A Revolução Industrial e o design
O advento da Revolução Industrial originado na Europa mudou para sempre o modo de vida das pessoas, seus hábitos e até mesmo sua cultura. Modificou uma estrutura social calcada em direitos hereditários da nobreza para uma centrada na burguesia. Uma mudança tão drástica nos meios de produção exigiu que novos sistemas de processos fossem estruturados, os modelos das guildas de artesãos já não atendiam a alta demanda de produção exigida pelo novo mercado consumidor cada vez mais abrangente. Fez-se necessário então uma especialização da mão de obra através de uma divisão do trabalho por etapas atribuindo a cada operário uma única função de baixa complexidade e fácil aprendizado. Porem, a mudança mais significativa se deu na separação dos profissionais que produzem dos que projetam os novos produtos a serem fabricados. Diferentemente Diferentemente do que ocorria nos modelos antigos de produção onde o artesão dominava todas as etapas desde a concepção até a produção do objeto, com essa separação a remuneração para para os profissionais profissionais de criação tornou-se muito muito alta, o que era contrabalançada pela extrema desvalorização da mão de obra operaria, devido a grande oferta de mão de obra, e o baixo nível de especialização especialização necessária. Começa a surgir então, como dito acima, uma nova classe de profissionais responsáveis somente pela concepção das formas, padrões e funções de novos objetos a serem produzidos pelas indústrias. No inicio esses profissionais variavam entre artistas, arquitetos e até mesmo engenheiros. Com o tempo alguns desses profissionais vão se especializando especializando cada vez mais na produção industrial e passando a se dedicar somente a ela. Esses novos profissionais passaram a ser chamados então de designers, termo oriundo da palavra latina designare, pois estes eram os profissionais profissionais responsáveis por designar o que seria feito pela fabrica. A partir do momento em que um grupo de profissionais passou a se dedicar a pensar nas formas, técnicas, meios de produção, estilo, e etc., inúmeras discussões discussões tiveram início o que resultou em um primeiro momento na Europa, no surgimento de movimentos estilísticos, e escolas
renomadas de design, a exemplo da escola Bauhaus, cuja didática no ensino de design é à base de todos os cursos de design da atualidade. Muito do que se tem da ideia de design moderno atualmente originou-se nesse período da história. O estado alemão em especial, que teve sua industrialização tardia em relação a outros países, para revindicar seu lugar entre as nações que já o eram, mudou sua política de Estado/Exército para Estado/Empresa, passando a investir na criação de sistemas bancários e até mesmo em políticas educacionais que incluíam o ensino artístico dentro das escolas. Com o Estado passando a investir diretamente na indústria, esta evoluiu rapidamente e já se destacava dentre as demais nações industrializadas. As influencias do estado alemão buscavam reorientar a ideologia geral dessas atividades, e se estenderam até mesmo sobre o que ficou conhecido por Projeto Werkbund que consistia em uma espécie de associação profissional congregando artistas, artesãos, arquitetos e designers. Tais atuações tiveram influencia significativa para uma industrialização voltada para o fortalecimento do mercado interno. Enquanto a Europa passava por esse cenário de formalização dos novos meios e métodos de projeto e produção (sendo que nessa época ainda dominavam produtos industriais carregados de ornamentos), os Estados Unidos p