A Redenção de Marco
Lynda Chance 2
Tradução: A.T Afonso
Revisão Inicial: Cacau B.
Revisão Final: Krika Prado
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Marco Donati é rico, cruel - e mais frequentemente do que não arbitrário. Interessado apenas em satisfazer suas necessidades sexuais casualmente e, frequentemente, ele não tem intenção de mudar uma coisa sobre sua vida. Natalie Lambert está sozinha, s ozinha, quebrada, e era nova na cidade, quando um encontro ao acaso deixa ela sob o poder e o controle de Marco Donati. À medida me dida que a história se desenrola, as tensões crescem e a confiança é testada entre duas pessoas que não conseguem ficar longe uma da outra.
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Este livro é uma obra de ficção. Nome, lugares, empresas, personagens e incidentes ou são produtos da imaginação do autor, ou foram usados de maneira fictícia. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas, acontecimentos ou lugares é mera coincidência.
Um pedido de desculpas de Lynda L ynda
Quero oferecer um sincero pedido de desculpas a qualquer um que possa ter Tentado se inscrever em minha lista de e-mail quando não ele não estava funcionando. Agora, está tudo normal e eu sinceramente espero que continue assim. Obrigado a todos por seu contínuo apoio e interesse; é apreciado mais do que você jamais saberá.
Dedicatória Para todos os maravilhosos leitores que solicitaram um homem de ter no, eu espero que vocês desfrutem de Marco. E finalmen fi nalmente, te, mas não menos importante, a Suzanne e Clayton obrigada pela maravilhosa ajuda que me deram em tudo e, mais importante, com este livro. Eu sabia que ter uma dupla de tecno-geeks seria útil um dia. Nunca se esqueça, mamãe te ama. E para Clayton, agora e sempre.
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Capítulo Um
Marco Donati freou bruscamente em pleno horário de rush, e ouviu o guincho dos pneus e o barulho de metal contra metal, no mesmo momento em que sentiu o brutal empurrão por trás. t rás. Ele expeliu o fôlego enquanto dava uma volta rápida no acostamento da rodovia e esperou que o carro que tinha batido em sua traseira fizesse o mesmo. Soltando uma maldição pelo o atraso e dor de cabeça que isso iria lhe causar, ele olhou no espelho retrovisor para ver o pequeno carro ir para o acostamento e parar. Ele não achava que o impacto havia sido substancial o suficiente para causar qualquer lesão corporal ao outro motorista, mas ele saiu de seu carro para ter certeza de qualquer maneira. Enquanto caminhava para a parte de trás de seu veículo, ele inspecionou brevemente o para-choque destroçado de seu Audi A-8, encomendado e personalizado, que até á minutos atrás estava imaculado. A risca de tinta verde fluorescente no anteriormente cintilante esmalte preto foi um insulto às linhas elegantes de seu carro. Quando Marco se aproximou do lado do motorista do antigo compacto verde, ele viu apenas uma pessoa, uma mulher jovem e, com um gesto de mão exagerado, ele apontou para que a janela fosse abaixada. A garota que estava dentro do carro rolou a janela para baixo e Marco viu um rosto branco em choque. Ele não podia ver seus olhos, eles estavam cobertos por enormes óculos escuros que dominavam quase que totalmente seu pequeno rosto.
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Ele não tinha tempo para esta merda agora. - Você está bem? - Ele perguntou. A garota parecia abalada, mas não com algum tipo dor que ele pudesse perceber. - Sim. Você não me machucou. - Eu não machuquei você? Você me bateu na traseira. - Ele interrompeu duramente. - Você parou tão rápido! - Você está falando sério? Estamos em uma autoestrada e na hora do rush. Caia na real. Dê-me as informações de seu seguro e carteira de motorista e vamos acabar com isso. Ela continuou a observá-lo enquanto seu lábio inferior tremia e Marco pensou que ela parecia extremamente jovem, embora ele não pudesse apontar qualquer coisa sobre ela que lhe dessa essa idéia. Ela poderia ser uma adolescente ou uma mulher madura. Não havia realmente nenhuma maneira dele saber com aqueles enormes óculos de sol cobrindo seus olhos. Ele mudou o peso de um pé para o outro, enquanto um mal-estar se espalhava por ele. Não havia absolutamente nenhuma razão para que ele sentisse alguma culpa sobre isso. Não havia uma maldita coisa que ele pudesse ter feito para impedir a colisão. - Eu percebo que, tecnicamente, a culpa foi minha. Mas eu... - Ela parou de falar quando uma carreta de 18 rodas passou. Sua voz perdeu força enquanto seus olhos permaneceram grudados ao tráfego acelerado e ela não fez nenhum movimento para dar a ele a informação que havia pedido.
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Sentindo seus músculos se contraírem e sua mandíbula apertar, ele tomou uma decisão rápida, recusando a se comover com um rosto bonito, tirou o telefone do bolso, começando a discar os números. - Espere. - A palavra foi um apelo de coração e ele cometeu o tolo erro de parar e olhar em seu rosto novamente. - Quem você está chamando? - Ela perguntou em um sussurro. - A polícia. - As palavras foram abruptas enquanto a linha de sua boca achatava. - Por favor, não faça isso. - Suas palavras estavam suplicando e Marco se encontrou cerrando os dentes contra eles. - Por que não deveria? Alguém certo com a mer... - Ele avaliou sua possível idade mais uma vez e rapidamente maneirou sua linguagem. linguagem. - Alguém terá que pagar os danos do meu carro. Ele rapidamente avaliou o estado das roupas dela e determinou o ano aproximado de seu veículo. Tudo o que ele podia ver indicava falta de dinheiro. Ele estava tão fodido. Ela provavelmente não tinha sequer seguro de responsabilidade civil básico. Receber uma citação da polícia poderia colocá-la em algo errado, garantir que seu seguro pagaria - se ela tinha algum - faria com que ele se sentisse muito melhor. O rosto dela empalideceu e ela começou a sacudir a cabeça. - Vai ficar tudo bem, eu prometo que vai. Só não chame a polícia. Por favor. Isso só vai piorar as coisas. Ele hesitou apenas um pouco. - Talvez você devesse ligar para o seu pai. Seu rosto congelou em linhas de tensão que endureceram quase imperceptivelmente. - Eu não tenho pai. Este carro é do meu primo. 8
Duas lágrimas solitárias fizeram trilhas por seu rosto e ela ergueu as mãos e as esfregou rapidamente, obviamente tentando conter a si mesma. As lágrimas a faziam parecer dolorosamente frágil e fizeram com ele se sentisse como um idiota supremo. Marco hesitou outro momento fatídico enquanto a observava, suas entranhas se apertando. Não havia dúvidas de que as coisas iriam piorar para ela se chamasse a polícia. Ele estava um pouco incrédulo se realmente sentia pena dela, mas ao mesmo tempo, estava desconfiado de que ela pudesse estar enganando-o. - Deixe-me ver sua licença. - Ele disse em uma voz que só abrandou um pouco. Ela se abaixou e começou a procurar dentro de sua bolsa que era quase tão antiga e surrada quanto seu carro. Quando ela localizou com êxito o que estava procurando, entregou a ele através da janela. Marco percebeu algumas coisas imediatamente quando pegou sua licença. Seu nome era Natalie Lambert e ela não era tão jovem quanto parecia à primeira vista. Ela tinha 24 anos. No momento em que calculou sua idade a partir da data de nascimento, ele sentiu uma mudança interna na temperatura de seu corpo. Ela não era uma menina, ela era uma mulher e ele olhou para ela de novo antes de ler o resto de suas informações, perguntando o que fazia com que ela parecesse tão jovem. Agora que ele sabia sua idade, era fácil ver. O resto das informações era básicas. Ela era de fora da cidade, seus olhos eram azuis, era uma doadora de órgãos e sua altura era 1,62m. Porra! 1,62m! Ele sempre teve uma queda por mulheres pequenas. Ele negava até sua morte, mas tinha uma reação básica, visceral a elas, especialmente aquelas como a que estava a sua frente com o cabelo sedoso
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macio que parecia impotente ao extremo. Era uma reação instintiva, de homem das cavernas, mas ele não conseguia se livrar. Sim, era algo que ele nunca, jamais admitiu. Não era algo politicamente correto, não havia nada de intelectual sobre isso, era tudo básico. Era uma compulsão contra a qual ele sempre lutou, porque não queria que suas parceiras sexuais chegassem muito perto dele. Mas não havia dúvida de que suas fantasias sempre incluíam uma parceira pequena e o pensamento de deslizar em sua estreita e pequena abertura era suficiente para excitá-lo. excitá-l o. Ele foi despertando à medida que olhou para ela sentada recatadame recatadamente nte e nervosamente atrás do volante de seu carro, esperando-o tomar uma decisão que poderia afetar sua vida. Um calor correu por suas veias. Ele não podia ver muito do seu rosto atrás daqueles malditos óculos e por pouco não lhe pediu para removê-los, não havia nada que ele pudesse fazer no momento para vê-la melhor. Seu cabelo, de comprimento médio, estava uma bagunça e era de uma cor marrom média, mas ela estava olhando para ele com um pequeno tremor em seus lábios incrivelmente cheios e, embora, ele estivesse chateado sobre seu carro, ele estava lutando contra momento difícil e uma maldita vontade de protegê-la da confusão que ela havia criado para si mesma. Ele balançou a cabeça em sua própria reação a ela. Isso, absolutamente, não era o que ele precisava naquele momento. momento. Ele se afastou dela para olhar o tráfego e, em seguida, voltou-se novamente, deixando uma respiração reprimida. - Aqui está o que vamos fazer. Nós vamos para aquele estacionamento ali e ver o que faremos. Se você tiver algum problema com isso, vou cham chamar ar a polícia. pol ícia. - Não, eu não tenho problema. Vou seguir você, - ela concordou rapidamente. rapidamente. 10
Marco apropriou-se de sua licença em vez de devolvê-la a ela, virou-se para seu carro e, com os movimentos lentos, deslizou atrás do volante e voltou para o fluxo de tráfego. Ele observou o espelho retrovisor cuidadosamente por qualquer sinal de que ela pudesse fugir, mas ela parecia estar seguindo-o como prometido. **** Natalie deu um suspiro de alívio temporário e seguiu de queixo caído, o incrivelmente homem bonito de terno até o estacionamento do Holiday Inn Express, que estava do outro lado da rodovia onde eles haviam colidido. Ela respirou profundamente para acalmar seus nervos. Pelo menos havia uma chance de que ela não recebesse uma citação. Pelo menos, era o que ela esperava. A menos que ele mudasse de idéia. Ela parou ao lado l ado dele e tentou alisar as rugas de sua camisa enquanto saía do carro. Ele já estava de pé entre os carros, falando em seu telefone. Ela tentou ouvir a conversa discretamente. Parecia que ele não estava no telefone com a polícia, graças a Deus, mas estava falando com alguém sobre o cancelamento de seu compromisso da tarde. Droga. Ela o fez perder alguma coisa que provavelmente era importante. Outro ponto contra ela. Será que dava para piorar? Muito mal. - F.M.V - Ela murmurou sob sua respiração enquanto ele estava terminando sua chamada. Ele se virou para encará-la com o que parecia ser uma carranca fria e dura como granito. - Desculpe? - Nada. - Ela corou. 11
- Responda-me. O que você acabou de dizer? - Seus olhos se estreitaram sobre ela. - F.M.V. - Ela repetiu em voz baixa. Ao seu olhar em branco, ela continuou em uma voz mais forte. - Você sabe, “Foda minha vida”? - Deus, agora ele ia pensar que ela era louca e rude. Apenas uma ridícula e estúpida mulher que não sabia como dirigir e que tinha o vocabulário de um marinheiro. Longo caminho a percorrer, Natalie. Ele franziu a testa enquanto seus olhos a percorriam. - Eu não conhecia essa. - Você sabe... Superbad* É hoje - O Filme? Ele continuou a olhar para ela com uma expressão em branco e ela tentou deixar aquilo pra lá ao perceber que um homem de seu calibre provavelmente não teria o hábito de assistir comédias que envolviam adolescentes. - Não importa. Isso só significa que minha vida é uma droga. Essa você já ouviu falar? - Ela perguntou com uma pequena dica de sarcasmo que não pode conter. Olhando-o, com toda a sua estatura e masculinidade e gostosura, ela imaginou que ele nunca havia tido um dia ruim em sua vida. A menos que ele estivesse tendo um hoje, por causa dela. - Se você estivesse prestando mais atenção, você não teria me batido por trás. – Ele falou severamente.
Ele deu um passo em direção a ela e, de repente, Natalie foi surpreendida por quão alto ele era. E quão sexy!
*http://www.imdb.com/title/tt0829482/ 12
Por que ela não havia percebido como ele era sexy? Homens em ternos realmente nunca tinham causado isso a ela antes, ela não era da cidade grande e nunca tinha sido atraída por eles. Ela era uma garota mais do tipo jeans e botas. Mas enquanto ele ficava há dois passos na frente ela, com as palavras 'batida na traseira' torcendo em seus ouvidos, ela sentiu um tremor chocante de calor sexual descer por sua espinha e se misturou com o temor que a situação estava induzindo. Ela tomou uma profunda respiração e estoicamente tentou esconder isso. Ela engoliu em seco e olhou como se estivesse em câmera lenta enquanto ele estendia a mão em sua direção. di reção. - Marco Donati. - Sua voz era dura, controlada, de um homem homem de negócios. Muito lentamente, ela colocou a mão na dele. - Natalie Lambert. - Eu gostaria de dizer que é um prazer, mas... - Suas palavras sumiram, sugerindo que ele estava experimentando tudo menos prazer, mas a mão que segurava a dela estava contando uma história um pouco diferente. Seus dedos em volta dos dela em um duro aperto, segurando sua mão tempo demais para seu conforto. Natalie tirou sua mão da dele tão rapidamente quanto conseguiu. Seu toque foi quente, escaldante e ela sentiu necessidade repentina de afastar-se dele. Ela se virou e deu poucos passos em direção à porta do passageiro de seu carro e a abriu, prendendo a respiração inconscientemente, enquanto começava a procurar pelas informações do seguro de Justin no porta-luvas. Ela saiu com um saco plástico transparente que continha o que ela estava procurando. E então seus olhos caíram sobre a data de validade, dois meses haviam passado. Um medo muito real e um pressentimento obscuro de ser possuída de corpo e alma pelo homem a sua frente infiltrou-se em todo o seu ser .
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Congelada no lugar, ela se sentiu presa ao chão, mas sabia que precisava enfrentá-lo novamente. Ela saiu do carro, levou a informação do seguro e entregou a ele. - Eu preciso ligar para o meu primo, mas o meu telefone está sem créditos. Anunciou ela tão calmamente quanto podia. Marco tentou tirar da memória a imagem de sua bunda perfeita curvada no carro e concentrar-se no que ela estava dizendo. - Sem crédito? - Em sua experiência, todos tinham um telefone celular, dos seus primos gêmeos de seis anos de idade às pessoas que limpavam li mpavam seu escritório. - Eu não tenho nenhum minuto restante. Você sabe, é um pré-pago. A situação da garota foi ficando pior. Marco fez uma careta, tirou seu telefone do bolso e entregou a ela. - Certamen Certamente. te. Natalie pegou seu celular com os dedos tremendo. t remendo. O telefone estava quente do calor de seu corpo e ela não pode reprimir um pequeno tremor enquanto digitava o número de seu primo que ela tinha de cabeça. Ela se afastou um pouco e colocou o telefone no ouvido enquanto ela se abraçava com o seu outro braço em torno de seu próprio torso, em uma postura defensiva que ela não conseguia esconder. esconder. Justin respondeu, sem fôlego, no terceiro toque. - Sim? - Justin, sou eu, Natalie. - Ela estava consciente que sua voz estava tremendo e que Marco Donati estava somente a um passo dela, observando-a parecendo mal conter sua fúria crescente. - O que foi? Preciso estar no helicóptero em vinte segundos. - Seu primo trabalhava numa plataforma petrolífera e Natalie sabia que ele estaria fora por vários meses dessa vez. 14
Ela se apressou a dizer o que precisava. - Eu tive um acidente. Eu estou bem, mas a culpa foi minha e o cartão cart ão de seguro está vencido. vencido. - Porra! - Seu palavrão foi tão alto que ela teve que tirar o telefone para longe de sua orelha. Natalie começou a falar com pressa de novo. - Eu sinto muito. Você disse que estava tudo bem em dirigi-lo. Tem seguro, certo? Você só se esqueceu de colocar o novo cartão no porta-luvas, não é? Ela perguntou esperançosa. O carro tinha quatorze anos de idade e ela sabia que ele o mantinha apenas para emergências. Ele dirigia uma caminhonete nova e havia dito que o carro era confiável o bastante para que ela dirigisse pela cidade enquanto procurava um emprego. - Nat, eu sinto muito. Eu verifiquei o óleo e a pressão do pneu. Eu queria ter certeza de que o seguro não havia vencido, mas eu esqueci. Foda! Ela fechou os olhos, as juntas que agarravam o telefone ficaram brancas. - O que eu posso fazer? - Ela perguntou com um tremor de incerteza. - O melhor que você puder, Natalie. Quem você acertou? Que tipo de carro? - Eu não sei. Ele parece novo, realmente bonito. - Seus olhos foram para o carro preto e em seguida para o homem em pé entre o carro e ela. - Seu nome é Marco D-Donati. - Donati? Como o banco, Donati? - Seu primo perguntou. - Eu não tenho idéia.
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- Olha, eu tenho que ir. Odeio como o inferno abandoná-la assim. Diga a ele que é o meu carro e eu vou fazer o certo. Diga a ele que você fará o certo, também. Não faça os problemas piorarem discutindo ou tentando negar que é sua culpa. Desde que você saiba que de fato que a culpa é sua. - Eu o atingi por trás.- Ela disse em um tom de voz resignado. - Certo. Reboque-o para minha garagem. Não dirija mais até que eu consiga consertar isso e obter o seguro. - Ok, obrigada. Vá com cuidado. - Sim, você também. Natalie terminou a chamada e se moveu lentamente em direção a Marco Donati, entregando o telefone de volta para ele mas sem encontrar seus olhos, enquanto um intenso sentimento de solidão batia nela. Ela sabia que Justin tinha que sair, ele tinha que ganhar a vida. Mas agora restava apenas Natalie e a namorada de Justin, que a odiava porque tinha ciúmes dela, mesmo que Natalie e Justin fossem primos. A situação na casa de Justin iria de mal a pior agora que ele estava saindo fora. Ela perdeu sua mãe e não gostava de Houston até agora. Marco Donati pegou o telefone e o colocou em seu bolso. - Não tem seguro? – Ele perguntou com uma voz fria. Ela balançou a cabeça e tentou prender seus olhos, lutando contra a culpa e mortificação que deslizavam por sua espinha. - Eu sinto muito. Vou pagar você de alguma forma. Cruzando os braços sobre o peito, seus lábios se curvaram em um sorriso e seus olhos se tornaram frios e vazios. - Não, você não vai. Vamos pelo menos ser honestos um com o outro sobre isso. 16
- Eu vou. Eu realmente vou. - Você tem alguma idéia de quanto custa este carro e quanto dano você fez a ele? Os olhos dela deslizaram para longe dos dele e com a sensação de uma pedra sendo jogada em seu esterno, Natalie deu uma olhada melhor em seu veículo. Ela não tinha nenhuma idéia sobre um carro daqueles, mas de repente sua situação ruim estava ficando muito, muito pior. Ela olhou para ele e lambeu os lábios. - Hum, mais do que um Corvette? - Ela sussurrou. - Hum, sim. - Ele El e retrucou sarcasticamente, sarcasticamente, irritação irri tação colorindo sua voz. Natalie fechou os olhos por um instante e depois os abriu novamente. Ela estava começando a ter dor de cabeça pelo estresse. Deslizando seus óculos de sol para o topo de sua cabeça, ela tomou um par de segundos para massagear as têmporas. Sabendo que não poderia evitá-lo por mais tempo, ela ergueu os olhos para ele. - Podemos dar um jeito?
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Capítulo Dois
Marco observou, como se estivesse em câmera lenta, os dedos dela trêmulos enquanto levantava os óculos de sol para o topo de sua cabeça. Ele congelou e esperou que ela levantasse seu rosto para ele, a impaciência súbita agarrando-o e segurando-o em suas garras. Quando ele finalmente viu seus olhos, suas entranhas se apertaram em resposta automática. aut omática. Uma onda de desejo o golpeou com força. E se ele acreditasse em um lugar chamado inferno, então não havia absolutamente nenhuma dúvida em sua mente de que era onde ele ia acabar. Suas entranhas responderam à inocente pergunta dela e isso combinado com a aniquiladora beleza de seus olhos, era muito ruim! Quando ele deu uma olhada nela, parada em pé na frente dele e incrivelmente minúscula em sua calça jeans desgastada e tênis, a beleza de seu rosto surgiu em súbito destaque, duas coisas o atingiram simultaneamente. Ele não conseguia se lembrar de alguma vez já ter desejado uma mulher tão selvagem e inadequadamente, tão forte e tão rápido, e de repente ocorreu-lhe que a foto em sua carteira de motorista não continha a verdade. - Você não tem 1,62m. Ela piscou para ele. - Sim, eu tenho. - Mentira. Ela era menor do que isso e seu corpo começou a gritar com ele ainda mais alto, implorando a seu cérebro para que ele fosse para mais perto dela. Era como se fossem duas partes de si, diametralmente opostas e em confronto. Suas entranhas e seu pênis a queriam, queriam-na muito, mas seu cérebro estava lutando contra. E ele não tinha certeza de qual parte estava no controle.
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Ela se mostrou indignada arqueando as costas e levantando os ombros em determinação. - Minha carteira de motorista diz que tenho 1,62m. Então, eu tenho 1,62m! Marco soltou uma risada pela audácia dela, enquanto preparava suas entranhas contra o desejo quase incontrolável de alcançá-la e tocar a ondulação de seus pequenos seios. - Então você mentiu para o Departamento Segurança Pública. E agora eu tenho que acreditar em você quando diz que vai fazer o correto? - Ele questionou um pouco ameaçador. - Eu vou fazer o certo, eu juro! Calor atingiu as entranhas dele quando ela repetiu suas palavras e, sem saber, transformou-as acidentalmente em uma insinuação. Ele não conseguiu parar a si mesmo, ele tinha que testá-la. - Você sabe mesmo mesmo como fazer certo? Os olhos dela se arregalaram e sua boca abriu, em seguida fechou, em seguida abriu novamente. - Pagar... pagar você de volta. - Ela gaguejou. Marco lutou contra sua excitação quando a estudou. Ela tinha entendido sua insinuação e optou por ignorá-lo. Isso I sso dizia algumas coisas sobre ela. Dizia que ela não estava procurando uma forma de escapar do débito em suas costas, por assim dizer e isso significava que, se ela reagiu como tendo vinte e quatro anos de idade, provavelmente ela não era muito experiente. Ele não sabia se estava satisfeito ou desapontado. Havia uma mulher com quem ele dormia ocasionalmente, Tanya, e ela gostava de pensar em si mesma como sendo sua namorada, embora ele não a visse como tal nem de perto. Ela estava torrando seus nervos ultimamente, cada vez mais exigente. E ele sabia que ela estava prestes a ter sua data de validade vencida. Na verdade, já tinha vencido. Ele não achava que se livrar dela seria fácil, ela provavelmente iria gritar. Mas ela não vivia com ele, nenhuma mulher jamais o 19
fez, e quando ele estivesse pronto, não levaria muito tempo para expulsá-la completamente completamen te de sua vida. Ele não imaginou por um minuto sequer que esta menina teria o que seria necessário para prender sua atenção por muito tempo, nenhuma mulher já teve e ele não achava que ela seria uma exceção. Ele tinha uma puta certeza de que ela não se encaixaria em seu mundo, o seu casual e depravado mundo, e de repente ele sabia que não era cruel o suficiente para expô-la a ele, na verdade, ele estava sentindo uma raiva agitando seu intestino com o pensamento de sua óbvia inocência ser tirada. Mas havia algo muito atraente sobre ela, algo que estava eletrificando seu interior, algo que não permitiria que ele a deixasse no carro e fosse embora. Ele poderia certamente se dar ao luxo disso. Ele não precisava do dinheiro dela ou do seu seguro para consertar o carro. Ter seu carro reparado seria no máximo um incômodo. Mas ele não queria deixá-la só, esperando o guincho. Poderiam chamá-lo de equivocado ou até mesmo um pouco mau, mas havia alguma coisa nela, e na furiosa ereção induzida por ela, que o estava fazendo agir fora do normal e embora ele reconhecesse isso, não tentou lutar contra. Ele queria resolver as coisas com ela e precisava saber sua situação. - Você vive em Vidor? - Ele disse o nome da cidade que havia visto em sua carteir a de motorista. - Não mais. Minha mãe e seu namorado vivem lá ainda, mas eu estou usando o sofá do meu primo enquanto tento conseguir um emprego aqui. - Aqui, claro, significava Houston e agora ele sabia que ela não tinha seguro, nem renda e, provavelmente, nem dinheiro de qualquer espécie para reparar o dano que tinha causado. - Então, como exatamente você propõe resolver isso? - Ele perguntou referindo-se a sua oferta anterior. - Posso fazer pagamentos a você assim que eu conseguir um emprego. - Ela ofereceu rapidamente. 20
Marco respirou profundamente e olhou para o céu em desgosto. Ela deve ter interpretado que seu aborrecimento significaria um telefonema iminente para a polícia, pois ela começou a falar outra vez em uma corrida, tentando apaziguálo. - Enquanto isso, eu posso limpar a sua casa, passar a sua roupa. Eu poderia até mesmo cozinhar refeições e congelá-las para você... você sabe, em vez de dinheiro? Sua voz era suave e frenética e um calor sexual o preencheu. A visão dela em sua casa, limpando para ele e tentando mantê-lo feliz bateu-lhe duro entre os olhos e na virilha. Ah, sim! Ele era um bastardo doente! - Ajuda doméstica como restituição? - Sim. - Seus olhos cruzaram os dele por dois segundos e, em seguida, foi para o chão. Ele continuou a olhá-la, enquanto debatida sobre a idéia. A sugestão certamente iria mantê-la em seu radar. Ele tentou com os diabos ignorar o palpitante calor incendiário em suas calças que exigia que ele concordasse de uma vez, mas isso não estava funcionando. Ele tinha um serviço de limpeza que vinha uma vez por semana e estava programado para o dia seguinte. Depois de seis dias, desde a última visita, sua casa estava uma bagunça, como de costume. Ele rapidamente decidiu cancelar o serviço e falou para ela antes que mudasse de ideia. - Você vai ter que começar hoje se está falando fal ando sério sobre isso e não quer policiais envolvidos. Vai para o inferno, Donati. Ele pensou
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- Você terá que provar isso começando hoje. Tenho planos para o fim de semana e minha casa precisa brilhar. Você entendeu? - Sim. Ok, mas.... - Você realmente não está em condições de começar com os “mas”, Natalie. Ela lambeu os lábios. - Eu sei, é só que... - Só o que? - Ele perguntou duramente. duramente. Ele observou como ela respirou fundo e segurou por um segundo antes de soltar com um breve tremor. Ela olhou diretamente para ele com olhos azuis inabaláveis. - É só que eu não conheço você. Quero compensar você, ir com você. Farei um bom trabalho, prometo, mas eu não conheço você e eu... - Ela hesitou. - Preciso ter cuidado. - Ela tomou outro fôlego e soltou o ar com um suspiro enquanto baixava seus olhos dos dele. Marco estudou-a abaixar a cabeça momentaneamente. - Você está com medo de mim? - Ele não tinha pensado nisso por esse ângulo, mas agora não podia culpá-la. Ela seria estúpida em sair com alguém que não conhecia e ser sequestrada por ele no isolamento de sua casa. - Sim. É exatamente isso... Ele interrompeu o que ela ia dizer. - Sim, eu sei. Boa menina. - Ele lhe entregou seu telefone mais uma vez. – Vamos acabar com isso. Disque quatro e chame por Joy. Ela é minha referência pessoal. 22
**** Natalie pressionou o dígito e colocou o telefone em sua orelha, afastando-se um pouco dele. Ela foi atendida no primeiro toque. - Donati Banco e Investimentos. Como posso ajudar? - Uma voz feminina fe minina suave e profissional perguntou. Natalie se sentiu confusa ao ouvir esse nome de novo tão cedo. Então o que seu primo disse estava correto. Ela deu uma olhada em Marco Donati e então rapidamente olhou pra longe de novo. - Joy, por favor. - Só um momento e vou transferi-la para o escritório do CEO. CEO. Merda. - Obrigada. Natalie ouviu uma música suave por cerca de cinco segundos. - Escritório de Marco Donati. Mais uma vez os olhos de Natalie voaram para os dele e notou que ele estava olhando para ela com muita atenção. Seus olhos castanhos escuros estavam percorrendo o corpo dela. Ele estava em pé indolentemente, como se tivesse todo o tempo do mundo. Esse cara era alguém, obviamente. Merda. Ele é uma merda de um CEO. Mas isso não significa necessariamente que ele seja confiável, não é? - Posso falar com Joy, por favor? - É ela. - Oh. Oi, meu nome é... - Merda, ele a deixou tão perturbada. Qual era mesmo o nome dela? - Natalie Lambert e estou pensando em tomar o Sr. Donati... 23
Sua mente procurou freneticamente pelo que dizer. - ... como cliente. Ele está precisando de um serviço de limpeza e forneceu seu nome como uma referência. - Natalie olhou para Marco novamente e o pequeno sorriso enigmático que apareceu em sua boca, juntamente com a sobrancelha que levantou diabolicamente fez seu coração bater mais rápido. Ela terminou rapidamente sua pergunta. - Você acredita que sua casa seria um ambiente de trabalho seguro? Ele não é como um criminoso ou algo assim, assim, não é? - Marco? Um criminoso? Nãoooooo! Ele é o CEO do banco, o chefe perfeito e um perfeito cavalheiro em todos os sentidos e ele pode ser confiável com qualquer coisa, incluindo até mesmo segredos de estado. Então, sim, eu respondo por ele. Existe mais alguma coisa que eu possa fazer por você? - Não, muito obrigada. - Natalie terminou a chamada e passou o telefone de volta ao Marco. - Você passou. - Bom saber. - Ele brincou. Em vez de embolsar o telefone de novo, ele discou outro número e providenciou um táxi e dois reboques. Natalie tentou interrompê-lo e dar-lhe o endereço de Justin, mas foi impossível. Ele continuou com sua conversa e só quando embolsou o telefone novamente ele se virou para ela. - O que? - Justin me disse para rebocar o carro para sua garagem. Ele estará no mar a trabalho por um tempo. Ela não pôde interpretar o olhar que ele estava dando a ela. - Vamos dar um jeito nisso mais tarde. tar de. Agora temos que levar você direto pra casa. Você teve um choque. Ela teve um choque? Sério? Isso era colocar o mínimo. Ela limpou a garganta.
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- É uma loucura l oucura rebocar duas vezes. Para onde estão l evando ele? - Por enquanto para a concessionária para um orçamento. orçamento. - Os orçamentos são de graça? - Ela perguntou, esperançosa. - Sim. - Tudo bem, porque eu realmente não posso pagar um bando de reboque e reparações e... - Vamos adicionar isso ao que você me deve. - Sua voz soava áspera e determinada, além de completamente séria. Seus olhos se arregalaram. - Não, eu já devo muito a você. As palavras de Natalie vacilaram e depois pararam inteiramente. Sua respiração engatou quando ele se virou para ela e muito suavemente ergueu seu queixo com dois dedos, roçando os dedos até sua bochecha e empurrando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, depois a soltou rapidamente de seu toque. - Estou brincando, querida. Considere um presente. O calor do breve toque deslizou por sua coluna em inebriantes ondulações. Seu coração bateu violentamente no peito e Natalie concentrou-se em respirar uniformemente. Um táxi já estava entrando no estacionamento e ela viu os caminhões de reboque entrarem em conjunto também. Cinco minutos mais tarde, ela se sentou na parte de trás da cabine ao lado dele, segurando sua bolsa junto ao peito e tentando entender a reação que estava tendo a ele. Evidentemente, o curso de seu dia tinha acabado de dar uma enorme reviravolta.
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**** Sua casa era um apartamento de cobertura localizado no centro. O edifício era enorme, de vidro e aço. Natalie andou ao lado dele em um elevador particular que fez apenas uma parada. A cobertura. As portas se abriram em um sussurro quase silencioso e Natalie se viu caminhando diretamente para uma enorme área de estar. Uma parede de janelas estava voltada para o oeste e o sol já estava transformando o céu em em um caleidoscópio de cores brilhantes. O interior era muito moderno, com paredes brancas, esculturas de metal e linhas impossivelmente afiadas. Era minimalista, o mobiliário possuía linhas retas e as cores de destaque na sala eram negro e branco. Ela gritava riqueza e fartura, mas, pelo que ela podia ver, faltava um certo calor ou conforto. Ela odiou imediatamente. Ela tentou esconder seus pensamentos e ficou em silêncio à espera de instruções. Ele atravessou a sala e começou a esvaziar seus bolsos no tampo de vidro da mesa que ficava atrás de um sofá. Quando ele terminou, olhou para cima e seus olhos pousaram sobre ela, como se surpreso ao vê-la em sua casa. - Mãos à obra. - Onde? Onde você quer que eu comece? - Ela perguntou olhando em volta. - Pela cozinha seria melhor. É por ali. - Ele ergueu a mão e apontou por trás de si, enquanto pegava uma pequena pilha de correspondência e separava. - E depois? O resto? Aspirar a casa? Trocar lençóis... essas coisas?
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- Sim. E minha lavanderia. Ternos e camisas são lavados a seco, então não será muito. Basta olhar ao redor e pensar por si mesma. Eu tenho certeza de que você pode descobrir o que fazer. Eu não sei como isso era feito. - Isso só acontece magicamente magicamente para você? - Ela perguntou sem emoção. Sua boca estava achatada quando olhou para ela que tentou respirar normalmente sob seu escrutínio. - Sim. Quase isso. Ela se remexeu por um momento, preocupação fazendo um vinco bem entre suas sobrancelhas. - O que a está preocupando? - Perguntou ele. - Estou tirando o trabalho de alguém? Alguém que precisa deste trabalho mais do que eu? Ela sentiu um estiramento em seu corpo quando o olhar dele se tornou mais pensativo e parecia estudar suas características, uma de cada vez. - Não, o serviço que estava usando é de uma grande corporação. Ninguém vai passar fome, se é com isso i sso que está preocupada. - Ok. - Ela tentou sorrir para ele, mas ficou com receio que ele interpretasse mal. - Só você vive aqui? Ou outros vivem aqui também? - Ela não estava perguntando se ele era casado. Ela absolutamente não estava perguntando isso! Ele levantou uma sobrancelha. - Eu não sou casado, Natalie. - Ele disse as palavras sem inflexão enquanto a estudava atentamente, com os olhos vagando sobre ela, da cabeça aos pés e depois novamente. Ela abaixou seus olhos diante da intensidade i ntensidade dos dele. - Vou começar então. 27
- Faça isso. Vou tomar banho em um dos quartos de hóspedes, por isso não estarei em seu caminho enquanto limpar a suíte máster. Vou para um evento hoje à noite, então em breve estarei fora de seu caminho. - Ok. Ele se virou para sair do quarto e ela o deteve. - Sr. Donati... - É Marco. Chame-me Marco. Do que você precisa? - Eu estava me perguntando se... se eu poderia comer uma coisa rápida antes de eu começar? Ele franziu a testa, dando-lhe um olhar preocupado. - Você está com fome? - Sim, eu não comi nada desde a noite passada. Estava muito nervosa esta manhã, acho que por estar ansiosa para encontrar um emprego. Ele a olhou por um momento mais, o distância da sala entre eles. - Você pode se servir de absolutamente tudo que você quiser, Natalie. O olhar que ele deu a ela foi tão intenso que Natalie perdeu sua coragem e baixou os olhos dos dele. - Obrigada. - Ela murmurou. murmurou.
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Capítulo Três
Cinco horas mais tarde, a casa estava arrumada novamente. Natalie estava cansada e um pouco dolorida. A cozinha tinha estado uma bagunça. Estava como se não tivesse sido limpa por uma semana com os pratos se acumulando. Apesar de não parecer ser uma cozinha muito usada, havia xícaras de café sujas, latas de cerveja, tudo espalhado. Ela limpou a geladeira também. Ela facilmente localizou o quarto principal e trocou e lavou seus lençóis. Fazer sua lavanderia havia lhe dado uma pausa. Ela pegou suas cuecas, bem como algumas roupas casuais. Ela nunca havia lavado cuecas de um homem antes. E ela estava um pouco chocada por descobrir que não era uma tarefa totalmente desagradável. Tudo o mais foi basicamente limpo. Os pisos, espelhos e seu banheiro. O banheiro não tinha sido tão ruim quanto ela esperava, exceto pelas toalhas sujas e pilhas de roupas. r oupas. Lá pelas nove horas, Natalie estava destruída. Ela tinha acordado cedo naquela manhã e passado o dia correndo em torno da cidade à procura de emprego, até a batida. E agora ela percebeu que não tinha como ir embora. Ela certamente não poderia pagar um táxi de volta para casa de seu primo e ela não sabia se Marco esperava que ela estivesse ali amanhã de qualquer maneira. Ela absolutamente não podia fazer nada que aumentasse a ira dele. Não havia como ela pudesse arcar com uma ação judicial ou mesmo perder sua carteira de motorista. Ela quase se jogou no branco sofá, mas percebeu que suas roupas estavam um pouco sujas e escolheu a espreguiçadeira que era estofada em preto. Ela pensaria sobre o problema, enquanto descansava. 29
Talvez Marco a levasse de volta para a casa de seu primo quando ele chegasse em casa. **** Todas as luzes ainda estavam acesas quando Marco entrou em sua cobertura. Deus, ele estava feliz por estar em casa. Tanya quase o tinha tirado do sério durante a noite e mesmo o pensamento de seu corpo nu não conseguiu colocar sua libido em execução. Na verdade, isso fez exatamente o oposto. Ela tentou de sua maldita melhor maneira para fazê-lo entrar em seu apartamento quando a deixou, mas não havia como eles e permitir ser encurralado. Ela flertou e exibiu sua bunda para cada homem no evento de caridade desta noite e ele sabia que tinha feito isso tentando obter sua atenção. Por que ele não tinha notado o outro lado de sua personalidade antes de hoje à noite? E com a mesma rapidez percebeu que ele tinha notado, ele sabia exatamente o tipo de pessoa que ela era. Ele nunca tinha se i mportado. Ela era uma conveniente saída sexual para ele e isso era tudo. E ultimamente, nem isso ela não. Tudo na cobertura estava cheiroso e impecável e mesmo com as l uzes acesas, estava tudo muito tranquilo. Ele caminhou até a cozinha e encontrou tudo em perfeita ordem. Olhou ao redor por um momento, um novo e suave perfume pairando no ar chamou sua atenção e golpeou a boca de seu estômago. Havia um bilhete em frente à máquina de café e ele o pegou. O temporizador está ligado. O café estará pronto de manhã.
Ele tocou o pedaço de papel por um momento, olhando a clara caligrafia feminina antes de colocar de volta ao lugar.
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Ele saiu da cozinha e foi até seu quarto. Também em seu quarto, estava tudo imaculado. Mas onde diabos ela estava? Ela tinha apenas ido i do embora? Ele voltou para a sala apenas para encontrar a bolsa dela no chão ao lado da mesa de café. Respirou fundo, a inexplicável agitação que ele estava sentindo um tanto atenuada pela visão. Ele estreitou os olhos e deixou o olhar vagar para o outro lado da sala, procurando por qualquer outro sinal da atividade dela. Seus olhos passaram rapidamente pela espreguiçadeira e depois voltaram novamente com a mesma rapidez. Ahh, lá estava ela. Ele quase a perdeu num primeiro momento, seu pequeno corpo vestido com uma camisa preta e jeans escuros misturados com o tecido também escuro do mobiliário. Ela estava enrolada em posição fetal e sua mão descansava junto ao seu rosto como em uma u ma oração. Ela estava dormindo. Ele a rondou em silêncio e olhou para ela, cerrando seus punhos para manterse sem tocá-la. Os cílios dela eram grandes e escuros contra a palidez de sua pele. Ela estava muito pálida. E lá estavam escuras sombras sob seus olhos, como se ela estivesse exausta. Ele a fez trabalhar muito duro? Ele sabia que o serviço de limpeza era pesado, uma vez que duas outras mulheres foram enviadas para fazer o trabalho e, pela aparência das coisas, elas não realizaram o mesmo trabalho que esta jovem mulher tinha feito. Embora eles não tivessem discutido isso, ele obviamente sabia que ela estava sem veículo e esperava ainda encontrá-la aqui esta noite. Ele se agachou e levantou a mão para tocar seu rosto. Suas entranhas endureceram e ele se impôs estrito controle quando se permitiu tocá-la com apenas um dedo. 31
- Natalie. - Ele disse seu nome suavemente, talvez muito baixo porque ele não recebeu nenhuma reação. Ele correu o dedo pela suavidade de sua maçã do rosto e tentou novamente. - Natalie. - Hmm. A libido que tinha ficado quieta durante toda a noite, não importasse o quão duro Tanya tentava provocá-lo, de repente veio gritando para a vida quando Natalie soltou esse sopro único de ar, levantou o braço sobre a cabeça e virouse de costas para procurar uma posição posi ção mais confortável. Seus olhos desceram para os pequenos montes de seus seios, acentuados pela posição de seu braço. Ela era pequena e quase frágil, exatam exatamente ente o que o deixava mais atraído, e ela estava dormindo em sua casa. As conotações eram demais para lutar contra e sua ereção se tornou dolorosa muito rapidamente. Seus músculos do estômago se fecharam enquanto tentava ganhar controle. Decidiu não acordá-la, mas sabendo que ela ficaria mais confortável em uma cama, ele se inclinou e levantou-a em seus braços. Ele a carregou para um dos quartos e, sem pensar porque, escolheu o quarto mais próximo ao dele. Com tanto cuidado quanto conseguiu, ele a colocou na cama. Forçando-se a olhar para outro lado, ele foi buscar sua bolsa e colocou-a na mesa de cabeceira ao lado dela. Ele apagou a luz e estava prestes a fechar a porta, mas depois pensou melhor e imaginou se ela acordasse no meio da noite, não se lembrando de onde estava, então acendeu a luz no banheiro e deixou a porta entreaberta apenas o suficiente para dar-lhe alguma iluminação. Então se virou e saiu, recusando-se a pensar sobre a satisfação correndo em sua corrente sanguínea. ****
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Natalie dormiu a noite inteira, mas acordou com a necessidade urgente de fazer xixi. Ela se sentou na cama e deu uma olhada ao redor. O dia anterior veio à tona para ela de uma vez. Não perdendo tempo para pensar sobre quem a tinha levado para o quarto, porque iria ferrar com sua mente além da razão e sabendo a resposta de qualquer maneira, ela saiu da cama e foi para o banheiro. Quando se olhou no espelho, ela percebeu que não tinha nada. Sem escova de dente, pasta de dente, xampu, condicionador. Ela nem sequer tinha um conjunto de roupas limpas para se trocar. Tudo o que tinha era o conteúdo de sua bolsa. Felizmente, ela carregava o básico de maquiagem. Fazendo uma careta de desgosto, saiu do quarto com a intenção de encontrar Marco. A cobertura estava vazia. O relógio digital marcava 10h30minh e ela verificou duas vezes para ter certeza de que tinha visto corretamente. Ela dormiu 13 horas e meia. Ela não tinha feito isso em anos. Ou melhor, ela não teve a oportunidade em anos. Dava um trabalho duro, tanto para ela quanto sua mãe, ganhar a vida. E a verdade era que o sofá de Justin era velho e irregular e ela não teve privacidade nos últimos três dias. Conseguiu dormir muito pouco, a namorada dele entrava e saía quando queria e servia-se das coisas de Natalie e Justin quando eles não estavam olhando. Natalie não sabia, não tinha idéia do por que aquela mulher estava fazendo isso. Natalie começou mantendo sua mala no carro que ele tinha emprestado a ela. Uma mala de viagem que ela havia deixado no carro porque não sabia se podia ou não trazê-la com ela. Marco não estava por perto, mas ela encontrou uma nota no mesmo lugar que havia deixado uma para ele na noite anterior, ao lado da máquina de café. Use tudo o que você precisar. Falaremos esta noite.
Isso não soa terrivelmente ameaçador? 33
Ela imediatamente saiu em busca de um banheiro e um chuveiro. **** Mais tarde naquela noite, Marco entrou na cobertura, sentiu logo um cheiro delicioso vindo da cozinha. Ele não costumava comer no início da noite, mas o cheiro imediatamente começou a fazer seu apetite aumentar. Caminhou para a cozinha e encontrou Natalie que desviou da pia para olhá-lo. Ele sentiu seu batimento cardíaco aumentar e quando percebeu que ela parecia ainda mais bonita do que ontem, concentrou-se nela até que a razão o atingiu. Ela parecia fresca e descansada, seu rosto estava maquiado e não havia medo óbvio à vista. A diferença era sutil, mas ao mesmo tempo fez uma mudança dramática. Ela tinha as maçãs do rosto r osto salientes, longos cílios e lábios carnudos. Os cosméticos que usava reforçavam suas características e ele logo percebeu que ela era mais do que realmente bonita, ela era dolorosamente bela. Ele já havia descoberto que ela era malditamente sexy. Seu pênis esteve dizendo isso a ele desde a colisão de ontem. Mas agora, à luz de um dia diferente e sem o estresse e pânico da colisão enfatizando suas feições, ele estava descobrindo uma dimensão adicional no rosto dela. Marco colocou as mãos no batente da porta e inclinou-se sobre ele, tentando controlar a forte e imediata necessidade sexual que sentia cada vez que a via. Mesmo que a tensão nela não estivesse tão pronunciada quanto no dia anterior, ela colocou seu cabelo atrás da orelha com dedos que tremiam até que finalmente parou a inquietação e abaixou as mãos em sua frente. Ela o estava observando, hesitantemente. 34
A tensão que ele estava sentindo agitava através de suas entranhas e deslizava até sua virilha, não permitindo que ele oferecesse a ela um sorriso. Mas ele tentou aliviar a atmosfera com humor para colocá-la à vontade. - Querida, cheguei! - As palavras saíram monótonas e pelo passo que ela deu para trás, ele sabia que seu esforço para acalmá-la havia fracassado. fr acassado. Ela agarrou o balcão com as mãos tão tensas que tinha branco os nós dos dedos e sua boca se curvou para cima em uma tentativa de um sorriso que faltava convicção. - Oi. Ele se afastou no batente da porta e caminhou mais para perto. - Algo cheira bem. Você realmente sabe cozinhar? - Algumas coisas. Nem tudo. - Ela parou ao lado dele e levantou a tampa da panela. Dentro havia uma carne assada e feijão verde que parecia e cheirava notavelmente apetitoso. O que havia em sua aparente habilidade culinária que estava enviando prazer através dele? Ele tinha uma puta certeza de que nunca se importou se Tanya tinha sido capaz de cozinhar ou não. Na verdade, ela o irritava além da conta sempre que tentava preparar uma refeição e esperava que ele se sentasse a sua mesa e a cumprimentasse pelo jantar. Sempre tinha cheirado a um disfarce, um engano que ela esperava que induzisse uma reação nele como a que estava tendo agora, com Natalie em sua cozinha. Enquanto ele olhava para a refeição que ela preparou, a questão de onde ela havia conseguid conseguido o a comida, em primeiro pri meiro lugar, o deixou confuso. - Será que você foi às compras? - Não. O assado estava no congelador e encontrei uma lata de feijão na despensa. Mas isso é tudo o que havia. 35
- Droga. Cheira bem. Deixe-me tomar um banho rápido e vamos comer. - Ele se virou e saiu da cozinha, de repente ansioso para ter uma refeição caseira e saber a razão exata para ter esse sentimento. Depois de Marco sair, Natalie começou a pôr a mesa. **** Ele foi rápido, levando menos de 10 minutos, e voltou descalço, em jeans e camisa. Ela engoliu em seco e serviu a refeição enquanto sorrateiramente observava-o pela primeira vez em uma roupa casual. O impacto da imagem dele não foi menos intenso do que em todos os outros encontros que eles tiveram. Eles comeram em silêncio, quebrado apenas por seus elogiosa comida um par de vezes. Ela estava nervosa e ele continuava a observá-la entre as mordidas. Não era algo com o qual ela estava acostumada e ela estava preocupada com a conversa que teriam, segundo o bilhete que ele mais cedo. E a conversa veio muito cedo. Natalie já havia limpado a cozinha enquanto cozinhava, então, a limpeza que faltava era mínima. Quando ela terminou, seguiu-o até o escritório mediante seu pedido. Ele não se sentou a sua mesa, mas afundou-se em uma das duas poltronas que estavam ao redor de uma pequena mesa e indicou a ela que se sentasse na outra. – Sente-se. Ela o fez e colocou as mãos no colo, esperando tão calmam calmamente ente como podia. - Tenho o orçamento do meu carro. - Marco lhe deu um momento para absorver essa informação. 36
Ela começou a remexer-se novamente, os dedos puxando um pequeno rasgo no joelho dos seus jeans apenas para torná-lo pior. Suas roupas pareciam limpas e livres de rugas e ele se perguntou se ela as havia lavado e o que diabos ela tinha usado enquanto estavam lavando. Ele empurrou o pensamento com muito esforço de sua mente. Desdobrou um pedaço de papel e colocou-o na mesa entre eles. Os olhos dela caíram, mas não o alcançaram imediatamente. Ela olhou para ele lentamente, como se o papel estivesse envenenado ou contaminado. - Olhe para ele, Natalie. Lentamente, ela estendeu a mão e o pegou. Seus olhos o percorreram rapidamente e pousaram na figura em negrito na parte inferior da página. Seu rosto perdeu toda a cor e ela lambeu os lábios. - Eu não entendo. Isto é mais de 20.000 dólares. Isso é tanto quanto um carro novo custaria. - Não um Audi, querida. E o meu carro em particular custa cinco vezes mais. Marco tentou manter sua voz suave, algo com qual nunca tinha se importado, e por agora não tentaria analisar o porquê. Ela levantou a mão até a testa e empurrou contra ela enquanto ela expelia uma respiração aflita. - Isso é mais... mais do que eu poderia pagar. - Seus olhos estavam cheios de lágrimas prestes a cair. - Na verdade, eu estava esperando uns 1.500 dólares mais ou menos. - Posso conseguir outro orçamento, mas os números serão bem próximos disso, não acho que é necessário. - Não sei o que dizer. Vou levar uma vida inteira para pagar esse dinheiro.
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Sua agitação era palpável com seus dedos empurrando e puxando o buraco no seu jeans, aumentando sua abertura. Seus olhos caíram para a pele de sua perna onde seus dedos continuaram a rasgar o material e, no seu silêncio, ela perguntou: - Você vai me processar? Marco tirou os olhos da pálida pele da coxa dela e com esforço levou-os a seu rosto.- Eu não quero processá-la. Promover uma ação judicial contra ela não seria bom para seus planos futuros. Ele ainda não sabia exatamente o que queria dela, exceto o óbvio, e isso era uma admissão que estava induzindo um rio de culpa a correr em suas veias, combinado com a desconfortável excitação batendo em seu sangue. Excitação e culpa, duas emoções que não se misturam bem. Ela olhou do buraco em seu jeans para o pedaço de papel a sua frente, mas não nos olhos dele. Ele sentiu a perda de ligação e isso o consternou. - Não quero que você me processe. - Sua voz era suave, mas ele podia ouvir a rouquidão em sua garganta. Ele se inclinou mais para trás em sua cadeira, atravessou o tornozelo sobre o joelho e apoiou seu rosto na mão, mão, enquanto continuava a estudá-la. O pulso de Natalie batia com tanta força que ela podia sentir através de seus ouvidos. Sentia-se mais do que deprimida, sentia-se abatida, como se não tivesse poder ou controle sobre sua vida. Ela sentiu uma súbita sensação de estar totalmente a sua mercê. E na verdade ela estava. E em cima disso, ela não podia acreditar quão austero ele era. Mas ele a tinha chamado 'doçura' um par de vezes e cada vez que ele fazia isso um pequeno núcleo de calor deslizava através de seu sistema. Isso não batia com o que ela sabia dele e a confundia mais ainda.
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Seus olhos eram escuros e seu rosto era moreno, cheio de uma emoção que estava escondida dela. Seu cabelo era grosso e de um marrom profundo, quase preto, e era cortado severamente severamente em torno de sua nuca. Pelo seu nome e seus cabelos escuros de boa aparência, ela i maginou que ele fosse italiano, e ela teve que controlar suas emoções e forçar-se a não pensar em todos os mafiosos de filmes que já tinha visto. Ele não parecia como se pretendesse machucá-la. Pelo menos isso era uma coisa boa. - Você está em Houston há menos de uma semana? - Ele questionou. Sua voz, quando falou, foi repentina e isso fez Natalie sair do feitiço no qual estava. - Sim, apenas alguns dias. - Deixou a cidade pequena para experimentar as luzes da cidade grande? Sua voz estava baixa com um aspecto quase provocando. - Não exatamente. - Por que então? Ele juntou as mãos em frente de sua boca e seu tom baixou apenas o suficiente para dizer a Natalie que falava a sério. A brincadeira acabou e agora ele queria respostas. O que ela poderia dizer? Os assuntos particulares de sua família eram privados, bem como um pouco desagradáveis. Ela não queria pensar e nem falar sobre isso, muito menos com um estranho. - Já era tempo, eu acho. Nunca tinha vivido longe de casa, mas agora... - Agora o que? 39
- N-nada. Eu só queria encontrar um trabalho melhor, por isso vim para Houston. - Alguma razão especial a trouxe para cá? O que diabos ele esperava que ela dissesse? Que ela tinha uma fada madrinha em algum lugar, pronta para distribuir dinheiro quando necessário? De que planeta ele era exatamente? - Eu gosto de comer, vestir roupas, ter um teto sobre minha cabeça. - Natalie olhou para algum lugar à direita de seu rosto e tentou com todas as forças não soar sarcástica. - Você tem um monte de dívidas? - Por que está me fazendo essas perguntas? - Estou tentando descobrir sua situação. Ver o que podemos fazer para resolver essa bagunça. Ela tomou uma respiração trêmula com a lembrança. - Não tenho nenhuma dívida. Não tenho nem cartões de crédito. Tenho 468 dólares na minha conta e cerca de 45 dólares na minha bolsa. Essa é a soma da minha situação financeira. - Bom, se você está me dizendo a verdade... Ela interrompeu. - Por que mentiria para você? O olhar que ele deu a ela fez seus batimentos cardíacos virarem uma confusão trêmula. Seus olhos estavam quentes e a voz dele afiada com uma emoção que não podia identificar, mas, no entanto, tornava o ar em torno deles repleto de tensão. 40
- Tente não me interromper, Natalie. Isso tende a fazer-me querer calar sua boca e não tenho certeza se você gostaria do meu método. - A voz dele era gutural e os músculos de seu pescoço, amarrados e atados com aço, eram um perigo discretamente ameaçador. Sua expressão era dura e perfurante e seus olhos percorreram o corpo de Natalie de cima abaixo e se estabeleceram em sua boca. O coração dela disparou e as palmas das mãos ficaram úmidas. úmidas. O pensamento sobre as repercussões de desafiá-lo a deixou desamparada de uma maneira totalmente feminina. - Sim, senhor. - Ela concordou suavemente, sem um traço de sarcasmo. Ele a subjugava completamente, não tanto com seu tom de voz, mas com seus olhos quentes quando percorriam o corpo dela. Seu olhar saiu dele. Sim, então ela não queria ser a destinatária da sua ira ou de qualquer forma de punição que ele tivesse insinuando, sexual ou outra, não importa o pulsar do sangue entre suas coxas. Os olhos dele brilharam, mas continuou na mesma linha de antes. - Se você está me dizendo a verdade e não tem dívida e nenhum financiamento... - Ele a olhou com uma pergunta em seus olhos e ela balançou suavemente sua cabeça. - ... Então não há razão para que não possamos resolver isso entre nós. Ele parecia estar à espera de sua resposta, então ela acenou com a cabeça em concordância, mesmo que ela estivesse se perguntando no que diabos estava se metendo. -Ok. Se não fosse pelo telefonema para a sua assistente e da crença inabalável daquela mulher neste homem que nunca fez mal a ela, Natalie estaria correndo para a saída mais próxima. 41
Ele continuou: - Aqui está a forma como vejo para você me pagar. Você mora aqui. Cuida da minha casa. Não recebe salário, você estará trabalhando para pagar a dívida que tem comigo. - Enquanto falava, ele colocou outra folha de papel entre eles e quando ela olhou para o papel, pode ver que era um tipo de contrato. A assinatura dele já estava na parte inferior do papel, numa linha ao lado de um espaço em branco, onde ela, obviam obviamente, ente, deveria assinar também. - Como uma espécie de trabalhador escravo - Ela resmungou. Ele ignorou seu comentário. - Eu vou cobrir todas as suas despesas básicas. Sua alimentação, vestuário, telefone celular. Ela abriu a boca para discordar, mas a expressão que ele usava efetivamente efetivamente a silenciou. - Vou fazer algumas regras adicionais, conforme formos caminhando. Você irá segui-las, sem perguntas. Haverá momentos em que poderei precisar de algo mais que uma governanta e você estará de acordo com o que eu quiser. Os olhos dela se arregalaram e seu batimento cardíaco tornou-se errático e quase parou completamente. Ele não estava se referindo a nada sexual, estava? Por mais que isso doesse, ela sentiu a necessidade urgente de esclarecer. - Que... que tipo de coisas? - Não poderia saber, já que nada surgiu ainda. - Não... Você não está falando sobre algo... - Ela El a limpou a garganta. - Sexual? Os olhos dele ficaram fi caram sombrios e o olhar que ele deu a ela era insondável. - Você não faria isso, não é? Ah, merda, ah merda, merda. Por que diabos ele não respondeu à pergunta apenas com um rápido “não”? 42
Seu rosto corou em um vermelho ardente. Ela sabia que ele faria, ela podia sentir. - Se eu lhe devo dinheiro e nós fizéssemos fizéssemos sexo... - Ela mordeu o lábio e balançou a cabeça: - Não, eu não gostaria. - Ela sussurrou. Ele esperou um momento prolongado antes de responder, seus olhos procurando os dela como se debatendo algo e chegando a uma decisão. Acalme-se. Não estou falando sobre sexo. Tenho alguém que cuida desse aspecto da minha vida. Não prevejo necessitar de qualquer outra coisa de você além de cuidar da casa. Mas se isso acontecer, estou me referindo a outros tipos de tarefas domésticas. Comprar, organizar, esse tipo de coisas. Você acha que está pronta para isso? i sso? Ela engoliu e lambeu os lábios l ábios secos. - Sim, tudo bem. Seus olhos foram para os lábios dela e ficaram lá pelo tempo de um longo batimento cardíaco antes dele voltar a falar. - Tudo bem. Essa parte está resolvida então. Gostei de você cozinhando o jantar para mim hoje à noite, mas não será necessário todo dia. Geralmente saio à noite. Vou deixar você saber de antemão quando estarei em casa. Tenho um serviço que entrega mantimentos conforme necessário e vamos continuar usando, embora você possa começar a fazer f azer as encomendas. - Quanto tempo... quanto tempo você vai precisar de mim? - Quanto tempo durará o seu contrato? - Ele qualificou. - Sim. - Um ano.
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- Um ano? - Levaria quatro ou cinco anos pelo menos se você começasse a me pagar em parcelas. Dessa maneira é mais rápido e não preciso me preocupar sobre você fugir da cidade. - Ele lhe deu um olhar a ela como uma flecha atingindo seu alvo. - E Natalie, nem por um segundo pense em fugir de mim. Confie em mim, eu a encontraria e você não gostaria do resultado. Você fará como eu disse, trabalhará duro e descobrirá que eu sou extremamente extremamente descontraído. Natalie se sentou sob a fria precisão de seus olhos escuros. - Quando é que vou pegar o carro do meu primo de volta? - Ela perguntou suavemente. suavemente. - Escreva o endereço pra mim e vou mandar rebocá-lo para sua casa. Ela ficou inquieta e em seguida disse: - Eu tinha a esperança de tê-lo reparado. Eu preciso dirigir... - Você não vai dirigir sem seguro e não pode arcar com esse custo agora. Se você precisar ir a algum lugar, vou arranjar um motorista para levá-la aonde precisar ir. Não havia absolutamente nada em seu tom que sugeria que ele pudesse mudar de ideia sobre o assunto. - Onde é que está? - Ela El a perguntou. - O carro? Está guardado em uma garagem. - Quanto vai me custar? - Quando ela perguntou, ele estendeu a mão e entregou-lhe uma caneta, fazendo sinal para que assinasse. Ela a aceitou, deu um suspiro trêmulo e rabiscou seu nome no contrato antes que mudasse de idéia.
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Ele se recostou na cadeira e a expressão que passou pelo seu rosto era de uma satisfação que não parecia tentar esconder. - Estou cuidando disso, não precisa se preocupar. Ele dobrou o contrato em dois e segurou-o firmemente em suas mãos. Natalie tentou manter sua mente em suas necessidades imediatas e não na expressão inexplicável no rosto dele e nem no aperto implacável que ele tinha sobre o documento que havia assinado. - Você tem acesso a ele? Seus olhos penetraram nos dela. - Do que você precisa? - Minhas roupas. - Disse ela simplesmente. - Vai tê-las de manhã. **** Duas semanas mais tarde, Natalie tinha uma rotina estabelecida. Seus nervos ainda flutuavam sempre que Marco estava por perto, mas ele não estava por perto frequentemente. Ele raramente comia em casa, chegava do trabalho tarde da noite e olhava para ela apenas brevemente antes que se trancasse em seu escritório. Ela só tinha sido solicitada a cozinhar para ele duas vezes e em ambas às vezes, foi para seu quarto depois de colocar a refeição dele na mesa. Ele foi generosamente educado com ela todo o tempo e ela tentou o seu melhor para retribuir. O quarto no qual ele a tinha colocado era o mesmo no qual ela dormiu a primeira noite na casa dele. Ela silenciosamente desejava o quarto mais distante do dele, mas estava com muito medo de perguntar se poderia mudar de quarto e não era corajosa o suficiente para fazer isso sem pedir. Exceto pela localização perto dele, o quarto que ela estava usando era extremamente
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confortável. Era equipado com uma televisão de tela plana, uma mesa, uma pequena área, bem como uma suíte. No dia que suas roupas tinham aparecido, também havia aparecido um laptop elegante, fino e com tecnologia de ponta. Depois que terminou na cozinha, ela o viu em sua mesa do quarto, fora da caixa e pronto para usar. E teve a oportunidade de perguntar sobre isso a ele naquela mesma noite. - Acho que houve um engano. Há um laptop no meu quarto. - Você já tem um computador? - Ele devia saber que ela não tinha. - Não. - Então, é para o seu uso. Há wi-fi wi -fi nele. - Obrigada. E obrigada pelo telefone celular também. Ele acenou com a cabeça uma vez e depois olhou de volta para sua própria tela de computador, dispensando-a dispensando-a completamente. E foi isso! Ele não se preocupou em perguntar a ela já tinha um número de telefone seu, então ela enviou uma mensagem de texto a todos os seus contatos informando-os seu novo número. Natalie também tinha falado com sua mãe e assegurou-a de seu bem-estar. Ela não tinha dito a verdade completa, só que tinha conseguido um emprego temporário como arrumadeira. Pela conversa que teve, entendeu que sua mãe ainda vivia com o namorado. Um dia, ela lembrou a si mesma, sua mãe iria ver que ele não era bom. Até que esse dia chegasse, Natalie consolava-se com o pensamento de que ele era muito provavelmente apenas um trapaceiro e um perdedor, não um usuário 46
de drogas ou um alcoólatra. Ele nunca tinha demonstrado qualquer tendência violenta. Natalie tinha esperanças que sua mãe ainda retomaria a razão e então poderia voltar para a pequena cidade que amava e ao trabalho que sabia que teria de volta no banco, onde trabalhou nos últimos quatro anos. **** Apesar dela não ter experiência anterior, o trabalho estava sendo muito tranquilo. Ela quase se sentiu culpada e ocorreu-lhe que, com um toque de consciência, bater no carro dele havia sido possivelmente a melhor coisa que ela já tinha feito. Ela estava tão acostumada a longas horas de trabalho que cuidar da casa dele, até agora, estava sendo o trabalho mais fácil que ela já teve. Tudo bem que ela não estava ganhando dinheiro e não tinha um carro a sua disposição, mas após algumas horas fáceis limpando a casa pela manhã, passando o aspirador e arrumando tudo, o resto dos dias era dela. Até então, ela tinha gasto os dias recuperando o sono perdido, tomando longos banhos quentes e assistindo montes de programas na TV a cabo, algo ao qual ela nunca teve acesso antes. Claro, ela tinha usado o computador para pesquisar Marco no Google. Seu nome foi a primeira coisa ela colocou no programa de buscas. Ela descobriu tudo que esperava, principalmente informações sobre seu banco. Era uma entidade familiar, iniciada por seu avô nos primeiros dias após a 2ª Guerra Mundial. Sua sede era em Nova York, fazendo-a se perguntar por que ele fez sua casa em Houston. O principal acionista era Marco que herdou a maioria das ações quando seu avô paterno morreu. Seu pai morreu em um acidente de avião com sua mãe, quando Marco era um menino de nove anos. Natalie silenciosamente estremeceu quando leu que ele ficou órfão tão precocemente. Ele parecia estar basicamente sozinho agora, embora tivesse numerosos primos, algumas tias e tios espalhados pelo mundo. 47
Ele tinha 32 anos, seu nome do meio era Rafaele, mas ela não conseguiu encontrar qualquer informação sobre sua vida privada. Ela desistiu desse esforço quando ficou frustrada com a falta de informação e com a tristeza que as circunstâncias de sua infância lhe causaram. Ela tirou isso de sua mente e voltou a explorar. Ela explorou a cobertura da cabeça aos pés e encontrou uma varanda adorável e muito particular. A área foi estrategicamente projetada para bloquear qualquer vento forte e ela passou agradáveis horas ali se bronzeando, coisa para a qual ela nunca teve tempo antes. Ela esperava que ele nunca a pegasse durante esses momentos de ócio, mas certamente não era esperado que ela trabalhasse 24 horas por dia, não é? Não havia como ter tanto trabalho para ela fazer. Exceto por estar nervosa ao redor dele, ela estava contente com sua vida temporária, não fosse apenas pela culpa persistente que sentia por não dever estar tendo um tempo tão tranquilo. Ela não tinha que se preocupar com nada. Nem contas, alimentação, nem o namorado da sua mãe tentando entrar em seu quarto no meio da noite. Marco só a tinha chamado no celular que tinha dado a ela duas vezes e as duas vezes foram quando ele queria comer em casa. E agora, com a inatividade deixando-a claustrofóbica, ela colocou o telefone no bolso de seus shorts e calçou seus tênis. Tinha passado muito tempo desde que ela teve algum exercício de verdade e certamente um edifício tão agradável como este tinha deveria ter uma academia. Ela pegou a chave extra da entrada na mesa e pegou o elevador para baixo. Nas duas semanas que ela estava vivendo ali, exceto para o terraço, essa era a primeira vez que ela saía do apartamento. De repente, ela estava ansiosa para ver o mundo novamente e decidiu dar um passeio rápido em vez de procurar pela academ academia. ia. 48
Natalie sorriu para o recepcionista quando passou por ele e também para o porteiro. Ela tinha uma nota de dez dólares em seu bolso, só por segurança. Então, saiu andando em um ritmo acelerado. Era meio-dia e as calçadas do centro estavam cheias de todo tipo de pessoas. Ela fez uma nota mental da esquina de onde começou começou a andar e decidiu virar à direita e seguir por ali. Ela rapidamente pegou o fluxo e refluxo de tráfego, conforme as luzes mudavam e a onda de pessoas que cruzava na frente dos carros parados. Ela andou rapidamente para cima e para baixo nas ruas por cerca de meia hora antes de ficar sem fôlego. Ela estava quente e suada, necessitando de água ou uma coca-cola, e decidiu voltar. Havia um trem que passava apenas alguns quarteirões do prédio de Marco e ela decidiu que seria divertido pegá-lo. Ficou esperando só alguns minutos de pé na plataforma antes que o trem chegasse e ela entrasse. O trem era confortável e ela observava a vista enquanto passava por ela. Ela saltou quando pensou que tinha percorrido a distância correta e olhou ao redor para se orientar. Ela não viu qualquer coisa mesmo vagamente familiar e um pequeno sentimento de medo a atingiu, mas recusou-se a entrar em pânico. Tinha seu telefone se ficasse perdida e mesmo assim ainda estava no início da tarde. Enquanto ela vagava, imaginou que poderia chamar seu primo, mas sabia que ele não estaria em casa durante semanas. Ela não conhecia ninguém na cidade, exceto Marco e ainda não estava assim tão desesperada assim. Caminhou de cima a baixo pelo bairro, parecia estar em uma área hospitalar. Vagou por mais 15 minutos, tentando descobrir o que fazer. O trem que antes havia sido tão fácil de pegar não parecia estar próximo e ela não achava que o dinheiro que tinha seria suficiente para uma corrida de táxi até seu prédio. 49
Ela estava esperando em uma faixa de pedestres que a próxima onda de carros passasse, quando um elegante Audi preto parou ao lado dela. A janela abaixou silenciosamente. - Entre. Uma leve sensação de choque atingiu-lhe quando Marco apareceu naquele exato momento em que ela precisava dele e os comos e os porquês não ocorreram a ela imediatamente. Ela abriu a porta e entrou. - Como aconteceu de você estar aqui? - Ela perguntou. O sinal de trânsito mudou, ele acelerou e então seus olhos brevemente deixaram a estrada e foram para ela. - Aperte o cinto, Natalie. Ela fez o que ele disse com os dedos trêmulos e depois de alguns minutos de silêncio enquanto dirigia, ela falou novam novamente. ente. - Como você fez para estar lá? l á? Ele não respondeu de imediato e quando o fez, foi curto. - Coincidênc Coincidência. ia. Ele não explicou ainda e ela ficou em um silêncio desconfortável, sua mente trabalhando no problema em seu cérebro. Ela não acreditou nem por um segundo que tinha sido uma coincidência. Ele sabia que ela estava lá. E não demorou muito tempo antes dela pensar na única resposta que poderia fechar a equação de como ele poderia tê-la tê -la encontrado em uma metrópole de mais de quatro milhões de pessoas. Ele a estava rastreando com seu telefone celular. Ele esperava que ela reclamasse e a tensão irritada em seu rosto confirmou isso. Mas ela era inocente e não queria discutir com ele. Também não queria que ele soubesse que ela descobriu o que ele estava fazendo. Ela não era corajosa o suficiente para falar sobre isso e se fosse munição em seu arsenal contra ele, então melhor ainda. - Obrigada por me encontrar. Eu tive cerca de três minutos de pânico.
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- Por que você saiu? - Ele perguntou entre os dentes, que ela podia ver que estavam cerrados. Outra onda de apreensão tomou voo em seu estômago. Era melhor ficar com a verdade. Depois de tudo, ela não tinha feito nada de errado, exceto por supor que não tinha que trabalhar para ele 24 horas por dia. E de alguma forma ela sabia que seu horário de trabalho não foi o problema que ele teve com ela saindo do edifício. Ela disse a verdade exata, tudo exceto a parte sobre saber que ele tinha um localizador GPS nela. - Eu tive algum tempo extra e precisava de algum exercício. No começo eu estava procurando uma academia no prédio, mas o dia estava tão bonito que decidi fazer uma caminhada. - Você andou todo o caminho até o hospital geral do distrito? - Não, eu andei algum tempo e então tentei pegar o trem de volta. Mas ele foi para o caminho errado, eu acho. Eu estava basicamente perdida quando você me encontrou. Ele parou o carro na garagem no subsolo do prédio e desligou o motor. A luz era fraca lá embaixo, mal iluminava a área, e estava silencioso no interior do veículo. Ele virou em seu assento para olhá-la, não fazendo menção de sair do carro. O que não a surpreendeu. Era muito cedo para ele estar em casa de qualquer maneira. Ela girou para enfrentá-lo, colocando suas costas contra a porta. Ele a observou em silêncio por um momento, sua expressão mantida firmemente em linhas de desaprovação e outra coisa que ela não conseguia identificar, mas mesmo assim, ela tremeu por dentro. - Você sabe como a cidade pode ser perigosa? - Ele perguntou em uma voz que mal continha a raiva r aiva ameaçadora que ela sabia que ele estava sentindo. 51
Os olhos dela seguraram os dele num esforço concentrado. - Eu nunca estive em perigo. - Ela respondeu suavemente, seus nervos pulando descontroladam descontroladamente. ente. - Você acha que não? - Ele perguntou suavemente, sua mão vindo por trás dela, pousando na parte de trás do seu assento, prendendo-a ainda mais perto dele e paralisando sua garganta com aperto. - Não. - Ela conseguiu. conseguiu. - Não teria tomado dois segundos para alguém agarrá-la e ir embora. - Suas palavras foram controladas, mas com uma borda de ameaça, como se desafiando-a a discordar. Sua respiração tornou-se instável, seu coração sacudindo a partir da chama ardente nos olhos dele. - Acho que você está exagerando. - Sustentou lentamente, lambendo os lábios secos. Os olhos dele foram para a boca dela. - Você acha? - Sim. - Ela El a sussurrou. - Eu não acho que você saiba reconhecer quando está em perigo. - Ele falou isso suavemente mas aterrou como uma bomba entre eles. Silêncio pulsava dentro dos limites do veículo quando ela percebeu o que ele estava dizendo. Seu coração batia de forma irregular e sua respiração era mais difícil quando os olhos dele deixaram seus lábios e entraram em confronto com os olhos dela, recusando-se a libertá-la de seu controle.
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Suas pálpebras começaram a fechar, tentando mantê-lo para fora. A mão dele disparou e enrolou-se em torno de seu pulso, negando-lhe um simples meio de fuga. Seu coração começou a bater violentamente no peito. - Marco... - Vamos fazer uma rápida experiência? Ela tentou de novo. - Marco... - Você tem alguma merda de idéia de como você é bonita? - Sua voz era de dor e uma imagem espontânea de como seria se eles fizessem amor, penetrou furtivamente através da mente dela. Chocada com a pergunta dele e da imagem em sua mente, ela gaguejou. Eu... Eu não sou. - Sim, Natalie, você é. Você precisa ter cuidado. Todo o tempo. - Seus dedos apertaram seu pulso, o polegar girando sobre seu ponto de pulsação. - Eu sinceramente agradeceria se você começasse a ter mais cuidado com meu investimento de 20 mil dólares. Parecia que havia uma pedra em sua garganta, os sentimentos dela foram feridos pela sua avaliação contundente. - Investimento de 20 mil dólares. - Ela repetiu categoricamente. - Isso é o que eu sou? - Você quer ser mais? - Ele revidou rapidamente, sua voz extremamente baixa, seu olhar passando sobre ela, parando em seu peito que subia e descia em agitação. Seu coração batia forte no peito enquanto ele a observava constantemente, à espera de uma reação. Ela não podia formar uma resposta. 53
Seus pensamentos estavam incoerentes. Ela engoliu em seco e tentou parar o sangue que estava bombeando tão fortemente em seus ouvidos que falar parecia impossível. Os olhos de Marco se moveram para estudar os lábios dela e Natalie podia sentir a tensão escorrendo de seu grande corpo. - Diga a palavra, baby. - Ele entoou lentamente, com uma voz que tanto t anto ousou e pedia ao mesmo tempo. Os olhos de Natalie queimaram com sua declaração e borboletas voaram em seu estômago. Bom Deus, ele estava dizendo o que ela achava que ele estava dizendo? Ou ela estava apenas imaginando? Ela não podia lidar com isso, ainda não, não agora. Ela puxou seu pulso, tentando livrar-se de seu controle e amenizar a intensidade girando em torno do espaço fechado. - Eu estava perdida, Marco, isso é tudo. Seus olhos se estreitaram nela, mas finalmente ele soltou seu pulso, enquanto sua expressão ficou mais tensa. - Ainda bem que eu a encontrei então. Ela soltou um suspiro, grata que o assunto tinha ido de volta para o caminho certo, longe do caminho perigoso que tinha tomado momentos antes. - Sim, muito obrigada. Suas palavras foram educadas, mas ditas de maneira dura. Ela tentou afrouxar o nó de tensão na garganta para que pudesse manter um tom de normalidade. - Existe uma academia no prédio? Uma nuvem caiu sobre seu rosto e ele respondeu de forma curta. - Sim. - Você acha que estaria ok se eu a usasse de vez em quando? Seus olhos estavam completamente distantes, brilhando como uma rocha vulcânica escura, enquanto ele a estudava dentro dos limites do carro. 54
- Eu não vejo porque não. - Disse ele lentamente. Sua resposta soou falsa, parecia como se ele não pudesse pensar em uma razão suficientemente rápida para que ela não pudesse usar a academia. Curiosa e alarmada, Natalie colou um falso sorriso em seu rosto e esperava que ele não pudesse ver através disso. - Obrigada novamente. Vou voltar ao trabalho. Você vai subir? - Não, estava indo para uma reunião na cidade e já estou atrasado. Mentiroso. Ela não acreditou nele nem por um segundo; ela apostaria seu último dólar que ele só deixou o banco para localizá-la. - Tudo bem. Vejo você mais tarde. Natalie alcançou a maçaneta, mas estava travada. Ainda inquieta sob seu escrutínio, ela lançou um olhar interrogativo. Ele segurou seu olhar e destravou a porta. Em seguida, ela saltou do carro.
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Capítulo Quatro
Duas horas mais tarde, Natalie havia tomado banho e feito sua maquiagem e cabelo. Ela tinha colocado seu par de jeans favorito e uma camiseta frouxa. Ela estava distraída tirando o pó dos móveis com um pano, sua mente pensava sobre o dispositivo de rastreamento que muito provavelmente ela tinha em seu telefone e o que mais ele poderia ter sido capaz de fazer. E se ele tivesse rastreando o computador que tinha emprestado a ela? Haveria câmeras em todo o apartamento? Enquanto ela olhava ao redor, tentando fazê-lo discretamente, caso estivesse sendo observada, a campainha do interfone tocou. Ela apertou o botão. - Sim? - Sinto muito interromper seu dia senhorita Lambert, mas a senhorita Wallace tem algo que gostaria de levar para cima. Posso autorizar? - O porteiro perguntou. Natalie não tinha idéia de quem era a senhorita Wallace, mas quem quer que fosse não parecia ser uma ameaça. ameaça. - Claro! E obrigada. - De nada, senhorita. Vinte segundos depois a porta do elevador abriu e uma mulher alta, loira e vestida com esmero passeava como se fosse dona do l ugar. Ela olhou uma vez para Natalie e em seguida deixou cair uma caixa na porta de entrada antes de virar seu olhar penetrante na direção dela. - Isso é para Marco. Quem diabos é você? 56
- Natalie Lambert, governanta de Marco. - Mentira. - Estridente veneno misturado misturado em sua voz. - Desculpe? - Marco nunca teve uma governanta desde que o conheço. Ele guarda sua privacidade a sete chaves e usa um serviço de limpeza uma vez uma semana, mas só isso. Natalie não tinha idéia de quem era essa mulher, mas foi ficando com a sensação deque ela era "alguém que cuida daquele aspecto da vida dele por ele". Ela endureceu seus nervos para responder. - Trabalho para ele há duas semanas. - E você o chama Marco? Isso parece terrivelmente desrespeitoso. Quem diabos essa mulher acha que é? Natalie encolheu os ombros para a questão. - É a forma como ele quer. - Ela respondeu em um tom uniforme. - Você está aqui mais do que uma vez por semana? - Sim. - Quantas vezes? - Eu moro aqui. - Quando ela disse essas palavras, Natalie soube que a mulher não gostaria da sua resposta. E estava certa. Flechas de pura maldade irradiavam dos olhos da mulher. - Você está trepando com ele?
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Natalie deu um passo para trás e fúria explodiu. - Não. Eu só limpo a casa e lavo sua roupa. Essa resposta pareceu acalmar a mulher, mas apenas aparentemente. - Por que ele precisa de uma governanta todos os dias, de repente? - Ela fez a pergunta quase a si mesma. Natalie se sentiu mal sobre a mentira branca que ela estava prestes a dizer mesmo que não devesse nada àquela mulher. Ela e Marco nunca tinham discutido se iriam ou não contar a alguém sobre seu "negócio". Ela não queria particularmente que alguém soubesse que ela era sua empregada não remunerada. - Eu realmente não sei. Só sei que ele me contratou e eu limpo para ele. Ele raramente está em casa. A mulher afirmou com pleno conhecimento. - Sim, eu sei. Ou ele está naquele banco estúpido dele ou está na minha cama, desparafusando seu cérebro. - O rosto dela tornou-se sombrio e ela franziu a testa para Natalie como se algo tivesse lhe ocorrido. - Há quanto tempo você disse que trabalha para ele? - Duas semanas. A carranca se intensificou. - Só para você saber, ele é meu. Estamos namorando há dois anos e vamos nos casar em breve. Natalie sentiu uma pequena pontada de algo que ela não conseguiu identificar. - Parabéns. - Sim, bem, não me parabenize ainda. Eu ainda não o tenho completamente. Mas ele se casará comigo. - Isso é ótimo. Sim, apenas formidável. - Eu me chamo Tanya. E posso chamá-la Natalie? 58
Natalie sorriu e tentou não para mostrar seu desdém. - Sim, é clar o. - Ótimo. Vamos nos ver muito porque estou aqui o tempo todo. E vamos nos dar bem contanto que você não tente tirá-lo de mim. Não que você p ossa. Você não é o tipo dele. Marco gosta de mulheres altas e bonitas. E você não é isso, você sabe, né? - Não, não sou alta ou bonita. - Assim que as palavras saíram de sua boca, Natalie se lembrou do que Marco havia dito mais cedo e do jeito como disse. Um pequeno pingo de culpa se arrastou até sua garganta, mesmo que ela não tivesse feito nada de errado. Ela não sabia se ele realmente acreditava no que disse ou se estava tentando fazer algum tipo de ponto, mas ele certamente soou como se acreditasse. Mas o fato era que Natalie nunca havia pensado em si mesma como uma mulher bonita. Sua mãe era bonita, ela não. - Ok. Bem, você não é tão ruim, você sabe. Até mais tarde. Você vai dar-lhe a caixa, certo? - Sim, é claro. Foi bom conhecer você. - Você também. **** Natalie estava na cozinha quando ouviu Marco voltar para casa naquela noite. Até agora este tinha sido o dia mais agitado desde aquele dia que bateram. Primeiro ficar perdida e o incidente com o GPS e então conhecer Tanya Wallace. Marco estava descontente quando a deixou mais cedo, descontente e assustador, e agora seus nervos estavam um pouco esticados enquanto 59
esperava para ver se ele cairia em sua rotina habitual. Ele não tinha solicitado nenhuma refeição antes e então ela se preparou uma salada e agora estava arrumando antes de ir para seu quarto. Ela ouviu seus passos no piso de porcelana e depois enquanto cruzava o tapete. Em poucos segundos ela sabia que ele estaria na porta da cozinha, mesmo que ela estivesse de costas para ele. Ela estava consciente de seu coração batendo alto em seus ouvidos e fechou os olhos por um instante, tomando uma profunda respiração antes de se virar para encará-lo. Agarrando o balcão atrás dela, ela o viu estudando-a em silêncio. Ela sabia que precisava falar antes que a tensão se tornasse ainda mais espessa. espessa. - Oi. Ele a olhou de cima para baixo e tomou seu tempo antes de perguntar: - Você está bem? - Sim, por quê? - Não sei. Sozinha e perdida em Houston. - Disse ele, referindo-se ao incidente demais cedo. Ele fez soar como se ela tivesse uns 10 anos de idade, mas ela sorriu fracamente, presa ao script gritando em seu cérebro. Ignorando a pulsação batendo através de sua corrente sanguínea exigindo saber por que ele estava mantendo esses cuidados todos com ela. – Estava em plena luz do dia e eu não sou uma criança. Toda suavidade saiu de expressão e os olhos dele caíram para os peitos de Natalie. Manchas de vermelho destacaram as maçãs do seu rosto e suas narinas dilataram. Um vislumbre obstinado aqueceu nos olhos que ele levantou aos dela. Se Natalie não estivesse se segurando na bancada, o flash de luxúria em seu rosto provavelmente a teria levado para seus joelhos. Essa foi a primeira vez que ela pegou um olhar sexual no rosto dele, foi a primeira vez que ele tinha 60
sido tão descuidado, tão intenso que fez o coração dela pular uma batida antes de assumir uma cadência no peito que, colocar sua respiração em um ritmo normal parecia uma façanha impossível. Ela lambeu os lábios secos e tentou tomar o controle da situação. - Tanya veio aqui hoje. Ela deixou uma caixa para você. Seus olhos se estreitaram. - Tanya esteve aqui? - Sua voz era pr ofunda e havia desagrado em seu tom de voz. - Sim, ela... Uma linha profunda e tensa ficou ao redor de sua boca quando ele cortou. – Ela disse alguma coisa para aborrecê-la. Ela me disse que vocês iam se casar . - Nós nos apresentamos e conversamos
um pouco. Ela deixou uma caixa para você. - Natalie reiterou. - Você tem certeza? Ela não a aborreceu? Ela me perguntou se eu estava transando com você. - Não, claro que não. Ela
achou difícil acreditar que você tinha uma governanta agora. Eu não disse nada sobre o contrato. Só disse que você me contratou e que eu estava aqui há duas semanas. Eu espero que esteja tudo ok - Tudo bem. Natalie virou sua boca para cima e esperou que se assemelhasse a um sorriso quando se afastou do balcão e tentou driblá-lo e colocar fim neste encontro desconfortável. - Boa noite, então.
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Ela pensou que estava livre quando passou por ele. E então sentiu seu pulso ser levantado atrás dela e preso no aperto dele. - Natalie. - Seus olhos estavam quentes nos dela, olhando fixamente para baixo, com uma pergunta sedutora e ardente necessidade que quase a dizimou, fazendo seus ossos derreterem onde ela estava. e stava. Seu polegar acariciou sua pulsação quando ele devagar e com firmeza começou a puxá-la para ele. Os olhos dele foram para seus lábios e o cérebro dela começou a gritar para ele em silenciosa negação. Não faça isso! Não me toque. Não seja esse tipo de cara. Não me toque quando você tem uma namorada. Você tem uma namorada, uma namorada. Seus olhos se fecharam firmemente contra ele e seu corpo se enrijeceu em uma recusa obstinada. Ela sentiu seu aperto diminuir, mas ele não a libertou completamente. Ela abriu a olhos para encontrá-lo olhando para ela, havia linhas de tensão em sua boca. Ela torceu seu pulso, tentando sair de seu alcance. - Boa noite, Marco. Ela conseguiu sobreviver aos três dos mais longos segundos em sua vida até que finalmente ele soltou sua mão. - Boa noite. Ela se virou e fugiu para o santuário de seu quarto. **** Marco estava em seu escritório no dia seguinte lutando contra uma dor de cabeça constante. Ele tentou se concentrar no arquivo que tinha acabado de receber de Joy, mas era quase impossível .
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- O que há de errado com você? - Sua assistente de longo tempo perguntou, com um olhar confuso em seu rosto. - Nada, só uma dor de cabeça. - Ele abandonou o arquivo momentaneamente e inclinou seu rosto nas mãos. - Como não é nada? Você está pálido! Você está doente? - Doente? - Ele parecia perplexo como se o conceito de estar doente fosse algo que ele sequer remotamente considerasse. Outras pessoas ficavam doentes, mas ele não. - Sim, Marco, doente. - Joy, uma mulher mais velha e uma avó, circulou a mesa e colocou a mão em sua testa, e ele se sentiu ele mesmo por deixá-la fazer isso. - Você está queimando. Aposto que sua temperatura está alta. Você precisa ir para casa. - Eu não vou para casa. Isso é loucura. - Ele respondeu apertando a ponte de seu nariz e fechando f echando os olhos. - São três horas da tarde, você não tem mais compromissos hoje. Se isso o fará se sentir melhor, leve o arquivo McMasters com você e vá para casa. Tome alguns remédios e vá para cama descansar um pouco. - Não, absolutam absolutamente ente não. - Marco, não seja tão teimoso. Vá para casa. Já que tem nova governanta, ela poderá fazer uma sopa e cuidar de você em casa. Ele ergueu as mãos longe do rosto e deu-lhe um olhar penetrante. - Você realmente acha que eu preciso para ir para casa? - Sim. Você não quer que todos nós o levemos a força, não é?
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- Tudo bem, eu vou. - Ele concordou rapidamente, rapidamente, não como seu eu habitual. **** Natalie entrou no apartamento depois de um extenuante treino particular. Ela estava suada da cabeça aos pés e precisava pr ecisava de um banho desesperadamente. desesperadamente. - Onde você esteve? A última coisa que ela esperava era que Marco já estivesse em casa. Ela se encolheu com o tom de acusação na voz dele. Os olhos dela se voltaram para o sofá onde ele estava sentado, de frente para a porta, esperando-a chegar a casa. - Na academia. - Ela respondeu tão suavemente quanto pode. - Eu precisei de você. Você deveria estar aqui. Liguei para o seu maldito telefone e ele tocou lá. - Ele apontou o braço e fez sinal na direção da cozinha, onde o telefone estava sendo carregado. Ela olhou na direção do telefone e depois de volta novamente para ele. Ela só esteve lá embaixo por uns 45 minutos e verdadeiramente nem considerou levar o telefone. – Você disse que estava tudo bem eu ir para lá. - Ela levantou seu rabo de cavalo longe do pescoço, o suor escorrendo-lhe pela espinha. - Por que você está em casa tão cedo? - Eu estou doente. - Ele disse em um tom de voz que sugeria que tudo era culpa dela. - O que há de errado? - Natalie perguntou caminhando mais para dentro da sala. - Estou com dor de cabeça e febre. Joy disse que você deve me fazer uma sopa. 64
- Quão alta é sua febre? - Perguntou ela. - Eu não sei. Como posso saber? - Mais uma vez, seu tom implícito de que tudo de errado era culpa dela. - Com um termômetro ou de outra forma. Quão mal você se sente? - Ela não iria brigar devido à má atitude dele. - Eu me sinto mal. A febre deve estar alta. - Ele afirmou como uma criança petulante. - Talvez você devesse ver um médico. - Por que eu faria isso? Uma sopa não pode ajudar? - Marco... deixa pra lá! Eu não posso simplesmente fazer uma sopa instantânea. A não ser que você queira uma sopa de lata. - Que outro tipo há? Natalie o estudou para ver se ele estava de sacanagem com ela, mas ele não parecia estar. - Tudo bem. Vou preparar um pouco de sopa. Você quer biscoitos ou sanduíche de queijo grelhado? - Você sabe com como o fazer sanduíche de queijo grelhado? - Eu acho que provavelmente provavelmente posso fazer alguns. - Isso soa bem. Devo ir para a cam cama a agora? - Se você quiser. Há bandejas sob o armário, ar mário, posso te levar na cama, se é com co m isso que você está acostumado. 65
- Eu não estou acostumado a nada. Nunca fico doente. - Ele não a olhou com cara de doente agora, mas ela absteve-se de comentar algo. - Tudo bem. Pode esperar 15 minutos enquanto tomo um banho? Estou muito nojenta. - Venha até aqui e veja o quanto estou quente. Joy colocou a mão na minha testa, veja o que você acha. Natalie mordeu o interior de sua bochecha e deu um passo hesitante em direção a ele. Ele parecia bom o suficiente para comer, apesar de sua atitude abatida, e isso estava tomando tudo o que ela tinha para se lembrar de que ele tinha uma namorada. Ele podia não se referir a Tanya como tal, mas era essa a maneira como Natalie via. Ela parou na frente do sofá onde ele descansava. Dobrando a cintura, ela estendeu a mão e colocou-a suavem suavemente ente na testa dele. O braço dele serpenteou para fora e pousou nas costas dela, embaixo, com a mão bem aberta e os dedos abertos sobre suas nádegas. A mão dela tremia sobre a testa dele. - Você parece bem pra mim. Talvez apenas um pouco quente. - Ela realmente não tinha muita experiência, não era uma mãe e não tinha irmãos. Ela não achava que ele estivesse com febre realmente, certamente nada como a onda de calor que seu toque instigava nela agora. Ela tirou a mão dele e tentou se mover longe. O aperto dele ficou mais forte sobre sua carne, mantendo-a no lugar. - Você cheira tão bem, Natalie. Um fio quente de consciência começou a se espalhar como lava derretida através de suas entranhas. Sua língua disparou e lambeu seus lábios secos. -
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Você deve estar com febre. - Suas palavras eram cáusticas. - Você está delirante. Eu estou repugnante, Marco. Eu estou toda suada. - Você nunca poderia ser repugnante. Você é muito muito bonita. Oh, Deus, essa palavra novamente. A mão dele deslizava para cima e para baixo em sua espinha, chegando mais e mais perto do vazio entre as bochechas do seu traseiro. Ela se afastou e colocou distância entre eles. - Por que você não vai para sua cama agora? Eu estarei lá em 20 minutos com sua sopa. Ela se virou e foi para seu quarto, não esperando para ver se ele fez o que ela tinha falado. **** Trinta minutos mais tarde, Natalie respirou profundamente, bateu na porta do quarto de Marco e abriu-a, equilibrando a bandeja em uma mão. - Você está atrasada. - Ele se sentou na cama, travesseiros apoiados atrás dele, e Natalie teve o vago pensamento de que ele parecia um sultão pronto para ser servido por sua concubina. Merda. Isso fazia dela a concubina. Ela entrou e colocou a bandeja sobre seu colo, dizendo a primeira coisa que veio à mente, em um esforço para desviar seu cérebro da imagem dele fez sentado na cama sem uma camisa. - Lembre-se, não julgue a sopa. Eu não fiz isso, só abri a lata. - Cheira fantástico. Eu não tinha idéia de que estava com tanta fome. - Disse ele enquanto pegava a colher.
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Ela se afastou em direção à porta tão rapidamente quanto podia. Ela precisava muito ficar longe dele. A maneira como ele estava naquela cama. - Ok, então! Venho verificar você depois. Ela estava quase na porta quando ele chamou. chamou. - Natalie? - Sim? - Ele ia realmente agradecê-la pela sopa? Ela se virou para enfrentá-lo, um olhar levemente expectante em seu rosto. - Pode me dar o controle remoto? **** Vinte minutos depois, Marco a chamou pelo celular. Ela havia acabado de sair de seu quarto após terminar de secar seu cabelo depois do banho. Em vez de responder ao telefone, ela entrou em seu quarto. - O que você precisa? - Leve a bandeja. Ela rangeu os dentes com seu tom abrupto, mas se aproximou e pegou a bandeja de cima de seu colo. - Mais alguma coisa? - Não, apenas a bandeja. - Ele se sentou trocando os canais da televisão sem dar a ela um único olhar. Ela se virou e voltou para a cozinha. Cinco minutos mais tarde, seu celular tocou novamente e novamente ela não respondeu, apenas caminhou até seu quarto. - Sim? - Isto estava ficando cansativo. Muito rapidamente.
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- Eu preciso de mais travesseiros. - A televisão estava desligada e o controle remoto na mesa de cabeceira. Ela lhe deu um olhar fulminante e virou-se de novo, caminhando para o armário. Um minuto depois, ela o estava ajudando com os travesseiros extras, empurrando-os para trás de suas costas nuas. Seus ombros eram largos e os pelos em seu peito eram perfeitos, não demais, mas o suficiente para que parecesse ser incrível passar suas mãos para baixo em seus peitorais. Oh, meu Deus. E aquela trilha perversa que se dirigia para o sul por baixo dos lençóis. Ela precisava fugir e rapidame r apidamente. nte. - Será que isso é tudo, senhor? - Ela perguntou com sarcasmo. sarcasmo. Ele franziu a testa. - Vá então, se está com tanta pressa. - Eu não estou com pressa. - Você não é uma mulher normal. Você não é domesticada de jeito nenhum. Você deveria estar agitada comigo. - Ele atacou. - Sinto muito, você não gostou do sanduíche de queijo grelhado? - Ela perguntou, seu tom de voz elevou-se no final. - Eles estavam bons. - Você certamente comeu todos eles. - Eu estou queimando. Pode me trazer um pano úmido ou uma toalhinha para a minha cabeça? Ela cruzou os braços sobre o peito e parou apenas o tempo t empo suficiente para que ele soubesse que não estava comprando sua encenação de "pobre de mim". 69
Indo para o banheiro, ela pegou um pano molhado e voltou rapidamente. Ela estendeu o pano para ele. - Aqui. - Ela disse quando ele não fez nenhum movimento para pegá-lo. - Droga, Natalie. Estou doente. Pode apenas agir como se você se importasse por pelo menos um minuto? Ela revirou os olhos para o céu e cuidadosamente sentou-se na beira do colchão, em um ângulo de frente para ele, com os pés pendurados da cama, não tocando o chão. Ela dobrou cuidadosamente o pano em um retângulo e com um show de relutância, colocou em sua testa. Ele suspirou, soando como um êxtase, e seu braço alcançou ao redor das pernas dela, pousando ao lado de seu quadril, segurando-a no lugar. Uma onda de reação bateu nela que chegou a considerar como seria se ele fosse dela e só dela. Será que ele perderia a aspereza? Será que ele perderia a atitude? Ela observou seus olhos se fechando em um suspiro e eventualmente ela fez o mesmo, enquanto movia o pano sobre a testa dele em pequenos círculos suaves, tentando acalmar não só ele, mas a si mesma. Sentaram-se assim por vários minutos, com el e aparentemente satisfeito contra os travesseiros, obviamente apreciando suas atenções. A campainha gritou bem alto do outro cômodo, interrompendo o momento de tranquilidade. Seus olhos se abriram e ela pulou da cama, levando o pano úmido consigo e indo para a sala de estar. Ela apertou o botão. - Sim? - A senhorita Wallace gostaria de subir. Posso mandá-la para cima?
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Natalie mordeu o lábio em humilhação. Lidar com Tanya agora não era algo ela estava ansiosa para fazer. Será que a mulher sabia que Marco estava em casa? - Sim, tudo bem. O elevador abriu e Tanya entrou na cobertura com um floreio. - Onde e como está o meu pobre bebê? Bem, isso respondia à pergunta de Natalie. - Ele está em seu quarto. A mulher começou a caminhar pelo corredor que levava aos quartos. - Qual? Ela não sabia? Isso veio como um choque para Natalie. Afinal, ela estava aqui, todo o tempo. - Segunda porta à esquerda. - Ela respondeu. Tanya abriu caminho para o quarto de Marco e Natalie ficou para trás na porta para ver se poderia fugir. Ela realmente não queria observar a mulher pairando sobre Marco. Quando Marco abriu os olhos, Natalie teve uma visão clara da emoção que brilhava neles antes que ele deixasse toda expressão de fora. Seu olhar pousou primeiro na outra mulher, irritação i rritação pura e simples brilhou em seus olhos marrons antes que patinassem por ela e focassem em Natalie. Natalie perdeu o fôlego com o que viu no seu olhar, apenas brevemente, antes que ele fechasse sua expressão. Com consternação, ela percebeu imediatamente que ele não estava feliz em ver Tanya. Ele a queria com ele, Natalie, não Tanya. E o olhar que ele tinha dado a Tanya quase a fez sentir pena da outra mulher, na verdade, ela ficou com pena de Tanya. - Marco, pobre bebê. 71
Natalie encostou suas costas na porta e assistiu Tanya sentar sua bunda no colchão ao lado de Marco. Ela não tinha notado quando a conheceu que sua bunda era um pouco grande. Era grande, não era? - Eu estou aqui para cuidar de você agora. Sorte que eu procurei você no seu escritório! Joy me disse que você estava doente! Marco cruzou os braços sobre o peito. - Eu preciso de descanso, Tanya, não de companhia. - Eu não sou companhia, bobo. - Ela passou as unhas vermelhas cor de sangue através de seu cabelo e Natalie sentiu como se ela estivesse ficando doente. Ela segurou o ar em seus pulmões quando caminhou para a cama com as pernas rígidas e entregou o pano à Tanya. - Ele gosta da compressa fria na testa. Foi maldade dela, considerando o olhar que tinha visto no rosto dele antes? Tanya pegou o pano e colocou-o contra a testa de Marco. - Assim? - Sim. - Natalie sussurrou suavemente, uma fria emoção nublando sua garganta enquanto assistia Tanya tocar Marco. Natalie olhou do cabelo de Marco, onde Tanya estava passando os dedos, para seus olhos. O súbito e inesperado impacto de vê-lo olhando-a também quase derrubou seu fôlego. Seus olhos estavam focados nela exclusivos, expressiva e possessivamente, como se ele estivesse só aguardando. O coração dela começou a bater descontroladamente. Ela começou a se virar, mas a mão de Marco a alcançou se enrolou em torno de seu pulso, detendo-a. Ela parou e se virou para enfrentá-lo novamente, ciente de que Tanya observava com um brilho perigoso nos olhos.
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- Traga-me um copo de água e uma almofada de aquecimento. - Ele ordenou calmamente. Ela se empurrou de volta à consciência e tentou se concentrar no que ele estava pedindo. - A almofada de aquecimento? Com febre? Seus olhos se estreitaram sobre ela e ele disse devagar e com firmeza: - Eu quero uma almofada de aquecimento. - Tudo bem, onde está? - Experimente o armário do corredor, aquele com os travesseiros. É lá que estará se nós tivermos uma. - Natalie ficou estupefata ao ouvir a palavra 'nós' como se fosse sua casa também e sentiu o polegar dele esfregando círculos repetidamente no interior de seu pulso enquanto fazia o seu pedido. E todo o tempo, Tanya se sentou na borda da cama olhando entre eles como se estivesse prestes a arrancar fora os olhos de Natalie. - Ok. - Natalie puxou levemente seu braço na tentativa de soltar-se e depois de outro longo olhar, ele deixou cair seu pulso. Natalie saiu do quarto e primeiro foi pegar o copo de água. Ela o colocou em sua mesa de cabeceira, não prolongando o olhar entre o casal ou ouvindo a baixa e calorosa discussão que estavam tendo. Depois de uma busca completa em ambos os armários, Natalie veio de mãos vazias. Ela enfiou a cabeça pela porta. - Não achei a almofada de aquecimento. Pode ser outro cobertor? - Não, eu tenho que ter uma almofada de aquecimento. - Ele olhou para Tanya. -Você não se importa de ir à farmácia e comprar uma para mim, não é? 73
Enquanto falava, ele se inclinou e pegou a carteira na mesa ao lado da cama e retirou uma grande quantia de dinheiro. Ele entregou à Tanya e usou uma palavra que Natalie não tinha conhecido em seu vocabulário. - Por favor? Tanya pegou a nota de cem dólares com indisfarçável ambição. - Claro, querido. Estarei de volta em meia hora. - Ela se inclinou e beijou-lhe os lábios, suas mãos indo até os ombros. Bile subiu na garganta de Natalie enquanto assistia a cena, mas Marco não devolveu o abraço que acabou quase tão rapidamente quanto tinha começado. Tanya passou como uma brisa por ela, como se ela não existisse. Natalie ficou imóvel no porta até ouvir o som fraco das portas do elevador se fechando e então se obrigou a olhar para Marco. Ele a olhou com cuidado, levantou seu telefone celular, pressionou um dígito e colocou o telefone na orelha. - A senhorita Wallace está saindo do edifício. Ela estará de volta em breve. Não a deixe subir. Pegue suas compras, mas não a deixe voltar aqui. - Natalie sentiu um tremor de consciência quando os olhos de Marco emitiram as instruções e esperavam por afirmação, estudando-a o tempo todo. Ele terminou a chamada e deixou cair o telefone novamente. - Onde estávamos? Natalie limpou a garganta suavemente. Não havia chance no i nferno dela voltar lá depois daquilo. - Você vai dormir um pouco e eu vou lhe dar um pouco de privacidade. Venho verificar você mais tarde. Ela não esperou por sua resposta, virou-se e foi embora. **** Mais tarde naquela noite, Marco se sentou à mesa em seu escritório com um copo de uísque. A dor de cabeça foi embora, ele realmente não tinha tido febre. 74
A caixa de Tanya finalmente foi aberta e descartada. Dentro havia uma pilha de 20 fotos brilhantes dela,e scassam scassamente ente vestida e posando para a apreciação de um amante. Teria ele se importado com ela alguma vez? Ele poderia ter achado as fotos sedutoras, ou se não isso, pelo menos divertidas. Mas ele não as achou nem atraentes e nem divertidas. Jogou-as no lixo ao lado de sua mesa. Era hora de se livrar dela. Ela não o agradava mais, ele havia perdido todo o interesse em seu corpo e tudo o que ela era capaz de fazer era irritá -lo. Ela havia ficado no caminho do que ele realmente queria e ele não podia deixar a situação continuar. Sim, ele precisava se livrar dela e precisava fazê-lo amanhã. Não havia absolutamente nenhum sentido em manter isso. E, de repente, pareceu muito tempo esperar até amanhã. Ele faria isso hoje à noite. Ele vinha bebendo, constantemente fazendo seu caminho através da garrafa de Bourbon desde que sua governanta havia fugido dele como se o fogo do inferno a estivesse perseguindo. Ele não devia dirigir. Mas ele queria a maldita coisa terminada. Pegou seu telefone e providenciou um carro. **** Natalie entrou na sala de estar na manhã seguinte e sabia que algo não estava do jeito que deveria estar. O laptop que Marco levava e trazia do trabalho estava aberto na mesa de centro. A tela estava preta.
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Estaria ele realmente doente? Ontem ela não tinha acreditado totalmente. Ela ouviu um barulho na parte de trás da cobertura e lentamente se virou para investigar. A porta do quarto dele estava fechada, ela não havia notado isso mais cedo. Ela ouviu alguma coisa cair e, em seguida, uma profunda maldição. Ela deveria bater. Ela realmente deveria bater em sua porta e se certificar de que ele estava bem. Não havia chance no inferno dela fazer isso. Ela se virou e fugiu para a segurança da cozinha. **** Vinte minutos depois, ela estava tendo um momento de normalidade bebendo uma xícara de café e fazendo uma lista de compras quando Marco entrou na sala. Seus olhos estavam vermelhos e havia o início de uma contusão na maçã direita do seu rosto. Os olhos dela queimaram com a visão. Ela largou a caneta e girou o banquinho afastado da ilha onde ela se sentou e concentrou sua atenção nele. - Café. - A única palavra dita era profunda e áspera e ressoou com uma animalesca dor. Ela se levantou cautelosamente e serviu-lhe uma xícara de café preto, do jeito que sabia que ele queria. Voltando em direção a ele, deu-lhe o café. Ela voltou para seu assento e pegou a caneta para camuflar as inadequadas emoções que agitavam seu estômago. Mas ela não podia se concentrar na lista de compras. Ela ficou consciente dele pegar o banquinho e sentar-se em frente a ela. A sala pareceu encolher em direta proporção à proximidade de seu grande corpo. 76
Ele pegou a xícara e tomou vários goles sem olhar para qualquer lugar além do sua xícara. Finalmente a curiosidade levou a melhor e ela não pode mais aguentar. - O que aconteceu com você? - Ela questionou em voz baixa. Vacilando, ele olhou em sua direção com os olhos apertados. - Você não precisa mais se preocupar com Tanya. Ela não virá mais aqui. Incredulidade espalhou-se através de Natalie. - Eu não estava... preocupada. – Ela lambeu os lábios e as borboletas foram à l oucura em seu peito enquanto se perguntava o que exatamente isso significava. - É um ponto discutível. Ela está fora da minha vida. - Eu sinto muito. - Ela se sentiu completamente desamparada. Não tinha ideia do que dizer a ele. Estava vagamente consciente de que não deveria estar sentindo uma bolha de euforia pulando em sua cabeça. Ela engoliu em seco e se focou em sua situação. - O que aconteceu com seu rosto? Ele estendeu a mão e sentiu a marca, fazendo uma careta de aborrecimento. – Tanya aconteceu aconteceu.. Natalie olhou para ele em choque. - Ela bateu em você? - Sim. - Ela fez isso? Ele estreitou seus olhos sobre ela e deu-lhe um olhar depreciativo. - Você bateu de volta nela? Não! Sinto muito. Não quis dizer isso. 77
- Não? Soou com como o se quisesse. qui sesse. - A declaração foi cheia de acusação. - Eu sinto muito. - Natalie sabia que deveria soar triste, mas nada em sua experiência limitada com ele lhe deu uma idéia de como agir. - Eu preciso de uma aspirina. - Ele gemeu enquanto apoiava a testa em suas mãos. - Você precisa de ibuprofeno para o inchaço. - Ela disse suavemente, ficando de pé para pegar. - Aspirina. Ela foi para a gaveta onde uma variedade de medicamentos estava guardada e virou sobre o ombro: - Ibuprofeno. - Natalie! - Ele gritou. Ela se virou para encará-lo, sua mão na garganta. - Não discuta comigo. Tenho uma maldita ressaca e eu quero a aspirina, agora agora!! – Sua voz era um rosnado trovejante, cheia de ameaça.
Ela ficou em estado de choque com seu tom de voz e sentiu no rosto a drenagem de todas as cores. Seus olhos se encheram de lágrimas de raiva e mágoa reprimida e ela se voltou para a gaveta para tirar o que ele exigia. Ela encontrou uma garrafa de aspirina e abriu a tampa, com raiva. Ela ficou a três metros de distância dele e virou-se para encará-lo, lágrimas incontroláveis que conseguiram irritá-la ainda deixavam um caminho molhado em suas bochechas.
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Ela o observou quando ele olhou para ela por cima de sua xícara de café, sem dúvida olhando as lágrimas. Uma carranca desceu pesadamente sobre suas feições, como se tudo fosse culpa dela. Era demais para ela aguentar. Ela jogou a garrafa aberta para ele e derramou todo o pote de pílulas brancas sobre ele. - Tome a sua aspirina, idiota. Afastando-se dele e da confusão que tinha acabado de fazer, ela saiu da sala sem demora, não corajosa o suficiente para olhar atrás e ver como ele reagiu. Com um rosnado de fúria, ele se levantou de sua cadeira, que se arrastou no chão, e a seguiu. Pânico e medo bateram através dela e ela sabia que ele estava prestes a persegui-la por toda a cobertura. Ela não parou para pensar. Apenas correu. Correu pelo corredor em direção a seu quarto, correu para dentro e bateu a porta e fechando-a o mais rápido que podia. Imediatamente, ele começou a bater em sua porta. A vibração do que soou como seu punho batendo na madeira acima de sua cabeça, onde ela se apoiava, fazia com que ela deslizasse para longe e de volta para a porta, em silenciosa descrença. Seu coração disparou e ela congelou, olhando para a porta, enraizada no lugar. - Abra a porta! - Ele gritou. Ela permaneceu muda e seus pés ficaram fi caram parados no lugar, enquanto que com co m uma mão ela alcançou a cabeceira da cama para se firmar. - Abra a maldita porta, Natalie. 79
Ela lambeu os lábios e respirou fundo, preparando sua voz para ser forte. – Sem chances. - Você tem trinta segundos para abrir. Eu estou indo tomar a porra da aspirina e volto com a chave desta porta. Confie em mim quando eu digo que as coisas serão melhores para você se abri-la abri -la sozinha. Natalie o ouviu se afastar da porta e enquanto um horror real corria por sua mente. Que diabos ela tinha feito? O que ela deveria fazer fazer agora? Ela não ia abrir a porta, isso ela sabia. Mas apesar disso, ela sabia que tinha que tomar uma decisão nos próximos segundos. Ela precisava se acalmar. Precisava ter controle e não sentir medo, ou pelo menos parecer estar assim. Além disso, um animal selvagem era mais propenso a atacar se sentisse o medo. Ela foi se sentar no meio da cama e pegou a revista que havia planejando ler mais tarde, como se ela não tivesse uma preocupação no mundo. E de repente lhe ocorreu que o último lugar onde ela queria ser encurralada era na cama. Ou ainda no seu quarto. Ela voou para a porta e abriu-a, preparando-se para ir até a relativa segurança da sala. Marco estava na entrada de seu quarto e um movimento do corpo dela para frente impulsionou seu torso a poucos centímetros de chocar-se contra ele. Ela chegou a parar bruscamente para não colidir com ele. Ele estava ali todo o tempo? O medo e a raiva dominaram suas emoções. - Você me enganou. Você não tem uma chave. - Ela começou a empurrá-lo para passar.
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- Idiota? Você me chamou de idiota? - Ele sibilou, uma veia no lado do seu pescoços e contraiu, hostilidade fervia em seu corpo enquanto ele bloqueava a tentativa dela de passar por ele.
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Capítulo Cinco
Um frio pairou no ar com suas palavras e as feições de Natalie endureceram em resposta, tanto raiva quanto medo escorrendo em suas veias e ela estava determinada a controlar. - Você mentiu para mim. Não existe nenhuma chave. Ela se esquivou para passar por ele novamente e ele continuou a bloquear seu corpo. - Eu tenho a chave. - Sua voz era perigosamente desdenhosa enquanto ele levantava a chave na frente de seu rosto e, então, rapidamente embolsou antes que suas mãos pudessem alcançá-la. - Não é realmente meu quarto se você tem a chave. - Ela retrucou, tentando evitar seu toque, mas com os dedos em seus ombros, ele a fixava no lugar. - Não é seu quarto. É onde eu permito que você durma. - Sua voz estava desdenhosa e com raiva, as palavras saíram dentre seus dentes cerrados. - Deixe-me sair. - Disse ela com voz trêmula, tentando afastar-se dele. - Fique quieta. - Ele sibilou. Havia ameaça em sua voz e isso efetivamente acalmou os movimentos dela que o encarou antes de mover seus olhos para longe dele. - Não me ameace. - Disse ela sussurrando em raiva. - Eu juro que chamo a polícia. - Ela sentiu seu toque endurecer em seus ombros e então ele retirou uma mão dela e colocou-a lentamente no bolso. - Você vai precisar de seu telefone pra isso. - Suas palavras carregavam uma pitada de sarcasmo quando ele retirou o telefone dela do bolso, ele deve tê-lo 82
pego depois que ela saiu da cozinha. Ele o jogou a alguns metros, caindo sobre a cama. Sua mão se moveu de volta para seu ombro e Natalie ficou completamente em silêncio enquanto ela fechava seus olhos. Ficaram assim por alguns segundos e ela tentou seu melhor para não tremer, mas era impossível. Ele estava muito perto, sua pele estava muito quente e ela sabia que ele podia sentir os movimentos instáveis de seu corpo. Ele colocou um dedo sob seu queixo e ergueu seu o rosto para ele. Os olhos dela se mantiveram fechados. - Abra os seus olhos. - Exigiu. Foi apenas uma pequena medida de desafio, mas Natalie esperou alguns segundos antes de lentamente levantar suas pálpebras e encontrou-o encarando-a demasiado perto. Seus olhos, apesar de injetados, eram de um profundo castanho chocolate enquanto olhavam nos dela, foi com esforço que Natalie manteve seu olhar nele. - Eu não preciso do tipo de merda que você acabou de fazer. - Seu polegar roçava em seu queixo. - Há um par de coisas que você precisa aprender sobre mim e rapidamente. Eu não respondo bem a ameaças ou temperamento de birras. Lágrimas não me comovem nunca. - Seus olhos procuraram os dela e então ele terminou com os dentes cerrados: - Eu nunca peço desculpas. Ele continuou a estudar seu rosto, a revolta emocional de repente teve efeito em Natalie e a vontade de continuar lutando contra ele desapareceu. Seu corpo tremeu e seu torso dobrou, sua pélvis encontrou as coxas dele quando ela desistiu e deixou seu peso cair contra ele. Os olhos dele queimaram em resposta, ele moveu as mãos de seus ombros, deslizando um braço ao redor da cintura dela para suportar o peso de seu corpo, e deslizando o outro por sua
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bochecha indo até seus cabelos onde ele agarrou seu couro cabeludo, levantando o rosto dela para o dele. A diferença entre alturas era enorme e Natalie se sentiu completamente eclipsada por seu tamanho e pelos músculos em torno dela. Contra sua vontade, a aura sexual que ele possuía, e que ela sempre tentou ignorar, envolveu seus sentidos. Quando sua mão se apertou em seu cabelo e seu aroma caiu sobre ela, seu coração disparou e uma corrente vertiginosa de eletricidade caiu sobre ela. De repente, ela entendeu exatamente como se sentia vulnerável a ele. Ele a estudou por um momento e começou a falar. - Eu tive uma péssima noite e estou tendo uma manhã ruim. - Sua voz se tornou mais profunda e sem raiva. - Eu não costumo beber muito. Minha cabeça está me matando de dor. Tanya é uma cadela, mas acabou e eu não quero pensar mais sobre ela. - A mão dele em torno de sua cintura começou a acariciá-la, ele se inclinou e colocou seus lábios sobre sua testa. Ele manteve essa posição por um momento, enquanto o coração de Natalie continuava batendo furiosamente em seu peito. Seus lábios se moviam lentamente para frente e para trás em sua testa, e pareceu como se ele estivesse respirando seu perfume. Um choque de prazer furtivamente fez o seu caminho através das veias dela. - Eu não deveria ter agarrado você. - Disse ele contra sua pele. - Eu sei que você estava apenas tentando me ajudar. A respiração de Natalie engatou e um redemoinho começou em sua cabeça enquanto ela tentava dar sentido ao que ele estava dizendo. Ele nunca se desculpou? As palavras “Eu sinto muito” ou “Peço desculpas” nunca vieram a seus lábios, mas tudo o que ele estava dizendo soava incrivelmente arrependido e isso a confundiu ainda mais. 84
Antes que ela pudesse pensar muito sobre isso, ele levantou a cabeça e encontrou seu olhar mais uma vez. - Preciso ir para o banco e já estou atrasado. - Sua mão saiu de seu cabelo e os nós dos seus dedos roçaram sua bochecha. - Você ficar bem? - Sim. - Sua voz era er a pouco mais que um sussurro. - Você estará aqui quando eu voltar? O ligeiro vestígio de vulnerabilidade estava tão bem escondido que Natalie quase não percebeu. Mas pelo som de sua voz, ela sabia a resposta que ele queria e ela hesitou apenas momentaneamente momentaneamente antes de dar a ele. - Sim. - Estarei em casa para o jantar. - Acrescentou. - Ok. Os olhos dele a engoliram por alguns segundos, enquanto procuravam os dela. Algo intenso queimava entre eles e um formigamento na boca do estômago dela deslizou para baixo e aterrissou em uma onda de calor entre suas coxas. - Você é tão doce. - Sua voz parecia em agonia, mas Natalie perdeu completamente a capacidade de pensar quando a boca dele pousou sobre a dela e ela experimentou seu beijo pela primeira vez. Ele durou apenas um segundo e seus lábios permaneceram fechados sobre os dela, mais como um pai faria em uma criança. Mas o beijo não era de qualquer forma parecido com o de um pai e um novo tremor pairou sobre a espinha dela. Seus olhos ainda estavam fechados quando o sentiu soltá-la e ir embora, permitindo que ela começasse a respirar novamente.
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**** Trinta minutos ou mais depois que ele saiu, Natalie ainda estava um pouco atordoada com os acontecimentos da manhã. Ela caminhou pela cobertura sem rumo e depois voltou para seu quarto onde seus olhos caíram no telefone que ele jogou em sua cama mais cedo. Com sua mente funcionando a mil por hora, ela pegou o telefone e sua bolsa e correu para dentro de seu banheiro. Sentou-se no chão e tirou de sua bolsa o celular pré-pago que estava usando antes de conhecê-lo. Ela estudou os dois telefones com cuidado enquanto sua mente corria. Marco a estava deixando louca e sem equilíbrio e não havia absolutamente nenhuma dúvida de que ele era lindo e fazia seu coração disparar. E agora que ele havia rompido com Tanya, ela precisava saber se poderia confiar nele o suficiente para permanecer ali. Ela já estava em perigo de cair sob seu feitiço. Ela precisava saber o que ele fazia para monitorá-la. Ela nem sabia com certeza se ele a estava seguindo. Talvez o dia em que ele veio em seu socorro pudesse ter sido de fato uma coincidência. Mas ela tinha a maldita certeza de que não. Se fosse apenas o localizador GPS em seu telefone, ela pensaria que ele estaria sendo cuidadoso com seu investimento, já que el e insinuou que era isso que ela era para ele. Afinal, ela devia a ele um monte de dinheiro. Mas se o cara tinha câmeras sobre ela ou se a monitorava no computador, então teria que sair dali. Ela olhou ao redor da pequena sala. Certamente, se ele realmente tinha câmeras ao redor do apartamento, não as teria no banheiro. Se tivesse, ele era menor do que baixo. Ela lhe daria o benefício da dúvida, pelo menos por agora.
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A questão era como ela pode descobrir o que ele tinha feito. Como ela descobriria senão poderia usar seu próprio computador para fazer uma pesquisa sobre o assunto? Ela precisava chegar a uma biblioteca pública, onde sabia que poderia usar os computadores com privacidade. Mas não queria que ele descobrisse que havia saído particularmente para pesquisar sobre ele, não agora. Talvez depois. Ela não sabia nada sobre tecnologia. Ela não sabia nada sobre computadores ou os meandros de como eles trabalhavam. Tudo que ela sabia era o básico, coisas que havia aprendido na escola, como o PowerPoint e Excel. Mas ela sabia várias coisas sobre telefones celulares. Provavelmente, apenas o suficiente para deixá-la com problemas, mas o pequeno conhecimento que tinha era tudo do que precisava para trabalhar no momento. Obviamente, ela sabia o telefone que ele havia lhe dado tinha acesso à Internet. Ela sabia que quando estava no apartamento usava o wi-fi do prédio. Quando ela o levou para fora, o celular pegou o sinal a partir da operadora de celular. E para muita sorte dela, era a mesma operadora de celular na qual ela havia comprado seu celular pré-pago. Ela tinha certeza de que havia um cartão SIM em seu telefone antigo, porque ela o tinha levado para fora uma vez, quando pensou que seu telefone tinha sido molhado. Ela estava bastante certa de que a maioria dos smartphones vinha com cartões SIM, mas não todos eles. Ela sabia que os smartphones em si eram um pequeno computador que permitiam o acesso à Internet, tanto quanto um tablet, mas em uma escala minúscula. O cartão SIM possuía um pouco de crédito, o que permitia o telefone fazer chamadas. Então, o que ela estava planejando era simples na teoria, mas perigoso, porque era onde seu conhecimento tornar-se-ia completamente exposto. Ela pensou que se houvesse um cartão SIM no smartphone, ela poderia apenas trocar e então levar consigo seu telefone original quando deixasse o edifício, 87
deixando assim o dispositivo de rastreamento em seu quarto. Dessa forma, se ele telefonasse ou lhe enviasse uma mensagem de texto, ela poderia responder e ele nunca saberia que ela não estava no apartamento. Mas ela não tinha certeza de um par de coisas. Bem, de muitas coisas, mas ela não precisava de mais problemas. Ela não tinha idéia do tipo de aplicativo ou software que Marco estava usando para localizá-la. Ela não podia ver no smartphone um ícone que indicasse uma simples aplicação de rastreamento para telefone perdido. Mas isso fazia sentido, porque se ele a estava seguindo escondido, ele não iria querer que fosse abertamente visível para ela. Ela não tinha idéia que tipo de sistema ele estava usando e mesmo se soubesse, seria ali que seus conhecimentos terminariam. Então ela chegou ao outro grande problema. Se ela conseguisse trocar os cartões SIM, o componente que faltava desativaria o dispositivo de rastreamento e iria alertá-lo imediatamente? Ou será que, como ela estava esperando, continuaria a rastrear o telefone no apartamento, nunca alertando para o fato de o telefone ter sido separado do cartão SIM? Ela provavelmente nunca saberia as respostas sem perguntar a Marco, o que, obviamente, não estava preparada para fazer. Pelo menos não ainda. E nada disso teria sido possível se ela não tivesse visto seu primo desbloquear um smartphone há um ano para que pudesse usar em outra operadora. Ele garantiu a ela que era perfeitamente legal, como se ele tivesse comprado o telefone popular pelo preço integral em uma loja de celulares. Sim. Se ele ao menos tivesse comprado um seguro de responsab r esponsabilidade ilidade civil em vez disso. Ela estabilizou seus nervos e tirou uma lixa de unhas e um clipe de papel de sua bolsa e colocou-os de lado. Ela tinha tudo pronto para deixar o apartamento, ela própria incluída, porque se ela fosse bem sucedida, no segundo seguinte em que tivesse trocado os cartões SIM, ela estaria andando porta afora.
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Dez minutos mais tarde, ela havia trocado os cartões SIM entre os telefones. Claro, ela ainda não sabia se Marco iria ou não descobrir se ela havia deixado o prédio, mas ela estava disposta a ter essa chance. Ela já havia decidido o melhor lugar para deixar seu smartphone e sua primeira inclinação foi escondê-lo, mas então ela imediatamente mudou de idéia porque se estava sendo monitorado, Marco saberia onde encontrá-lo de qualquer maneira. E se ele voltasse para casa em busca de seu celular, sua história seria de que o havia esquecido. É claro que essa desculpa só funcionaria se Marco não tentasse contatá-la enquanto ela estivesse fora. De qualquer maneira, ela tentaria a chance. Ela saiu do banheiro e, como não sabia se estava sendo observada, casualmente caminhou até sua cama e começou a afofar os travesseiros e colocou a revista sobre a mesa de cabeceira. Ela deixou cair o celular na cama onde Marco o tinha originalmente jogado e então ela saiu saiu para encontrar a biblioteca pública.
**** Natalie estava determinada a voltar o mais rápido possível. Se ela tivesse desativado o dispositivo de rastreamento, o que ela absolutamente não queria ter feito, Marco ficaria puto com certeza. Ela teve um momento de alto nervosismo sentada na biblioteca após os primeiros trinta minutos se passarem. Havia informações sobre telefones celulares por todo lugar na Internet. A tecnologia estava mudando tão rapidamente que qualquer uma de uma série de coisas estaria disponível para Marco. Ela terminou de ler tão rapidamente quanto podia, erguendo os olhos continuamente da mesa onde havia se sentado, com suas costas contra a parede, olhando para a entrada da biblioteca.
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Ela conseguiu uma informação decente em menos de uma hora e caminhou de volta para o apartamento, rezando como o inferno para que ele não estivesse esperando por ela. Ela sabia o que procurar. Ela trocou suas roupas para um short esfarrapado, que já tinha visto dias melhores, trocou de volta os cartões SIM e então se preparou para agir como se estivesse espanando a casa com força total, enquanto procurava itens ocultos que poderiam ou não estar lá. Uma hora depois, ela estava 98% certa de que não estava sendo fisicamente vigiada. Quanto a seu computador e com suas limitadas habilidades, ela sabia que provavelmente nunca teria certeza se Marco o havia adulterado ou não. Ela não achava que ele tivesse feito isso, mas, novamente, ela não poderia ter certeza. Monitorar sua digitação teria sido feito através de software que poderia ter sido instalado e outro que o teria apagado completamente, por alguém que sabia o que estava fazendo. As mãos dela estavam atadas. E mesmo assim, isso poderia não ser uma medida completamen co mpletamente te preventiva. E ela não podia se dar ao luxo de fazê-lo. Mas isso não importava muito mais, porque ela descobriu o que precisava saber. Além de querer saber de que merda ele era capaz, ela não estava querendo manter nada escondido dele e, por hora, ela seria cuidadosa ao usar o laptop. Ela deu um enorme suspiro de alívio. Mesmo que ela estivesse chateada com o que Marco tinha feito com o telefone dela, ela não acreditava que ele era um demente, um controlador. Retirando o que disse, ela ainda pensava que ele era controlador, mas ela tinha certeza de que a principal questão era o dinheiro que ela lhe devia. Ela solicitou um cartão de biblioteca e pegou emprestada uma pilha de livros enquanto ela estava lá, só para ver qual seria a reação de Marco. Sim, ela 90
seria capaz de saber se ele a estava rastreando por sua reação a uma pilha de livros. Uma sensação de vingança muito gratificante deslizou por ela. Ela saberia em breve. **** Natalie estava sentada na ilha do centro da cozinha quando Marco chegou à casa do trabalho. Uma panela de molho de espaguete estava fervendo no fogão e a massa e o pão francês já estavam preparados também. também. Ela folheou um livro colorido, um dos que havia obtido na biblioteca, e mais outros cinco livros estavam empilhados ao lado dela, definitivamente difícil que ele não visse. Ela o ouviu entrar, mas fingiu estar absorvida no que estava lendo enquanto ela distraidamente estendia a mão e pegava uma Coca Diet. - Oi. Ela pulou e girou a cadeira em sua direção. Após a manhã que eles tiveram, ela não tinha certeza se queria jogar este jogo. - Oi - Ela disse suavemente, mantendo seu olhar. - Espero que você goste de espaguete. - Sou italiano. - Ele sorriu para ela quando entrou mais um passo na cozinha. Ela sorriu um meio sorriso em resposta e levantou-se da cadeira, indo para o fogão. - Você está pronto para comer? - Sim. Dê-me 10 minutos para tomar um banho.
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- Tudo bem. - Disse ela tão docemente quanto podia. Suas emoções estavam por toda parte. Ela estava prestes a saber com certeza. E o fato de que ele havia rompido com Tanya estava batendo alto em torno de seu cérebro, recusando-se a ser ignorado. Ela sentiu que Marco havia parado na porta em vez de virar e sair. Ela parou de mexer o molho e virou-se com um questionamento no olhar. Ele estava olhando para a pilha de livros como se nunca tinha visto antes. - De onde é que eles vieram? - Eu encontrei a biblioteca pública hoje. - Ela disse tentando manter seu tom o mais normal possível e depois sorriu para ele novamente, antes de mexer mais uma vez o molho. Não se anime ainda. Ela divagava a espera da reação dele. - O macarrão não é nada extravagante. Ainda não tenho os ingredientes certos para tentar qualquer dessas receitas. - Ela indicou o livro aberto na mesa da cozinha. Ele estreitou os olhos levemente e uma carranca ficou entre suas sobrancelhas. - Espero que você tenha se lembrado de levar o telefone com você. O centro nem sempre é um lugar seguro. Ela abaixou o olhar e apenas voltou a mexer o molho. - Natalie, você se lembrou de levar o seu telefone, não foi? - Suas palavras estavam tão controladas quanto ela já tinha ti nha ouvido antes.
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Bastardo! Ele estava seguindo seus movimentos com o maldito telefone. Ela se virou e encontrou seus olhos apenas brevemente antes de deixá-los cair uma vez mais. Deus, suas habilidades de atuação eram fantásticas! Ela não tinha conhecimento disso sobre ela mesma. - Não, eu não o levei. Eu nem sequer percebi que não o tinha levado até eu voltar e encontrá-lo na cama. - Ela olhou para ele e mordeu o lábio. - Sinto muito, Marco. Ele estudou seus olhos penetrantes, tentando mergulhar profundamente em sua mente. - Eu me sentiria melhor, se você levasse o telefone com você quando deixasse o prédio, Natalie. Só estou pensando em sua segurança. Seus olhos brilhavam duramente. -Você acha que pode se lembrar disso? - Eu vou fazer o meu melhor, eu prometo. - Babaca. **** Tarde naquela noite, quando Natalie estava se aprontando para a cama, uma batida forte sacudiu sua porta, imediatamente em seguida, Marco a abriu e ficou no limiar. Ela suspirou e virou-se a partir de sua cômoda, ficando frente a frente com ele, agarrando o top do pijama contra seu peito nu. Graças a Deus que ela teve tempo de colocar o short do pijama alguns segundos antes. Respirando pesadamente, ela recuou um passo até que suas costas encontraram a cômoda. - O que você quer? Ele ficou parado no limiar na porta, uma cor súbita destacou as maçãs do rosto dele e suas narinas dilataram. - Preciso de companhia amanhã à noite. Eu levaria Tanya, então você terá que ir comigo. - Ele começou a caminhar em direção a ela e Natalie não pode fazer sua garganta funcionar o suficiente para responder-lhe, não quando seu cérebro estava funcionando precariamente. 93
Ele parou a poucos centímetros dela, levantou um cartão preto da American Expresse mostrou a ela antes de chegar por trás e colocá-lo sobre sua cômoda. Seus olhos se arregalaram em seu rosto e ela soube o instante no qual o olhar dele deixou o dela para pousar no espelho atrás, onde podia vê-la nua. Ela agarrou o top do pijama contra o peito, tentando não hiperventilar. Sensibilização correndo de seios a sua barriga e suas coxas começaram a tremer. – Você não pode encontrar outra pessoa? - Onde é que eu vou encontrar alguém em tão curto prazo? - Seus olhos pousaram nos dela novamente antes de deslizar para baixo, concentrando-se em sua clavícula. - Eu... Eu não sei. Ele estendeu a mão e um único dedo se moveu suavemente pra frente e pra trás por cima da clavícula dela enquanto ele falava. - Haverá um carro esperando por você às dez da manhã. Leve o cartão e vá comprar o que precisar. É apenas um evento semi-formal, um vestido de cocktail ficará bem. Sapatos, bolsa, maquiagem, cabelo, consiga o que você quiser, gaste o quanto quiser. Chame Joy antes de sair e ela fará os arranjos. Ela saberá o que você deve fazer e para onde ir. Seu coração martelava e ela mal entendia uma palavra do que ele dizia. A única célula que ainda tinha no cérebro estava focada inteiramente no dedo que a estava acariciando. Sua língua passou em seus lábios secos e ela sentiu os olhos de Marco caírem em sua boca. - Eu não acho que seja uma boa idéia, Marco. 94
- É apenas uma pequena instituição de caridade que o banco sustenta. Você vai ficar bem. - Ele estendeu a mão, levantando seu queixo e seus olhos se encontraram com os dela. - Como não ficaria bem? Você é linda! - O polegar dele passou em seu lábio inferior e ela tremeu, sentindo-se balançando em direção a ele, enquanto seu corpo inteiro ficava inundado com desejo. - Tão bonita. - Os olhos dele deixaram os dela, percorrendo seu cabelo, seu corpo, todo o caminho até seus pés e, em seguida, voltando a seu rosto novamente. - Muito, muito bonita! - Ele El e sussurrou. Marco refreou a luxúria que arranhou através de suas entranhas quando Natalie agarrou seus ombros com as mãos que tremiam. Ele sabia que ela não percebeu que o top que ela estava se cobrindo escorregou e caiu entre eles. Seus seios nus ficaram pressionados contra seu estômago e o toque suave deles, depois de semanas querendo-a e não sendo capaz de tocá-la, era quase demais para suportar. Ele deveria ter terminado com Tanya no momento em que conheceu Natalie. Ele poderia muito bem ter feito isso. Não havia dormido com ela desde que tinha posto os olhos em Natalie. Natalie o perturbava de todas as maneiras possíveis que uma mulher poderia perturbar um homem. Reconheceu isso e não pretendia combater por mais tempo. Ele tinha que tê-la e logo. Não se importava muito com o quanto custaria; tê-la em sua cama havia se tornado o objetivo número um em sua mente. Era mais importante do que qualquer outra coisa em sua vida no momento, ele não seria capaz de concentrar-se no banco ou em qualquer outro assunto, até que isso acontecesse. Mas ele tinha que ir devagar. Havia algo suave e gentil a respeito dela, algo quase inocente e ingênuo que estava dizendo a ele que sedução estava em ordem. Ele sabia a idade dela, sabia que seria quase impossível que ela ainda fosse virgem. Mas a garota tremia em seus braços, esta jovem mulher que estava se afastando dele desde o primeiro dia no qual se conheceram, não havia nenhuma maneira que ela pudesse ser muito experiente. 95
Ela era como um vinho fino, delicado e sedoso, indo para sua cabeça de uma vez e fazendo seu cérebro girar. Ele queria desesperadamente tocar seus seios, queria sentir seu suave peso nas palmas de suas mãos. Queria proválos, lambê-los e chupá-los até que ela implorasse por mais. E então, ele queria dar-lhe mais. Queria dar-lhe mais até que a dor que ele sentia fosse embora de sua alma. Dor que havia sido lentamente construída desde o dia em que a conheceu. Ele a queria desde então e isso só tinha piorado a cada dia que passava. Vendo-a, cheirando-a e observando-a. Ele não havia deixado de notar, em todos os seus 32 anos, que nunca quis outra mulher vivendo em sua casa. Nunca quis que ninguém chegasse perto dele. **** Desde que era um adolescente, crescendo na casa de seu avô, com o nome do seu avô e seu dinheiro, ele tinha uma marca para mulheres gananciosas. Ele perdeu sua virgindade aos 15 para uma mulher 15 anos mais velha que tinha ido até seu quarto em uma noite que seu avô estava dando uma festa. Ela era bonita e experiente e ele tinha caído sob seu feitiço naquela noite, pó ralgumas horas. Ele descobriu mais tarde que ela não tinha ido sozinha à festa. Ela tinha deixado seu acompanhante e se afastado para encontrá-lo. A experiência tinha deixado um sabor amargo em sua boca, fazendo-o sentirse ingênuo e estúpido, mas isso havia ensinado uma lição a ele. Sexo era sexo. Era uma função corporal, uma necessidade que tinha de ser saciada. As mulheres com as quais ele havia ficado na faculdade tinham sido gananciosas também, cada uma delas... só pelo dinheiro. Ele cometeu o erro uma vez, no seu último últi mo ano, ao pensar que alguém o queria por ele mesm mesmo. o. Mas então ele ouviu uma conversa que endureceu seu coração
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para sempre. Era a mesma história novamente. Menino rico, mulher gananciosa. E desde então, ele nunca deixou ninguém, nem mesmo remotamente, perto de mudar de idéia. Havia aprendido há muito tempo atrás nunca deixar uma mulher chegar perto dele. Ele não tinha orgulho de dizer que andou no lado escuro do sexo quando o mesmo veio para sua vida. Ele fez coisas que, se parasse para pensar, sentiria vergonha. Mas ele tinha aprendido há muito tempo atrás a não pensar no sexo quando isso acabava. Ele sempre tentou encontrar parceiras que tinham a mesma fome que ele. Nada estava fora do limite para ele, exceto com outros homens. Ele tinha ficado tão desiludido com toda a traição que viu a seu redor que até mesmo o matrimônio não era uma instituição que respeitava mais. Ele só se permitia ir atrás de mulheres experientes, mulheres que sabiam as regras do jogo e ficavam felizes em jogar, de fato, eram elas el as que geralmente instigavam instig avam no jogo. Ele não teve namoradas, ele teve parceiras sexuais e, algumas vezes, mais de uma. Havia mulheres no passado, mulheres como Tanya, que queriam rotularse como suas namoradas, ainda que ele falasse sem rodeios, desde o início, quais eram suas necessidades. Ele nunca havia pensado em qualquer uma delas como sua. Nem mesmo Tanya. Ele nunca teve uma mulher só sua. Como poderia Tanya ter pensado, até mesmo por meio segundo, que ela pertencia a ele, que ele iria compartilhar a vida com ela? Logo depois que se conheceram, ela o levou a uma festa que conseguiu chocá-lo, mesmo frio e cínico como ele era. Havia se tornado óbvio para ele imediatamente que o evento era uma desculpa para troca de par ceiros sexuais. Ele soube imediatamente quais suas escolhas eram. Ele poderia sair ou ficar e 97
seguir o fluxo. Se ficasse, seu coração se tornaria ainda mais negro. Mas naquela altura, ele já havia condenado a si mesmo em sua própria mente e não pôde encontrar uma razão para sair. Ele não ligava para Tanya e depois daquela noite, e todas as noites desde então, ele a via, e a todas as miríades de mulheres com as quais havia dormido, como nada mais do que alívio sexual. Ele sempre se protegeu contra gravidez e doenças tão bem quanto podia. Usava preservativo religiosamente. Tinha feito exames regulares de sangue e se testado várias vezes por ano. Na verdade, ele tinha acabado de receber um atestado de saúde nas semanas passada. E agora Natalie tinha entrado em sua vida e ele estava sentindo coisas por ela que nunca pensou ser possível. Teria ele alguma na vida desejado tanto uma mulher? Ele não se lembrava de já ter desejado, alguma vez na vida, algo tanto assim. Isso estava tomando seu cérebro, infiltrando-se em cada momento de sua vida. Tê-la em sua casa e não ser capaz de tocá-la. Deus. **** Natalie começou a tremer de verdade, a mão de Marco mergulhou em seu cabelo enquanto seu braço serpenteava em volta de sua cintura e puxou-a para cima contra seu peito. Ele ouviu o ar sair de seus pulmões e sua respiração cambalear enquanto ela estava em seus braços. Ele abaixou a cabeça e seus lábios tocaram o canto de sua boca. - Você está tremendo. - Não... não, não estou. - Ela estendeu a mão e agarrou seus bíceps como se precisasse de algo sólido para se segurar. - Oh, baby, você está. Eu faço você tremer? - Com seu silêncio, ele moveu seus lábios nos dela e beijou-a suavemente. - Você está pronta agora? Vou beijar você.
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Assim que disse isso, ele puxou o lábio inferior de Natalie entre os dentes e ela soltou um pequeno e incontrolável i ncontrolável gemido. Ele correu os lábios nos dela, sentindo seu cheiro e a sensação dela, e deslizou os dedos em seu queixo e puxava-o para baixo, exigindo acesso ao interior de sua boca doce. Ele enfiou a língua na boca de Natalie, endureceu suas entranhas contra sua resposta instantânea a ela, tentando como como o inferno ser gentil. Ele se deixaria beijá-la agora, mas isso era tudo que se permitiria. Ele absolutamente não poderia arriscar que ela fugisse dele. O pensamento dela o deixando, dela com medo dele, não querendo ficar ali, não parecia certo para ele. Marco queria que ela se sentisse confortável com ele, que ela fosse feliz. Assim, ela ficaria ali e continuaria a viver em sua casa e, eventualmente, dormir dormir em sua cama. Com esse pensamento em mente, ele impiedosamente puxou-se de volta. Tirando seu braço da cintura dela enquanto continuava a beijá-la, ele pegou o top dela e a cobriu novamente. Ele terminou beijo devagar, só se permitindo alguns segundos mais de felicidade e em seguida afastou-se dela, colocando-a a distância de braço dele. Ele a observou quando ela lentamente abriu a olhos. O que ele viu quase o dizimou. Havia desejo, mas havia medo também. Medo e confusão. Ele tentou se importar, colocar-se em um lugar onde poderia pensar em deixá-la ir. Mas não conseguiu. Isso estava fora de seu alcance. Ele poderia fazer um monte de coisas para facilitar para ela, poderia ir devagar, seduzi-la suavemente, mas deixá-la ir? Não havia absolutamente nenhuma maneira no inferno. Isso não podia ser feito, estava fora de seu controle. **** 99
Natalie ouviu o barulho da porta fechando atrás de Marco enquanto ela tremia incontrolavelmente em frente a sua cômoda. Ah, ela estava em apuros. Nunca antes ela tinha sido beijada da forma como ele a beijou. Nunca em sua vida tinha sentido algo, mesmo que remotamente, parecido a como ele a fazia sentir. Seu estômago não tinha deixado de dar cambalhotas ainda, ela imaginou que seria necessário algum tempo para se acalmar. Confusão dilacerava suas entranhas. Nada em seu passado já havia lhe dado qualquer motivo para pensar que poderia confiar em um homem. Seu pai... a dor era tão intensa pelo que ele tinha feito, ela não podia nem pensar nisso. O que ele tinha feito a sua mãe... Não, ela não pensaria nisso. E sua mãe havia levado alguns anos para superar isso e voltar a confiar em outro homem. E isso não estava indo muito bem. Mesmo o namorado de Natalie na escola, àquele ao qual ela havia dado sua virgindade, tinha quebrado seu coração profunda e completamente, ela não tinha namorado muito desde então. E agora aqui estava Marco. Um homem que ela sabia ser oito anos mais velho que ela, o CEO de um banco e o mais intenso e cruel homem que ela já tinha encontrado. Ele a queria, não havia como contornar esse fato. E ela apostou os 468 dólares de sua conta bancária que ele sempre conseguia o que queria. Então, como é que ela se sentia sobre ele? Bem, ela nunca conheceu um homem mais sexy em sua vida e, não havia dúvida, ele a acendia. Mas ele parecia ter uma personalidade que era mais do que dominante e, muito francamente, a intimidava. Se ela tivesse algum controle sobre a situação, ela se sentiria cem vezes melhor. E acima de tudo que angustiava, havia a questão dos vinte mil dólares. Mas, Deus querido, seus beijos... Seus beijos tinham sido avassaladores.
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Capítulo Seis
Na manhã seguinte, às nove horas, Natalie telefonou para o escritório de Marco e falou com Joy. Depois de uma conversa inicial sobre o pomposo itinerário do dia, Natalie se abriu e expressou seus temores sobre a noite. Ela pediu à outra mulher informações para ficar mais segura e conseguiu isso. Joy conhecia Marco há anos, sabia de seus gostos e dos tipos de mulheres com as quais ele se encontrava. Ela sabia sobre o evento da instituição de caridade que estariam presentes naquela noite. Ela conversou docemente com Natalie e disse-lhe que tudo t udo daria certo. Tinha sido a imaginação de Natalie achar que a voz de Joy ficou animada quando a informou que Marco tinha ti nha terminado com Tanya? Quando o carro chegou às 10 horas, o itinerário da manhã já estava todo organizado. Shopping e salão de beleza. Todos previamente agendados e Natalie só tinha que ir e escolher o que queria. O vestido que ela havia encontrado era perfeito. Foi o mais caro que ela já comprou em sua vida, mas o preço não foi problema e ela não teve conhecimento do preço até mais tarde. tar de. Ela esperava pelo pequeno vestido preto perfeito, mas não foi com ele que ela ficou. Não, esse vestido tinha uma bainha branca, com design simples, mas quando ela o colocou, a roupa ganhou vida em seu corpo. Era curto, alguns centímetros acima dos joelhos, e acompanhado com sapatos de saltos altos prateados com pequenos apliques de diamantes fez com que ela parecesse mais alta do que realmente era. A parte de trás do vestido era ridiculamente 101
decotada, o que não permitiria ser usado com um sutiã. A frente do vestido era forrada apenas por essa razão. Em seguida, ela foi a um salão de beleza, foi levada para dentro e muito mimada. A decisão de ter seu cabelo e unhas feitos foi tirada dela, uma vez que ela estava lá para “trabalhar'. Ela deixou o salão de beleza com uma série de cosméticos e um par de brilhantes brincos. Estando agora em seu quarto em frente ao espelho, ela não conseguia conter a apreensão que gritava por sua coluna. Ela queria estar bonita, mas estava com medo de que a noite chegasse, pois sabia que de fato estaria fora de seu mundo. E ela estava um pouco preocupada com todo o dinheiro que tinha sido gasto. Marco havia chegado do trabalho pouco antes e Natalie sabia que ele estava em seu quarto se arrumando. Sua batida na porta veio muito cedo, ela não tinha tido a chance de acalmar seus nervos ainda. Ela caminhou até a porta e abriu-a e o que ela viu ali a fez esquecer completamente seu estado de nervos. Marco ficou na frente dela, vestindo um terno preto de grife, e embora ela o tivesse visto de terno muitas vezes, este estava deslumbrante. A mão dela tremia na maçaneta da porta enquanto ele ficava parado no batente estudando-a, completamente em silencio. Sua testa se enrugou e ela sentiu um nó em sua garganta. – Oi. - Ela conseguiu falar. - Olá, você parece... diferente. - Disse ele.
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O estômago Natalie caiu a seus pés. Ela queria muito que essa noite fosse agradável, mas sua declaração não soou bem a ela. Seus olhos caíram e suas mãos se torceram juntas. Ele levantou o queixo dela com o dedo e seus olhos se encontraram. - Eu sinto muito. Estraguei esse momento. Deixe-me tentar novamente. Você está linda! – Suas palavras foram exatamente as que Natalie queria ouvir, mas suas
maneiras sugeriam que ele não disse a verdade. Seus lábios estavam achatados, suas sobrancelhas puxadas para baixo em uma carranca e havia um tique visível em sua bochecha. Ela permaneceu em silêncio enquanto ele a examinava e se concentrou em tomar um fôlego após o outro. A mão esquerda de Marco deslizou do queixo dela para tocar sua orelha, ele olhou para ela e então deixou sua mão cair, deslizando para a curva entre o pescoço e o ombro. Natalie respirou fundo e olhou-o sob os cílios enquanto os olhos dele levantavam para o cabelo que o estilista havia prendido parcialmente, deixando algum comprimento cair de volta em seu pescoço. Finalmente, ele falou de novo, seu polegar roçando seu o pulso em seu pescoço. - O que você fez com o seu cabelo? - É um penteado. - Seu cérebro estava fragmentado; ela não conseguia se concentrar na conversa que estavam tendo, não enquanto seu toque estava sobre ela e seu incrível i ncrível cheiro estava enchendo suas narinas. - Estou falando sobre a cor. Ele não era dessa cor hoje de manhã, era? - Sua voz foi brusca, oposta ao modo como sua mão a acariciava. - Oh não! Chris adicionou algumas luzes. - Ela engoliu em seco, tentando manter-se firme em seus calcanhares, enquanto tentava adivinhar o significado de suas palavras. - Você não gostou deles assim? 103
Ele não respondeu sua pergunta, ignorou-a completamente enquanto continuava com sua própria linha de questionamento. - Chris. Assim como em Christine? Ela forçou seu cérebro para fora de seu contato íntimo, sua mão agora deslizava através de sua garganta e lembrou-se do estilista que trabalhou em seu cabelo. - Não, como Christopher. - Christopher? Um homem estilista fez o seu cabelo? - Seu tom foi agudo quando sua mão foi para o ombro dela e agarrou-a com força, puxando-a a alguns centímetros de seu peito. O coração de Natalie batia forte em seus ouvidos quando ela conseguiu responder. - Sim. Uma carranca escura caiu sobre as feições dele, mas em seguida seus olhos foram para o cabelo novamente e ele respirou. - Ele pr ovave ovavelmente lmente é gay. Natalie não poderia manter-se com a miríade de emoções que apareciam nas feições dele, não quando suas próprias estavam em frangalhos. - Não sei, não pensei muito sobre isso. - Como você pode não pensar sobre isso? As mãos dele estiveram em seu cabelo. - Não sei. Estava muito envolvida com o corte e a cor. Também não estava pensando se o massagista era gay ou não. Um silêncio mortal caiu entre eles e as maçãs do rosto de Marco ficaram com uma coloração vermelha. Ele respirou profundamente. - Um homem lhe fez massagem? - Sim. 104
- Por quê? - Eu não organizei nada disso, Marco! Ou até mesmo pedi isso. Foi tudo Joy quem fez. - E você o deixou? - F... Foi a primeira vez que eu tive isso na vida. - Mortificação espalhou através dela. - Tinha que ter sido uma mulher a fazer isso? Ele agarrou-a pelo punho, preparando-se para sair da sala. - No futuro, sim! **** Marco acompanhou Natalie ao lobby onde havia um carro com motorista à espera deles. Seu processo de pensamento normalmente analítico havia sido enviado ao inferno desde que tinha visto Natalie naquele vestido. Ela ficou incrível! Incrível e diferente. Ele ainda não tinha certeza se gostava. Não havia dúvidas de que ela estava deslumbrante. Deslumbrante de uma forma que o fez querer tocá-la, dar a ela o melhor orgasmo que ela já teve em sua vida e depois trancá-la em sua cobertura. O vestido era bonito, mas não era algo diferente do que qualquer de suas outras mulheres teria escolhido. Ele era branco, para início de conversa. A cor virginal ficava bem nela, aprimorava seu tom de pele e definia as curvas suaves de seu corpo. E, no entanto, também intensificou a consciência de sua inexperiente inocência. Isso o fez sentir como se estivesse prestes a seduzir uma inocente, tirar vantagem de sua inexperiência e isso não combinava com ele. Os brincos tinham que sair. Pareciam ter vindo de uma máquina de chicletes e não combinavam com onde estavam prestes a ir. Mais uma vez, eles o 105
lembravam de que ela provavelmente era inadequada para o que ele tinha planejado. Mas isso não o deteria. As luzes em seu cabelo eram outro assunto. Elas acrescentaram um elemento de brilho e profundidade ao seu cabelo, tornando-o vivo, vigoroso e sedoso. Ele queria correr os dedos através dele, apertá-los em seus punhos enquanto ele imaginava o primeiro momen momento to que afundaria dentro dela. Mas, de novo, embora o cabelo adicionasse uma nova e inegavelmente linda dimensão às feições dela, ele não teria escolhido permitir que ela fizesse isso se soubesse o resultado. Ela estava muito bonita agora, muito sedutora, também. Perceptível. E ele não queria qualquer outro homem a olhando. Ela tinha sido bonita de uma forma mais suave antes, até mesmo seriamente bonita. Mas agora, ela estava perigosamente atraente. Ele teria que estar em maldita guarda pela droga da noite toda. **** Natalie se sentou na parte de trás do carro ao lado Marco e tentou acalmar seus nervos, de modo que seu interior combinasse com sua pose externa. Ela estava trêmula de tensão e quando ele disse ao motorista que parasse em frente a uma enorme joalheria, seu coração disparou mais ainda. - Fique aqui. Estarei de volta em um minuto. - Natalie se concentrou em sua respiração e em uma pequena dobra em seu vestido que não havia notado antes, enquanto esperava.
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Marco não demorou mais que sete ou oito minutos. Ele se sentou ao lado dela e fechou a porta, mais uma vez prendendo-a no espaço íntimo do banco de trás da limusine. O carro se afastou do meio-fio e Marco entregou-lhe uma pequena caixa. – Coloque estes agora. Natalie levantou a tampa e ofegou em voz alta. Pingentes de diamantes estavam em uma cama de veludo, brilhantes e enormes. - Eu não acho... - Você não precisa achar nada, Natalie. Faça o que eu disse, coloque-os. Ela continuou a segurar a caixa em suas mãos, olhando para os diamantes. Respirou fundo quando sentiu as mãos dele nos lóbulos de sua orelha, removendo os brincos que usava. Os dedos de Marco estavam frios contra sua pele quente e uma corrente de necessidade fluiu do ponto de contato para baixo em seu corpo, incendiando-a entre suas coxas. Embolsando as bijuterias, ele levantou o primeiro brinco da caixa e colocou-o na palma de sua mão trêmula. - Vá em frente. - Eles são de verdade? - Ela deliberadamente deliberadamente afastou a consciência sexual que tinha dele e tentou concentrar-se na jóia que queria que ela colocasse. Ele levantou uma sobrancelha sardônica. Ela tentou de novo. - Eu não acho... - Querida. - Ele disse suavemente, quase suavemente demais, e seu pulso disparou novamente. - Eu não estou no clima para uma discussão. Se você continuar a discutir comigo, eu vou te calar da maneira que eu desejo, com a minha boca na sua. Do jeito que estou me sentindo agora, seu lindo penteado 107
não irá sobreviver. Nem a sua maquiagem. Possivelmente você não tenha percebido isso, mas eu tenho tido um pouco de dificuldade de manter minhas mãos longe de você. Agora, seja uma boa menina e coloque os brincos. Natalie nunca gostou de ser tratada como criança, mas a maneira como os olhos dele se moviam sobre seu corpo e então se estabeleceram nos dela, sem mencionar as palavras que saíram da sua boca, a deixou muito ciente de que ele não a via como uma criança para receber instruções. Mais como uma empregada com quem ele queria dormir ou uma potencial amante que precisava entender, metaforicamente metaforicamente falando, que estava por cima. O pensamento de estar sob ele era esmagador, explosivo e quente. Mas, novamente, o pensamento de sua personalidade dominante a deixou mais do que um pouco apreensiva. Ela tinha idade suficiente para saber para onde isso estava indo e mesmo com os vinte mil dólares entre eles, ela não achava que seria capaz de resistir a ele se fizesse uma real tentativa de seduzi-la. Pelo menos, ela não seria capaz de suportar por muito tempo. Então agora, enquanto ela colocava os brincos em suas orelhas, a questão do que exatamente ele esperava em uma relação sexual era preocupante para ela. Ela sabia que não tinha nem de perto a mesma experiência que ele e enquanto alguns conceitos sexuais eram empolgantes, até mesmo excitantes, ao serem lidos, vivê-los nunca tinha passado por sua cabeça. Ela estava assustada de verdade. Ela não queria isso. Isso a estava incomodando tanto que não pode parar a pergunta quando apareceu em sua boca. - Você é pervertido? - O que? - Sinto muito, não é da minha conta.
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- Você quer fazer com que seja da sua conta? - Os olhos dele queimaram. Diga a palavra, baby. - Não importa. Não sei por que perguntei. Os olhos dele se estreitaram sobre ela, estudando-a. - O que está perturbando você? - Realmente, não é nada! Eu não conheço você bem o suficiente para perguntar e nós não estamos envolvidos dessa maneira. - Tudo bem. Aqui está. Você me fez uma pergunta. Vou respondê-la, mas então eu lhe faço uma pergunta também. Ok? Não vamos levá-lo mais longe do que isso. - Tudo... tudo bem. Ele se recostou no assento e esticou o braço atrás dela. - Pergunte. Ela umedeceu os lábios secos com sua língua. - Você parece um dominante ao extremo. Eu só queria saber, isso me assusta. E não quero... Sua expressão tornou-se incrédula i ncrédula quando ele interrompeu sua fala desconexa com uma gargalhada. - Não, não sou pervertido. Não do jeito que você está pensando. Você tem lido ficção demais. - Ele estendeu um dedo e girou em torno de uma mecha do cabelo de Natalie enquanto falava. - Admito que gosto de estar no controle. Quando você estiver na minha cama, e você estará, imagino que descobrirá que sou exatamente o mesmo mesmo o tempo todo. Não gosto de ter que argumentar. Gosto das coisas do meu jeito. Sou um pouco mimado de qualquer maneira. Não sou diferente na cam cama. a. A mecha de cabelo em torno de seu dedo correu pelo seu comprimento e Marco começou a puxá-la, apenas com força suficiente para que seu tronco se 109
voltasse em direção a ele e as mãos dela caíssem sobre seu peito, acabando assim com a distância entre eles. Ele continuou: - Sem argumentos no meu quarto. Sem argumentos e vamos nos dar muito bem. Quando a porta se fechar, você é minha. Você não precisa se preocupar com mais nada. Nunca vou machucá-la, vou tratá-la como uma princesa, meu bem, e você nunca mais vai querer estar em outro lugar. - Seu olhar buscou ousadamente o dela e levou toda a concentração de Natalie manter os poucos centímetros entre eles e não deixar seus braços caírem completamente completamen te sobre o peito dele. Ela já estava tão apaixonada por ele que estava com medo que ele estivesse completamente certo. Uma vez que ela fosse para a sua cama, ela nunca mais iria querer estar em qualquer outro lugar. - Você entende, Natalie? - Sim. - Isso é bom. Agora é a minha vez de fazer uma pergunta. - Sua mão deixou seu cabelo e moveu-se para baixo pelo seu ombro até ficar sobre a curva de seu seio, por cima do vestido. Seu outro braço em volta da sua cintura dela, erguendo-a sobre ele até que as pernas dela montarem em seu colo. Ele começou a acariciá-la com firmeza. Natalie apertou a garganta quando ele desceu uma das alças do seu vestido pelo ombro, deixando seu seio à mostra. Ela sentiu o ar frio da noite em sua pele nua. Ele aspirou o oxigênio através de seus dentes quando olhou para o peito dela. Olhando de volta para os olhos que estavam colados ao dele, deslizou o polegar sobre o mamilo, levemente acariciando-o e levando calor úmido entre as pernas dela. A cabeça de Natalie começou a cair para o seu ombro, mas ele antecipou seu movimento e cutucou seu queixo para cima, em seguida, afundou sua boca na 110
dela. Sua língua moveu-se profundamente nos recessos de sua boca e ela começou a contorcer-se contra ele. Sua respiração ficou baixa e sua pélvis empurrou suavemente contra a dele com um u m movimento que ela não conseguia controlar. Ela gemeu suavemente em sua boca e, com esse som, os dedos dele se tornaram mais ásperos contra seu mamilo, beliscando e puxando sua carne rosa. Eles se beijaram calorosamente e o coração dela bateu de forma irregular em seu peito, a proximidade dele e seus beijos fizeram a sua cabeça e seu desejo fora de controle. Ele levantou a boca da dela, respirando entrecortadamente, e retirou sua mão do peito dela, deslizando-a infalivelmente para baixo até cair na coxa dela. Levantou então seu vestido e deslizou a mão até a seda que cobria seu monte, empurrando o elástico de lado. Ele pegou seu calor úmido por trás, deslizando seu dedo através de sua fenda e abrindo-a para ele. Ele brincou com sua abertura apertada com seu dedo contundente e disse com uma voz rouca. - Olhe para mim. Natalie levantou a cabeça do ombro dele e abriu os olhos. Mordendo o lábio inferior com os dentes, ela empurrou contra ele, seus movimentos frenéticos. Ele continuou a provocação suave com seu dedo, seus olhos segurando os dela, mas ele não disse nada. Natalie tentou com sucesso limitado parar os movimentos de seus quadris contra ele. Ela tentou distraí-lo da perigosa e erótica virada dos acontecimentos da noite. – Eu pensei que você ia me fazer uma pergunta. - Eu vou. 111
Seu útero fechou e uma nova onda de calor úmido fez com que ela se empurrasse contra ele novamente. - O que? - Ela conseguiu perguntar em um sussurro. Ele segurou o olhar dela por um batimento, dois e três... enquanto circulava sua abertura molhada. - Você acha que eu consigo fazer você gozar com meu dedo? – Enquanto ele dizia isso, seu dedo mergulhou dentro dela. A pergunta e o dedo dele afundando dentro dela, bateu em Natalie de uma vez. A sensação foi extraordinária. Inacreditavelm I nacreditavelmente, ente, inegavelmente i negavelmente extraordinária. Ele a levantou com o braço que estava rodeando a cintura dela e sua boca caiu em seu mamilo exposto, chupando-o ao mesm mesmo o tempo em e m que seu dedo girava dentro dela. Foi um assalto dedicado a seus sentidos e qualquer coisa escura e perversa que ele estava tentando realizar estava funcionando. funcionando. Ele lambeu seu mamilo, soprou sobre ele e depois começou a chupá-lo novamente, enquanto seu dedo começava a bombear dentro dela e depois se acalmava em um ponto que ele massageava com a ponta do dedo. A sensação era elétrica. Correntes de prazer agarraram-na e sua cabeça caiu pra frente quando ela tentava sufocar seu grito ao ser atingida pelos espasmos do orgasmo. Seu corpo apertou e uma sensação diferente de qualquer outra que ela já tinha experimentado antes a envolveu enquanto ela cavalgava na onda de prazer. Ela desceu lentamente e sua cabeça caiu no ombro dele novamente. - É isso, meu bem. - Ele El e deslizou seu dedo pra fora dela e segurou sua cabeça suavemente, enquanto ela tremia em seus braços. Um longo momento havia passado enquanto ela tentava acalmar a fúria em seu coração.
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Finalmente, ele falou em seu ouvido. - Nosso relacionamento acabou de mudar, Natalie. O orgasmo que você acabou de me dar foi uma mudança no jogo. Você entendeu? A cabeça dela levantou de seu ombro e ela olhou em seus olhos. Ela estudou suas feições fechadas. - O que você quer de mim, Marco? - Ela perguntou suavemente, seu corpo ainda tremendo depois do orgasmo. - Você. - Ele disse com a voz firme, olhando-a nos olhos. Ela se mexeu, de repente ansiosa em seus braços. Ela estava tentada. Deus sabe que ela estava tentada. Aquela palavra dele parecia tão final, com tanta certeza. Ela precisava de esclarecimentos, esclarecimentos, mas mal podia falar. - Eu? - Sim, você! Na minha cama. Ela lambeu os lábios. - Você disse que seria uma virada de jogo. Ainda viveria com você? Moraria em seu apartamento, quero dizer. - Sem dúvida. Isso não vai mudar. - Seu tom era inflexível. - Então, você quer uma namorada? - Ela questionou. Ele hesitou. - Não. Não uma namorada. - Então o que? - Eu quero um acordo. Um acordo? Por que diabos você coloca dessa forma? - O que... O que seria este acordo exatamente? Que tipo de acordo? - Dúvida e insegurança bateram um tambor alto em sua cabeça. - Amigos com benefícios? - Ela perguntou esperançosa.
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O olhar que ele deu a ela perfurou seu coração. - Nós não somos amigos, Natalie. - Ele soltou isso como uma pequena bomba na calmaria da noite, um calor escaldante em sua voz. Emoções misturadas surgiram através dela. Ela sabia o que ele estava insinuando, que a constantemente tensão sexual entre eles não permitiria uma mera amizade. Mas um minúsculo rio de medo estava se misturado à forte atração que sempre sentia quando estava próxima a ele. Um medo que estava dizendo que ela nunca iria querer ser inimiga deste homem e ela sentiu pena de quem tivesse seu lado ruim. - Ser amigos não é ruim. Nós poderíamos ser amigos... - Sua voz sumiu. - Não, Natalie! Nós não podemos ser amigos, isso é uma emoção inofensiva que não tem droga nenhuma a ver com a maneira que você me faz sentir. Eu não tenho vontade de descarregar em você como foi meu dia ou sentar ao seu lado sem tocá-la e ver um maldito filme. Essas não são as coisas que eu quero de você. Ela ouviu seu discurso com a cabeça rodado. Ela sabia a essência do que ele estava deixando de dizer. Tudo o que ele queria era foder seus miolos. Ela permaneceu em silêncio enquanto digeria digeria o que ele tinha dito até agora. Ele continuou: - Eu quero uma companhia para eventos como hoje à noite. Quero você como minha parceira sexual, vivendo comigo para que eu não tenha que sair em busca de... alívio. - E o dinheiro que lhe devo da batida do carro? Ele ignorou a pergunta dela e fez uma pergunta sua, com um de seus polegares passando em seu lábio inferior. - Você quer dormir comigo? Alguma vez você já pensou sobre como seria estar nua na minha cama? Abrir-se para mim? Deixe-me tirar de você o que eu quero e eu lhe darei t udo o que precisa.
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Seu olhar fixo no dela, seu polegar fazendo rios de necessidade passarem através dela. Natalie ficou quase hipnotizada. Um calor sensual passou entre eles e suas pernas tremeram quando ela tentou segurar-se por cima dele. Não havia absolutamente nenhuma dúvida de que ela queria dormir com ele. Ela teria que ter mais de 90 anos ou ser uma lésbica para não quer dormir com ele e ainda assim ela provavelm provavelmente ente estaria mais do que curiosa. - Responda-me, querida. - Sim, eu já pensei nisso. A mão de Marco se espalhou no cabelo dela, mantendo-a cativa. - E? É isso o que você quer? - Sim. - Então está resolvido. r esolvido. - Não, ainda não. Não estou nem um pouco confortável com a situação. - Aqui está como vamos jogar isso. A dívida será anulada e sem efeito se você me fizer uma promessa, diga-me que será minha exclusivamente. Essa é a promessa que quero de você. Deixarei a dívida pra lá. Nunca mais falarei sobre isso de novo. - Isso não está certo! Sinto como se estivesse tirando vantagem de você. Ele a cortou com uma risada áspera. - Não, você não está! Aceite minha palavra sobre isso. Eu só quero você. Apenas você e não o seu dinheiro, não o seu serviço de limpeza. - Se eu fizer essa promessa, não me importo de continuar a cuidar da cobertura. É fácil e não é nenhum problema, a menos que você prefira que eu tente encontrar um emprego em outro lugar?
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- Não, não procure emprego. Prefiro que você fique na cobertura quando eu precisar de você. Se a arrumação não é demais para você, você pode continuar a fazê-lo. Eu não gosto de estranhos em minha casa de qualquer maneira. - Tudo bem. Só mais uma coisa. - Ela engoliu. Ela não sabia como dizer isto, mas teria que ser parte do arranjo, de modo que ela só ia cuspir para fora. - A exclusividade que você mencionou, ela será nos dois sentidos? Eu não posso fazer isso se não for assim. - Você é tudo o que eu quero. Ela estudou sua expressão. - Temos um acordo? Você vai ser exclusivo para mim também? - Você terá que aprender a confiar em mim, Natalie. - Seu rosto ficou tenso e sua voz tinha um tom de desaprovação. Como você confia em mim? Confia tanto que controla os meus movimentos? -
Espero confiar em você algum dia. Por agora, vou aceitar a sua palavra, se você me der. - Você tem. - Ele olhou para ela com firmeza, fir meza, questionando questionando o que ela quis dizer com aquilo. O carro estava estacionando em uma calçada e Natalie queria colocar esse assunto pra trás e seguir em frente a partir daqui. - Ok. - Sim? Você está bem com tudo isso? Nós temos um acordo? - Ele exigiu saber.
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A cabeça de Natalie estalou de volta para ele e estudou suas feições. Um acordo? Ele estava chamando o início de sua relação como um acordo? Mas então, ele não via isso como um relacionamento, era um arranjo para ele. Ela precisava lembrar que se quisesse proteger a si mesma, teria que proteger seu coração. - Sim, temos um acordo.
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Capítulo Sete
O local onde o evento de caridade estava sendo realizado era bonito e Natalie estava satisfeita com seu vestido e sua aparência. Ela não se sentiu deslocada. Duas horas depois, o jantar foi servido e os discursos foram feitos e ela sentiu como se estivesse com o corpo fora de órbita. Ela se sentou ao lado de Marco o tempo todo e estava profundamente feliz por ser canhota. Ele acariciou sua mão direita durante a maior parte da refeição, segurando-a e acariciando-a, soltando-a apenas o tempo o suficiente para que sua mão tocasse a coxa de Natalie. Ele lhe acariciou a perna, movendo o material do vestido para fora do seu caminho. Ele a apresentou aos outros ocupantes da mesa e, em seguida, começou a conversar quase que exclusivamente com os outros homens sobre tópicos de negócios na maioria das vezes. Natalie apenas entendeu cerca de um terço da conversa. Mas ele nunca a ignorava. Ao contrário, na verdade. Mesmo Mesmo que ele só dissesse algumas palavras a ela e a olhasse menos ainda, ela não se sentia com menos atenção dele. O corpo dele irradiava uma tensão sutil enquanto estava sentado ao lado dela e ela sabia que tinha o mesmo efeito sobre ele. Cada vez que a conversa se movia para um sujeito que fora inconsequente e não tomava a sua concentração inteira, a mão de Marco se movia para sua coxa, que ele apertava com os dedos em torno de sua carne, causando tremores invisíveis que passavam por sua espinha. Assim que o último discurso acabou e a banda começou a tocar, ele se virou para ela, seus olhos escuros correndo sobre ela e em seguida procurando sua expressão. - Você quer ficar e dançar ou podemos ir embora? 118
Ela engoliu em seco e sentiu como se estivesse se afogando em seu feitiço. Ah, ela queria ir e quanto mais cedo melhor. Sua resposta foi cortada na garganta por um casal de idosos, em seus setenta anos, que caminhava para sua mesa, tirando a atenção de Marco dela. Ele se levantou, apertou a mão do homem e beijou a bochecha fina da mulher mais velha com um sorriso verdadeiro no rosto que irradiava calor. - Mona! George! Bom vê-los. Gostaria que vocês conhecessem Natalie Lambert. - Ele puxou Natalie de seu assento pela mão até que ela estava ao lado dele. - Natalie, estes são George e Mona Lancaster, meus clientes favoritos. Ele disse essa última frase para o casal mais velho com um sorriso e com o que soou como ternura para Natalie, fazendo seu interior se derreter um pouco. Mona Lancaster estava sorrindo com um sorriso quase maternal quando estendeu a mão para Natalie. - Prazer em conhecê-la, querida. - O prazer é todo meu. - Respondeu Natalie sacudindo suas mãos. mãos. - Temos negócios com os Donati desde o início dos anos setenta, antes mesmo dele nascer. Não é mesm mesmo, o, Marco? - Sim, senhor, era com meu avô. - Marco disse para clarificar a idade e a profundidade da relação para Natalie. - Como você tem passado? - Muito bem! Meu quadril está incomodando um pouco há alguns dias, mas lidamos bem com ele, não é querida? - O homem mais velho respondeu. Mona Lancaster sorriu em direção a seu marido. - Sim, estamos bem. – Uma melancólica expressão atravessou seu rosto quando a banda começou a tocar valsa. – Mas eu sinto falta de dançar.
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Natalie estava consciente de Marco dar atenção ao casal. - Eu adoraria dançar com você, Mona, se o seu marido me permitir. - Suas palavras foram de muito cavalheirismo e, Natalie sentiu um raio de prazer e surpresa por este lado de Marco que ela nunca tinha visto. - Não senhor, não me importo. Vou sentar um pouco e fazer companhia à jovem. Marco se virou para Natalie. - Tudo bem pra você? Ela sorriu para todos os três. - Sim, claro! George Lancaster segurou a cadeira e ela se sentou. Eles voltaram sua atenção para a pista de dança e viram os outros dois dançando enquanto falaram de coisas inconsequ i nconsequentes entes até que outro homem se aproximou deles. - George. George Lancaster olhos para cima de sua cadeira e Natalie pode ver uma nuvem escura passar sobre seu rosto. - Kennedy. - Ele reconheceu o homem com uma voz plana. O homem chamado Kennedy olhou para longe de George Lancaster e seus olhos caíram nos dela. - Apresente-nos, por favor. Natalie sentiu o Sr. Lancaster endurecer ao lado ela. - Natalie, este é Mathew Kennedy. Kennedy, essa é Natalie Lambert. Lambert. Ela é acompanhante de Marco. Esteja avisado. Mathew Kennedy alcançou a mão dela e Natalie não teve opção a não ser dar a ele. Quando a palma da mão dele tocou a dela, um pequeno estremecimento de repulsa correu através dela que tentou desesperadamente desesperadamente esconder.
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- Desde quando Donati se importa de compartilhar suas mulheres? - Natalie sabia que a pergunta era para o Sr. Lancaster Lancaster,, mas ele a puxou de seu assento e seus olhos ficaram nos dela enquanto ele falou. Uma espiral de medo caiu acentuadamente em seu estômago devido à estranha pergunta. Ela não teve escolha a não ser permanecer ali enquanto o poder do braço dele era implacável. - Mas primeiro vou só dançar com ela. Ele falou sobre ela, mas não para ela e isso fez os nervos de Natalie correr por sua garganta, levou toda força que ela el a não tinha fisicamente para arrebatar sua mão da dele. Quando ela não conseguiu, deu-lhe um puxão leve. Ela não teve que puxar por muito tempo quando viu Marco chegando atrás do homem que segurava sua mão. Um Marco com uma expressão em seu rosto que ela nunca tinha visto antes. Ele levou Mona até George e imediatamente Marco colocou sua mão no braço de Kennedy, detendo-o, e falou com voz furiosa e baixa o suficiente para que somente ele o ouvisse. Natalie tremia muito. Ela e a Sra. Lancaster não conseguiam ouvir o que ele falava. - Que porra você acha que está fazendo? - Calma, Donati! Só vou dançar com a sua nova garota. - Não, isso não vai acontecer! Tire as mãos dela agora! Natalie ficou congelada quando os olhos de Mathew Kennedy se estreitaram em Marco e em seguida virou-se para olhar para ela, realmente olhar para ela, com uma pergunta nos olhos. Mas soltou sua mão e virou-se para Marco. Tirar as mãos? Marco ignorou a pergunta e se voltou a Natalie, segurando-a pelo pulso e girou-a para trás dele, colocando-a completamente fora da vista de Mathew.
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Marco olhou por ele e centrou-se nos Lancasters. - Boa noite. Foi bom vê-los novamente. Mona, você está linda como sempre. Com isso, ele se virou e começou a sair do salão, arrastando Natalie com ele. Instantes depois, ela foi levada para o carro e para o banco de trás com Marco, a tela de privacidade mais uma vez foi ativada, ati vada, proporcionando proporcionando isolamento para eles, longe do motorista. Ela se mexia de um lado para o outro no assento e ocupou-se com o cinto de segurança enquanto Marco olhava para fora de sua janela, seus dedos batendo contra a testa como se estivesse em profundo pensamento ou dor. O carro saiu do estacionamento e foi para o meio do trânsito. - Quem era aquele homem? - Ninguém. - Sua voz estava concisa. - Enquanto você estava na pista de dança, ele disse algo sobre você partilhar suas mulheres. O que ele quis dizer? Sua cabeça se virou e seus olhos caíram diretamente nos dela. - Nada! Não se preocupe com ele. Tire-o da sua cabeça. Ele não é ninguém e jamais vai chegar perto de você de novo. - Marco, você não o ouviu. Você não estava lá quando ele tocou em mim. Não posso e não quero me misturar com qualquer coisa que seja e envolva compartilhamento.
Eu
estou
com
um
pressentimento
ruim
agora.
Compartilhar... Ele cortou suas palavras incoerentes quando levantou sua mão e envolveu-a em torno de seu pulso. - Natalie, cale-se e acalme-se. Seus olhos tinham parado nos dele por apenas um segundo, quando se encheram de lágrimas e ela quebrou contato, olhando para longe dele. 122
Sua mão apertava seu pulso e ele puxou um pouco o seu braço para chamar sua atenção. Ela levantou os olhos para ele mais uma vez. Ele falou com a voz era áspera - Entenda isso: nunca vou compartilhar você com ninguém. Nunca! Nem em uma porra de milhão de anos. Você é minha! E vamos concretizar esse acordo dentro de meia hora. Depois disso, ninguém mais vai tocar em você! Ninguém! Eles podem até tentar, mas irão viver para se arrepender. Então, você precisa tirar toda essa merda fora de sua mente. Não estou dizendo que fui um escoteiro toda a minha vida, mas quando se trata de você, se alguém tentar tocar em você, eu o matarei a sangue frio. Suas palavras foram interrompidas quando o coração de Natalie bateu alto através de seu peito com seus batimentos cardíacos acelerados, ela tomou suas palavras e os olhos dele caíram nos dela acendendo sua chama interna. Ele lentamente soltou sua mão e sentou-se de volta em sua cadeira, seu rosto impassível mais uma vez. O silêncio da noite se intensificou em torno de eles e Natalie tentou fazer o que ele disse, tirar aquilo da cabeça. Mas o que aconteceu tinha claramente chateado Marco e ela não gostou de vê-lo chateado, apesar de que sabia que não era por algo que tivesse feito. Suas palavras foram tão veementes que ela se tranquilizou. Ela acreditou nele completamente. completamen te. Estendendo sua mão, ela tocou a dele suavemente. Ela correu os dedos sobre o dorso de sua mão em um pequeno ataque de carinho, que ela esperava ser calmante para ele. Ela continuou os pequenos movimentos por alguns segundos até que de repente sua mão agarrou a dela em uma união acirrada. Sua cabeça se virou para seus olhos e ele olhou bem dentro dela, engolindo seu orgulho. Sua voz estava áspera quando ele falou e quase parecia estar fazendo uma confissão, bem como pedindo segurança e desculpa. – Não gostei de ele tocar em você.
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Natalie tentou entender suas feições no interior escuro do carro. Sua confusão foi perturbadora para ela. Ela sabia que ele não a culpava. Era como se ele estivesse surpreso com sua própria resposta e não a entendia. Ela também estava confusa com os acontecimentos da noite, mas ela empurrou-os para fora da sua cabeça em uma tentativa de consolá-lo. - Não. Ela disse suavemente. -Também não gostei. Ele tirou o cinto de segurança e aproximou-se dela, prendendo-a no banco. Suas mãos foram para cada lado de seu rosto e ele suavemente a virou em sua direção. Seus olhos se fixaram nos dela por alguns segundos antes que sua boca colasse na dela. Ele a beijou repetidamente, sua língua mergulhando dentro e fora, em um ritmo que ela tinha com começado eçado a desejar. Seus lábios deixaram os dela apenas tempo suficiente para respirar profundamente. - Você é tão doce. Tão doce. - Sua boca se moveu para a orelha dela e sua mão segurou com firmeza em seu peito, apertando-o. - Como pude ter tido a sorte de encontrá-la? - Natalie ouviu o ardente sussurro antes que seus lábios puxassem sua orelha e ela se esquecesse de tudo que não fossem os braços dele a sua volta. Sua boca voltou para a dela e sua respiração tornou-se frenética. Ela levantou abraços para cima e começou a envolvê-los em torno de seu pescoço, mas ele se afastou dela. Ela sentiu o calor deixá-la quanto ele se moveu de volta ao seu lugar, mas antes um sentimento de perda poderia ser registrado, ela percebeu que estavam chegando a seu prédio. Ela o seguiu em transe até que entraram na cobertura, ela não teve um momento para se situar ou pensar. À medida que as portas do elevador se fecharam, ele a agarrou em seus braços, cheio de desejo e a levou para seu quarto.
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Suas mãos foram para seu vestido e ele o levantou sobre sua cabeça, fazendoo cair a seus pés e deixando-a sem nada além de suas calcinhas de cetim e dos saltos altos. Ela experimentou uma sacudida em sua cabeça como um tiro de uísque quando ele recuou e começou a tirar o paletó e a gravata, sempre olhando para ela. Ela tentou desesperadamente não cobrir os seios nus. Deslizou as mãos por suas coxas e agarrou o topo de suas pernas, em busca de apoio, quando o viu tirar seus sapatos, calças e cuecas boxer. Ele tirou as abotoaduras e começou a desabotoar sua camisa, sua última peça de vestuário, enquanto manchas de vermelho realçavam as maçãs de seu rosto quando ele continuou olhando para ela. - Quão experiente você é? - Ele perguntou em uma voz grossa. Ela lambeu os lábios e, através de seu nervosismo, tentou um sorriso sensual e brincalhão, para aliviar a tensa atmosfera. - Muito. E você? Sua mão disparou e foi para as costas dela, para a cintura, trazendo o tronco dela contra o seu com tal velocidade e força que ela ofegou em voz alta e tropeçou contra ele. Com a outra mão, ele a acariciou de sua nuca até sua bunda e para cima outra vez. Ela começou a tremer violentamente e todos os pensamentos brincalhões e sensuais fugiram de seu cérebro. O tremor não passou por ele. - Muito, é? - Sua voz era dura, áspera e sem um traço de humor. Seus pés balançaram sobre os calcanhares e em busca de estabilidade, suas mãos pousaram em seu peito nu. Sua camisa estava aberta para os lados e sua ereção se projetava entre eles em uma prova violenta e precisa da tensão sexual em sua boca. Ela tremia e tomou uma respiração profunda de sustentação. - O que você quer que eu diga, Marco? Eu não sou uma virgem. 125
- Eu quero que você me diga se está tomando contraceptivos ou se devo usar um preservativo? - Sim... Por favor, use preservativo. - Suas mãos deslizavam do peito até o pescoço. - Ok, vou tomar conta disso. E já peço desculpas antecipadamente. Haverá muitas vezes no futuro, quando serei lento e tomarei o cuidado adequado do jeito que se deve, mas agora, isso não vai acontecer. Venho desejand desejando o você desde o momento em que nos conhecem conhecemos. os. Ele levantou sua mão e alisou o cabelo dela longe de sua testa, segurando seus olhos com os seus enquanto empurrou seus dedos através de seu cabelo, apertando sua mão no couro cabeludo de Natalie. Sua boca se apertou e suas palavras foram duras. - Agora, vou fodê-la duro e rápido e você vai ficar quieta e me deixar fazer isso. O coração dela parou de bater completamente antes de começar o bombeamento de sangue novamente em um ritmo tão violento que quase a assustou. Suas pernas tremiam e ela estava completamente sem palavras, presa em seus braços à espera de seu próximo passo. Tudo o que ela conseguia eram ásperas respirações com o pensamento inteiramente no seu desejo, duro e rápido, que a envolveu por inteiro, da cabeça aos pés. Seu próximo passo veio rapidamente. Ele começou a fazê-la caminhar para trás, em direção à cama, um pé de cada vez e quando ela tropeçou, as mãos dele foram para seus quadris, pegando-a. Suas pernas balançavam quando ele a levou para trás. Quando a parte de trás de seus joelhos tocaram na cama, ele a deixou cair sentada até a borda em uma posição na qual ele empurrou as pernas dela tão longe quanto elas iriam. Ele ficou entre suas pernas e estudou-a, olhando para ela.
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Com uma mão no queixo, ele levantou seu rosto e começou a beijá-la, dura e implacavelmente, sua boca abrindo brutalmente sobre os lábios dela, acariciando-a com a língua. O pescoço de Natalie estava curvado para trás em um ângulo estranho para acomodar a altura dele e ela choramingou seu desconforto na parte de trás sua garganta. Ele ouviu, mudou de tática e empurrou-a na cama para uma posição elevada e a seguir, sua mão encontrou a suavidade entre suas coxas cobertas apenas pela calcinha de seda. A barreira foi demais para ele que rasgou a calcinha de seda fora de suas pernas, empurrando-as para baixo, primeiro uma perna, em seguida a outra. Natalie imediatamente sentiu a perda do pequeno grau de proteção que a calcinha tinha proporcionado e de repente estava com as pernas abertas para ele, a diferença da sua experiência sexual para a dele era muito óbvio para ela. Com uma necessidade de modéstia que ela não controlou, sua mão escorregou para cobrir-se entre suas pernas conforme ela sentia o calor corar mais suas bochechas. Ele estava entre suas pernas e a observava de forma constante. Seus olhos escuros se estreitaram nos dela, mas não havia como Natalie pudesse ler os pensamentos em sua cabeça. Seu olhar fixo era duro, movendo-se de suas bochechas quentes até os seios que ela temia não serem suficientes e em seguida para sua mão tremula que cobria seu monte. Seu olhar era ousado, como se contivesse um sentimento de propriedade enquanto a avaliava. Natalie sentiu que ele poderia ver tudo dentro dela, assim como a parte externa. Ele permitiu que a mão dela permanecesse cobrindo a si mesma, mas ela sabia que não seria sempre assim. E ela estava certa.
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Com o momento da lenta inspeção terminado, ele se afastou dela, pegou um preservativo na mesa de cabeceira e colocou nele próprio, em segundos. Empurrando-se de volta entre as coxas, ele tirou a mão dela longe de seu corpo e enganchou as pernas de Natalie em torno de seu corpo e em um movimento que era ao mesmo tempo forte e preciso. Ele colocou a si mesmo na entrada de sua abertura macia e molhada e empurrou a cabeça larga de seu pênis para o trêmulo calor que o aguardava. Ele fez uma pausa, quando uma gota de suor escorregou para o lado de seu rosto, e pegou seus pulsos em suas mãos e prendeu-os na cama sobre a cabeça dela, olhando-a em seus olhos. - Nunca quis nada tanto quanto quero você. Ele circulou seus quadris, girou-os contra ela e deslizou um centímetro em seu interior. Seus olhos brilharam tanto pela sensação de alongamento quanto pelo choque que as palavras dele causaram a ela que começou a ofegar em resposta enquanto esperava por mais de sua intrusão. As mãos de Marco se fecharam sobre os pulsos dela com um aperto pesado e forte que era todo poder. O coração de Natalie batia em um compasso brutal com a demonstração de força e controle dele, uma espiral selvagem de desejo, disseminando ansiedade através de suas veias. Ela tomou uma respiração profunda, sustentando e empurrando um pouco contra ele, testando a força que ele estava usando. As narinas de Março se inflaram e ele afundou outro centímetro dentro dela, enquanto segurava seu olhar. - Você está tentando se livrar de mim? - Ele rosnou com os dentes descobertos em voz grossa pela luxúria. - Não. - Ela disse em uma respiração exalada, relaxando os braços para trás contra a cama onde ele os mantinha em seu aperto inflexível.
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Ele foi todo caminho até seu interior com um impulso forte e vigoroso que a fez ofegar. Choque reverberou através dela enquanto ela tentava ajustar. Os olhos de Marco seguraram os dela enquanto ele ficou parado. Um olhar iluminou suas feições que lembravam um cruzamento entre pura satisfação e alívio. - Você nunca vai fugir de mim. Natalie estava se afogando em uma mistura de emoções e calor sexual, diferente de tudo ela já tinha sentido antes. Ela se sentiu completamente esticada e o prazer ao qual foi induzida foi além de qualquer coisa que já tinha experimentado em sua vida. Ela empurrou sua pélvis contra ele, morrendo por suas investidas e ainda ousando desafiá-lo, ao mesmo tempo sentindo uma necessidade por alguma pequena medida de auto preservação, para mostrar sua independência. - Eu não pertenço a você. Ele saiu do corpo dela e bateu de volta como um punhal, seus quadris se reverberando através dela ela. - Você acha que agora é um bom momento para me contrariar? - Ele impulsionou para fora com um silvo ameaçador. Ela levantou os quadris e implorou por um outro golpe. - Não estou tentando contrariar você. - Ela mentiu. Ele começou a bombear nela de forma constante, deslizando dentro e fora com golpes repetidos de seus quadris e sua boca caiu na dela, silenciando-a com sua língua. Ele começou a acariciá-la em conjunto com os beijos que estava dando ela, longos, profundos e fortes. Natalie se sentiu escorregando em direção ao orgasmo. Seu corpo começou a apertar e ela se tornou quase desvairada. Sua cabeça se afastava da dele, quebrando o contato com sua boca enquanto ela arfava.
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Uma mão vigorosa soltou seu pulso e agarrou-a pelo queixo, movendo seu rosto de modo que ela estava olhando diretamente para ele. Eles respiravam ofegantes enquanto os golpes dele tornavam-se mais severos. As pálpebras de Natalie começaram a deslizar para baixo, mas os dedos dele tocaram em seu queixo. - Abra-os. Ela tentou se concentrar nele conforme as sensações tornaram-se muito fortes para lutar contra. Os olhos de Marco eram hipnotizantes, cheio de impaciência e calor incendiário. Ela começou a afundar, seu corpo se apertando enquanto os seus golpes tornaram-se mais profundos, mais fortes conforme ele a observava não a deixando sair do seu feitiço. Ela começou a pender-se sobre a borda e um caleidoscópio de cores correu através de seu cérebro, êxtase segurando-a em suas garras. Ela simplesmente sentiu seus olhos se fecharem quando ele empurrou forte contra ela, uma estocada, duas estocadas, três estocadas e então ele estava gemendo, profundamente de seu diafragma e ela sabia que ele a estava seguindo em seu êxtase. Ele se manteve dentro dela ainda, enquanto ambos lentamente começaram a se acalmar, seus corpos relaxando do aperto que seus orgasmos combinados tinham induzidos. Sua cabeça caiu no ombro dela e, lentamente, sua respiração foi se igualando. Ficaram assim por uma questão de minutos, até que ele levantou a cabeça e olhou para ela. Seus olhos escuros fixaram-se nos dela e quando ele falou havia uma ameaça perigosa que a deixou intoxicada com seu calor latente. - Você é minha, toda minha! Ninguém mais irá tocar em você. Esta pequena buceta apertada... - Ele empurrou contra ela. - ... É minha. - Sua mão deixou seu queixo e se mudou para segurar um seio que ele apertou. - Esses pequenos seios perfeitos são meus! - Seus dedos calejados beliscaram seu mamilo. - Esses mamilos, são meus! - Seu polegar começou a acariciar para frente e para trás e seu mamilo se enrijeceu com seu toque enquanto suas 130
palavras trouxeram de volta para ela uma necessidade requintada de submeter-se a ele mais uma vez. - Você entendeu, Natalie? Há duas regras em nosso... - Ele hesitou. - ... Acordo. Eu cuido de você, cuidado total! E você pertence a mim, de corpo e alma. Fora da cama, o que você quiser, qualquer coisa, você terá. Dentro deste quarto ou em qualquer outro onde sexo estiver envolvido, eu digo 'pule' e sua linda e pequena boca somente precisa implorar-me para dizer a que altura. Entendeu? Ela engoliu em seco, suas demandas trazendo uma enxurrada de emoções à superfície, persuadindo-a a aceitar. – Eu... eu tenho t enho alguma escolha? - Você quer uma escolha? A memória de seu orgasmo tão recente caiu sobre ela enquanto olhava de volta em seus belos olhos atraentes. – Você sempre me fará sentir da maneira como acabou de fazer? Seu olhar era direto e determinado. - Sim. - Então, não. - Ela sussurrou. - Não acho que quero escolher nada. **** Uma semana depois, Natalie se sentou em frente a Marco em um sofisticado, embora moderado, restaurante em um velho prédio de arenito a oeste da cidade. Seu dedo fazia movimentos circulares ao longo da borda do seu copo de vinho, enquanto olhava ao redor da sala e tentava tirar de sua mente o calor que irradiava diretamente para ela do outro lado da mesa. - É lindo aqui. - Ela sussurrou e mordeu o lábio inferior, voltando-se para encará-lo. - Realmente bonito.
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Ele a olhou do outro lado da mesa como se fossem as duas únicas pessoas no mundo. Ela tinha sua atenção única e isso era enervante. – Do que você está gostando tanto aqui? - Ele questionou enquanto olhava ao redor da sala e depois voltava a olhar para ela. - Oh, tudo! Adoro madeira envelhecida e lareira de pedra. - Os olhos dela deslizaram ao redor do restaurante e ela continuou... - As texturas, o brocado destas cadeiras, as luminárias de bronze, todo o aconchego do lugar. É tão... tão calmo. - Seus olhos pararam nos dele e seu lábios se curvaram em um pequeno sorriso. - Sim. Muito tranquilo. Marco obsevou Natalie através da mesa e o pensamento de como ela era tranqüila veio a sua mente. Ele nunca tinha realmente pensado nela como uma pessoa calma. Outras descrições vinham a sua mente quando ele estava com ela, e quando não estava. Sexy, bonita e totalmente fodível. Mas tranquila? Mas era isso que ela era. Quando ele estava com ela ou quando pensava nela esperando por ele em sua cobertura, ele admitiu para si mesmo que geralmente sentia apenas algumas coisas perto dela. Extremo tesão, extrema satisfação e extrema paz. Ele ergueu os dedos dela da taça de vinho antes que a inquietação causasse uma bagunça. Ele olhou em volta do restaurante e depois voltou seu olhar para ela, estudando-a minuciosamente. - Você não gosta da cobertura. - Foi uma declaração, não uma pergunta. Um rubor apareceu nas bochechas dela que desviou os olhos. - Ela é legal. – Disse ela suavemente. - Puta merda. Você realmente a detesta. Por que não disse nada? - Não, Marco, é a sua casa, não minha. Eu não gosto de ser rude e nem quero te magoar. Com sua voz baixa, ele falou: - É a nossa casa, Natalie! E por que isso me 132
magoaria? Eu não tenho nada a ver com... - Ele fez uma pausa, como se procurasse um termo desconhecido e ela quebrou o silêncio. - Decoração? - Isso, a decoração. Tudo o que fiz foi pedir a Joy para chama chamarr uma empresa. A cobertura é apenas um lugar onde eu durmo. - Ele franziu a testa e em seguida continuou. - Ou costumava ser. - Está tudo bem, Marco. - Ela El a falou. Com seus dentes cerrados, ele estava prestes a começar uma discussão quando olhou por cima dela e viu Mathew Kennedy se aproximar da mesa. Mathew Porra Kennedy. O único lugar onde seu mundo de negócios cruzava com seu passado devasso, maldito Mathew Kennedy e a puta de sua esposa. Sua noite estava prestes a ir para a merda. Natalie viu a expressão que apareceu no rosto de Marco e quase sentiu pena por quem ou o que havia colocado esse olhar em seu rosto. Ela observou quando seu olhar ficou fixo, seu maxilar tenso e seus lábios cerrados. A reação de Marco fugiu da mente de Natalie quando ela sentiu uma mão firme em seu ombro e um grande corpo apareceu ao lado dela. Ela virou a cabeça para trás para enfrentar o recém-chegado logo quando viu Marco sair de sua cadeira e jogar o guardanapo na mesa. Mathew Kennedy estava a seu lado, apertando seu ombro. Natalie foi acometida de pânico, não pela mão em seu ombro, mas por Marco estar em pé olhando para Mathew como se fosse matá-lo. O que quer que Marco estivesse prestes a fazer ou dizer foi antecipado quando uma mulher de meia idade, vestida sensualmente, passou por Mathew e descansou sua mão na lapela de Marco.
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- Marco, querido, porque está tão aborrecido? Não está feliz em nos ver? Natalie sentiu a bile subir em sua garganta, tanto a partir do toque doentio acariciando ainda seu ombro quanto pela familiaridade da mão da mulher em Marco. Confusão e náuseas tomaram conta de seus sentidos e ela se sentou em sua cadeira, incapaz de se mover, com seu corpo totalmente paralisado. - Nora. - O tom de Marco foi curto, totalmente chateado enquanto estendia a mão para pegar a da mulher, tirando-a de si e deixando-a cair. - Já que você está aqui com seu marido e porque gosto de pensar que sou um homem razoável, vou dar-lhe a oportunidade para que este encontro termine verbalmente, se você quiser. Você tem três segundos para convencê-lo a tirar as mãos dela ou irá levá-lo daqui em uma ambulância ou em um carro fúnebre. Natalie respirou fundo e endureceu ainda mais quando um garçom apareceu ao lado deles justo quando a mulher, que ela agora sabia ser Nora Kennedy, colocou seu braço restringindo seu marido. - Mathew, querido, solte-a, amor. Não vamos brincar esta noite. - Há algum problema? - Interveio o garçom de aproximadamente 1,90m de altura e atleticamente constituído. Natalie se manteve completamente imóvel e esperou para ver como isso iria terminar. Ela estava se sentindo fisicamente bombardeada e prestes a desmaiar quando, finalmente, a mão foi retirada de seu ombro. A voz de Mathew ressoou. - Não! Não há nenhum problema. Estamos tentando conseguir uma mesa, não é querida? É bom ver você, Marco. - Natalie sentiu seus olhos se voltam para ela. - Natalie. Ambos se viraram e foram embora e Marco puxou o dinheiro de sua carteira e entregou ao garçom. - Não é sua culpa. Isso deve cobrir as despesas. - Com 134
isso, ele se virou e puxou Natalie de seu assento, envolvendo seu braço ao redor de sua cintura, levando-a do restaurante. Ele a puxou para a escuridão da noite, abriu a porta do passageiro de seu carro e colocando-a no assento. Ela jogou suas pernas como se seu corpo estivesse no automático e ergueu os olhos para ele. Marco olhou para baixo, para os olhos azuis de Natalie, um rio de culpa e vergonha bateu-lhe nas entranhas tão forte que ele mordeu seu lábio até que sentiu o gosto de sangue. Ela era linda, doce e o mais perto da inocência do que qualquer pessoa ou coisa que ele já tinha conhecido. E ele estava manchando essa inocência. Expondo-a a pessoas desviadas e coisas fodidas e doentes que ela nunca deveria nem sequer saber e muito menos chegar perto. Ele se odiava naquele momento. Ela era além do bem e gentil e ele era fodido, totalmente além da redenção e totalmente impróprio para alguém como ela. Ele pensou no dia em que o recepcionista e o porteiro tinham agradecido pelos cookies que sua governanta havia feito para eles. Sua mente lembrou dos elogios que Joy fez sobre Natalie. Teria sido só porque sua assistente odiava ter que lidar com Tanya e sua pura “cadelice”? Ele achava que não. Naquele momento, aquilo tinha sido mais do que um aviso para ele, ela havia dito como Natalie era agradável e parecia inocente. Ela não se atreveu a tentar avisá-lo, apenas casualmente elogiou a garota enquanto dava-lhe um olhar penetrante. Joy estava certa. Natalie era boa e inocente. Ele deveria deixá-la ir. Mas não havia maneira nenhuma de merda disso acontecer. Ele não a deixaria ir nunca. Iria malditamente tentar mantê-la longe das pessoas do passado, mas não podia deixá-la ir. Ela era a melhor coisa que já tinha acontecido acontecido em sua vida. Ele fechou a porta do carro, sua mente voltada para ela, levá-la de volta à cobertura e trancá-la em seu quarto com ele. Ele deu a volta por trás do carro e sentou-se ao banco do motorista. O telefone celular de Natalie estava tocando e ela o atendeu enquanto ele ligava o carro e afastava-se do meio-fio. Ele descaradamente descaradam ente ouvia sua conversa.
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- Hey. - A voz dela estava instável, mas logo se regularizou quando ela continuou. -Sério? Isso é uma grande uma notícia, Justin! Sim, vou dizer a ele. Eu estou bem! Quando você acha que estará em casa? Marco a olhou e viu quando o rosto dela caiu. - Oh, Ok. Fique bem. Sim, falei com ela. Ela está bem, mas ainda tem ele em sua cola. - Outra pausa... - Não! Confie em mim,não vou voltar enquanto ele ainda estiver morando lá. Sim, eu prometo. Eu também amo você, Tchau. Ela terminou a chamada e colocou o telefone de volta na bolsa, logo que eles pararam no sinal vermelho. Marco se virou e olhou para ela. - Seu primo? - Sim. Ele disse para lhe dizer que está se colocando em um trabalho extra e irá receber um grande bônus por isso e terá o dinheiro para pagá-lo em breve. - A dívida não é dele, Natalie. Eu não quero o dinheiro dele. Não vou aceitar. - Se a dívida não é dele, então você quer dizer que é minha dívida? - Sim. - Mas você disse que a dívida tinha acabado. Sabia que não tinha dito a sério. - Isso está claro. - Ele rangeu os dentes. - Nunca foi sobre o maldito dinheiro de qualquer maneira. Você sabe disso. - Seu rosto perdeu a cor e o sinal abriu. Eles dirigiram em silêncio o resto do caminho até em casa. **** Quando chegaram à cobertura, Marco jogou suas chaves na mesa do café e agarrou a mão dela, puxando-a para o sofá com ele. - Conte-me sobre o resto da conversa.
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- Resto? - Ela se virou para encará-lo. - Você disse a seu primo que havia conversado com outra pessoa. Com quem você esteve falando? Ela o estudou, sentindo a necessidade de uma pequena medida de preservação. – Eu tenho amigos, Marco. - Eu sei disso. - Ele colocou a mão em sua boca e olhou-a. - Quem? Ela revirou os olhos para ele e disse simplesmente. simplesmente. - Minha mãe. - Sua mãe? - Ele perguntou abruptamente, surpreso com seu tom. - Sua mãe tem um sanguessuga que vive com ela e que a faz tão desconfortável a ponto de não ir vê-la? Ela cruzou os braços sobre o peito. - Uau. Você realmente ouviu a minha conversa, não é? - Sim, ouvi claramente, Natalie. - Ele declarou firmemente. Ela bateu os dedos contra seu braço e permaneceu em silêncio. - Responda-me. - Ele exigiu. - Não. Ele rosnou baixinho e começou a tentar alcançá-la. - Natalie. Ela se afastou dele interrompendo-o propositalmente. Depois se voltou tentando virar a conversa. - A que tipo de jogo se referiam os Kennedys? E por que eles estavam desapontados por não jogar hoje à noite? 137
Ele ignorou a mudança de assunto sem vacilar e continuou com seu interrogatório. -Não é preciso um maldito cientista para descobrir que merda está acontecendo. Sua mãe tem um filho da puta vivendo com ela e ele quer você. Ela sabe disso? - Você tem certeza? Você já averiguou? - Ela disse isso para irritá-lo, mas também precisava saber. - Sim para os dois. - Jure, Marco. - Juro por Deus, Natalie. - Ele continuou a olhar para ela. - Sua mãe sabe? – Ele perguntou novamente. Natalie olhou pensativa e recusou-se a responder, desafiando-o. - Então, você já dormiu com Nora Kennedy? Ele respirou fundo e soltou: - Não! Eu não dormi com ela, não por ela não ter tentado. Natalie o observou, aliviada ao ouvir sua negação. Ela não duvidava dele. – Estou impressionada. Uma resposta autêntica! Eu realmente esperava só um não. - Disse ela meio sarcasticamente. - Porque você não responde às minhas perguntas? Você mereceu esta, querida. – Ele tentou alcançá-la de novo, mais suavemente do que antes, e desta vez ela permitiu. A mão dele tomou a dela, entrelaçando-as, seu polegar esfregando sobre os nós dos dedos dela. Ela observou o polegar dele fazendo círculos sobre sua pele e ela sentiu isso até as pontas dos pés. - Não mereço saber? 138
- Provavelmente. Mas então haveria mais perguntas e mais e você descobriria que depravado filho da puta eu sou e tentaria me deixar. - Tentar, Marco? Se eu quisesse deixá-lo, pegaria minhas coisas e sairia. - Não seria tão fácil. - Não? - Ela perguntou em voz baixa. - Não. - Por quê? - Nós estamos desviando do assunto aqui, Natalie. Quero saber que porra está acontecendo na sua casa. O filho da puta tocou em você? Ele machucou você? Preciso ir para Vidor e matá-lo? Ele é a razão que qual você veio para Houston? Natalie suspirou e sabia que não conseguiria sair deste assunto sem derramar suas entranhas. Ele era como um cão farejador atrás de um osso que estava determinado a conseguir. Quando queria algo, ele era completamente tenaz e ela sabia que não desistiria. Ela o olhou diretamente nos olhos e respondeu tão rapidamente e simples quanto podia. - Sim, minha mãe tem um canalha vivendo com ela. Sim, ele tentou tocar em mim quando ela não estava por perto. Ele também tentou esgueirar-se em meu quarto à noite, mas não fez isso. Ele nunca me pegou sozinha, então nunca me machucou. Na segunda vez que ele tentou, saí de casa. Minha mãe não sabe e não serei a mensageira. Confie em mim, ela vai descobrir por conta própria que ele é um idiota mais cedo ou mais tarde. Não há necessidade de estragar meu relacionamento com ela. Então, sim, eu vim para Houston para conseguir um emprego e passar um tempo distante. É isso o que você queria saber? 139
- Passar o tempo? - Ele perguntou incrédulo. - Sim. Uma carranca atravessou o rosto de Março e sua voz cresceu a um nível alarmante: - Desculpe. Passar o maldito tempo? - Marco. - É isso i sso o que você está fazendo aqui comigo? Passando o tempo? - Eu não quis dizer isso. - Que porra você quis dizer, Natalie? - O que você quer de mim, Marco? Uma hora você quer os 20 mil dólares, na outra você não quer. Nunca foi sobre o dinheiro. Que diabos isso significa afinal? Os olhos de Março brilhavam com raiva enquanto a observava, sua mão apertando a dela, mas ele permanece permaneceu u em silêncio, fervilhando fer vilhando ao lado dela. Ela tentou tirar sua mão, mas não conseguiu. - Não aja como se seus malditos sentimentos estivessem feridos. Eu disse que estava passando o tempo. Grande coisa! Você disse que tínhamos um arranjo. Um arranjo, Marco. - Ela reiterou bruscamente. - Você quer comparar sentimentos feridos? Você me disse que não éramos amigos. Você me disse que não queria uma namorada. - Ela puxou violentamente sua mão, até que ele a soltou. Ela imediatamente se levantou e cruzou os braços sobre o peito, olhando para ele. - Eu não sou sua maldita namorada, Marco! - Ela o acusou com veemência. - O que diabos eu sou, então? Não, eu sei o que eu sou. Eu sou "alguém que cuida daquele aspecto da sua vida".
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- Não fale assim, Natalie, não gosto disso. - Bem, que pena! Eu não sou sua namorada. Não sou nada. Acho que você não tem o privilégio de me dizer como falar ou o que fazer ou quando sair. Então, sim, eu estou passando o tempo até que a minha mãe recobre seu juízo e eu possa voltar para casa. Ela realmente vai precisar de mim. Eu sou tudo o que ela tem. - Ela se virou para sair da sala e não havia dado mais que dois passos quando foi agarrada por trás e obrigada a encará-lo. Ele olhou para ela ameaçadoramente. - Para com essa porcaria. Não gosto disso. - Ele protestou em um rosnado sarcástico. - Eu realmente não me importo se você gosta ou não! Não me importo como esse “acordo” está funcionando. Não gostei dele desde o início e gosto menos ainda agora. - Você concordou com ele rápido o suficiente. - Sim? Concordei e daí? Você é quente. Você é sexy. E você estava muito determinado a conseguir o que queria. Eu cedi. Então me processe! Processeme por causa do maldito dinheiro e vamos acabar logo com isso. - Eu não vou processar você, Natalie. Tivemos essa maldita discussão antes. Dinheiro não é o que eu quero de você. - Sim? Bem, tratar-me como uma posse que você só toma para brincar à noite. Não está dando certo! Eu quero mais. Nunca prejudiquei você. Eu nunca fiz nada para ser tratada tr atada com desrespeito. Eu mereço mais! - Eu nunca desrespeitei você. Eu... - Ele fez uma pausa antes de continuar. – Nunca respeitei ninguém mais do que a respeito. r espeito. Isso é pura verdade de Deus. - Você tem uma maneira muito burra de mostrar isso, Marco.
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- O que você quer de mim? - Um pouco de dignidade já percorreria um bom caminho. - Dignidade? Di gnidade? - Sim, dignidade! Você sabe, ter uma razão para viver aqui com você. Ter pelo menos a pequena capacidade de reivindicar você como meu namorado. Ser capaz de manter a cabeça erguida em público, de olhar para mim mesma sem sentir vergonha. Ser algo mais do que a empregada com quem você dorme. - Você não é minha empregada. - Não? Eu limpo a sua casa. Cozinho sua comida. Lavo suas roupas. Essas são coisas que uma empregada ou uma namorada fazem? Ou, ouso dizer, uma esposa? Mas não vamos chegar a tanto. Casamento não é algo que eu almeje agora. Longe disso. Não sou totalmente estúpida. Tudo que eu quero é salvar as aparências alegando que somos um casal. Eu me encolho quando estamos em público. Estou sempre preocupada que encontremos com alguém que você conhece e daí então? Você vai me apresentar como o quê? A empregada que você levou para jantar? Sua própria garota de programa? – Natalie jogou a mão ao ar e virou-se. - Terminei. Não tenho mais nada a dizer. - Natalie, não sei o que dizer. Não a vejo da forma depreciativa que está descrevendo. Eu... Ela se virou para encará-lo com acusação nos olhos. - Eu odeio que você tenha o poder de me machucar. Como foi mesmo que isso aconteceu? Como isso avançou de limpar sua casa para evitar uma ação judicial ao que é agora? E eu nem sequer sei o que é. Você é arrogante e quer do seu jeito. E eu o que? Tenho que fazer o que você diz. Tenho que ser uma boa prostitutazinha... Ele estava ao lado dela em um flash. Seus braços agarraram-na com força e ele abalançou apenas uma vez, apenas o suficiente para contê-la. - Cale a 142
porra da boca. Apenas cale a porra da boca. - Uma mão deixou seu braço e deslizou em seu cabelo, segurando-a firmemente. - Você quer ser minha maldita namorada? Isso é o que você quer? Bem. Você é minha namorada! Nós somos um casal. - Ele fechou a mandíbula apertada. - Isso faz com que se sinta melhor? Ela balançou a cabeça para trás e para frente. - Não tem que ser dessa maneira. Eu não quero forçá-lo a um relacionamento que você não quer. Eu posso simplesmente ir embora. Justin vai pagar a você em breve e então pagarei a ele. - Você não vai a lugar nenhum! Tire essa idéia de merda da sua cabeça! - Você não pode me manter aqui por meio de intimidação. Tira essa merda da cabeça, Marco. Se eu ficar, é preciso que sejamos um casal. Se formos um casal, você precisa entender que é porque nós dois desejamos. Se você me ameaçar, tentar me intimidar, isso não vai funcionar. Veja, sei que você jamais me machucaria. Sinto isso em meus ossos. Então essa porcaria não vai funcionar. E se isso funcionar? Se você me assustar? Vou deixar você em segundo plano. - Suas palavras foram firmes e ela o encarou nos olhos enquanto fazia o discurso. Ele ouviu atentamente e Natalie acreditou que ele absorveu tudo o que ela disse. Sua mão em seu cabelo suavizou-se quase imperceptivelmente. imperceptivelmente. - Vou parar de intimidar você se prometer que seremos um casal. Choque, combinado com prazer, bateu baixo no estômago de Natalie quando uma sensação de formigamento passou através dela com essa tentativa febril de compromisso. Agora ele queria que ela prometesse que eles eram um casal? Era essa sua maneira de quase implorar para ela ficar? Ele estava pronto para reivindicar uma relação com ela devido a sua explosão de raiva? Será que ele tinha 143
sentimentos mais profundos do que ele mesmo sabia? E existia uma chance para eles? O que quer que o futuro reservasse, ela não deixaria passar este momento de concretizar um compromisso com ele, não importando o quão pequeno fosse. - Eu prometo. - Ela disse suavemente suavemente . Ele apertou suas mãos e uma expressão de alívio atravessou seu rosto. - Você não pode voltar atrás. Os dedos dela levantaram para cobrir a boca dele e impedi-lo de dizer alguma coisa mais que pudesse arruinar a trégua provisória que tinham atingido. - Eu não vou, contanto que você pare de ficar falando em acordo. Ele agarrou a mão dela e segurou-a contra boca, beijando-a e correndo os lábios entre seus dedos e a palma da sua mão. - Você pode contratar um serviço de limpeza se quiser. Você quer? - Perguntou ele. - Eu? - A casa é sua. Somos um casal, certo? É seu departamento agora. Ela lhe deu um sorriso irreverente. - Trabalho Tr abalho de mulher e toda essa coisa? - Você está tentando me enganar? Você está tentando me mudar agora? Você começou com um tom de intimidação e agora acha que serei politicamente correto também? - Não. Você já fez o bastante. Só me pegou de surpresa. Não quero ou preciso de um serviço de limpeza se estiver tudo bem pra você.
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- Isso é bom. Eu não gosto de pessoas estranhas em minha casa como eu disse antes. Mas você vai providenciar isso se o trabalho doméstico ficar muito difícil de lidar, ok? - Sim. - Então, nós estamos de acordo com isso? - Sim. Seu dedo alisou o lábio inferior de Natalie. - Eu amo essa palavra na sua boca. Sensualidade passou entre eles. - Sim. - Ela El a sussurrou. - Sim para qualquer coisa? Ela lambeu os lábios. - Essa é uma de suas regras, não é? - E você não quer quebrar as minhas regras, quer? Ela balançou a cabeça suavemente. - Nunca. **** Na manhã seguinte, enquanto Marco dava o nó em sua gravata, observava Natalie na cama a partir de sua posição em frente ao espelho. Ela se esticou, seu corpo flexível e jovem, e a mesma compulsão inabalável para mantê-la perto veio sobre ele. Ela balançou os pés no chão e procurou ao redor pela camisola que ele havia tirado dela na cama na noite anterior. Seus olhos a encontraram e ela a pegou,
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vestindo-a rapidamente. Ela começou a ir para o banheiro quando ele a parou, chamando seu nome: nome: - Natalie. Natali e. Ela parou e olhou para ele, seu cabelo um emaranhado causado pelos dedos de Marco na noite anterior e depois, novamente, apenas uma hora atrás. A memória deslizou por ele em uma onda escura que o endureceu imediatamente. Ela não falou, mas esperou que ele continuasse. - Eu tenho que ir a Nova York no domingo. - Ele lhe deu um momento para digerir a informação ao mesmo tempo em que media sua reação, sabendo que sua próxima declaração seria colocada como uma sugestão. - Eu gostaria que você fosse comigo. Seu corpo se acalmou e seus olhos se arregalaram. - Eu nunca estive em Nova York. - Sua voz não refletiu qualquer emoção, ela apenas afirmou um fato em e m tom desapegado. - Então você deveria ir. - Ele El e disse indiferente. - Eu não sei, não tenho roupas certas. - Roupas não será um problema. Você terá três dias para fazer compras antes de viajarmos. - Não tenho dinheiro suficiente p... – Ele a cortou. - Não diga isso. Não. Apenas não. não. Ela aspirou lentamente. - Quanto tempo ficaremos lá? - Uma semana. - Você tem negócios lá? l á? 146
- Sim, a matriz do nosso escritório é em Nova York e eu faço viagens frequentes para lá. Natalie sabia que o seu banco também estava em Nova York e era bom que ele tivesse dado a ela essas informações. Mas ainda sim, ela não estava certa de querer ir com ele. - Talvez T alvez eu deva esperar por você aqui. Ele se aproximou e ficou na frente dela. - Você poderia, mas por que você iria querer fazer isso? Natalie sentiu o impacto de corpo dele antes mesmo dele vir para perto dela. E agora, de pé apenas alguns centímetros na frente de ela, seu corpo alto pairando sobre o dela, era o suficiente para fazê-la girar a cabeça. Ela estava ficando muito intensa. Muito, muito intensa. Ela precisava pôr distância entre eles. - Está fora da minha zona de conforto, eu acho. - Você sabe que eu vou mantê-la segura, certo? - Ele levantou o queixo dela e seus olhos estavam embaraçados. - Você sabe que eu nunca deixaria você ter qualquer desgosto? - Eu... Eu sei. - Você sabe, Natalie? Você sabe que vou protegê-la sempre? De tudo? t udo? Ela o encarou, buscando oxigênio, como um silêncio ensurdecedor penetrando no quarto em torno deles. Ela observou quando ele puxou a carteira e sacou o maldito cartão preto American Express novamente. Isso significava que ela teria que ir às compras novamente. Ela não era uma mulher normal. Ela não podia ser. No passado, 147
ela tinha se convencido de que odiava fazer compras principalmente porque não tinha dinheiro, mas agora ela sabia que era verdade. Ela odiava compras. Ele empurrou cartão em sua mão e seus dedos fecharam sobre ele, relutantemente. - Você vai fazer compras. Compre cinco vezes a quantidade que pensar que irá precisar e então talvez você tenha o suficiente. Sairemos domingo à tarde. Seus lábios beijaram sua testa e ele deixou o quarto. **** Marco encostou-se à parede do elevador quando entrou. Soltou uma respiração profunda com a cabeça abaixada em seu peito antes de levantar e bater contra a parede. Essa tinha passado perto. Ele não gostava de pensar sobre a luta que poderia ter se ela não fosse com ele, porque não havia maneira alguma que ele viajasse deixando-a ficar em casa. Ele inspirou profundamente e lentamente expirou. Não, ele tinha a maldita certeza de que não queria ver o quão ruim seria essa luta se ela não tivesse concordado com ele. E ele não iria mesmo deixar-se pensar em como seria ruim se tivesse que tentar dormir sem ela ao seu lado por sete noites.
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Capítulo Oito
Natalie tinha voado tão frequentemente em sua juventude que a viagem aérea não a perturbou. Na noite de domingo, eles estavam de pé juntos bebendo champanhe em sua suíte de hotel enquanto olhavam de frente as luzes da cidade. Era absolutamente magnífico. Mas então, também era o centro de Houston à noite. Mas havia algo sobre estar na maior cidade dos Estados Unidos da América. A Estátua da Liberdade, o Empire State Building e Wall Street, a capital de investimento do mundo e a razão de Marco ter negócios aqui nesta semana. Natalie estava perto da janela com Marco em suas costas. Seu nariz estava quase pressionado contra a janela enquanto ela olhava para fora. Ela sentiu uma sensação de zumbido em sua cabeça, tanto a partir do champ champanhe anhe quanto do braço que ele mantinha em torno dela, puxando-a contra seu torso. Seus lábios caíram em sua orelha. - Também fui às compras esta semana. - Ele sussurrou, seus dentes passeando em sua orelha. Ela tremeu contra ele. - Você foi? - Mmm. - Ele murmurou baixinho, concordando. concordando. Ele a virou de frente e ela viu que ele tinha uma grande caixa de veludo retangular em suas mãos. Ela olhou para ele interrogativamente, esperando que estivesse disfarçando a corrida de perturbação emocional através de suas veias.
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Ele levantou a tampa e dentro havia um brilhante colar e um par de brincos combinando, em pedras coloridas que Natalie nunca tinha visto antes. Ela estendeu a mão para passar seu dedo sobre eles. - O que é isso? - Ela sussurrou. - Diamantes chocolate rodeados por diamantes brancos. Espero que você goste. Não podia decidir entre o ouro branco e o ouro rosa, mas o rosa parecia muito chamativo. Acho que esta cor vai realçar sua beleza ainda mais. - Eles são lindos. - Você é linda. - Ele disse rapidamente. - Marco... - Você gosta deles? - Eu... Eu os amo, mas não posso aceitar. Ele a ignorou, como se ela não tivesse falado nada, e ergueu o colar de seu leito de veludo. Colocou-o em torno de seu pescoço, atrapalhando-se apenas o suficiente com o fecho para deixá-la saber que isso não era algo com o qual ele estivesse acostumado a fazer. Um pequeno tremor de prazer por esse conhecimento perfurou seu coração. Ele pegou a mão dela e levou-a para longe das janelas, para um console com um grande espelho acima dele. Ele a virou para enfrentar o espelho e ficou ao lado dela, estendendo os brincos em uma demanda silenciosa para que ela os colocasse. Ela os prendeu às orelhas com as mãos trêmulas. Eles eram exuberantes, absolutamente belos e ela nunca teve nada nem um décimo tão bonito. Mas a dúvida foi tomando conta dela. Ela não podia aceitá-los, podia? 150
As mãos de Marco caíram para os ombros e ele beijou sua nuca, seus dedos deslizando pelo colar e sobre sua carne nua numa exibição de flagrante propriedade. Desejo, imediato e forte, a sobrepujou e uma cadência alta bateu por suas veias. Ele ficou as suas costas, fechando seus seios nas palmas das mãos, seus polegares acariciando seus mamilos por baixo da camada de roupas. Seus olhos estavam quentes nos delas através do espelho. Os cílios de Natalie começaram a mergulhar e suas narinas queimaram em resposta sexual. Com seus olhos completamente fechados, ele puxou sua camisa sobre sua cabeça com um farfalhar de pano e, em seguida, suas mãos caíram em seus seios, cobertos agora só por renda fina. Sua respiração se intensificou enquanto ele empurrava o sutiã para baixo, para fora de seu caminho, e as suas mãos agarraram-na com força implacável enquanto acariciava seus mamilos. - Estes pequenos e doces seios são tão perfeitos que você não precisa de um sutiã. - Ele sussurrou com voz rouca em seu ouvido. - É apenas um obstáculo para mim. Seus dedos puxavam seus mamilos, enviando um fluxo de calor úmido abaixo em seu corpo até o encontro de suas coxas. Os quadris de Natalie empurravam de volta contra ele, enquanto tentava manter o controle de seus pensamentos. - Meus... meus mamilos aparecem através de minhas roupas se não usar um. As mãos dele se acalmaram um momento, as palmas das mãos cobrindo os pequenos seios completamente. - Não podemos deixar isso acontecer. - Disse ele em uma forte voz. - Então, terei que praticar mais paciência. - Com isso, ele desabotoou o sutiã e empurrou-o completamente fora de seu caminho.
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Seus olhos se abriram e ela viu escuras manchas de vermelho sobre as maçãs do rosto dele enquanto ele lhe dava um olhar rápido e superficial antes de levantar sua saia até a cintura, arrastando a calcinha dos quadris em um áspero e determinado movimento que deixou sua bunda nua para ele em segundos. Ele rosnou no fundo da garganta, ajustado sua própria roupa e, em seguida, de uma só vez, Natalie sentiu a cabeça larga de seu pênis empurrando-a por trás. Seu canal interior se inundou com calor úmido, preparando-se para acomodá-lo e ela sentiu como se não pudesse respirar ou falar fal ar enquanto os olhos de Marco mantinham os dela cativos através do espelho. Ele empurrou um centímetro em seu interior a um lugar onde ela podia sentirse sendo gloriosa e ameaçadoramente esticada, então, ele parou e segurou-a à beira do precipício enquanto apertava os dentes e olhava-a firmemente. Você ficará com a joia. Não quero ouvir uma maldita palavra sobre isso, você me entendeu? Ela ficou em silêncio, não sendo capaz de falar, enquanto esperava o excruciante prazer que sabia que estava por vir. Ele ajustou sua posição, envolvendo o seu braço musculoso em torno de sua pélvis elevantando-a de seus pés apenas o suficiente. Ele mergulhou dentro dela com um impulso rápido e duro, empalando-a e deixou-a ofegante entre a dor e o prazer intenso. Ele deu a ela dois segundos para se ajustar e com um toque de calor descontrolado em seus olhos escuros, começou a bombear nela de forma constante. Seus quadris balançavam contra os dela, rolando e socando-a, a respiração dela acelerou para combinar com a dele. Seu corpo cresceu com uma dança de excitação e ela sabia que o aperto possessivo que ele tinha sobre ela,
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vendo através do espelho, estava impulsionando-a sobre a borda em alguns momentos. Ela estava sob seu controle, impotente para resistir a seu apelo e sua dominação sexual. Seu coração batia em seus ouvidos, seus olhos e seu cor po cravados no ponto, mas ela não queria ir embora. Não queria fugir. Ele começou a empurrar dentro dela ainda mais forte e Natalie sabia que ele estava perdendo o controle. Seus dedos deslizaram até seu clitóris e ele os massageava no ritmo que seus impulsos. Seus dentes fixos em sua orelha, suas palavras eram um assobio. Este é o jeito que eu mais gosto. Suas roupas meio fora e sua buceta pingando por mim. - Ele bombeou fixamente nela. - Só para mim, Natalie. Lembre-se sempre disso. Eu fodo você. Quando e como eu quero. Mas ninguém mais toca em você, nunca. Suas palavras acaloradas caíram sobre ela, seduzindo-a com sua demanda. Ele foi sempre assim, indo do suave empresário jovial quando eles estavam com companhia para o dominador homem das cavernas com uma boca suja que continuava a chocá-la, até o momento em que suas palavras começavam a excitá-la. E agora, levantada fora de seus pés com seu corpo grande em torno dela, suas pestanas fecharam sobre os olhos quando sentiu seu útero começar a apertar no avanço do orgasmo. Ele endureceu atrás dela, empurrou para dentro com uma profundidade e potência que continuava a atordoá-la, mantendo-se ali, enquanto seu próprio orgasmo assumiu. Seu dedo polegar beliscou duro seu clitóris e Natalie gritou quando o prazer e uma aguda e quente espiral de satisfação a atacou. Ela montou a onda duramente e desmoronou contra ele, a última coisa que soube foi a cabeça dele caindo em seu pescoço e a deliciosa sensação de seus braços envoltos em torno dela, como se ele nunca a deixasse ir. **** 153
Natalie saiu do chuveiro uma hora mais tarde com uma toalha enrolada em volta do corpo e outra nas mãos para secar o cabelo molhado. Ela parou quando viu Marco inclinado com desleixo contra a parede do quarto, obviamente esperando por ela. Ele a olhou firmemente e sua mão levantou, esfregando a parte de trás de seu pescoço. - Há algo de errado? - Não. - Ele ficou de pé e caminhou para perto dela. - Esqueci-me de dar isso a você mais cedo. - Ele estendeu a pequena caixa de anel em sua mão e Natalie sentiu sua garganta se fechar e borboletas tomarem seu estômago. Mas então, ele passou direto por ela e jogou a caixa na cômoda, voltando-se para enfrentá-la em um movimento que parecia casual ao extremo, quase demasiado casual. - A joia é do conjunto. Veio com ele. – Ele olhou para ela mais uma vez enquanto ela ficava completamente parada e tentando fazer seu cérebro e sua voz funcionarem. Antes que ela pudesse conseguir isso, ele saiu do quarto tão silenciosamente quanto entrou, fechando a porta atrás de ele. Natalie encarou a porta fechada e a toalha em sua mão caiu no chão. Ela respirou profundamente, dentro e fora, por alguns segundos antes de seu olhar parar na pequena caixa como se ela pudesse ser letal. Lentamente, caminhou até ele e levantou-o da mesa. Ela fechou os olhos e lambeu os lábios, em seguida agarrou a caixa aberta. Seu coração parou de bater, sua respiração ficou presa na garganta e ela tropeçou para trás até que sua bunda caiu sobre a cama atrás dela. Dentro da caixa havia um anel que poderia ser, mas provavelmente não era, parte do conjunto que ele havia dado a ela.
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Não havia dúvida que era bonito. E grande. A pedra central era, mais uma vez, um diamante chocolate. Era enorme e redondo, possivelmente três quilates e rodeada por diamantes brancos que fizeram um halo hal o em torno dele. Era inquestionavelmente único e se a situação estava certa, o que não estava, poderia ter sido um anel de noivado. Seu coração bateu forte em seu peito enquanto ela corria a ponta de seu dedo sobre o diamante, imaginando a intenção dele. Ela levantou-se da cama e caminhou até a gaveta onde havia escondido as outras jóias antes de seu banho. Imediatamente, ela viu que as caixas eram de duas cores diferentes. Após uma inspeção adicional, os nomes estampados no interior eram de diferentes joalherias. Embora as peças lembrassem umas as outras, eles não eram um conjunto. Ela se sentou com a caixa do anel na sua mão, sua mente a mil por hora. Ele havia sido tão casual apenas um momento atrás que era quase enganador. Mas ela não podia deixar de ter a sensação de que ele havia se preocupado com a reação dela. Ele tinha dito que as peças eram parte de um conjunto, o que claramente não eram. O sangue correu rapidamente por suas veias quando ela somou dois e dois e veio quatro, ou quatro e meio, enquanto ela tentava calcular sua intenção. A resposta à qual ela chegou era perigosa, porque ela não sabia se estava indo na direção certa. Marco queria que ela tivesse um anel. Ela o colocou fora da caixa e segurou-o entre os dedos, estudando-o. Ele era requintado e ela queria desesperadamente colocá-lo em seu dedo anelar esquerdo, por ser um presente íntimo dele, não porque ela era ingênua o suficiente para pensar que estavam noivos. Ela engoliu profundamente e deslizou-o em sua mão direita, girando sua mão desta e de outra forma, observando-o apanhar a luz do teto e brilhar intensamente. Não havia dúvida de que se encaixa perfeitamente em seu dedo, então a única escolha que tinha era que em mão deveria usá-lo. 155
Ela absolutamente não queria ser presunçosa e usá-lo na mão esquerda, mas havia um sussurro insidioso em seu cérebro dizendo a ela que ele queria que usasse em sua mão esquerda. Se ela colocasse em sua mão direita, ele poderia nunca dizer qualquer coisa e, então, o anel teria que permanecer em sua mão direita. Se ela colocasse na esquerda, ela poderia agradá-lo e o pior que poderia acontecer seria a humilhação completa se ele dissesse a ela para movê-lo. Ela sabia de uma coisa: tinha que ir devagar com ele. Ela mordeu o lábio em indecisão e depois o empurrou em seu dedo anelar esquerdo. Ela ofegou em voz alta a partir da maneira perfeita que sentiu em sua mão e do conforto que derivada dele. Agora, se ela tinha adivinhado corretamente, ela seria autorizada a mantê-lo lá. **** Marco observou quando Natalie deixou a quarto e entrou na sala de estar da suíte. Eles não tinham feito quaisquer planos para o jantar, mas ela estava vestida em um terninho novo que definiu sua ocasional elegância e poderia ser usado no conforto de casa ou também em público. Em torno de seu pescoço estava o colar que havia dado a ela e ele podia ver os brincos de brilhantes através da queda de seu cabelo claro. Ele rapidamente olhou para sua mão para ver se havia colocado o anel. Satisfação, dura e perfurante, correu pelo seu sangue quando viu seu diamante diamante em seu dedo anelar esquerdo. O anel era grande e perceptível o suficiente
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para garantir o tipo de atenção que ela estava atraindo nas últimas semanas. Ele não gostou da aparência dela, nem um pouco. Ela estava brilhante e vibrante e seu rosto resplandecia com uma beleza convincente e inocente que nunca falhava em atrair a atenção onde quer que eles fossem. E ele odiava isso. Mas longe de mantê-la trancada todo o tempo, ele não conseguia pensar em uma única porra de maneira para manter todos os malditos olhos afastados dela. Pelo menos agora, quando olhassem seu anel bem visível em sua mão, ela estaria marcada como o sua. Agora, se ele só pudesse fazê-la concordar em ter suas iniciais tatuadas na parte superior de seu peito, ele seria um homem feliz. Um pensamento erótico passou por sua mente apenas em tom de brincadeira, mas segurou firmemente em seu cérebro e ele não conseguia sacudi-lo. A imagem não saia de sua cabeça e ele sabia sem hesitação, que se ela alguma vez permitisse, ele não pensaria duas vezes para f azê-lo. **** Nova York havia sido brilhante. A semana havia sido brilhante e sua relação tinha melhorado e crescido a partir da experiência. Natalie segurou a idéia quando entraram juntos no elevador para a cobertura. Sem dúvidas ele havia ficado feliz ao ver o anel em seu dedo e mais ainda no dia seguinte quando ela usou apenas o anel e não todo o conjunto quando ele a levou para um passeio. Tinha sido um precedente e ela ficou satisfeita. Ela usava o anel todo o tempo, mesmo à noite e um prazer feroz percorreu-a quando, em várias ocasiões, ele pegava seus dedos, atava-os aos seus e beijava as costas da mão, seus lábios roçando o anel também. 157
Ele era um homem de poucas palavras, mas suas ações davam a ela tanto conforto quanto esperança. As portas do elevador se abriram, Natalie entrou na cobertura em uma névoa agradável. Ela olhou em volta e chegou a um impasse, a rapidez r apidez de sua parada fez com que ele colidisse contra ela e envolvesse o braço em sua cintura para estabilizá-la. Quando ela olhou ao redor do interior do apartamento, seu batimento cardíaco foi à loucura l oucura e ela tentou desesperadamente recuperar o fôlego. Ele falou por trás dela. - Vamos lá. Não vi isso também. também. Ele a levou para o quarto, tirou o braço de sua cintura para segurar sua mão e levou-a através da sala do apartamento, um quarto de cada vez. Natalie não tinha palavras enquanto olhava tudo em atordoada apreciação. Ela estava completamente sem fala enquanto olhava de uma sala para a outra e fazia apenas pequenos comentários quando ele a puxou junto. Ela tentou como o inferno responder a ele, mas ela tinha muito medo que suas palavras fossem apenas sons distorcidos de acordo e prazer. Ou assim ela esperava, pelo menos. Ele redecorou completamente a cobertura enquanto estavam fora. Tudo tinha sido trocado como se nunca tivesse existido e toda a casa tinha sido refeita com novo mobiliário, acessórios, pintura e piso. Era uma reminiscência da decoração daquele restaurante que ela havia gostado e ela amou. Ela amava tudo sobre ele, das cores quentes aos acentos de pedra e tudo mais.
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Mas ela foi totalmente pega de surpresa por ele ter feito isso para ela. Para ela? Que outra resposta poderia haver? Ele a levou até um sofá de pelúcia confortável com um grande pufe combinando, que servia de mesa de café. Ele a puxou para baixo com ele, para testá-lo. - O que você acha? - Perguntou ele. - Eu... Eu... - Natalie estava ainda completamente sem palavras, quase com medo de reagir. Ele fez uma careta, como se sentisse dor. - Se você não gosta, não é um problema. Vou chamar o decorador e mandar refazer tudo do jeito que você quiser. Merda! Sinto muito. Eu deveria ter deixado você escolher para começar com isso. Ela colocou a mão em seu braço para silenciá-lo. - Marco, pare! - Ela olhou para longe de seus olhos e depois de volta novamente. - É perfeito. Eu não poderia ter feito melhor. Eu amo isso. - Ainda bem. Levou a semana inteira para fazer. Nós teríamos que sair de novo. Ela apertou seu braço e olhou em volta da sala. - Você fez tudo isso por mim? - Não fiz por mim. - Seus olhos eram como navalhas enquanto observavam de perto sua reação. - Mas, por quê? - Você sabe por que, Natalie. Você odiava. E eu não posso ter você odiando a nossa casa ou você poderia ir embora. - Eu não iria te deixar apenas por causa da decoração. - Ela disse simplesmente. 159
- Não era um risco que eu estava disposto a correr, ok? - Suas palavras eram firmes e Natalie sabia por seu tom que a conversa estava terminada. - Certo. - Ela sussurrou.
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Capítulo Nove
Uma semana depois, Natalie saiu do apartamento com dois telefones na bolsa e os cartões SIM trocados. Ela estava preocupava com a idéia dele estar a rastreando mais do que pensava. A situação não podia continuar. Tudo estava bem entre eles. Seu relacionamento foi progredindo em um lento, mas bom ritmo. Eles estavam em um lugar que ela estava muito confortável. Embora estivessem definidos apenas como "um casal", ela usava um anel que ele deu e isso era suficiente para ela. A casa tinha sido redecorada para ela, o que a agradou além da conta. Na noite depois que chegaram à casa de Nova York, enquanto ele entrava e saía da cozinha depois que ela havia limpado a louça do jantar, ela tirou tudo dos armários e reorganizou para sua própria satisfação, como se fosse sua cozinha. E ele a observava, o único problema que ele tinha era a quantidade de tempo que isso estava tomando dela. A linha em sua boca indicava que já havia passado da hora dela estar na cama com ele. Então, com seus limites definidos, sua cozinha, seu domínio, o anel dele em seu dedo e o direito de chamar-se sua namorada, o único problema que Natalie tinha era o maldito aborrecimento dele não confiar nela. E isso tinha que acabar. Hoje. Ela escolheu com cuidado o lugar para o confronto. Uma rua no centro da cidade, longe o bastante de casa para que o fizesse deixar o que estivesse fazendo e fosse procurá-la, a menos que confiasse nela o suficiente para telefonar, mas ela duvidava que ele fizesse isso. Ela esperava que ele fizesse, 161
mas duvidava. A localização era próxima o suficiente para que ela chegasse lá de trem e não era completamente rodeada por edifícios altos, assim, ele não deveria ter problema em identificar sua localização. Ela queria que ele identificasse i dentificasse sua localização, tranquilamente. tranquilamente. Natalie entrou no Starbucks que havia escolhido, pediu um café e entrou no banheiro. Jogou o café na pia, enxaguando e secando o copo, e colocou o smartphone dentro dele. Andando para fora no pátio, ela escondeu o copo em um grande vaso de planta próximo a um receptor de lixo, desceu a rua até uma banca de revistas e fingiu estar procurando algo para comprar. Ela conversou com o vendedor, comprou um pacote de chiclete e continuou a olhar as revistas, enquanto observa a rua em frente ao Starbucks. Todo o processo já tinha levado 30 minutos desde que ela tinha deixado a cobertura e ela percebeu que algo aconteceria em breve, ao menos ela pensava que aconteceria. Se ele fosse telefonar para ela, já o teria feito. Assim com o pensamento veio, o carro de Marco surgiu na frente do Starbucks. Fúria abrangeu seu ser. Natalie agradeceu o vendedor de revistas e caminhou rapidamente na direção oposta do carro, pegando seu telefone e discando enquanto andava. Ele atendeu no segundo toque, mas ela não lhe deu um segundo sequer para falar. - Você está me procurando, Marco? - Sim. - Ele El e não tentou negar.
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- Seu telefone espião está em uma xícara de café vazia dentro daquele vaso de palmeira ao lado da lata de lixo, se você quiser saber. Eu tinha a maldita certeza de que você me vigiava. Não serei mais sua prisioneira. Você tem meu número se quiser me telefonar, isso se você estiver interessado em ter uma relação normal comigo. – Ela terminou a chamada, virou à esquerda, atravessou um banco e desceu um lance de escadas antes de ficar imersa na rede de túneis sob a cidade. Ela se sentou em um restaurante fast food por cerca de uma hora, tomou uma Coca-Cola Diet, sua fúria e dor cresceram quando ele não telefonou até que ela percebeu que seu celular não tinha sinal ali em baixo. Ela se repreendeu, sentindo-se uma tola e, em seguida,d eixou seu assento, voltando lá para ci ma, para a luz do sol. Imediatamente seu telefone soou e registrou as mensagens de texto que ela perdeu e um furioso correio de voz de Marco que exigia saber onde ela estava. Ela decidiu que podia cozinhá-lo por algum tempo e não ligou de volta, mas caminhou até a cobertura. Ele estava esperando por ela quando o elevador se abriu. - Onde diabos você esteve? - Sua raiva era palpável, mas Natalie também estava irritada e se coçando para uma briga. Ela deixou todas as suas coisas na cobertura, tendo decidido não se mudar ainda até que soubesse como isso iria se desenrolar. - Nos túneis. - Ela disse simplesm simplesmente, ente, não mostrando nenhuma reação. - Os túneis? Os túneis são perigosos, Natalie! - Ele assobiou. - Perigoso? Eu não acho, Marco. Estava sentada em um restaurante fast food todo o tempo.
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- Você não entende. Talvez na primeira vez que vá lá você possa pensar que é seguro... - Você está assumindo que hoje foi a primeira vez? Eu tenho ido explorar a cidade há uma semana. O olhar que ele lhe deu tornou-se congelado, impenetrável. Seus olhos encapuzados e suas feições endurecidas. - Você estava mentindo para mim. - Mentindo para você? - Ela bufou. - Acho que não. Simplesmente troquei o cartão SIM do telefone que você me deu e coloquei-o em meu velho telefone, que por acaso eu gosto mais. Como isso é mentir para você? - Há quanto tempo? - Ele estava tentando controlar sua raiva. Natalie podia ver isso, assim como podia ver o tic em sua bochecha que ele não podia controlar. - Desde o dia em que me perdi e você me encontrou. Você sabe o que mais me dói, Marco? Ele cruzou os braços e levantou uma elegante el egante sobrancelha. sobrancelha. Ela continuou: - O fato de você pensar que sou estúpida. Venho testando você sobre isso, sabia? Naquele dia, fui à biblioteca e você ficou chateado. Você pensou que eu havia esquecido meu telefone. Sei que sou inferior a você, que não tenho um diploma universitário, não tenho um monte de dinheiro. Mas estou tão certa como a Terra é redonda, de que tenho um maldito Q.I. maior que o seu. - Eu não acho que você é estúpida, Natalie. - Não me venha com essa merda, Marco. Nós sabemos disso. Você acha que sou frágil e indefesa. Por que não apenas admite admite isso i sso e vamos jogar limpo?
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Ele rangeu os dentes e passou os dedos através de seu cabelo. - Não acho que você é estúpida. Desculpe-me, eu a subestimei. - Sim, aposto que está arrependido, tudo bem. Agora você não consegue manter o controle sobre mim vinte e quatro horas por dia. E isso dói, não é verdade? - Sim, dói. - Ele teve a ousadia de dizer. - Como você se atreve? Como se atreve a monitorar meus movimentos? Como você pôde? O que você estava tentando fazer? Seu olhar tornou-se sombrio. - Estava tentando mantê-la segura. Ela cortou a mão no ar em raiva frustrada. - Não me venha com essa merda, Marco. Você só está tentando proteger seu investimento de 20 mil dólares! Seus músculos apertaram e ele deu um passo em sua direção. - Mentira. Nunca dei a mínima para aquele dinheiro. Você sabe disso agora. Sempre foi sobre você todo esse maldito tempo. t empo. - Isso é ainda pior! Se for sobre mim, significa que não confia em mim. Você acha que estou indo fazer o quê? Roubar seu dinheiro? Fugir com o seu cartão American Express? Ele soltou um longo l ongo e baixo suspiro, como se quisesse estar em qualquer outro lugar e não tendo esta conversa. - Não. - Então o que é? O que, pelo amor de Deus? - Ela exigiu saber. Ele enrijeceu os ombros e seus olhos a encararam quando ele falou. Natalie sabia que ele estava dizendo a ela seus exatos pensamentos. - Eu achava que você podia me trair.
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A testa dela franziu em confusão quando sua mente correu a um passado recente. - Trair você? Eu não era sua quando me deu aquele telefone. Os olhos dele corriam sobre ela de cima para baixo e pararam de volta nos olhos dela. Ele a estudou sem hesitação, seus pés plantados em uma sólida posição. - Você tem sido minha desde o dia que bateu em mim com seu carro, Natalie. Você só não sabia disso. Natalie respirou fundo e o observou a partir de seu ponto de vista a poucos metros de distância. Havia uma chama em seus olhos enquanto ele a observava e uma tensão sutil em seus membros que não podia esconder. A mente de Natalie correu. Ele obviamente tinha problemas, problemas com traição, problemas de compartilhar. Ela soube imediatamente que não queria perdê-lo, mas não podia facilitar muito para ele. Ela não podia deixá-lo se safar dessa sem que soubesse muito bem que não poderia fazer isso novamente. Como ela continuou a observá-lo em silêncio, suas narinas se dilataram e ele disse:- O que você quer? Natalie sabia que ele estava perguntando o que ela queria dele para deixar i sso tudo para trás, mas ela tinha outra questão que precisava ser resolvida também. – Você adulterou meu laptop? - Inferno, não! - Ele olhou para ela sem vacilar e ela sabia que estava dizendo a verdade. Ele esperou por um momento e depois continuou: - Mais uma vez, o que você quer? - Ele perguntou. - Você poderia começar me pedindo desculpas, mas você nunca pede desculpas, não é? O olhar que ele deu a ela era duro. - Sinto muito. 166
- Você sente muito por ter sido pego. - Ela retaliou ao mesmo tempo. - Sim. - Ele El e teve o descaramento de admitir. admitir. - Maldito seja, Marco! Você nem sabe como brigar da maneira certa. Uma dica de um sorriso cruzou os lábios dele, mas desapareceu rapidamente. -Sinto muito por não ter confiado em você. Sinto muito por ter rastreado você. Todo o humor o deixou enquanto sua expressão se tornava inflexível, sem misericórdia e obstinada.- Prometa que você é minha, Natalie. Dê-me essa promessa e vamos deixar isso tudo t udo para trás. Ela soltou um suspiro. - Eu prometi antes. - Não. Eu exigi que você prometesse. - Como aquilo foi diferente de agora? - Ela questionou. Seus músculos se soltaram sob seu terno e Natalie sentiu que era porque ele estava perto de seu objetivo. Sua voz veio com firmeza, sua cadência estável quando ele expôs seu ponto de vista. - É diferente porque agora estou te pedindo para ficar. Para ficar pela única razão de estar comigo. Você e eu. Ninguém mais. Estou prometendo a você minha fidelidade. Isso é algo que nunca prometi antes na minha vida e quero que você me prometa o mesmo. Ela não hesitou e nem pensou duas vezes. - Você já a tem. Mas precisa fazer melhor, Marco. Você precisa provar que confia em mim. Uma carranca ficou entre suas sua s sobrancelhas. - Como? - Não sei. Vou deixar isso para seu cérebro analítico descobrir. 167
Ele caminhou até ela, abraçou-a com força e ergueu seu queixo com sua mão, beijando-a na testa, circulando-a com força em seus braços. - Obrigado. **** Marco voltou do trabalho no dia seguinte e não disse uma palavra. Entrou na cozinha onde Natalie estava trabalhando, pegou sua mão e começou a puxá-la em direção aos elevadores. - O que está fazendo? - Ela perguntou quando tropeçou e quase caiu. - Provando que confio em você. - Ele respondeu rapidamente quando a puxou para dentro do elevador com ele. Ele soltou sua mão e cruzou seus braços sobre o peito, olhando-a atentamente com uma expressão que ela não podia ler. Apoiado casualmente contra a parede, seus olhos correram sobre o corpo dela, do alto de seus cabelos a seus pés, parando brevemente para estudar seus seios. Após a indolente avaliação, levantou seu olhar ao dela novamente e falou com humor negro e sarcasmo na voz. - Teve um bom dia, querida? Natalie não tinha idéia do que ele estava aprontando, seus modos e ações eram diferentes do que ela já visto nele antes. Ela respondeu hesitante: - Sim. Ele a encarou com o rosto impassível. - Você gostaria de foder seu amante no elevador, querida? Uma rápida onda de calor e choque agarrou-a e ela corou. - N... Não. - Não ao elevador ou não à foda? 168
- Não ao elevador. - Mas seu namorado jamais fudeu em um elevador antes, querida. – Ele continuou na terceira pessoa e ele realmente gostaria disso agora. Apertou o botão para parar seu elevador privativo e agarrou-a pela cintura. Ele a virou e empurrou-a contra a parede. - Como... Como isso provará que confia em mim? - Ela conseguiu perguntar enquanto seu coração martelava e suas pernas começavam a tremer. - Oh, isso não provará. Isso virá um pouco mais tarde. Primeiro, você tem que provar uma coisa para mim. Ele empurrou seu tronco contra o dela e ajustou suas calças, liberando sua ereção. Natalie engoliu em seco. Ele era grande e duro e se projetava contra ela. Ela lambeu os lábios e respirou fundo enquanto observava-o, em estado de choque, desenrolar um preservativo. - O que preciso provar? - Ela perguntou com voz trêmula. trêmula. Ele empurrou seu short de algodão e sua calcinha por suas pernas e envolveu suas mãos ao redor da carne macia da sua bunda, levantando-a e espalhandoa aberta para ele. Ela podia sentir o calor de seu pênis empurrando contra ela, preparando-se para entrar. Ela se inundou com seu calor. Os dedos dele apertavam sua carne, só um pouco de dor enquanto ele se segurava à beira do precipício.
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Ele respondeu entre dentes: - Você precisa me provar que irá me deixar te foder sempre que eu quiser, da maneira que eu quiser, o quanto eu quiser. Que você admita que quer isso, que me quer do jeito que eu sou. Ele empurrou um centímetro de seu pênis dentro dela e sua voz tornou-se ainda mais grave. - Você precisa me provar que pode lidar comigo, do jeito que sou e que não tem medo de mim. Não quero que tenha medo de mim, Natalie. Mas não posso mudar quem sou. Não quero ter que me preocupar a cada dois segundos que você ficará com medo e irá embora. Você pertence a mim e precisa provar isso agora, dando-se a mim, por completo. Ele ficou parado em sua entrada, esperando. Esperando-a responder e Natalie sabia que este era mais um ponto em seu relacionamento que estavam atravessando. Ele confiaria nela para ser sua se ela pudesse provar que era dele, que queria ser dele, completamente. Os olhos dela estavam vidrados quando sentiu o calor úmido que ele sempre induzia dentro de corpo, deslizando para baixo e facilitando seu acesso. Ela estava consciente o suficiente para saber que ainda precisava dar-lhe uma resposta. Deu a ele a única que podia. - Sim. Ele bateu dentro dela e se manteve dentro, enquanto ele empurrava sua cabeça para a dela, exigindo sua boca sem palavras. Natalie cedeu, a língua dele mergulhou dentro e ele começou a beijá-la como se a sua vida dependesse disso. As mãos de Natalie correram em seus cabelos e ela o beijou de volta. Seus lábios se agarraram e suas línguas rodaram juntas enquanto ele começou dando pequenos e afiados golpes, seus quadris batendo contra os dela. A mente de Natalie começou a desligar quando ele começou a bater naquele lugar dentro dela que ela não podia resistir. Ele socou dentro dela que virou a cabeça, precisando de oxigênio quando começou a gozar.
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- Goze, meu bem. Goze no meu pau. - Ele El e exigiu com uma voz áspera e rouca. Ela não podia lutar contra isso e ouviu um acentuado e ardente som saindo de sua garganta. Seu corpo enrijeceu quando o prazer a consumiu. Ela o sentiu dar mais três golpes e então ele estava gozando com ela. Sua cabeça afundou ao lado dela e eles tentaram acalmar suas respirações ofegantes. Eles se acalmaram lentamente e ele saiu de dentro dela, colocandoa de voltar em seus pés. Quando ele eliminou o preservativo sujo, envolveu-o em um lenço de papel e colocou-o no seu bolso. Ela sabia que ele tinha cada detalhe do encontro planejado. Isso não a deixou com raiva, era apenas um aspecto de sua personalidade que ela estava começando a conhecer muito bem. Ele era um planejador consumado. Ela ajeitou a roupa com as mãos que tremiam e encostou-se à parede do elevador em silêncio, enquanto esperava seu próximo movimento. Ele observou seu silêncio e finalmente, quando isso se tornou demais para Natalie, ela teve que quebrá-lo. - Como me saí? - Ela perguntou em voz baixa, tentando uma calma que estava longe de sentir. Um brilho atravessou os olhos dele e ela não pode interpretar. Quando ele falou, suas palavras soaram sarcásticas para ela. - Excelente, querida. Confusão a atacou. - Você está bravo comigo? - Por que iria ficar bravo br avo com você? Você Você não fez nada de errado, fez? - Não que eu saiba. - Então eu não poderia estar bravo, poderia? 171
Marco observou Natalie enquanto ela agarrava o trilho atrás dela com as duas mãos e tentava, sem sucesso, controlar seu tremor. Ele sabia que estava sendo um idiota, mas não conseguia parar. Ele estava bravo e era culpa dela ele estar bravo, pelo menos era isso o que ele estava se dizendo. Ele se sentiu como se estivesse preso. Preso por ela e não pudesse se soltar. Ele não queria se livrar do controle dela, caramba. Ele tinha sido perfeitamente feliz até ontem. Ele tinha sido capaz de monitorar seus movimentos e saber exatamente quando ela deixava a cobertura e aonde ia. Ou assim pensava ele. Realmente não tinha sido assim, mas ele não sabia disso. E agora, agora ela estava pedindo a ele que confiasse nela, confiar nela pelo amor de Deus, quando ele nunca havia confiado em mulher nenhuma em sua vida. Ele não sabia como confiar nela. Mas, evidentemente, se quisesse mantêla junto de si, e ele queria, teria que aprender a confiar nela e rapidamente. Então, sim, ele foi ficou puto. Puto com ela por suas exigências, puto consigo porque não iria apenas abrir mão dela. Apenas deixá-la ir. Ele sabia que se fosse qualquer outra mulher era exatamente o que faria. Ela teria ido embora. Em um piscar de olhos. Assim... rapidamente. Mas não Natalie. Ele estava viciado. Completamente. Ele sabia disso. E maldição, Natalie provavelmente sabia também. Ele sabia que estava sexualmente viciado nela; nãohavia outra explicação. Ele estava viciado em seu perfume, encantado com os doces sonsque ela fazia quando deslizava dentro dela. Ele estava completamente intoxicado com seusabor. Sua pele era tão suave, tão doce que ele quase não podia suportar. Ele fisicamente queria lambê-la; às vezes queria, na verdade, morder sua pele. Masnão podia, pelo menos não além de certo ponto. Ele adorava quando as coxas dela se fechavam em torno dele em necessidade, desencadeando uma fome voraz dentro dele que não achava que fosse capaz de aplacar. 172
Enquanto ela o observava agora com cautela, ele se sentiu se acalmar um pouco. Ela tinha sido excelente, tinha dado a ele exatamente o que queria. E ele não deveria estar jogando isso sobre ela agora. - Venha aqui. Os olhos dela queimavam e ele percebeu que ela estava agitada com sua demanda. Será que ela achava que ele iria tirar sua calcinha novamente? Ele malditamente queria. Mas não agora. Agora ele tinha algo para provar a ela. Ele só esperava que fosse fazer o maldito truque. Natalie olhou para ele quando estendeu a mão para ela, silenciosamente exigindo que ela a tomasse. Ela andou os poucos passos necessários e colocou seus dedos na palmada mão dele que a agarrou forte, entrelaçando seus dedos com os dela enquanto ele apertava o botão para completar a descida. As portas se abriram e Natalie percebeu que foram até a garagem subterrânea. Ele a puxou e levou-a até seu carro e apontou. - O que você acha? - Ele perguntou. Ela franziu a sobrancelha. - Do seu carro? - Não. Do seu. - Ele anunciou. - Meu o quê? - Seu carro. Natalie não sentiu nada além de confusão quando olhou em volta procurando o pequeno compacto verde que seu primo havia lhe emprestado. 173
- Onde ele está? - Próximo ao meu. O Lexus cinza. Natalie quase engasgou. - O cinza o que? Ele a puxou em direção a um belo carro, zero, com elegantes linhas cinzentas. – O Lexus. Este aqui. - Ele tirou uma chave do bolso e apertou um botão.
Natalie ouviu o suave duplo clique das portas automaticamente desbloqueadas. desbloqueadas. Ela balançou a cabeça para trás e para frente e murmurou. - Não entendo. - O que é que você não entende? Sua voz tornou-se mais forte. - Como é que isso provará que você confia em mim? Você comprou para si um carro adicional equipado com localizador GPS e vai me permitir dirigi-lo? - A cortante pergunta sarcástica mal havia deixado seus lábios quando ele ficou na frente de ela, olhando-a. - Esse é o seu passe livre. Realmente não gosto de sarcasmo saindo desses lindos lábios quando direcionados a mim, entendeu? Ela o estudou atentamente, mantendo-se rígida. - Este é um daqueles momentos, não é Marco? Um dos momentos nos quais você tem que ser você mesmo e eu não possof icar com medo ou me sentir intimidada, certo? As mãos dele foram para seus braços e seus polegares apertaram sua carne. É isso mesmo, querida. Eu não quero que você fique com medo, mas você vai fazer o que eu digo. Sacou?
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Os lábios de Natalie se apertaram. - Se você não quer sarcasmo de mim, espero o mesmo de você. Ele agarrou seus braços. - Você gosta do maldito carro ou não? - É muito bonito, se é o que está me perguntando. - Espero que você goste, porque não é meu. É seu. Comprei em seu nome. Vou te dar o documento. E não há nenhuma porra de localizador nele. Suas palavras tanto a chocaram quanto agradaram. Ela sentiu que ele estava dizendo a verdade. - Meu? Você comprou para mim? Sério? - Sim. - E posso realmente dirigi-lo? - Que raio de pergunta é essa? - Ele El e quase gritou a pergunta. - Uma pergunta honesta. - Sim, você pode dirigi-lo. Mas você tem que me prometer um par de coisas primeiro. Seus olhos deixaram os dele e foram para o carro, de repente ansiosa para entrar nele e dirigi-lo. - O que? - Você vai usar sempre o seu cinto de segurança e dirigir dentro do limite de velocidade. - Sim, claro. - Ela concordou simplesmente. simplesmente.
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- Você não vai enviar ou ler mensagens enquanto dirigir. Ou beber e dirigir. Ela se virou para encará-lo com um olhar abrasador em seu rosto. - Não sou uma idiota. Ele ignorou isso. - Você vai voltar para casa todas às noites. Natalie ouviu o ligeiro vestígio de vulnerabilidade por trás da ameaça sussurrada na voz que ele não consegu conseguiu iu disfarçar. Ela não reconheceu a ameaça sutil em seu tom de voz, a demanda rígida ou a insinuação de raiva que a situação estava lhe causando. Todo foco dela estava na vulnerabilidade dele que lhe causou a necessidade de tocá-lo e tranquilizálo. Ela levantou a mão para sombra de barba que estava no rosto todas as noites quando chegava a casa. - Eu estarei segura... Ele a cortou e agarrou-a ela, batendo seu peito contra o dela. - É melhor estar fodidamente segura. Não pense por um instante que eu esqueci como nos conhecemos. Não estou chamando você de estúpida, mas não está acostumada a dirigir na cidade. Isto é muito duro para mim, Natalie. Isso está me matando. Ela acariciou seu rosto enquanto reconhecia para si mesma o que ele estava sentindo e que grande passo isso foi em sua oferta de confiar nela. - Eu sei. Está tudo bem. Vou ficar segura. Eu não vou longe. Ela sentiu a tensão sair um pouco de seu corpo, ele se inclinou e descansou sua testa contra a dela. Ela o alcançou e beijou-o suavemente no rosto, sussurrando em seu ouvido. - Vou ficar segura. Terei cuidado com seu carro. Os dedos de Marco agarraram o queixo dela, forçando seus olhos para ele. Calor intenso e sexual ardia entre eles quando ele murmurou. - Não dou a mínima para o carro. Tome cuidado com você.
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**** Um mês se passou em uma corrida. Natalie estava mais do que satisfeita. Ela começou devagar com o carro, só dirigindo para o supermercado quando ela assumiu essa tarefa, que ela não via de fato como uma tarefa. Ela estava começando a gostar de cozinhar e queria percorrer as prateleiras lentamente para obter novas idéias e para ver o que estava disponível. Ela dirigiu para a biblioteca e verificou verifi cou os livros. Apesar de Marco ter dado a ela um cartão de crédito próprio, sem limite, ela não queria gastar mais dinheiro do que tinha que fazer. E livros da biblioteca estavam grátis. Ela só comprava roupa quando ele pedia que ela vestisse algo especial, o que até agora não tinha sido frequente. Ela estava satisfeita. Recusou a pensar em si mesma como sua amante. Ela era sua namorada. Eles viviam juntos. Isso era tudo. Essa é a maneira que tinha que ser. Seu primo estava de volta à cidade e ela podia agora contar com seu apoio. Ela sentia falta de sua mãe, mas falava com ela frequentemente. Natalie acredita que sua mãe estava finalmente caindo em si, lenta, mas seguramente. Ela podia ouvir a desilusão em sua voz. Era doloroso para Natalie ouvir isso, mas não havia nada que pudesse fazer. Ela e sua mãe queriam ficar juntas. Natalie precisava sentir o abraço de sua mãe e sabia que sua mãe também, mais do que ela. Mas sua mãe trabalhava em tempo integral e elas estavam tendo dificuldade em encontrar um fim de semana livre adequado para ambas. Mas isso tinha que acontecer logo, elas sentiam demais falta uma da outra sem se verem. Natalie amou a nova decoração da cobertura e começou a colocar seu próprio toque.
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Comprou algumas coisas aqui e lá, mudou algumas coisas de lugar e só lentamente começou a sentir como se fosse f osse seu próprio lar. O que ajudava era ver a reação de Marco às pequenas mudanças que ela fazia. Ele olhava em volta e percebia algo. Nunca dizia nada, mas um olhar passava em suas feições. Um olhar de satisfação. Ele a queria ali. Ela sabia disso. Prazer percorria seu corpo toda vez que ela percebia aquele olhar de satisfação dele. Tanto é assim que ela se encontrava indo às compras apenas para ver aquela expressão em seu rosto novamente. Isso a acalmou e deu-lhe o conforto de que seus sentimentos por ela eram profundos. Não havia dúvida de que ela estava apaixonada por ele. Todos os dias, ela aprendia nuances diferentes de sua personalidade. Ela aprendeu a interpretar suas expressões e como ler sua linguagem corporal e maneirismos. Começou a saber como ele reagiria r eagiria e o que estava pensando antes que ele reagisse. Os sentimentos de Marco por ela foram crescendo também e ela esperava que continuassem crescendo. Mas ele nunca mencionou o futuro e certamente nunca compartilhou seus sentimentos com ela. Pelo menos não verbalmente. O que ela recebia dele eram apenas indícios, pistas que ela adquiria a partir de suas interações. Ela achou divertido quando uma vez ele disse que não precisava dela para coisas mundanas como assistir a um filme juntos. Mas agora ela percebia que um dos seus mais relaxantes passatempos era perder-se em filmes que eles haviam alugado. Mas só com ela sob seu braço, deitados lado a lado no sofá. Um arrepio de prazer percorreu-a. Ela se emocionava quando pensava no jeito que ele segurava seu rosto entre as mãos quando faziam amor, com os olhos presos aos dela, recusando-se a deixá-la quebrar a ligação entre eles enquanto ele firmemente bombeava seus quadris nos dela, levando-os lentamente ao orgasmo. 178
Mas fazer amor dessa maneira só veio depois. Depois que ele chegava a casa à noite e encurralava-a onde ela estivesse. Isso normalmente acontecia no momento em que entrava pela porta. Ele a encontrava e a levava para a parede mais próxima ou balcão e a fodia cegamente. Nunca houve qualquer forma de impedi-lo, não que ela quisesse, ele estava sempre em uma missão que era sempre tirar sua calcinha. Naqueles tempos, as roupas dela não importavam. Às vezes elas ficavam, às vezes saíam. Mas sempre no segundo em que ele empurrava para baixo sua calcinha, suas pernas se abriam para ele, as narinas dele inflamavam e uma dura satisfação que não era apenas sexual cruzava suas feições endurecidas. Ele sempre a fazia gozar. Esses tempos foram quentes e rápidos, mas ele sempre fez questão de que ela gozasse antes dele ou com ele. Sim, não havia dúvida de que, até agora, ela estava mais do que satisfeita com sua relação. Ela tinha 24 anos e um dia iria querer um marido e família. Ela sabia em seu coração que queria essas coisas com ele. Mas por agora, estava contente e satisfeita com a prova tangível e intangível de que ele se importava com ela e que a sua relação estava indo na direção certa. **** Era quase meio-dia e Marco começava a sentir fome. Era terça-feira, e as terças Joy ia à delicatessen e trazia algo para eles comerem em suas mesas. Há muito ela havia parado de perguntar o que ele queria, ele sabia disso e não poderia se importar menos. Ele apenas resmungava para ela. Ele sabia que fazia isso porque ela reclamou mais de uma vez. Ele ouviu o leve toque em sua porta e abaixou sua caneta. Joy abriu a porta e ele não reconheceu a expressão em seu rosto. - Natalie está aqui para ver você. - Suas palavras eram hesitantes, quase com medo, e ele percebeu que ela achava que ele ficaria puto. Ela sabia que ele absolutamente detestava quando mulheres passavam em seu escritório para vê-lo. 179
Mas esse não era o sentimento que estava sendo correndo através de seu intestino agora. - Por que você a está fazendo esperar? A mandíbula Joy caiu aberta ao mesmo momento em que empurrou a porta e deixou Natalie passar. Marco correu os olhos sobre a sua mulher quando Natalie se virou e muito gentilmente agradeceu a Joy. - Sem problema. É bom finalmente conhecer você. - Joy respondeu a Natalie e seus olhos se voltaram para Marco. - Você ainda precisa do almoço como de costume? Marco observou Natalie parada perto da porta de seu escritório. - Não sei. Eu preciso Natalie? - Não vou ficar aqui por muito tempo, se é isso i sso que está me perguntando. perguntando. - Então acho a cho que preciso de almoço. - Estarei de volta em 20 minutos mais ou menos. - Joy respondeu antes de fechar aporta, deixando-os em privacidade. Marco recostou-se na cadeira e Natalie o observou em silêncio. Ela se mexeu, mudou seu peso de um pé para o outro e não pode manter os olhos nos dele. Ela estava nervosa. E o filho fil ho da puta, vendo seu nervosismo, estava deixando-a mais nervosa. Por que ela veio aqui? Por que ela está nervosa? Ele não podia negar o calor e o puro prazer que tinha percorrido sua espinha quando a viu em sua porta. Mas não agora. Agora ele estava sentindo algo muito diferente. Um suor frio. Isto
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estava tão longe de sua rotina normal que ele admitiu para si mesmo o que estava sentindo. Pânico. Ele empurrou o caroço para baixo de sua garganta e tentou ficar calmo. Ele estreitou os olhos sobre ela. - O que foi? - Perguntou tão firmemente quanto conseguiu. Ela lambeu os lábios e finalmente o olhou nos olhos. - Nada. Só precisava falar com você e percebi que nunca tinha vindo aqui no seu banco. Então aqui estou eu. - Sim, aqui está você. - Então... - Ela expirou e seus olhos deixaram os deles quando vagavam em torno de seu escritório. - O que você precisa me dizer? Ela respirou profunda e firmemente. - Só que vou chegar tarde a casa esta noite. - Por quê? - A palavra deixou seus lábios em um rosnado, ainda que ele estivesse cambaleando dentro de um alívio intenso por ela estar voltando para casa esta noite. A informação que ela lhe deu não respondeu sua pergunta imediatamente. Coloquei um assado e batatas na panela de barro. Estará pronto quando você chegar em casa. Deixe tudo na cozinha. Vou limpar quando eu chegar em casa. - Aonde você vai?
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- Vou ver minha mãe. Seus músculos se apertaram. - Onde o pedófilo vive? - Sou adulta, Marco. Ele não é um pedófilo, pelo menos não acho que ele seja. - Isso não vai acontecer, querida. Você não vai onde possa estar em perigo. - Você está certo. Não vou. Não a nenhum lugar perto de Vidor. Minha mãe tirou uns dias de férias e estamos nos reunidos em Beaumont, em um restaurante muito grande, público. - Ele não estará lá? - Não, caso contrário eu não iria. Eu disse a ela que precisava de um dia de garotas, só nós duas. Vamos almoçar e fazer compras. Não a vejo desde que saí de casa. São quase qua se dois meses. Ele pegou a caneta e bateu contra sua mesa em agitação. - Não gosto disso. - Sim, percebi que você não gosta disso. É por isso que estou aqui pessoalmente. Mas esse é um daqueles momentos, Marco. A boca dele se achatou e ele levantou a sobrancelha em interrogação. Ela continuou: - Um daqueles momentos em que você terá que confiar em mim. Ele cerrou os dentes com tanta força que doía. - Evidentemente. Os ombros de Natalie relaxaram minimamente. minimamente. Ele ficou de pé e atravessou a sala. Girou a fechadura da porta e alcançou-a em dois segundos. Ela segurou a respiração e olhou para ele. - Preciso de um
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pouco de reafirmação antes de deixar você ir. - Seu domínio sobre ela apertou. - Você pode pensar em algo que me faça sentir melhor? Natalie ficou boquiaberta sob seu toque. Suas escuras e diabólicas palavrases correram ao longo de suas terminações nervosas. Ele a queria agora? Aqui? No banco? Apenas a idéia enviava um calor selvagem e devasso formigando a sua espinha. Inconscientemente, ela balançou em direção a ele. Ele agarrou seus quadris e puxou-a contra ele. - Boa pedida, querida. Isso é exatamente o que eu preciso. - Sua cabeça abaixou e ele a beijou duro e forte e sua língua foi profundamente dentro dos recessos de sua boca, dominando-a onde ela estava. Ela sentiu seu cérebro separar-se do corpo e deu-lhe o que ele queria: seu corpo amolecendo sob suas mãos onde elas a agarravam. Sua boca era dura enquanto se movia sobre a dela, alternando golpes claros nos lábios antes que ele mergulhasse a língua em sua boca uma e outra vez, esfaqueando-a em um movimento que imitou o que ele queria fazer com seu corpo. Ela agarrou seus ombros quando ele a ergueu fora de seus pés e caminhou para trás com ela em seus braços. Sua bunda caiu sobre a enorme mesa de mogno e ele se empurrou entre suas coxas abertas. Ele não perdeu tempo e levantou sua arejada saia floral, empurrando-a até a cintura. Ele arrancou sua calcinha para baixo em suas pernas e manteve-a cativa enquanto ajustava sua braguilha e empurrava contra ela, afundando todo o caminho com um longo e fascinante impulso. Duas coisas bateram em Natalie de uma vez. Prazer intenso e inegável e o conhecimento de que ele havia se empurrado dentro dela sem preservativo. Era a primeira vez que ele fazia isso e Natalie estava quase certa de que não havia percebido. Ela tinha que pará-lo, tinha que dizer a ele, mas estava tendo 183
dificuldades em recuperar o fôlego. Formar palavras então era quase impossível, a situação estava tão distante do que ela esperava quando saiu de casa há menos de uma hora atrás. Ele a golpeou com força e ela sentiu as sensações do orgasmo. Ela tinha que pará-lo. Ela só conseguiria dizer apenas uma uma palavra. - Pare. Ele não parou. - Marco, pare! Ele ergueu o rosto de seu ombro e Natalie podia ver o esforço que estava fazendo para diminuir o ritmo. ri tmo. O suor escorria pelos pel os lados de suas bochechas e seu rosto parecia granito duro, implacável. - Por quê? Mais uma vez, tudo o que ela conseguiria seria dizer uma única palavra. Camisinha. Ele paralisou contra ela, mas depois começou a bombear seus quadris novamente. - Não quero parar. Sua admissão, sua própria falta de controle enviaram Natalie sobre a borda e ela começou a desfragmentar debaixo dele. Ela soltou um gemido incontrolável e envolveu os braços ao redor de seu pescoço enquanto gozava em seus braços. Ele a seguiu e o impacto de sentir sua ejaculação quente contra seu ventre enviou tremores adicionais através do corpo de Natalie.
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Ela respirou fundo, tentando acalmar o sangue que bombeava rapidamente através de suas veias, segurando-o enquanto ele caía contra ela. Seus corações batiam juntos e lentamente, Marco levantou-se e segurou-se sobre ela, olhando-a. Natalie não sabia o que esperava que ele dissesse quando estudava a intensidade em seu olhar. Talvez um pedido de desculpas, talvez algum tipo de instrução para tomar cuidado com o que haviam permitido que acontecesse. Mas o que ele disse di sse não era nada como o que ela havia imaginando. – Filho da puta, isso foi bom! Inacreditavelmente, bom pra caralho. Quero isso assim, sempre. Ela engoliu em seco. - Muito perigoso. - Ela disse. - Como assim? Nós confiamos um no outro. - Vou ficar grávida, Marco. - Ela tentou não fazer soar como se estivesse explicando algo para um menino de quatro anos de idade. - Tome pílula. - Simples assim? - Sim, simples assim. - Não posso ainda. - Por que não? - Porque... Porque agora posso estar grávida. Terei que esperar até minha próxima menstruação. A menos que você queira que eu tome algo agora, um plano B? - Plano B? 185
- Pílula do dia seguinte. Uma sombra cruzou seu rosto. - Não é equivalente a um aborto? - Não exatamente. Talvez, eu não sei. Seu rosto escureceu. - Não gosto dessa idéia, Natalie. Ela soltou a respiração que ela estava segurando. - Também não. - Então, vamos esperar e ver. Depois que ficar menstruada, você vai ver um médico e conseguir contraceptivos, ok? Natalie o estudou enquanto ele cuidadosamente cuidadosamente desengatada dela e começava a endireitar sua roupa. Ela não pôde deixar de notar que ele não disse nem palavra grávida e nem bebê. Evitou ambas as palavras e ela sentiu seu estômago cair um pouco. Mas ainda assim, concordou com sobre a questão do controle de natalidade. - Ok. Ele estendeu a mão para ela e levou-a a seu banheiro particular, onde ela se limpou. Ela saiu e encontrou-o mais uma vez em seu escritório. - Então, vejo você mais tarde. - Vou levá-la lá embaixo. - Ok. Ela pegou sua bolsa do chão onde havia caído antes, quando ele a tinha pego. Ele segurou a mão dela e levou-a ao elevador até embaixo, ao banco em si. 186
Ela notou umas poucas mulheres a observá-los, até mesmo enquanto continuaram a trabalhar. Marco estava prestes a se inclinar - ela sentiu um beijo chegando - quando foi interrompido por um homem que nenhum deles tinha prazer em ver. Mathew Kennedy caminhava a partir de um escritório lateral e falou com um humor jovial que era extremamente extremamente desagradável. O homem só não entendia. Ele não conseguia entender que Marco o detestava. Para Natalie, isso i sso era certamente aparente. - Onde vocês dois se esconderam? - Ele fez a pergunta a Marco, mas Natalie sentiu uma sensação muito parecida com insetos rastejando em sua pele quando o homem a olhou. - Não me escondo, Kennedy. - Enquanto dizia as palavras, Marco se moveu para ficar na frente dela, tirando-a da linha de visão do outro homem, mas continuou a segurar sua mão apertada atrás de suas costas. Seu motivo deve ter sido simples para qualquer um ver, mas Kennedy só não era tão inteligente. - Não? Bem, quando vocês ficarem entediados em casa, precisam vir e juntarse a terra dos vivos. Você esteve perdendo algumas festas malditas de boas, meu homem. Natalie sentiu a respiração de Marco aumentar em pulmões e os ombros endurecerem com tensão e pura raiva. Do seu ponto de vista detrás dele, ela podia literalmente ver os cabelos em sua nuca se destacam e ela sabia que tinha duas escolhas. Ela poderia deixá-lo fazer algo realmente estúpido em seu próprio banco, como atacar o homem, ou poderia interromper e tirar sua atenção daquele verme na frente deles.
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Ela não hesitou em tentar suavizar a situação. Ela fez sua cabeça surgir em torno do braço de Marco e forçou seu tom a ser agradável. - É bom vê-lo, Sr. Kennedy, mas Marco prometeu me levar até o meu carro, não é mesmo, querido? - Ela olhou para Marco e depois de volta para o outro homem, seus olhos piscando. Ela sabia que parecia fútil e mimada, mas realmente não se importava. O outro homem era um idiota e ela gostava de seus olhos sobre ela ainda menos do que Marco. Bem, talvez não. - Marco gosta de cuidar de mim desse jeito, você sabe? - Ela piscou os olhos para Marco em pura adoração. Ele gosta de proteger-me também, de tudo. Foi bom ver você. Com isso, Natalie começou a se afastar, agarrando a mão de Marco com a dela. Houve apenas um segundo no qual ela pensou que seu comportamento idiota não funcionaria, mas então Marco deu ao outro um olhar abreviado que significava que iriam se encontrar em outro dia e outra hora, e então ele a seguiu pelo banco. Quando chegaram ao carro dela, ela viu Mathew virar e sair do banco na direção oposta a deles. Ela deu um suspiro de alívio e pressionou o controle remoto para desbloquear a porta de seu carro. Marco chegou à porta antes dela, abrindo-a para ela. Ela entrou e olhou para cima, para ele. Ele parou com os braços na porta do carro fazendo uma gaiola em torno dela e estava olhando-a como se nunca a tivesse visto antes. Ela olhou fixamente para ele, esperando. Seu olhar se estreitou sobre ela enquanto passava os olhos para cima e para baixo do corpo de Natalie antes de volta a seu rosto. - querido? - Ele falou lentamente a palavra, numa firme e bem humorada pergunta, fazendo uma sílaba parecer três. Os olhos dele brilharam e ela sorriu. - Funcionou, não? Ele soltou uma risada e sacudiu a cabeça. - Tenha cuidado. Pegou seu maldito telefone dessa vez?
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- Sim. - Tem certeza? - Sim, “querido”. - Ela brincou. Ele revirou os olhos para o céu e fechou a porta cuidadosamente.
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Capítulo Dez
Oito meses mais tarde
Natalie se refugiou no toalete do andar de cima da mansão em River Oaks e segurou seu tubo de brilho labial com as mãos tremendo. Ela tentou desesperadamente controlar o tremor em seus dedos para que pudesse reaplicar a cor em seus lábios. Enquanto olhava a si mesma no espelho, ela sabia que seu tumulto interior estava bem escondido por trás de uma fachada de cabelo sedoso e macio, um elegante vestido de designer e maquiagem perfeita, que f altava apenas o brilho que ela tentava reparar. A porta começou a abrir com somente um pequeno som de alerta e seus olhos voaram para o botão que ela jurava que tinha fechado. Sua respiração se apertou em sua garganta quando Marco entrou, garantindo que havia conseguido trancar a porta, e ficou atrás dela na minúscula sala. Ele pressionou seu peito contra suas costas, impulsionando-a para frente alguns centímetros até que ela estava imprensada contra bancada. Seus nervos estavam inquietos e o impacto do corpo dele contra o seu fez seu batom cair de seus dedos e pousar na pia a sua frente. Os olhos dela se encontraram com os dele no espelho. O olhar no rosto dele sacudiu o coração de Natalie e seu pulso acelerou, martelando em seu peito. Ele se elevou sobre ela e os músculos sob seu terno de grife estavam tensos. Seus olhos estavam furiosos e ele manteve lábios bem fechados sobre os dentes e ela sabia que era de raiva.
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Ela lutou para controlar sua feição, para manter a expressão de seu rosto. Ela seria condenada se o deixasse ver o quanto ela estava sofrendo. Ela se recusou a assumir a responsabilidade pela a cena que tinha acabado de acontecer, ela era inocente de todas as más ações. Ela começou a abrir a boca para dizer-lhe. Antes que ela pudesse dizer uma palavra, a mão dele cobriu sua boca e suprimiu suas palavras em um aperto tão impiedoso que fez suas narinas inflarem e seus olhos se alargarem em pânico mal controlado. Ele abaixou sua boca até sua orelha e segurou os olhos dela com os seus enquanto sussurrava com fúria. - Eu lhe disse para não usar esse vestido. Ele a segurou em silêncio, imobilizando-a com um braço de aço enquanto a outra mão alcançava a frente dela e envolvia seu peito. Ele capturou seu mamilo entre o indicador e o polegar e segurou-o com força, bem perto da dor, em uma demonstração de propriedade e controle. Natalie sugou oxigênio pelo nariz e fechou os olhos contra ele e a imagem erótica que formavam no espelho. - Eu lhe disse o que Kennedy faria se você usasse esta porra de vestido. O filho da puta não tira nunca os malditos olhos de você. - Ele baixou a mão dentro do decote dela e mergulhou nas rendas do sutiã até que ele estava segurando seu peito em um aperto possessivo. - Não posso acreditar que deixei você comprar essa maldita coisa. Estou queimando até chegarmos em casa. Natalie manteve seus olhos fechados e tentou não ser controlada por seu toque íntimo na sua carne nua. Era quase impossível lutar contra isso. Tinha sido assim desde o dia em que o conheceu e ela temia que fosse desta maneira até o dia que morresse.
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- Abra os olhos. - Ele rosnou em seu ouvido. Ela não cumpriu rápido o suficiente para atendê-lo e sua mão caiu de sua boca para pousar no pulso batendo rapidamente em sua garganta, em um movimento sexualmente intimidante. Seus olhos se abriram diante do exigente toque e cruzaram com os dele no espelho enquanto suas mãos acariciavam seu pescoço e peito com firmes e possessivos golpes. Ela lambeu os lábios secos e tentou fazer com que sua garganta trabalhasse. - Não é o vestido. - Argumentou suavemente. - Não. Não é o maldito vestido. É você. O filho da puta a quer e pensa que pode ter você. - Ele só me quer porque você me tem. É tudo sobre você, Marco. Não tem nada a ver comigo. Seus olhos se estreitaram nos dela. - Isso é besteira, Natalie. Ele está atrás de você por 10 malditos meses e estou cansado disso. - Ele está com ciúmes de você. Você tem os olhares, você tem mais dinheiro do que ele. Isso o deixa louco e essa é a única razão que o faz me notar. Ele a girou em seu abraço executando uma manobra suave e fechando um braço em volta de sua cintura, puxando seu peito para cima contra o seu e levantou seu rosto para estudá-la. - Você realmente acredita nisso? - Sim, tenho certeza. Ele não é um homem muito bom. - Ele nunca quis Tanya e me viu com ela por uns dois anos. Dor perfurou Natalie e deslizou por seu sistema, aterrissando apertado em seu estômago. Ela não gostava de pensar ou lembrar de Tanya de forma alguma. Ela sempre ficava um pouco abalada quando se lembrava da mulher que tinha 192
estado com Marco antes dela. A mulher que tinha estado com ele por tanto tempo e ainda assim não conseguiu fazê-lo f azê-lo se casar com ela. Isso fazia Natalie se sentir oca por dentro como se seu próprio sonho de um final feliz com o homem que amava fosse acabar em desespero. Ela tentou empurrar de lado o pensamento da outra mulher e concentrar-se concentrar- se na conversa. - Não posso explicar o que se passa na cabeça dele. Tanya é bonita. - Mais dor a assaltou quando ela disse essas palavras. - Tanya é uma bonita vadia. - A resposta de Marco foi blasé, sem nenhuma pitada emoção, nada que sugerisse que ele ainda tivesse algum sentindo pela mulher. - Ele quer você, Natalie. - Ele afrouxou seu abraço em volta de sua cintura e tomou-a pela mão, preparando-se para voltar para a sala. - E estamos indo embora agora. Não posso me sentar e jantar e fingir que não estou chateado. Ela puxou seu braço. - Nós não podemos apenas ir embora. - Sim, nós podemos. - Marco, não podemos ser rudes. Irá prejudicar seus negócios. - Irá prejudicar meus negócios se eu estiver na prisão por assassinato. Natalie cavou seus saltos e tentou segurar-se no piso. - Por favor, não diga algo do qual se arrependerá mais tarde. Tente se lembrar de que ele é casado. - Você acha que isso i sso poderia impedi-lo? - Acho que sua esposa iria detê-lo. Sei, ela é bastante... - Natalie não conseguia pensar num jeito certo para descrever Nora Kennedy. - ... Sei lá. Mas acho que ela se divorciaria dele se a humilhasse na frente de outras pessoas.
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Marco se virou e estudou Natalie em atordoada surpresa. Nora Kennedy não dava a mínima para ninguém, somente a si mesma. Tudo o que importa é o dinheiro e sua própria gratificação. Como Natalie não via isso? Ela continuava a surpreendê-lo. Porque, ele não entendia. Ele soube que ela era doce a partir do momento que a conheceu. E ele não queria estragar essa doçura de qualquer forma. Não queria que sua pureza e bondade fossem contaminadas por uma explicação sobre o outro casal. Ele sabia que ela já tinha perguntas, perguntas que ele nunca queria responder. r esponder. Ele sabia que Natalie havia ficado aborrecida mais cedo quando Nora o prendeu em um canto da sala e começou a flertar com ele. Ele tinha visto seus olhos feridos do outro lado da sala, mas o que ela não percebeu foi que ele não tinha ouvido um décimo das besteiras que Nora disse. Ele podia ter deixado transparecer que estar dando atenção à outra mulher, mas era porque ele estava congelado, com um rio puro de gelo correndo em suas veias enquanto ignorava Nora. Seus olhos e atenção estavam em Matthew e a linha reta que ele estava fazendo até Natalie. E quando o homem finalmente chegou a seu lado, ele realmente a tocou. Tocou-a. Tocou Natalie. E então a merda tinha batido no ventilador. Ele se afastou da Nora. Natalie tinha puxado seu braço se livrando da retenção Matthew e correu para cima. Marco lembrou-se de dar ao outro homem um olhar de explosão, mas não queria desperdiçar seu tempo com ele e seguiu Natalie ao andar de cima. Ela era sua prioridade número um e sempre seria. E agora ele não dava a mínima para como eles se livrariam dessa confusão, ele só queria fazê-la chegar em casa e tê-la nua. Era o que acontecia toda vez. Toda vez que um cara fazia um movimento com ela, ele queria fazer duas coisas: matar o cara e tê-la tê -la nua. 194
Ele não podia matar todo cara que olhasse para ela, ou metade da população de Houston seria morta. Ah, mas ele podia afundar nela toda vez. E ele o fez. Quase valia apena a raiva borbulhante que ele sentia em suas entranhas quando alguém a olhava. Mas esta noite, alguém havia tocado nela. Alguém tinha tido a por ra da ousadia de tocá-la. Ele jurou por Deus que se isso acontecesse apenas mais uma vez, Matthew Kennedy iria sentir o impacto de tocar sua mulher. E ele sentiria isso onde iria machucá-lo mais: seu negócio, sua conta bancária. Marco tirou seu telefone do bolso. - Traga o carro. Estamos saindo mais cedo. Sua exigência curta foi recebida com instantânea concordância e agora tudo o que Marco tinha que fazer era conseguir tirar Natalie daquela casa e longe dos Kennedys. Se ele soubesse com certeza que o outro casal estaria aqui esta noite, ele não teria vindo. Ele não sabia como teria se livrado do compromisso, mas ele certamente teria feito isso. Ele odiava isso. Isso o enfurecia. O único lugar que a vida anterior de Marco cruzava com o seu mundo dos negócios era com o maldito Kennedy. Quando ele começou a ir às rodadas de festas depravadas com Tanya, ele nunca havia encontrado outro casal antes. Ele não tinha idéia de que eles eram clientes em seu banco. Mas a única coisa boa sobre seu tipo de negócio era que ele poderia cortá-los a qualquer momento que sentisse necessidade. Eles não tinham grandes depósitos com ele, pelo contrário. Eles tinham grandes dívidas. Dívidas enormes. Dívidas feias.
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Quando Marco desceu as escadas, não desconheceu os nervos que estavam fazendo Natalie tremer suavemente enquanto caminhava ao seu lado. Ele agarrou seu cotovelo, oferecendo o apoio que ela tanto precisava e a proximidade que ele estava começando a exigir. Proximidade que seria essencial para acalmar o fogo da raiva que ele sabia que seria maior no segundo em que o outro homem entrasse em sua vista. Talvez eles pudessem escapar sem ter contato com o outro casal. Mas não era para ser. Matthew estava esperando por eles, pairando tão perto da escada quanto poderia. Seu copo de uísque era quase vazio e sua esposa estava longe dele. Ele começou a tentar acalmar as coisas mais uma vez. - Marco, meu homem, vamos conseguir outro drink para você e... Marco não estava no clima para ouvir sua merda e cortou-o enquanto puxava Natalie para a porta. - Não. - Não há necessidade de sair tão cedo. - Há toda necessidade. Avisei você antes para manter distância. Nunca pensei que seria tão estúpido a ponto de tocá-la. - Suas palavras eram duras duras e quando sentiu Natalie endurecer ao seu lado, sua compreensão sobre ela se tornou mais forte. O outro homem respirou fundo, quando finalmente percebeu como Marco estava puto. Quando os olhos de Matthew saíram dele e foram para a esquerda, na direção de Natalie, Marco sibilou outra advertência. - Não olhe para ela. Os olhos do homem mais velho saíram rapidamente de Natalie e conectaramse como olhar de Marco. Marco não perdeu tempo. Abriu a porta e deixou o 196
homem com uma advertência. - Este é seu último aviso. Não preciso do seu negócio de merda. A próxima vez que você tocar nela, a próxima vez que tentar falar com ela, a próxima vez que olhar em sua direção, irei executar seus empréstimos. Você acha que sua maldita mulher é difícil de satisfazer agora? Experimente ficar sem dinheiro e viver na sarjeta. Marco se virou em direção ao Audi SUV preto vindo em marcha lenta pela calçada circular, puxando Natalie atrás dele, deixando Matthew se debatendo para o ar como um peixe em um gancho. **** Marco não bebia com frequência, mas quando entrou na cobertura, foi direto para o aparador e serviu-se de um Bourbon, puro. Bebeu de uma só vez e serviu-se de outra dose. Ele caminhou para o sofá e afundou-se nele, observando Natalie parada na porta. - Vou queimar esse maldito vestido. - Não, você não vai. - Respondeu ela enquanto enquanto estava parada na entrada. Não. Ele não ia. Ela parecia malditamente boa naquilo. Talvez ele a deixasse usá-lo no apartamento, só para ele. - Sente-se. - Ele fez um gesto com a mão segurando o copo no alto, indicando a cadeira a sua frente onde ele podia vê-la e não ser tentado a tirar as roupas de seu corpo como ele tantas vezes fazia. Ela se sentou, suavizando as linhas do vestido. Ele observou os movimentos nervosos de seus dedos, as respirações profundas que ela estava tomando. Tudo sobre ela, ele queria. Ele sentiu 197
queimar uma necessidade de mantê-la aqui, tê-la só para si. Ele se perguntou se havia algo na face da terra que poderia acalmá-lo. Ele só conseguia pensar em uma coisa. E não sabia se isso seria suficiente. Ele começou devagar. Ele vivia com ela por quase um ano agora e eles finalmente começaram a ter longas conversas há alguns meses. - Eu sei que você tem problemas por seu pai ter abandonado você e sua mãe. Ela o olhou nos olhos com firmeza, mas ele poderia dizer que ela não sabia onde ele queria chegar. - Sim. - Nem todos os homens são assim, Natalie. Alguns homens são constantes e podem ser confiáveis. - Certamente ela sabia agora que ele poderia ser confiável, não? Que ele era um dos caras bons e que nunca faria mal a ela? - Talvez. - Admitiu ela. - Olhe para o novo namorado de sua mãe. Quando ela largou o perdedor, Brad pegou-a rápido o suficiente. Ele a trata bem. - Sim, isso é verdade. - O que aconteceu esta noite. - Ele fez uma pausa - Eu não gostei disso. - Ele a deixou digerir, enquanto tomava um gole do Bourbon. - Também não gostei disso, Marco. - Ela respondeu de volta, obviamente sabendo exatamente a que ele estava se referindo. - Temos que fazer algo sobre isso. - Seu olhar era firme quando ele a estudou, tentando obter um vislumbre do que ela estava pensando. - Como o quê? Dando um golpe nos Kennedys? - Ela perguntou. 198
- Não são apenas os Kennedys... Ela cortou imediatamente. - Com certeza que é! Eles são os únicos que conheci, de todas as pessoas que você me apresentou, que estavam envolvidos na festa de foda que você fez parte. Uma vergonha perfurante, junto com o choque, correu por meio dele. Ela sabia que tinha sido tão ruim assim? - Festa de foda? f oda? - Perguntou-lhe com força. - Eu não sei como você chama isso. Troca de parceiros, ou o que quer que seja. - Tudo bem. Vamos chamar de festa de foda. - Ele olhou para longe dela e então lentamente voltou. - Deixe isso pra lá. Mas não é disso que eu estou falando. - O que é então?- Perguntou ela, mais calma calma agora. - Eu estou me referindo a toda porra de cara por aí que quer colocar as mãos em você! - Ninguém está colocando as mãos em mim. - Mas eles querem. Eles querem entrar em e m suas malditas calcinhas, porra! - Ele não podia conter o ciúme que ardia em suas veias. - E daí? Você não acha que toda mulher solteira que há lá fora quer enfiar suas garras em você? Cristo, Marco. Você já se olhou em um espelho? Você é mais quente do que quente, mais rico que o pecado... Ele a interrompeu. - Não quero mais ninguém. Todas as outras mulheres? Elas podem se foder. Tudo o que eu quero é você. - Seu tom era duro e inequívoco.
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A admissão apaixonada de Marco não era exatamente uma declaração de amor, mas ela já sabia que ele se importava com ela, importava-se profundamente. Mas ela não sabia onde ele estava indo com isso. Ela acreditou nele mais cedo quando disse que não estava prestando atenção em Nora Kennedy. Ela podia ver agora. O que a tinha enviado a correr para o toalete tinha sido um mal-entendido da parte dela. Agora que ela estava pensando claramente, ela sabia que seu único foco tinha sido ela. Havendo outros homens na sala, especialmente Matthew Kennedy, Marco a observava como um falcão. Ela não se importava. Era seu jeito de ser. O porquê de ele pensar que cada homem estava interessado nela, já era outra questão. Marco a queria, então ele achava que todo homem deveria querer também. Era apenas um de seus ciúmes peculiares. Ela aprendeu a viver com ele e realmente não a incomodava. Na verdade, desde que ele nunca havia pronunciado a palavra amor, seu ciúme deu-lhe algum tipo de conforto. Ela lhe respondeu agora. - E tudo que eu quero é você! Por favor, pare de se preocupar com isso. - Não posso. - Seu olhar era penetrante. Ela encontrou seu olhar. - O que você quer, então? Ele esticou suas longas pernas e inclinou-se com os cotovelos nas coxas, suas mão sem torre. - Ouça-me antes de dizer qualquer coisa. - Ele tomou uma respiração profunda. - Acho que se nós nos casássemos eu poderia não ficar tão estressado com esta merda. Seus olhos se arregalaram e seu coração disparou tão rápido que ela podia sentir o sangue bombeando para seu coração através de suas veias. Prazer e um agudo senso de alívio se espalharam por ela quando ela forçava sua garganta a formular palavras. Mas ela tinha acabado de ouvir uma proposta de 200
casamento proferida na mesma frase com a palavra merda? Não importava. Ele tinha proposto. Sua mente estava girando em torno dela, um zumbido alto acontecendo no seu cérebro. Ela não respondeu rápido o suficiente e ele começou a discutir o caso. - Se você apenas tivesse engravidado. - Ele passou a mão pelo cabelo deixando-o uma bagunça. – Eu rezei como o inferno para que tivesse ficado grávida, você sabe, naquela vez que fodemos no meu escritório. Se você tivesse engravidado, toda essa merda teria acabado agora. Se nós tivéssemos um bebê, eu não ficaria constantemente assustado quando você dançasse uma valsa com algum outro cara. Coração de Natalie estava completamente parado. Que tipo de emoção ele havia escondido dela esse tempo todo? Era como se um interruptor tivesse sido ligado, e repente, ela não se importava em proteger o coração dele. Ela só queria saber. - Marco... Ela apertou os dentes e ela poderia dizer que ele estava se preparando para o pior. - Sim? Natalie fechou os olhos, deu uma profunda respiração e fez a pergunta que ela rezou para que mudasse sua vida de uma maneira maneira gloriosa. - Você me ama? Ele soltou uma baforada de ar e passou a mão através de seu cabelo novamente com os dedos trêmulos. - Jesus Cristo, Natalie. Com o coração, corpo e a alma. Mais do que a minha própria vida. Ela olhou para ele, apenas uma polegada de distância do pânico, e decidiu colocá-lo fora de sua miséria. Ela se levantou da cadeira e caiu de joelhos na frente dele.
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Ela levantou os olhos para ele e agarrou suas mãos. - Eu amarei você para sempre, Marco, e não quero que você fique estressado. - Ela sorriu suavemente. - Então, sim, vou me casar com você. Seu suspiro de alívio foi palpável, mas ela não teve tempo de debruçar sobre isso, porque ele começou a beijá-la como se nunca a deixasse ir.
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Epílogo
Sete anos mais tarde - Acho que está na hora. - Marco tentou fazer sua voz soar determinada porque, por Deus e tudo o que era Santo, ele ia conseguir o que queria neste momento. Natalie mudou o bebê de um quadril para o outro e agitou o molho no fogão.Na agora de que? Ele andou para trás e para frente. - Você precisa de ajuda, Natalie. Três filhos e outro a cam caminho. inho. - Por que eu preciso de ajuda? - Ela colocou a colher para baixo e pegou uma baleia rosa e entregou de volta para sua filha de quatro anos que brincava com utensílios de plástico a seus pés. A filha deles de seis anos de idade jogava silenciosamente no computador da cozinha - Você não precisa estar trabalhando todos os dias. É muito perigoso. Para você e para o bebê. O médico disse que precisa descansar. Isto não parece descansar para mim. - Seus olhos olharam ao redor da sala que, de alguma forma, ela sempre conseguia manter semiarrum semiarrumada. ada. - Eu me sinto bem. - Disse ela enquanto caminhava em frente dele para pegar os pratos no armário. Ele agarrou seu cotovelo e parou-a. - Eu sei, meu bem, e queremos manter isso assim. - Suas palavras soaram agonizantes, mesmo para si mesmo, mas porra, ela precisava ficar saudável. Não apenas para si mesma. Para o novo
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bebê que ela carregava. Para as crianças. Para ele. Ele cairia e morreria se algo aconteceu a ela. Natalie se virou e deu atenção a seu marido. Ele parecia triste e ela sabia que ele finalmente atingiu seu ponto de ruptura com isso. – Este é um daqueles momentos em que deveria fazer como você diz? - Ela perguntou per guntou levemente. Ele apertou sua boca com força. - Sim. - Ele disse entre dentes. - E o que é que você quer? - Perguntou ela. - Um serviço de limpeza, serviço de entrega de comida todas as noites até pelo menos seis meses após o nascimento. E mantimentos entregues novamente, por um tempo. E você. Sentada em sua bunda. - É isso? Isso é o que você quer? - Sim. - Ok. - Assim tão fácil? - Eu quero te fazer feliz, Marco. Isso é tudo que eu sempre quis. Ele a puxou em seus braços e abraçou-a e ao bebê em alívio. Beijou uma testa e depois a outra. - Você faz, Natalie. Deus sabe que você faz. - Ele encostou a testa no topo de sua cabeça e balançou-a em seus braços. - Você sempre fez.
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