvas podem causar espessamento de mucosa cecal causando pequenas inflamações. As larvas ao se alimentarem da mucosa podem ingerir e depois transmitir um protozoário chamado Histomonas meleagridis (ou ele entra na formação do ovo). É patogênico para perus jovens por isso não se recomenda criar perus
fêmea faz a postura dos ovos que são levados ao meio ambiente com as fezes. No interior do ovo em condições de temperatura e umidade adequadas há a formação da L1, L2 e L3. IMP.MED.VET: É um dos helmintos mais comuns de aves. Um grande número de parasitas pode obstruir o intestino e causar a morte da ave. Geralmente é grave em animais jovens (até três meses de idade).
em terrenos já utilizados por galinhas. FAMÍLIA ASCARIDIIDAE
GÊNERO - Ascaridia ESPÉCIE: Ascaridia galli
SUPERFAMÍLIA ASCARIDOIDEA FAMÍLIA ASCARIDIDAE SUBFAMÍLIA ASCARIDINAE
GÊNERO Ascaris HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Aves. LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho médio (♀ - 6 a 12 cm, ♂ -1 a 2 cm). -Esôfago claviforme. -Ovos semelhantes so de Heterakis. -Boca trilabiada. -Machos apresentam dois espículos de mesmo tamanho e uma ventosa pré-cloacal na extremidade posterior. Também apresenta papilas pré-cloacais, cloacais e pós-cloacais. -A cauda nos machos termina abruptamente. CICLO BIOLÓGICO: O ciclo evolutivo é direto (sem migração). A ave ingere o ovo com a L3 (estádio infectante). A L3 eclode no intestino delgado onde passam a L4 e adultos (Machos e fêmeas). Há a cópula e a
CARACTERÍSTICAS: - São parasitos de animais jovens porque interferem no crescimento e no ganho de peso. - Os ovos têm casca muito espessa e isso os torna extremamente resistentes no solo. - O ovo não é atingido por desinfetantes. - A fêmea coloca até 20.000 ovos por dia. ESPÉCIE Ascaris lumbricoides HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem. LOCAL: Intestino delgado.
GÊNERO Ascaris ESPÉCIE Ascaris suum HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Suínos.
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LOCAL: intestino delgado.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho grande (♀ - 20 a 40 cm,♂ -15 a 25 cm). -Vagina no terço anterior.
-Fêmeas terminam em cauda romba e machos possuem 2 espículos. -Boca trilabiada. Figura 204. Ciclo biológico de Ascaris suum. quando sai nas fezes não está larvado (B), mas para ser infectante precisa ocorrer a formação da L3 (Larva 3) no seu interior (C). PPP = 2 meses. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: As larvas podem causar pneumonia transitória (pulmão), anemia do leitão e manchas
Figura 203. Ovo de Ascaris suum. CICLO BIOLÓGICO: Os suínos se infectam ao ingerirem (E) o ovo com membrana dupla contendo L3, ou ao ingerir hospedeiros paratênicos (minhocas ou besouros) contendo a L3 que é liberada no tubo digestivo (intestino principalmente ceco). A L3 penetra na mucosa (F), por via linfática vai aos linfonodos e pela veia porta vai ao fígado (G), coração e pulmão (H) via circulação. A muda para L4 ocorre nos alvéolos, a larva (L4) vai à glote (I) é redeglutida e no intestino delgado elas se alojam fazendo o resto das suas mudas (L5) e se tornando adultos. As fêmeas fazem a postura e os ovos saem nas fezes (A). O ovo
esbranquiçadas que condenam o fígado e que representam inflamação. Os vermes adultos podem levar a obstrução intestinal e icterícia, o que também pode levar a condenação da carcaça. Há importância em suínos jovens pois leva a diminuição no ganho de peso levando a um prolongamento no período de engorda.
GÊNERO Parascaris ESPÉCIE Parascaris equorum HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
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-Tamanho grande – (♀ - 20 a 50 cm,♂ -15 a 28 cm).
-Machos possuem asa caudal. -Boca trilabiada com interlábios. PPP: Um a três meses.
GÊNERO Neoascaris (Toxocara) ESPÉCIE - Neoascaris vitulorum HOSPEDEIRO DEFINITIVO – Bovídeos. LOCAL – Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho grande – (♀ - 22 a 30 cm,♂ -15 a 26 cm).
-Cor esbranquiçada. -Cabeça mais estreita que o corpo. -Boca trilabiada. -Ovos com 60 a 100 µm. CICLO – Semelhante ao do Ascaris. Figura 205. Adultos de Parascaris
SUBFAMÍLIA TOXOCARINAE
GÊNERO Toxocara CICLO: Semelhante ao do Ascaris suum.
ESPÉCIE - Toxocara canis
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Pode ocasionar cólica e obstrução no intestino delgado de potros.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães. LOCAL: intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho médio (♀ - 9 a 18 cm,♂ - 4 a 10 cm). -Esôfago claviforme. -Boca trilabiada. -Asa cervical longa e estreita. -Apresentam ventrículo esofagiano. -Macho tem uma projeção digitiforme na cauda. ESPÉCIE - Toxocara cati
Figura 206. Boca trilabiada de _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Gatos. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Felinos e caninos. LOCAL: Intestino delgado.
LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS: -Tamanho médio – ( ♀ - 2 a 10 cm,♂ - 2 a 7 cm). -Esôfago claviforme. -Boca trilabiada. -Asa cervical. -Não apresentam ventrículo esofagiano.
Figura 207. Ovo de Toxocara CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho médio (♀ - 4 a 12 cm,♂ - 3 a 7 cm). -Esôfago claviforme. -Boca trilabiada. -Asa cervical larga e curta. -Apresentam ventrículo esofagiano.
Figura 209. Ovo de Toxascaris sp.
CICLO BIOLÓGICO GERAL DE TOXOCARINAE: As fêmeas fazem a postura dos ovos que saem nas fezes e forma-se a L1, L2 e L3 dentro do ovo. O HD se infecta de 4 maneiras:
Figura 208. Adultos de Toxocara canis.
GÊNERO Toxascaris ESPÉCIE - Toxascaris leonina
1) Via oral - o hospedeiro definitivo ingere o ovo com a forma infectante, que é liberada no tubo digestivo e penetra na mucosa do intestino delgado e pela circulação porta vai ao fígado, depois coração e alvéolos pulmonares, onde faz a muda para L4, chega a glote sendo deglutida e indo novamente ao intestino, onde muda para L5 e torna-se adulta. Esse é o ciclo de Loss (ou
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hepatotraqueal) que ocorre em cães jovens (até três meses), pois em cães adultos as larvas chegam ao pulmão como L3 e pegam a circulação de retorno para o coração e são bombeadas pela aorta para diferentes partes do corpo onde mantêm-se ativas por anos.
4) Via hospedeiros paratênicos - Pode haver contaminação através da ingestão de roedores e aves (no caso de cães) e outros animais (no caso de gatos). IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: A ingestão do ovo com a L3, no caso de Toxocara , pelo homem faz com que essa larva passe pelo fígado e desencadeie reações de corpo estranho, podendo causar lesões hepáticas conhecidas como larvas migrans visceral. Em cães a infecção pode levar à pneumonia, enterite mucóide e até oclusão parcial ou completa do intestino, e nos casos mais raros, perfuração com peritonite.
Figura 210. Ciclo biológico de Toxocara canis. PPP = Quatro a cinco semanas. 2) Via transplacentária - Em fêmeas gestantes as larvas passam pelo sangue arterial podendo contaminar o feto. Se a cadela contaminar-se antes da gestação e possuir as larvas na musculatura, em função das alterações hormonais elas podem ser reativadas e contaminar o feto. É a forma de contaminação mais importante nos cães, mas em gatos não ocorre. 3) Via transmamária - As fêmeas passam as larvas aos filhotes através do leite. Não há migração pulmonar no filhote por essa via.
Figura 211. Cão com aparência típica de infecção por ascarídeo.
ORDEM STRONGYLIDA SUPERFAMÍLIA STRONGYLOIDEA -Macho com bolsa copuladora que se movimenta para auxiliar o movimento da cópula. -Ovos de casca dupla e fina com várias células no seu interior (ovo morulado). FAMÍLIA STRONGYLIDAE CARACTERÍSTICAS:
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-Presença de cápsula bucal. -Presença de esôfago claviforme. S. e uinus
SUBFAMÍLIA STRONGYLINAE -Cápsula bucal com formato subglobular. -Adultos hematófagos.
Figura 214. Da Esquerda para direita: Cápsula bucal de Strongylus edentatus, S. equinus e S. vulgaris.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: •
Tamanho de pequeno a médio (♀ - 2 a 2,5
cm, ♂ - 1 a 1,6 cm).
Figura 212. Adultos de Strongylus.
•
Adultos hematófagos.
Cápsula bucal grande, com coroa franjada, apresentando dois dentes arredondados e um ducto da glândula esofagiana. •
GRANDES STRONGYLÍDEOS:
GÊNERO Strongylus
•
Esôfago claviforme.
ESPÉCIE: Strongylus vulgaris
•
Machos com bolsa copuladora e 2 espículos
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos.
de tamanho médio. Fêmeas terminando afiladamente. •
LOCAL: Intestino grosso.
Figura 213. Cápsula bucal de Strongylus vulgaris.
Figura 215. Ciclo biológico de Strongylus.
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CICLO BIOLÓGICO: O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou na água contaminada. No intestino delgado a larva perde a bainha de proteção e vai ao intestino grosso penetrar na mucosa (pode penetrar no delgado mesmo). Vai então à íntima da artéria mesentérica e atravessa a art. mesentérica anterior (cranial) fazendo aí as mudas para L4 e L5 e formando nódulos e lesões chamadas de arterite. Quando a L5 se desprende, atravessa a parede do ceco/cólon caindo na luz intestinal. Nesse local ocorre a diferenciação sexual (machos e fêmeas). Após a cópula as fêmeas colocam os ovos que saem nas fezes e se desenvolvem no meio ambiente.
Figura 217. Ovo de Strongylus sp. Pode-se contar os blastômeros mesentérica anterior são responsáveis por tromboembolias que levam a cólicas, o que pode até matar o animal por hemorragia interna pelo rompimento da artéria. ESPÉCIE: Strongylus equinus HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. LOCAL: Intestino grosso.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho de pequeno à médio (♀ - 3,5 a 5,5
Figura 216. L3 de Strongylus vulgaris obtida de coprocultura.
PPP = Seis a sete meses. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: É a espécie mais patogênica para eqüinos, porque os nódulos formados na artéria
Figura 218. Cápsula bucal de Strongylus equinus .
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______________________________________________________________________________________________ cm, ♂ - 2,5 a 3,6 cm).
-Adultos hematófagos. -Cápsula bucal grande, com coroa franjada e apresentando três dentes pontiagudos (sendo um deles com ponta bífida) e um ducto da glândula esofagiana. -Esôfago claviforme. -Ovos medindo 98 µm de comprimento. CICLO BIOLÓGICO: O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou na água contaminada. No intestino delgado a larva perde a bainha de proteção e vai ao intestino grosso penetrar na mucosa (pode penetrar no delgado mesmo). Atinge então a subserosa formando nódulos e após 11 dias atinge a cavidade peritonial (já como L4) e migra para o fígado onde provoca lesões. Após ± 3 meses, vai ao intestino grosso como L5 e aí amadurece virando adulto com 260 dias. Após a postura os ovos saem nas fezes e se desenvolvem em meio ambiente. PPP = 9 meses. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Dependendo da quantidade de L3 ingerida o animal pode apresentar emagrecimento, dor, cólica devido a função hepática ou pancreática estar anormal. ESPÉCIE - Strongylus edentatus HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. LOCAL: Intestino grosso.
Figura 219. Cápsula bucal de S. edentatus. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho de pequeno a médio (♀ - 3,3 a 4,4 cm, ♂ - 2,3 a 2,8 cm).
-Adultos hematófagos. -Cápsula bucal grande, com coroa franjada, um ducto da glândula esofagiana e sem apresentar dentes. -Esôfago claviforme. CICLO BIOLÓGICO: O Hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou na água contaminada. No intestino delgado a larva perde a bainha de proteção e vai ao intestino grosso penetrar na mucosa (pode penetrar no delgado mesmo). Vai assim pela circulação porta ao fígado (após 11 a 18 dias) e depois de 9 semanas migram pelo ligamento hepático formando nódulos, nesse local fazem mudas para L4 e L5. Vão então à cavidade peritonial, penetram na mucosa do ceco e cólon onde aparecem nódulos hemorrágicos e após 3 a 5 meses já estão no lúmem para que haja cópula, postura e liberação
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dos ovos nas fezes com posterior desenvolvimento desses no meio ambiente. PPP = Três a cinco meses. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Dependendo da quantidade de L3 ingerida o animal pode apresentar emagrecimento, dor, cólica ocasionados pela função hepática anormal e pelos nódulos no ceco/cólon.
-Cápsula bucal de tamanho médio, com coroa franjada, ducto da glândula esofagiana e com lâminas serrilhadas no fundo da cápsula. CICLO BIOLÓGICO: Não migratório, os adultos também são hematófagos. Não há muitas informações sobre o ciclo de desenvolvimento deste parasito. PEQUENOS STRONGYLÍDEOS:
GÊNERO Triodontophorus
SUBFAMÍLIA - CYATHOSTOMINAE
ESPÉCIE - Triodontophorus sp.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. LOCAL: Intestino grosso. LOCAL: Intestino grosso. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
-Tamanho pequeno (Menores que 1,5 cm).
-Tamanho de pequeno a médio ( ♀ - 2,5 cm, ♂ -
-Não são hematófagos. -Cápsula bucal de formato retangular e com parede espessa, com coroa franjada dupla,
1,8 cm).
-Adultos hematófagos.
Figura 220. Cápsula bucal de Triodontophorus sp.
Figura 221. Cápsula bucal de um pequeno estrôngilo.
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ducto da glândula esofagiana e com lâminas no fundo da cápsula. -Esôfago claviforme. CICLO BIOLÓGICO: Após serem ingeridas, as L3 infectantes penetram nas glândulas do intestino grosso (ceco e cólon) e migram dentro da mucosa. O hospedeiro forma um foco de células inflamatórias ao redor das larvas. As larvas mudam para L4 dentro desses nódulos inflamatórios na segunda semana da infecção e emergem para o lúmem um a dois meses depois para amadurecerem (L5). Em animais reinfectados as L4 permanecem nos nódulos por vários meses, o que é conhecido como hipobiose larval estimulada pela imunidade do animal. Os ovos começam a aparecer nas fezes 6 a 14 semanas na primo infecção e 12 a 18 semanas na reinfecção. No ambiente as larvas passam a L1- L2- L3 em quatro a cinco dias (250C e 70% umidade). IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Esta infecção pode produzir diarréia, cólica e ocasionalmente morte. Na necrópsia pode ser observada inflamação no ceco e cólon, com numerosas larvas dentro da mucosa. A patogenicidade é baixa.
FAMÍLIA SYNGAMIDAE CARACTERÍSTICAS: -Parasitas que vivem em permanente cópula. -Formato de taça. SUBFAMÍLIA SYNGAMINAE
GÊNERO Syngamus ESPÉCIE - Syngamus trachea HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Aves HOSPEDEIRO moluscos.
PARATÊNICO:
Minhocas,
LOCAL: Traquéia. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno (♀ - 0,6 a 4 cm, ♂ - 0,2 a 0,6 cm).
-Cápsula bucal em forma de taça com coroa franjada e dentículos em sua base. -Esôfago claviforme e bem musculoso. -Aparecem sempre em cópula, sendo que o
Fêmea
Macho
Figura 222. Nódulos na mucosa do intestino grosso com pequenos
Figura 223. Macho e fêmea de Syngamus trachea.
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macho apresenta bolsa copuladora forte e quitinizada com dois espículos de tamanho curto e a fêmea termina afiladamente. -A abertura vulvar é no meio do corpo. CICLO BIOLÓGICO: Adultos na traquéia copulam e a fêmea faz a postura dos ovos. Estes podem ser expectorados para o meio ambiente ou deglutidos e então eliminados com as fezes do hospedeiro. Há o desenvolvimento da L1, L2 e
Figura 225. Adultos de Syngamus trachea na traquéia de uma ave.
L3 no interior do ovo. Há a eclosão da L3 para o meio ambiente. O hospedeiro definitivo pode se infectar de três maneiras: (A) ingerindo o ovo com a L3. (B) ingerindo a L3 livre no ambiente. (C) ingerindo um hospedeiro paratênico infectado com a L3. As L3 ingeridas pelo hospedeiro definitivo libertam-se de sua cutícula, atravessam a parede intestinal (D), e pela circulação atingem o fígado, coração e pulmões
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Em aves jovens a infecção é mais grave. Há formação de mucosidade que pode obstruir a traquéia e brônquios e matar por asfixia. No ponto onde os vermes se fixam há formação de um nódulo cheio de pús que pode se transformar em abscesso causando obstrução da traquéia. As aves apresentam-se com
(E). Nos pulmões perfuram os capilares dos alvéolos e vão aos bronquíolos, brônquios e traquéia (F) onde mudam para L4 e L5 (adultos).
dispnéia, intranqüilidade, bico aberto e pescoço espichado como se tentassem deglutir algo. Pode ocorrer pneumonia. SUB FAMÍLIA STEPHANURINAE
GÊNERO Stephanurus ESPÉCIE - Stephanurus dentatus HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Suínos. LOCAL: Gordura peri-renal. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno à médio ( ♀ - 2,8 a 4,5 cm, ♂ Figura 224. Ciclo biológico do Syngamus
- 2 a 3 cm).
trachea.
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-Cápsula bucal em forma retangular, com duas projeções cuticulares anteriores, com coroa
gorduroso ou em comunicação dos cistos com ureteres por canalículos.Os ovos vão ao meio
franjada e dentículos em sua base. -Esôfago claviforme e bem musculoso. -Os machos apresentam bolsa copuladora com raios curtos e atrofiados e dois espículos curtos, a fêmea termina afiladamente. -A abertura vulvar é no meio do corpo.
ambiente com a urina (J). 2) PERCUTÂNEA - As larvas L3 penetram na pele escarificada (C) e fazem migração para os pulmões onde se tornam L4, vão à aorta, fígado (E) (leva 40 dias) onde migram por três a nove meses, após passam a L5. Da cápsula de Glisson elas vão ao tecido gorduroso perirenal (F) onde se tornam adultos, que ficam acasalados em cistos no próprio tecido gorduroso ou em comunicação dos cistos com ureteres por canalículos. Os ovos vão ao meio ambiente com a urina (J). 3) PRÉ-NATAL - Quando as larvas L5 caem na cavidade peritonial ocorre esse tipo de infecção.
Figura 226. Adultos de Stephanurus dentatus em um ureter.
CICLO BIOLÓGICO: Os ovos saem na urina e no solo eclodem em 24 a 48 horas. A L3 se desenvolve em três a cinco dias e o hospedeiro definitivo se contamina de 4 maneiras:
PPP = 9 meses. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA: É uma doença de animais adultos, pois os leitões são abatidos com seis meses de idade.
1) ORAL – O suíno ingere a L3 (A) no ambiente ou a minhoca (B) serve como hospedeiro de transporte para L3 e o suíno ao ingerir a minhoca se contamina. Na parede do estômago (D) a larva faz sua muda para L4 e vai então ao fígado(E) (em três dias) onde fica migrando por 3 a 9 meses, após passa a L4 e L5. Da cápsula de Glisson elas vão ao tecido gorduroso perirenal (F) onde se tornam adultos, que ficam acasalados em cistos no próprio tecido Figura 227. Ciclo biológico de Stephanurus dentatus. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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Além disso, ocorre mais em animais criados em piquetes. A presença de cistos comprime os
-Presença de vesícula cervical bem desenvolvida e asa cervical pouco desenvolvida.
ureteres o que compromete o rim. Pode ainda atingir outros órgãos como medula.
Apresentam papilas cervicais -Machos com bolsa copuladora contendo dois espículos de tamanho médio -Fêmeas terminando afiladamente
PROFILAXIA: Deve-se manter os animais em locais cimentados, limpos com comedouros mantidos no alto evitando dessa maneira que os animais urinem nesses locais. Recomenda-se abate dos animais infectados. FAMÍLIA CHABERTIDAE SUBFAMÍLIA OESOPHAGOSTOMINAE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Cápsula bucal retangular e pequena. -Dilatações cuticulares. -Presença de vesícula cefálica.
GÊNERO Oesophagostomum ESPÉCIE - Oesophagostomum radiatum
Figura 228. A- Vesícula cefálica B- de O. Vesícula cervical e C - Asa cervical radiatum.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos.
ESPÉCIE - Oesophagostomum columbianum
LOCAL: Intestino grosso.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Caprinos e ovinos.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
LOCAL: Intestino grosso.
-Tamanho pequeno (♀ - 1,6 a 2,2 cm, ♂ - 1,4 a 1,7 cm).
-Cápsula bucal muito pequena, com coroa franjada dupla e vesícula cefálica (ou colar cefálico). -Esôfago claviforme
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno (♀ - 1,4 a 1,8 cm, ♂ - 1,2 a 1,7 cm).
-Cápsula bucal muito pequena, com coroa franjada dupla e vesícula cefálica. -Esôfago claviforme.
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-Presença de vesícula cervical pouco desenvolvida e asa cervical bem desenvolvida.
-Cápsula bucal muito pequena, com coroa franjada dupla, vesícula cefálica e papilas
Apresentam papilas cervicais. -Machos com bolsa copuladora contendo 2 espículos de tamanho médio. -Fêmeas terminando afiladamente.
cefálicas. -Esôfago claviforme. -Presença de vesícula e asa cervical pouco desenvolvida. -Apresentam papilas cervicais. -Machos com bolsa copuladora e dois espículos de tamanho médio e fêmeas terminando afiladamente.
CICLO
BIOLÓGICO
OESOPHAGOSTOMUM :
GERAL
DOS
O hospedeiro definitivo ingere as L3 e essas penetram na mucosa de qualquer parte do intestino delgado ou grosso e ficam envoltas em nódulos evidentes, onde se dá a muda para L4. As L4 emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon onde se desenvolvem até adultos. Figura 229. A- Cápsula bucal B- Coroa franjada e C – Vesícula cervical de O. columbianum
PPP = 45 dias.
Ovo
ESPÉCIE - Oesophagostomum dentatum HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Suínos. LOCAL: Intestino grosso. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno (♀ - 1,1 a 1,4 cm, ♂ - 0,8 a 1 cm).
Figura 230. Ciclo biológico de Oesophagostomum sp. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Patologia mais ou menos acentuada. Os
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nódulos na parede do contaminados por bactérias.
intestino
são
-Parasitos hematófagos e vorazes. -Curvatura na extremidade anterior, no sentido dorsal. SUBFAMÍLIA ANCYLOSTOMINAE CARACTERÍSTICAS -Cápsula bucal subglobular e com dentes. -Esôfago claviforme e musculoso.
GÊNERO Ancylostoma ESPÉCIE Ancylostoma caninum Figura 231. Nódulos contendo larvas de Oesophagostomum sp.
OBS: CICLO DE VIDA LIVRE (para grandes estrongilideos, pequenos estrongilideos e oesophagostominae). Os ovos são eliminados nas fezes e no meio ambiente (de acordo com condições de umidade e temperatura) desenvolvem-se. No solo o ovo se rompe e a L1 em locais de alta umidade (solo úmido e vegetação densa) cresce e troca de cutícula passando à L2, que cresce e ao fazer a muda para L3 retém a cutícula da L2 e forma outra, possuindo assim uma cutícula dupla e mais rugosa. Essa L3 contamina as pastagens e águas próximas. L1: apresenta um bulbo posterior. L3: o bulbo desaparece.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães. LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno (1 a 2 cm) e se apresenta curvado dorsalmente. -Cápsula bucal subglobular grande e que apresenta três pares de dentes no seu topo. -Esôfago claviforme e bem musculoso.
SUPER FAMÍLIA ANCYLOSTOMATOIDEA FAMÍLIA ANCYLOSTOMIDAE Figura 232. Cápsula bucal de Ancylostoma CARACTERÍSTICAS -Presença de cápsula bucal na extremidade anterior.
caninum.
ESPÉCIE - Ancylostoma braziliense
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definitivo por quatro vias: HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães. LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno e se apresenta curvado dorsalmente -Cápsula bucal subglobular grande e que apresenta 2 pares de dentes, sendo um grande e um pequeno . -Esôfago claviforme e bem musculoso. -Machos com bolsa copuladora e 2 espículos de tamanho médio e fêmeas terminando afiladamente. As fêmeas apresentam abertura vulvar no meio do corpo. CICLO BIOLÓGICO GERAL: Vermes Hematófagos. Fêmeas fazem postura, os ovos saem nas fezes e em condições ideais de desenvolvimento há liberação de L1, L2 e L3. Isso ocorre em 5 dias e a L3 vai ao hospedeiro
1) ORAL – o hospedeiro definitivo ingere a L3 ao lamber-se e essa penetra nas glândulas gástricas e intestinais onde faz muda para L4 e quando chega ao lúmem passa a adulto, que se fixa na mucosa do intestino delgado. É o ciclo direto. PPP = ± 2 semanas.
2) PERCUTÂNEA - As larvas penetram na pele do hospedeiro definitivo e migram pelos vasos sanguíneos ou linfáticos indo ao coração e depois ao pulmão, atingem os alvéolos (passam a L4) os perfuram voltando então à glote e sendo redeglutidas. No tubo digestivo ocorre a penetração nas glândulas gástricas ou intestinais (passam a L5) e quando chegam ao lúmem passam à adultos ficando fixados na mucosa do intestino delgado. PPP = Duas a três semanas. 3) TRANSPLACENTÁRIA – As larvas em fêmeas gestantes migram através da circulação e pela placenta contaminam os filhotes, nesses, elas vão ao coração, pulmão, alvéolos e são redeglutidas. No tubo digestivo penetram em glândulas gástricas e intestinais onde fazem a muda para L4. Quando chegam ao lúmem mudam para L5 e adultos, que ficam fixados na mucosa do intestino delgado. Os ancilóstomos só chegam a maturidade quando o filhote nasce e após 10 a 12 dias já há ovos nas suas fezes. PPP = Duas a três semanas.
Figura 233. Ciclo biológico de Ancylostoma caninum. _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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SUBFAMÍLIA BUNOSTOMINAE CARACTERÍSTICAS -Cápsula bucal não tão subglobular (mais retangular). -Presença de estruturas cortantes chamadas de lancetas.
Figura 234. Vermes adultos de Ancylostoma no intestino de cão. Fonte: Daniel Roulim 4) TRANSMAMÁRIA - As larvas nas fêmeas migram para os vasos sanguíneos e linfáticos e ao chegarem à irrigação das glândulas mamárias contaminam os filhotes pelo leite. As larvas no tubo digestivo desses filhotes penetram nas glândulas gástricas ou intestinais e mudam para L4. Quando vão ao lúmem passam a L5 e adultos que ficam fixados na mucosa do intestino delgado.
Figura 235 Larva migrans cutânea transmitida pelo Ancylostoma.
Bunostomum GÊNERO: ESPÉCIE: Bunostomum phlebotomum PPP = Duas a três semanas. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos. IMP.HIGIENE E SAÚDE PÚBLICA: A ancilostomose é uma zoonose pois normalmente em as larvas podem penetrar pela pele íntegra e ficar migrando nesse local causando reação inflamatória. É a chamada larva migrans cutânea. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Os parasitos são hematófagos e podem causar a morte dos animais por anemia microcítica hipocrômica (hemácias menores e menos coradas).O sangue ingerido não é metabolizado e sim reabsorvido no duodeno, fazendo com que as fezes fiquem diarréicas e mais escuras.
LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno (♀ - 1,6 a 1,9 cm, ♂ - 1 a 1,2 cm).
-Se apresentam curvados dorsalmente. -Hematófagos. -Cápsula bucal semi-retangular grande com dois pares de placas quitinizadas no seu topo e 2 pares de lancetas na sua base. -Esôfago claviforme e bem musculoso.
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-Machos com bolsa copuladora e 2 espículos de tamanho levemente alados.
1) ORAL - o hospedeiro definitivo ingere a L3 e essa penetra nas glândulas gástricas e
-As fêmeas apresentam abertura vulvar anterior a metade do corpo.
intestinais, faz muda para L4 e quando chega ao lúmem vai a adulto, que se fixam na mucosa do intestino delgado. É o ciclo direto. PPP = pouco menos de dois meses. 2) PERCUTÂNEA - As larvas penetram na pele do hospedeiro definitivo e migram pelos vasos sanguíneos ou linfáticos indo ao coração e
Figura 236. Extremidade anterior de Bunostomum sp. ESPÉCIE - Bunostomum trigonocephalum HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Caprinos e ovinos. LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno (♀ - 1,9 a 2,6 cm, ♂ - 1,2 a 1,7 cm).
-Se apresentam curvados dorsalmente. -Cápsula bucal semi-retangular grande com 2 pares de placas quitinizadas no seu topo e 1 par de lancetas na sua base. -Esôfago claviforme e bem musculoso. CICLO BIOLÓGICO GERAL: Os ovos saem nas fezes e com condições ideais de desenvolvimento há liberação de L1, L2 e L3. Isso ocorre em 5 dias e a L3 vai ao HD por 2 vias:
depois ao pulmão. Após, atingem os alvéolos (passam a L4) e os perfuram voltando então à glote e sendo redeglutidas. No tubo digestivo ocorre a penetração nas glândulas gástricas ou intestinais (passam a L5) e quando chegam ao lúmem se transformam em adultos onde permanecem fixados na mucosa do intestino delgado. PPP = 2 meses. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Como são parasitos hematófagos causam anemia principalmente em animais jovens. O sangue ingerido não é metabolizado e sim reabsorvido no duodeno, fazendo com que as fezes fiquem diarréicas e mais escuras. PROFILAXIA Manter os animais em locais limpos e separados por idade. SUPERFAMÍLIA TRICHOSTRONGYLOIDEA FAMÍLIA TRICHOSTRONGYLIDAE CARACTERÍSTICAS: - Nematódeos delgados e pequenos.
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-Tamanho muito pequeno – ( ♀ - 0,3 a 0,8 cm, ♂ - 0,2 a 0,6 cm).
-Extremidade anterior afilada sem cápsula bucal. -Sem papilas cervicais. -Poro excretor situado normalmente em uma fenda visível na extremidade anterior. -Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e 2 espículos desiguais, com forma e tamanhos diferentes. Um dos espículos é grosso e o outro fino.
Figura 237. Adultos de Bunostomum sp. - Cápsula bucal pequena ou ausente. - Macho com bolsa copuladora desenvolvida. - Espículos curtos e grossos. - Ciclo monoxeno. - Infecção passiva por L3.
bem
GÊNERO Trichostrongylus
-Presença de gubernáculo. -Raio dorsal no meio da bolsa. ESPÉCIE - Trichostrongylus colubriformis HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ovinos, caprinos e bovinos. LOCAL: Intestino delgado
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Pequenos e delgados (0,2 a 0,8 cm). -Sem cápsula bucal. -Poro excretor situado normalmente em uma fenda visível na extremidade anterior. -Sem papilas cervicais. -Machos apresentam espículos fortes e gubernáculo.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho muito pequeno (♀ - 0,5 a 0,8 cm, ♂ 0,4 a 0,7 cm).
-Extremidade anterior afilada sem cápsula bucal. -Poro excretor situado normalmente em uma
PPP - 15 a 23 dias. ESPÉCIE - Trichostrongylus axei HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. LOCAL: Estômago (eqüinos). CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Figura 238. Trichostrongylus sp. adultos.
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fenda visível na extremidade anterior. -Sem papilas cervicais.
Papilas cervicais
-Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e 2 espículos de forma e tamanhos iguais. -Presença de gubernáculo. -Raio dorsal no meio da bolsa.
Figura 240. Extremidade anterior de Haemonchus sp. ESPÉCIE - Haemonchus contortus – Ovina. H. placei – Bovinos. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes
Gubernáculo
Figura 239. Bolsa copuladora de Trichostrongylus sp.
GÊNERO Haemonchus
LOCAL: Abomaso CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Extremidade anterior afilada e com pequena cápsula bucal. -Presença de duas papilas cervicais proeminentes e espiniformes. -Machos com bolsa copuladora com raio dorsal
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Maior que os outros da família – ♂ - 0,1 a 1,2 cm e ♀- 1,8 a 3,0 cm. -Cápsula bucal pequena com um fino dente ou lanceta. -Com duas papilas cervicais. -Machos com lobo dorsal pequeno e assimétrico. PPP - 26 a 28 dias.
Figura 241. Adultos de Haemonchus sp. no abomaso. Foto cedida por João Fábio Soares.
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LOCAL: Abomaso.
Figura 242 . Vulva de Haemonchus sp. em posição assimétrica e em forma de forquilha (y). -Espículos de ponta fina e presença de gubernáculo. -As fêmeas apresentam um apêndice na região vulvar, que pode ser linguiforme (grande e proeminente ou pequeno em forma de botão). ESPÉCIE - Haemonchus similis HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes.
CARACTERÍSTICAS: -Presença de duas papilas cervicais. -Machos com bolsa copuladora com raio dorsal em posição assimétrica e em forma de taça (arqueado). -Espículos de ponta fina e presença de gubernáculo. -As fêmeas apresentam um apêndice na região vulvar, que pode ser linguiforme ou em forma de botão. SINAIS CLÍNICOS: 1) Haemoncose hiperaguda: É pouco comum, mas pode ocorrer em animais susceptíveis expostos a infecção maciça repentina. A enorme quantidade de parasitos provoca anemia, fezes de cor escura e morte súbita, devida a uma aguda perda de sangue. Há uma gastrite hemorrágica intensa.
Espículos
Raio dorsal em Y Figura 243. Bolsa copuladora de Haemonchus sp.
2) Haemoncose aguda: Ocorre principalmente em animais jovens susceptíveis com infecções intensas. A anemia pode ocorrer rapidamente, mas há resposta eritropoiética da medula óssea. A anemia vem acompanhada da hipoproteinemia e edema (papada) e produz a morte. 3) Haemoncose crônica: Muito comum e de importância econômica. A enfermidade se produz por uma infecção crônica com um número baixo de parasitos (100 - 1000). A morbidade é de 100% mas a mortalidade é baixa. A anemia e hipoproteinemia podem ser graves dependendo da capacidade eritropoiética
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Dilatações cuticulares cefálicas
Figura 244. Edema submandibular em parasitismo por Haemonchus sp. do animal e de suas reservas metabólicas nutricionais. * OBS: Na necropsia o animal tem mucosas e pele pálidas, hidrotórax, ascite e caquexia. OBS: A hipobiose é um fenômeno caracterizado pela inibição ou retenção do desenvolvimento e serve para sincronizar o desenvolvimento do parasito com as condições do hospedeiro e do ambiente. Alguns trichostrongilídeos são capazes de fazer hipobiose, assim como D . viviparus e D. filaria. Os principais fatores que estimulam esta hipobiose são temperatura, nutrição e também resistência.
GÊNERO Cooperia
Figura
245
Extremidade
Cooperia .
anterior
de
CARACTERÍSTICAS: -Tamanho muito pequeno – ( ♀ - 0,5 a 1,2 cm, ♂ - 0,4 a 0,7 cm).
-Extremidade anterior afilada. -Dilatações cuticulares cefálicas. -Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida, com espículos apresentando dentes na asa. -Ausência de gubernáculo. -Aspecto de vírgula. -Hematófagos.
Espículos
CARACTERÍSTICAS: -Dilatações cuticulares cefálicas. -Não apresentam gubernáculo. ESPÉCIE - Cooperia pectinata HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes. LOCAL: Intestino delgado.
Figura 246 . Bolsa copuladora e espículos de macho de Cooperia sp.
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______________________________________________________________________________________________ Teladorsagia – Ovinos Ostertagia - Bovinos
LOCAL: Abomaso CARACTERÍSTICAS: -Tamanho muito pequeno (♀ - 0,8 a 1,2 cm, ♂ 0,6 a 0,9 cm).
Figura 247. Adultos de Cooperia.
-Extremidade anterior afilada. -Presença de gubernáculo. PPP- 17 a 22 dias.
-Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida contendo espículos iguais, curtos,
ESPÉCIE -Cooperia punctata HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes. LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS: -Tamanho muito pequeno – (♀ - 0,8 a 1,2 cm, ♂ - 0,6 a 0,9 cm).
-Extremidade anterior afilada. -Dilatações cuticulares cefálicas. -Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida, com espículos sem dentes na asa, mas com uma escavação. -Ausência de gubernáculo.
Figura 248. Adultos de Ostertagia sp.
Espículos Gubernáculo
GÊNERO Ostertagia GÊNERO Teladorsagia Ostertagia
e
Teladorsagia
são
muito
semelhantes, as espécies de Ostertagia parasitam bovinos e as de Teladorsagia parasitam ovinos e caprinos. HOSPEDEIRO DEFINITIVO:
Figura 249. Bolsa copuladora de Ostertagia sp.
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GÊNERO Hyostrongylus ESPÉCIE - Hyostrongylus rubidus HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Suínos. LOCAL: Estômago. CARACTERÍSTICAS: -Tamanho muito pequeno– (♀ - 0,5 a 0,9 cm, ♂ Figura 250. Ciclo biológico de Ostertagia sp. bifurcados ou trifurcados. -Papilas cervicais presentes. -Vulva recoberta por uma expansão cuticular chamada de processo vulvar. -A L4 invade a mucosa do abomaso fazendo hipobiose.
- 0,4 a 0,6 cm).
-Extremidade anterior afilada. -Esôfago alongado. -Papilas cervicais. -Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos iguais, curtos e gubernáculo em forma de agulha. -Papilas pré-bursais.
OBS: 1.O. ostertagi tem os espículos terminando em três processos em forma de gancho. 2. O. lyrata é muito semelhante à O. ostertagi. 3. O. trifurcata os espículos terminam com uma ponta forte. Figura 252. Adultos de Hyostrongylus.
Figura 251. Lesão por Ostertagia sp. no abomaso
CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS TRICHOSTRONGILIDEOS: Os ovos saem nas fezes (B) e vão ao meio ambiente. Em condições favoráveis de temperatura e umidade as larvas L1 se desenvolvem. A L1 liberada no conteúdo fecal se alimenta de organismos em decomposição e passa a L2 e L3 (formadas em 7 dias após a
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postura). As chuvas dispersam a L3, que é a forma infectante. Os hospedeiros definitivos se
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Quanto maior o número de animais por hectare
contaminam ao ingeri-las. No rúmen (A) do animal as larvas perdem a bainha e se dirige ao local de ação (abomaso ou intestino delgado)
de pastagem, maior a probabilidade de ocorrerem às infecções. Os animais jovens são mais susceptíveis pois os adultos adquirem uma certa imunidade. Bovinos e ovinos podem ter vários gêneros de parasitos ao mesmo tempo. 1) Trichostrongylus - quando a infecção é elevada eles podem alterar o pH do abomaso e como conseqüência aumentar o crescimento bacteriano, promovendo diarréia e em casos mais graves a diarréia pode vir a ser negra e fétida. Se não tratados pode ocorrer desidratação e até morte, levando a impactos negativos na produção.
Figura 253. Ciclo biológico da maioria dos trichostrongilídeos. (C) onde passam a L4 e L5 e se tornam adultos. Fixam-se no local, copulam e então a fêmea faz a postura. PPP = 21 dias. OBS: As larvas migram verticalmente para a ponta do capim quando há umidade suficiente, mas os raios ultravioletas e a falta de umidade podem matar as larvas e por isso nas horas mais quentes elas descem para se proteger. OBS: Haemonchus e Ostertagia possuem uma fase histiotrófica, que é quando a larva penetra no abomaso (A) (glândulas gástricas) após ela muda e retorna para a luz intestinal (C) fazendo a última muda (L4 - L5) e se torna adulta.
2) Haemonchus - o hábito hematófago causa anemia principalmente em animais jovens, podendo em casos graves causar edema de barbela pela perda de albumina devido a lesões no abomaso. A morte é freqüente em ovinos porque quando o número de parasitos é elevado elas ingerem 250 ml de sangue por dia. Ocorre no mínimo queda da qualidade da lã (fica quebradiça). 3) Ostertagia, Teladorsagia - os parasitos causam lesões no abomaso quando as condições são desfavoráveis como épocas de muito calor. A L3 paralisa seu desenvolvimento no inverno e no verão seu metabolismo fica defeituoso, não absorvendo o alimento. O animal perde peso e pode chegar à morte mesmo com exames de fezes negativos, já que as larvas são formas imaturas e são elas que causam as lesões.
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4) Cooperia - o contato com as vilosidades intestinais causam irritação, aumentando o peristaltismo e prejudicando assim a absorção. Isso leva a diarréia e efeitos negativos na produção do animal. CONTROLE DA VERMINOSE: As vermifugações devem ser feitas nos meses de seca porque as larvas têm decréscimo de crescimento já que o capim está mais baixo e os raios atingem as larvas matando-as e também porque não há chuva suficiente para disseminar os ovos. Esse período ainda coincide com o maior número de parasitos dentro do hospedeiro e sem pasto para ele se equilibrar nutricionalmente. Com esse tratamento os animais entram nos meses de chuva com um baixíssimo índice de parasitismo. FAMÍLIA DICTYOCAULIDAE SUB FAMÍLIA DICTYOCAULINAE CARACTERÍSTICAS: -Raios bursais bem desenvolvidos com alguns raios fusionados. -Espículos curtos e reticulados (grossos e iguais). -Ciclo direto (ausência de hospedeiro intermediário). -Extremidade anterior com papilas cefálicas.
Figura 254. Postura de um animal parasitado por Dictyocaulus viviparus . CARACTERÍSTICAS: -Tamanho pequeno (♀ - 4,3 a 6,8 cm, ♂ - 2,5 a 4,3 cm).
-Boca trilabiada. -Esôfago filariforme. - Raio bursal da bolsa copuladora se bifurca no ápice (forma de y) ESPÉCIE - Dictyocaulus viviparus HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos. LOCAL: Brônquios e bronquíolos. CARACTERÍSTICAS: -Tamanho pequeno (♀ - 6 a 8 cm, ♂ - 4 cm).
GÊNERO Dictyocaulus
-Boca trilabiada. -Esôfago filariforme. -Raio bursal da bolsa copuladora em forma de v.
ESPÉCIE - Dictyocaulus arnfield HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos.
ESPÉCIE: Dictyocaulus filaria
LOCAL: Brônquios e bronquíolos.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ovinos e caprinos.
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Figura 255. Secreção nasal em animal parasitado por Dyctiocaulus viviparus . Cortesia Prof. Marcelo Molento. LOCAL: Brônquios e bronquíolos. CARACTERÍSTICAS: -Tamanho pequeno. -Boca trilabiada. -Esôfago filariforme. -Raio bursal da bolsa copuladoraem forma de v. CICLO BIOLÓGICO GERAL: A postura dos ovos larvados (fêmeas ovovivíparas) é feita nos brônquios e bronquíolos que podem ser expelidos para o
Figura 257. Dictyocaulus sp. adultos em brônquio. Cortesia: Veterinário Carlos Luiz de Oliveira ambiente pela cavidade oral ou nasal. Normalmente os ovos são deglutidos e no tubo digestivo ocorre a eclosão da L1, que sai nas fezes (A) e se alimenta de bactérias. Passa a L2 e depois L3, que não perde a cutícula de L2. O hospedeiro definitivo infecta-se ao ingerir a L3 nas pastagens, e a mesma é liberada no estômago e penetra na mucosa (M) do intestino delgado ganhando preferencialmente a circulação linfática. Nos gânglios linfáticos ocorre a muda para L4 e essa vai para o coração e pulmão onde penetra no parênquima pulmonar passando a L5. A L5 vai aos brônquios e bronquíolos sofrer a maturação sexual e postura. PPP = 2 meses.
Figura 256. Ciclo biológico de Dictyocaulus viviparus.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Mais patogênico para ovinos do que bovinos, a dictiocaulose é uma infecção respiratória devida a ação irritativa do parasita no epitélio respiratório, gerando produção de muco e proliferação de bactérias. Causa brônquio pneumonia (a respiração se altera, aumenta-se os movimentos abdominais). O animal fica em
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posição ortopnéica: membros anteriores afastados, pescoço esticado para frente e boca aberta. Pode levar a morte.
SUBFAMÏLIA NEMATODIRINAE
GÊNERO Nematodirus
-Vermes finos de aproximadamente 2cm. -Ovos grandes e ovais. CICLO: Típico da família Trichostrongylidae. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Provoca uma atrofia das vilosidades intestinais (não penetra na mucosa) ocasionando diarréia e desidratação.
Figura 258. Adultos de Nematodirus. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes. LOCAL: Intestino delgado. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
Figura 260. Ovo de Nematodirus sp. ORDEM SPIRURIDA SUPERFAMÍLIA HABRONEMATOIDEA FAMÍLIA HABRONEMATIDAE
GÊNERO: Habronema ESPÉCIE - Habronema muscae HOSPEDEIRO DEFINITIVO: eqüinos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: (principalmente Musca domestica ).
moscas
LOCAL: Estômago. Figura 259. Ciclo biológico de Nematodirus. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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-Boca bilabiada -Tamanho pequeno (♀ - 1,3 a 2,2 cm, ♂ - 0,8 a 1,4 cm).
-Cápsula bucal bem desenvolvida e com 2 paredes curtas e retas. -Machos têm cauda espiralada, asa caudal, papilas pedunculadas e um espículo cinco vezes maior que o outro. ESPÉCIE - Habronema microstoma
LOCAL: Estômago (geralmente em nódulos na parede do estômago, raramente livres). CARACTERÍSTICAS: -Tamanho pequeno. -Boca bilabiada. -Cápsula bucal bem desenvolvida e afunilada, com duas reentrâncias (constrição cefálica). -Machos têm cauda espiralada, asa caudal, papilas pedunculadas e um espículo duas vezes maior que o outro.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: (principalmente Stomoxys calcitrans ).
Moscas
LOCAL: Estômago. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Tamanho pequeno. -Boca bilabiada. -Cápsula bucal bem desenvolvida e com dois dentes atrás dela promovendo um afunilamento. -Machos têm cauda espiralada, asa caudal, papilas pedunculadas e um espículo duas vezes maior que o outro.
GÊNERO Draschia ESPÉCIE - Draschia megastoma HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: (principalmente Musca domestica ).
Moscas
Figura 261. Ovo de Habronema sp. -Ovos embrionados de casca fina. CICLO BIOLÓGICO GERAL: Os ovos saem nas fezes já com as L1 e são ingeridos pelos hospedeiros intermediários que são as larvas das moscas. À medida que a mosca se desenvolve, o helminto também o faz e assim a pupa tem a L2 e o adulto a L3 em suas glândulas salivares. As moscas vão ao lábio do eqüino se alimentar de resíduos alimentares, a larva pela probóscida da mosca ou o eqüino pode ingeri-la acidentalmente. Pode ocorrer das moscas caírem nos bebedouros. No tubo digestivo do eqüino há a digestão da mosca e a L3 é liberada no estômago e penetra nas glândulas estomacais sofrendo a muda para
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L4 e depois voltam à luz, onde fazem a muda para L5 e atingem a maturidade.
aspecto tumoral podendo depreciar e até inutilizar o animal.
PPP = 2 meses.
OBS: Pode ocorrer ainda habronemose pulmonar e até ocular, mas são bem mais raras.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: D. megastoma é a mais patogênica por ter preferência pela região glandular do estômago e isso induz à formação de tumores fibrosos na região fúndica (há eliminação de ovos dentro deles). Quando muito grave pode ocorrer
DIAGNÓSTICO: Não é fácil, porque os ovos e larvas eliminados não são facilmente encontrados nas fezes. Pode se encontrar larvas em lavado gástrico com sonda.
septicemia e até morte. Enquanto esta espécie está em nódulos, as outras estão livres no estômago, só provocando irritação ou no máximo gastrite catarral crônica com formação de muco, o que prejudica a digestibilidade.
Figura 263. Habronemose cutânea em eqüino. PROFILAXIA: É importante o uso de esterqueiras para diminuição da população de moscas. Tratar sempre as feridas dos animais, pois o tratamento é cirúrgico. Figura 262. Ciclo biológico de Habronema sp. ** HABRONEMOSE CUTÂNEA: Evolução errática que ocorre muito nos trópicos (principalmente no verão - por isso ferida de verão) onde a mosca pousa em feridas na pele dos eqüinos e as L3 ficam migrando pela pele causando hipersensibilização e com a resposta do hospedeiro, a ocorrência de formação de tecido conjuntivo causando prurido. Tem
FAMÍLIA ONCHOCERCIDAE SUBFAMÍLIA ONCHOCERCINAE
GÊNERO Dipetalonema ESPÉCIE Dipetalonema reconditum HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães.
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HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Pulgas e carrapatos.
-Ciclo indireto (necessitam de hospedeiro intermediário).
LOCAL: Adultos no tecido subcutâneo e perirenal do cão, microfilárias na circulação.
FAMÍLIA FILARIIDAE SUBFAMÍLIA DIROFILARINAE
GÊNERO Dirofilaria CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Esôfago fácil de distinguir regiões. -Bem pequenos (2,5 cm). -Fêmeas parecidas com as de Dirofilaria immitis.
ESPÉCIE - Dirofilaria immitis HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães
CICLO: A pulga ao se alimentar de um animal parasitado com microfilárias contamina-se. Essas microfilárias atingem a hemocele das pulgas e passam a L1, L2 e L3. As L3 alojam-se nas peças bucais do artrópode . Quando a pulga pica o cão para sugar sangue há a inoculação das L3 que migram para o tecido subcutâneo onde passam a L4 e L5 (adultos, macho e
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Mosquitos Culicidae.
fêmea). Após a cópula há a liberação de microfilárias na circulação.
-Machos menores que as fêmeas. -Extremidade posterior da fêmea simples. -Macho com extremidade posterior espiralada,
LOCAL: Coração direito e artéria pulmonar CARACTERÍSTICAS: -Tamanho médio (macho – 12 a 16 cm e fêmea25 a 30 cm). -Extremidade anterior simples.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: É importante no diagnóstico diferencial de Dirofilaria immitis , mas é menos patogênico e na clínica os sintomas são diferentes. SUPERFAMÍLIA FILARIOIDEA CARACTERÍSTICAS: -Importante para pequenos animais. -Esôfago com duas regiões: uma muscular e outra glandular. -Corpo alongado. -Machos menores que as fêmeas. -Espículos desiguais e de tamanhos diferentes. -Fêmeas larvíparas (microfilárias no sangue).
Figura 264. Dirofilaria immitis - adultos no coração de cão.
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um espículo grande e outro pequeno e papilas pré e pós-cloacais.
A patogenia é grande, em altas infecções pode ocorrer obstrução do ventrículo direito e da artéria pulmonar levando a trombos sanguíneos
Figura 265. Ciclo biológico de Dirofilaria immitis.
Figura 266. Cão com ascite.
CICLO BIOLÓGICO: As fêmeas fazem a postura das microfilárias
nos vasos o que gera falta de oxigenação nos órgãos vitais. Pode atingir ainda o pulmão
(L1) na circulação. A L1 vai à circulação periférica, onde o mosquito a ingere ao fazer o repasto sanguíneo. No estômago do mosquito a larva penetra na mucosa estomacal e depois de 24hs vai aos túbulos de Malpighi. Depois de 5 dias ocorre a muda para L2 e depois de mais 10 dias, para L3. Essa vai à cabeça do mosquito e se instala no aparelho bucal, aproveitando o repasto sanguíneo do mosquito para infectar o
causando deficiência respiratória e até pneumonia. Ocorre perda gradativa de condição e intolerância a exercícios e o animal apresenta uma tosse crônica branda no final da doença. Pode ocasionar ascite. OBS: Poucos casos em gatos.
cão. A larva vai então ao tecido subcutâneo, sofre muda para L4 e L5 e depois migra pela circulação periférica até o coração, onde fica adulta (no ventrículo direito ou na artéria pulmonar).
de esfregaço sanguíneo, técnica da gota espessa, técnica de Knott e exames de imunodiagnóstico.
DIAGNOSTICO: Pesquisa de microfilárias na circulação através
OBS: É possível infecção transplacentária. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: _____________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: - T. suis - suíno - T. vulpis - cão -T. discolor - bovino e bubalino T. ovis -
ovino - T. trichuria - homem LOCAL: Ceco. Figura 267. Microfilária em esfregaço sanguíneo.
CARACTERÍSTICAS:
ORDEM ENOPLIDA SUPERFAMÍLIA DIOCTOPHYMATOIDEA -Extremidade anterior simples e mais afilada que a posterior. -Esôfago com duas porções (a primeira simples e a segunda formada por várias células). -Ciclo direto. Figura 269. Ovo de Trichuris sp. ORDEM ENOPLIDA FAMÍLIA TRICHURIDAE SUBFAMÍLIA TRICHURIÍNAE
GÊNERO Trichuris ESPÉCIE -Trichuris sp.
Figura 268. Espículo de Trichuris sp.
-Tamanho pequeno à médio (♀ - 3 a 7 cm, ♂ - 2 a 4 cm).
-Extremidade anterior simples e mais afilada que a posterior. -Esôfago com 2 porções: a primeira simples e outra formando várias células.
Figura 270. Adultos de Trichuris (verme chicote).
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Nematóides
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-Fêmeas têm extremidade posterior simples e são ovíparas (ovos bioperculados e espalhados
(gastrenterite infecciosa) podendo ficar conjugado problema infeccioso e parasitário. A
no ovário). -Machos têm apenas 1 espículo e este é envolvido por uma bainha dando aspecto de prepúcio.
maioria das infecções é leve e assintomática. SUBFAMÍLIA CAPILLARINAE
GÊNERO Capillaria ESPÉCIE - Capillaria sp.
CICLO BIOLÓGICO GERAL: Os ovos saem nas fezes e no meio ambiente passam a ovos larvados (L1). O ovo é ingerido diretamente pelo hospedeiro definitivo e a L1 é liberada no intestino delgado onde penetra na mucosa cecal.(ou pode penetrar nas vilosidades do intestino delgado) Quando adultos saem da mucosa e permanecem na luz intestinal indo se instalar no ceco.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO e LOCAL: -C. plica - Rim e bexiga de cão e gato. -C. bovis - Intestino delgado de bovinos -C. hepatica - Fígado
de cão, gato, humanos e
roedores. -C. annulata - Inglúvio de galinhas e perus.
CARACTERÍSTICAS: -Tamanho pequeno (1 a 1,5 cm). -Extremidade anterior simples e mais afilada que a posterior nesse caso é bem visível. -Esôfago com duas porções: a primeira simples e outra formando várias células. -Fêmeas têm extremidade posterior simples e são ovíparas (ovos bioperculados, com parede reta e arrumados certinhos no ovário) -Machos têm apenas 1 espículo e é envolvido por uma bainha dando aspecto de prepúcio.
Figura 271. Ciclo biológico de Trichuris sp.
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Em grandes infestações leva à lesão da mucosa cecal gerando gastroenterite nos cães. A lesão abre portas para infecção secundária
CICLO BIOLÓGICO: Os ovos saem nas fezes morulados e no ambiente se tornam larvados (L1). Os ovos são ingeridos pelo HD em alimentos contaminados e a L1 é liberada no tubo digestivo e penetra na mucosa fazendo as mudas para L2, L3, L4 e adulto e vai ao órgão alvo ou fica no intestino delgado.
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OBS: C. hepática - os ovos não saem nas fezes, pois eles ficam retidos no fígado e a
(preferencialmente cães).
contaminação se dá através do carnivorismo ou da morte do animal (que libera os ovos no ambiente).
HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: Anelídeos e peixes dulcícolas.
OBS2: C. annulata - pode ocorrer hospedeiros paratênicos (anelídeos). OBS3: Para diagnóstico usa-se as técnicas de Willis e Hoffman. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: Só em alto grau de infestação é que ocorrem reações inflamatórias por penetração da mucosa. Em C. hepatica pode ocorrer cirrose hepática. SUPERFAMÍLIA DIOCTOPHYMOIDEA FAMÍLIA DIOCTOPHYMATIDAE SUBFAMÍLIA DIOCTOPHYMATINAE
GÊNERO Dioctophyma ESPÉCIE: Dioctophyma renale HOSPEDEIRO
DEFINITIVO:
Carnívoros
LOCALIZAÇÂO DO VERME ADULTO: Rim e cavidade abdominal são os mais comuns. CARACTERÍSTICAS: -Pode ser encontrado solto na cavidade abdominal ou na cápsula renal (já foi encontrado na pleura, peritônio, tecido subcutâneo, próstata, bexiga, ureter, uretra, fígado e estômago). -Fêmeas podem atingir até um metro. -Machos apresentam uma pequena bolsa copuladora. -Maior incidência: rim direito. CICLO BIOLÓGICO: Os ovos saem na urina morulados e no ambiente a L1 se desenvolve dentro do ovo. O anelídeo aquático ingere o ovo e a L1 cai em sua cavidade celomática indo a L2. O peixe ingere o anelídeo com a L2 e em sua cavidade digestiva faz mudas até L4. O cão ingere o peixe com a L4 e no tubo digestivo ela penetra e migra para o rim. O homem ou hospedeiro definitivo
Figura 273. Ciclo biológico de Dioctophyma Figura 272. Ovos de Dioctophyma renale.
renale.
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também pode contaminar-se por ingestão do anelídeo. OBS: Material para diagnóstico: urina. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: O parasito destrói o parênquima renal. Causa insuficiência renal quando localizado no rim podendo levar a óbito. Em casos de localização na cavidade abdominal provoca peritonite. Geralmente somente um rim é parasitado, o outro sofre hipertrofia para compensar a falta do destruído.
Figura 274. Dioctophyma renale em rim de cão.
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Técnicas
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PARTE IV
Técnicas
____________________________________________________________________________________ COLETA E MONTAGEM DE ENDOPARASITOS
Fórmula do A.F.A: - 93 ml solução fisiológica - 5 ml de formol
1-ONDE COLETAR:
-Os endoparasitos podem estar em vários órgãos de - 3 ml de ácido acético peixes, moluscos, crustáceos, insetos, animais Misturar tudo e colocar em frasco fechado. domésticos, dentre outros. Em vegetais ocorrem principalmente na raiz.
4-COMO CONSERVAR:
-Os endoparasitos devem ser conservados em etanol o
-Também podem estar na cavidade do corpo e nas 70 GL, com ou sem 5-10% de glicerina. serosas de vários órgãos, assim como no peritônio, na musculatura e encistados nas nadadeiras.
5-COMO CLARIFICAR:
-Existem dois processos para a clarificação de nematóides:
2-COMO COLETAR:
-Os endoparasitos são, preferencialmente coletados Processo 1- Para montagem em bálsamo do vivos.
Canadá.
-Com um pincel ou estilete são transferidos para Processo solução salina fisiológica na concentração correta.
2-
Para
montagem em gelatina
de
glicerina.
-Ainda na solução fisiológica, agitar fortemente para a limpeza dos lábios e abertura bucal, assim como Processo 1- Para montagem em bálsamo do da superfície da cutícula.
Canadá. o
-Os nematóides pequenos, como as larvas, devem 1-Etanol 70 GL (para remoção da glicerina) ser coletados e mantidos em recipientes pequenos. -Os
nematóides
mortos
devem
ser
2-Etanol 80 o GL o
coletados 3-Etanol 90 GL
diretamente para o fixador frio.
Tempo: 15 minutos em cada etapa. Essas etapas são para fazer a desidratação do material.
4-Etanol absoluto 1 5-Etanol absoluto 2 6-Lactofenol – Clarificador
3-COMO FIXAR:
-Os nematóides vivos são transferidos da solução 7-Creosoto – Diafanizador (clarifica, diferencia e dá salina fisiológica para uma placa de Petri funda com brilho). pouco líquido. -Aquecer o fixador A.F.A. a 65
o
C e derramar O tempo requerido para as etapas 6 e 7 dependem
rapidamente sobre os nematóides.
da espessura do material, em média no creosoto
-Deixar o fixador esfriar na própria placa de Petri.
devem ficar 24 horas.
-Deixar o nematóide no fixador por 48 horas.
Obs: Os nematóides muito grandes devem passar
-Os cestóides e trematóides devem ser prensados por fenol a 10% após o lactofenol. entre lâminas e colocados em fixador (A.F. A) frio por 48 horas.
Processo
2-
Para
montagem em gelatina
de
glicerina. __________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria a Prof Silvia Gonzalez Monteiro http://slide pdf.c om/re a de r/full/a postila -pa ra sito
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Técnicas
____________________________________________________________________________________________ 217 1-Adicionar glicerina pura; poucas gotas a cada vez, -Procurar ter certeza que a face ventral está voltada na placa de Petri onde os nematóides estão em para cima e a extremidade anterior está voltada para etanol glicerinado a 5% ou 10%.
o observado.
2-Quando o etanol evaporar e, praticamente, só -Colocar lamínula com muito cuidado e devagar para restar a glicerina, transferir um nematóide de cada evitar formação de bolhas. vez para a glicerina pura. 3-Montar em gelatina de glicerina.
* Em gelatina de glicerina -Aquecer, em banho-maria, o recipiente que contém
6-COMO MONTAR:
a gelatina de glicerina.
* Em bálsamo do Canadá
-Colocar, com bastão de vidro, uma gota de gelatina
-Pingar aos poucos o bálsamo do Canadá, 1 a 3 líquida sobre a Lâmina, de tamanho proporcional ao gotas por dia, até o creosoto evaporar e ficar só o tamanho do espécime e da lamínula que será usada bálsamo.
para cobri-lo.
-Colocar uma gota de bálsamo sobre a Lâmina (no -Cuidado para que a gota não se espalhe além da centro). lamínula.
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Técnicas
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PESQUISA DE ECTOPARASITOS
♦
OBJETIVO Identificação dos artrópodes ectoparasitos. ♦
COLETA •
•
•
•
•
•
•
•
Ácaros produtores de sarna. Raspagem profunda da pele ou serosidade do ouvido. Pulgas, piolhos, malófagos, linguatulídeos. Coleta direta do animal, com auxílio de pincel umedecido ou pinças de pontas finas protegidas por algodão. Carrapatos - Removidos individualmente por cuidadosa tração. Hemípteros, moscas e mosquitos. Rede, armadilhas, iscas ou em frascos com ou sem aspiradores, cianeto, éter, acetato de etila ou clorofórmio. Larvas de Gasterophilus sp. Através dos pêlos retirados da região mandibular e labial. Larvas de Dermatobia hominis . Após a morte da larva, fazer incisão no nódulo subcutâneo, retirando com pinça ou compressão digital. Larvas de Oestrus ovis em secreções nasais. Outras miíases. As larvas são retiradas diretamente das lesões, após a sua morte.
MODO DE MATAR OS ARTRÓPODES ♦
Água quente.
♦
Álcool.
♦
Clorofórmio.
♦
Éter.
♦
Fumo de tabaco (meio rural).
Alfinete entomológico (de aço inoxidável), sendo após colocados em caixas entomológicas tratadas periodicamente com naftalina em pó. Tubos de vidro, colocando a ponta do alfinete na tampa de borracha, parafinando a tampa.
Conservação de exemplares em meios líquidos •
Álcool 70o.
•
Formol 10%.
•
Líquido de Faure (pequenos insetos, larvas de dípteros e ovos de helmintos).
Conservação de exemplares preparações montadas (pequenos artrópodes) ♦
em
Montagem em lâminas de microscopia.
ETIQUETAGEM Colocar todas as informações na etiqueta como: nome do hospedeiro, data, procedência, região do corpo em que foi encontrados, indicação do líquido conservador, nome do colecionador ou requisitante e nome vulgar e científico do artrópode. Deve ser escrito a lápis, quando colocadas dentro do vidro com o material e o líquido conservador.
IDENTIFICAÇAO A identificação dos artrópodes é feita através do uso de chaves para classificação.
CONSERVAÇÃO
MONTAGEM A montagem deve ser realizada antes que o
Conservação dos exemplares secos
artrópode comece a secar. No caso de exemplares secos é necessário passarem em
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câmara úmida durante dois dias, para tornálos moles. Existem várias técnicas de montagem, sendo as mais usadas as três modalidades
para adultos de pequenas espécies, larvas e ninfas.
seguintes:
•
1.Montagem a seco Os alfinetes entomológicos empregados devem ser de níquel ou aço inoxidável e com comprimento e espessuras variáveis. Após a montagem o material deve ser guardado em gavetas, caixas ou tubos com naftalina. - Direta. Colocar o alfinete no tórax ou escutelo. Utilizada para dípteros, triatomídeos, himenópteros. - Indireta. O artrópode é fixado por meio de bálsamo, cola ou esmalte na extremidade de pedaços triangulares de cartolina. Utilizada para mosquitos ou outros insetos. - Caixas de vidro. Fixar o tórax do artrópode, utilizando cola. Empregado somente para demonstrações.
2. Montagem em liquido conservador •
Formol 10% ou álcool 70 0. Colocar o
artrópode sem nenhum preparo prévio. Utilizado para aranhas, escorpiões e carrapatos. Liquido de Faure. Possui a propriedade de conservar, matar, fixar, desidratar, clarear e servir de veículo de montagem de pequenos artrópodes, larvas e ninfas. A coloração é feita pela fucsina de Ziehl e a montagem entre lâmina e lamínula. •
3. Montagem em bálsamo entre lamina e lamínula A montagem em lâmina e lamínula é indicada
Técnica 1
•
•
•
•
•
•
•
Colocar o artrópode em vidro de relógio e clarificar em potassa a 10%, a quente. Transportar com tira de papel para outro vidro de relógio, com água destilada alguns minutos. Colocar com tira de papel no ácido acético a 10% - 5 a 10 minutos. Desidratar em álcool a 60,70, 80, 90, 95 5 minutos em cada álcool. Creosoto de Faia. Tempo variável, de minutos até tempo indeterminado, de acordo com a peça. Gotejar o creosoto de Faia em uma lâmina, colocando o artrópode sobre a mesma. Retirar o excesso de creosoto com papel filtro. Pingar sobre o artrópode uma gota de bálsamo e cobrir com uma lamínula.
Técnica 2. Método de (coloração pela Fucsina) •
Costa
Lima
Transferir o artrópode para a solução de
potassa a 10%, contida em cápsula de porcelana. Aquecer em banho-maria, variando o tempo conforme a espessura do animal (10 a 15 ou mais minutos). •
Transferir o artrópode por meio de uma tira
de papel, para uma lâmina, adicionando algumas gotas de fenol liquefeito. •
Observar ao estéreomicroscópio e com duas
agulhas de ponta curva comprimi com cuidado, o artrópode, repetidas vezes, para expelir a potassa e fazer penetrar o fenol. Corar pela fucsina de Ziehl aquecida ligeiramente, até desprender vapores. Este •
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Técnicas
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aquecimento é dispensável. •
Desprezar a fucsina e colocar algumas gotas
de fenol-xilol. •
água oxigenada 10 vols., durante aproximadamente 30 minutos, antes de executar a técnica.
Escorrer o fenol-xilol e tratar com algumas
gotas de xilol-fenol. • Desprezar o liquido e passar, duas a três
Técnica 4. Método simplificado para ácaros produtores de sarnas
vezes, pelo xilol puro.
•
Colocar o ácaro da sarna em álcool 95 0
•
Transferir para o creosoto.
•
Montar em bálsamo de Canadá, entre
lâmina e lamínula.
•
Montagem entre lamina e lamínula,
utilizando o bálsamo.
Técnica 3. Método de Costa Lima (com ou sem coloração peia Fucsina) •
Potassa 10% quente (aquecida em banho-
maria): 5 a 10 minutos. •
Água oxigenada pura até a clarificação (este
PESQUISA E COLETA DE PRODUTORES DE SARNAS • •
tempo depende do material).
ÁCAROS
Placa de Petri, bisturi, estilete, cotonete. Raspado cutâneo ou serosidade do ouvido.
•
Fenol puro: 10 a 15 minutos.
•
Goma de Berlese ou óleo mineral.
•
Fenol-xilol: 10 minutos.
•
Lamina e lamínula.
•
Óleo de cravo: 10 minutos.
•
Bálsamo, entre lamina e lamínula.
Técnica •
da lesão com um bisturi, ou coletar a serosidade do ouvido externo
Observações •
Raspar profundamente a pele na região
Do fenol puro, o artrópode pode ser
colocado diretamente no creosoto até clarificar e, após, diretamente no óleo de cravo.
•
com auxilio de um cotonete.
•
Colocar o material numa placa de Petri.
Se ao passar o exemplar pelo óleo de cravo
•
•
o líquido ficar amarelado, isso indica que o mesmo ainda se acha embebido da solução de potassa cáustica a 10%, sendo conveniente voltar novamente ao fenol e depois continuar a operação. •
No caso de corar o material, passa-se do
fenol para a fucsina fenicada de Ziehl e depois desidrata-se e diferencia-se pelo fenol sem prolongar a diferenciação, que será continuada pelo óleo de cravo. Em seguida montar em bálsamo de Canadá. •
Para uma melhor clarificação de pulgas é
aconselhável mergulhar os indivíduos em
•
Examinar o estereomicroscópio.
material
ao
Resultado: Positivo ou Negativo.
Exame positivo. Coletar o parasito por meio de um estilete embebido em goma de Berlese ou óleo mineral e montar entre lâmina e lamínula. Identificar ao microscópio. Exame negativo. Neste caso há duas alternativas a seguir:
1. Acrescentar solução de potassa 10% ao material coletado. Deixar atuar por tempo indeterminado. Examinar o sedimento entre a lâmina e lamínula. Identificar ao microscópio.
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vidro.
2.
Técnica da Potassa-éter
•
Raspado das lesões com bisturi e
glicerina. Adicionar 15 ml de potassa 10% ao material coletado. •
•
Juntar 15 ml de éter sulfúrico.
•
Agitar a mistura com auxilio de bastão de
•
Retirar o sobrenadante, quando ainda
em movimento, colocando-o em placa de Petri. •
Examinar ao estereomicroscópio com
aumento 40x.
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TECNICAS HELMINTOLÓGICAS Técnica
Vantagens
Esfregaço direto
Sacarose saturada ou sal
Flutuação por Sulfato de Zinco
Sedimentação Acetato de etila
por
Desvantagens
-Rápida de preparar -Nenhuma distorção de parasitas se uma solução salina isotônica for usada como diluente. -Única maneira para ver trofozoítos ao vivo (salina isotônica deve ser usado como diluente). -Útil para fezes de pássaros pequenos e répteis (onde ovos de trematódeos são comuns).
-Pode não ver o parasita se a concentração de parasitos for muito baixa ou se há muito sedimento ou gordura presente. -Areia, sementes, ou outro material fecal podem fazer justaposição e é difícil de fazer o esfregaço. -Pode levar muito tempo para examinar tudo
-Procedimento de flutuação dos ovos de helmintos mais comuns e oocistos de coccídios. -Soluções são baratas. -Há pouca sujeira para obscurecer a visão do parasita.
-Neste procedimento não flutuam ovos de trematódeo e alguns ovos de vermes chatos -Distorce cisto de Giardia. -Inadequado para amostras de fezes gordurosas.
-Neste procedimento flutuam a maioria dos ovos de helmintos. -Melhor método para cisto de protozoário, especialmente Giardia . -Há pequenas sujeiras para obscurecer visão de parasitas.
-Procedimento não flutuará alguns ovos de trematódeo, e alguns ovos de vermes chatos. -Inadequado para amostras de fezes gordurosas. -ZnSO4 é caro e um densímetro deverá ser usado para fazer a solução.
-Procedimento recupera TODOS os tipos de ovos de helmintos, larvas, e a maioria dos cistos de protozoários. -É a melhor técnica para materiais enviados na formalina - Amostras fixadas e para fezes com conteúdo de gordura alto
-É mais difícil executar que outras técnicas. -Acetato de Etila é inflamável e caro. -Há mais sujeira na lâmina de preparação que em lâminas de flutuação então levará muito mais tempo para fazer a leitura.
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SACAROSE SATURADA OU SAL TÉCNICA DE WILLIS
Principio Em uma solução saturada de sal ou açúcar os ovos dos helmintos tendem a subir, aderindo-se a parte inferior de uma lamínula colocada na superfície do líquido. É uma técnica qualitativa ou seja, serve para ver se há ou não ovos ou oocistos de protozoários. Usada principalmente em fezes de pequenos animais. Vantagens: -Procedimento de flutuação dos ovos de helmintos mais comuns e oocistos de coccídeos. -Soluções são baratas. -Há pouca sujeira para obscurecer a visão do parasita. Desvantagens : -Neste procedimento não flutuam ovos de trematódeos e alguns ovos de vermes chatos. -Distorce cisto de Giardia. -Inadequado para amostras de fezes gordurosas. Técnica: Encher um tubo de ensaio com solução saturada (20ml). •
•
•
•
Pesar dois gramas de fezes e colocar em um copo. Acrescentar um pouco de solução hipersaturada nas fezes. Homogeneizar com um bastão.
•
•
Acrescentar o restante da solução, coar e encher um tubo de ensaio até formar um menisco. Colocar uma lâmina de vidro e deixar por 15 minutos.
Retirar a lâmina e inverte-la bruscamente sem deixar cair a gota de solução. Pôr uma lamínula e levar ao microscópio usando objetiva de 10x. •
TÉCNICA DE HOFFMANN, PONS E JANER 1934 SEDIMENTAÇÃO SIMPLES Princípio: Sedimentação de ovos. Exame microscópico qualitativo direto, após concentração de fezes.
Objetivo: Pesquisa de trematódeos e cestódeos
ovos
de
Material: •
•
2 a 5 gramas de Fezes Solução fisiológica ou água de torneira : 400 ml
•
Lâmina e lamínula
•
Bastão de vidro
•
Coador
•
Beaker com capacidade de 250 – 500 ml
•
Cálice de sedimentaçãp (300-500 ml)
•
Pipeta
Técnica: •
Diluir as fezes em 200 ml de solução fisiológica ou água no beaker. Se
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•
•
•
•
•
•
necessário, para haver o amolecimento deixar em repouso por 10 a 20 minutos.
tubo e coloque em uma lâmina de microscópio para exame.
Tamisar a suspensão diretamente no cálice de sedimentação
* Este procedimento faz uso de duas
Deixar em repouso por 15 minutos Decantar o sobrenadante e adicionar ao sedimento 200 ml de solução fisiológica ou água.
características de comportamento da larva do nematóide. Primeiro, a água morna ativa a larva (porém, não aqueça acima de 37 a 40oC- limite superior). Segundo, as larvas de nematóides mais parasitas são as piores nadadoras. Então, os eventos seguintes acontecem quando a peneira é
Deixar em repouso por mais 15 minutos Decantar o líquido sobrenadante Coletar com pipeta algumas gotas do sedimento
Se o primeiro resultado for negativo repetir o exame até três vezes
colocada na água: As larvas migrarão pelo papel filtro e cairão na água. As larvas que não conseguem nadar vão até o fundo do prato e acumulam-se lá.
TÉCNICA DE BAERMANN O método de Baermann é usado para a extração de fases larvais vivas de
* * Quanto mais tempo você esperar, mais larvas se acumularão no fundo do prato, mas com o tempo a amostra
nematóides nas fezes.
fecal começa a desmanchar e atravessa o filtro de papel o que conduz a um acúmulo de sedimento junto com as larvas.
•
•
Examinar ao microscópio entre lâmina e lamínula
Técnica •
•
Coloque uma peneira em um Becker outro recipiente similar. Esparrame aproximadamente um grama de fezes em filtro de papel e coloque isto na peneira. Colocar água morna* no Becker até cobrir as fezes. Tenha cuidado para não romper as fezes.
•
Deixe descansar durante uma hora * *
•
Retire a peneira
•
•
Coloque o líquido em um tubo de centrífuga de 15 ml. Deixe na minutos
centrífuga
durante
TÉCNICA DE SEDIMENTAÇÃO PELO ACETATO DE ETILA Método: •
•
20 •
•
Usando uma pipeta de Pasteur, remova uma gota de sedimento do fundo do
Misture uma porção de fezes (aproximadamente 5x5 mm) em 9 ml de água, coe e despeje essa solução em um tubo de centrífuga de 15ml. Adicione três ml de acetato de etila, e tampa o tubo com uma rolha de borracha. Sacuda vigorosamente o tubo, e então centrifugue. Usando uma vareta, “retire” o anel de gordura que se formou entre a água e o
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•
•
acetato de etila (a tampa adere ao lado do tubo e deve ser separado antes do conteúdo líquido do tubo poder ser decantado).
NOTA: Se você quiser usar esta técnica somente para remover gordura, você pode homogeneizar o sedimento com uma solução de flutuação (hipersaturada),
Decante o sobrenadante cuidando para manter o sedimento do fundo do tubo intacto.
centrifugar, e remover o material do topo do flutuador para examinar ovos.
Transfira algum sedimento do fundo do tubo para uma lâmina e examine. O sedimento pode ser transferido de vários modos:
TÉCNICA DE CENTRÍFUGO FLUTUAÇÃO EM SULFATO DE ZINCO
1)Se algum líquido permanecer, o sedimento pode ser homogeneizado e uma gota transferida com uma pipeta para uma lâmina de microscopia. 2)Adicione uma gota de iodo ao tubo, mexa com uma vareta e então transfira com uma pipeta para a lâmina.
3) Use uma vareta para remover algum sedimento. Faça um esfregaço e cubra isto com uma lamínula como você faria em um esfregaço direto.
NOTA: Quando remover da centrífuga, seu tubo terá claramente camadas definidas: A. Uma camada de acetato de etila em cima. B. Um anel de gordura dissolvida no meio. C. Uma camada de água. D. Uma porção de sedimento ao fundo. A formalina utilizada para fixar ovos e cistos pode fazer estes não flutuarem (eles podem ter uma gravidade específica agora maior que 1.2 ) então esta técnica é preferida quando temos amostras de fezes fixadas em formalina.
Método: 1-Encha um tubo de centrífuga de 15 ml com solução de ZnSO4 (1.18 gravidade específica) * 2- Pese as fezes (2 a 3 gramas aproximadamente 1 cm em diâmetro), misture a solução e coe. 3-Usando um funil, verta a mistura de fezes + ZnSO4 para o tubo de centrífuga. 4- Centrifugue durante 2 minutos a velocidade alta (1500 - 2000 rpm). 5- Usando uma vareta ou alça de platina remova uma amostra da superfície da solução e coloque em uma lâmina de microscopia. Você pode ter que fazer várias amostras com a vareta para adquirir bastante material para examinar - tem que ter o equivalente a uma gota grande na lâmina. 6-Adicione uma gota de iodo (cora os cistos) e uma lamínula. Examine na objetiva de 10X .
Nota 1: Se a amostra contém uma quantia grande de gordura ou outro material que flutuam em água, você, pode lavar a amostra antes de fazer a flutuação.Quando você centrifugar a mistura água (sem ZnSO4) -fezes, os ovos afundarão, mas a gordura permanecerá flutuante. Depois da
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centrifugação decante o sobrenadante e some solução de ZnSO4 - misture bem. Centrifugue como no passo 4.
•
•
Nota 2: Pode-se colocar diretamente uma lamínula no tubo de centrífuga cheio da solução e após centrifugação remover a lamínula para uma lâmina. Ir ao microscópio fazer a leitura. * ZnSO4 solução (1.18 gravidade específica) é feito somando 386 gramas de ZnSO4 a 1 litro de água. A mistura deve ser conferida com um hidrômetro e deve ser ajustada a uma gravidade específica de 1.18. A ZnSO4 solução deve ser armazenada em vidros bem fechados para prevenir evaporação (e conseqüente mudança na gravidade específica da solução).
TÉCNICA DE GORDON E WHITLOCK, 1939 A técnica de contagem de ovos de Gordon e Whitlock é um método que determina o número de ovos de nematóides por grama de fezes para calcular a carga parasitária de lombrigas em um animal. Vantagem: Ela é rápida e como os ovos flutuam livre de sujeiras fica fácil de contar os ovos. Desvantagem: Você tem que usar uma câmara contadora especial. Técnica •
Pese 2 gramas de fezes para ovinos e 4g para bovinos
Misture 60 ml de ZnSO4 ou solução saturada de sal ou açúcar. Homogeneíze bem. Passe as fezes por um coador, retire o coador e com uma pipeta transfira uma amostra da mistura para um das câmaras de Mc Master.
•
•
Repita o procedimento e encha a outra câmara. Espere 1 minuto e então conte o número total de ovos na lâmina.
Multiplique o número total de ovos nas 2 câmaras por 100, e este é os número de ovos por grama (OPG). Se você utilizou 4 gramas multiplique por 50. •
A matemática: O volume debaixo da área marcada de cada câmara é 0.15 ml (a área marcada tem 1 cm X 1 cm e a câmara é 0.15 ml fundo), assim o volume examinado é 0.3 ml. Estes é 1/200 de 60 ml. Se você utilizou 2 gramas de fezes, então multiplique por 100 (se utilizou 4 gramas multiplique por 50), o resultado final é o número de “ovos por grama de fezes”.
Significado: Ovino – 2 gramas de fezes 2 gramas 1 ovo X 100 = 100 OPG Bovino – 4 gramas de fezes 4 gramas 1 ovo X 50 = 50 OPG
Ovos mais comuns: - Família Trichostrongylidae: Difícil de classificar o gênero, pois os ovos são muito parecidos. - Ascarídeo: Ovos que contém 3 camadas, fáceis de reconhecer.
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- Strongyloides : Ovo larvado, fácil de reconhecer. - Trichuris : Ovo bioperculado, fácil de reconhecer
fisiológica e mexa com uma vareta.Coloque uma lamínula e leve para o microscópio. •
- Moniezia : Ovo de cestóide, formato
quadrangular, triangular. - Eimeria : Oocisto de protozoário
Contagem: Ovinos - > 500 = dosificar < 500 = não dosificar Bovinos e eqüinos - > 300 = dosificar < 300 = não dosificar
A proposta do iodo, água, ou solução fisiológica é separar a sujeira das fezes.
•
O material contido na lâmina deve estar fino o bastante para que você possa ler do princípio ao fim.
COPROCULTURA Objetivo: Identificação de larvas (L3) de nematódeos gastrintestinais de ruminantes.
Coleta: Coletar uma amostra de 3 a 5 % do rebanho separado por idade. Ex: Campo 1 – 800 ovelhas de cria fazer exame de 20 a 24 amostras. Campo 2 – 500 borregas ( 2 a 4 dentes)
Material: -Recipiente de vidro -Serragem lavada e esterilizada de pinho (só fezes, fezes secas e esterilizadas) -Tubo de ensaio -Placas de Petri
– coletar 15 amostras Campo 3 – 300 ovelhas de cria - coletar 9 amostras
-Pipeta -Cordão -Estufa
Ex: Ciclo do Haemonchus 21 = 7 dias = 28 dias Fazer a coleta a cada 28 dias.
Preparo •
•
OBS: Para o controle do rebanho: fazer a coleta a cada 28,30 dias. Para verificar a eficiência do medicamento: fazer a coleta 7 dias após a dosificação para verificar se foram eliminados ovos.
•
•
•
EXAME DIRETO DE FEZES Técnica •
Coloque uma porção muito pequena de fezes em uma lâmina, coloque uma gota de iodo, água ou solução
•
Coletar 20 a 30 gramas de fezes frescas coletadas diretamente do reto Misturar as fezes com a serragem (2 partes de serragem para uma de fezes) Molhar até ficar na consistência de barro Encher o vidro com ¾ de sua capacidade. Limpar os bordos do vidro e tampá-lo com a placa de petri colocando um cordão (ou papel enrolado) entre a placa e o vidro para que entre ar. Levar a estufa e umedecer diariamente (se necessário) a mistura por 7 dias.
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Coleta de larvas Encher o frasco com água até a borda. Tampar o vidro com a placa de petri invertendo-o bruscamente para evitar que a água derrame. Colocar com a pipeta 5 a 10 ml de água na placa de petri Após 3 a 4 horas coletar o conteúdo existente na Placa de petri com uma pipeta e pôr em tubo de ensaio Fazer a identificação ou guardar na geladeira (dura 4 meses).
ESFREGAÇO DIRETO DE FEZES Principio Confecção de um esfregaço de fezes com uma quantidade pequena de fezes.Técnica utilizada em casos de suspeita de grande infecção por parasitas.
Vantagens - Rapidez, pouco equipamento requerido e facilidade de fazer. Desvantagens: -Pequena quantidade de fezes examinada que pode não detectar o parasitismo -Debris na lâmina que podem confundir a identificação
•
Misture com a pazinha
•
Faça um esfregaço com as fezes
•
•
Remova o excesso de fezes, adicione mais água ou salina e cubra com a lamínula. Examine com objetiva de 10x para pesquisa de ovos e larvas e de 40x para pesquisa de protozoários
MÉTODO DA GOTA ESPESSA Objetivo: Este método consiste em concentrar, sobre superfície reduzida, os hematozoários contidos em determinado volume de sangue. Técnica: Coloca-se em lâmina uma a duas gotas de sangue. Espalha-se em forma circular com alça de platina, até conseguir uma camada uniforme. Deixar secar por exposição ao ar ou levar à estufa a 37oC. Em seguida, hemolisar com água destilada, a qual destrói os eritrócitos, deixando intactos os leucócitos e os hematozoários. Secar novamente e corar pelos métodos usuais. Examinar em objetiva de imersão.
CÁLCULO DA CARGA PATOGÊNICA Material •
Lâminas e lamínulas
•
Pazinha
•
Lugol (opcional)
•
Solução fisiológica
Técnica •
Coloque uma gota de água na lâmina e uma quantidade igual de fezes
Cálculo do número de fêmeas: No fêmeas: OPG X quant. fezes dia Postura/fêmea/dia Cálculo do número de machos 70% do número de fêmeas Ex: Peso vivo do rebanho – 20 kg (20.000g)
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OPG (Str.) = 2000
Coprocultura Haemonchus sp. Haemonchus 1200 ovos
3400 Trichostrongylus sp. 0,8 carga patogênica 4000 Cooperia sp. 1 carga patogênica 3400 Cooperia sp. 0,8 carga patogênica Carga patogênica total – 2,4 Dois (2) inicia doença.
– 60%
Trichostrongylus Trichostrongylus - 400 ovos sp.- 20% sp.- Cooperia – 400 ovos Cooperia
20%
Ovopostura diária estimada 5000 Haemonchus sp. Trichostrongylus sp.
200
Defecação diária do rebanho – 5% do peso vivo Rebanho- 1000 g.
Cooperia sp.
200
Strongyloides sp.
3000
Bunostomum sp.
1200
a) Número de fêmeas Haemonchus – 1200
Oesophagostomum sp.
3000
X1000g = 1200 = 240 fêmeas
Nematodirus sp. Ostertagia sp.
50 200
Chabertia sp.
3000
ovos/dia
5000
5
Número de machos de Haemonchus = 70% fêmeas= 70% de 240 fêmeas = 188 machos Total- 428 Haemonchus b) Número de fêmeas de Trichostrongylus – 400X 1000g = 2000 fêmeas
Equivalência patogênica 500 = 100 Haemonchus Oesophagostomum = 3000 Ostertagia = 4000 Trichostrongylus , Cooperia, Nematodirus, Bunostomum
Strongyloides
=
200
200 ovos/dia Número de machos de Trichostrongylus – 70% de 2000 = 1400 machos. Total- 3400 Trichostrongylus adultos.
FÓRMULAS LUGOL Iodo................................06 gramas Iodeto de Potássio ........04 gramas H2O ..............................100 ml
c) Número de fêmeas de Cooperia – 400 X 1000g. = 2000 fêmeas 200 ovos/dia Número de machos de Cooperia - 70% de 2000 = 1400 machos Total- 3400 Cooperia adultos
SOLUÇÕES SATURADAS: SAL Densidade em 200 C – 1.19 Cloreto de sódio...................350 g Água destilada......................1000ml Dissolver o sal na água destilada morna. Filtrar.
Equivalência patogênica
AÇÚCAR
500 Haemonchus sp. 1 carga patogênica Densidade em 150 C – 1.12 428 Haemonchus sp. 0,8 carga patogênica 4000 Trichostrongylus sp. 1 carga patogênica ____________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro http://slide pdf.c om/re a de r/full/a postila -pa ra sito
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Técnicas
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Açúcar..............................500 g Água destilada..................320 ml Formol comercial.............. 10 ml ou fenol 7 g.(preservativo) Dissolver o açúcar na água destilada morna, após a dissolução acrescentar o fenol ou formol.
SULFATO DE ZINCO Densidade em 150 C – 1.182 Sulfato de magnésio .......33 g Água destilada.................100 ml Adicionar água destilada quente no sulfato de zinco, filtrar.
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Manual de endoparasitos
PARTE V
Manual de endoparasitos
_________________________________________________________________ Os próximos capítulos são dedicados a identificação de ovos, cistos, oocistos e larvas de parasitos internos. Esses material foi adaptado do livro de D. THIENPONT, F. ROCHETTE, and O. F. J. VANPARIJS chamado
Diagnosing
Helminthiasis
Through Coprological Examination. 187 pages, illustrated. Janssen Pharmaceutica. 1979. Há
um
capitulo
sobre
os
principais
helmintos parasitos de cães e gatos, de ruminantes, de eqüinos, suínos e aves na seqüência temos os principais protozoários dos animais domésticos, identificação de larvas L3 e artefatos que comumente atrapalham o diagnóstico em exames de fezes.
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CÃES E GATOS INTRODUÇÃO O homem vive em contato direto com cães e gatos. Animais de estimação são infectados por vários gêneros de vermes – vários dos quais ocorrem em animais selvagens também. O alimento natural desses animais que consiste em carne, peixe e especialmente vísceras, é a maior fonte de infecção. Vermes de cães e gatos podem não ser somente patogênico para seus hospedeiros como podem também causar zoonoses. Algumas espécies de vermes são transferidas para o homem (como Toxocara canis, Echinococcus granulosus ). Crianças em particular, são altamente susceptíveis, pelo íntimo contato com animais domésticos. Os ovos de vermes de Trichuris, Ascarídeos e Taenia são extremamente resistentes, assim representando um constante risco de reinfecção. Espécies de vermes podem habitar vários órgãos e tecidos de seus hospedeiros. A maioria ocorre no trato gastrintestinal. Alguns parasitam a bexiga e rins ( Capillaria sp . e Dioctophyma renale ), pulmões (Capillaria aerophila , Aelurostrongylus abstrusus ) ou coração e vasos sangüíneos (Angiostrongylus vasorum , Dirofilaria immitis ). Infecções de cães e gatos por vermes são diagnosticadas através de exame de fezes, urina e ocasionalmente sangue ou esputo. Muitos ovos de vermes encontrados nas fezes são de nematódeos gastrintestinais e poucas espécies de cestódeos. A presença de larvas de vermes em fezes de gato, indica a presença do verme pulmonar (Aelurostrongylus abstrusus); quando ocorre em fezes de cães indica a presença de Angiostrongylus vasorum. Na urina podemos encontrar o ovo de Capillaria plica, Capillaria felis cati e Dioctophyma renale. Deve-se ter o cuidado com o material utilizado na prática, pois algumas vezes pode ocorrer a contaminação de urina nas fezes e então podemos encontrar esses ovos em exame de fezes. Em exame direto ou técnicas de concentração raramente se observa a presença de ovos de Taenia, a não ser que os segmentos maduros já tenham se desintegrado. Segmentos maduros ocorrem separadamente ou em cadeias, são fáceis de ser observados a olho nu nas fezes e envolta da região anal. Espécies de Tenídeos podem ser diagnosticados por meio dos segmentos expelidos com as fezes.
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DE OVOS ENCONTRADOS EM FEZES DE CÃES E GATOS 1.Com dois plugues polares 1.1.Protuberantes Casca lisa (nas fezes) Casca granulada (na urina, fezes ou esputo) 1.2.Não Protuberantes Casca espessa com superfície granular (na urina) 2. Sem Plugues polares 2.1. Esférico 2.1.1. Conteúdo não segmentado Casca lisa, transparente Casca áspera, marrom amarelado Aprox. 75 µ (cão) Aprox. 65 µm (gato) 2.1.2. Embrião hexacanto a. Sem embrióforo, 1 a 30 ovos em cápsulas ovígeras b. Com embrióforo, ovos separados.
2.2.Não esférico, ovóide. 2.2.1.Com larva 2.2.2.Sem larva a. Com opérculo > 120 µm, > 40 µm, b. Sem opérculo, ovos do tipo strongylidae ± 70 µm (cão) ± 65 µm (gato) (cão)
Trichuris Capillaria Dioctophyma
Toxascaris Toxocara canis Toxocara cati Dipylidium Taenia spp. Multiceps Echinococcus Strongyloides
Mesostephanus Apophallus Uncinaria Ancylostoma tuba Ancylostoma caninum
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Trichuris vulpis - Nematoda
Capillaria spp. - Nematoda
Cães
C. felis cati (gato) – C. plica (cão)
• •
• • • •
Ovos de tamanho médio: 70-90 µm de comprimento por 32 – 41 µm de largura Lados das paredes levemente em forma de barril
•
Dois pólos plugues polares transparentes nos Parede espessa com superfície lisa Conteúdo granular, não segmentado. Deve ser distinguido de ovos de Capillaria que são menores e tem casca granulosa.
•
• •
• • • •
Ovos de tamanho médio: 60 - 65 µm de comprimento por 29 - 30 µm de largura Ovóide Alongado, com dois plugues polares. Plugues polares são transparentes, largos e aplainados. Casca de cor amarelada Conteúdo não segmentado, granular. Ovos são somente encontrados na urina Deve ser diferenciado de ovos de Trichuris vulpis , que são maiores e tem casca lisa, e de ovos de Capillaria aerophila que ocorre somente em fezes ou esputo.
Capillaria aerophila - Nematoda
Dioctophyma renale - Nematoda
Cães e gatos
Cães e gatos
• • • • •
Ovos de tamanho médio: 60 - 74 µm de comprimento por 35 - 40 µ de largura Ovóide Alongado, com dois plugues polares. Casca de cor marrom amarelada Conteúdo granular fino
Deve ser diferenciado de ovos de Trichuris vulpis , que são maiores e tem casca lisa, e de ovos de Capillaria felis cati que ocorre somente em urina.
• • • • •
Ovos de tamanho médio: 64 - 68 µm de comprimento por 40 - 44 µ de largura Ovóide com plugues polares levemente protuberantes Cor castanha amarelado Casca espessa com superfície granulosa, ovos não segmentados. Ovos ocorrem na urina
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Toxascaris leonina - Nematoda
Toxocara canis - Nematoda
Cães e Gatos
Cães
• • •
Ovos de tamanho médio: 75 - 85 µm. Quase esféricos ou levemente ovais Casca espessa, lisa e pálida.
•
Conteúdo granulare marrom não segmentado ocupandoamarelado, somente parte do ovo.
• • • •
Ovos de tamanho médio: 75 - 90 µm. Quase esféricos ou levemente ovais Casca espessa, áspera, granular. Conteúdo granular marrom à preto, não segmentado e normalmente ocupando todo o ovo.
Deve ser distinguido de ovos de Toxocara , que tem casca áspera e conteúdo marrom ou preto.
Deve ser distinguido de ovos de Toxascaris leonina, que tem casca lisa, pálida e conteúdo marrom amarelado.
Toxocara cati - Nematoda
Dipylidium caninum - Cestoda
Gato
Cães e gatos
• • • •
Ovos de tamanho médio: 65 - 75 µm Quase esféricos ou levemente ovais Casca espessa, áspera, granular. Conteúdo granular marrom a preto, não segmentado e normalmente ocupando todo o ovo.
• • • • •
Ovos dentro de uma cápsula ovígera (120 – 200 µm) em número de 1 a 30 Ovos pequenos 26-50 µm. Quase esférico com membrana vitelina Ovo castanho a amarelado Contém embrião hexacanto no seu interior
Deve ser distinguido de ovos de Toxascaris leonina , que tem casca lisa, pálida e conteúdo marrom amarelado.
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Ovos de Taenia - Cestoda
Uncinaria stenocephala - Nematoda
Cães e gatos
Cães
•
• • • •
Ovo de tamanho pequeno: Taenia pisiformis (cão) 32 - 37 µm de largura. Taenia hydatigena (cão) 35 - 38 µm de largura. Multiceps multiceps (cão) 31 - 36 µm de largura. Multiceps serialis (cão) 27 - 34 µm de largura. Hydatigera taeniformis (gato) 31 - 37 µm de largura. Echinococcus granulosus (cão e gato) 30 - 36 µm de largura. Echinococcus multiocularis (cão e raposa) 30 - 36 µm de largura. Esférico a elipsóide Contém embrião hexacanto Casca espessa, lisa, com embrióforo ( estriado radialmente) Estes ovos são observados somente após desintegração da proglótide
• •
Ovos de tamanho médio: 63 – 80 µm de diâmetro por 32 - 50µ de largura. Ovóide. Pólos diferentes
• • •
Paredes tendem a ser paralelas Casca fina, com superfície lisa. Blastômeros largos
•
Deve ser distinguido de Ancylostoma caninum que é menor e tem a parede mais fina.
Physaloptera - Nematoda
Diphyllobotrium - Cestoda
Cães e gatos
Cães e Gatos
• •
Ovos alongados, espessados em um ou outro pólo encontrados em fezes ou vômito. Semelhante ao ovo de Spirocerca , porém, é mais oval.
•
•
Ovos semelhantes aos da Fasciola hepatica sendo amarelados e operculados, porém menores. 60- 70 µ
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Ancylostoma spp. - Nematoda
Aelurostrongylus abstrusus - Nematoda
Cães e Gatos
Gato
• • • • • • • • •
Ovo de tamanho médio A. caninum 56 – 65µm de diâmetro por 37 – 43 de largura (Cães) A. tubaeforme 55–76µm de diâmetro por 34– 45 de largura (Gatos) Ovóide Pólos similares e arredondados Lados das paredes com forma de barril Casca fina, lisa. 2 a 8 blastômeros grandes Deve ser distinguido de Uncinaria stenocephala que é levemente maior
A larva L1 é encontrada nas fezes. Tamanho médio: 360-400µ de diâmetro por 15 - 20µ de largura. O ovo tem uma casca fina e embriona-se no pulmão, mede 70 a 80µm por 50 75µm Larva curta, espessa com um espinho dorsal na cauda. Cabeça cônica com esôfago característico de Strongyloide s Com conteúdo granular
• • •
• • •
Esporulado
Spirometra - Cestoda
Toxoplasma - Protozoário
Cães e gatos
Gatos
•
Ovos semelhantes ao do Diphyllobotrium
• • • •
Não Es orulado
Oocistos: 12 µ São encontrados nas fezes de gatos e não são esporulados em fezes frescas A esporulação ocorre em no mínimo 3 dias O oocisto esporulado contém dois esporocistos, cada um com quatro esporozoítos.
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Trofozoíta
Cistos
Giardia- Protozoário
Isospora - Protozoário (I. canis, I. felis, I. ohioensis, I. rivolta )
Cães e Gatos
Cães e Gatos
•
• •
Forma trofozoíta piriforme e elipsóide, extremidade arredondada, simétricos com face dorsal convexa e ventral côncava. Dois axóstilos e 8 flagelos distribuídos em 4 pares. Forma cística de forma oval possuindo 2 a 4 núcleos e fibrilas. Métodos mais indicados: Flutuação com sulfato de zinco ou exame direto das fezes, pois soluções hipersaturadas de sal ou açúcar distorcem o parasito. A forma trofozoíta é muito sensível.
• •
Oocistos esporulados com dois esporocistos e cada um com quatro esporozoítos. 15 a 40 µ
Cryptosporidium - Protozoário
Sarcocystis - Protozoário
Cães e Gatos
Cães e Gatos
• • •
Oocistos minúsculos: 4 – 4,5 µ. Cada oocisto com 4 esporozoitos (não há esporocisto) Pode-se diagnosticar através de técnicas de flutuação ou esfregaço de fezes corados por Ziehl-Nielsen onde os esporozoítos aparecem como grânulos vermelho-brilhantes.
•
•
Ao contrário de Isospora , estes são esporulados quando eliminados nas fezes e contêm dois esporocistos cada um com quatro esporozoítos. 14-15 µ
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OVINOS, CAPRINOS E BOVINOS INTRODUÇÃO Os ovos de vermes e larvas encontrados em fezes de bovinos são quase os mesmos encontrados em e caprinos. embrionário em ovos de Trichostrongylideos gastrointestinais: De acordo Há ovinos um desenvolvimento com a espécie de verme, os ovos contém de 4 a 32 blastômeros. Estes são os ovos de vermes mais freqüentemente encontrados e eles tem dimensões muito parecidas. A maioria dos laboratórios não consegue distinguir os ovos de Cooperia, Haemonchus, Trichostrongylus, Ostertagia e Oesophagostomum , então dão o diagnóstico de: presença de Estrongilideos ou Trichostrongilideos nas fezes. Um diagnóstico correto pode ser feito com uma boa experiência e comparando as características com precisão. Se for preciso podem ser identificadas as larvas dos vários gêneros após coprocultura, e então confirmado o diagnóstico. Os ovos de vermes redondos como Trichuris (com plugues polares), Strongyloides (com larva no interior) ou os muito grandes como Nematodirus são facilmente reconhecidos. Os ovos de Toxocara vitulorum são bastante similares aos ovos de T. canis , parasito de cães, porém a camada externa da casca dos ovos de T. canis é mais larga que a de T. vitulorum . Os grandes e pequenos vermes pulmonares de ovinos são diferenciados pelo exame microscópico das larvas; em bovinos como o únicoa verme pulmonar encontrado é o Dictyocaulus . Uma infecção com trematódeos viviparus Fasciola hepatica é facilmente identificada pelos ovos típicos (amarelos e grandes com um opérculo). Se forem achados segmentos ou cadeias inteiras de segmentos maduros nas fezes um exame ao microscópio poderá confirmar uma infecção por Moniezia com típicos ovos irregulares. CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DE OVOS ENCONTRADOS EM FEZES DE RUMINANTES 1.Com plugues polares 1.1Plugues polares protuberantes 1.2Sem plugues polares protuberantes 2.Sem plugues polares 2.1.Com larva - Casca fina, com larva de nematóide no interior - Ovos triangulares ou piramidais com larva contendo seis ganchos
Trichuris Capillaria
Strongyloides Moniezia
2.2.Sem larva 2.2.1.Com opérculo # Pequenos ovos de cor escura elipsóides e assimétricos # Ovos grandes e elipsóides a- amarelo ouro a marrom (140 µ) b- esverdeados a hialinos (160 µ) 2.2.2.Sem opérculo a- Com parede espessa e membrana albuminosa b- Com dupla parede transparente > 130 µ ♦Ovos ovóides com grandes blastômeros escuros ♦Ovos elípticos com pólos não similares < 130 µ 4- 8 blastômeros > 8 blastômeros (16- 32) Pólos marcadamente distintos Pólos similares ou quase similares Com paredes paralelas Com paredes esféricas c- Ovos ovais com grandes blastômeros Com pólos mais ou menos assimétricos Com pólos similares d- Ovos ovais ou elipsóides com pequenos blastômeros Largo com pólos ligeiramente aplainados Pólos não muito largos, e mórulas com grande quantidade de pequenos blastômeros
Dicrocoelium
Fasciola Paramphistomum Toxocara
Nematodirus Marshallagia Bunostomum Trichostrongylus Cooperia
Haemonchus Oesophagostomum Chabertia Ostertagia
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Trichuris ovis - Nematoda
Capillaria sp. (C. longipes – C. brevipes)
Ruminantes
Ruminantes
• • • •
Nematoda
Ovos de tamanho médio: 75 µ (70-80) de comprimento por 35 µ (30-42) de largura Com dois plugues polares protuberantes e transparentes Parede espessa Conteúdo granular, sem blastômeros.
Deve ser distinguido de Capillaria (< 60 comprimento; plugues polares aplainados).
µ
• • • • •
de
Ovos de tamanho pequeno: 45 - 50 µ de comprimento por 22 - 25 µ de largura Com dois plugues polares pouco protuberantes e transparentes Lados das paredes são paralelos Conteúdo granular, não segmentado. Parede espessa com superfície enrugada
M.
M.
Strongyloides papillosus - Nematoda
Moniezia - Cestoda
Ruminantes
Ruminantes
• • • • •
Ovos de tamanho médio: 47-65 µ de comprimento por 25 - 26 µ de largura Ovo largo, forma de elipse Pólos largos, semelhantes e ligeiramente aplainados Paredes laterais semelhantes Casca fina, pálido, com superfície lisa.
•
Ovos de tamanho médio: Moniezia expansa – ovinos formato mais ou menos triangular a piramidal : 50 - 60 µ Moniezia benedeni – bovinos – Formato mais ou menos quadrangular: 80 - 90 µ Contém um embrião cercado por um aparato piriforme Parede espessa com superfície lisa, cor escura, cinzenta. o
o
•
É embrionado: contém a larva L1, que mais tarde emerge do ovo, às vezes até mesmo no mesmo dia.
-
•
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Fasciol
Paramphistom
Paramphistomum cervi - Trematoda
Toxocara vitulorum - Nematoda
Ruminantes
Ruminantes
•
• • •
Ovos de tamanho grande: maior que 160 µ • (125 – 180) de comprimento por 75 – 103 (90) µ de largura • Cor pálida, de cinzento a esverdeado. •
Ovos de tamanho médio: 69 – 95 µ de comprimento por 60 - 77 µ de largura. Quase esféricos Paredes espessas, nitidamente alveoladas.
•
Contém conteúdo granular, não segmentado e usualmente preenchendo só uma parte do ovo.
Pólo tampade(opérculo) Nos com estágios início de segmentação ele contém 4 a 8 blastômeros cercados por aproximadamente 50 células.
Deve ser distinguido de Fasciola (menor, marrom amarelado)
Dicrocoelium lanceatum - Trematoda
Fasciola hepatica -
Ruminantes
Ruminantes
• • • •
Ovos de tamanho pequeno: 38 - 45 comprimento por 22 - 30 µ de largura Marrom escuro Formato de elipse irregular Parede espessa
Contém o miracídio que preenche completamente o ovo; é difícil de distinguir, pois se observa vagamente o opérculo.
µ
de
•
• • • • • •
Trematoda
Ovos de tamanho grande: (> 130 µ) 130 – 145 µ de comprimento por 70- 90 µ de largura. Elipse quase regular Pólos quase similares Paredes simétricas com forma de barril Paredes finas Ovos marrons amarelados, granulares; sem blastômeros. Pólo com tampa (um opérculo)
Deve serde distinguido de Paramphistomum cervi (é maior, cor esverdeada) __________________________________________________________________________________________ Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria Profa Silvia Gonzalez Monteiro http://slide pdf.c om/re a de r/full/a postila -pa ra sito
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Nematodirus - Nematoda
Bunostomum - Nematoda
Ruminantes
Ruminantes
•
Ovos de tamanho grande (>130 µ): - Nematodirus filicollis
•
Ovos de tamanho médio: Bunostomum phlebotomum (bovino) 88o
µ de comprimento por 47 - 56 µ de 150 µ (130 – 200) de comprimento por 75µ 104 largura. (70-90)de largura - Nematodirus helvetianus Bunostomum trigonocephalum (ovino) 88-104 µ de comprimento por 47 - 56µ 212 µ (160 – 233)de comprimento por 97 µ (87-121)de largura de largura. - Nematodirus spathiger • De formato elíptico regular largo, com 4 a 8 blastômeros. 200 µ (175 – 260)de comprimento por 108 µ (106-110)de largura Paredes com lados não similares, com um dos • - Nematodirus battus lados levemente aplainado. 164 µ (152 – 182) de comprimento por 72µ Deve ser diferenciado de Chabertia (lados paredes (67-77) de largura • Formato de elipse mais ou menos regular similares e mais blastômeros) • Paredes similares • Pólos similares Casca fina, pálido (N. filicollis, N. • spathiger ), claro(N. helvetianus ) ou marrom (N. battus ) • 2 a 8 grandes blastômeros o
Deve
ser
diferenciado de Marshallagia (pólos arredondados, 16032 blastômeros) marshalli
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242 ___________________________________________________________________________
Trichostrongylus - Nematoda
Cooperia - Nematoda
Ruminantes
Ruminantes
•
Ovos de tamanho médio:
Trichostrongylus axei 70 - 108 µ de comprimento -por 30 - 48 µ de largura - Trichostrongylus colubriformis 79 - 101 µ de comprimento por 38-50 µ de largura - Trichostrongylus vitrinus >90 µ . 85 - 125 µ de comprimento por 37-55 µ de largura • Elipse irregular • Pólos não semelhantes, não muito largos, um dos quais mais arredondado que o outro. • Lados das paredes diferentes, sendo um mais aplainado. • Casca fina, com superfície lisa. 16 a 32 blastômeros •
•
Ovos de tamanho médio:
Cooperia oncophora – bovinos - 74 - 95 µ por -36-44 µ - Cooperia punctata – bovinos – 69 - 83 µ por 29-34 µ - Cooperia curticei – ovinos - 60 - 88 µ por 3042 µ • Elipse pequena regular • Pólos pequenos, quase similares. Lados das paredes paralelos e aplainados • • Casca fina com superfície lisa, o lado interno é coberto por uma fina membrana do ovo. • Muitos blastômeros, difícil de distinguir.
Diferenciar de Ostertagia (paredes esféricas e pólos mais largos)
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243 ___________________________________________________________________________
Haemonchus - Nematoda
Oesophagostomum - Nematoda
Ruminantes
Ruminantes
•
Ovos de tamanho médio:
•
µ largura Média de 74de (62-95) de comprimento por 44 µ (36-50) Elipse larga regular Pólos largos, aplainados e muito similares. Lados das paredes similares, parecendo um barril. Casca fina, amarelados com superfície lisa, a parte de dentro é coberta por uma fina membrana. Numerosos e quase não distinguíveis blastômeros.
•
Ovos de tamanho médio:
radiatum – bovinos - 75 - 98 -µOesophagostomum por 46-54 µ -Oesophagostomum columbianum – ovinos– 65 • 88 µ por 40-54 µ • -Oesophagostomum venulosum – ovinos - 85 • 120 µ por 45-60 µ • Formato elíptico, largo e regular. • Pólos arredondados e similares • • Lados das paredes quase similares, parecidos com um barril. • • Casca fina com superfície lisa, o lado interno é coberto por uma fina membrana. Diferenciar de Oesophagostomum (blastômeros • 16 a 32 blastômeros são facilmente distinguidos) Diferenciar de Haemonchus (blastômeros são mais difíceis de distinguir)
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Chabertia ovina - Nematoda
Ostertagia - Nematoda
Ovinos
Ruminantes
Ovos de tamanho médio: -Ostertagia ostertagi – bovinos - 75 - 98 µ por 4654 µ • -Ostertagia circumcincta – ovinos - 75 - 98 µ por • 46-54 µ • Formato elíptico, regular • Pólos não muito largos e simétricos • • Lados das paredes simétricos, parecidos com • um barril • Casca fina com superfície lisa, o lado interno • é coberto por uma fina membrana. Grande número de blastômeros difíceis de • Diferenciar de Bunostomum (um lado da parede é distinguir e que preenchem quase todo ovo aplainado) Diferenciar de Haemonchus ( redondo) e Cooperia • •
Ovos de tamanho médio: Média de 90 µ (77-105) de comprimento por 50 µ (45-59) de largura Formato elíptico, largo e regular Pólos ligeiramente largos, aplainados e muito similares Lados das paredes similares, parecendo um barril Casca fina, com superfície lisa, a parte de dentro é coberta por uma fina membrana . 16 a 32 blastômeros.
•
(Paredes paralelas)
Dictyocaulus viviparus – L1 - Nematoda
Dictyocaulus filaria – L1 - Nematoda
Ruminantes
Ruminantes
• •
• • •
390-450 µ de comprimento por 25µ de largura Cabeça arredondada (não tem uma protuberância protoplasmática (botão cefálico) como Dictyocaulus filaria ) Esôfago simples do tipo estrongiloide. Encontrado nas fezes Cauda termina em ponto cego
• •
• •
550 – 580 µ Cabeça contém uma protuberância protoplasmática (botão cefálico) Muitos grânulos intestinais acinzentados Cauda termina em ponto cego
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Não
Muellerius capillaris -
L1 – Larva - Nematoda
Ovinos • • • •
300 – 320 µ Cabeça sem uma protuberância protoplasmática (botão cefálico) Grânulos intestinais finos Cauda termina com um espinho dorsal e ondulada
Eimeria - Protozoário ( E. zuernii, E. cylindrica, E. ellipsoidallis, E. auburnensis, E. bovis, E. ahsata, E. granulosa, E. ovina, E. faurei, E. ovinoidalis, E. crandallis, E. intricata )
Ruminantes •
•
Oocistos esporulados com quatro esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. 18 – 30 µ
Giardia – Protozoário
Thysanosoma - Cestoda
Ruminantes
Ruminantes
•
• •
Forma trofozoíta piriforme e elipsóide, extremidade arredondada, simétricos com face dorsal convexa e ventral côncava. Dois axóstilos e 8 flagelos distribuídos em 4 pares. Forma cística de forma oval possuindo 2 a 4 núcleos e fibrilas. Métodos mais indicados: Flutuação com sulfato de zinco ou exame direto das fezes, pois soluções hipersaturadas de sal ou açúcar distorcem o parasito. A forma trofozoíta é muito sensível.
Esporul
• •
Ovos muito pequenos, 19 – 26 µ, sem aparato piriforme. Presença de corpos para-uterinos nos ovos
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SUINOS INTRODUÇÃO Os ovos de Ascaris suum, Trichuris suis , Strongyloides sp . e Metastrongylus sp. São fáceis de identificar.são As bastante diferenças entre de os diferenciar; ovos de Oesophagostomum sp . e Hyostrongylus rubidus , ao contrário, difíceis o diagnóstico diferencial é possível somente após cultura das fezes (coprocultura) e exame microscópico da larva. As características destas larvas são específicas das espécies. Os ovos de Strongyloides sp . são fáceis de reconhecer pela parede fina e lisa, e também por conter no seu interior uma larva (L1), essa larva emerge muito cedo do ovo, então para identificação desse ovo devemos examinar fezes frescas, recém expelidas. Em fezes velhas é difícil de identificar a larva de Strongyloides de outras larvas de vida livre que habitam o bolo fecal. O ovo de Metastrongylus também contém uma larva L1, porém a superfície do ovo é enrugada. Fezes de suíno também podem conter ovos de outros parasitas principalmente de ruminantes como: Trichostrongylus vitrinus e Trichostrongylus colubriformis e ovos de trematódeos de Fasciola hepatica e Dicrocoelium lanceatum.
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DE OVOS ENCONTRADOS EM FEZES DE SUÍNOS 1.Com plugues polares
Trichuris
2.Sem Plugues polares 2.1. Com larva - Parede lisa e fina
Strongyloides
-- Elíptico Superfície enrugada parede espessa e alongado, 2.2. Sem larva Parede marrom, espessa Ovo pálido com casca lisa > 8 blastômeros < 8 blastômeros Ovo na urina
- Após trichinoscopia
Metastrongylus Physocephalus Ascaris *Hyostrongilus e Oesophagostomum Globocephalus Stephanurus
Trichinella
Protozoários: Giardia Eimeria Balantidium Isospora Outros: Schistosoma Gongylonema Macracantorhynchus
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Trichuris suis - Nematoda
Strongyloides (S. papillosus (=suis) – S. ransomi ) Nematoda
Suínos
Suínos
•
• • • •
Ovos de tamanho médio: 50-68 µm de comprimento por 21 – 31 µ de largura Lados das paredes levemente em forma de barril Dois plugues polares transparentes nos
•
•
Ovos de tamanho pequeno: 40 - 55 µm de comprimento por 20 - 35 µm de largura Forma elíptica Casca de cor verde acinzentada Parede muito fina
pólos Parede espessa com superfície lisa Conteúdo granular, não segmentado.
•
Contém uma larva L1
• •
Deve ser diferenciado de ovos de Metastrongylus que são mais largos e mais redondos.
Metastrongylus elongates - Nematoda
Physocephalus sexalatus - Nematoda
Suínos
Suínos
•
Ovos de tamanho médio: 51 - 63 µ de comprimento por 33 - 42 µ de largura
•
Ovos de tamanho pequeno: 31 - 45 comprimento por 12 - 26 µ de largura
• •
Forma elíptica ou arredondada Casca espessa com superfície enrugada Contém uma larva L1 A casca do ovo de Metastrongylus possui debris fecais aderidos.
• •
Ovo elíptico e alongado Casca espessa Contém uma larva
• •
•
µ
de
Deve ser diferenciado de ovos de Strongyloides sp . que são menores, mais lisos e mais elipsóides.
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Ascaris suum - Nematoda
Globocephalus urosubulatus - Nematoda
Suínos
Suínos
•
• • •
Ovos de tamanho médio: 50 – 70µm de comprimento por 40 - 60µm de largura Elípticos ou redondos Casca espessa, aberto pelo lado de dentro por uma membrana. Cor marrom dourado.
Conteúdo: células granulares.
não
segmentadas,
•
• • •
Ovos de tamanho médio: 50 - 56 µm de comprimento por 26 - 35 µm de largura Ovóide Casca fina, pálida com superfície lisa. Poucos blastômeros: 6 - 8
Deve ser distinguido de ovos de Oesophagostomum e Hyostrongylus que tem mais blastômeros.
Adultos
Hyostrongylus rubidus - Nematoda
Hyostrongylus rubidus L3 – Larva - Nematoda
Suínos
Suínos
•
• • •
Ovos de tamanho médio: 69 - 85 µ por 39 – 45 µ de largura Ovóides com pólos redondos similares Ovo de superfície lisa e parede fina. Em fezes frescas: mínimo de 32 blastômeros.
Deve ser distinguido de ovos de Oesophagostomum , para isso deve ser feita cultura das fezes e diferenciação pelas larvas.
•
• •
Tamanho: Sem envoltura: 715 - 735 envoltura: 800 - 22 µ Cauda longa: 60 - 68 µ . A larva tem movimentos rápidos.
µ
Com
Deve ser distinguido de larvas de Oesophagostomum, que são mais curtas e mais espessas, e se movem mais lentamente. Usar técnica de Baermann, após cultura das larvas.
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Oesophagostomum dentatum - Nematoda
Oesophagostomum dentatum L3 – Larva Nematoda
Suínos
Suínos
•
• • • •
•
Ovos de tamanho médio: 66 - 80 por 38 - 47 µ Formato oval largo e regular
µ
Pólos arredondados similares Lados das paredese quase similares, parecidos com um barril Casca fina com superfície lisa, o lado interno é coberto por uma fina membrana. Em fezes frescas: 8 a 16 blastômeros
•
•
Tamanho: Sem envoltura: 515 - 532 Com envoltura: 660 - 720 µ X 30 µ Cauda curta: 45 - 53 µ .
µ
•
A larva tem movimentos lentos. Deve ser distinguido de larvas de Hyostrongylus , que é mais longa e mais fina, e se move rapidamente. Usar técnica de Baermann, após cultura das larvas.
Diferenciar de Hyostrongylus A diferenciação é feita por meio de cultura de fezes e exame microscópico das larvas
Stephanurus dentatus - Nematoda
Trichinella spiralis - Nematoda
Suínos
Suínos, ratos, outros mamíferos e homem
•
• • • •
Ovos de tamanho médio: 90 - 114 µ por 53 - 70 µ Formato elíptico largo e irregular Casca fina e transparente Muitos blastômeros: 32 - 64 O ovo é encontrado somente na urina
• •
•
Tamanho: 30 µ - 800 - 1000 µ A larva infectante vive encapsulada no tecido muscular de vários mamíferos e são adquiridos através da alimentação. A larva encapsulada no tecido tem formato espiral
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Trofozoíta
Cisto
Giardia - Protozoário
Isospora - Protozoário
Suínos
Suínos
•
• •
Forma trofozoíta piriforme e elipsóide, extremidade arredondada, simétricos com face dorsal convexa e ventral côncava. Dois axóstilos e 8 flagelos distribuídos em 4 pares. Forma cística de forma oval possuindo dois a quatro núcleos e fibrilas. Métodos mais indicados: Flutuação com sulfato de zinco ou exame direto das fezes, pois soluções hipersaturadas de sal ou açúcar distorcem o parasito. A forma trofozoíta é muito sensível.
Não esporulado
•
•
Oocistos esporulados com dois esporocistos e cada um com quatro esporozoítos. 15 a 18 µ
Esporulado
Eimeria – Protozoário (E. spinosa, E. porci, E. Macracantorhynchus - Acantocephala neodebliecki, E. debliecki, E. scabra ) Suínos •
•
Oocistos esporulados com quatro esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. 18 – 23 µ
Suínos • •
Ovo oval com 110 µ Casca marrom escura e contém a larva acantor no seu interior.
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EQUINOS INTRODUÇÃO Em nossas regiões quase todos os eqüinos são infectados por nematóides. A maioria da população de vermes possui grande variedade de espécies, sendo as mais patogênicas as pertencentes às famílias Ascaridae e Strongylidae. O diagnóstico das helmintíases é determinado principalmente pelo exame microscópico dos ovos dos vermes. Os ovos de Oxyuris equi e Parascaris equorum são bastante característicos e fáceis de identificar. O ovo de Dictyocaulus arnfield , Strongyloides westeri e Habronema spp. sempre contém uma larva. A larva deixa o ovo cedo – algumas vezes dentro do hospedeiro de forma que ovos e larvas podem ser encontrados nas fezes. Os ovos de Trichostrongylus axei, Triodontophorus spp., Trichonema spp . e Strongylu s spp. são muito similares, a diferenciação é possível mediante apurada medida e comparação de suas propriedades morfológicas. As larvas desses nematóides obtidas após cultura das fezes, são facilmente distinguíveis com a ajuda de um microscópio. Um número de gêneros que ocorrem com menor freqüência não foi incluído aqui, como: Oesophagodonthus, Craterostomum, Gyalocephalus, Posteriostomum. Os ovos dos perfoliata, A.de magna e Paranoplocephala mamillana expelidos comcestódeos as fezes. Anoplocephala Os ovos de Trematódeos eqüinos são principalmente parasitas são de ruminantes (Dicrocoelium lanceatum , Fasciola hepatica ). Por causa de sua localização em certos órgãos e tecidos, ovos de várias espécies de Spiruroidea e Filarioidea são impossíveis de achar nas fezes. Thelazia lacrymalis ocorre nos olhos. Setaria equina vive na cavidade abdominal, enquanto as microfilárias estão no sangue. A oncocerchose habita os tendões e tecido conectivo. As larvas de espécies de Filarioidea são detectadas no sangue ou fluido tissular.
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DE OVOS ENCONTRADOS EM FEZES DE EQUINOS 1.Com larva 1.1.Com um plugue polar, assimétrico 1.2.Sem plugue polar 1.2.1. Uma única casca Cilíndrica - Elipsóide, < 50µ 1.2.2. Dupla casca do ovo, elipsóide > 80 µ 1.2.3. Tripla casca do ovo, quase esférica ♦Embrião hexacanto = 16 µ ♦Embrião hexacanto = 8 µ ♦Aparato piriforme bem desenvolvido
2.Sem larva 2.1. Com opérculo a) Pequeno, escuro e assimétrico. b) Grande, marrom amarelado à marrom. 2.2.Sem opérculo a) Esféricos > 90µ, amarelo ouro, casca espessa b) Não esféricos, ovóides ou elipsóides b.1) Pólos não similares b.2) Pólos similares Eixo menor, < ½ do eixo maior > 130 µ, lados das paredes parecem barris < 110 µ , Lados das paredes paralelos Eixo menor > ½ do eixo maior
Oxyuris
Habronema Strongyloides Dictyocaulus Anoplocephala perfoliata Anoploc. magna Paranoplocephala
Dicrocoelium Fasciola
Parascaris Trichostrongylus
Triodontophorus Trichonema Strongylus
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• • • • • •
Oxyuris equi - Nematoda
Habronema sp - Nematoda
Equinos
Eqüinos
Ovos de tamanho médio: 80-95 µ de comprimento por 40–45 µ de largura Ovóide, levemente assimétrico. Lados das paredes não são similares, um é
•
mais aplainado. Plugue polar transparente em um pólo Parede espessa com superfície lisa Sempre contém um estágio tardio de mórula ou uma larva – L1
• • • •
•
Ovos de tamanho pequeno: 40 - 55 µ de comprimento por 8 - 16 µ de largura Cilíndrico ou baciliforme, fortemente comprimido. Paredes laterais em forma de barril Casca espessa Contém uma larva Nas fezes, ambos estágios de ovos ou larvas podem ser detectados.
Strongyloides westeri - Nematoda
Dictyocaulus arnfield - Nematoda
Equinos
Eqüinos
•
Ovos de tamanho pequeno: 40 - 50 µ de comprimento por 30–40 µ de largura
•
Ovos de tamanho médio: 80 - 100 µ de comprimento por 50 - 60 µ de largura
• • • • •
Ovóides Lados das paredes são simétricos Pólos largos e similares Parede fina com superfície lisa Contém uma larva pequena e espessa
• • • •
Elipsóide Lados das paredes simétricos Casca fina Contém uma larva que emerge do ovo muito cedo
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• • • •
Dictyocaulus arnfield – L2 – Larva Nematoda
Anoplocephala sp. - Cestoda
Equinos
Eqüinos
Tamanho 290 - 480 µ Espessura: 14 – 18 µ Larva bem desenvolvida, esôfago claramente visível. Cauda termina puntiforme (forma
• •
de ponto) transparente
• •
com
projeção
•
• •
•
• • • • • •
•
Ovos de tamanho médio: Anoplocephala perfoliata : 65 - 80 µ diâmetro do embrião 16 µ Anoplocephala magna: 50 –60 µ diâmetro do embrião 8 µ Paranoplocephala magna: 50 –60 µ diâmetro Quase esféricos, algumas vezes mais ou menos aplainados em um ou em vários lados. Superfície lisa, várias cascas finas Contém embrião hexacanto cercado por um aparato quitinoso piriforme (semelhante a uma pêra)
Dicrocoelium lanceatum - Trematoda
Fasciola hepatica -
Equinos
Eqüinos
Ovos de tamanho pequeno: 38 - 45 µ de comprimento por 22 – 30 µ de largura. Marrom escuro Elípticos irregulares Lados das paredes não são similares Assimétricos Casca espessa Contém um miracídio que preenche o ovo completamente sendo difícil de distinguir. Opérculo não visível
• • • • • • •
Trematoda
Ovos de tamanho grande (> 130 µ ): 130 – 145 µ de diâmetro por 70 - 90µ de largura. Elípticos quase regulares Pólos quase similares Lados das paredes com formato de barril e simétricas Casca fina Ovo marrom amarelado, com grânulos, sem blastômeros. Com opérculo
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Parascaris equorum - Nematoda
Equinos • • • • •
Ovo de tamanho médio: ± 100 µ de comprimento por ± 90 µ de largura. Quase esférico Marrom, amarelado. Casca espessa, coberta com pontos finos Contém uma ou duas células
Trichostrongylus axei - Nematoda
Eqüinos • • •
• •
• •
Triodontophorus sp - Nematoda
Ovo de tamanho grande: 130 – 140µ de diâmetro por 55 - 65µ de largura.
• • • • • •
Ovóide O eixo menor é < que a ½ do eixo maior Pólos quase similares ou similares Lados das paredes com forma de barril Paredes lisas Contém uma mórula com blastômeros grandes e pretos
Deve ser distinguido de Trichonema sp. (tamanho menor e lados das paredes paralelos) e Strongylus sp . (menor, e o eixo menor é maior que a metade do eixo maior)
mais aplainado. Casca fina, com superfície lisa, recoberta no seu interior por uma membrana. 16 a 32 blastômeros Deve ser distinguido de Triodontophorus, Strongylus e Trichonema , pois este tem os pólos claramente diferentes e o número de blastômeros é sempre 16 ou mais.
Cyathostoma (= Trichonema) - Nematoda
Equinos •
Ovos de tamanho médio: 70 – 108 µ de diâmetro por 30 - 48µ de largura. Elipse irregular Pólos não muito largos, não são similares um é mais redondo que o outro. Lados das paredes não similares, um é
Eqüinos •
O gênero Trichonema compreende uma grande variedade e espécies. E é
impossível diferenciar os ovos dos vermes. Ovos de tamanho médio: 100-110µ de diâmetro por 40 - 45µ de largura. • Ovóide alongado • O eixo menor é mais curto que metade do eixo maior. • Pólos quase similares • Lados das paredes paralelos mais ou menos aplainados. • Casca fina, com superfície lisa. • Contém uma mórula com um pequeno número de blastômeros Deve ser distinguido de Triodontophorus (maior) e Strongylus (eixo menor é maior que o eixo maior) •
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Cyathostoma (= Trichonema) L3
Strongylus spp. - Nematoda
Equinos
Eqüinos
Larva.- Nematoda
• • •
Tamanho grande: 850µ A larva tem uma envoltura Sua cauda é longa e termina em
• •
Ovos de tamanho médio: Strongylus vulgaris : 83-93µ de diâmetro por 48 52µ de largura.
•
• •
formacorpo de echicote entre cauda é(proporção de 1,5/1) 8 células intestinais triangulares Deve ser distinguida de larvas de Strongylus ( 16 a 32 células intestinais)
Strongylus equinus : 75-92µ de diâmetro por 41 54µ de largura. Strongylus edentatus : 78-88µ de diâmetro por 48 52µ de largura. Ovóide Pólos similares ou quase similares Lados das paredes em forma de barril Eixo menor é maior que a metade do eixo maior. Casca fina, com superfície lisa. Contém uma mórula com um pequeno número de grandes blastômeros Deve ser distinguido de Trichonema e Triodontophorus (eixo menor é mais curto que metade do eixo maior).
• • • • • • • •
• • •
Strongylus vulgaris - L3 – Larva - Nematoda
Strongylus edentatus. L3 – Larva Nematoda
Equinos
Eqüinos
Tamanho: 800 – 1000µ de diâmetro por 40µ de largura. Proporção entre corpo e cauda é de 2,5/1 Tem 28 a 32 células intestinais retangulares
• • •
Tamanho: 800 µ de diâmetro por 40 µ de largura. Proporção entre corpo e cauda é de 2/1 Tem 20 células intestinais
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Não esporulado
Strongylus equinus - L3
–Larva - Nematoda
Esporulado
Eimeria - Protozoário
Equinos
Equinos
•
Tamanho: 1000µ de diâmetro por 40µ de •
Oocistos esporulados com quatro
• •
largura. Proporção entre corpo e cauda é de 2,8/1 Tem 16 células intestinais retangulares
esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. A Eimeria de eqüinos é muito grande – 70-90 µ, oocisto ovóide, fácil de diagnosticar.
•
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AVES INTRODUÇÃO Discutir todas as espécies de vermes que acometem um número igualmente grande de espécies de aves é um trabalho de enciclopédia, por esse motivo somente os ovos dos principais vermes de pombo, galinha, peru, perdiz, faisão, ganso, cisne e periquito foram considerados. Para facilitar a diferenciação e assim achar o diagnóstico certo, uma lista de vários parasitas por espécie de pássaro foi somada à clássica “chave de ovos de vermes". Esta lista é restrita às espécies de vermes mais importantes e é dividida em três grupos: Nematóides, cestóides e trematóides. Para identificar todos os ovos de vermes de pássaros, foi feita uma tabela de diferenciação. Quando a lista de vermes, as espécies de pássaros e esta tabela de diferenciação é consultada, o diagnóstico fica simples. Um exato diagnóstico dos helmintos envolvidos vai, como regra, ser possível somente após o isolamento e determinação da espécie de verme.
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DE OVOS ENCONTRADOS EM FEZES DE AVES
1.Com dois filamentos 2.Sem filamentos 2.1.Com plugues polares 2.2.Sem plugues polares a.Com embrião < 40 µ, com larva > 50 µ, com espinho Embrião hexacanto b.Sem embrião b.1. Com opérculo Opérculos aparentemente visíveis, elipsóides Opérculos difíceis de distinguir, ovóides b.2. Sem opérculo b.2.1. Conteúdo granular, não segmentado < 75 µ , ± paredes lisas > 75 µ , ± paredes em forma de barril b.2.2.Conteúdo segmentado < 75 µ , lados paredes paralelos > 85 µ , paredes em forma de barril
Notocotylus Catatropis Capillaria
Echinuria Ornithobilharzia Hymenolepis sp.* Raillietina sp.* Davainea sp.* Syngamus Cyathostoma
Heterakis Ascaridia Trichostrongylus Amidostomum
* Cestóides são determinados mais precisamente por achado nas fezes do proglote do verme adulto.
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Echinuria uncinata - Nematoda
Capillaria sp - Nematoda
Ganso, pato, cisne
Pombo, ganso, pato, cisne, galinha, peru, faisão, perdiz, periquito
• • • •
Ovos de tamanho médio C. anatis : 47 - 65 µ de comprimento por 24 35 µ de largura C. caudinflata : 43 - 60 µ de comprimento por 20 - 27 µ de largura C. contorta : 50 - 65 µ de comprimento por 22 28 µ de largura • C. obsignata : 50 - 62 µ de comprimento por 20 - 25 µ de largura • Forma de limão plugues polares transparentes e protuberantes • Paredes laterais em forma de barril e assimétricas • Casca lisa, marrom e espessa. • Conteúdo granular não segmentado
Ovos de tamanho pequeno: 37µ de • • comprimento por 20 µ de largura. Elípticos Casca lisa e espessa • Contém uma larva •
Hymenolepis - Cestoda
Raillietina spp.- Cestoda
Cisne
Pombo, galinha, peru, faisão, perdiz.
• • • •
Ovos de tamanho médio: 50-80 µ Esféricos à elipsóides Paredes lisas e finas Contém um embrião hexacanto.
• • • •
Ovos de tamanho pequeno: 25-50 µ Esféricos à elipsóides Paredes lisas e finas Contém um embrião hexacanto
Os ovos são observados somente após desintegração do segmento maduro do cestóide ou da cápsula ovígera.
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Syngamus trachea- Nematoda
Ascaridia sp.(A. galli , A. columbae) - Nematoda
Pombo, galinha, peru, faisão, perdiz, pato, ganso, cisne
Pombo, pato, ganso, cisne, galinha, peru, faisão, periquito, perdiz.
• • • • • •
Ovos de tamanho médio: 78-100 µ de comprimento por 43-60µ de largura. Elípticos
• Ovos de tamanho médio: • A.galli - 75-80 µ de comprimento por 45- 50µ
Opérculos em ambos pólos Paredes laterais levemente em forma de barril Paredes lisas Mórulas contendo 8 a 16 blastômeros.
• A. columbae - 68-90 µ de comprimento por 4050µ de largura • Ovos elípticos, paredes laterais levemente em
de largura.
forma de barril • Paredes espessas, lisas com três camadas. A
camada do meio é a mais desenvolvida. • Conteúdo não segmentado • Deve ser distinguido do ovo de Heterakis que
é menor e tem os lados da parede retos.
Heterakis sp. ( H. gallinarum, H. Isolonche, H. dispar) - Nematoda
Trichostrongylus - Nematoda
Pombo, galinha, peru, ganso, cisne, pato, faisão, perdiz.
Pombo, galinha, faisão, perdiz, ganso, pato, cisne.
• Ovos de tamanho médio: • H. gallinarum - 63-75 µ de comprimento por 36 -48µ de largura. • H.isolonche - 70-75 µ de comprimento por 40- 46µ de largura • H. díspar - 59-62 µ de comprimento por 31- 41µ de largura • Elípticos, com lados das paredes lisas. • Casca lisa e grossa • Conteúdo não segmentado
Ovos de tamanho médio: 65-75 µ de comprimento por 35-42µ de largura. • Ovóides, longos. • Paredes com lados paralelos • Pólos não são similares • Casca fina de paredes lisas •
Deve ser distinguido do ovo de Ascaridia que é maior e tem os lados em forma de barril.
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260 ______________________________________________________________________
Amidostomum - Nematoda
Strongyloides - Nematoda
Ganso, pato, cisne
Aves
•
• • •
Ovos de tamanho médio: 85-110 µ de comprimento por 50-82µ de largura. Elípticos, largos Grande numero de blastômeros Casca fina de paredes lisas
Não esporulado
•
Ovos de tamanho pequeno: 40 - 50 µ de comprimento por 30–40 µ de largura
• • • • •
Ovóides Lados das paredes são simétricos Pólos largos e similares Parede fina com superfície lisa Contém uma larva pequena e espessa
Esporulado
Eimeria – Protozoário (E. acervulina, E. brunetti, E. tenella, E. necatrix, E. acervulina, E. máxima, E. mitis, E. praecox ) Aves • • •
Oocistos esporulados com quatro esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. 14-41 µ, Oocisto ovóide, fácil de diagnosticar.
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Protozoários 261
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PRINCIPAIS PROTOZOÁRIOS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS CÃES E GATOS
Não Es orulado
Esporulado
Neospora caninum- Coccideo
Toxoplasma - Coccideo
Cães
Gatos
Oocistos não esporulados nas fezes. São esféricos, com 10 a 11 µm de diâmetro, muito similares aos de Hammondia heydorni do cão e Hammondia hammondi e Toxoplasma gondii do gato .
Trofozoíta
Oocistos: 12 µm nas fezes de gatos e São encontrados não são esporulados em fezes frescas A esporulação ocorre em no mínimo 3 dias O oocisto esporulado contém dois esporocistos, cada um com quatro esporozoítos.
Cistos
Giardia - Flagelado
Isospora - Coccideo (I. canis, I. felis, I. ohioensis, I. rivolta ) = Cystoisospora- Coccideo
Cães e Gatos Forma trofozoíta piriforme e elipsóide, extremidade arredondada, simétricos com face dorsal convexa e ventral côncava. Dois axóstilos e 8 flagelos distribuídos em 4 pares. Forma cística de forma oval possuindo 2 a 4 núcleos e fibrilas. Possui em torno de 10 a 20 µm. Métodos mais indicados: Flutuação com sulfato de zinco ou exame direto das fezes, pois soluções hipersaturadas de sal ou açúcar distorcem o parasito. A forma trofozoíta é muito sensível.
Cães e Gatos Oocistos esporulados com dois esporocistos e cada um com quatro esporozoítos. 15 a 40 µm.
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Protozoários 262
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Cryptosporidium - Coccideo
Sarcocystis - Coccideo
Cães e Gatos
Cães e Gatos
Oocistos minúsculos: 4 – 4,5 µm.
Ao contrário de Isospora , estes são
Cada oocisto com 4 esporozoitos (não há esporocisto) Pode-se diagnosticar através de técnicas de flutuação ou esfregaço de fezes corados por Ziehl-Nielsen onde os esporozoítos aparecem como grânulos vermelho-brilhantes.
esporulados quando eliminados nas fezes e contêm dois esporocistos cada um com quatro esporozoítos. 14-15 µm.
Esporulado
Não Es orulado
Hammondia hammondi - Coccideo
Babesia canis - Hematozoário
Gatos
Cães
Oocisto com 10 a 12 µm. Não é considerado um coccídeo patogênico, porém tem importância devido à semelhança do oocisto com o de Toxoplasma.
Corpos piriformes dentro da hemácia com 2,5 a 5 µm de comprimento.
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Protozoários 263
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Babesia gibsoni - Hematozoário
Ehrlichia - Rickettsia
Cães
Cães e Gatos
Corpos piriformes dentro da hemácia
São encontrados nos leucócitos como
com 1 a 2 µm de comprimento.
inclusões intracitoplasmáticas.
Haemobartonella - Rickettsia
Hepatozoon - Hematozoário
Gatos
Cães e gatos (raro)
Apresentam-se como cocos ou bastonetes curtos na superfície do eritrócito.
Gametócitos no interior de neutrófilos. Pode-se diagnosticar através esfregaço sanguíneo corado.
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Protozoários 264
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Trypanosoma evansi - Flagelado
Trypanosoma cruzi - Flagelado
Cães e Gatos
Cães e gatos
Formas tripomastigotas encontradas em sangue periférico corado com giemsa. Há um pequeno ou quase invisível cinetoplasto.
Formas tripomastigotas encontradas em sangue periférico corado com giemsa. Possuem um grande cinetoplasto.
Leishmania - Flagelado
Trypanosoma cruzi - Flagelado
Cães e Gatos
Cães e gatos
Formas amastigotas encontradas em raspado ou biopsia de pele lesionada. Em aspirados de gânglios linfáticos, medula ou baço também podemos encontrar essas formas no interior de macrófagos.
Formas amastigotas encontradas em cortes histológicos.
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Protozoários 265
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RUMINANTES
Não esporulado
Esporulado
Tritrichomonas foetus- Flagelado
Eimeria - Protozoário ( E. zuernii, E. cylindrica, E. ellipsoidallis, E. auburnensis, E. bovis, E. ahsata, E. granulosa, E. ovina, E. faurei, E. ovinoidalis, E. crandallis, E. intricata ) -Coccideo
Bovinos
Ruminantes
Formas trofozoítas encontradas
Oocistos
em exame da secreção vaginal ou prepucial. Medem cerca de 20 µm Reconhece-se pelo movimento ou cora-se com giemsa para visualizar seus flagelos e núcleo.
esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. 18 – 30 µm
Trofozoíta
esporulados
Cryptosporidium - Coccideo
Ruminantes
Ruminantes trofozoíta
quatro
Cistos
Giardia – Protozoário
Forma
com
piriforme
e
elipsóide, extremidade arredondada, simétricos com face dorsal convexa e ventral côncava. Dois axóstilos e 8 flagelos distribuídos em 4 pares. Forma cística de forma oval possuindo 2 a 4 núcleos e fibrilas. Possui em torno de 10 a 20 µm. Métodos mais indicados: Flutuação com sulfato de zinco ou exame direto das fezes, pois soluções hipersaturadas de sal ou açúcar distorcem o parasito. A
Oocistos minúsculos: 4 – 4,5 µm. Cada oocisto com 4 esporozoitos (não há esporocisto) Pode-se diagnosticar através de técnicas de flutuação ou esfregaço de fezes corados por Ziehl-Nielsen onde os esporozoítos aparecem como grânulos vermelho-brilhantes.
forma trofozoíta é muito sensível.
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Protozoários 266
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Babesia bigemina - Hematozoário
Babesia bovis - Hematozoário
Bovinos
Bovinos
Corpos piriformes dentro da hemácia com 4,5 a 5 µm de comprimento.
Corpos piriformes dentro da hemácia com 2,5 µm de comprimento.
Anaplasma – Rickettsia - Hematozoário
Trypanosoma vivax e T. evansi- Flagelado
Bovinos
Bovinos
Em esfregaços sanguíneos após coloração são encontrados pequenos pontos no interior das hemácias. 0,1 a 1µm de diâmetro. Não confundir com corpúsculos de Howell Jolly ou corante.
Formas tripomastigotas encontradas em sangue periférico corado com giemsa. Há um pequeno ou quase invisível cinetoplasto.
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Protozoários 267
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EQUINOS Cisto
Trofozoito
Não esporulado
Esporulado
Giardia - Flagelado
Eimeria - Coccideo
Equinos
Equinos
Forma trofozoíta piriforme e elipsóide, extremidade arredondada, simétricos com face dorsal convexa e ventral côncava. Dois axóstilos e 8 flagelos distribuídos em 4 pares. Forma cística de forma oval possuindo 2 a 4 núcleos e fibrilas. Possui em torno de 10 a 20 µm.
Oocistos esporulados com quatro esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. A Eimeria de eqüinos é muito grande – 70-90 µm, oocisto ovóide, fácil de diagnosticar.
FlageladoTrypanosoma vivax, T. evansi-
Trypanosoma equiperdum - flagelado
Hematozoários Equinos
Equinos
Tripomastigotas encontrados em sanguíneo corado com giemsa.
esfregaço
Tripomastigotas encontrados em secreções vaginais ou prepuciais.
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Protozoários 268
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Babesia equi - Hematozoário
Babesia caballi- Hematozoário
Equinos Possui 1,7 µm encontrada sozinha, em pares ou tétrades. Também chamada de pequena babesia
Equinos
Possui 3 µm, encontrada em pares. Chamada de grande babesia dos eqüinos.
Cryptosporidium - Coccideo Equinos Oocistos minúsculos: 4 – 4,5 µm Cada oocisto com 4 esporozoitos (não há esporocisto) Pode-se diagnosticar através de técnicas de flutuação ou esfregaço de fezes corados por Ziehl-Nielsen onde os esporozoítos aparecem como grânulos vermelho-brilhantes.
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Protozoários 269
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SUINOS
Trofozoíta
Cistos
Giardia - Flagelado
Isospora - Coccideo
Suínos
Suínos
Forma trofozoíta piriforme e elipsóide, extremidade arredondada, simétricos com face dorsal convexa e ventral côncava. Dois axóstilos e 8 flagelos distribuídos em 4 pares. Forma cística de forma oval possuindo dois a quatro núcleos e fibrilas. Possui em torno de 10 a 20 µm. Métodos mais indicados: Flutuação com sulfato de zinco ou exame direto das fezes, pois soluções hipersaturadas de sal ou açúcar distorcem o parasito. A forma trofozoíta é muito sensível.
Não esporulado
Oocistos esporulados com dois esporocistos e cada um com quatro esporozoítos. 15 a 18 µm
Esporulado
Eimeria – Protozoário (E. spinosa, E. porci, E. neodebliecki, E. debliecki, E. scabra ) -Coccideo
Suínos Oocistos esporulados com quatro esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. 18 – 23 µm
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Protozoários 270
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AVES
Não esporulado
Esporulado
Eimeria – Protozoário (E. acervulina, E. brunetti, E. tenella, E. necatrix, E. acervu lina, E. máxima, E. mitis, E. praecox )- Coccideo Aves Oocistos
esporulados
com
quatro
esporocistos contendo 2 esporozoítos em cada. 14-41 µm, Oocisto ovóide, fácil de diagnosticar.
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L3 de ruminantes _____________________________________________________________________________________ 271
ESQUEMA RÁPIDO DE IDENTIFICAÇÃO DE L3
Cauda da bainha média
Cooperia
Ostertagia
Trichostrongylus
Cauda da bainha curta
Cauda da bainha média
Haemonchus
Oesophagostomum
Cauda da bainha longa
Comparação de cauda curta e média
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L3 de ruminantes _____________________________________________________________________________________ 272
IDENTIFICAÇÃO RUMINANTES
DE
L3
DE
A L3 de Strongyloides possui o esôfago ocupando mais da metade do corpo, além de não ter dupla cutícula.
Para identificação das larvas devemos conhecer algumas estruturas básicas da larva. Todas as larvas parasitas com exceção
da
larva
de
Intestino
Esôfago
Strongyloides ,
possuem dupla cutícula, por isso não se alimentam já que estão com a cutícula da L2
protegendo-as
dos
Cauda da bainha
efeitos
climatológicos.
A identificação pode ser feita pela cauda da bainha da L2 e pela forma da parte anterior da
larva.
Nós
classificamos
em
Figura. Estruturas de uma L3 de ruminantes da Ordem Strongylida
comprimentos dessa bainha considerandoa curta para Trichostrongylus e Ostertagia, média para Haemonchus e Cooperia e longa
para
Oesophagostomum
e
Nematodirus. Clique aqui para ver um esquema
de
classificação.
OUTRAS DICAS: Para diferenciar Haemonchus de Cooperia , veja se há 2 pontos refringentes na parte anterior
da
parecem
larva,
esses
pontos
que
são
típicos
de
"olhinhos"
Cooperia . Para
diferenciar
Ostertagia
de
Trichostrongylus a dica é verificar se a cauda é afilada ou romba se for afinando progressivamente e tiver protuberância em forma de dedinhos na cauda da larva (não é da bainha da larva) é Trichostrongylus. O Nematodirus e Oesophagostomum tem cauda
longa
porém
o
Nematodirus
necessita de uns 15 dias de coprocultura, então se a copro for de 10 dias o que tem de cauda longa é Oesophagostomum .
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_____________________________________________________________________________________ 273 PRINCIPAIS ARTEFATOS ENCONTRADOS EM EXAME DE FEZES
Pólen Esporos de fungo
Esporos de fungo
Pólen
Bolha de ar
Esporo de planta
Espinho de planta
Ácaros e Ácaros e ovos de ácaro
ovos de ácaro
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