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ANO 75 � Nº 775 � ABR/M AI 2011 PUBLICAÇÃO OFICIAL
BISCOITOS
Produzidos em escala industrial, eles podem ser um grande negócio para a sua padaria. Mas é preciso planejar bem
CANADÁ
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Campanhas para aumentar o consumo do pão por lá, podem dar certo por aqui também
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Padaria2000-01-2011.p65
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14/2/2011, 16:57
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EDITORIAL
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EM BUSCA DE UMA SOLUÇÃO RÁPIDA E EFETIVA Entendemos a NR-12 como um avanço importantíssimo em prol da segurança nas padarias. Mas se não houver consenso sobre a necessidade de prolongar os prazos para a adaptação do setor às novas exigências da lei, vamos precisar de uma linha de crédito especí�ca para fazê-las. E dentro de condições muito especiais.
V
ivemos um tempo de avanços auspiciosos no Brasil. E isso em todas as frentes. Na economia, nosso País dá repetidas mostras de vigor, tanto na esfera interna quanto na internacional. Como resultado disso, tivemos a inclusão de mais de 35 milhões de pessoas no mercado de consumo ao longo dos últimos tempos. A agricultura vai bem, se superando ano a ano, assim como nossas exportações; no plano energético, o Pré-Sal está aí para assegurar nossa autonomia; na segurança interna, importantes passos estão sendo dados no sentido de aperfeiçoá-la; o mesmo acontece no campo da infraestrutura, até por conta da necessidade de nos prepararmos para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016... Em síntese, tudo isso aponta para uma direção: o Brasil está no caminho certo. Contudo, sabemos que na órbita das ações, o tempo é uma variante imperativa. Cada desafio precisa e só pode ser vencido dentro de uma cronologia exata, que começa com a identificação do problema, passa pela análise das alternativas para resolvêlo e, depois de muita interação, deságua no consenso da solução. É claro que, nesse processo, se pode queimar etapas, encurtar trâmites e eliminar argumentações que, sabidamente, pelo uso do bom senso não conduzem a lugar algum. Mas mesmo isso demanda tempo. Entrei nesse assunto propositadamente em função das dificuldades que os panificadores estão tendo em
se adequar às novas regras propostas pela NR-12. Sem dúvida, consideramos a norma um avanço importantíssimo em prol da segurança em nossos estabelecimentos. Tanto para os empregados quanto para os proprietários das casas. Contudo, acreditamos que os prazos dados para a adequação e substituição de equipamentos são curtos e, portanto, não adequados à realidade atual da panificação. E isso, por três motivos básicos. Em primeiro lugar, porque parte dos fabricantes ainda não está capacitada a produzir suas máquinas dentro dos parâmetros estabelecidos pela NR12 – eles também precisam de tempo para fazer isso. Em segundo, porque 99% dos equipamentos que estão efetivamente instalados atualmente nas padarias não aceitam adaptações e, por isso, precisam ser trocados. E, em terceiro, porque aqueles que já estão saindo de fábrica adequados à nova da lei passaram a ser oferecidos aos panificadores a custos muito maiores – alguns chegaram até a dobrar de preço. Como a maioria dos panificadores brasileiros está descapitalizada, há sérias dúvidas sobre como conseguiremos atender às exigências da nova norma nos prazos previstos. Repito, desde o princípio, entendíamos que as modificações propostas pela NR-12 – que vieram como resultado das sucessivas cobranças do Ministério do Trabalho e dos sindicatos dos trabalhadores – eram necessárias. Porém, não contávamos que o encarecimento das máquinas e
equipamentos adequados a eles fosse tão grande. Dessa forma, se os prazos estipulados pela lei forem, efetivamente, pétreos e imutáveis, parece que só nos resta uma saída: o setor de panificação precisa de uma linha de crédito específica para se adaptar às novas regras estabelecidas pela NR-12. E, face ao exposto acima, dentro de condições de pagamento muito especiais. Só que para isso, não temos tempo: precisamos dela para ontem, porque além da saúde financeira dos nossos estabelecimentos o que está em jogo é a saúde física e o bem-estar de milhares e milhares de trabalhadores e das próprias padarias.” Um forte abraço!
Antero José Pereira é Presidente do Sindicato da Indústria de Pani�cação e Confeitaria de São Paulo – Sindipan e a Associação dos Industriais de Pani�cação e Con eitar eitaria ia de São Paulo – Aipan
Abr/Mai 2011
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