ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE VALONGO PORTUGUÊS 12º ano Ficha Informativa – Mensagem
Teste relativo à 2ª sequência – Os Lusíadas
Mensagem de Fernando Pessoa
PORTUGUÊS 11º
Género discursivo: poema épico-lírico de carácter profético ANO Data de publicação: 1 de Dezembro de 1934 Intencionalidade comunicativa: - regenerar o orgulho dos portugueses; - cantar o passado histórico histórico de Portugal Portugal de uma forma simbólica simbólica e emblemática, emblemática, transformando-o transformando-o num mito a partir do qual seja possível reinventar o futuro; - anunciar um novo império civilizacional, uma Super-Nação mítica.
A estrutura tripartida da obra e o seu significado: No intuito de lutar contra a estagnação estagnação de Portugal Portugal e de promover promover o restabelecimento restabelecimento de uma identidade e de uma missão humana perdidas no tempo, Pessoa canta o passado histórico da nação que se transforma num mito e profetiza o renascimento da prosperidade espiritual da pátria.
1ª Parte: Brasão – “Bellum sine bello” (Guerra sem guerra). 2ª Parte: Mar português – “Possessio maris” (Posse do mar). 3ª Parte: O Encoberto “Pax in excelsis” (Paz nos céus).
Símbolos Símbolos unificadores da obra: ► brasão: simboliza simboliza a formação formação do do reino e o passado passado inalterado inalterado ► campos: espaço de vida e de acção. ► castelos: simbolizam a protecção, a segurança e as conquistas dos heróis; nesta obra, os castelos remetem igualmente para a própria formação da nacionalidade.
► quinas: representam as cinco chagas de Cristo, que é a imagem de sofrimento e da redenção e dos pecados pecados humanos. humanos.
► coroa: simboliza a realeza, o poder e a perfeição. ► timbre: simboliza o poder legítimo e remete para a ideia de sagração do herói para uma missão transcendente.
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► grifo (ave mitológica com bico e asas de águia e corpo de leão): simboliza a união da terra e do céu, do humano e do divino.
Outros Símbolos: ► mar
► nau
► nevoeiro
► terra
► ilha
►sebastianismo
► padrão
► noite
►etc
► mostrengo
► manhã
Temas em Mensagem: - a intenção de destruir o mal e de repor a harmonia e a fraternidade universal - a crença na acção humana como cumprimento de uma vontade superior - a apologia de um percurso humano de aperfeiçoamento constante. A Mensagem Mensagem poderá ser vista como uma epopeia, porque parte de um núcleo histórico, mas a sua formulação, sendo simbólica e mítica, do relato histórico, não possuirá continuidade. Aqui, a acção dos heróis só adquire pleno significado dentro de uma referência mitológica. Aqui serão só eleitos, terão só direito à imortalidade, aqueles homens e feitos que manifestam em si esses mitos signific significativ ativos. os. Assim Assim,, sua estrut estrutura ura será será dada dada pelo pelo que, que, noutra noutra linguag linguagem, em, se poderá poderá chamar chamar os esquemas ideológicos, ou as ideias-força desse povo: regresso ao paraíso, realização do impossível, espera do Messias… Raízes do desenvolvimento dessa entidade colectiva. […] Assim, a estrutura da Mens da Mensagem agem,, sendo a de um mito, numa teoria cíclica, a das Idades, transfigura e repete a história de uma pátria como o mito de um nascimento, vida e morte de um mundo; morte será seguida de um renascimento. Desenvolvendo-a como uma idade completa, de sentido cósmico e dando-lhe a forma simbólica tripartida – Brasão, Brasão, Mar Português, Português, O Encoberto Encoberto Dalila L. Pereira da Costa, O Esoterismo de Fernando Pessoa, Pessoa , Lello § Irmão
A Mensagem é uma obra épico-lírica, simbólica e mítica Épico - exaltação/ glorificação dos homens que manifestam em si a força do mito ("sopro patriótico de exaltação exaltação e incitamento incitamento“) “) Lírica - função emotiva da linguagem subjetiva dada pelo "eu" poético; riqueza semântica e estilística; atitude introspetiva do sujeito poético Simbólica e mítica - vida e morte de um mundo: morte que será seguida de um renascimento » 5º Império .
Fernando Pessoa - O Modernismo - A Génese da Mensagem Fernando Pessoa • Apercebeu-se da crise (valores, fé) que marcava o pensamento europeu do séc. XX • Põe em causa a tradição cultural da civilização ocidental (religião, ciência, arte, política) 2
• Contesta a moral enraizada em princípios maniqueístas • Vê na religião o fator que motiva o atraso civilizacional por ela atrofiar as capacidades intelectuais e críticas do indivíduo • Acredita que a ciência não é a solução, apesar do domínio da técnica, e que persiste a ansiedade metafísica
Modernismo • Na arte, Pessoa defende a teoria do fingimento: o homem sente de uma forma convencional, condicionado por vários imperativos sociais. Assim, a expressão do sentimento constitui-se como uma forma de mentira. • Em 1913, Pessoa implementa os «ismos» de vanguarda – primeira tentativa de salvar o estado de decrepitude das letras nacionais: - urgência em destruir as conceções tradicionais; - agitar a nação; - propor a literatura como forma de transformação social; - renovar a mentalidade saudosista da época; - chocar para mudar. • Em 1915, abandona atitude inicial; considera que a poesia deve dar conta do «doloroso enigma da vida». • Acredita que um novo ciclo deveria ser inaugurado na história da literatura portuguesa. • Os lusitanos teriam um papel de relevo nessa nova era civilizacional. • Consid Considera era que a arte portug portugues uesaa deve deve ser “maximam “maximament entee desnaci desnaciona onaliza lizada”, da”, para ser moderna. • Sonha com a criação de um novo mundo (como no séc.XVI), através de novas formas de perceção e análise da realidade. realidade. • Mais do que combater o Saudosismo, Pessoa propunha a dissolução de Portugal… só das cinzas cinzas podería poderíamos mos renasce renascerr da catástro catástrofe fe provoc provocada ada pela pela derrota derrota de Alcácer Alcácer Quibir Quibir (perda (perda da identidade nacional). • O atraso de mentalidades e a estagnação chocante do país deprimia-o e motivava o seu isolamento. Procurou nessa decadência da pátria o ponto de partida para se produzir um renascimento, uma renovação e revolução culturais. • O projeto realiza-se na Mensagem: canto de apelo à vontade os portugueses para se realizar a mudança radical (forma de ser e de estar). Assim, Pessoa anuncia-se como o profeta de uma nova era, preconizando preconizando o advento advento de um super-homem super-homem que promoveria promoveria o reencontro dos elementos elementos integrantes integrantes da nossa personalidade coletiva. • A «desnacionalização» é a forma de nos redescobrirmos. • A regeneração do homem português e de Portugal seria o início de uma nova existência.
A Génese da obra • A intenção do poeta: - não é cantar os feitos gloriosos dos antepassados portugueses (Camões); - é apresentar a ideia grandiosa que está subjacente à realização dos acontecimentos que engrandeceram a História nacional.
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A essência da obra: • Para atuar enquanto espécie (“Humanidade” (“Humanidade” F. P.), é necessário necessário saber ser indivíduo. indivíduo. Assim, Pessoa propõe uma aliança entre: a conceção renascentista do Homem e a descoberta romântica do “eu”, isto é, a simbiose entre duas realidades materiais numa que não é material – a Nação. • “O Indivíduo e a Humanidade são lugares, a Nação é o caminho entre eles.” F. Pessoa • A Nação é um caminho, um veículo para o futuro Super-Portugal: “A nação é a escola presente presente para a Super-Na Super-Nação ção futura…” futura…” • Para Pessoa, importa acreditar na força propulsora, cujo dinamismo é a própria natureza humana, que se projeta sempre que existe um ideal: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” (Mensagem, O Infante) • Pessoa encontra essa força no grande mito nacional - o Sebastianismo .
Mensagem é… o canto de um passado histórico que se transforma num mito, para que possamos reinventar o futuro. f uturo.
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