Interpretação de Texto Profª Maria Tereza
Interpretação de Texto
Professora: Maria Tereza
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Edital
1. Interpretação e compreensão de texto. 2. Marcas de textualidade: coesão, coerência e intertextualidade. 3. Gêneros e tipos textuais: características distintivas. 4. Semântica: antônimos, sinônimos, homônimos, parônimos, hiperônimos. 5. Variação linguística.
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Interpretação de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto. PROCEDIMENTOS 1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título; 2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos, etc.); 3. leitura do enunciado.
EXEMPLIFICANDO Senado Federal – Administração-Técnico Legislativo – FGV – 2012 O ocaso das sacolas O fim de sacolas plásticas em supermercados paulistas é um ótimo negócio para redes varejistas, uma conveniente cortina de fumaça para o poder público, um leve golpe contra o bolso do consumidor e uma medida de impacto provavelmente baixo para o planeta. Ao contrário do que se diz, as tais sacolinhas plásticas nunca foram gratuitas. Seu custo estava embutido no das compras que fazíamos. Explicitá-lo por meio de um preço é, em princípio, algo positivo, pois isso torna mais transparentes as relações de consumo e ajuda a promover hábitos menos extravagantes. Mas, como é altamente improvável que a mudança resulte na correspondente redução dos preços nas gôndolas, os supermercados acabam se dando bem, porque, numa canetada, eliminam um custo e ganham uma nova fonte de receita, posando ainda de campeões da ecologia. Algo parecido vale para o poder público. Ele aparece na foto como defensor do ambiente por ter promovido o acordo e pouca gente lembra que sua lista de omissões nessa área é grande. O volume de lixo reciclado ainda é risível e há pouquíssimas usinas de compostagem, para citar apenas dois pecadilhos diretamente relacionados a resíduos sólidos. O consumidor leva prejuízo porque as sacolas escolhidas para substituir o plástico são as de milho. Relativamente caras, custarão R$ 0,19 cada uma. É questionável ainda a ideia de embalar comida com comida. Tirar milho de galinhas e pipoqueiros para produzir invólucros tende a inflacionar o setor de alimentos. Em termos ambientais, as sacolas são um estorvo, mas nem de longe o maior problema. Reduzir seu uso sem criar dificuldades maiores é uma meta louvável. Cumprila implicará custos, que terão de ser pagos pelos consumidores. O que irrita, no Brasil, é que governantes e lobbies são rápidos para estender a conta ao cidadão, mas muito lentos, para não dizer abúlicos, em fazer a sua parte. Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 24 de janeiro de 2012.
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1. Trata-se de um ARTIGO: texto autoral – assinados –, cuja opinião é da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor. Geralmente, aborda assuntos atuais, de interesse circunscrito a certa época e comunidade. O conhecimento do veículo de publicação – jornal diário de grande circulação –, também permite perceber a intenção textual. 2. O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas em determinadas alternativas. No texto em questão, o título – O ocaso das sacolas –remete a uma situação que chegou a seu fim, apontando para a decadência das sacolas. Tal conhecimento, à expressão “O fim de sacolas plásticas em supermercados paulistas”, no primeiro parágrafo, permite inferir que o texto consiste na opinião do articulista sobre tal fato. 3. No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “O texto” (totalidade), o que norteia a estratégia de apreensão das ideias. 4. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e verbais). 5. Identificação das palavras-chave no texto. Resposta correta = paráfrase mais completa do texto. 1. O texto defende a ideia de que a) a eliminação das sacolinhas plásticas nos mercados faz melhorar a atuação do governo em relação aos resíduos sólidos. b) o governo se beneficia com a eliminação das sacolinhas plásticas nos mercados em função de não precisar investir no tratamento de resíduos sólidos. c) as sacolinhas plásticas não representam real ameaça ecológica pois sua eliminação só traria benefícios ao governo e aos varejistas. d) a eliminação das sacolinhas plásticas nos mercados faz melhorar a imagem do governo e dos varejistas, com ônus para os consumidores. e) a eliminação das sacolinhas plásticas representa benefício ao consumidor uma vez que denota a preocupação dos varejistas com o ambiente.
Anotações:
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EXEMPLIFICANDO 6. Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos do texto (IDEIA CENTRAL). 7. Identificação de termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque do assunto (campo semântico). DETRAN-MA – ASSISTENTE DE TRÂNSITO – FGV – 2013 A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são comprovadamente eficientes. É crescente a preocupação com o ensino dos princípios básicos do trânsito desde a infância e ele pode acontecer no espaço escolar, com aulas específicas, ou também nos ambientes especialmente desenvolvidos para o público infantil nos departamentos de trânsito. Com a chegada do Código Brasileiro de Trânsito-CBT, em 1998, os condutores imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de reeducação. Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema. Mas há muito mais a fazer. A experiência mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de obedecer a regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos. O bolso, nessas horas, ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal é um exemplo de casamento bem-sucedido entre comunicação de massa e fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade e foi implementado o respeito às faixas de pedestres. Essas providências, associadas à promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasília - de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse período, apesar do crescimento da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu de 652 em 1995 para 444 em 2002. Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando uma indústria de multas, devido ao grande número de notificações aplicadas. Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo. Recentemente as estatísticas mostram que o problema voltou a se agravar. O número de vítimas fatais de acidentes no trânsito passou de 444 em 2002 para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais motivos desse aumento é o uso de álcool por motoristas. Pedro Ivo Alcântara. www.ipea.gov.br
2. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a finalidade do texto. a) Criticar as autoridades alheias à péssima situação de nosso trânsito. b) Elogiar as medidas tomadas em todo o território nacional no que diz respeito à educação no trânsito.
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c) Auxiliar as autoridades na tentativa de melhorar-se a educação de pedestres no trânsito brasileiro. d) Discutir o trânsito e dar sugestões para sua melhora. e) Alertar para os riscos que a nova legislação do trânsito deixou de lado.
EXEMPLIFICANDO
Comprovação = COMUNICAÇÃO
Campo Semântico: palavras ou expressões que remetem a uma mesma área do conhecimento. EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
DIREÇÃO
campanhas de mobilização
ensino dos princípios básicos
cinto de segurança
campanhas
espaço escolar, específicas
dirigir
comunicação de massa
aulas de reciclagem
faixa de pedestres
alertar e convencer a população
trânsito
persuadir condutores e transeuntes a andar na linha
Código Brasileiro de Trânsito
reeducação.
regras básicas de trânsito
com
aulas
ERROS COMUNS EXTRAPOLAÇÃO Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural. REDUÇÃO É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto é um conjunto de ideias.
EXEMPLIFICANDO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-MA – AGENTE LEGISLATIVO – FGV – 2013 A empregada foi embora 01. 02. 03. 04. 05.
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Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio século, em nosso país só as empregadas domésticas enfrentavam: como viver sem empregada, esse personagem que dentro de casa, serve como amortecedor às tensões entre homens e mulheres confrontados às exigências do cotidiano de uma família.
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06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14.
Quem faz o quê na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um nem outro. A resposta é simples: a empregada, a babá, a cuidadora. Por vezes as três tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salários, jornadas infindáveis, condições de alojamento deploráveis, essa sequela da escravidão exigia uma abolição. A lei é bem-vinda. Abre uma dinâmica de transformação da sociedade que ainda não está visível em todas a sua profundidade e cujos desdobramentos vão muito além dos muros da casa. Vai interpelar, para além do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas empresas. Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.
3. O título dado ao texto – A empregada foi embora – refere-se a) ao processo normalmente simples de despedir‐se a empregada doméstica. b) ao fato social de se mandarem embora as empregadas em função dos altos custos atuais de sua manutenção no trabalho. c) o problema derivado do fato de as empregadas domésticas se demitirem em função das péssimas condições de trabalho. d) ao momento histórico presente, quando as empregadas passaram a ter acesso a leis socialmente mais justas e os problemas daí derivados. e) ao alerta para as famílias brasileiras de que devem aceitar o fato de pagar de forma mais justa aos empregados domésticos em geral. a) Redução: observação tão somente da expressão “foi embora”; nesse caso, não se observa a palavra “problema” (l. 01) em contraposição com a palavra “simples” (alternativa). b) Redução: ignora-se o último período do texto (“Vai interpelar, para além do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas empresas.”) c) Extrapolação: o fato de a profissão de empregada doméstica estar-se escasseando deve-se à recente lei, e não às péssimas condições de trabalho – aliás, históricas. (inferência) e) Redução: os baixos salários constituem apenas uma das “sequelas da escravidão” que a lei aboliu.
ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS 1. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS = PARÁFRASES, CAMPO SEMÂNTICO e ETIMOLOGIA. Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é tornálo mais fácil ao entendimento. Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento. Exemplo: •• Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação, etc.
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EXEMPLIFICANDO CAERN – AGENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2010 O futuro das cidades é verde 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42.
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Cada vez mais humanos vivem em cidades. Somos 3,3 bilhões de pessoas em áreas urbanas - o que corresponde a 51% da população mundial, contra 49% de habitantes de áreas rurais, segundo dados da ONU. Apesar da escalada das megalópoles ao longo do século XX, essa inversão ocorreu em escala global apenas em 2008. No Brasil, o fenômeno consolidou-se já na década de 70. Hoje, apenas 16% dos 192 milhões de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. Com tanta gente ocupando o mesmo espaço, agravam-se os problemas de saneamento, transporte e uso de recursos naturais, entre muitos outros. Como solucionar esses problemas é a pergunta do momento. Durante o mês de março, o Brasil transforma-se em sede de três eventos que pretendem respondê-la. A Conferência Internacional das Cidades Inovadoras (CICI2010) recebeu especialistas e prefeitos de diversas partes do mundo entre os dias 10 e 13, em Curitiba (PR). Na seqüência, acontecem a Conferência LatinoAmericana de Saneamento (Latinosan 2010), de 14 a 18 em Foz do Iguaçu (PR), e a Primeira Jornada Internacional sobre Energias Renováveis, Eficiência Energética e Poder Local, em Betim (MG), entre os dias 17 e 19. Um dos especialistas escalados para a CICI2010 é o americano Marc Weiss, presidente da organização Global Urban Development (Desenvolvimento Global Urbano). O gestor acredita que o principal desafio à nossa frente é gerar crescimento econômico sustentável e qualidade de vida para todos em todos os lugares. "Com uma combinação de inovação tecnológica e uma elevada eficiência, as cidades poderão gerar uma expansão substancial de negócios e empregos - o que vai culminar em comunidades mais saudáveis e em harmonia com os ciclos da natureza", diz. O fato de eventos como esses acontecerem por aqui não é mera coincidência. O País vem se tornando protagonista no combate às mudanças climáticas, principalmente depois da Conferência do Clima da ONU (COP-15), realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Na ocasião, o governo brasileiro apresentou metas ambiciosas de redução de emissões de gases do efeito estufa, um dos grandes problemas gerados pela concentração de automóveis em centros urbanos. "O Brasil está se tornando um líder mundial no trabalho de estabelecer um novo e alto padrão de desenvolvimento urbano e industrial sustentável", acredita Weiss. "O desenvolvimento sustentável é política de governo em algumas cidades, e não apenas um conjunto de medidas dirigidas a questões pontuais", diz Laura Valente de Macedo, diretora regional para América Latina e Caribe do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade. Ela cita Freiburg, Bonn (ambas na Alemanha), Malmõ e Vãxjo (as duas na Suécia) como exemplos. "Entre suas muitas iniciativas, todas têm em comum a ênfase no uso de energias renováveis, como a solar, o biogás e a eólica", afirma. Há quem esteja ousando ainda mais nesse desafio. O escritório Gale International está construindo em parceria com a gigante de tecnologia Cisco - a cidade mais sustentável do mundo. Nova Songdo, na Coréia do Sul, deve ficar pronta em 2015 e contará com tecnologias que reduzem o consumo de energia e utilizam materiais naturais e
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reciclados. Existem planos para construir mais 20 centros urbanos parecidos na China e na índia nos próximos anos. Uma excelente oportunidade para o Brasil ter cidades que se aproximem desse sonho são os eventos esportivos que o País vai sediar nos próximos anos. Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, os organizadores tiveram de se submeter a uma série de medidas ambientais. Coleta seletiva do lixo, uso racional de água, economia de energia e transportes que usem combustível de forma racional são algumas delas. Mesmo que não houvesse essa obrigatoriedade, até lá já viveremos um outro tempo. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. Ou seja: o mundo terá uma nova política de emissões de gases estufa. No mesmo ano, acontece a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro - reedição da Rio-92. A bola está conosco. André Julião. IstoÉ, ed. 2105, março de 2010, com adaptações
4. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. (l.51-52) O verbo destacado acima poderia ser substituído no período, sem prejuízo de sentido, por a) b) c) d) e)
triunfa. ultrapassa. expira. excede. aufere.
FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2012 Biblioteca da infância 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
Eu era pequena, me lembro, no Bigorrilho. Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, a vida passava em outro ritmo. Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas. Primeiro veio a grande notícia, uma praça, onde era a caixa d'água do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatório Batel. E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficávamos sabendo de todas as notícias do bairro. Inaugurou uma biblioteca!!! Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada! Éramos pobres, não viajávamos nas férias e, livros, eu só ganhava no Natal. Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha, ampliou meu mundo para além das ruas do Bigorrilho. Hora do Conto, aulas de flauta, de cerâmica, o curso de História da arte espanhola, El Greco... Ainda lembro exatamente do quebra-cabeça com uma pintura de Arcimboldo. Foram tantas as referências, não só literárias, que me acompanharam a vida toda! Eu lia dois livros por dia, não podia perder tempo, eram muitos. Emprestava um de manhã, lia durante o almoço, em casa. À tarde devolvia e logo pegava outro para a noite. A minha velocidade era outra. Eu passava minhas férias inteiras lá! Cresci, frequentei outras Bibliotecas, a Pública do Paraná,
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principalmente, mas a Franco Giglio me acompanhou a vida toda. Ao visitar o Louvre, quando vi pela primeira vez uma tela de El Greco, aquele momento emocionante me remeteu diretamente à Roseli e suas aulas de arte. Quando tive meus filhos e tentei descobrir qual herança eu deixaria para eles, pensei: minha infância dentro daquela maravilhosa biblioteca. E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio, minha homenagem à biblioteca que me trouxe tanta alegria. E não longe da original, no Bigorrilho, mesmo bairro onde nasci e cresci. E, para além da nostalgia de uma infância em meio aos livros e à cultura dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outras pela cidade, marcaram infâncias, proporcionaram outras leituras do mundo a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixão pelos livros a muitas outras crianças! Passo quase todos os dias em frente à Franco Giglio e observo o abandono. No início achei que era por causa das obras da rua, mas logo se vê que aquela casinha de sonhos, tombada, está jogada à própria sorte. Não temos mais Suzanas e Roselis, apaixonadas por livros, crianças e cultura... Temos pessoas que cumprem seu horário de trabalho. É certo que o mundo mudou e as crianças não andam mais sozinhas pelas ruas, que as pesquisas são feitas em casa, na internet. Mas a vocação de encontro e de lazer desses espaços públicos jamais deve ser perdida. As bibliotecas, Casas de Leitura como são chamadas hoje, devem ser abertas todos os dias, inclusive finais de semana, com uma programação atraente, trazendo crianças e suas famílias para desfrutarem do que jamais poderiam ter em casa: a convivência com o mundo da cultura e a convivência com outras pessoas. Cláudia Serathiuk
5. Ao dar o nome de "Bisbilhoteca" (l. 26) à sua biblioteca, a autora quer destacar a) b) c) d)
a infantilidade dos usuários. a curiosidade pelo saber. a utilidade da leitura. a necessidade do conhecimento.
Anotações:
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2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGÓRICO NAS ALTERNATIVAS: OBSERVAÇÃO DE •• •• •• ••
advérbios; artigos; expressões restritivas, totalizantes, de ênfase; formas verbais.
EXEMPLIFICANDO TJ-AM – ASSISTENTE JUDICIÁRIO – FGV – 2013 Derrota da Censura 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.
A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto que autoriza a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. Até agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante à publicação ou filmagens de biografias, o artigo 20 do Código Civil bate de frente com a Constituição, que veta a censura. Só informações avalizadas pelo biografado ou pela sua família podem ser mostradas. È o império da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparência, a troca de opiniões. O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inúmeros filmes vetados por famílias que se julgam no direito de determinar o que pode ou não pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisões. [....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens públicos, seus políticos, seus artistas, não apenas através de denúncias, mas também de interpretações. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatório; o mesmo acontecia com o documentário de Glauber Rocha, também proibido, sobre Di Cavalcanti. [....] A alteração votada abre um leque extraordinário ao desenvolvimento da produção cultural neste país. Mais livros serão escritos, mais filmes serão realizados, mais trajetórias políticas e artísticas serão debatidas. Nelson Hoineff – O Globo, 11/04/2013
6. Ao dizer que o “livro proibido sobre Roberto Carlos era “laudatório” (l. 20), o autor do texto quer dizer que esse livro a) b) c) d) e)
era imparcial na apresentação da biografia do cantor. estava acumulado de denúncias contra o artista. destacava somente fatos religiosos da vida de Roberto Carlos. criticava de forma ofensiva alguns momentos da vida do biografado. centralizava suas atenções em elogios ao artista.
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SUDENE – AGENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2013 Por que é tão difícil entender? 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22.
A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus têm três componentes articulados: – A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. – A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso. – A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal. Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não às questões que ninguém fez). Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013
7. "...em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo" (l. 1516), a expressão "em última análise" indica a) b) c) d) e)
resumo. retificação. restrição. explicação. conclusão. Anotações:
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FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2012 Biblioteca da infância 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45.
Eu era pequena, me lembro, no Bigorrilho. Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, a vida passava em outro ritmo. Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas. Primeiro veio a grande notícia, uma 05.praça, onde era a caixa d'água do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatório Batel. E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficávamos sabendo de todas as notícias do bairro. Inaugurou uma biblioteca!!! Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada! Éramos pobres, não viajávamos nas férias e, livros, eu só ganhava no Natal. Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha, ampliou meu mundo para além das ruas do Bigorrilho. Hora do Conto, aulas de flauta, de cerâmica, o curso de História da arte espanhola, El Greco... Ainda lembro exatamente do quebra-cabeça com uma pintura de Arcimboldo. Foram tantas as referências, não só literárias, que me acompanharam a vida toda! Eu lia dois livros por dia, não podia perder tempo, eram muitos. Emprestava um de manhã, lia durante o almoço, em casa. À tarde devolvia e logo pegava outro para a noite. A minha velocidade era outra. Eu passava minhas férias inteiras lá! Cresci, frequentei outras Bibliotecas, a Pública do Paraná, principalmente, mas a Franco Giglio me acompanhou a vida toda. Ao visitar o Louvre, quando vi pela primeira vez uma tela de El Greco, aquele momento emocionante me remeteu diretamente à Roseli e suas aulas de arte. Quando tive meus filhos e tentei descobrir qual herança eu deixaria para eles, pensei: minha infância dentro daquela maravilhosa biblioteca. E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio, minha homenagem à biblioteca que me trouxe tanta alegria. E não longe da original, no Bigorrilho, mesmo bairro onde nasci e cresci. E, para além da nostalgia de uma infância em meio aos livros e à cultura dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outras pela cidade, marcaram infâncias, proporcionaram outras leituras do mundo a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixão pelos livros a muitas outras crianças! Passo quase todos os dias em frente à Franco Giglio e observo o abandono. No início achei que era por causa das obras da rua, mas logo se vê que aquela casinha de sonhos, tombada, está jogada à própria sorte. Não temos mais Suzanas e Roselis, apaixonadas por livros, crianças e cultura... Temos pessoas que cumprem seu horário de trabalho. É certo que o mundo mudou e as crianças não andam mais sozinhas pelas ruas, que as pesquisas são feitas em casa, na internet. Mas a vocação de encontro e de lazer desses espaços públicos jamais deve ser perdida. As bibliotecas, Casas de Leitura como são chamadas hoje, devem ser abertas todos os dias, inclusive finais de semana, com uma programação atraente, trazendo crianças e suas famílias para desfrutarem do que jamais poderiam ter em casa: a convivência com o mundo da cultura e a convivência com outras pessoas. Cláudia Serathiuk www.acasadoconcurseiro.com.br
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8. "Hora do Conto, aulas de flauta, de cerâmica, o curso de História da arte espanhola, El Greco... Ainda lembro exatamente do quebra-cabeça com uma pintura de Arcimboldo". (l. 12-14) Abaixo está copiado um quadro de Arcimboldo, de que a autora se lembra, por ter sido um dos seus quadros motivo de um quebra-cabeça.
O quadro é adequado para um quebra-cabeça em razão da dificuldade de montagem, devido à a) b) c) d)
uniformidade de elementos. semelhança de formas. indefinição da imagem. falta de proporcionalidade.
DETRAN-MA – ASSISTENTE DE TRÂNSITO – FGV – 2013 A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23.
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A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são comprovadamente eficientes. É crescente a preocupação com o ensino dos princípios básicos do trânsito desde a infância e ele pode acontecer no espaço escolar, com aulas específicas, ou também nos ambientes especialmente desenvolvidos para o público infantil nos departamentos de trânsito. Com a chegada do Código Brasileiro de Trânsito-CBT, em 1998, os condutores imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de reeducação. Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema. Mas há muito mais a fazer. A experiência mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de obedecer a regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos. O bolso, nessas horas, ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal é um exemplo de casamento bem-sucedido entre comunicação de massa e fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade e foi implementado o respeito às faixas de
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pedestres. Essas providências, associadas à promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasília - de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse período, apesar do crescimento da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu de 652 em 1995 para 444 em 2002. Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando 30.uma indústria de multas, devido ao grande número de notificações aplicadas. Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo. Recentemente as estatísticas mostram que o problema voltou a se agravar. O número de vítimas fatais de acidentes no trânsito passou de 444 em 2002 para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais motivos desse aumento é o uso de álcool por motoristas. Pedro Ivo Alcântara. www.ipea.gov.br
9. “Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema”. (l. 12) Assinale a alternativa cujo comentário apresenta uma inadequação. a) b) c) d) e)
“como se vê” se refere a algo já escrito anteriormente. “alguma coisa” engloba campanhas educativas já realizadas. “vem sendo feita” indica ações que já começaram e continuam. “reduzir” significa que alguns problemas ainda permanecem. “o problema” aludido é o do consumo de bebidas alcoólicas.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente, é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo...
EXEMPLIFICANDO SUDENE – AGENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2013 Por que é tão difícil entender? 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09.
A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus têm três componentes articulados: – A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. – A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam
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usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso. – A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal. Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não às questões que ninguém fez). Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013
10. "Por que é tão difícil entender?" O título do texto é uma pergunta dirigida a) b) c) d) e)
ao governo federal. às autoridades em geral. aos políticos corruptos. aos participantes dos protestos. à classe dos intelectuais.
Marcas de textualidade: coesão, coerência e intertextualidade.
AS QUESTÕES PROPOSTAS Compreensão do texto: resposta correta = paráfrase textual. e
Inferência Observe a seguinte frase: A água voltou. Já podemos lavar a roupa. Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita: a) que a água voltou; b) que a roupa pode ser lavada. Ao utilizar a forma verbal “voltou” e o advérbio “já”, comunica também, de modo implícito, que havia faltado água e que havia roupa suja.
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INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase. Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.
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A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus têm três componentes articulados: – A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. – A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso. – A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal. Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não às questões que ninguém fez). Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013
11. "A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador". (l. 0306) Com esse segmento do texto, o autor defende a ideia de que a) as passeatas sofreram desvios por conta de grupos políticos que se sentiram ameaçados. b) os motivos que geraram os protestos de rua vão muito além da simples solicitação de melhoria nos transportes públicos. c) a sociedade deseja simplesmente a realização do óbvio, ou seja, serviços públicos à altura dos impostos pagos. d) a reforma política e o plebiscito para eliminar suplente de senador são solicitações eternas da classe política, mas não da população. e) a não satisfação com os serviços públicos é que levou a população a outras solicitações de caráter político.
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EXTRATEXTUALIDADE A questão formulada por meio do texto não se restringe ao universo textual, exigindo do aluno conhecimento mais amplo.
EXEMPLIFICANDO TJ-AM – ASSISTENTE JUDICIÁRIO – FGV – 2013 Derrota da Censura 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.
A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto que autoriza a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. Até agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante à publicação ou filmagens de biografias, o artigo 20 do Código Civil bate de frente com a Constituição, que veta a censura. Só informações avalizadas pelo biografado ou pela sua família podem ser mostradas. È o império da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparência, a troca de opiniões. O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inúmeros filmes vetados por famílias que se julgam no direito de determinar o que pode ou não pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisões. [....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens públicos, seus políticos, seus artistas, não apenas através de denúncias, mas também de interpretações. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatório; o mesmo acontecia com o documentário de Glauber Rocha, também proibido, sobre Di Cavalcanti. [....] A alteração votada abre um leque extraordinário ao desenvolvimento da produção cultural neste país. Mais livros serão escritos, mais filmes serão realizados, mais trajetórias políticas e artísticas serão debatidas. Nelson Hoineff – O Globo, 11/04/2013
12. ”Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisão.” (l. 15-16). A finalidade da comparação no segmento do texto é a de a) b) c) d) e)
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recordar as grandes injustiças do regime militar. comparar dois momentos diferentes de nossa história. condenar a censura no regime militar. elogiar certas medidas duras, mas indispensáveis. criticar a posição de algumas famílias de biografados.
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COESÃO E COERÊNCIA A coesão consiste na expressão formal das conexões de sentido que ligam entre si as partes de um texto. O uso adequado dos articuladores (conjunções, pronomes, preposições, formas verbais, sinais de pontuação...) garantem a coesão entre as partes de um texto. A coerência consiste na relação lógica e harmônica entre as ideias expostas em um texto. A lógica interna entre argumentos, ideias, ações etc., ausência de contradições ou paradoxos entre eles garante a coerência textual.
EXEMPLIFICANDO CAERN – AGENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2010 O futuro das cidades é verde 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33.
Cada vez mais humanos vivem em cidades. Somos 3,3 bilhões de pessoas em áreas urbanas - o que corresponde a 51% da população mundial, contra 49% de habitantes de áreas rurais, segundo dados da ONU. Apesar da escalada das megalópoles ao longo do século XX, essa inversão ocorreu em escala global apenas em 2008. No Brasil, o fenômeno consolidou-se já na década de 70. Hoje, apenas 16% dos 192 milhões de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. Com tanta gente ocupando o mesmo espaço, agravam-se os problemas de saneamento, transporte e uso de recursos naturais, entre muitos outros. Como solucionar esses problemas é a pergunta do momento. Durante o mês de março, o Brasil transforma-se em sede de três eventos que pretendem respondê-la. A Conferência Internacional das Cidades Inovadoras (CICI2010) recebeu especialistas e prefeitos de diversas partes do mundo entre os dias 10 e 13, em Curitiba (PR). Na seqüência, acontecem a Conferência LatinoAmericana de Saneamento (Latinosan 2010), de 14 a 18 em Foz do Iguaçu (PR), e a Primeira Jornada Internacional sobre Energias Renováveis, Eficiência Energética e Poder Local, em Betim (MG), entre os dias 17 e 19. Um dos especialistas escalados para a CICI2010 é o americano Marc Weiss, presidente da organização Global Urban Development (Desenvolvimento Global Urbano). O gestor acredita que o principal desafio à nossa frente é gerar crescimento econômico sustentável e qualidade de vida para todos em todos os lugares. "Com uma combinação de inovação tecnológica e uma elevada eficiência, as cidades poderão gerar uma expansão substancial de negócios e empregos - o que vai culminar em comunidades mais saudáveis e em harmonia com os ciclos da natureza", diz. O fato de eventos como esses acontecerem por aqui não é mera coincidência. O País vem se tornando protagonista no combate às mudanças climáticas, principalmente depois da Conferência do Clima da ONU (COP-15), realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Na ocasião, o governo brasileiro apresentou metas ambiciosas de redução de emissões de gases do efeito estufa, um dos grandes problemas gerados pela concentração de automóveis em centros urbanos. "O Brasil está se tornando um líder mundial no trabalho de estabelecer um novo e alto padrão de desenvolvimento urbano e industrial sustentável", acredita Weiss. "O desenvolvimento sustentável é política de governo em algumas cidades, e não apenas um conjunto de medidas
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dirigidas a questões pontuais", diz Laura Valente de Macedo, diretora regional para América Latina e Caribe do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade. Ela cita Freiburg, Bonn (ambas na Alemanha), Malmõ e Vãxjo (as duas na Suécia) como exemplos. "Entre suas muitas iniciativas, todas têm em comum a ênfase no uso de energias renováveis, como a solar, o biogás e a eólica", afirma. Há quem esteja ousando ainda mais nesse desafio. O escritório Gale International está construindo em parceria com a gigante de tecnologia Cisco - a cidade mais sustentável do mundo. Nova Songdo, na Coréia do Sul, deve ficar pronta em 2015 e contará com tecnologias que reduzem o consumo de energia e utilizam materiais naturais e reciclados. Existem planos para construir mais 20 centros urbanos parecidos na China e na índia nos próximos anos. Uma excelente oportunidade para o Brasil ter cidades que se aproximem desse sonho são os eventos esportivos que o País vai sediar nos próximos anos. Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, os organizadores tiveram de se submeter a uma série de medidas ambientais. Coleta seletiva do lixo, uso racional de água, economia de energia e transportes que usem combustível de forma racional são algumas delas. Mesmo que não houvesse essa obrigatoriedade, até lá já viveremos um outro tempo. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. Ou seja: o mundo terá uma nova política de emissões de gases estufa. No mesmo ano, acontece a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro - reedição da Rio-92. A bola está conosco. André Julião. IstoÉ, ed. 2105, março de 2010, com adaptações
13. Para apresentar e desenvolver sua mensagem, o texto só NÃO faz uso de a) b) c) d) e)
referência a órgãos de credibilidade. dados estatísticos. trajetória histórica. oposição de ideias. citações diretas e indiretas.
Charge para a questão 14. Senado Federal – Administração-Técnico Legislativo – FGV – 2012
14. Com base na análise do quadrinho, a lógica do peixe se perdeu a) b) c) d) e) 24
no 1º quadrinho. no 3º quadrinho. no 5º quadrinho. no 4º quadrinho. no 2º quadrinho. www.acasadoconcurseiro.com.br
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Gêneros e tipos textuais: características distintivas. TIPOLOGIA TEXTUAL Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal. Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da apresentação de argumentos que as defendam e comprovem. Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato. Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, exprimem ordem, solicitação, pedido. Os pronomes, geralmente, são os da segunda pessoa do discurso.
EXEMPLIFICANDO CAERN – AGENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2010 O futuro das cidades é verde 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
Cada vez mais humanos vivem em cidades. Somos 3,3 bilhões de pessoas em áreas urbanas - o que corresponde a 51% da população mundial, contra 49% de habitantes de áreas rurais, segundo dados da ONU. Apesar da escalada das megalópoles ao longo do século XX, essa inversão ocorreu em escala global apenas em 2008. No Brasil, o fenômeno consolidou-se já na década de 70. Hoje, apenas 16% dos 192 milhões de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. Com tanta gente ocupando o mesmo espaço, agravam-se os problemas de saneamento, transporte e uso de recursos naturais, entre muitos outros. Como solucionar esses problemas é a pergunta do momento. Durante o mês de março, o Brasil transforma-se em sede de três eventos que pretendem respondê-la. A Conferência Internacional das Cidades Inovadoras (CICI2010) recebeu especialistas e prefeitos de diversas partes do mundo entre os dias 10 e 13, em Curitiba (PR). Na seqüência, acontecem a Conferência LatinoAmericana de Saneamento (Latinosan 2010), de 14 a 18 em Foz do Iguaçu (PR), e a Primeira Jornada Internacional sobre Energias Renováveis, Eficiência Energética e Poder Local, em Betim (MG), entre os dias 17 e 19. Um dos especialistas escalados para a CICI2010 é o americano Marc Weiss, presidente da organização Global Urban Development (Desenvolvimento Global Urbano). O gestor acredita que o principal desafio à nossa frente é gerar crescimento econômico sustentável e qualidade de vida para todos em todos os
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lugares. "Com uma combinação de inovação tecnológica e uma elevada eficiência, as cidades poderão gerar uma expansão substancial de negócios e empregos - o que vai culminar em comunidades mais saudáveis e em harmonia com os ciclos da natureza", diz. O fato de eventos como esses acontecerem por aqui não é mera coincidência. O País vem se tornando protagonista no combate às mudanças climáticas, principalmente depois da Conferência do Clima da ONU (COP-15), realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Na ocasião, o governo brasileiro apresentou metas ambiciosas de redução de emissões de gases do efeito estufa, um dos grandes problemas gerados pela concentração de automóveis em centros urbanos. "O Brasil está se tornando um líder mundial no trabalho de estabelecer um novo e alto padrão de desenvolvimento urbano e industrial sustentável", acredita Weiss. "O desenvolvimento sustentável é política de governo em algumas cidades, e não apenas um conjunto de medidas dirigidas a questões pontuais", diz Laura Valente de Macedo, diretora regional para América Latina e Caribe do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade. Ela cita Freiburg, Bonn (ambas na Alemanha), Malmõ e Vãxjo (as duas na Suécia) como exemplos. "Entre suas muitas iniciativas, todas têm em comum a ênfase no uso de energias renováveis, como a solar, o biogás e a eólica", afirma. Há quem esteja ousando ainda mais nesse desafio. O escritório Gale International está construindo em parceria com a gigante de tecnologia Cisco – a cidade mais sustentável do mundo. Nova Songdo, na Coréia do Sul, deve ficar pronta em 2015 e contará com tecnologias que reduzem o consumo de energia e utilizam materiais naturais e reciclados. Existem planos para construir mais 20 centros urbanos parecidos na China e na índia nos próximos anos. Uma excelente oportunidade para o Brasil ter cidades que se aproximem desse sonho são os eventos esportivos que o País vai sediar nos próximos anos. Para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, os organizadores tiveram de se submeter a uma série de medidas ambientais. Coleta seletiva do lixo, uso racional de água, economia de energia e transportes que usem combustível de forma racional são algumas delas. Mesmo que não houvesse essa obrigatoriedade, até lá já viveremos um outro tempo. O Protocolo de Kyoto vence em 2012. Ou seja: o mundo terá uma nova política de emissões de gases estufa. No mesmo ano, acontece a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro - reedição da Rio-92. A bola está conosco. André Julião. IstoÉ, ed. 2105, março de 2010, com adaptações
15. Quanto à sua tipologia, o texto deve ser classificado como a) narrativo. b) descritivo. c) injuntivo. d) oratório. e) dissertativo. 16. POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 Uma receita de bolinhos de banana, retirada da Internet, diz o seguinte: “Amasse a banana, misture a farinha, açúcar, ovo e o fermento. Se a massa ficar dura, coloque um pouco de leite. Frite às colheradas em óleo quente e jogue açúcar com canela por cima.”
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Esse tipo de texto denomina-se instrucional ou procedural. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I – Apresentação de uma série de ações em sequência de realização. II – A numeração de ingredientes a serem acrescentados em ordem cronológica. III – Emprego de imperativos com sentido de ordem a ser cumprida. Assinale a) b) c) d) e)
se apenas a afirmativa I for adequada ao texto. se apenas as afirmativas I e II forem adequadas ao texto. se apenas as afirmativas I e III forem adequadas ao texto. se apenas as afirmativas II e III forem adequadas ao texto. se todas as afirmativas forem adequadas ao texto.
17. POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 Observe o texto a seguir, que serve de apresentação de uma figura pública a ser entrevistada por Veja: “Aos 51 anos, o médico paulista Geraldo Medeiros é um dos endocrinologistas brasileiros de maior e mais duradouro sucesso. Numa especialidade em que o prestígio dos profissionais oscila conforme a moda, há três décadas ele mantém sua fama em ascendência. Em seu consultório de 242m2, na elegante região dos Jardins, uma das mais exclusivas de São Paulo, Medeiros guarda as fichas de 32.600 clientes que já atendeu.” Assinale a alternativa que indica a observação correta sobre o gênero textual desse fragmento. a) Texto informativo de estrutura dissertativa, pois discute valores sociais de determinado personagem. b) Texto publicitário de estrutura narrativa, pois apresenta dados em sequência cronológica. c) Texto jornalístico de estrutura descritiva, pois informa uma série de ações que montam a imagem do entrevistado. d) Texto informativo de estrutura descritiva, pois identifica, localiza e qualifica a pessoa a ser entrevistada. e) Texto jornalístico de estrutura dissertativa, pois apresenta e discute valores do entrevistado.
Anotações:
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18. POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 “Fevereiro de 1876. O falido rei d. Luís I vasculha os cofres portugueses à procura de joias e outras peças de valor que possam ser vendidas para pagar dívidas. Na busca, ele encontra uma pepita de ouro de pouco mais de 20 quilos, do tamanho de um melão. Esquecida por décadas nos Tesouros Reais, a pedra retirada de solo brasileiro é o último remanescente de uma época de riqueza incalculável para o velho império lusitano.” No fragmento acima, retirado do livro Boa ventura – a corrida de ouro no Brasil (1697-1810), de Lucas Figueiredo, há uma parte inicial do modo de organização narrativa. Sobre esse segmento narrativo pode-se dizer que a) há um erro na escolha dos tempos verbais, pois, após localizar o fato narrado em 1876, o narrador emprega o presente do indicativo em vasculha, encontra. b) o narrador adota o ponto de vista de um personagem participante da ação a fim de dar mais dinamismo e interesse aos fatos narrados. c) a indicação de localização espacial e temporal dos fatos narrados procura dar mais verossimilhança ao que é relatado. d) a informação do tamanho imenso da pepita de ouro encontrada tem a função de inserir a narrativa no terreno do realismo fantástico. e) as ações praticadas pelo personagem d. Luís não têm sua finalidade explicitada pelo narrador, mas ela pode ser inferida pelo contexto. 19. POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 No caderno de O Globo dedicado à informação e venda de veículos, há uma descrição de um automóvel UNO, em 13-07 2011, que diz “O UNO duas portas é indicado para pessoas solteiras ou casais sem filhos: o acesso ao banco traseiro é limitado e exige paciência. O acabamento é honesto, mas há poucos equipamentos de série.” Considerando-se o contexto em que o texto foi produzido, pode se afirmar que o texto a) b) c) d) e)
apresenta uma descrição incentivadora da compra do veículo comentado. realiza uma seleção exclusivamente negativa dos aspectos do carro. ressalta os aspectos do veículo que são do interesse do seu fabricante. mostra isenção ao indicar aspectos negativos e positivos do UNO. indica o veículo como ideal para determinado tipo de público.
Anotações:
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GÊNEROS TEXTUAIS EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) não expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntos bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se (explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.
EXEMPLIFICANDO POLÍCIA MILITAR-MA – SOLDADO BOMBEIRO – FGV – 2012 OAB: reforma do Código Penal é um retrocesso na democracia do país O anteprojeto de reforma do Código Penal, elaborado de modo açodado por uma comissão de juristas, atualmente em fase de tramitação no Senado Federal, vai representar um retrocesso para a democracia brasileira. A afirmação é do presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, que promove amanhã (31), na sede da entidade, a segunda etapa do seminário sobre a reforma do Código Penal. O Brasil possui a quarta população carcerária do mundo e um déficit de 200 mil vagas nos estabelecimentos prisionais. Segundo Damous, não há dúvida de que o Código Penal brasileiro, em vigor desde 1942 e inspirado no código da Itália fascista de Mussolini merece ser reformado. A questão é: como deve ser feita a reforma? Quais condutas merecem ser criminalizadas? Que políticas criminais e penitenciárias nosso país deve adotar? Com o desafio de unificar em um único código toda a legislação penal aprovada nas últimas décadas, a comissão não teve tempo de incorporar propostas da sociedade, tampouco de especialistas em Direito criminal. No anteprojeto a comissão de juristas - disse - chegou a aumentar penas e dificultar a concessão de benefícios aos que já estão presos, além de considerar, equivocadamente, que a prisão pode ser a solução para todos os males. No entanto, segundo ele, há algo de bom no atual debate: a proposta de reforma do Código Penal trouxe à tona para discussão temas considerados tabus e há muito evitados: aborto, eutanásia e prostituição. O presidente da OAB acentuou que são temas impregnados de preconceitos e que precisam ser discutidos de modo multidisciplinar. Todos estes temas serão analisados em evento que acontecerá na sede da OAB-RJ amanhã (31) e no próximo dia 7, sempre a partir de 9h30. A entrada é franca no auditório "Ministro Evandro Lins e Silva" e vão participar dos debates juristas, médicos, psicólogos e líderes sociais. Jornal do Brasil. 30/10/2012
20. O título do texto funciona como a) b) c) d) e)
uma conclusão do que é exposto no texto. uma antecipação do conteúdo textual. um convite para um evento da OAB-RJ. um ponto de atração da curiosidade do leitor. um resumo de toda a mensagem do texto.
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NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer.
EXEMPLIFICANDO POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 “Ela já é uma realidade que ultrapassou as fronteiras da Internet. Agora, a preocupação é de como está sendo usada e até que ponto pode influenciar no aprendizado e na comunicação entre as pessoas. Trata-se da linguagem conhecida como internetês, que surgiu entre os usuários de chats de conversação, blogs (diários virtuais) e ICQ (programa de comunicação). ‘Só o tempo irá dizer quais os riscos que o internetês pode provocar na Língua Portuguesa padrão. Mas uma coisa é certa: do ponto de vista linguístico, essa linguagem não oferece nenhum perigo’, assegura a professora Sylvia Bittencourt, de Língua Portuguesa e de Literatura. Especialista na matéria, a professora questiona, na realidade, o uso do internetês como única opção de linguagem. "Isso sim é preocupante. O perigo está no seu uso limitado e no próprio usuário - adolescente ou não - que só se dedique a escrever e se comunicar desse modo, em tudo na sua vida". http://www.novomilenio.inf.br/idioma/20050530htm
21. Segundo a especialista, o perigo do internetês está em desrespeito a um princípio básico do uso adequado de linguagem, que é a) b) c) d) e)
em qualquer situação comunicativa deve-se privilegiar a norma culta. nos textos é indispensável a utilização de uma linguagem mais moderna. as situações comunicativas determinam o tipo de linguagem adequada. a necessidade de cuidado com o idioma deve ser respeitada. nos textos informais deve-se evitar vocábulos eruditos e correção.
BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor expressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais.
EXEMPLIFICANDO POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 Um parasita do afeto humano Quando o meio ambiente se modifica, os seres vivos incapazes de se adaptar a ele se extinguem. Por esse motivo, as estratégias utilizadas pelos animais para sobreviver em nossos ambientes são muito estudadas pelos biólogos. Meu exemplo favorito é uma espécie que desenvolveu a capacidade de explorar a aptidão humana para dar e receber afeto. Utilizando sua capacidade de parasitar nossa mente, esse animal conseguiu garantir a sobrevivência de sua espécie. Como todo parasita, foi obrigado a abrir mão de sua liberdade, mas valeu a pena: da maneira como o homem vem alterando o planeta, é quase certo que essa espécie será a última do seu grupo a se extinguir, pois associou definitivamente seu destino ao do homem. Trata-se do cão. Fernando Reinach, A longa marcha dos grilos canibais, Cia das Letras, SP, 2010
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22. Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se que o texto tem a finalidade de a) b) c) d) e)
descrever e fornecer orientações sobre como tratar os cães. narrar a vida de quem possui animais de estimação. aconselhar os donos de cães a evitar proximidade exagerada com os cães. expor de forma geral as estratégias de sobrevivência animal. destacar uma especificidade nas estratégias de sobrevivência animal.
CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente coloquial.
EXEMPLIFICANDO Nossa Missão Você e eu estamos na Terra para nos reproduzirmos. Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora. Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo. O que vem antes e depois dos nossos anos férteis é só o prólogo e o epílogo. Se a natureza quisesse otimizar seus métodos, já nasceríamos púberes e morreríamos assim que nossos filhos, que nasceriam também púberes, pudessem criar seus filhos (púberes) sem a ajuda dos avós. Daria, no total, aí uns 35, 40 anos de vida, e adeus. O que resolveria a questão demográfica do planeta e, claro, os problemas da Previdência. Mas a Natureza nos dá o resto da vida – a infância e a velhice e todos os prazeres extrarreprodutivos do mundo, inclusive os sexuais – como brinde. Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração. A laranjeira não existe para dar laranja, existe para produzir e espalha sua própria semente. A fruta não é o objetivo da planta frutífera, é o que ela usa para carregar suas sementes, é o seu estratagema. Agradecer à laranjeira pela laranja é não entendê‐la. Ela não sabe do que nós estamos falando. Suco? Doçura? Vitamina C? Eu?! Você e eu ficamos aí especulando sobre o que a vida quer de nós, e só oque a vida quer é continuar. Seja em nós e na nossa prole, seja na minhoca e na sua. Nossa missão, nossa explicação, é a mesma do rinoceronte e da anêmona. Estamos aqui para fazer outros iguais a nós. Isto que chamamos, carinhosamente, de “eu”, com suas peculiaridades e sua biografia única, não é mais do que uma laranja personalizada. Um estratagema da Natureza, a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a continuação da vida. Enfim, um grande mal‐entendido. E os que passam pelo mundo sem se reproduzir? São caronas. Mas ganham o brinde da vida assim mesmo. A Natureza não discrimina. VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo, 22/09/2013
23. O segmento sem qualquer traço de coloquialidade ou oralidade é a) “Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora”. b) “Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo.” c) “Daria, no total, aí uns 35, 40 anos de vida, e adeus”.
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d) “O que resolveria a questão demográfica do planeta e, claro, os problemas da Previdência.” e) “Como um chaveiro, um agradecimento pela nossa colaboração”. PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.
EXEMPLIFICANDO POLÍCIA MILITAR-MA – SOLDADO BOMBEIRO – FGV – 2012 24. A Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu audiência pública sobre violência e o extermínio de jovens no Brasil e no Maranhão; o cartaz da campanha encontra-se copiado abaixo.
Em relação ao cartaz, assinale a afirmativa incorreta. a) Como a mão representada no cartaz aparece, no original, em cor vermelha, há nela uma referência a sangue. b) A representação da mão espalmada indica uma solicitação de interrupção da violência. c) O extermínio de jovens está incluído entre crimes mais graves e não entre casos de violência. d) A violência e o extermínio de jovens são os objetivos da condenação da campanha. e) Os vários nomes de pessoas colocados no cartaz devem representar casos de violência já ocorridos. Anotações:
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CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
EXEMPLIFICANDO POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 25. Analise a charge publicada em julho de 2011 por Mariosan-GO.
Título: “Desvio de verbas públicas” Fala 1: “Vocês precisam parar com essa droga de vício.” Fala 2:
No, no, no.
Para compreensão de seu amplo significado, analise as informações a seguir. I – A cantora inglesa Amy Winehouse, cuja morte foi atribuída ao consumo de drogas, interpretava uma canção que possuía a frase “no, no, no” como uma espécie de refrão. II – A crise de corrupção no Ministério dos Transportes que levou à demissão de um grande número de altos executivos do Ministério. III – O grande número de passeatas de protesto contra a corrupção, comandada por donas de casa. IV – A liberação de movimentos como a Passeata da Maconha com a justificativa da liberdade de expressão. Assinale a) b) c) d) e)
se apenas I e II são suficientes para a compreensão da charge. se apenas I e III são suficientes para a compreensão da charge. se apenas I e IV são suficientes para a compreensão da charge. se apenas II e III são suficientes para a compreensão da charge. se apenas II e IV são suficientes para a compreensão da charge. www.acasadoconcurseiro.com.br
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POLÍCIA MILITAR-MA – SOLDADO BOMBEIRO – FGV – 2012 26. Observe a charge a seguir.
A crítica presente na charge se dirige principalmente à a) b) c) d) e)
alta faixa etária dos policiais. reduzida remuneração dada aos agentes da lei. baixa instrução dos agentes da lei. má assistência prestada aos funcionários. tecnologia atrasada dos aparatos de segurança.
TABELA POLÍCIA MILITAR-MA – SOLDADO BOMBEIRO – FGV – 2012 27. Observe o gráfico a seguir.
O gráfico acima representa a estatística de crimes no estado do Rio de Janeiro, de 1991 a 2007; da observação do gráfico depreende-se que a) b) c) d) e)
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nos anos ímpares ocorre sempre menor número de ocorrências criminosas. o número de ocorrências policiais segue um parâmetro bastante irregular. a quantidade de crimes acompanha sempre o aumento da população no Rio de Janeiro. as medições dos últimos anos representados no gráfico foram mais bem feitas. a tendência no Rio de Janeiro é a progressiva redução de crimes.
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TEXTOS LITERÁRIOS DETRAN-RS – ANALISTA DE SUPORTE – FGV - 2010 Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outros acho que nem se misturam (...) Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem... Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139
28. Pelo sentido do texto, a palavra “lembrança” em “A lembrança da vida da gente...” pode ser substituída, sem alteração do sentido, por a) b) c) d) e)
memória. inspiração. recomendação. direção. meta.
CODEBA – ATA – FGV – 2010 Baianidade Nagô Já pintou verão Calor no coração A festa vai começar Salvador se agita Numa só alegria Eternos Dodô e Osmar Na avenida Sete Da paz eu sou tiete Na barra o Farol a brilhar Carnaval na Bahia Oitava maravilha Nunca irei te deixar, meu amor Eu vou Atrás do trio elétrico vou Dançar ao negro toque do agogô Curtindo minha baianidade nagô
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Eu queria Que essa fantasia fosse eterna Quem sabe um dia A Paz vence a guerra E viver será só festejar Evandro Rodriguez
29. A respeito da produção de sentidos do texto, analise as afirmativas a seguir. I – A canção aponta uma mensagem de paz no cenário do Carnaval de Salvador. II – Ocorre uma crítica ao cenário de guerra em que costumam se transformar as manifestações carnavalescas de massa e em locais públicos. III – O texto destaca as raízes negras da musicalidade baiana como elemento de identidade cultural. Assinale a) b) c) d) e)
se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. se todas as afirmativas estiverem corretas. se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. se nenhuma afirmativa estiver correta.
Anotações:
QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
EXEMPLIFICANDO Senado Federal – Administração-Técnico Legislativo – FGV – 2012
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30. Com base na compreensão e interpretação da tirinha, analise as afirmativas a seguir. I – O humor da tirinha reside na substituição semântica do figurado pelo literal. II – O humor da tirinha só é possível na associação do texto com a imagem. III – Só há humor na tirinha se se levar em conta a redundância do 3º quadrinho. Assinale a) b) c) d) e)
se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. se todas as afirmativas estiverem corretas. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. se nenhuma afirmativa estiver correta. se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
SEMÂNTICA
SINONÍMIA E ANTONÍMIA Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes. Porém os sinônimos podem ser •• perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente. Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião •• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante. Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos: mal
X
bem
ausência
X
presença
fraco
X
forte
claro
X
escuro
subir
X
descer
cheio
X
vazio
possível
X
impossível
simpático
X
antipático
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EXEMPLIFICANDO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-MA – AGENTE LEGISLATIVO – FGV – 2013 A empregada foi embora Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio século, em nosso país só as empregadas domésticas enfrentavam: como viver sem empregada, esse personagem que dentro de casa, serve como amortecedor às tensões entre homens e mulheres confrontados às exigências do cotidiano de uma família. Quem faz o quê na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um nem outro. A resposta é simples: a empregada, a babá, a cuidadora. Por vezes as três tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salários, jornadas infindáveis, condições de alojamento deploráveis, essa sequela da escravidão exigia uma abolição. A lei é bem-vinda. Abre uma dinâmica de transformação da sociedade que ainda não está visível em todas a sua profundidade e cujos desdobramentos vão muito além dos muros da casa. Vai interpelar, para além do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas empresas. Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.
31. “Abre uma dinâmica de transformação da sociedade que ainda não está visível em toda a sua profundidade e cujos desdobramentos vão muito além dos muros da casa. Vai interpelar, para além do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas empresas”. Assinale a alternativa cujo sinônimo da palavra sublinhada nesse fragmento do texto está corretamente indicado. a) b) c) d) e)
Dinâmica / força. Transformação / progresso. Sociedade / empresa. Desdobramentos / implicações. Interpelar / condenar.
Anotações:
HIPONÍMIA E HIPERONÍMIA Observe este enunciado: “Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... Estavam baratas, pois são frutas da estação.”
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Hiperonímia (frutas) = como o próprio prefixo indica, confere ideia de todo; do todo se originam ramificações. Hiponímia = (maçã, banana, abacaxi, melão) o oposto de hiperonímia; cada parte, cada item de um todo.
EXEMPLIFICANDO
32. Na tira de Mafalda, encontram-se as palavras “gente” e “pessoas” para designar a mesma realidade. Considerando o contexto em que foi produzido o discurso e as relações de sentido criadas a parrtir dele, podemos inferir que “gente” representa um conceito mais amplo e que “pessoas” representa um conceito mais restrito, particularizado. Na relação entre essas duas palavras, no contexto da tira, há, pois, respectivamente, uma ocorrência de a) b) c) d) e)
denotação / conotação. hiperonímia / hiponímia. sinonímia / antonímia. homonímia / paronímia. singularidade / pluralidade.
33. POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 “A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como furador. Metemnos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber”. Esse é um fragmento da Carta de Pero Vaz Caminha, em que dava notícia do descobrimento do Brasil ao rei de Portugal, descrevendo os índios da nova terra. Para fazer a descrição de coisas surpreendentemente novas, Pero Vaz Caminha apela para a) b) c) d) e)
comparações com as realidades do mundo europeu. vocábulos inexistentes na língua portuguesa de então. hiperônimos, vocábulos de sentido muito amplo. sinônimos mais cultos, já que a carta era dirigida ao rei. vários eufemismos a fim de reduzir a rudeza da cena.
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PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam significados diferentes. •• Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra) •• Ao invés de (oposto) / Em vez de (no lugar de) ALGUNS OUTROS EXEMPLOS
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absolver (perdoar, inocentar)
absorver (asprirar, sorver)
apóstrofe (figura de linguagem)
apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento)
apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios)
arriar (descer, cair)
ascensão (subida)
assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe)
bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga)
cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão)
cumprimento (saudação)
deferir (atender)
diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar)
dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever)
discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa)
discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam mantimentos)
dispensa (ato de dispensar)
docente (relativo a professores)
discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país)
imigrar (entrar num país)
eminência (elevado)
iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado)
iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado)
espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar)
estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente)
fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer)
fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde)
fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar)
emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços)
infração (violação)
infligir (aplicar pena)
infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial)
mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos)
pião (tipo de brinquedo)
precedente (que vem antes)
procedente (proveniente; que tem fundamento)
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ratificar (confirmar)
retificar (corrigir)
recrear (divertir)
recriar (criar novamente)
soar (produzir som)
suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar)
surtir (produzir efeito)
sustar (suspender)
suster (sustentar)
tráfego (trânsito)
tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau)
vadiar (andar ociosamente)
Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados diferentes. Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na pronúncia. São Jorge / São várias as causas / Homem são Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da vogal tônica “o” / “e”. O molho / Eu molho A colher / Vou colher Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente. Apreçar = combinar o preço de / Apressar = tornar mais rápido Acender = pôr fogo / Ascender = subir ALGUNS OUTROS EXEMPLOS Acento
Inflexão da voz; sinal gráfico
Assento
Lugar onde a gente se assenta
Anticé(p)tico
Oposto aos céticos
Antissé(p)tico
Desinfetante
Caçar
Perseguir a caça
Cassar
Anular
Cé(p)tico
Que ou quem duvida
Sé(p)tico
Que causa infecção
Cela
Pequeno aposento
Sela
Arreio de cavalgadura
Celeiro
Depósito de provisões
Seleiro
Fabricante de selas
Censo
Recenseamento
Senso
Juízo claro
Cerração
Nevoeiro espesso
Serração
Ato de serrar
Cerrar
Fechar
Serrar
Cortar
Cilício
Cinto para penitências
Silício
Elemento químico
Círio
Vela grande de cera
Sírio
da Síria
Concertar
Harmonizar; combinar
Consertar
Remendar; reparar
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Empoçar
Formar poça
Empossar
Dar posse a
Incerto
Duvidoso
Inserto
Inserido, incluído
Incipiente
Principiante
Insipiente
Ignorante
Intenção ou Propósito tenção
Intensão tensão
Intercessão
Rogo, súplica
Interse(c)ção
Ponto em que duas linhas se cortam
Laço
Laçada
Lasso
Cansado
Maça
Clava
Massa
Pasta
Paço
Palácio
Passo
Passada
Ruço
Pardacento; grisalho
Russo
Natural da Rússia
Cesta
Recipiente de vime, palha ou Sexta outro material trançado
Cessão = doação, anuência
Se(c)cão = divisão, departamento
ou
Intensidade
Dia da semana; numeral ordinal (fem.) setor,
Sessão = reunião
EXEMPLIFICANDO 34. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há uma expressão sinônima. a) b) c) d) e)
emergir = vir à tona; imergir = mergulhar emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) delatar = expandir; dilatar = denunciar deferir = diferenciar; diferir = conceder dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
35. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaços das frases abaixo. Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje são muitos os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos. a) b) c) d) e)
discriminar – tráfico – infligiu discriminar – tráfico – infringiu descriminar – tráfego – infringiu descriminar – tráfego – infligiu descriminar – tráfico – infringiu
36. Leia as frases abaixo. 1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi. 2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte. 3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.
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4 – ___________ dias que não falo com Zambeli. Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes. a) b) c) d) e)
concerto – há – a – cessões – Há. conserto – a – há – sessões – Há. concerto – a – há – seções – A. concerto – a – há – sessões – Há. conserto – há – a – sessões – A.
37. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau). “Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia. a) b) c) d) e)
mau – mal – mais – mas mal – mal – mais – mais mal – mau – mas – mais mal – mau – mas – mas mau – mau – mas – mais
38. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses. a) b) c) d) e)
O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas). Sílvio _________ na floresta para caçar macacos. (imergiu-emergiu). Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou). Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava). Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).
39. Verifique quais dos homônimos homófonos entre parênteses completam, correta e respectivamente, os espaços nas orações abaixo. I – Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso) II – Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da peça de teatro. (espectadores/ expectadores) III – Não gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato) Assinale a alternativa que traz a sequência correta. a) b) c) d) e)
senso – expectadores – extrato senso – espectadores – estrato censo – expectadores – estrato senso – espectadores – extrato censo – espectadores – extrato Anotações:
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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: A NORMA CULTA DA LÍNGUA PORTUGUESA. 1. Linguagem culta formal ou padrão: obediência às normas gramaticais. 2. Linguagem culta informal ou coloquial: usada espontânea e fluentemente pelo povo; quase sempre rebelde à norma gramatical. 3. Linguagem popular ou vulgar: ligada aos grupos extremamente incultos, aos que têm pouco ou nenhum contato com a instrução formal.
EXEMPLIFICANDO TJ-AM – ASSISTENTE JUDICIÁRIO – FGV – 2013 Derrota da Censura 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.
A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto que autoriza a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. Até agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante à publicação ou filmagens de biografias, o artigo 20 do Código Civil bate de frente com a Constituição, que veta a censura. Só informações avalizadas pelo biografado ou pela sua família podem ser mostradas. È o império da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparência, a troca de opiniões. O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inúmeros filmes vetados por famílias que se julgam no direito de determinar o que pode ou não pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisões. [....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens públicos, seus políticos, seus artistas, não apenas através de denúncias, mas também de interpretações. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatório; o mesmo acontecia com o documentário de Glauber Rocha, também proibido, sobre Di Cavalcanti. [....] A alteração votada abre um leque extraordinário ao desenvolvimento da produção cultural neste país. Mais livros serão escritos, mais filmes serão realizados, mais trajetórias políticas e artísticas serão debatidas. Nelson Hoineff – O Globo, 11/04/2013
40. A frase que exemplifica uma variação linguística diferente da dos demais segmentos destacados no texto é a) “A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto...” b) “...que autoriza a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país”.
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c) “Até agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante à publicação ou filmagens de biografias” d) “O artigo 20 do Código Civil bate de frente com a Constituição, que veta a censura”. e) “Só informações avalizadas pelo biografado ou pela sua família podem ser mostradas”.
EXERCITANDO – FGV POLÍCIA CIVIL/RJ – POLICIAL SINGULAR – FGV – 2011 41. Leia o texto a seguir, retirado do jornal O Globo de 27/07/2011. Virgem (23/8 a 22/9) “Elemento: terra. Modalidade: mutável. Signo complementar: Peixes. Regente: Mercúrio. Por vezes, as bases que sustentam nossa capacidade criadora passam por grandes transformações. É tempo de acolher as mudanças que estão ocorrendo, encontrando uma nova forma de alimentar sua criatividade.” O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função social específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é a) vender. b) aconselhar. c) ensinar. d) informar. e) discutir. 42. Leia o texto a seguir, retirado do livro A origem curiosa das palavras, de Márcio Bueno, José Olympio Editora, RJ, 2003. “Brevidade: qualidade do que é breve; o termo designa também um bolinho doce feito de polvilho. A guloseima foi batizada com esse nome porque pode ser feita com grande facilidade e por desmanchar rapidamente na boca.” O assunto tratado no texto é relativo à Língua Portuguesa e foi publicado em uma espécie de dicionário, destinado a curiosos. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas próprias do uso a) b) c) d) e)
regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil. literário, pela abundância de figuras de linguagem. técnico, por meio de estruturas da definição. coloquial, por meio de registro de informalidade. oral, por meio de expressões típicas da oralidade.
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SUDENE – AGENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2013 Por que é tão difícil entender? 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22.
A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus têm três componentes articulados: – A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. – A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos 'debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso. – A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal. Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não às questões que ninguém fez). Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013
43. Ao dizer que a crise que o país atravessa tem três componentes “articulados”, o autor do texto quer dizer que tais componentes a) estão interligados. b) são fruto de articulação política. c) se originaram de um plano subversivo. d) foram criados pelas autoridades. e) se formaram lenta e progressivamente. 44. Os três componentes da crise citados no artigo pertencem, respectivamente, às esferas a) b) c) d) e)
serviços públicos - justiça - economia. justiça social - ordem política - transporte. transporte público - economia - justiça social. justiça social - corrupção - ascensão social. ordem política - justiça social - inflação.
45. As alternativas a seguir apresentam temas que são alvo das críticas presentes no texto, à exceção de uma. Assinale-a. a) Corrupção política. b) Altos impostos. 46
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c) Retorno da inflação. d) Impunidade penal. e) Inconsciência civil. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-MA – AGENTE LEGISLATIVO – FGV – 2013 A empregada foi embora 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14.
Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio século, em nosso país só as empregadas domésticas enfrentavam: como viver sem empregada, esse personagem que dentro de casa, serve como amortecedor às tensões entre homens e mulheres confrontados às exigências do cotidiano de uma família. Quem faz o quê na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um nem outro. A resposta é simples: a empregada, a babá, a cuidadora. Por vezes as três tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salários, jornadas infindáveis, condições de alojamento deploráveis, essa sequela da escravidão exigia uma abolição. A lei é bem-vinda. Abre uma dinâmica de transformação da sociedade que ainda não está visível em todas a sua profundidade e cujos desdobramentos vão muito além dos muros da casa. Vai interpelar, para além do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas empresas. Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.
46 Ao dizer que as empregadas servem de “amortecedor às tensões entre homens e mulheres confrontados às exigências do cotidiano”, a autora do texto quer dizer que as empregadas a) b) c) d) e)
atuam como bombeiros nas discussões domésticas. auxiliam casais em momentos de dificuldades financeiras. resolvem problemas práticos do cotidiano, aliviando tensões. colaboram com a economia da casa, ao realizar um trabalho barato. funcionam, junto aos filhos, como substitutas dos responsáveis.
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47. Segundo o texto, as más condições de trabalho das domésticas estão relacionadas a seguir, à exceção de uma. Assinale‐a. a) b) c) d) e)
As dependências de empregadas de péssima qualidade. Os salários aviltados. O acúmulo de tarefas. O extenso horário de trabalho. A ausência de proteção para a aposentadoria.
48. Ao dizer que o trabalho doméstico é uma “sequela da escravidão”, a autora do texto quer destacar uma de suas marcas predominantes. Assinale‐a. a) b) c) d) e)
Os maus tratos dos patrões. A falta de pagamento pelos serviços. A ausência de direitos trabalhistas. O esforço exigido pelas tarefas do lar. A predominância de trabalhadores negros nos serviços domésticos.
49. Nas alternativas a seguir há sempre um adjetivo que se refere a um substantivo. Assinale a alternativa em que o adjetivo não representa uma opinião da autora do texto. a) b) c) d) e)
Baixos salários. Jornadas infindáveis. Condições deploráveis. Contas públicas. Pequenos gestos.
50. O texto lido funciona como a) b) c) d) e)
uma crítica aos antigos hábitos nas relações patrões / empregadas. um alerta contra os perigos da nova lei a ser implantada. um elogio ao trabalho das empregadas domésticas. uma defesa dos patrões diante das dificuldades da nova lei. uma discussão sobre as mudanças provenientes da nova lei.
Anotações:
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FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV – 2012 Biblioteca da infância 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45.
Eu era pequena, me lembro, no Bigorrilho. Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, a vida passava em outro ritmo. Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas. Primeiro veio a grande notícia, uma 05.praça, onde era a caixa d'água do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatório Batel. E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficávamos sabendo de todas as notícias do bairro. Inaugurou uma biblioteca!!! Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada! Éramos pobres, não viajávamos nas férias e, livros, eu só ganhava no Natal. Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha, ampliou meu mundo para além das ruas do Bigorrilho. Hora do Conto, aulas de flauta, de cerâmica, o curso de História da arte espanhola, El Greco... Ainda lembro exatamente do quebra-cabeça com uma pintura de Arcimboldo. Foram tantas as referências, não só literárias, que me acompanharam a vida toda! Eu lia dois livros por dia, não podia perder tempo, eram muitos. Emprestava um de manhã, lia durante o almoço, em casa. À tarde devolvia e logo pegava outro para a noite. A minha velocidade era outra. Eu passava minhas férias inteiras lá! Cresci, frequentei outras Bibliotecas, a Pública do Paraná, principalmente, mas a Franco Giglio me acompanhou a vida toda. Ao visitar o Louvre, quando vi pela primeira vez uma tela de El Greco, aquele momento emocionante me remeteu diretamente à Roseli e suas aulas de arte. Quando tive meus filhos e tentei descobrir qual herança eu deixaria para eles, pensei: minha infância dentro daquela maravilhosa biblioteca. E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio, minha homenagem à biblioteca que me trouxe tanta alegria. E não longe da original, no Bigorrilho, mesmo bairro onde nasci e cresci. E, para além da nostalgia de uma infância em meio aos livros e à cultura dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outras pela cidade, marcaram infâncias, proporcionaram outras leituras do mundo a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixão pelos livros a muitas outras crianças! Passo quase todos os dias em frente à Franco Giglio e observo o abandono. No início achei que era por causa das obras da rua, mas logo se vê que aquela casinha de sonhos, tombada, está jogada à própria sorte. Não temos mais Suzanas e Roselis, apaixonadas por livros, crianças e cultura... Temos pessoas que cumprem seu horário de trabalho. É certo que o mundo mudou e as crianças não andam mais sozinhas pelas ruas, que as pesquisas são feitas em casa, na internet. Mas a vocação de encontro e de lazer desses espaços públicos jamais deve ser perdida. As bibliotecas, Casas de Leitura como são chamadas hoje, devem ser abertas todos os dias, inclusive finais de semana, com uma programação atraente, trazendo crianças e suas famílias para desfrutarem do que jamais poderiam ter em casa: a convivência com o mundo da cultura e a convivência com outras pessoas. Cláudia Serathiuk www.acasadoconcurseiro.com.br
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51. O narrador do texto pode ser globalmente caracterizado como alguém que a) b) c) d)
contempla o passado com saudade de um mundo perdido. observa a degradação da cultura no mundo moderno. lamenta a perda de interesse de crianças e professores pela leitura. critica a internet por ela ter produzido um estilo de vida egoísta.
52. O texto pode ser dividido em etapas, que agrupam parágrafos. A caracterização incorreta de um segmento do texto é. a) b) c) d)
Parágrafos 1 a 4 - recordações da vida infantil. Parágrafos 5 e 6 - passagem para a idade adulta. Parágrafo 7 - reflexão sobre valores culturais. Parágrafos 8 e 9 - volta ao passado infantil.
53. A narradora critica, em várias passagens do texto, aspectos da vida moderna. Assinale a alternativa que mostra o segmento em que essa crítica ocorre. a) "Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, a vida passava em outro ritmo." b) "Nesta rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas." c) "Primeiro veio a grande notícia, uma praça, onde era a caixa d'água do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatório Batel." d) "E, para além da nostalgia de uma infância em meio aos livros e à cultura dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outras pela cidade, marcaram infâncias..." 54. Uma biblioteca, como a citada no texto, tem funções variadas. Assinale a alternativa que indica a função mais importante para a autora do texto. a) b) c) d)
Preservar a cultura produzida por uma comunidade. Permitir a leitura de livros de difícil acesso. Possibilitar a convivência humana e cultural. Promover o conhecimento de arte clássica.
Anotações:
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DETRAN-MA – ASSISTENTE DE TRÂNSITO – FGV – 2013 A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35.
A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são comprovadamente eficientes. É crescente a preocupação com o ensino dos princípios básicos do trânsito desde a infância e ele pode acontecer no espaço escolar, com aulas específicas, ou também nos ambientes especialmente desenvolvidos para o público infantil nos departamentos de trânsito. Com a chegada do Código Brasileiro de Trânsito-CBT, em 1998, os condutores imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de reeducação. Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema. Mas há muito mais a fazer. A experiência mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de obedecer a regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos. O bolso, nessas horas, ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal é um exemplo de casamento bem-sucedido entre comunicação de massa e fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade e foi implementado o respeito às faixas de pedestres. Essas providências, associadas à promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasília - de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse período, apesar do crescimento da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu de 652 em 1995 para 444 em 2002. Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando 30.uma indústria de multas, devido ao grande número de notificações aplicadas. Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo. Recentemente as estatísticas mostram que o problema voltou a se agravar. O número de vítimas fatais de acidentes no trânsito passou de 444 em 2002 para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais motivos desse aumento é o uso de álcool por motoristas. Pedro Ivo Alcântara. www.ipea.gov.br
55. Assinale a alternativa em que a indicação de um sinônimo adequado para a palavra sublinhada está incorreta. a) “A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos números de acidentes...” / diária. b) “O número de vítimas fatais de acidentes no trânsito...” / graves. c) “...ajuda a persuadir condutores e transeuntes...” / pedestres.
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d) “...adotou uma série de medidas preventivas...” / acautelatórias. e) “Foi um processo polêmico.” / controverso. 56. As campanhas pelo uso do cinto de segurança, das práticas positivas de direção, da não utilização de bebidas alcoólicas e do uso da faixa de pedestres se dirigem prioritariamente à a) b) c) d) e)
educação do motorista. orientação dos pedestres. atuação das autoridades. atividade de fiscalização. melhor condição dos veículos.
57. “A experiência mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de obedecer regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos”. A partir desse segmento do texto, é correto deduzir que a) b) c) d) e)
outras medidas, além das atuais, devem ser tomadas. devemos modificar as campanhas já realizadas. a experiência mundial não está adaptada ao nosso problema. a readaptação dos defeitos nos semáforos deve ser intensificada. as campanhas atuais não apresentam qualquer utilidade.
58. “A Capital Federal é um exemplo de casamento bem-sucedido entre comunicação de massa e fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade e foi implementado o respeito às faixas de pedestres”. Assinale a alternativa que comprova, de fato, o “casamento bem-sucedido”. a) b) c) d) e)
A significativa queda do número de vítimas fatais. A adoção de campanhas de conscientização. A implementação de uma série de medidas preventivas. A utilização do controle eletrônico de velocidade. O respeito às faixas de pedestres.
59. “Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando uma indústria de multas, devido ao grande número de notificações aplicadas”. A polêmica referida tinha como polos opostos a) b) c) d) e)
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multas somente para arrecadar X multas como veículo educativo. autoridades corruptas X autoridades compromissadas com a educação. grande número de notificações X pouco dinheiro arrecadado. multas em excesso X infrações em número exorbitante. muitas multas aplicadas X pouco efeito educativo.
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TJ-AM – ASSISTENTE JUDICIÁRIO – FGV – 2013 Derrota da Censura 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.
A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto que autoriza a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. Até agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante à publicação ou filmagens de biografias, o artigo 20 do Código Civil bate de frente com a Constituição, que veta a censura. Só informações avalizadas pelo biografado ou pela sua família podem ser mostradas. È o império da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparência, a troca de opiniões. O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inúmeros filmes vetados por famílias que se julgam no direito de determinar o que pode ou não pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisões. [....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens públicos, seus políticos, seus artistas, não apenas através de denúncias, mas também de interpretações. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatório; o mesmo acontecia com o documentário de Glauber Rocha, também proibido, sobre Di Cavalcanti. [....] A alteração votada abre um leque extraordinário ao desenvolvimento da produção cultural neste país. Mais livros serão escritos, mais filmes serão realizados, mais trajetórias políticas e artísticas serão debatidas. Nelson Hoineff – O Globo, 11/04/2013
60. Todo texto surge a partir de uma motivação qualquer. Com relação ao texto acima essa motivação a) b) c) d) e)
uma decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas. o final definitivo da censura sobre biografias. a possibilidade de lerem-se informações sobre pessoas públicas. a vantagem de esclarecerem-se passagens obscuras de nossa história.
61. “Até agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante à publicação ou filmagem de biografias”. Assinale a alternativa que apresenta a interpretação correta do fragmento acima. a) No que se refere à publicação ou filmagem de biografias, o cenário vem se tornando, a cada dia, mais obscuro. b) O Brasil prefere manter o obscurantismo de certas biografias a fim de preservar os biografados.
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c) Nosso país ainda está bastante atrasado no que diz respeito à filmagem ou publicação de biografias. d) As leis brasileiras não permitem, ainda, que se publiquem biografias que não possam ser filmadas. e) Pouco a pouco nosso país vem libertando-se do obscurantismo no que tange ao direito de informação. 62. “É o império da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparência, a troca de opiniões”. O “império da chapa branca” diz respeito à corrupção. aos privilégios. à pureza. ao militarismo. à transparência. 63. Tendo em vista nossa realidade política e jurídica, podemos constatar que o título dado ao texto – Derrota da Censura – representa, do ponto de vista do autor, a) b) c) d) e)
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à corrupção. aos privilégios. à pureza. ao militarismo. à transparência.
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COMENTÁRIOS 41.B – Comentário: observe as expressões “é tempo de acolher” e “encontrando” – ambas sugerem ações a ser postas em prática. 42. C – um dicionário tem de privilegiar a linguagem técnica, formal, a fim de que o conjunto de seus leitores entendam a informação; observe a metalinguagem (explica-se, por meio de palavras, o significado de outra palavra) com que se explicou o termo “brevidade”. 43. A – a articulação (ou interligação) de que fala o texto deve-se ao fato de uma necessidade levar à outra e de a origem terem origem semelhante. 44. A – observe as palavras-chave que encabeçam cada um dos itens: “transporte, saúde e educação [...] serviços públicos” (l. 0304) / “fim da impunidade” (l. 07) / “estabilidade econômica” (l. 12). 45. E – (a): l. 09 / (b): l. 3-4 / (c): l. 14 / (d): l. 7. 46. C – observe linhas 3 e 4. 47. E – (a): linha 09 / (b): 08. / (c): l. 08 / (d): l. 08-09. 48. C – observe, na linha 10, “A lei é bem-vinda”. 49. D – o fato de as contas serem públicas não de corre de uma percepção da autora, e sim de uma constatação; os demais adjetivos atribuídos aos substantivos consistem em juízos de valor. 50. E – observe o tópico frasal (1º parágrafo): mudanças que serão (ou seriam) provocadas pela implantação da PEC “das domésticas”, a começar pelo fato de essa profissão não contar, futuramente, com mão de obra, tendo em vista os direitos trabalhistas decorrentes da lei. Além disso, releia o último período do texto. 51. A – releia o 7º e o 8º parágrafos. 52. D – nos parágrafos 8 e 9, a autora lamenta as mudanças ocorridas e sugere atividades que mantenham – ou resgatem – a convivência permanente com o mundo da cultura que deveria caracterizar uma biblioteca. 53. A – observe a expressão “grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade”. 54. C – releia o trecho “a convivência com o mundo da cultura e a convivência com outras pessoas.” (l. 44-45) 55. B – fatal = a quem sobreveio a morte / grave = que pode ter consequências danosas, trágicas ou fatais 56. A – haja vista que as três primeiras ações apontadas dizem respeito a quem guia o carro (uso do cinto, pratica de direção e não ingestão de bebida alcoólica combinada com direção). 57. A – observe a expressão “não são suficientes”. 58. A – releia “A Capital Federal é um exemplo de casamento bem-sucedido entre comunicação de massa e fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no número de vítimas fatais do trânsito na cidade.” (l. 18-20) 59. A – releia “Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando uma indústria de multas, devido ao grande número de notificações aplicadas. Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo.” (l. 29-31) 60. A – observe o tópico frasal (l. 01). 61. C – “obscurantismo” significa “falta ou recusa de instrução; IGNORÂNCIA; Tendência política a dificultar o progresso intelectual ou o acesso do povo tanto à ciência como às artes”. 62. B – a expressão faz referência às placas de carros de servidores públicos, os quais têm direito – alguns – a carros particulares, sem que haja custo pessoal, ou seja, trata-se de um privilégio. 63. B – o autor espera que a decisão da CCJ (“abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada”) instaure as modificações necessárias ao abandono do obscurantismo que caracteriza a publicação ou filmagem de biografias e a continuidade da caminhada rumo ao pluralismo; ainda, prevê que a alteração votada “abre um leque extraordinário ao desenvolvimento da produção cultural neste país.”
Gabarito: 1. D 2. D 3. D 4. C 5. B 6. E 7. C 8. B 9. E 10. B 11. C 12. E 13. D 14. D 15. E 16. C 17. D 18. C 19. E 20. A 21. C 22. E 23. B 24. C 25. A 26. E 27. B 28. A 29. C 30. A 31. D 32. B 33. A 34. A 35. A 36. D 37. C 38. D 39. D 40. D 41. B 42. C 43. A 44. A 45. E 46. C 47. E 48. C 49. D 50. E 51. A 52. D 53. A 54. C 55. B 56. A 57. A 58. A 59. A 60. A 61. C 62. B 63. B
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