que você pode estar cometendo nesse minuto
Falar sobre comunicação é falar sobre a forma como e, consequentemente, como as pessoas podem nos julgar.
Uma vez que comunicação vem de COMMUNIS, que significa dividir, o bom comunicador tem como propósito
dividir algo com alguém com eficiência e, assim, despertar uma resposta no outro. Isso quer dizer que você é o responsável não somente pela transmissão de sua mensagem, mas também por fazer com que o seu interlocutor a absorva da forma correta. Mas mesmo com tudo isso em mente, é preciso ser realista: falhas de comunicação acontecem. Sempre. Mas podem ser evitadas. Juntamos aqui 8 erros comuns que podem parecer óbvios, mas acredite: você pode estar os praticando sem perceber. Leia esse material e tenha maior consciência dos deslizes que podem causar ruídos indesejáveis em sua comunicação. De quebra, confira o que fazer para que eles sejam minimizados.
Interromper com frequência o seu interlocutor e fazer suposições sobre o que ele está dizendo antes que ele termine seu discurso são algumas das características da falta de escuta ativa. Essa técnica de comunicação consiste em estar disposto a realmente compreender e interpretar a mensagem que está sendo transmitida. Acredite, mas grande parte das informações de um diálogo são perdidas porque o receptor está preocupado em formular a melhor resposta e não em absorver a mensagem.
Da próxima vez que se flagrar em um diálogo importante, tente escutar mais do que falar. E não formule respostas previamente. Você perceberá que o entendimento da mensagem será maior e que a conversa será mais fluida.
Como dito no início, comunicação vem de COMMUNIS, o que significa tornar comum. Em outras palavras, dividir uma mensagem com alguém. Portanto, comunicar pressupõe considerar e compreender o outro para que você seja de fato compreendido. Afinal de contas, em comunicação a responsabilidade da correta compreensão da mensagem é do emissor, e não do receptor. Caso isso não aconteça você não estará comunicando, mas somente informando. ”A informação é a mensagem. A comunicação é a relação, que é muito mais complexa” afirma o sociólogo Dominique Wolton. Em seu livro “Informar não é comunicar”, Wolton destaca que o aumento da circulação de informações “sempre mais rápida” não aumenta a comunicação nem a compreensão – pelo contrário, leva à “incomunicação”. Em outras palavras, informar consiste em transmitir mensagens em diferentes meios sem considerar o outro. Desta forma a mensagem não é dividida com ninguém, a informação não se torna comum.
Considerar o outro para que sua mensagem seja compreendida. Compreender o seu nível de entendimento, visão de mundo, expectativas, necessidades, interesses. Ou seja, exercer a empatia! Mas como, na prática, você pode exercer sua empatia? Praticando a escuta ativa, conforme explicado no erro número 1.
“Né”, “ahn”, “ééééé”, “daí”, “tipo” e “meu” são vícios de expressão bastante comuns. Alguns são vícios culturais. Outros, como as palavras alongadas, são utilizados como um recurso – inconsciente - entre dois pensamentos, entre uma frase e outra. Tome cuidado. O excesso de vícios de expressão pode transmitir falta de credibilidade.
Peça para alguém bastante próximo e que você tenha intimidade para reparar se você possui algum desses vícios em excesso. Caso tenha, pratique a eliminação de um de cada vez. Uma dica? Substitua o vício de expressão pela pausa.
“Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Não leve essa frase a sério. É um exemplo perfeito de incongruência. A consequência é a falta de credibilidade, principalmente em cargos de liderança. Atente-se também à congruência entre a linguagem verbal e não-verbal. Isso é, quando a expressão corporal não acompanha as palavras pronunciadas. Quando a comunicação é incongruente, se sobressai a expressão corporal. Ela é responsável por 55% do impacto da sua mensagem em sua audiência. O tom de voz responde por 38% e apenas 7% do impacto é por aquilo que é dito.
Seja genuíno em suas atitudes e palavras. Aja de acordo com suas opiniões, valores e crenças. Essa é a melhor forma de transmitir credibilidade e evitar a incongruência.
Muitas pessoas têm a crença de que se ficarem em silencio estarão livres de julgamento. Antes de você refletir se faz isso é importante lembrar que a “não comunicação” não existe e que o ser
humano é naturalmente julgador. Estamos julgando e sendo julgados o tempo todo. Por isso, não caia no erro de achar que ao se abster da fala você estará se abstendo de opiniões sobre você.
Quando estiver em uma reunião e estiver com receio de ser julgado, exponha suas ideias pontualmente e aos poucos. Faça isso apenas quando tiver convicção sobre o seu ponto.
Seja em uma conversa de bar ou em uma reunião de negócios, o contato visual é fundamental para que o outro se sinta parte da conversa. Mais do que isso, o contato visual é uma arma aliada para que você retenha a atenção das pessoas.
Existem muitos casos de pessoas que conversam olhando para o lado ou também pessoas tímidas que evitam olhar diretamente nos olhos para evitar o confronto. Cuidado: isso pode implicar em um desconforto muito grande e dificulta consideravelmente a conexão com quem está do outro lado.
Essa dica é simples: olhe nos olhos das pessoas ao conversar com elas! Se estiver diante de uma plateia, a sugestão continua a mesma: olhe para as pessoas, identifique a conexão (ou seja, veja que o outro também o olhou) e siga com o olhar para outra pessoa.
O equilíbrio emocional é uma competência recentemente requisitada pelo mercado de trabalho. Isso porque você não mede palavras quando está em transe emocional. E o arrependimento bate quando você se acalma e sai do transe. Mas o que foi falado não pode mais ser “desfalado”.
O que foi dito, foi dito. Não importa se você estava ansioso, irritado ou triste, a mensagem já foi passada. Preste atenção em como suas emoções estão controlando suas atitudes.
É muito importante que você identifique os gatilhos que ativam suas emoções mais intensas. O que lhe causa raiva? O que lhe causa ansiedade? Com essa consciência, fica mais fácil gerenciar suas atitudes a partir das emoções.
Fundamental para uma boa comunicação, a empatia consiste em estar disposto a compreender o outro. É necessário que você identifique as suas necessidades comunicativas e também de quem você está se comunicando
para que o diálogo seja respeitoso e efetivo. Empatia é se colocar no lugar do outro. Ou seja, não é necessário que você concorde com tudo o que as pessoas falam, mas, no mínimo, precisa entender como e porquê elas pensam dessa forma.
Se por exemplo uma pessoa gritar com você em algum momento, em vez de retrucar pare e pense: “qual o motivo da pessoa estar gritando? Qual foi o gatilho dessa irritação? O que posso fazer para que essa pessoa se acalme e minha mensagem chegue com eficiência?”. Troque o julgamento pela curiosidade.
que você pode estar cometendo nesse minuto