Técnico em Administração Matemática Básica
Luis Américo Monteiro Jr J r.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Tecnologia de São Paulo - IFSP
Caraguatatuba - SP 2011
Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância
Este Caderno oi elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus São João da Boa Vista e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil. Equipe de Elaboração IFSP Coordenação Institucional Campus São João da Boa Vista Proessor-autor Adriana Carniello Comissão de Acompanhame Acompanhamento nto e Validação Gustavo Aurélio Prieto
Yara Maria Guisso de Andrade Facchini Projeto Gráco Eduardo Meneses e Fábio Brumana Diagramação Juliana Ayres Revisão Elizabeth Gouveia da Silva Vanni
Apresentação e-Tec Brasil Amigo(a) estudante! O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas para expansãoda Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos caminhos encontradospara que essa expansão se eetive com maior rapidez e eciência é a modalidade adistância. No mundo inteiro são milhões os estudantes que requentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os matriculados em cursos regulares de Ensino Médio e Superior a distância, oerecidos por instituições públicas e privadas de ensino. Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), hoje, consolidado como o maior programa nacional de ormação de proessores, em nível superior. Para expansão e melhoria da educação prossional e ortalecimento do Ensino Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-TecBrasil). Espera, assim, oerecer aos jovens das perierias dos grandes centros urbanose dos municípios do interior do País oportunidades para maior escolaridade, melhorescondições de inserção no mundo do trabalho e, dessa orma, com elevado potencialpara o desenvolvimento produtivo regional. O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Prossionale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) do Ministério daEducação, as universidades e escolas técnicas estaduais e ederais. O Programa apóia a oerta de cursos técnicos de nível médio por parte das escolaspúblicas de educação prossional ederais, estaduais, municipais e, por outro lado,a adequação da inra-estrutura de escolas públicas estaduais e municipais. Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de adequaçãode escolas e 74 instituições instituiçõe s de ensino técnico, as quais propuseram 147 cursos técnicosde nível médio, abrangendo 14 áreas proissionais. O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades ederativas. A perspectiva do Programa é que sejam oertadas10.000 vagas, em 250 polos, até 2010.
Assim, a modalidade de Educação a Distância oerece nova interace para amais expressiva expansão da rede ederal de educação tecnológica dos últimos anos: aconstrução dos novos centros ederais (CEFETs), a organização dos Institutos Federaisde Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi. O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e participaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação prossional no País,valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados pela ormação continuadade proessores e pela utilização dos recursos tecnológicos disponíveis. A equipe que coordena o Programa e-Tec e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua ormaçãoormação prossional e na sua caminhada no curso a distância em que está matriculado(a). Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.
Sumário Apresentação e-T e-Tec ec Brasil
3
Outros - instituição validador validadoraa
6
Unidade 1 - Potenciação, radiciação, razão, porcentagem e proporção. 8 Unidade 2 - Equação do 1º e Equação do 2º grau
22
Unidade 3 - Função do 1º e unção do 2º grau
34
Unidade 4 - Exponencial e Logaritmo
54
Unidade 5 - Teorema de Pitágoras e Trigonometria no Triângulo Retângu Retângulo lo 72 Unidade 6 -T -Tópicos ópicos de Geometri Geometriaa Plana e Espacial Anotações
88 105
Outros - instituição validadora O Decreto presidencial nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, institucionalizou o ensino prossional no Brasil. Em 1910 surgiu a Escola de Aprendizes e Artíces de São Paulo, assemelhando-se a das criadas em outras capitais de Estado. Ela se destinava inicialmente as camadas mais desavorecidas, aos “deserdados da ortuna e menores marginalizados”, ministrando o ensino elementar. Em 1937 passou a denominar-se Liceu Industrial de São Paulo, oerecendo ensino equivalente ao de primeiro ciclo. Em 1942 oi promulgada a Lei orgânica o rgânica do ensino industrial. A nova orientação visava à preparação prossional dos trabalhadores da indústria, dos transportes, das comunicações e da pesca. Em 1976, procedeu-se à mudança para a nova sede e, em 1978, criaram-se os cursos de eletrônica, telecomunicações e processamento de dados. Em 1981, instalam-se os cursos complementares de mecânica, eletrotécnica e edicações, destinados à clientela, em grande parte integrada ao mercado de trabalho, mais que necessitava de uma ormalização prossional por meio de disciplinas de nível técnico de 2º grau. Estes cursos técnicos tinham a duração de dois anos, prevendo um estágio obrigatório. No ano de 1987 oi implantada a primeira Unidade de Ensino Descentralizada (UNED) no Município de Cubatão e, em 1996, ocorreu o início do uncionamento da UNED Sertãozinho. Em 1999, a Escola Técnica Federal de São Paulo, oi transormada em Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo – CEFET, conorme Decreto de 18 de janeiro de 1999. No ano de 2005, oi autorizado o uncionamento da UNED Guarulhos. As UNED de São João da Boa Vista e Caraguatatuba oram autorizadas a uncionar a partir do 1º semestre do ano de 2007, enquanto que as UNED de Bragança e Salto passaram a uncionar no 2º semestre do ano de 2007. Em 2008 oram criadas as unidades de São Carlos, São Roque e Campos do Jordão. No mesmo ano o CEFET-SP se transormou no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia pela Lei 11.892 de 29 de Dezembro de 2008, que instituiu a rede ederal de educação prossional, cientíca e tecnológica. De acordo com esta lei os institutos ederais (IF) tornaram-se instituições de educação superior, básica e prossional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oerta de educação prossional e tecnológica nas dierentes modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas. A expansão do CEFET-SP CEFE T-SP tem ainda previstas os Campus de Araraquar Araraquara, a, Avaré, Barretos, Barretos, Birigui, Campinas, Catanduva, Itapetininga, Piracicaba, , Presidente Epitácio, Registro, Suzano e Votupora Votuporanga. nga.
6
Técnico em Administração
A Unidade de Ensino Descentralizada de São João da Boa Vista é uma unidade educacional subordinada ao Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo, autorizada pela Portaria nº 1715 do Ministro da Educação, publicada no Diário Ocial da União de 20/10/2006. Tem estrutura administrativa denida pela resolução nº 136/06 de 16/11/2006 do Conselho Diretor do CEFET-SP. A história do campus se inicia no ano de 1998 quando é ormulado o projeto para a criação do CEPRO em São João da Boa Vista. No ano seguinte o anteprojeto é aprovado pelo Programa de Expansão da Educação Prossional (PROEP). No mesmo ano se dá o início das obras para construção do prédio em terreno doado por Paulo Roberto Merlin e Flávio Augusto Canto. Em 2004, o prédio é entregue com 2529m², sendo constituído de onze laboratórios, seis salas de aulas, um auditório com capacidade para 150 lugares, sala de multimídia e d emais dependências. As atividades do Centro de Educação Prossional são iniciadas em 2005. Em 2006 é rmado o convênio entre o CEPRO e CEFET-SP, com apoio da preeitura municipal para a ederalização da unidade. Em Janeiro de 2007 o CEFET-SP / UNED SBV iniciou suas atividades no município. O IFSP, no município de São João da Boa Vista, veio para atender a necessidade de educar os jovens são joanenses e da região, a m de habilitá-los habilitá- los para o ingresso nos setores de indústria e inormática, os quais demandam trabalhadores capacitados para o progresso no desenvolvimento econômico e para o ortalecimento do pólo educacional na região leste do estado. Atuação do IFSP na Educação a Distância No contexto da política de expansão expansão da educação superior no país, implementada pelo MEC, a EaD coloca-se como uma modalidade importante no seu desenvolvimento. Nesse sentido, criou-se uma direção d ireção para EaD dentro do IF SP. SP. No âmbito da política de expansão da educação prossionalizante, o Ministério da Educação, por meio da articulação da Secretaria de Educação a Distância e Secretaria de Educação Prossional e Tecnológica, lança o Edital 01/2007/SEED/SETEC/MEC, dispondo sobre o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-T (e-Tec ec Brasil). Tal iniciativa constitui-se uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação. Visando oerta de cursos da educação técnica e prossional o IF SP oi selecionado pelo programa e-Tec Brasil para iniciar suas atividades em 2009. Tais atividades oram eetivamente implantadas em agosto de 2009 com a criação de dois cursos técnicos – a saber: técnico em inormática para internet e técnico em administração – atingindo 5 municípios do estado de São Paulo (Araraquara, Barretos, Itapevi, Franca e Jaboticabal) e ampliando em 500 a oerta de vagas do Instituto.
Matemática Básica
7
e-Tec Brasil
UNIDADE 1 - POTENCIAÇÃO, RADICIAÇÃO, RAZÃO, PORCENTAGEM E PROPORÇÃO Objetivos da aula Nesta unidade estudaremos cinco temas básicos, porém muito importantes da matemática: potenciação, radiciação, razão, porcentagem e proporção. Vamos Vamos desenvolvê-los apresentando primeiramente algumas denições, em seguida suas propriedades e alguns exemplos e por m os exercícios. Bom estudo!
Potenciação Denição: Sendo “a” um número real e “n” um número inteiro, tem-se:
Exemplos: Calcule as seguintes potências.
e-Tec Brasil
8
Técnico em Administração
(Obs.: na prática inverte-se a base e troca-se o sinal do expoente:
)
Propriedades Propriedad es das potências: Dados dois números reais “a” e “b”, “b”, e os números nú meros inteiros “m” e “n” tem-se:
Exemplos: Reduza a uma só potência.
Potências de 10 e a notação cientíca Para escrever grandes números e operar com eles, recorremos às potências de base 10. Assim, por exemplo: 102 = 100 (dois zeros) 103= 1.000 (três zeros) 106 = 1.000.000 (1 milhão – seis zeros) 109 = 1.000.000.000 (1 bilhão – nove zeros)
Matemática Básica
9
e-Tec Brasil
Desse modo podemos escrever, 6 trilhões como sendo 6∙1012. Essa orma de escrever é denominada notação cientíca: ela tem coeciente (6) e expoente da potência de base 10 igual a 12. O coeciente deve ser um número compreendido entre 1 e 10, podendo ser igual a 1, mas menor que 10. notação cientíca: a x 10n, sendo 1< a < 10 Exemplos: 340.000.000 = 3,4 ∙ 108 1.613.000.000 = 1,613 ∙ 10 9 Também recorremos às potências de 10 e à notação cientíca para escrever e operar com números de valor absoluto muito pequeno: 10-2 = 0,01 0,01 (dois zeros) zeros) 10-3 = 0,001 (três zeros) 10-6 = 0,000001 (1 milionésimo – seis zeros) 10-9 = 0,000000001 (1 bilionésimo – nove zeros) Por exemplo, em notação cientíca o número cinco bilionésimos se escreve como sendo: 5∙10-9 e na orma decimal: 0,000000005 Exemplos: Escreva os números decimais usando a notação cientíca. a) 0,00026 = 2,6 ∙ 10-4-4 b) 0,0000000000525 = 5,25 ∙ 10-11
Radiciação Denição: Sendo “a” um número real e “n” um inteiro positivo dene-se:
Obs.: em um radica radicall
e-Tec Brasil
10
, “a” é chamado de radica radicando ndo e “n” é o índice.
Técnico em Administração
Exemplos: Calcule a) b) c) d) e) ) (Não existe número real cujo quadrado é igual a -9. Não existe, em R , radical de índice par e radicando negativo).
Propriedades Propriedad es dos radicais Dados dois números reais “a” e “b”, tais que a > 0 e b > 0 e k e n inteiros positivos, temos: a) b)
para b = 0)
c) d) e)
Exemplos: Aplique as propriedades dos radicais e escreva as expressões com apenas um radical: a) b)
Matemática Básica
11
e-Tec Brasil
c) d) e)
Simplicação de radicais: Para simplicar um radical usamos a decomposição em atores primos do radicando e em seguida aplicamos propriedades dos radicais.
Exemplos: Simplique os seguintes radicais: a) Resolução:
Logo, b) Resolução:
Logo,
Operações com Radicais Vamos desenvolver desenvolver as operações através dos seguintes exemplos:
e-Tec Brasil
12
Técnico em Administração
Eetue: a) adição e subtração de radicais semelhantes (mesmo radicando)
Resolução: b) adição e subtração de radicais usando simpliicação para se obter o mesmo radicando
Resolução: decompondo os radicandos 18 e 8, temos:
Desse modo:
logo:
c) multiplicação de radicais de mesmo índice
d) divisão de radicais de mesmo índice
Potência de expoente racional Se “a” é um número real qualquer e “m” e “n” são inteiros positivos, denimos:
Matemática Básica
13
e-Tec Brasil
i) ii) se a = 0, então
Exemplos: Escreva as expressões abaixo na orma de um radical (use a potência de expoente racional). a) b) c) d) Terminamos aqui nossos estudos sobre potenciação e radiciação. Está na hora de você praticar.
HORA DE PRATICAR Exercícios: 1. Calcule o valor das potências:
2.Aplique as propriedades e reduza a uma só potência: a) b) c)
e-Tec Brasil
14
Técnico em Administração
d) e) ) 3. Complete a tabela:
Forma decimal
Notação Cientíca
4.500.000.000 0,0000032 5,2.1088 2,3.10-6
4. Calcule as raízes:
5. Simplique os radicais:
6. Eetue as seguintes expressões envolvendo radicais:
7. O valor de a) 0,0264
é: b) 0,0336
Matemática Básica
c) 0,1056
d) 0,2568
e) 0,6256
15
e-Tec Brasil
RAZÃO Observe a seguinte situação: Em uma empresa Marcos ganha R$750,00, João ganha R$1.500,00 e Mônica R$3.000,00. Podemos então armar que: - João ganha o dobro do salário de Marcos, ou seja, - Mônica ganha o quádruplo do salário de Marcos, ou seja, Em termos matemáticos podemos dizer que : - A razão entre o salário de João e o salário de Marcos é 2, isto é, -A razão entre o salário de Mônica e o salário salár io de Marcos é 4, isto é, Assim podemos armar que: A razão entre dois números não-nulos é o quociente entre eles.
Notação Matemática: Sejam os números “a “a” e “b”, sendo . A razão entre os números “a “a” e “b”, ou ainda, a razão de um número “a “a” para um número “b “b”, é indicada por:
Exemplo1: Num vestibular com 40 questões, Luciano acertou 10. Qual a razão entre o número de questões corretas e o número total de questões? Resposta: razão:
( lê-se 1 para 4)
ou seja, Luciano acerta 1 questão para cada cad a 4 questões resolvidas. Exemplo 2: Foi eita uma pesquisa com 500 alunos de uma academia e chegou-se aos seguintes resultados: 250 alunos praticam musculação.
e-Tec Brasil
16
Técnico em Administração
100 alunos praticam ginástica. 150 alunos praticam pilates. Determine: a) A razão entre o número de alunos que praticam musculação e o número total de alunos da academia. Resposta:
b) A razão entre o número de alunos que praticam ginástica e o número total de alunos da academia. Resposta:
c) A razão entre o número de alunos que praticam ginástica e o número de alunos que praticam musculação. Resposta:
d) A razão entre o número de alunos que praticam pilates e o número total de alunos da academia. Resposta:
PORCENTAGEM (%) É uma razão centesimal ou percentual na qual o denominador da sua orma racionária é igual a 100. Assim temos:
Matemática Básica
17
e-Tec Brasil
Forma percentual
Forma racionária
Forma de decimal
25%
0,25
7%
0,07
2%
0,02
135%
1,35
1,34%
0,0134
Exemplo 1: Calcule 37% de R$ 740,00. Vamos resolver usando a orma decimal.
Exemplo 2: Um colégio tem 2.000 alunos. Quanto representa percentualmente a 5ª Série A, que tem 40 alunos? Resolução:
PROPORÇÃO A razão entre os números 3 e 6 é igual a A razão entre os números 250 e 500 é igual a Logo, podemos dizer que e neste caso dizemos que 3, 6, 250 e 500, ormam, nessa ordem uma proporção. Assim, concluímos que: Uma proporção é uma igualdade entre duas dua s razões.
e-Tec Brasil
18
Técnico em Administração
Deniçã o: os Denição: o s números núme ros “a”, “a”, “b”, “b”, “c” “c” e “d” “d” ormam, nessa ordem, uma proporçã proporção o se, e somente se, sendo “b” e “d” não nulos. Notação:: Notação
(lê-se: (lê -se: “a” está para “b” assim como “c” está para “d”)
Numa proporção proporç ão os números núm eros “a” “a” e “d” são chamados cha mados de d e extremos extremo s e os números nú meros “c” e “b” são chamados de meios. Exemplo: Os números 30, 40, 12 e 16 ormam uma proporção? Vamos vericar: e
assim
PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES. Em toda proporção o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.
Exemplos: Verique se as seguintes razões ormam uma proporção (utilize a propriedade undamental das proporções): a)
b)
Terminamos aqui nossos estudos sobre razão, porcentagem e proporção. Está na hora de você praticar. Não desanime! Hora de praticar 1. Determine a razão entre os números 10 e 50. 2. Em uma reunião de negócios eram esperadas 10 pessoas, porém 2 não con-
Matemática Básica
19
e-Tec Brasil
seguiram participar devido à problemas pessoais. Determine a razão entre o número de participantes e o total de pessoas esperadas para essa reunião. 3. Calcule 5% de R$ 850,00. 4. Dentre os 1250 médicos que participam de um congresso, 48% são mulheres. Dentre as mulheres, 9% são pediatras. Quantas mulheres pediatras participaram desse congresso? 5. O preço de certa mercadoria sore um reajuste de 15%. Supondo que o preço da mercadoria era de R$ 500,00 calcule o reajuste sorido. 6. Verique se os seguintes números ormam uma proporção: a. 3, 4, 6 e 8
b. 12, 15, 4 e 3
c. 6, 9, 12 e 27
7. Pedro e Marcos trabalham em uma ábrica. Pedro recebe R$ 900,00 ao mês e Marcos recebe R$ 1.200,00. Determine a razão entre os salários de Pedro e de Marcos.
Fórum - Potenciação, radiciação, razão, porcentagem e proporção. Nesta unidade oram estudados vários assuntos básicos da matemática. Agora que você já tem um conhecimento do assunto e de algumas aplicações aça uma pesquisa na Internet (ou em outros meios - Jornais - Revistas) e troque inormações com seu tutor e seus colegas sobre: “A utilização das potências, raízes, razão, porcentagem e proporção no cotidiano” coti diano”.. Vamos lá.....participe!
e-Tec Brasil
20
Técnico em Administração
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy. Matemática Fundamental Fundamental – Uma nova abordagem. São Paulo: FTD, FTD, 20 2002. 02. Volume único. IEZZI, Gelson; DOCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática. São Paulo: Atual, 2002. Volume único. único. DANTE, Luís Roberto. Matemática – Contexto e Aplicações. São Paulo: Ática, 2003. 3V. PAIVA, Manoel. Matemática. Coleção Base. São Sã o Paulo: Moderna, 1999. Volume único. SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005. 3V. 3V. BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática Aula por Aula . São Paulo: FTD, 2003. 3V.
Matemática Básica
21
e-Tec Brasil
UNIDADE 2 – EQUAÇÃO DO 1º GRAU E EQUAÇÃO DO 2º GRAU Objetivos da aula Nesta unidade vamos dar continuidade aos estudos com dois assuntos bastante interessantes da Matemática: equação do 1º grau e equação do 2º grau. Vamos desenvolvê-los apresentando primeiramente algumas denições, em seguida suas propriedades e alguns exemplos e por m os exercícios. Bom estudo!
Equação do 1o grau O estudo das equações objetiva determinar o valor de algo desconhecido, normalmente representado por uma ou mais variáveis ou incógnitas. Vamos analisar a seguinte situação: Observe a balança:
A balança está equilibrada. Em um dos pratos temos um peso de 14 Kg. No outro prato temos dois pacotes de arroz e um peso de 2 Kg. Qual o peso de cada pacote de arroz? Vamos tentar resolver este problema juntos: a) Use a variável “x” para indicar cada pacote de arroz e escreva uma sentença matemática que expresse a situação da balança em equilíbrio. 2x + 2 = 14 (obs.: lembre-se de que a igualdade i gualdade representa a balança em equilíbrio) equilíbr io) b) Agora vamos tentar obter o valor de “x” levando-se em consideração que a
e-Tec Brasil
22
Técnico em Administração
balança deve permanecer em equilíbrio. As propriedades matemáticas que me permitem realizar este processo de resolução são as seguintes: Tendo uma sentença matemática expressa por uma igualdade (uma equação) pode-se: • Adicionar ou subtrair valores iguais a ambos os membros de uma equação que a igualdade continua sendo válida. (A balança continua em equilíbrio). • Pode-se multiplicar ou dividir ambos os membros de uma equação por um mesmo valor dierente de zero que a igualdade continua sendo válida. (A balança continua em equilíbrio). Desse modo, temos:
Resp.: cada pacote de arroz pesa 6 Kg. O número 6 é chamado raiz (ou solução) da equação de tal modo que quando colocado no lugar da incógnita, transorma a equação em uma sentença verdadeira.
Ao resolver uma equação com uma incógnita, procuramos deixar os termos que contêm a incógnita no primeiro membro e os demais no segundo membro. Quando chegamos a uma equação da orma
em que “a” e “b” são números reais conhecid conhecidos os e de uma equação do 1o grau.
, dizemos que se trata
Na equação , temos temos
Matemática Básica
23
e-Tec Brasil
Na equação
, temos:
“x” é a incógnita; “a” é o coeciente; “b” é o termo independente. sendo
, a raiz é .
Uma equação com uma incógnita “x” é denominada equação do 1o grau, se puder ser reduzida através de operações elementares à orma , em que “a” “a” e “b” são números núme ros reais e . Exemplos: a) 5x = 17 temos: a = 5 e b = 17 b) -2x = 23 temos: a = 5 e b = 17
Observe que, se a = 0, a equação ca reduzida a (não é equação de 1o grau) e, nesse caso, se , a equação é impossível e se , a equação é indeterminada. De modo prático: Vamos resolver juntos as equações abaixo de modo mais prático: a)
S = {3}
24
Técnico em Administração
b)
S = {14} c) Primeiramente vamos multiplicar os dois membros da equação pelo mmc (míPrimeiramente nimo múltiplo comum) entre os denominadores 3, 2, 4 e 12 que no caso é 12.
S = {-2} Vejamos alguns problemas que recaem em equação do 1º grau 1. Um carpinteiro cortou um caibro de 11m de comprimento em dois pedaços. Um dos pedaços tem 1m a menos que o dobro do outro. Qual é a medida do maior pedaço? Resolução: Chamamos de “x” o menor pedaço, assim o maior pedaço será representado por 2x – 1 (o dobro do menor pedaço menos 1m). Sabendo que o caibro tem 11m de comprimento chegamos à seguinte equação do 1º grau: menor pedaço + maior pedaço = 11m
Matemática Básica
25
e-Tec Brasil
Assim o pedaço menor tem 4m e o pedaço maior (2x – 1) tem 2.4 – 1 = 7m 2. A população de uma cidade “A” é o triplo da população da cidade “B”. Se as duas cidades juntas têm uma população de 100.000 habitantes, quantos habitantes têm a cidade B? Resolução: Chamamos de “x” a população da cidade “B”. Desse modo a população da cidade “A” ca representada por 3x (o triplo da cidade “B”). Assim, chegamos à seguinte equação:
Resposta: A cidade “B” tem 25.000 habitantes e a cidade “A” possui 75.000 habitantes. 3. Carlos, Eduardo e André receberam juntos por um trabalho t rabalho R$ 205,00. Carlos recebeu R$ 3,00 a mais do que Eduardo, e André recebeu R$ 15,00 a menos do que o triplo que Carlos. Quanto recebeu cada um? Resolução: Eduardo: x Carlos: x + 3 André: 3.(x + 3) – 15 Eduardo + Carlos + André = 205
26
Técnico em Administração
Assim, Eduardo recebeu R$ 41,60 Carlos recebeu 41,60 + 3,00 = R$ 44,60 André recebeu 3.(44,60) -15,00 = 133,80 – 15,00 = R$ 118,80 4. Calcule o valor de “x” na seguinte proporção: Resolução: para resolver você deve lembrar-se da propriedade undamentas das proporções (veja unidade 1).
Equação do 2° grau Toda equação da orma ax² + bx + c = 0, em que “a”, “b” e “c” são números reais (coecientes da equação) e a = 0 é chamada de uma equação do 2° grau na incógnita “x”. Quando o coeciente “b” ou “c” é igual a zero, a equação é dita incompleta: ax² + bx = 0 (neste caso c = 0) ou ax² + c = 0 (neste caso b = 0). A resolução (encontrar as raízes) de uma equação do 2° grau é eita atra-
Matemática Básica
27
e-Tec Brasil
(delta), também chamado de discriminante da equação, nos diz se a equação terá solução real ou não e o número de soluções. Assim: se
> 0 , então a equação admite duas soluções reais e distintas;
se
= 0 , então a equação admite duas soluções reais e iguais;
se
< 0 , então a equação não tem solução real.
Vamos exemplicar: Encontre as raízes das seguintes equações do 2° grau no conjunto dos números reais ):
a) 4y² - 25 = 0 Observe que esta é uma equação incompleta com b = 0 e pode ser resolvida isolando “y” no primeiro membro membro da equação. Não tem necessidade da utilização da Fórmula de Bháskara.
b) x² + 7x = 0 Observe que esta é uma equação incompleta com c = 0 e pode ser resolvida usando atoração (ator comum em evidência). Também não tem necessidade da utilização da Fórmula de Bháskara.
e-Tec Brasil
28
Técnico em Administração
Perceba que “x” é o ator comum e que se o produto de dois números reais é igual a zero então pelo menos um dos atores é igual a zero. Assim temos:
c) x² - 7x + 10 = 0 Observe que esta é uma equação completa com a = 1, b = -7 e c = 10. Vamos resolvê-la usando a Fórmula de Bháskara.
d) 3x² + 5x + 6 = 0 Observe que esta é uma equação completa com a = 3, b = 5 e c = 6. Vamos resolvê-la usando a Fórmula de Bháskara.
Matemática Básica
29
e-Tec Brasil
Perceba que < 0 (negativo), portanto a equação não admite solução solução real. Conjunto Solução S = (conjunto vazio) e) t² - 10t +25 = 0 Observe que esta é uma equação completa com a = 1, b = -10 e c = 25. Vamos resolvê-la usando a Fórmula de Bháskara.
Perceba que
= 0, portanto a equação terá duas raízes raízes reais e iguais.
Terminamos aqui nossos estudos sobre equações do 1º grau e equações do 2º grau. Está na hora de você praticar. praticar. Bom trabalho!
e-Tec Brasil
30
Técnico em Administração
Hora de Praticar..... Exercícios 1. Resolva as seguintes equações do 1º grau dentro do conjunto dos números reais: a) 5x + 1=36 b) 7x = 4x + 5 c) 9x – 7 = 5x + 13 d) 2(2x -1) – 6(1 – 2x) = 2 ( 4x – 5) e) 2. Exercícios Exercícios:: Sendo seu conjunto solução.
, resolva as equações abaixo indicando o
a) b) c) d) e)
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 1)Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11. Qual é esse número? 2)Qual o número que adicionado a 15 é igual a 31? 3)O triplo de um número menos 7 é igual a 80. Qual é esse número? 4)A soma de dois números é igual a 50. O número maior é o quádruplo do número menor. Calcule os números. 5)A soma de um número real positivo e o seu quadrado dá 30. Qual é esse número?
Matemática Básica
31
e-Tec Brasil
Fórum – Equação do 1º grau e equação do 2º grau Nesta unidade estudamos as equações do 1º grau e do 2º grau. Espero que você tenha gostado do assunto. Faça as suas pesquisas e discuta com seus colegas e com seu tutor os seguintes assuntos: “Aplicações das equações do 1º grau e do 2º grau” “Existe outra orma de resolver equação do 2º grau que não oi apresentada?” Vamos lá: pesquise, participe, troque as inormações
e-Tec Brasil
32
Técnico em Administração
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy. Matemática Fundamental Fundamental – Uma nova abordagem. São Paulo: FTD, FTD, 20 2002. 02. Volume único. IEZZI, Gelson; DOCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática. São Paulo: Atual, 2002. Volume único. único. DANTE, Luís Roberto. Matemática – Contexto e Aplicações. São Paulo: Ática, 2003. 3V. PAIV AIVA, A, Manoel. Matemática. Coleção Base. São Paulo: Paulo: Moderna, 1999. VoVolume único. SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005. 3V. 3V. BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática Aula por Aula . São Paulo: FTD, 2003. 3V.
Matemática Básica
33
e-Tec Brasil
UNIDADE 3 – Função do 1º Grau e Função do 2º Grau Objetivos da aula Nesta unidade estudaremos dois temas muito importantes da matemática e muita aplicabilidade: Função do 1º grau e Função do 2º grau. Vamos desenvolvê-los apresentando um problema introdutório, as denições (ormalizando o conceito), em seguida suas propriedades e alguns exemplos e por m os exercícios. Bom estudo!
Função do 1o grau ou Função Am Introdução: Problema: A remuneração de um vendedor de uma loja de camisas (seu salário) é eita em duas parcelas: uma xa, no valor de R$ 500,00 e a outra variável, correspondente a uma comissão de 12% sobre o valor total de vendas realizadas no mês. Chamando de “x” o valor total das vendas no mês e de “R(x)” a remuneração mensal do vendedor vendedor,, temos: R(x) = 500 + 0,12x
obs.: 12% = 0,12
Assim, por exemplo: se o vendedor atingir vendas no valor de R$ 6.250,00 no mês, sua remuneração será de R$ 1.250,00. Veja: Veja: R(x) = 500 + 0,12.6250,00 R(x) = 500 + 750 R(x) = 1250 Notamos que a remuneração mensal do vendedor, “R(x)” é calculada de acordo com o valor total de vendas realizadas no mês, ou seja, a remuneração é calculada em unção do valor total de vendas no mês. Desse modo podemos pensar na seguinte tabela, supondo alguns valores totais de venda no mês.
e-Tec Brasil
34
Técnico em Administração
Mês
Valor Val or Total Total de Vendas Vendas (R$) Re Remu mune nera raçã ção o Mens Mensal al (R$ (R$))
Janeiro
2.000,00
740,00
Fevereiro
4.240,00
1.008,80
Março
3.730,00
947,60
Abril
5.900,00
1.208,80
Faça seus cálculos e verique os dados da tabela acima. Assim, chegamos a seguinte denição: Chamamos unção polinomial do 1o grau ou am a qualquer unção : denida por (x) = ax + b, onde os coecientes “a” e “b” são números reais e a = 0. R
R
“a” é o coeciente angular. “b” é o coeciente linear. Exemplos: • f(x) = 2x + 6, onde a = 2 e b = 6 • f(x) = - 3x
,
onde a = -3 e b =
• f(x) = 2x, onde a = 2 e b = 0
Representação gráca de uma unção do 1o grau A representação gráca de uma unção do 1o grau, y = ax + b, pode ser eita seguindo os seguintes passos: • Atribui-se alguns valores para “x” e calculam-se os correspondentes valo valo-res de “y”, “y”, organizando-os em uma tabela. • Localizam-se no plano cartesiano os pontos (x, y) e traçando a reta que
Matemática Básica
35
e-Tec Brasil
passa por eles. Exemplo: a) Vamos construir o gráco da unção : R
R denida por: y = 2x – 1
1° passo: tabela (atribuímos aqui os seguintes valores para x: -2, -1, 0, 1 e 2). x
y = 2x - 1
Ponto (x,y)
-2
y = 2.(-2) -1 = - 4 - 1= -5
(-2, -5)
-1
y = 2.(-1) -1 = - 2 - 1= -3
(-1, -3)
0
y = 2.( 0) -1 = 0 - 1= -1
( 0, -1)
1
y = 2.( 1) -1 = 2 - 1= 1
( 1, 1)
2
y = 2.( 2) -1 = 4 - 1= 3
( 2, 3)
2° passo: marcando pontos no reerencial cartesiano e traçando a reta
Observe que o gráco da unção y = 2x – 1 é crescente, ou seja, para quaisquer elementos x1 e x2 do domínio de uma unção (-2, -1, 0, 1, 2), com x1 < x2, temos (x1) < (x2). De modo prático prático se o coeciente coeciente a > 0
e-Tec Brasil
36
Técnico em Administração
então a unção do 1° grau é crescente (no caso a = 2). b) Vamos Vamos construir o gráco da unção : denida por: y = - 3x + 1 1° passo: tabela (atribuímos, aqui, os seguintes valores para x: -2, -1, 0, 1 e 2). x
y = -3 x + 1
Ponto (x,y)
-2
y = -3.(-2) +1 = 6 +1= 7
(-2, 7)
-1
y = -3.(-1) +1 = 3 +1= 4
(-1, 4)
0
y = -3.( 0) +1 = 0 +1= 1
( 0, -1)
1
y = -3.( 1) +1 = -3 +1= -2
(1, -2)
2
y = -3.( 2) +1 = -6 +1= -5
(2, -5)
2° passo: marcando pontos no reerencial cartesiano e traçando a reta
Observe que o gráco da unção y = -3x + 1 é decrescente, ou seja, para quaisquer elementos x1 e x2 do domínio de uma unção (-2, -1, 0, 1, 2), com x1 < x2, temos (x1) > (x2). De modo prático se o coeciente a < 0 então a unção do 1° grau é decrescente (no caso a = -3).
Matemática Básica
37
e-Tec Brasil
Considerações importantes: 1. Lembrando que o gráco de uma unção do 1º grau é uma reta, observamos que seu gráco pode ser eito com base em apenas dois pontos. 2. O ponto onde o gráco (reta) intercepta o eixo “x” é a raiz (ou zero) da unção do 1º grau.
Características importantes da unção do 1o grau (Resumo) (R esumo) Conjunto domínio: o domínio da unção do 1o grau é o conjunto dos números reais: reai s: D() D( ) = R . Conjunto imagem: o conjunto imagem da unção do 1o grau é o conjunto dos números reais: Im() = R . Coeciente angular: o coeciente “a” é denominado coeciente angular. Coeciente linear: o coeciente “b” é denominado coeciente linear. A unção do primeiro grau é crescente em R quando a > 0 e decrescente em quando a < 0. Exemplos: a. Para a unção (x) = 2x + 4: • o coeciente angular “a” é o número 2 • o coeciente linear “b” é o número 4 Como a > 0, a unção é crescente em R .
Casos particulares Função linear: a unção polinomial do 1o grau em que o termo “b” é nulo (b = 0) passa a ser chamada de unção linear e tem a orma: (x) = ax.
e-Tec Brasil
38
Técnico em Administração
Exemplos: • y = 3x •y= •y=x •y= Função identidade: a unção polinomial do 1o grau em que o termo “b” é nulo (b = 0) e a = 1 passa a ser chamada de unção identidade e tem a orma (x) = x e a oposta da unção identidade (x) = -x. Função Constante: Caso o termo a seja nulo (a = 0) na expressão (x) = ax + b e b R ,a unção do 1o grau, passa a ser chamada unção constante e tem a orma (x) = b. Exemplos: • f(x) = 5 • f(x) = •y=0
Raiz ou zero da unção polinomial do 1o grau Dada a unção do 1° grau y = (x) = ax + b, chama-se raiz ou zero da unção o valor de “x” que anula a unção. Relembrando, gracamente a raiz é o ponto onde o gráco intercepta o eixo x. Vejamos a orma de cálculo da raiz da unção do 1º grau. Sendo y = (x) = ax + b, com a = 0, temos: “x” é zero ou raiz de “ “””
Matemática Básica
(x) = 0
39
e-Tec Brasil
De modo prático: igualamos a zero e resolvemos a equação do 1° grau. Obs.: a unção do 1o grau tem uma só raiz. Exemplo: Seja a unção y = 3x – 27. Para obtermos sua raiz ou zero, aremos y = 0.
Assim, 9 é a raiz da unção y = 3x -27.
Exercícios: vamos treinar juntos....... Considerando a unção (x) = 3x + 1, determinar: a. os coecientes angular e linear Resposta: coeciente angular: a = 3. coeciente linear: b = 1 b. se a unção é crescente ou decrescente Resposta: A unção é crescente, pois a = 3 (positivo). c. (2) e (-3) Resposta: basta substituir “x” pelo pelo valor dado na unção.
e-Tec Brasil
40
Técnico em Administração
d. representação gráca Resposta: como já vimos, o gráco de uma unção do 1º grau é uma reta e para construí-lo bastam dois pontos quaisquer, por exemplo, 0 e 1. Temos a tabela:
x
y = 3x +1
Ponto (x, y)
0
y = 3.(0) + 1= 0 + 1 = 1
(0, 1)
1
y = 3.(1) + 1 = 3 +1 = 4
(1, 4)
Gráco:
Matemática Básica
41
e-Tec Brasil
e. a raiz. Resposta: igualando a zero
Função quadrática ou do 2º grau Introdução: O gráco de uma unção do 2º grau é uma curva plana denominada de parábola. A parábola é composta por dois ramos simétricos em relação a uma reta chamada de eixo de simetria. O ponto “V” da parábola é chamado de Vértice da parábola. Veja a gura abaixo.
e-Tec Brasil
42
Técnico em Administração
A parábola pode ser notada em várias situações, por exemplo: • na antena parabólica; • no lançamento de uma bola; • no farol do carro: quando acendemos o farol, os raios de luz provenientes da lâmpada incidem num espelho parabólico e são refetidos paralelamente ao eixo de simetria. Denição: Chama-se unção quadrática ou unção do 2º grau a unção : R
g
R
que associa a cada número real “x”, o número real y = ax2 + bx + c, com “a”, “b” e “c” “c” reais e a = 0. Exemplos: • f(x) = 2x2 + 5x + 6, onde a = 2, b = 5 e c = 6; • y = 3x² - x – 2 , onde a = 3, b = -1 e c = -2; • f(x) = - x2 + x – 1, onde a = - 1, b = 1 e c = - 1; • f(x) =
x2 + , onde a = , b = 0 e c =
Gráco da unção quadrática Como já vimos, o gráco de uma unção quadrática é representado por uma curva à qual damos o nome de parábola. Vamos esboçar o gráco das seguintes unções quadráticas: a) y = x2 – 2x – 3 Para isso, atribuímos valores para “x” e obtemos valores para “y”, “y”, organizando-os com o auxílio de uma tabela.
Matemática Básica
43
e-Tec Brasil
x
y = x² - 2x – 3
Ponto (x,y)
-2
y = (-2)² - 2.(-2) – 3 = 4 + 4 – 3 = 5
(-2, 5)
-1
y = (-1)² - 2.(-1) – 3 = 1 + 2 – 3 = 0
(-1, 0)
0
y = (0)² - 2.(0) – 3 = 0 + 0 – 3 = -3
(0, -3)
1
y = (1)² - 2.(1) – 3 = 1 - 2 – 3 = - 4
(1, -4)
2
y = (2)² - 2.(2) – 3 = 4 - 4 – 3 = -3
(2, -3)
3
y = (3)² - 2.(3) – 3 = 9 - 6 – 3 = 0
(3, 0)
4
y =(4)² - 2.(4) – 3 = 16 - 8 – 3 = 5
(4, 5)
Veja o gráco representado no plano cartesiano. car tesiano.
e-Tec Brasil
44
Técnico em Administração
b) y = - x² + 2x + 8 Construímos a tabela:
x
y = - x² + 2x + 8
Ponto (x,y)
-2
y = - (-2)² + 2.(-2) + 8 = - 4 - 4 + 8 = 0
(-2, 0)
-1
y = - (-1)² + 2.(-1) + 8 = - 1 - 2 + 8 = 5
(-1, 5)
0
y = - (0)² + 2.(0) + 8 = 0 + 0 + 8 = 8
(0, 8)
1
y = - (1)² + 2.(1) + 8 = - 1 + 2 + 8 = 9
(1, 9)
2
y = - (2)² + 2.(2) + 8 = - 4 + 4 + 8 = 8
(2, 8)
3
y = - (3)² + 2.(3) + 8 = - 9 + 6 + 8 = 5
(3, 5)
4
y = - (4)² + 2.(4) + 8 = - 16 + 8 + 8 = 0
(4, 0)
Veja o gráco:
Matemática Básica
45
e-Tec Brasil
Obs.: os valores atribuídos a “x” são aleatórios, entretanto, para uma boa visualização da parábola escolhemos valores de “x” em torno da posição “x” do vértice (no caso dos itens a e b ) como veremos mais adiante.
Relação entre a concavidade de uma parábola e o coeciente “a” O gráco de uma unção quadrática é sempre uma parábola e essa parábola terá a concavidade voltada para cima quando a > 0 (exemplo a) e terá a concavidade voltada para baixo quando a < 0 (exemplo b). Exemplos: Determine a concavidade do gráco das seguintes unções quadráticas (parábolas): a) y = x² - 2x - 3 resposta: concavidade voltada para cima a = 1.
Para mais detalhes veja o gráco do exemplo a. b) y = - x² + 2x + 8
resposta: concavidade voltada para baixo a = -1.
c) y = - 2x² + 5x – 7
resposta: concavidade voltada para baixo a = -2.
d) y =
e-Tec Brasil
46
resposta: concavidade voltada para cima a =
Técnico em Administração
Raízes ou zeros da unção quadrática Para encontrarmos as raízes (ou zeros) da unção quadrática, azemos ax2 + bx + c igual a zero, isto é, y = (x) = 0. Em algumas situações não é possível encontrar raízes reais para a unção do 2º grau. Você Você verá mais adiante. Para azer reerência a essas raízes, costumamos usar símbolos tais como x’ e x” ou x1 e x2. Então, se y = 0, temos que ax2 + bx + c = 0. A órmula resolutiva da equação do 2º grau, conhecida como Fórmula de Bháskara Bháska ra nos ornece x’ = e x” = , mas devemos considerar os casos cas os em em que o discri discrimin minant antee ( ) seja: seja: •
>0
Neste caso a unção tem raízes reais e dierentes, portanto a parábola determina dois pontos distintos no eixo dos “x”: (x’, 0) e ( x”, 0).
•
=0
Neste caso a unção tem raízes reais e iguais : x’ = x”, portanto a parábola tangencia o eixo dos “x”.
Matemática Básica
47
e-Tec Brasil
•
<0
Neste caso a unção não tem raízes reais, portanto a parábola não determina nenhum ponto no eixo dos x.
Vértice da Parábola O vértice da parábola pertence ao eixo de simetria. As coordenadas do vértice são dadas pelas seguintes órmulas:
Vamos azer um estudo do vértice: o Se a parábola está voltada para cima (a > 0), então o vértice é um ponto de mínimo da unção é o menor valor que a unção atinge é dado pelo .
e-Tec Brasil
48
Técnico em Administração
o Se a parábola está voltada para baixo (a < 0), então o vértice é um ponto de máximo da unção é o maior valor que a unção atinge é dado pelo .
Exemplo: 1. Faça um esboço do gráco da unção y = x² - 6x +5 determinando: a) as raízes
Resposta: as raízes são 1 e 5 b) as coordenadas do vértice;
Matemática Básica
49
e-Tec Brasil
c) a classicação do vértice (ponto de máximo ou mínimo); O vértice é um ponto de mínimo da unção, pois a = 2 (positivo) e o menor valor que a unção atinge é . d) intersecção da curva com o eixo y. A parábola intercepta o eixo x no ponto (0, c) = (0, 5) Vejamos o gráco:
2. O custo diário da produção de uma indústria de aparelhos de teleone é dado pela unção C(x) = x² - 86x + 2.500, onde “C(x)” é custo em reais e “x” é o número de unidades abricadas. a bricadas. Pergunta-se: a. Quantos aparelhos devem ser produzidos diariamente para que o custo seja mínimo? Resposta: A unção custo “C(x)” é do 2º grau com coeciente a = 1 (positivo), então a parábola terá concavidade voltada para cima e o vértice será um ponto de mínimo da unção “C(x)”. Desse modo o número de aparelhos produzidos com custo
e-Tec Brasil
50
Técnico em Administração
mínimo será dado por: b. Qual é o valor mínimo do custo? Resposta: O valor mínimo do custo será dado por
Custo mínimo é de R$ 651,00.
Hora de Praticar Exercícios 1. Considere a unção do 1º grau h(x) = 4x – 20 e determine: a. os coecientes angular e linear; b. se a unção é crescente ou decrescente; c. h(2) e (-6); d. a raiz; e. representação gráca. 2. Com relação à unção y = -x² + x + 6 determine: a. as raízes; b. as coordenadas do vértice; c. a concavidade da parábola; d. se o vértice é ponto de máximo ou mínimo;
Matemática Básica
51
e-Tec Brasil
e. a intersecção da parábola com o eixo y; . aça um esboço do gráco. 3. Na produção de um determinado objeto uma empresa gastou R$ 400,00 com o molde da peça e mais R$ 2,00 por peça produzida. Nessa situação determine: a. Chamando de “x” o número de peças produzidas e “C(x)” a unção custo, encontre “C(x)”; b. Calcule o custo para produzir 300 peças. 4. Sabe-se que, sob certo ângulo de tiro a altura atingida por uma bala, em metros, em unção do tempo, em segundos, é dada por h(t) = -20t² + 200t. Nessa situação, pergunta-se: a. Qual a altura máxima atingida pela bala? b. Em quanto tempo após o tiro a bala atinge a altura máxima?
Fórum - Função do 1º grau e Função do 2º Grau Terminamos nossos estudos sobre unção do 1º e unção do 2º grau. Você Você deve ter encontrado algumas situações onde usamos as unções do 1º e do 2º graus. Agora é hora de você pesquisar e compartilhar com seus colegas. “Dê um exemplo prático do uso de unções do 1º e do 2º grau. Será que existe unção do 1º grau em uma padaria, por exemplo?” Vamos lá: pesquise, participe, troque as inormações.........
e-Tec Brasil
52
Técnico em Administração
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy. Matemática Fundamental Fundamental – Uma nova abordagem. São Paulo: FTD, FTD, 20 2002. 02. Volume único. IEZZI, Gelson; DOCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática. São Paulo: Atual, 2002. Volume único. único. DANTE, Luís Roberto. Matemática – Contexto e Aplicações. São Paulo: Ática, 2003. 3V. PAIVA, Manoel. Matemática. Coleção Base. São Sã o Paulo: Moderna, 1999. Volume único. SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005. 3V. 3V. BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática Aula por Aula . São Paulo: FTD, 2003. 3V.
Matemática Básica
53
e-Tec Brasil
UNIDADE 4 – Exponencial e Logaritmo Objetivos da aula Nesta unidade estudaremos dois temas muito importantes da matemática e de muita aplicabilidade: Exponencial e Logaritmo. Vamos desenvolvê-los apresentando as denições (ormalizando o conceito), em seguida suas propriedades e alguns exemplos e por m os exercícios e aplicações. Bom estudo!
Exponencial Para iniciar os estudos reerentes a esta unidade convém ao aluno repassar a unidade 1 reerente a potências e radicais. i. Conceituação Chama-se unção exponenc exponencial ial de base “a” “a”,, a uma unção de que , onde a é um número real dado, a >0 e Exemplos: a)
b)
c)
, tal .
d)
ii. Gráco da unção exponencial a) Vamos construir o gráco da unção exponencial Atribuímos valores a “x” e montamos a seguinte tabela:
e-Tec Brasil
54
Técnico em Administração
x -3
y=
-2
y=
-1
y=
0
y=
1
y=
2
y=
3
y=
Assim, temos o seguinte gráco:
Observe que neste caso a unção é crescente
Matemática Básica
55
e-Tec Brasil
b) Vamos Vamos construir o gráco da unção exponencial Atribuímos valores a “x” e montamos a seguinte tabela:
x -3 -2 -1 0 1 2 3
Assim, temos o seguinte gráco:
e-Tec Brasil
56
Técnico em Administração
Observe que neste caso a unção é decrescente ( De modo geral, podemos concluir que, sendo f ( x )
=
a x tem-se:
a) Se a > 1, tem-se uma unção crescente (exemplo a). b) Se 0< a < 1, tem-se uma unção decrescente (exemplo (exemplo b). c) Se x = 0 tem-se (0) = 1, isto é, o gráco sempre intercepta o eixo y no ponto (0,1). Veja os grácos das unções representados em um mesmo reerencial cartesiano:
Observe que todos grácos passam pelo ponto (0, 1).
iii. Equação Exponencial Denição: toda equação em que a incógnita aparece como expoente de uma ou mais potências de base positiva e dierente de 1 é chamada de equação exponencial. Exemplos:
Matemática Básica
57
e-Tec Brasil
A resolução de uma equação exponencial baseia-se na seguinte propriedade:
Exemplos: Resolva as seguintes equações exponenciais: a) Vamos utilizar a decomposição em atores primos do número 8 para obtermos bases iguais e aplicar a propriedade descrita acima.
Assim, temos:
b) Neste exemplo, exemplo, vamos decompor os números 125 e 625.
Assim, temos
e-Tec Brasil
58
Técnico em Administração
Vejamos algumas aplicações das unções exponenciais: 1) O número de bactérias de uma cultura, “t” horas após o início de certo experimento, é dado pela expressão . Nessas condições, quanto tempo após o início do experimento a cultura terá 38.400 bactérias? Resolução
Como
temos
Resposta: Teremos 38.400 bactérias após 12,5 horas (12h 30min) do inicio do experimento. 2) Chamamos de montante “M” a quantia que uma pessoa deve receber após aplicar um capital “C”, a juros compostos, a uma taxa “i” (decimal) durante um tempo “t” “t”.. O montante pode ser calculado pela órmula . Supondo que o capital aplicado é de R$ 200.000,00 a uma taxa de 12% ao ano durante 3 anos, qual o montante no nal da aplicação?
Matemática Básica
59
e-Tec Brasil
Resolução: Dados: Capital: C = 200.000,00 Taxa: i = 12% = 0,12 (usar a orma decimal) Período: t = 3 anos.
Resposta: o montante no nal da aplicação será de R$ 280.985,60
Logaritmos 1.
Denição:
Sejam “a” e “b” números reais positivos e b ≠ 1. Chama-se logaritmo de “a” na base “b’ o expoente “x” tal que
Onde : “a” é o logari logaritmando; tmando; “b” é a base; “x” é o logari logaritmo tmo de “a” “a” na base “b”. “b”. Exemplo: Calcule os seguintes logaritmos.
Resolução:
Obs.: lembre-se de que 8 = 2³ (decomposição em atores primos) então
e-Tec Brasil
60
Técnico em Administração
a) Resolução:
Obs.: lembre-se de que então c) Resolução:
Obs.: lembre-se da potência de expoente negativo (unidade 1). então d) obs.: quando a base do logaritmo or 10 podemos omiti-la. Assim
Resolução:
Então
Propriedades Propriedad es dos logaritmos a) b) c)
=
com
d)
Matemática Básica
61
e-Tec Brasil
e)
com N > 0, M > 0, a > 0 e
) Mudança de base com as condições de existência dos logaritmos respeitadas. Exemplo Sabendo que log 2 = 0,3010 0,3010 e log3 = 0,4771, aplique as propriedades dos logaritmos e calcule:
Assim
Temos
Neste caso precisamos recorrer a uma mudança de base, já que os dados estão na base 10.
Equações Logarítmicas São equações em que a incógnita se apresenta no logaritmando ou na base de um logaritmo. Exemplo
e-Tec Brasil
62
Técnico em Administração
Para resolvê-las usamos a propriedade (b) dos logaritmos vericando sempre a condição de existência (CE) dos logaritmos, vejamos: Resolva as seguintes equações logarítmicas a) CE. x > 0
b) CE Assim, concluímos concluímos pela CE que x > 0 e x ≠ 1 e resolvemos como segue.
c) CE Assim, concluímos que pela CE x > 1. (intersecção entre as duas CE) e podemos resolver usando a propriedade ( c ) dos logaritmos (log do produto é igual ao log da soma).
Matemática Básica
63
e-Tec Brasil
Função Logarítmica Considere a unção exponencial , com sua inversa chama-se unção logarítmica e indica-se por:
A
Gráco da Função Logarítmica Para construir o gráco da unção logarítmica atribuímos valores reais positivos a “x” e calculamos “y” em seguida montamos o gráco em um reerencial cartesiano. Veja os exemplos:
e-Tec Brasil
64
Técnico em Administração
a)
x
4 8
É uma unção crescente em todo o seu domínio.
Matemática Básica
65
e-Tec Brasil
b)
x
4 8
É uma unção decrescente em todo o seu domínio. Vejamos uma aplicação: A quantia de R$ 20.000,00 oi aplicada a uma taxa de 1% ao mês (no regime de juros compostos). Utilize as órmulas apresentadas na aplicação 2 (unção exponencial) e uma calculadora cientíca. a) Qual será o saldo no nal de 3 meses? Dados: Capital: C = 20.000,00 Taxa: i = 1% = 0,01 (usar a orma decimal)
e-Tec Brasil
66
Técnico em Administração
Período: t = 3 meses. meses.
Resp.: ao nal de 3 meses o montante será de R$ 20.606,02 b) Por quantos meses deve ser eita a aplicação para que o saldo seja de R$32.210,20. Dados: Capital: C = 20.000,00 Taxa: i = 1% = 0,01 Montante: M = 32.210,20 Período: t
Resp.: a aplicação deve ser eita por um período de 48 meses.
Matemática Básica
67
e-Tec Brasil
Hora de Praticar Exercícios: 1. Classique as seguintes unções exponenciais em crescente ou decrescente a. b. 2. Resolva as equações exponenciais: a. b. 3. O número de bactérias de uma cultura, “t” horas horas após o início de certo experimento é dado pela expressão . Nessas condições, determine: a. A população inicial de bactérias (t = 0); b. A população de bactérias após 2 horas de experimento; c. Quanto tempo após o início do experimento experimento,, a cultura terá 64.800 bactérias? 4. Uma substância se decompõe aproximadamen aproximadamente te segundo a lei , em que “k” é uma constante, “t” indica o tempo (em minutos) e “Q(t)” indica a quantidade de substância (em gramas) no instante “t”. “t”.
e-Tec Brasil
68
Técnico em Administração
Considerando-se os dados desse processo de decomposição mostrados no gráco, determine de termine os valores va lores de “k” e de “a” “a”. 5. Classique as seguintes unções logarítmicas em crescente ou decrescente: a. b. 6. Calcule os logaritmos: a. b. 7. Sendo a. b. 8. Resolva a equação logarítmica 9. A órmula para o cálculo do Montante “M” de um capital “C” aplicado em um período “n” (dias, meses, anos,...) a uma taxa “i” por unidade de tempo é dada por , como visto no exemplo 2 (unção exponencial). Encontre o tempo que um capital inicial de R$ 10.000,00 deve ser aplicado para se obter um montante de R$ 13.400,00 a uma taxa de 5% ao mês. (dados:
Matemática Básica
69
e-Tec Brasil
Fórum - Exponencial e Logaritmo Concluímos nossos estudos sobre exponencial e logaritmos. Foi um assunto árduo, com muitas propriedades, mas depois de praticar você já deve estar mais habituado com esse tipo de cálculo. cálculo. Agora é hora de você pesquisar e compartilhar com seus colegas. “Procure aplicações da exponencial na biologia. Veja o que você pode acrescentar aos nossos estudos.” “Procure também por aplicações dos logaritmos em terremotos por exemplo.” Vamos lá: pesquise, participe, troque as inormações
e-Tec Brasil
70
Técnico em Administração
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy. Matemática Fundamental Fundamental – Uma nova abordagem. São Paulo: FTD, FTD, 20 2002. 02. Volume único. IEZZI, Gelson; DOCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática. São Paulo: Atual, 2002. Volume único. único. DANTE, Luís Roberto. Matemática – Contexto e Aplicações. São Paulo: Ática, 2003. 3V. PAIVA, Manoel. Matemática. Coleção Base. São Sã o Paulo: Moderna, 1999. Volume único. SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005. 3V. 3V. BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática Aula por Aula . São Paulo: FTD, 2003. 3V.
Matemática Básica
71
e-Tec Brasil
UNIDADE 5 – Teorema de Pitágoras e Trigonometria no Triângulo Triângulo Retângulo Objetivos da aula Nesta unidade estudaremos os seguintes temas: Teorema Teorema de Pitágoras e Trigonometria Trigonometria no Triângulo Retângulo. A aplicabilidade do Teorema Teorema de Pitágoras e da Trigonometria está presente nos mais diversos campos da ciência. Vamos desenvolvê-los apresentando as denições (ormalizando o conceito), em seguida suas propriedades e alguns exemplos e por m os exercícios e aplicações. Bom estudo!
Teorema de Pitágoras Iniciamos o estudo do Teorema de Pitágoras relembrando alguns conceitos importantes: • Triângulo retângulo: triângulo que possui um ângulo interno com medida igual a 90º (chamado ângulo reto); • Hipotenusa: lado de um triângulo retângulo que se opõe ao ângulo reto; • Catetos: lados de um triângulo retângulo que formam o ângulo reto. Veja a gura: Obs.: ângulo de 90º no vértice A (ângulo reto)
e-Tec Brasil
72
Técnico em Administração
Exemplo Identique a hipotenusa e os catetos c atetos nos seguintes triângulos retângulos: a) resposta: BC = hipotenusa AB e AC = catetos
b)
resposta: EF = hipotenusa DE e DF = catetos
c)
resposta: HI = hipotenusa JH e JI = catetos
Agora que você já sabe identicar a hipotenusa e os catetos em um triângulo retângulo vamos enunciar o Teorema Teorema de Pitágoras: “Em todo triângulo retângulo a soma das medidas dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da medida da hipotenusa
Matemática Básica
73
e-Tec Brasil
Na gura acima temos: a - representa a medida da hipotenusa; b, c - representam as medidas dos catetos. Exemplo: Calcule o valor de “x” aplicando o Teorema de Pitágoras nos seguintes triângulos retângulos:
e-Tec Brasil
a)
Resolução:
b)
Resolução:
74
Técnico em Administração
c)
Resolução:
Aplicação do Teorema de Pitágoras: a. Diagonal de um quadrado. Considere um quadrado de vértices ABCD, de lado medindo medindo “d” como mostra a gura abaixo.
Aplicando Pitágoras no
e de diagonal
, temos:
b. Altura de um triângulo equilátero. Considere o triângulo equilátero ABC de lados medindo e de altura medindo . Quando traçamos a altura relativa à base , dividimos esta em duas partes iguais de medida . Veja a gura abaixo:
Matemática Básica
75
e-Tec Brasil
Aplicando Pitágoras no
, temos:
Exemplo: a. Calcule a medida da diagonal de um quadrado de lado medindo 9 cm. Usando a órmula da diagonal do quadrado:
, temos:
b. Encontre a altura do triângulo equilátero de lado medindo 8 cm. Usando a órmula da altura do triângulo equilátero:
e-Tec Brasil
76
, temos:
Técnico em Administração
Trigonometria no triângulo retângulo Razões trigonométricas no triângulo retângulo Num triângulo retângulo podemos estabelecer razões entre as medidas dos seus lados: catetos (que ormam o ângulo reto) e hipotenusa (que se opõe ao ângulo reto). Considere um triângulo “ABC” retângulo em “A” e um ângulo agudo “B” de medida , como mostra a gura a seguir:
Onde: “a” é a medida da hipotenusa; “b” é a medida do cateto oposto ao ângulo “α”; “c” é a medida do cateto adjacente ao ângulo “α”. Obs.: Todas Todas as medidas devem estar na mesma unidade. Assim, dene-se: • Razão 1 Seno de um ângulo agudo “α” (sen α) Num triângulo retângulo, o seno de um ângulo é a razão entre as medidas do cateto oposto a esse ângulo e da hipotenusa.
Matemática Básica
77
e-Tec Brasil
• Razão 2 Cosseno de um ângulo agudo
(cos
)
Num triângulo retângulo o cosseno de um ângulo agudo é a razão entre as medidas do cateto adjacente a esse ângulo e da hipotenusa.
• Razão 3 Tangente de um ângulo agudo
(tg
).
Num triângulo retângulo a tangente de um ângulo agudo é a razão entre as medidas dos catetos oposto e do cateto adjacente a esse ângulo
Exemplos: a) Considere o triâng triângulo ulo “ABC” “ABC”,, retângul retângulo o em “A “A”” e determi determine ne sen tg , sen , cos e tg .
Com relação ao ângulo
e-Tec Brasil
78
, cos
,
temos:
Técnico em Administração
Com relação ao ângulo
temos:
Obs.: Lembre-se o cateto oposto e o cateto adjacente dependem do ângulo em questão. Os valores do seno, cosseno e da tangente dos ângulos agudos estão dispostos em uma tabela de Razões Trigonométricas para acilitar cálculos. Aqui nós vamos reproduzir alguns valores. Você pode também usar uma calculadora cientíica para auxiliar nos cálculos. Tabela de Razões Trigonométricas
Ângulos 5º 10º 15º 20º 25º 28º 30º 36º 40º 45º 50º 55º 60º 70º 80º 85º
Matemática Básica
Seno 0,087 0,174 0,259 0,342 0,423 0,469 0,500 0,588 0,643 0,707 0,766 0,819 0,866 0,940 0,985 0,996
Cosseno Tangente 0,087 0,996 0,985 0,176 0,966 0,268 0,940 0,364 0,906 0,466 0,883 0,532 0,866 0,577 0,809 0,727 0,766 0,839 0,707 1,000 0,643 1,192 0,574 1,428 0,500 1,732 0,342 2,747 0,174 5,671 0,087 11,430 79
e-Tec Brasil
Exemplo: Calcule o valor de “x” em cada gura utilizando os dados d ados da tabela acima: Obs.: as guras não estão em escala, são apenas representações de uma situação problema. a. Resolução: o lado 4 cm corresponde a hipotenusa e com relação ao ângulo de 28º, o lado de medida “x” é o cateto oposto. Neste caso usamos seno para resolver o problema
b.
Resolução: o lado 10 cm corresponde a hipotenusa e com relação ao ângulo de 50º, o lado de medida “x” é o cateto ad jacente. Neste caso usamos cosseno para resolver o problema
e-Tec Brasil
80
Técnico em Administração
c. Resolução: com relação ao ângulo de 36º o lado de medida “x” é o cateto oposto e o lado de medida 20 cm é o cateto adjacente. Neste caso usamos a tangente para resolver o problema
d.
Resolução: o lado 30 cm corresponde a hipotenusa e com relação ao ângulo de “α”, o lado de medida 15 cm é o cateto oposto. Neste caso usamos seno para calcular o ângulo âng ulo “α”. “α”.
e.
Resolução: com relação ao ângulo de 30º o lado de medida “x” é o cateto adjacente e o lado de medida 40 cm é o cateto oposto. Neste caso usamos a tangente para calcular “x”.
Matemática Básica
81
e-Tec Brasil
Problema: Uma pessoa com 1,60 m. de altura observa o topo do mastro de uma bandeira num ângulo de 400 com a horizontal a 8m do mastro. Determine a altura do mastro. Resolução: Para resolver o problema vamos azer uma representação gráca da situação. Não estamos preocupados com o rigor do desenho, mas sim com o entendimento da situação.
O modelo matemático que representa o problema ca melhor descrito no seguinte triângulo retângulo:
e-Tec Brasil
82
Técnico em Administração
Com relação ao ângulo de 40º o lado de medida “x” é o cateto oposto ao ânguâ ngulo de 40º e o lado de medida 8m é o cateto adjacente ao ângulo de 40º. Neste caso usamos a tangente para calcular “x”. “x”.
No entanto calculamos apenas parte da altura do mastro. Para nalizar os cálculos precisamos adicionar a altura do observador (1,6 m). Assim:
Ângulos Notáveis: 30º, 45º e 60º Os ângulos de 30º, 45º e 60º devido ao seu constante uso ganharam um tratamento especial. Apresentamos uma tabela de valores exatos do seno, cosseno e tangente desses ângulos.
30º Seno Cosseno Tangente
1 2 3 2 3 3
45º 2
60º
2 2 2
3 2 1 2
1
3
Os valores da tabela acima são obtidos a partir da diagonal do quadrado (divide o ângulo de 90º em duas partes iguais a 45º) e também da altura do triângulo eqüilátero (triângulo eqüilátero tem três ângulos internos de 60ª). Pesquise na Internet sobre esses três ângulos e comente com seus colegas. Exemplo: Use os valores dos ângulos notáveis e calcule a medida “x” nos seguintes triângulos retângulos.
Matemática Básica
83
e-Tec Brasil
a.
Resolução:
b.
Resolução:
Nesse exercício é preciso racionalizar o denominador como segue:
Pesquise sobre racionalização de denominadores. denominadores.
e-Tec Brasil
84
Técnico em Administração
Agora que echamos mais uma unidade está na hora de praticar Exercícios: 1. Calcule o valor de “x” usando o Teorema de Pitágoras nos seguintes triângulos retângulos: a.
b.
2. Determine o perímetro de um triângulo retângulo cujos catetos medem 12cm e 5cm. 3. Calcule a medida da diagonal de uma quadrado de lado 4 cm. 4. Encontre a medida da diagonal de um retângulo de dimensões 9cm e 12cm. 5. Utilize a tabela de valores aproximados do seno, cosseno e tangente e calcule “x” nos seguintes triângulos: a.
c.
Matemática Básica
b.
d.
85
e-Tec Brasil
6. Uma rampa lisa de 10m de comprimento az ângulo de 30º com o plano horizontal. Uma pessoa que sobe essa rampa eleva-se quantos metros verticalmente?
Fórum - Teorema Teorema de Pitágoras e Trigonometria no Triângulo Retângulo Encerramos mais uma unidade e você pode estudar o Teorema Teorema de Pitágoras e Trigonometria Trigon ometria no Triângulo Retângulo. Agora é hora de você pesquisar e compartilhar com seus colegas. “Pitágoras contribuiu com seu conhecimento em várias áreas. Pesquise por outras contribuições de Pitágoras na música por exemplo.” “Pesquise, também, por aplicações da trigonometria na engenharia”. engenharia”. Vamos lá: pesquise, participe, troque as inormações
e-Tec Brasil
86
Técnico em Administração
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy. Matemática GIOVANNI, Fundamental – Uma nova abordagem. São Paulo: FTD, 2002. Volume Volume único. IEZZI, Gelson; DOCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática. São Paulo: Atual, 2002. Volume único. único. DANTE, Luís Roberto. Matemática – Contexto e Aplicações. São Paulo: Ática, 2003. 3V. PAIVA, Manoel. Matemática. Coleção Base. São Sã o Paulo: Moderna, 1999. Volume único. SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005. 3V. 3V. BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática Aula por Aula . São Paulo: FTD, 2003. 3V.
Matemática Básica
87
e-Tec Brasil
UNIDADE 6 – Tópicos de Geometria Plana e Espacial Objetivos da aula Nesta unidade estudaremos tópicos de Geometria Plana e de Geometria Espacial. Daremos ênase maior às questões envolvendo o Teorema de Tales, o cálculo de área e de volume por envolver uma série de problemas do cotidiano. Vamos desenvolver desenvolver os temas apresentando as denições (ormalizando o conceito), em seguida suas propriedades e alguns exemplos e por m os exercícios e aplicações. Bom estudo!
Geometria Plana Introdução Os estudos relacionados à Geometria Plana datam de antes de Cristo. A Geometria oi desenvolvida a partir da necessidade de medir terras, construir casas, etc. Seus registros estão presentes nos legados de todas as civilizações: babilônios, egípcios, gregos, chineses, romanos, hindus e árabes. Eles utilizaram as ormas geométricas no seu dia-a-dia. O matemático Euclides (Euclides de Alexandria 360 a.C. – 295 a.C.) oi quem organizou tal estudo. Daí o nome Geometria Euclidiana. Em nosso estudo vamos desenvolver dois tópicos da Geometria Plana: o Teorema de Tales Tales e Áreas de Figuras Planas.
Teorema de Tales Matemático e Filosoo grego (624 a.C. – 548 a.C) Tales de Mileto é considerado o primeiro homem da história a quem se atribuem descobertas matemáticas especicas. Uma de suas mais importantes contribuições é conhecida com Teorema de Tales Tales que vamos enunciar a seguir: “Um eixe de retas paralelas interceptadas por duas transversais determinam seguimentos proporcionais.” Veja a gura:
e-Tec Brasil
88
Técnico em Administração
Onde “r”, “r”, “s” “s”, “t’ são retas paralelas (r // / / s // t) t ) cortadas cor tadas pelas retas transversais t ransversais “u”e “v”. “v”. Ou seja,
Exemplos : Considere r//s//t e encontre a medida “x” em cada uma das guras: a.
Matemática Básica
89
e-Tec Brasil
Resolução:
b.
Resolução:
Área de Figuras Planas Neste tópico vamos relembrar as ormas geométricas planas mais comuns, seus elementos importantes e as órmulas para o cálculo de área. Lembramos que medir área de uma superície signica compará-la com outra superície
e-Tec Brasil
90
Técnico em Administração
adotada como unidade de reerência. Logo quando medimos a área de um galpão, por exemplo, e encontramos 50m², estamos querendo dizer que cabem nessa região 50 “quadradinhos” de 1m por 1m. Fique atento às guras e aos elementos que compõem o cálculo da área de cada uma delas. Vejamos as guras: QUADRADO
l
g
lado
Área = l2
RETÂNGULO
b
g
base
h
g
altura
Área = b∙h
TRIÂNGULO
Área =
Matemática Básica
91
e-Tec Brasil
PARALELOGRAMO
Área = b∙h
LOSANGO d
g
diagonal menor
D
g
diagonal maior
Área =
TRAPÉZIO
b
g
base menor
B
g
base maior
h
g
altura
Área =
CÍRCULO Área = pi∙r2 Onde pi (π) é aproximadamente 3,141592... Em nossos cálculo adotamos pi = 3,14.
e-Tec Brasil
92
Técnico em Administração
Exemplos: 1. A sala da casa de Carlos tem ormato retangular medindo 3m de comprimento por 2m de largura. Calcule a área da sala. Resposta: sala retangular, o seja, A = 2 . 3 = 6 m² Dica: procure sempre que possível azer uma representação gráica do problema. Ajuda a visualizar e reconhecer seus elementos importantes (base, altura, diagonal, etc.) 2. Calcule a área de um paralelogramo de base 12cm e altura 4cm. Resposta: A = 12 . 4 = 48 cm² 3. Determine a área de círculo de raio igual a 4m. Resposta: A = π.r² = π.4² = 16 π cm²
16 . 3,14 = 50,24 cm²
4. A base de um retângulo tem 3cm a mais que a altura. Determine a área desse retângulo, sabendo que o seu perímetro é 26cm. Resposta: Altura: x
Base: x + 3
Perímetro = soma das medidas dos lados
Perímetro = 26cm
Matemática Básica
93
e-Tec Brasil
Assim, a base terá: x + 3 = 5 + 3 = 8cm e a área será igual a: a:
5. Calcule a área da parte colorida da gura abaixo:
Resposta: A área da parte colorida corresponde à metade da área do retângulo, já que a diagonal do retângulo divide-o em duas partes iguais. Assim, temos:
Geometria Espacial Introdução “A Geometria espacial (euclidiana) unciona como uma ampliação da Geometria plana (euclidiana) e trata dos métodos apropriados para o estudo de objetos espaciais assim como a relação entre esses elementos. Os objetos primitivos do ponto de vista espacial são: pontos, retas, segmentos de retas, planos, curvas, ângulos e superícies. Os principais tipos de cálculos que podemos realizar são: comprimentos de curvas, áreas de superícies e volumes de regiões sólidas.” 1 As noções básicas para o estudo da geometria plana, tais como: ponto, reta, plano, ângulos, etc. são deixados para você pesquisar e compartilhar com seu tutor e seus colegas. Neste item vamos tratar de tópicos reerentes a área de superícies e volumes. Para tanto vamos estudar os sólidos geométricos: poliedros e corpos redondos, em sequência identicar os seus elementos, e por m calcular a área total de um paralelepípedo retângulo e de um cilindro, bem 1 Trecho extraído da Apostila de Geometria Plana e Espacial escrita pelo Pro. Dr. Antonio Carlos da Cunha Migliano
e-Tec Brasil
94
Técnico em Administração
como o volume das duas guras espaciais. Veja alguns exemplos de sólidos geométricos: Poliedros
Corpos Redondos
Poliedros São ormas espaciais sólidas delimitadas por superícies planas poligonais convexas. Os elementos importantes em um poliedro são: aresta, vértice, ace e diagonal. Veja Veja as guras a seguir. Na gura dada temos: - 6 aces - 12 arestas - 8 vértices - 4 diagonais
Vejamos outros exemplos de poliedros:
Matemática Básica
95
e-Tec Brasil
Tetraedro: 4 aces, 4 vértices e 6 arestas Hexaedro: 8 aces, 6 vértices e 12 arestas. Nomenclatura dos poliedros: Em unção do número de aces, os poliedros recebem os seguintes nomes:
Número de Faces Nome do Poliedro 4 aces
Tetraedro
5 aces
Pentaedro
6 aces
Hexaedro
10 aces
Decaedro
12 aces
Dodecaedro
20 aces
Icosaedro
Relação de Euler Em todo poliedro convexo o número de vértices (V) menos o número de arestas (A) mais o número de aces (F) é igual a 2.
Exemplo: Vamos vericar o número de vértices, arestas e aces do poliedro abaixo: Vértices = 8 Arestas =12 Faces = 6
e-Tec Brasil
96
Técnico em Administração
Vericando a relação de Euler:
Prisma É um sólido geométrico delimitado por aces planas, em que as bases se situam em planos paralelos. Um prisma pode ser reto ou obliquo. Veja a gura:
A. Prisma Reto
B. Prisma Obliquo
Um prisma é regular se, e somente se, or reto e seus polígonos orem de bases regulares, como é o caso do exemplo A.
Paralelepípedo Paralelepí pedo Reto Retângulo Paralelepípedo reto-retâgulo é um prisma reto cujas bases são retângulos. Um caso particular dessa situação é o cubo. Veja a gura abaixo.
Para determinar a diagonal, a área total e o volume considere um paralelepípedo reto-retângulo da gura abaixo: de dimensões a (comprimento), b (largura), c (altura) e D (diagonal).
Matemática Básica
97
e-Tec Brasil
Onde a: comprimento b: largura c: altura D: diagonal do paralelepípedo reto-retângulo d: diagonal da base.
Diagonal de um Paralelepípedo Reto-Retângulo Para encontrar a diagonal do paralelepípedo reto-retângulo (D) vamos primeiramente encontrar a diagonal da base (d). Aplicamos Pitágoras no triângulo ABC (base da gura). Aplicando novamente Pitágoras, mas agora no triângulo HCB teremos: Substituindo d², temos Assim a órmula para calcular a diagonal do paralelepípedo reto-retângulo ica sendo:
Área Total Total de um Paralelepípedo Reto-Retângulo A área total da superície de um paralelepípedo reto-retângulo é a soma das áreas de 6 retângulos 2 a 2 congruentes. congruentes. Veja Veja a gura planicada abaixo.
e-Tec Brasil
98
Técnico em Administração
AT = ab + ab + bc + bc + ac + ac ou AT = 2ab + 2bc + 2ac ou ainda AT = 2 (ab + bc + ac)
Volume de um Paralelepípe Paralelepípedo do Reto-retângulo O volume de um prisma é igual ao produto da área da base (AB) pela altura (h), ou seja: Assim, dado um paralelepípedo reto-retângulo cuja área da base é e a altura h = c, então então o seu volume será será igual a:
Caso Particular - CUBO Neste caso as arestas têm todas as medidas iguais (a) e a diagonal (D), a área total (AT) e o volume (V) tem desenvolvimento análogo ao eito anteriormente. Assim, temos:
Verique as órmulas anteriores. Exemplo: 1. Dado um paralelepípedo reto-retângulo de dimensões 3m (altura), 4m (largura) e 5m (comprimento), calcule: a. Diagonal Resposta:
Obs.: lembre-se de seus estudos sobre simplicação de radicais (unidade 1)
Matemática Básica
99
e-Tec Brasil
b. Área total Resposta:
c. Volume Resposta:
2. Considere Considere um cubo de aresta medindo 3cm e calcule: a. Diagonal Resposta:
b. Área total Resposta:
c. Volume Resposta:
Cilindro Reto Elementos importantes: r: raio da base; h: altura do cilindro.
e-Tec Brasil
100
Técnico em Administração
Área total de um Cilindro Reto A área total (AT) da superície externa de um cilindro reto é a soma das áreas da base com a área lateral:
Obs.: lembre-se de que o cilindro é um sólido “echado” “echado”, então a base e a “tampa” tem a mesma área.
Na composição da área total de um cilindro devemos considerar duas vezes a área da base (base = tampa) e mais a área lateral. Assim, temos:
Volume do Cilindro Reto Seja o cilindro cilind ro reto de altura “h”, “h”, com base de raio “r” “r”.. Seu volume é dado pelo produto da área da base (AB) pela sua altura (h). Ou seja:
Exemplo Dado um cilindro reto de altura h = 10 cm e raio da base r = 4cm. Determine: a. a área da base; Resposta:
Matemática Básica
101
e-Tec Brasil
b. a área lateral; Resposta:
c. a área total;
d. o volume.
Hora de Praticar... Exercício 1. Considere r//s//t e encontre a medida “x” em cada gura abaixo:
2. Calcule a área de uma losango de perímetro igual a 20cm e cuja diagonal maior mede 8cm. 3. Nas guras abaixo, calcule a área da parte colorida (supondo-se os dados numéricos em cm):
e-Tec Brasil
102
Técnico em Administração
4. Quantas aces possui um poliedro convexo de 12 vértices e 20 arestas? 5. Um heptaedro convexo tem 1 ace quadrangular, 2 aces pentagonais e 4 aces triangulares. Calcule e número de arestas e de vértice, 6. Encontre a medida da diagonal, a área total e o volume de um cubo de aresta medindo 4 cm. 7. Se o volume de um cubo é 27 cm³, calcule a aresta e a área total desse cubo. 8. Calcule a área da base, a área lateral, a área total e o volume de um cilindro reto de altura 3m e diâmetro da base 1m. (lembre-se diâmetro diâ metro é igual ao dobro do raio) 9.Um produto é embalado em um recipiente com ormato de cilindros retos. O cilindro “A” tem 20cm de altura e 5cm de raio da base. O cilindro “B” tem 10cm de altura e 10cm de raio da base. Nessas condições responda: a. Qual é a área total de cada cilindro? b. Qual é o volume de cada cilindro? c. Em qual das duas embalagens gasta-se menos material? d. Se o produto embalado no cilindro “A “A”” custa R$ 5,00 e o produto embalado no cilindro “B” custa R$ 8,00, qual delas é mais vantajosa para se comprar?
Fórum - Tópicos Tópicos de Geometria Plana e Espacial Chegamos ao nal da última unidade. Demos ênase ao cálculo de áreas e volume. Agora é hora de você pesquisar e compartilhar com seus colegas. “Procure por sólidos geométricos e dê exemplos de sólidos presentes em seu cotidiano”. Vamos lá: pesquise, participe, troque as inormações.
Matemática Básica
103
e-Tec Brasil
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy. Matemática Fundamental Fundamental – Uma nova abordagem. São Paulo: FTD, FTD, 20 2002. 02. Volume único. IEZZI, Gelson; DOCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto. Matemática. São Paulo: Atual, 2002. Volume único. único. DANTE, Luís Roberto. Matemática – Contexto e Aplicações. São Paulo: Ática, 2003. 3V. PAIVA, Manoel. Matemática. Coleção Base. São Sã o Paulo: Moderna, 1999. Volume único. SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005. 3V. 3V. BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática Aula por Aula . São Paulo: FTD, 2003. 3V.
e-Tec Brasil
104
Técnico em Administração
Anotações
Matemática Básica
105
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
106
Técnico em Administração
Matemática Básica
107
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
108
Técnico em Administração
Matemática Básica
109
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
110
Técnico em Administração
Matemática Básica
111
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
112
Técnico em Administração
Matemática Básica
113
e-Tec Brasil