Curso Exu na fronteira da Quimbanda e da Umbanda | Por Jorge Scritori
A relação de incorpora incorporação ção nas Q+ K+, trazem uma relação relação diferenciada diferenciada do modelo modelo atual da Umbanda. Em modelos xamânicos espalhados pelo mundo, o Xamã, como agente de uma cultura ou povoado, possui o entendimento que um espirito pode se tornar um ser aliado ao seu trabalho, e que se em algum momento o mesmo tomar o seu corpo, coisas de ordem danosa a saúde mental e corporal pode acontecer de forma desastrosa. Tenho chamado a atenção em muito neste curso sobre a situação de pessoas que incorporam aleatoriamente e possuem um déficit de saúde cada vez mais crescente em sua vida. É preciso ficar atento a alguns fatores e em caso de necessidade ou risco, interromper o processo por um tempo ou de forma efetiva. Gostaria de deixar aqui a recomendação da leitura do livro “A erva do Diabo” de Carlos Castaneda. Neste livro a questão dos aliados fica de forma bem clara e peculiar. Procure poupar o seu organismo caso você venha de quadros de doenças físicas. Lembre-se que a energia que sustenta o processo é você. Algumas linhas são s ão de apresentação apresentação e costumes antigos bem agressiv agressivos os ao corpo e a psique do médium. médium. Alguns exemplos de ordem ordem prática. O s C a b o c lo lo s Q u im i m b a n d e ir ir o s Nesta Linha os espíritos se apresentam como caboclos ou índios brasileiros, índios norte-americanos e em alguns casos, espíritos de Tatas e Yayas optaram por irradiar nas matas. A especialidade destes exus são trabalhos de morte, cura e descarrego. Oferendas: Recebem o padê em encruzilhadas que tenham árvores frondosas por perto. Jamais podem ser agraciados em encruzilhadas que não possuam árvore. Em certas ocasiões, podem receber as oferendas nas matas. Esta Linha recebe sangue humano, bebem marafo, cerveja branca branca e absinto. Incorporação: Apresentam-se Apresentam-se agressivos, agressivos , batendo no peito peito do médium de forma forma muito violenta. v iolenta. O Chefe dessa Linha, Caboclo Pantera Negra, explica-nos que apenas uma minoria de exus desta Linha são civ ilizados (“bran (“branque queado ados”). s”). A maioria fez parte de tribos que viviam viv iam isoladas do mundo, sendo muito comum a presença de caboclos e exus canibais nesta Linha. Estudar em Casa | www.estudaremcasa.com.br 28 9
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Curso Exu na fronteira da Quimbanda e da Umbanda | Por Jorge Scritori
Asse Ass e n tame ta ment nto: o: É a única Linha em que os Assentamentos não recebem garfo de Exu. Ele é feito em panela de barro e levam penas. Em vez do tradicional ekodidé, são utilizadas penas de aves guerreiras, como o condor, águia, falcão e etc. Outra particularidade é o uso do arco e flecha no Assentamento, que é usado pelo espírito para para alvejar os inimigos. O restante dos axés segue como manda a Kimbanda. Kimbanda. Características de seus Aparelhos: De modo geral, gostam de algum tipo de fetiche ou exotismo no momento do ato sexual. Dificilmente um homossexual trabalha com essa Linha. Quando o médium é mulher, esta adquire adquire características característic as masculinas. Não Não gostam de beber beber ou usar drogas. drogas. Costumam Costumam fumar charutos e cachimbos. São muito cuidadosos com a higiene pessoal. Trabalhos: Costumam fazer trabalhos com caldeirão, insetos, pós, muitas ervas, terra de formigueiro e ossos de animais. Também podem usar ossos humanos. Comando: Chefe da Linha: Caboclo Pantera Negra. Ministros principais: Caboclo Arranca Toco, Caboclo Treme Terra, Caboclo Jibóia, Caboclo Mata de Fogo, Caboclo Águia Valente, Caboclo Corcel Negro e Caboclo do Monte. Pantera N egra: Exu ou Caboclo? No rico universo místico da Umbanda, existem entidades pouco conhecidas e estudadas. Com o tempo, é natural que algumas delas sejam esquecidas por nós. Uma delas é Pantera Negra, celebrado por uns como caboclo e por outros como exu. Seu Pantera era mais conhecido pelos umbandistas de antigamente, quando muito terreiro era de chão batido, caboclo falava em dialeto, bradava alto e cuspia no chão. Nas sessões ele comparecia sempre sério, voz de trovão, abraçando bem apertado o consulente que atendia. Não gostava muito de falatório, queria mesmo é trabalhar. O tempo foi passando e raramente o encontramos nos centros, tendas e outros agrupamentos de nossa Umbanda de hoje. Aonde terá ido Seu Pantera?
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Curso Exu na fronteira da Quimbanda e da Umbanda | Por Jorge Scritori
Índios fortíssimos, arredios e alguns até brutos, eles gostam de marcar seus “cavalos”, ordenando que coloquem na orelha uma pequena argola e no braço uma espécie de pulseira de ferro. Ainda costumam cost umam receber receber suas oferendas oferendas em encruzilhadas encruzilhadas na mata, na vizinhan viz inhança ça de uma grande árvore. Podem ser assentados em potes de barro com ervas especiais, terra de aldeia indígena e outros elementos secretos que são consagradas por sacerdotes iniciadas nos mistérios destes espíritos. Os mais conhecidos Caboclos Quimbandeiros, além de Pantera Negra, são: Caboclo Pantera Vermelha, Caboclo Jiboia, Caboclo Mata de Fogo, Caboclo Águia Valente, Caboclo Corcel Negro e Caboclo do Monte. Pantera Negra aparece como caboclo e exu, mesmo fora da Umbanda. Na região Sul do Brasil, principalmente, o encontramos dentro de um grupo muito especial, chamado de Caboclos Africanos. Ali ele se manifesta manifest a com o nome de Pantera Negr Negro o Africano Afric ano,, ao lado de Arranca-C Arranca-Caveira aveira Africano Afric ano,, Arr A rranca-Estrela anca-Estrela Africano e Pai Simão S imão Africano, entre outros. outros. A maneira de atuar atuar destes entes é muito parecida com a dos Caboclos Quimbandeiros típicos. Alguns adeptos e médiuns que trabalham com estas entidades, acreditam que é o mesmo Pantera. Porém Seu Pantera Negra vai além. Seu culto é encontrado nos Estados Unidos e no Caribe. David Lopez, um santero de Porto Rico. Quando ele fez dezesseis anos, sua tia, Dona Carita, o levou a uma festa de Orixá e ali ele desmaiou. Aconselhado por um babalawo, David resolveu fazer o santo. Antes da iniciação para seu Orixá, como de costume no Caribe, foi celebrado um ritual em honra aos ancestrais (eguns). Na celebração, incorporou em nosso amigo um espírito de índio bravíssimo... Batia muito no seu magro peito e vociferava como se estivesse em uma guerra. Quando foi pedido o seu nome, disse o indígena: - Sou Pantera Negra! No Haiti ele tem correspondência mágica com a entidade Papa Agassou (Pai Agassou) e aparece como uma negra pantera e não mais como índio. A trad t radição ição consider c onsidera a que ele veio da África, da região do do antigo Daomé, Daomé, onde onde era celebrad celebrado o como totem e protetor da Casa Real. O primeiro nobre desta linhagem, contam os mais velhos, foi um homem-fera, pois tinha pai pantera e mãe humana. Aga Ag a ss ssou ou é muito temido, pois é profunda profundamente mente justo e não perdoa perdoa os fracos de cará c aráter. ter. Poucos médiuns conseguem suportar a incorporação dele ou de outros espíritos da família das panteras. É preciso muita preparação, firmeza de pensamento e moralidade. Do
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felino. No Brasil, ouve-se as mesmas recomendações de pessoas que cultuam ou trabalham com Pantera Negra. Em certos rituais de Pajelança Cabocla podemos ouvir o bater incessante do maracá e o chamado do pajé, que canta: Yawara ê! Yawara ê! Hey yawara, Yawara pixuna, Pixuna ê, yawara, Yawara, yawara! Yawara Pixuna, quer dizer Pantera Negra. Alguns traduzem como Onça Negra. O canto acima pode ser utilizado para afastar espíritos maléficos, que fogem ao ouvir este nome mágico. Caboclo ou Exu, Pantera ou Onça, brasileiro ou estrangeiro, ele é mais um mistério que Zambi animou. O tempo passa, mas Pantera Negra ainda persiste. Salve Pantera Negra! Ante An tes s d e en tra tr a r n o assu as su n to d e asse as se n tame ta ment ntos os e fir meza me zas, s, se gu e mais ma is u ma tab ta b ela el a de ervas de exu. Material de suma importância para ambos os conceitos. Ame n d oe ira : Seus galhos são usados nos locais loc ais em que o homem exerce s uas atividades ati vidades lucrativas. Na medicina caseira, seus frutos são comestíveis, porém em grandes quantidades causam diarreia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo de amêndoas, muito usado para fazer sabonetes por ter efeitos emolientes, além de amaciar a pele. Amo re ira : Planta que armazena fluidos negativos e os solta solt a ao entardecer; entardecer; é usada pelos pelos sacerdotes no culto a Eguns. Na medicina caseira, é usada para debelar as inflamações da boca e garganta. Ang An g elimel im-a a marg ma rg o so: so : Muito usado us ado em marcenaria, marcenaria, por tratar-se de madeira de lei. Nos
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Aro Ar o eira ei ra : Nos terr t erreiro eiross de Cand Candomblé omblé este vegetal pertence pertence a Exu E xu e tem t em aplicação nas obrigações obrigações de cabeça, nos sacudimen s acudimentos, tos, nos banhos banhos fortes de descarr desc arrego ego e nas purificações de pedras. É usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital. Também é de grande eficácia nas lavagens genitais. Arre Ar re be n ta Cava Ca valo lo:: No uso ritualístic ritualís tico o esta erva é empregada empregada em banho banhoss fortes f ortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira. Arru Ar ru da : Planta P lanta aromática aromática usada us ada nos nos rituais porque porque Exu a indica contra c ontra maus maus fluidos f luidos e olho-grande. Suas folhas miúdas são aplicadas nos ebori, banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil de perceber, pois se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre. Ela é também usada como amuleto para proteger do mau-olhado. Seu uso restringe-se à Umbanda. Em seu uso caseiro é aplicada contra a verminose e reumatismos, além de seu sumo curar feridas. Ave lós ló s - Figu Fig u eira ei ra -do -d o -dia -d iabo bo : Seu S eu uso se restringe a purific purificação ação das pedras pedras do orixá antes de serem levadas ao assentamento; é usada socada. A medicina caseira indica esta erva para combater úlceras e resolver tumores. Aze vinh vin h o : Muito Muit o utilizada utiliz ada na na magia branca branca ou negra negra,, ela é empregada empregada nos nos pactos pact os com c om entidades. Não é usada na medicina popular. Bardana: Aplicada nos banhos fortes, para livrar o sacerdote das ondas negativas e eguns. O povo utiliza sua raiz cozida no tratamento de sarnas, tumores e doenças venéreas. Beladona: Nas cerimônias litúrgicas só tem emprego nos sacudimentos domiciliares ou de locais onde o homem exerça atividades lucrativas. Trabalhos feitos com os galhos desta planta também provocam grande poder de atração. Pouco usada pelo povo devido ao alto princípio ativo que nela existe. Este princípio dilata a pupila e diminui as secreções sudorais, salivares, pancreáticas e lácteas. Beldroega: Usada na purificação das pedras de Exu. O povo utiliza suas folhas, socadas, para para apress apressar ar cicatrizações cic atrizações de ferid f eridas. as.
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Cabeça-de-nego: No ritual a rama é empregada nos banhos de limpeza e o bulbo nos banhos fortes de descarrego. Esta batata combate reumatismo, menstruações difíceis, flores brancas e inflamações vaginais e uterinas. Cajueiro: Suas folhas são utilizadas pelo axogun para o sacrifício ritual de animais quadrúpedes. Em seu uso caseiro, ele combate corrimentos e flores brancas. Põe fim a diabetes. Cozinhar as cascas em um litro e meio de água por cinco minutos e depois fazer gargarejos, põe fim ao mau hálito. Cana Ca na-d -dee-aç açúc úcar ar:: Suas folhas secas e bagaços bagaços são usadas usadas em defumaçõ defumações es para para purificar purificar o ambiente antes dos trabalhos ritualísticos, pois essa defumação destrói eguns. Não possui uso na medicina caseira. Cardo-santo: Essa planta afugenta os males, propicia o aparecimento do perdido e faz cair os vermes do corpo dos animais. Na medicina caseira suas folhas são empregadas em oftalmias crônicas, enquanto as raízes e hastes são empregadas contra inflamações da bexiga. Catingueira: É muito empregada nos banhos de descarrego. Seu sumo serve para fazer a purificação das pedras. Entretanto, não deve fazer parte do axé de Exu onde se depositam pequenos pedaços dos axés das aves ou bichos de quatro patas. Na medicina caseira ela é indicada para menstruações difíceis. Cebo Ce bolala-ce cenc ncém: ém: Essa cebo c ebola la é de Exu e nos nos rituais rituais seu s eu bulb bulbo o é usado usado para para os os sacudimentos domiciliares. É empregada da seguinte maneira: corta-se a cebola em pedaços miúdos e, sob os cânticos de Exu, espalha-se pelos cantos dos cômodos e embaixo dos móveis; a seguir, entoe o canto de Ogum e despache para Exu. Este trabalho auxilia na descoberta de falsidades e objetos perdidos. O povo utiliza suas folhas cozidas como emoliente. Cunanã: Seu uso restringe-se aos banhos de descarrego e limpeza. Substituiu em parte, os sacrifícios a Exu. A medicina caseira indica os galhos novos desta planta para curar úlceras. Erva-preá: Empregada nos banhos de limpeza, descarrego, sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo usa o chá desta erva como aromatizante e excitante. Banhos quentes
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Fedegoso Crista-de-galo: Esta erva é utilizada em banhos fortes, de descarrego, pois é eficaz na destruição de Eguns e causado c ausadores res de enfermidades enfermidades e doenças. Seus S eus galhos envolvem os ebó de defesa. Com flores e sementes desta planta é feito um pó, o qual é aplicado sobre as pessoas e em locais; é denominado “o pó que faz bem”. Na medicina caseira atua com excelente regulador feminino. Além de agir com grande eficácia sobre erisipelas e males do fígado. É usada pelo povo, fazendo o chá com toda erva e bebendo a cada duas horas horas uma xícara xíc ara. . Fedegoso: Misturada a outras ervas pertencentes a Exu, o fedegoso realiza os sacudimentos domiciliares. É de grande utilidade para limpar o solo onde foram riscados os pontos de Exu e locais de despacho pertencentes ao deus da liberdade. Figo Benjamim: Erva usada na purificação de pedras ou ferramentas e na preparação do fetiche de Exu. É empregada também em banhos fortes nas pessoas obsediadas. No uso popular, suas folhas são cozidas para tratar feridas rebeldes e debelar o reumatismo. Figo do Infe In fern rno: o: Somente Somente as folhas perten pertencente centess a este veg v egetal etal são de de Exu. Na liturgia liturgia,, ela é o ponto de concentração de Exu. Não possui uso na medicina popular. Folha da Fortuna: É empregada em todas as obrigações de cabeça, em banhos de limpeza ou descarrego e nos abôs de quaisquer filhos-de-santo. Na medicina caseira é consagrada consagrada por sua eficácia, curando curando cortes, acelerando acelerando a cura nas cicatrizações, cic atrizações, contusões e escoriações, usando as folhas socadas sobre os ferimentos. O suco desta erva, puro ou misturado ao leite, ameniza as consequências de tombos e quedas. Juá - Juazeiro: É usada para complementar banhos fortes e raramente está incluída nos banhos de limpeza e descarrego. Seus galhos são usados para cobrir o ebó de defesa. A medicina caseira a indica nas doenças do peito, nos ferimentos e contusões, aplicando as
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Lant La nter erna na Chine Ch inesa sa:: Utilizada em em banho banhoss fortes fortes para para descarre descarrega garr os filhos atacados atacados por eguns. Suas flores enfeitam a casa de Exu. Popularmente, é usada como adstringente e a infusão das flore f loress é indicada para para inflamação dos olhos. Lara La ranje njeira ira do Mato : Seu uso se restringe restringe a banho banhoss for f ortes, tes, de limpeza e descarr descarreg ego. o. Na medicina caseira ela atua com grande eficácia sobre as cólicas abdominais e também menstruais. Mamão Bravo: Planta utilizada nos banhos de limpeza, descarrego e nos banhos fortes. Além de ser muito empregada empregada nos nos ebó de defesa, send s endo o substituída substit uída de três em três dias, porque o orixá exige que a erva esteja sempre nova. O povo a utiliza para curar feridas. Maminha Mamin ha de Porca Por ca:: Somente seus seus galhos galhos são s ão usado usadoss no ritual ritual e em sacudimentos sacudimentos domiciliares. O povo a indica como restaurador orgânico e tonificador do organismo. Sua casca cozida tem grande eficácia sobre as mordeduras de cobra. Mamona: Suas folhas servem como recipiente para arriar o ebó de Exu. Suas sementes socadas vão servir para purificar o otá de Exu. Não tem uso na medicina popular. Mangue Cebola: No ritual, a cebola é usada nos sacudimentos domiciliares. Corte a cebola em pedaços miúdos e, entoando em voz alta o canto de Exu, a espalhe pela casa, nos cantos e sob os móveis. Na medicina medicina caseira, c aseira, a cebo c ebola la do mangue mangue esmagada cura feridas rebeldes. Mangueira: É aplicada nos banhos fortes e nas obrigações de ori, misturada com aroeira, pinhão-roxo, cajueiro e vassourinha-de-relógio, do pescoço para baixo. Ao terminar, vista uma roupa limpa. As folhas servem para cobrir o terreiro em dias de abaçá. Na medicina caseira é indicada para debelar diarreias rebeldes e asma. O cozimento das folhas, em
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despachá-la na encruzilhada. O povo indica o cozimento de suas folhas e caules para tirar dores dos pés e pernas, com banho morno. Mata Pasto: Seus galhos são muito utilizados nos banhos de limpeza, descarrego, nos sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo a indica contra febres malignas e incômodos digestivos. Mussambê Mussambê d e Cinco Folhas: Obs: Sejam eles de sete, cinco, ou três folhas, todos possuem o mesmo efeito, tanto nos trabalhos rituais, quanto na medicina caseira. Esta erva é utilizada por seus efeitos positivos e por serem bem aceitas por Exu no ritual de boas-vindas. Na medicina caseira é excelente para curar feridas. Ora-pro-nobis: É erva integrante do banho forte. Usada nos banhos de descarrego e limpeza. É destruidora destruidora de eguns eguns e larvas negativ negativas, as, além de entrar entrar nos assentamen ass entamentos tos dos mensageiros Exus. No uso caseiro, suas folhas atuam como emolientes. Palmeira Africana: Suas folhas são aplicadas nos banhos de descarrego ou de limpeza. Não Não possui uso na medicina caseira cas eira. . Pau D`alho: Os galhos dessa erva são utilizados nos sacudimentos domiciliares e em banhos banhos fortes, feitos nas encruzilhadas, encruzilhadas, mistura mist uradas das com c om aroeira, aroeira, pinhão bran branco co ou roxo. Na encruzilhada em que tomar o banho, arrie um mi-ami-ami, oferecido a Exu, de preferência em uma encruzilhada tranquila. Na medicina caseira ela é usada para exterminar abscessos e tumores. Usa-se socando bem as folhas e colocando-as sobre os tumores. O cozimento de suas folhas, em banhos quentes e demorados, é excelente para o reumatismo e hemorroidas.
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Pinhão Coral: Erva integrante nos banhos fortes e usadas nos de limpeza e descarrego e nos ebó de defesa. Na medicina caseira o pinhão coral trata feridas rebeldes e úlceras malignas. Pinhão Roxo: No ritual tem as mesmas aplicações descritas para o pinhão branco. É poderoso nos banhos de limpeza e descarrego, e também nos sacudimentos domiciliares, usando-se os galhos. Não possui uso na medicina popular. Pixirica - Tapixirica: No ritual faz parte do axé de Exu e Egun. Dela se faz um excelente pó de mudança que propicia a solução de problemas. O pó feito de suas folhas é usado na magia maléfica. Na medicina caseira ela é indicada para as palpitações do coração, para a melhoria do aparelho genital feminino e nas doenças das vias urinárias. Quixambeira: É aplicada em banhos de descarrego e limpeza para a destruição de eguns e ao pé desta planta são arriadas obrigações a Exu e a Egun. Na medicina caseira, com suas cascas em cozimento, atua como energético adstringente. Lavando as feridas, ela apressa a cicatrização. Tajujá - Tayuya: É usada em banhos fortes, de limpeza ou descarrego. A rama do tajujá é utilizada para circundar o ebó de defesa. O povo a indica como forte purgativo. Tamiaranga: É destinada aos banhos fortes, banhos de descarrego e limpeza. É usada nos ebó de defesa. O povo a indica para tratar úlceras e feridas malignas. Tintureira: Utilizada nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. Bem próximo ao seu tronco são arriadas as obrigações destinadas a Exu. O povo utiliza o cozimento de suas folhas como c omo um energético energético desinflamatório.
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Vassourinha de Botão: Muito empregada nos sacudimentos pessoais e domiciliares. Não possui uso na medicina popular. Vassourinha de Relógio: Ela somente participa nos sacudimentos domiciliares. Não possui uso na medicina caseira. Xique Xiq ue xique xiq ue : Par P articipa ticipa nos banho banhos s fortes, de limpeza ou descarr descarreg ego. o. São axé nos assentamentos de Exu e circundam os ebó de defesa. O povo indica esta erva para os males dos rins. A s s e n t a m e n t o s , f i r m e z a s , t r o n q u e i r a s e c a s a d e e x u Os modelos atuais se diferem em muitos dos conceitos mais antigos. Hoje em dia a carga yorubá é muito presente nos processos de assentamento. Peço muita atenção neste assunto no que foi colocado em vídeo e as firmezas que serão passadas. O assentamento acontecia com maior autenticidade longe dos ambientes urbanos e de concreto, onde um assentamento guardava um ente espiritual como protetor do barracão. Nos dias de hoje tudo se resume a grandes panelas e caldeirões com elementos dentro. Nada contra a quem segue este modelo, mas nos afastamos e em muito da natureza das coisas.As tronqueiras de antigamente deram lugares as casas de Exu por uma questão de necessidade urbana. Antigamente onde se “plantava” o assentamento de Exu, não existem mais condições para isso a não ser por aqueles que ainda mantem o culto foram dos centros urbanos.
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Curso Exu na fronteira da Quimbanda e da Umbanda | Por Jorge Scritori
Este era seu nome de batismo cristão. Seu nome africano, provavelmente em língua kimbundu, se perdeu. Mestre Joaquim era sábio de nascença. Na Mãe África, em terras de Angola, desde cedo ele observava os kimbandas ou curandeiros locais. Joaquim aprendia tudo o que via. Levado por um tio paterno, um grande kimbanda, ele recebeu cedinho a sua iniciação no culto. Joaquim foi ensinado a observar a Natureza e a descobrir o mistério atrás de cada folha, raiz e árvore. Mãe Ntoto, o grande Nkizi (espírito natural e transcendente) da Terra, acolheu o jovenzinho e transmitiu sua bênção regeneradora a ele. Crescido, o rapaz não teve tempo de formar família. Guerras tribais o levaram longe da aldeia, onde foi aprisionado e embarcado para a distante nação brasileira. Desembarcando em porto nordestino, foi vendido. Trabalhou na lavoura dia após dia. Quieto, mas não passivo, observou o sofrimento de seu povo. Nas poucas horas de tranquilidade atendia aos doentes. Com o auxílio dos espíritos de Mãe Ntoto, descobriu as funções das ervas que aqui cresciam. Preparava breves, poções e mezinhas. Quando Quando tinha chance, amoitava-se e penetrava penetrava no mato, onde falava com c om os espíritos locais, invocava os ancestrais e rezava aos Minkizi (o conjunto dos Nkizi). Certo dia foi procurado por um índio velho, que administrava uma pequena propriedade de
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Curso Exu na fronteira da Quimbanda e da Umbanda | Por Jorge Scritori
Tudo era ha rmonia e beleza! Um caboclo caboclo maduro e mais escuro can tou: “Mestre Joaquim, é kimbanda! Veio trabalhar, é kimbanda! Mestre Joaquim é de Angola, é kimbanda! kimbanda! É kimbanda!” kimbanda!” (nos Pontos ou Linhos mais modernos e populares, a palavra “é kimbanda”, ou seja “é curandeiro”, transformou-se em squimbanda”. Daí perdemos o sentido tradicional africano) Esta foi a primeira vez que Mestre Joaquim acostou (baixou ou incorporou na linguagem dos juremeiros) e desde então começou seu eterno exercício de caridade, fruto do amor maior e da ciência sublime. Mestre Joaquim de Angola, de cachimbo na mão e chapéu na cabeça: o Rei negro da Jurema Sagrada! O tempo passou depressa... A Umbanda ainda não tinha nascido, mas Mestre Joaquim já procurava outros agrupamentos para levar a sua missão. O negro bantu nunca temeu seus ancestrais e sempre colocou suas almas benditas no coração quente que batia de saudades. Lá nas praias do Nordeste, nas montanhas de Minas Gerais ou no sopé dos morros cariocas, nosso mestre juremeiro africano batia sua bengala e dava seu nome: Pai Joaquim de Angola! Imagem da bondade, da sabedoria e da humildade. Quando a Umbanda veio a este mundo, gestada na luz de Cristo, no Axé dos Orixás e