16 CAWRIS
William Bascon
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PREFÁCIO
A divinação com dezesseis cawris relaciona-se em mitologia, talvez historicamente e, com certeza, morfologicamente, com a divinação de Ifá. Para inte integr gral al co comp mpre reen ensã sãoo do que que aqui aqui rela relata tado do,, os leit leitor ores es deve deveri riam am co cons nsul ulta tarr !I"I#A$%& I'() *&+#I*A$%& #/ !00 1&+#0 #A ('/I*A &*I!#A2 34ascom 56768, e as refer9ncias a este tra:alho são feitas a fim de ha:ilitá-los a encontrar as passagens relevantes mais prontamente. +anten +ant enho ho aind aindaa meu meu reco reconh nhec ecim imen ento to a funci funcion onári ários os co colo loni niai aiss e cidadãos nigerianos neste e nos outros tra:alhos precedentes, e sou grato ao *onselho de Pesquisa de *i9ncia 0ocial de #ova Iorque por haver apoiado meu primeiro tra:alho de campo entre os ;or<:á, em 56=>-=?. +as o principal suporte da pesquisa para este livro foi assegurado por uma doação 'ull:right em 56@-@5, ocasião em que os versos de divinação foram gravados em fita. stip9ndios propor pro porcio cionad nados os pelo pelo Instit Instituto uto de studo studoss Intern Internaci aciona onais is da niver niversid sidade ade da *alifBrnia, em 567, e pelo *onselho de Pesquisa de *i9ncia 0ocial, em 567@, possi:ilitaram visitas mais :reves C #igria para pesquisa ulterior. ulterior. 0ão eDpressados no *apEtulo I os meus reconhecimentos a +. &. &FawoFe, que fez a tradução inicial e a maior parte da transcrição, aos dois outros ioru:anos ioru:anos que nela cola:oraram, cola:oraram, e C minha minha esposa 4erta, que realizou a gravação. gravação. am:m no mesmo capEtulo, :em como na dedicatBria do presente livro, eDpresso a minha gratidão a 0alaGH, o divinador que ditou os versos divinatBrios dos dezesseis cawris aqui apresentados.
P/I+I/A PA/)
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INTRODUÇÃO
érìndínlógún, n, owó mérìndínlóg mérìndínlógún ún8 uma forma de !ezesseis cawris 3érìndínlógú divinação empregada pelos ;or<:á da #igria e por seus descendentes no #ovo +undo. mais simples que a divinação Ifá e menos apreciada na #igria mas, nas Amricas, Amricas, mais importante importante que Ifá porque mais conhecida e mais freqJentement freqJentementee empregada. al fato pode decorrer de sua relativa simplicidadeK da popularidade de LCngB, IemonMá, &Nun e outros deuses ;or<:á com os quais os dezesseis cawris são associadosK e do fato de que podem ser praticadas tanto por homens quanto mulheres, as quais em nOmero, eDcedem os homens nesses cultos, enquanto apenas homens podem praticar Ifá.
A importncia diferenciada desses dois sistemas de divinação na (frica e nas Amricas provavelmente eDplica o descaso face os dezesseis cawris dos estudiosos da cultura ;or<:á comparados aos da cultura AfroQcu:ana. Distem numerosos estudos de divinação Ifá entre os ;or<:á 3ver as :i:liografias em 4ascom, 5675 e 5676, alm de importantes pu:licaçRes su:seqJentes8, mas eu sei de apenas dois que tratam de dezesseis cawris na (frica. m dedica apenas dezessete páginas a esse tBpico 3&gun:iFi 56@S)7@-?58 e o outro, menos que tr9s páginas 3+aupoil 3+aupoil 56T=)S7@-S7? 56T=)S7@-S7?8.8. Ao invs disso, apareceram apareceram muitas pu:licaçRes pu:licaçRes a respeito respeito em *u:a *u:a,, onde onde os deze dezess ssei eiss ca cawr wris is são são co conh nhec ecid idos os po porr Udil Udillo logu gunV nV ou Ulos Ulos caracolesV 32achataWere 56TS, 1ing 56>5, /ogers 56>=, *a:rera 56>T, lizondo s. d., 0uarez s. d., AnXnimo s. d.8. *onquanto a divinação Ifá tam:m seMa praticada e alta altame ment ntee co cons nsid ider erad adaa em *u:a *u:a,, deze dezess ssei eiss cawri cawriss , pr prov ovav avel elme ment nte, e, o mais mais importante sistema divinatBrio nos cultos afro-cu:anos. #o 4rasil, conhecido por U!ologumV, UdilogunV, UndilogumV 3Alvarenga 56@)5@>-5@?8, U+erindilogumV ou UNuV 34astide e "erger, 56@=)=>?8. nquanto a divinação Ifá empregada pelo we e 'on para o oeste dos ;or<:á e pelos do, do 4enin, para o leste, e talvez por outros vizinhos, conheço apenas um relato so:re divinação divinação dos dezesseis dezesseis cawris na (frica, que pode não se relacionar aos ;or<:á. a :reve nota de +aupoil, do !aom. !iz ele que de origem #agX 3;or<:á8 e que conhecida como U2eg:a-GiGaV. m devoto de &shu &shun, n, em IfY, IfY, #ig #igri ria, a, tam: tam:m m deno denomi mino nouu a divi divina naçã çãoo de leg leg:a :a,, ou outr traa designação para Nu, ou Du, conforme conhecido no 4rasil. &s nomes das divi divind ndad ades es asso associ ciad adas as co com m as figu figura ras, s, co conf nfor orme me dado dadoss po porr +a +aup upoi oil,l, são são
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predominantemente, em:ora não eDclusivamente, ;or<:á, sugerindo que seus informantes eram #agXs ao invs de 'on. emporariamente pelo menos, dezesseis cawris podem ser considerados especificamente uma forma de divinação ;or<:á. &s ;or<:á, que somam cerca de treze milhRes de pessoas, ha:itam nos estados oeste e 2agos, na porção meridional do estado de Zwarra, a sudoeste da #igria, e no !aom oriental, com encraves mais longe a oeste no !aom central e ao longo da fronteira !aom-ogo. A divinação com dezesseis cawris empregada nos cultos de [riNálá e outras Udivindades :rancasV, nos cultos de Eșu, Ọyá, Șàngó, Ọșun, Ọbá, Yemọjá, Yewá, Nanã uru!u e, em algumas cidades, Ọșo"# e Șo$onã% Yewá a deusa do rio Yewá, Ọbá , a deusa do rio [:á, e #anã 4uruGu uma deusa associada com uma espcie de co:ra que se afirma viver dentro d\águaK a natureza dessas outras divindades será a:ordada no *apEtulo III. & presente estudo :aseado em informaçRes fornecidas por 0alaGH 30ClCGH8, um divinador no culto de [riNálá, em [FH, #igria, que nasceu, foi iniciado e treinado em Igana, uma cidade a umas cinqJenta milhas a oeste e que foi su:ordinada a Alafin, rei de [FH. ]ue eu sai:a, o primeiro estudo srio dos dezesseis cawris entre os ;or<:á e a primeira coletnea de seus versos de divinação a ser pu:licada. Ademais, supRe-se represente o corpo inteiro de versos divinatBrios sa:idos por um Onico e instruEdo divinador. *omparada C divinação Ifá, com sua manipulação de dezesseis dend9s ou mesmo o lançamento de seu opel9, a dos dezesseis cawris simples. &s cawris são lançados so:re um ta:uleiro de cestaria e o nOmero de conchas a:ertas de :oca pra cima contado. 1á, apenas, dezessete posiçRes ou figuras Q n ^5 Q ou zero a dezesseis. ntretanto, a memorização dos versos tão difEcil e demorada quanto o aprendizado dos de Ifá. As conchas de cawri que são usadas em divinação não são as que outrora 3owó &yọ8 eram usadas como dinheiro, mas uma menor 3 owó &rọ8. A :andeMa de vime trançado 3à'&8 plana e do tipo usado para arrumar contas, sal e outros materiais miOdos para serem vendidos no mercado 3veMa-se verso AT8. As dezessete figuras da divinação com dezesseis cawris tem nomes dos quais diversos são cognatos dos nomes das figuras de If_. #o quadro I, o numeral inicial indica o nOmero de cawris a:ertos para cima, seguido do nome da figura respectiva. ma vez que a ordem das figuras no quadro I difere daquela pela qual seus versos foram recitados por 0alaGH, esta Oltima foi identificada em seqJ9ncia
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alfa:tica para o caso de refer9ncia a versos isolados. Assim, por eDemplo, AT indica o quadragsimo verso de Mi &g:9, a figura que tem oito conchas a:ertas para cima. 0eguindo as letras, v9m os nomes das divindades ou de outras entidades super-humanas associadas Cs figuras, conforme fornecido por 0alaGH. A Oltima coluna, de numerais indica o nOmero de versos registrados para cada figura.
5 Q `GCrCn
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56
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4 Q &:Cnlá 3i. e., `risalá8 e &duC 3i. e., 5T &duduC8
55 - [wHnrEn
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57 Q rYtY
P Q &luofin 3Uuma divindade :rancaV8
5
Q &prC
] Q `g:Bni
5
odos esses nomes aplicam-se tam:m as figuras na divinação Ifá 34ascom 56778, eDcetuados Ej# (!o 3S8, Ej#la Ș&bọra 35S8 e ($#ra 38. *omo em Ifá, eDistem nomes alternativos para certas figuras, algumas das quais são dadas no Ap9ndice. am:m no ap9ndice, quadro S apresenta os nomes das figuras fornecidas por outras fontes ;oru:á e para o !aom, 4rasil e *u:aK o ]uadro = mostra as divindades e outras entidades super-humanas associadas com as figuras por algumas dentre as mesmas fontes. ]uando a figura 3 od)8 foi determinada pela primeira Mogada dos cawris, o divinador principia a recitar os versos 3 eșe8 a ela associados. sses versos cont9m as predicaçRes e os sacrifEcios a serem realizados, :aseados no caso de um 5
*rianças nascidas para morrer
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consulente mitolBgico que serve de precedente. A não ser que ele seMa sustado pelo consulente, o divinador, recita todos os versos que aprendeu para aquela figura. !o mesmo modo que na divinação Ifá, maiores informaçRes especEficas podem ser o:tidas mediante Mogadas adicionais dos cawris a fim de escolher entre alternativas especEficas 3 8, com :ase na ordem de preced9ncia das dezessete figuras. Por alguma razão que não foi esclarecida, quer a ordem pela qual as figuras estão listadas no ]uadro 5 quer a ordem segundo a qual seus versos foram ditados por 0alaGH, ?-5-6-5-S-T-@-=-7->-55-5S-5=-5T-5@-57-, diferem desta ordem de preced9ncia, que ele deu como sendo ?-5-T-=-S-5-5S-55-6->-7-@-5=-5T-5@-57-. Ao escolher entre a mão direita e a esquerda, indicada a direita com um Onico lançamento caso ?,5,T,=,S,5 ou 5S apareça. 0e surgir 55,6,>,7 ou @, faz-se necessário um segundo arremessoK se então aparece uma dessas figuras menos poderosas, escolhida a mão direita, mas se uma das mais poderosas aparece no segundo lançamento, a mão esquerda escolhida. 0e 5=,5T,5@,57 ou aparece ou no primeiro ou no segundo arremesso, não indicada mão alguma Q não há resposta. &gun:iFi não a:orda Ui:oV ou esta ordem de preced9ncia, mas certa confirmação procede de fontes cu:anas. As Ufiguras maioresV em *u:a são dadas como sendo 5-S-=-T-?-5-5S-5=-5T-5@-57, e as Ufiguras menoresV como @-7->-6-55 31ing 56>5) 7K /ogers 56>=) S=K 0uarez s.d.) =>,=?K AnXnimo s.d.) 78. anto 1ing quanto /ogers, entretanto, dizem que a mão esquerda a indicada quando uma figura maior aparece no primeiro Mogo. *a:rera 356>T) 5??8 dá 5-S-=-T-?-5 como figuras maiores e @-7->-6-55-5S como menores. Ao contrário da divinação Ifá 34ascom 5676) @T-@?8, não eDistem escolhas simultneas entre cinco alternativas especEficas, segundo 0alaGH. A escolha se restringe a duas alternativas, mão direita e mão esquerda. A escolha entre mais de duas alternativas feita apenas mediante perguntas so:re elas, feitas sucessivamente, e rece:endo como respostas UsimV e UnãoV. & consulente segura, em cada mão, um pequeno o:Meto, como, por eDemplo, o osso peitoral de um cágado pequeno, sim:olizando o desconhecido 3àìm*8 e um pequeno seiDo representando vida longa 3 àì!ú8, e pede a Ọr#șálá que indique qual a mão escolhida. Por isso, quando um verso pressagiou um :enefEcio, o consulente pode ficar sa:endo sua natureza ao perguntar U simV ou UnãoV, na seguinte ordem) se uma graça de vida longa 3 #re àì!ú8, de dinheiro 3 #re ajé 8, a de esposas 3 #re obìnr#n8, a de filhos 3#re ọmọ8, ou uma :enção de um novo lugar para viver 3 #re ìb)jó!ó8. stes
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:enefEcios são análogos Cs cinco espcies de :oa sorte selecionadas simultaneamente na divinação Ifá) vida longa, dinheiro, casamento, filhos e derrota de seu inimigo. 0e nenhum desses cinco :enefEcios indicado pelos cawris significa que a resposta todas as graças 3 #re gbogbó8 ou paz e contentamento 3àlá+#à8. 0e o verso pressagiou infortOnio 3#b#8, o consulente pode inquirir sucessivamente se trata de morte 3 #!ú8, de molstia ou enfermidade 3 àr)n8, de perda 3*+*8, de uma :riga 3ìjà8 ou de disputa em tri:unal 3 *ràn8. ssas categorias são tam:m semelhantes aos cinco tipos de malefEcios selecionados simultaneamente na divinação Ifá) morte, enfermidade, luta, penOria de dinheiro e perda. 0e nenhum desses cinco tipos escolhido, quer dizer que a resposta todos os g9neros de infortOnio 3#b# gbogbó8. & consulente pode então perguntar, por eDemplo, se o mal indicado predito para ele prBprio, sua esposa, seu filho, seu irmão mais velho, seu irmão mais moço ou um amigo. & consulente pode depois perguntar o que se faz necessário para consolidar o :enefEcio prometido ou o:star o malefEcio augurado. Isto feito perguntando-se, na ordem indicada a seguir, se tem-se de fazer um sacrifEcio 3 &bọ8 para Nu ou se para gungun 3 gún8, [riNálá 3-rìșà8, a ca:eça do consulente 3 orì8, crianças Unascidas para morrerV 3.gb/ Ọgbà8, [runmilá 30+á8, [riNá &Go, ;emoMá, a erra 30l/8, uma UiroGoV, uma UoNeV, o chão dentro da casa 3 al& #lé 8, LHpHna, ou feiticeiras 3àwọn àgbàl1gba8. 0alaGH sustentou que nunca necessário mencionar mais do que essas catorze alternativasK uma delas seguramente escolhida. ntretanto, se a primeira 3 &bọ8 indicada, significando que um sacrifEcio deve ser feito para Nu, necessário inquirir se deve ser oferecido no assentamento de laterita 3 yangí 8 que serve como seu altar, em frente C casa, em encruzilhada ou :ifurcação de caminho 3ọrí'a me'a8 onde se diz que ele vive, no quintal dos fundos 3/2ìn!)nl/8 ou em um monte de refugos 3 à'àn8. *omo na divinação Ifá o o:Metivo da divinação determinar o sacrifEcio correto e nada o:tido se ele não for oferecido .*onforme declarado em vários versos 3*5?, !=, '5@, '578, U&ferecer sacrifEcios o que aMuda a algumK não oferecer, não aMuda a ningumV. & nome completo de 0alaGH U 3aranoro 4ala!ọ, ọmọ 5bon!a 0ganaV. 0eu primeiro nome quer dizer U#ão envia rancorV 3 3ã rán oro8. & segundo o seu nome de oriDá, significando A:ra pano :ranco e pendure-oV 3 4o àlà !ọ8 no sacrário
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de [riNálá. um nome dado a meninos que nascem dentro de uma caul 3 àlà6 , ọ!&8 e que, por isso, são identificados como sagrados para [riNálá e destinados a se tornarem seus devotos. As Oltimas tr9s palavras identificam 0alaGH como um filho do chefe 5gọn!a , da cidade de Igana. 0alaGH identificou sua divindade 3 *rìșà8, (lu+ọn ou Ọr#șá (lu+ọn , como um g9nero ou tipo de Ọbà'àlá . m outras ocasiRes, entretanto, ele dizia que o mesmo que Ọbà'àlá 3/ei do tecido :ranco8, Ọr#șálá3rande divindade8, Ọbalu+ọn 3/ei &lufHn8 ou Ọbanla 3rande /ei8. m outras oportunidades, ele identificava Ọbanla como outro nome para Ọlọrun ou (lodumare , o !eus do cu. seguro dizer-se que Ọr#șálá , (r#șanla e Ọbà'àlá são nomes alternativos para a mesma deidade. , no entanto, realmente difEcil determinar se esses outros nomes são diferentes nomes para a mesma divindade, nomes para diferentes manifestaçRes da mesma divindade ou nomes para diferentes divindades. odas são Udivindades :rancasV 3*rìșà +un+un8, para as quais registrei cerca de noventa e cinco nomesK muitos derivados de nomes de lugares e alguns diz-se referirem-se a filhos de Ọr#șálá. 0alaGH afirmou que cada Udivindade :rancaV tem seu prBprio grupo de devotos e sua prBpria casa separada de culto 3 #l/ *r#șà8, mas as casas são semelhantes entre si e apenas os devotos conhecem as diferenças entre elasK todas são de [riNálá e todas o reverenciam. les usam apenas coisas :rancas) contas :rancas 3șéșé &+un8 e tecidos :rancos, e :raceletes, :astRes e leques de chum:o es:ranquiçado 3*j/8 análogo ao estanho. *ozinham com Ushea :utterV 3 *r#8 ou Bleo de sementes de melão3/g)n"í 8 em lugar de Bleo de palmeira cor laranMaavermelhado 3e$o8 que outros empregam, comem nozes :rancas de Gola 3 obì #+#n8 em vez das usuais nozes de cola avermelhadas 3 obì y#$a8, e :e:em cerveMa de milho :ranco 3ọ'ín ș&!&'&8 ou gim 3ọ'ín *y#nbó8 ao invs de vinho de palmeira 3 emu8. *aracBis e galinhas :rancas são sacrifEcios favoritos para [riNálá e as outras divindades :rancas. Ọr#șá(gy#an , cuMos devotos praticam flagelação, parece ser uma Udivindade :rancaV distinta ou, pelo menos uma manifestação :astante diferente de Ọr#șálá. & mesmo ocorre com Ọr#șá 7owu ou Ọr#șá 8owu , descrito como sendo o primeiro filho de Ọr#șálá. As divindades da colina 3 *r#șà *!/8, para as quais registrei S
V*aulV 3ing.8 UredenhoV ou UmnioV. Alm de rede de pescar camarRes, tam:m mem:rana envolvente de Brgãos. UlCV designa tecido :ranco e UHG_V, :olsa grande. Pode-se concluir Umeninos nascidos dentro da :olsa com o lEquido amniBticoV ou Unascidos envoltos com o tecido amniBticoVj 3#dot8
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outros sessenta e cinco nomes, são tam:m consideradas Udivindades :rancasV Ọr#șá (lu+ọn pode ser mais eDato, mas ao a:ordar 0alaGH e sua divinação com dezesseis cawris, usarei o nome mais comum, Ọr#șálá. 0alaGH nasceu em Il_ :HnGa, a casa do chefe :HnGa, em Igana, por volta de 5??. le disse que tinha cerca de quinze anos de idade e sa:ia como fazer uma lavoura antes que o capitão /. 2. 4ower :om:ardeasse [FH e destruEsse o palácio de Alafin em 5?6@, nas palavras de 0alaGH, U]uando 4ower veio para [FH e disparou armas UPepeV 3N#gbà'í awàwá lú $/$/8. 2ogo apBs seu nascimento, foi levado a um divinador Ifá e seu p foi colocado so:re o ta:uleiro divinatBrioK o divinador consultou Ifá e confirmou que ele pertencia a [riNálá. #ão foi iniciado at os quinze anos porque sua avB materna não possuEa dinheiro :astante. A despesas de sua iniciação foram pagas por seu pai e pela mãe de sua mãe, que era devota de [riNálá. ]uando ela tinha dezenove anos de idade, AdeFHFin, sua irmã menor da mesma mãe, foi igualmente iniciada em Igana, e foi seu pai quem pagou. 0egundo eDplicação de 0alaGH, para iniciação, os patrocinadores t9m de fornecer peiDe 3&já8, rato 3e!u8, rato de ull:erg 3&mọ8 3A:raham QI5.>?48, pangolim 3a!a8, cágado 3a2un8, carne de elefante 3 &ran àjànà!u8, galinha dkangola 3 &'u8, galinha 3adìe8, pom:o 3y&lé 8, caracol 3ìgbín8 e sa:ão 3ọșé 8. !epois que a ca:eça do iniciando tenha sido raspada e um pequeno talho 3 gbéré 8 feito em sei couro ca:eludo, pedacinhos desses ingredientes e um pouco de ca:elo oriundo de perto do corte são socados Muntos e moldados em forma de pequeno ta:lete, aproDimadamente do tamanho de um cawri grande e posto em cima do corte. sta UmedicinaV não pode cair, mas quando ele vai dormir, sua mulher mais velha ou sua patrocinadora remove a medicina e a guarda para ele repX-la no mesmo lugar, no dia seguinte, apBs o :anho. Isto feito durante sete dias, apBs o que o iniciando nunca mais pode raspar a ca:eça de novo. le poderá trançar seus ca:elos como uma mulher, como 0alaGH fez. Pode transportar coisas na ca:eça mas tem de co:ri-la toda vez que sair de casa, at mesmo C noite. ]uando de sua morte, sua ca:eça raspada a fim de retirar o HriNa 3 la'# mu ọrìșà !úr* lórí r9r, '# ó ba '# !ú 8. *onforme escolhido por [riNálá atravs do Mogo dos dezesseis cawris, um galo, um carneiro não castrado ou caracol a:atido para a divindade e o sangue ou a água da concha do caracol posto na :oca do iniciando. #este Enterim [riNáláUmontaV o iniciando, dele se apossa em um transe e atravs dele fala. 0alaGH disse U[riNá monta uma pessoaV 3 Ọr#șágun enìà8 ou U[riNá entra em seu corpoV 3Ọr#șáwara r/8. !aE em diante, qualquer pessoa iniciada pode ser possuEda enquanto
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dança e [riNálá pode falar atravs dela. Am:os, 0alaGH e sua irmã menor, desse modo foram possuEdos apBs suas iniciaçRes, mas não podem falar como o UmontariaV 3&l&gun8 oficial. sta pessoa escolhida por meio de alternativas especEficas, Mogando os dezesseis cawris enquanto recita os mem:ros do culto em ordem de AntigJidade Q não em termos de idade relativa mas pelas datas de suas iniciaçRes respectivas. A pessoa assim escolhida precisa fazer sacrifEcio 3 /')')8 e fazer uma cele:ração 3ìwúj/8 tal qual um chefe para marcar sua posse. #em 0alaGH nem sua irmã se tornaria uma UmontariaV oficial, mas quando a mãe de sua mãe faleceu, a sua irmã foi escolhida do mesmo modo para tomar conta de seu sacrário. Ao novo iniciado dado um sEm:olo de [riNálá para levar para casa, um pedaço :ranco de osso ou marfim 3 írín8, que tratado com sangue proveniente do corte em sua ca:eça. le pode agregar outros caso deseMe mas não pode a:solutamente perder esse primeiro. le pode tam:m adquirir dezesseis cawris para seu sacrário particular mas não precisa aprender a divinar com eles. A irmã de 0alaGH, por eDemplo ignora o uso deles. 0alaGH aprendeu como divinar em Igana, com seu :a:aloriNa, que o iniciou. !isse que levou tr9s anos para aprender a empregar os cawris e outros tr9s mais para aprender os versos. Aos quinze anos de idade, pareceu-lhe C poca que o primeiro perEodo provavelmente lhe havia tomado menos tempo e o segundo, muito mais. +ais tarde aprendeu os usos de folhas e ervas, e depois que iniciou sua carreira de divinador, continuou a aprender versos novos ao escutar outros divinadores. & aprendizado prossegue atravs da vida inteira de um divinador. al como os divinadores Ifá, todos os sacerdotes de [riNálá são her:anários. Aprendem a fazer infusRes C :ase de folhas 3 om# &rọ8 a fim de purificarem seus sacrários e parafernália ritual e algumas medicinas, como sa:ão com medicina de amor 3 Ọș& àwúre8, mas usam folhas diferentes e fazem medicinas diversas. 0alaGH sa:ia que alguns de seus versos eram os mesmos que os na divinação Ifá. le definiu seu tra:alho como semelhante ao de um divinador Ifá, porm diferente. m divinador Ifá denominado Upai tem segredoV 3 babaláwo8, enquanto 0alaGH chamado U segredo 3i. e., divinador8 de devotos de oriNaV 3awol:rì"á, awo ol;rí"à8. Por volta de 56S7, 0alaGH veio para [FH e o Alafin 3rei8 o manteve na cidade para divinar para ele. Ingressou no principal sacrário de [riNálá, com mais de um cento de devotos em 56@5, na casa do chefe <ș#$a , em Isale [FH, um :airro
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da cidade. ]uando sua mãe morreu, ele trouDe seu sacrário de Igana e arrumou-lhe um lugar para ele em sua casa de [FH. isto eDige um sacrifEcio 3 /')')8 antes da remoção e um segundo antes da instalação. &s dezesseis cawris são Mogados para determinar se [riNálá eDige um :ode, galinha, caracol ou alguma outra cosa a ser sacrificada em cada local. Alm de [riNálá, 0alaGH teve de cultuar ;emHMá. le disse que am:as divindades eram importantes para ele, mas [riNálá era o principal Má que o havia reivindicado no nascimento. ]uando encontramos em fevereiro de 56@0, 0alaGH tinha cerca de setenta anos. 'rágil e de constituição delicada, com seus ca:elos trançados como uma mulher, ele tinha um apar9ncia um tanto efeminada. *onquanto freqJentemente tEmido em conversas comuns, era auto-confiante quando se chagava a falar so:re [riNálá e divinação com dezesseis cawris. 1avia viaMado pouco, tendo ar de quem houvesse passado a vida em um claustro. !e qualquer modo, estava consciente das várias mudanças que ocorriam na #igria, particularmente as que afetavam sua profissão. #ão muitos anos antes, o Alafin se havia convertido ao islamismo e parte da população de [FH acompanhou sua liderança. & Onico aprendiz tinha falecido tr9s anos antes e poucas pessoas vinham ainda a 0alaGH para divinação, Cs vezes dez, Cs vezes somente dois por semana, a maioria constituEda pelas esposas mais velhas do Alafin. 0entia que ningum estava interessado no conhecimento acumulado por meio do estudo de uma vida inteira, que estava destinado a se perder quando ele morresse. +ais para o final de nossa estada de tr9s meses em [FH, 0alaGH aquiesceu em recitar todos os versos que conhecia para um gravador de fita, de molde q eu pudessem ser preservados no futuro. stávamos de partida para 0leșa para nossos tr9s meses finais na #igria, mas ele disse que viria visitar-nos. Porque parecia estar tão fora de contato com o novo universo da #igria, achamos altamente improvável que ele assim agiria. +as assim o fez. *ompletamente sozinho, tomou uma Mardineira para a apinhada cidade de I:adan, transferiu-se para outra Mardineira e nos encontrou em IleNa, nunca havendo feito o percurso anteriormente. 0entou-se, então,frente ao gravador com a 0ra. 4erta +. 4ascom e registrou cinco e meia horas compactas de versos. /apidamente aprendendo a operar o equipamento e apreciando a eDperi9ncia de escutar suas gravaçRes em UplaF :acGV, logo iniciava cada carretel com as palavras Uesti, testiV 3estando, testando8, tal qual 4erta havia feito. Inicialmente, nossos empregados olhavam
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0alaGH com superioridade, tomando-o por um campXnio 3 ará *!/8 e uma pessoa saEda de um passado oral e pagão. +as quanto tiveram a chance de escutar os versos que ele estava recitando, a atitude deles transformou-se em respeito, reunindo-se por ocasião das sessRes de gravação tão logo estivessem de folga para ouvi-lo com deleite. +as, mesmo assim, sentiam que ele não era capaz de enfrentar e competir com o mundo moderno, e quando ele necessitava de um novo par de sandálias, lá ia um deles acompanhando-o at o mercado, para ver que não fosse UenroladoV. #osso equipamento de gravação, adquirido com orçamento limitado em 56@, estava imensamente a:aiDo dos mais comuns hoMe disponEveis. #ossa fonte de energia era um transformador, acoplado C :ateia de nosso automBvel, cuMo motor tinha de ficar em funcionamento de modo que não se descarregasse a :ateria. & resultado foi que as gravaçRes, imperfeitas, tem passagens de difEcil entendimento, mesmo para nativos da fala ;or<:á. Algumas gravaçRes foram transcritas pelo 0r. AdedeMi, na #igria. le pode fazer perguntas a 0alaGH so:re algumas passagens duvidosas, mas a maior parte foi transcrita em vanston, Illinois, depois de nosso retorno para casa, pelo 0r. #athaniel Adi:i e pelo 0r. +. &. Ọyáwoye , que se tornou o primeiro Ph.!. da #igria em eologia e atualmente professor dessa matria e chefe do departamento respectivo na niversidade de I:adan. A esses tr9s homens, C minha mulher e, especialmente a 0alaGH, tenho profunda dEvida de gratidão. Ọyáwoye tam:m fez as traduçRes iniciais, que eu editei, e quando retornou C #igria, levou consigo uma cBpia dos teDtos. "isitou especialmente 0alaGH e revisou versos com ele, fazendo as correçRes que ele indicava. 0alaGH, Má então mais idoso, nem sempre se recordava eDatamente do que havia dito, mas essa verificação de campo eliminou alguns erros decorrentes da gravação defeituosa. &utros podem ainda eDistir, mas isto foi o melhor que poderia ser feito.
Pouco antes da independ9ncia da #igria, em 567, revisitei 0alaGH em [FH rapidamente e o:tive informaçRes adicionais. #ovamente em 567@, 4erta e eu fomos v9-lo mas o encontramos enfermo, de cama, incapaz de levar adiante de:ates mais avançados. Presumo que, atualmente, Má tenha falecido. *om ele, morre um cavalheiro, surpreendentemente coraMoso. +as, pelo menos, seu grande conhecimento encontra-se, neste livro, preservado para o futuro.
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OS VERSOS DIVINATÓRIOS
0alaGH afirmou que ditaria todos os versos que conhecia, e um total de S5 versos aqui apresentado. possEvel, no entanto, que alguns versos que ele sa:ia não foram registrados. m rolo de fita, com os versos de Ej# (gb= 3A, tam:m conhecido por
Parece que, em decorr9ncia de um erro de gravação, um verso análogo a A5S foi omitido. m outra oportunidade, 0alaGH inseriu as seguintes linhas, que estão, o:viamente, fora do lugar 3A=@, nota S8, sugerindo que elas pertencem a outro verso que não foi gravado) por isso que LCngB não mais come nozes de cola porque está comendo at hoMe nozes de cola amarga. LCngB disse) UAs nozes de cola que comi e que assim me decepcionaram, #ão as comerei novamenteV. nunca mais comeu nozes de colaK le está comendo nozes de cola amarga.
!epois que terminou os versos divinatBrios, 0alaGH gravou >5 teDtos complementares, principalmente so:re divindades. !eles, S7 são repetiçRes, tornando possEvel o estudo das variaçRes no modo em que são contados. 0eis são miscelneas, S@ são lendas e 5T são indiscutivelmente versos divinatBrios adicionais. m deles, que provavelmente pertence a (+un 348 conta como o /ei de Zetu teve de manter a casa quando esteve com sua mulher em cativeiro. m, que pode pertencer a 0ro"un 3'8, conta como *huva *onquistou 'ogo e porque fogo não deve ficar perto de Ọr#șálá. m outro, que possEvel pertença a (gundá 318, narra o modo como Yemọjá fez seu lar perto do rio. &utro ainda, de Ọwọnr#n 3Z8, conta como mulher de Ọr#șálá , Aladun, o caracol, rompeu os ta:us dele ao comer sal e :e:endo vinho de palmeira, e a maneira de como Ọșọ"# a:ateu sua mãe com uma
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flecha. m quinto, de ('uru!$ọn 3#8, narra conhecido conto popular U/etornado ao *ativeiroV 3Aarne hompson 5@@8, envolvendo Nu. todavia, uma vez que as figuras com as quais os outros estão associados não podem ser identificadas, e não se pode determinar se, at mesmo, esses cinco pertencem aos dezesseis cawris ou C divinação Ifá, eles não se acham incluEdos aqui. ravar os versos revelou-me algo que me havia escapado em minha análise dos versos de Ifá. stes haviam sido penosamente transcritos C mão e por causa do necessariamente ritmo lento em que podiam ser ditados, eles surgiram como parecendo prosa e, como tal, eu os apresentei. As gravaçRes mostram, no entanto, que eles são recitados efetivamente com frases curtas, so: a forma de verso livre. anto
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U!eite para que possam matá-laK le disse) U*om uma vara de ferro eles vão imo:ilizar sua ca:eça. le disse) U"oc9, PEton, le disse) U!eite para que possam matá-la. le disse) U"oc9 scorpião, le disse) Ules vão imo:ilizar voc9 so:re as costas com uma vara U virar seu peito para o cu.V Assim ele os amaldiçoou.
A tradução tam:m apresentou pro:lemas. &s teDtos ;or<:á incluem palavras arcaicas e eDpressRes em desuso cuMos significados não eram sequer sa:idos por 0alaGH, e outras foram descartadas como refrRes de cantigas, nomes de louvor e eDpressRes divinatBrias, por não terem significado. sses pedaços não traduzidos são dados em itálico na versão inglesa, mas os nomes prBprios de figuras de divinação, divindades, cidades, e de pessoas estão em tipo romano. &utro pro:lema diz respeito C eDpressão freqJentemente repetida U *!/ ì$*rír/V ou Uó!/ ì$*nrí r/V, para a qual sacrifEcios são oferecidos. Ọyáwoye não sa:ia o que significava e, com :ase em tra:alho anterior, interpretei-a como Usua alma guardiã ancestralV 34ascom 567) T@-T68. ntretanto, quando os versos foram verificados em campo, 0alaGH eDplicou 3A?, AS7, AS?, I56, 5?8 que queria dizer Uo depBsito de seus materiais de divinaçãoV, que eu encurtei para Useu conMunto divinatBrioV. Acompanhei sua interpretação conquanto em alguns eDemplos 3p.e. AS?, T, ?8 Usua alma guardiã ancestralV parece fazer mais sentido. m outros versos 3A5S, 47, =, I5S, 68 Useu conMunto divinatBrioV claramente correto. A frase U>!áwó lérí, ó '/ mól/ V foi traduzida como Ule pXs suas mãos so:re a ca:eça, ele foi para os divinadoresV. A primeira metade parece ser uma tradução literal, que A:raham 35?@?) =758 dá francamente como Uele mostrou pesarVK a Oltima metade uma tradução livre. &utra frase duvidosa U ( já l?ójú ọmú, ó 'ì l?éyìn àșà 3fS, 78K isso foi traduzido livremente por U0uas vidas estavam pertur:adas e eles estavam infelizesV. m:ora 0alaGH tenha interpretado seu sentido como Ules estavam vindo da primeira [FH para a atual [FH 3*?, 'SS, >8, a frase U@on n'# !*lé *run b* wá #!*lé a#yé V foi traduzida por Ules estavam vindo do cu para a terraV.
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#os versos divinatBrios e nas lendas mitolBgicas ;or<:á eDistem refer9ncias a um mercado e uma cidade cuMo nome dado aqui como Ej#gbom&!un 3A=8 ou -j*gb*m&!)n 3*= nota 5, =, 6, 58. m informante em 3&!ọ deu nome como , S7> nota @, T>@8. 0alaGH disse que foi em (jogbom&!un que terra foi criada nas águas primevas, ao invs de na cidade de IfY, conforme se acredita em geral, e que os deuses ali viviam antes de se mudarem para IfYK mas no decorrer da verificação de campo, identificou-a como a primeira [FH. 1á tam:m refer9ncias C cidade de :Ynd
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havia &runmilaK le não forte. Datamente como um cupinzeiro, 0egurar uma enDada o pRe em apurosK *arregá-la lhe difEcil, at mesmo caminhar. #ão há tra:alho que seMa fácil para &runmila. Pai disse) U& que voc9 vai fazerjV le disse que seria divinador. U]ue espcie de divinadorjV le disse) UPara tudo que as pessoas :uscam com voc9V. ram nozes de cola que traziam para o Pai naqueles tempos 3para divinação8. 0e algum falasse para a noz de cola a deitasse, Pai era quem dava conselho. U]uero sa:er resposta C minha perguntaV. [riNálá então diria. !esse modo, chamou &runmila &runmila rece:eu uma :olsa de divinação. Pai pegou a :olsa de Ifá, !isse que &runmila tinha de aprende-la !e modo se algum quisesse alguma coisa inha de ir a &runmila. ]ualquer um que deseMasse perguntar inha de ir a &runmila, quando &runmila olhou o seu Ifá, udo que eles queriam sa:er, &runmila lhes contariaK & que quer que deseMassem sa:er, &runmila lhes diria. #unca mais ningum foi ao Pai 3para divinação8K Ao invs, irão a &runmila. +ulher com gravidez de um sB dia, &runmila Má o sa:eria, assim por diante. !esse modo &runmila se tornou divinador. odos os demais tam:m queriam ser.
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gungun queria ser um delesK & Pai disse) "oc9 que fortej &gun queria ser um delesK & Pai disse) "oc9 que fortej U"oc9 deveria ser comerciante.V 1oMe todos os devotos de alguns deuses podem divinar. !evotos de LCngB, devotos de [Fá, os devotos de [riNálá. Isso graças a [Nun. 'oi [NOn que não deiDava [runmila descansar, #ão o deiDava sairK anto insistiu, at que [runmila lhe ensinou divinação. 'oi com [NOn que todos os demais Aprenderam a divinar. +as sB rinle não aprendeuK [riNá &Go não aprendeuK &gun não aprendeuK gungun não aprendeu. #ão rece:eram os dezesseis cawris. &s dezesseis cawris de LHpHna stavam sempre em sua mão, +as as lutas não o deiDavam divinar. Por ser frágil [runmila se tornou divinador. le cantava. UApodihHrH, [riNálá, [N_r_g:o. U& Pai teve T5 filhosK UApodihHrH, [riNálá, [N_r_g:o, U& Pai criou T5 profissRes, UApodihHrH, [riNálá, [N_r_g:o, U& Pai criou T5 talentos, UApodihHrH. U!eu aqueles que aprendessem um meio de vida, UApodihHrH. U*om aquele que aprendi, agora estou comendo, UApodihHrH. U*om aquele que eu aprendi, estou comendo nozes de cola e pimenta,
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UApodihHrH. U*om quem aprendi, estou comendo sal e dend9, UApodihHrH. U*om quem aprendi, tomo dinheiro de outros, UApodihHrH. 'oi como [runmila se tornou divinador.
Pesquisa adicional faz-se necessária para determinar as ocasiRes em que os dois sistemas são empregados. ntretanto, eu creio que quando assuntos de stado tem de ser resolvidos, utilizada a divinação Ifá 34ascom 5676) >>,6@8K mas quando estão envolvidos assuntos religiosos pessoais de reis ou chefes, eles podem confiar nos dezesseis cawris se forem devotos de [riNálá, LCngB e de outras divindades em cuMos cultos esta forma de divinação empregada. *aso contrário, provavelmente se voltariam para a divinação Ifá para questRes pessoais, preferindo-a a confiar em outras formas de divinação que não dispRem de versos eDplanatBrios, tais como o arremesso de quatro cawris ou dos quatro segmentos da noz de cola. +esmo que um governante tenha sido convertido ao Islã, suspeito que ele confiaria na divinação Ifá para assuntos de stado, em:ora para assuntos pessoais provavelmente se voltasse para a forma divinatBria islmica do Ucorte na areiaV. 0egundo o relato de 0alaGH a respeito de sua prBpria carreira, parece que todos aqueles que não fossem muçulmanos ou cristãos, pelo menos levam seus filhos para um divinador Ifá a fim de precisar os seus destinos desde o nascimento, mas que na iniciação e outros importantes rituais, os dezesseis cawris são Mogados naqueles cultos em que se usa este sistema de divinação. As divinaçRes Ifá e de dezesseis cawris são distintos entre si pelos seus nomes e pelos divinadores, diferindo inclusive pelos seus seDos, pela parafernália empregada, pelo nOmero de figuras envolvidas, pela escolha entre alternativas especEficas e pelas divindades que presidem os cultos. #o Ifá, os divinadores são conhecidos por :a:aláwo, que tem de ser homensK os dezesseis dend9s são manipulados nas mãos ou um opol9 lançado ao solo, há S@7 figurasK uma escolha pode ser feita simultaneamente entre duas ou cinco alternativasK e a entidade que preside [rOnmla, tam:m conhecido como Ifá. #os _rndEnlBgun 3como praticado por 0alaGH8, os divinadores são conhecidos por awo olRrNC, que podem ser homens ou mulheresK dezesseis cawris são arremessados ao soloK há 5> figurasK uma escolha pode ser feita simultaneamente entre apenas duas alternativas
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especEficasK e a divindade que preside &rNC &l, em dezesseis cawris) U& cão sorve a água do lado de sua :ocaK a mosca não arrumas contas para venderV e U0e a eDpro:ação se recusa a ir adiante, então nBs a trazemos para trásV eram os que Mogaram Ifá para &su, que era filha do rei de [FH, AMHri, que não tinha eDperimentado as dores do parto, e que estava corando porque não tinha dado a luz a uma criança. U& cão sorve a água do lado de sua :ocaK a mosca não dispRe contas para venderV e U0e a eDpro:ação se recusa a avançar então nBs a trazemos para trásV foram os que Mogaram Ifá para Arera, que era o filho do rei de If_ e que estava em lágrimas porque não havia gerado um filho. & sacrifEcio de Arera foi um carneiro inteiro. & sacrifEcio de &su foi uma ovelha. Arera tinha de criar seu pequeno carneiro. &su teria de criar sua pequena ovelha. Am:os estavam tentando ter filhosK eles se encontraram e tiveram relaçRes, ficando &su grávida. Arera disse a ela que a criança deveria chamar-se
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&Modu. #ão muito tempo depois disso, surgiu uma conspiração contra &Modu. & povo de If_, queria compra-lo para que [ni pudesse sacrificá-lo. ]uando manietaram &Modu, ele começou a chorar dizendo que havia sido levado para sua prBpria cidade como um cativo. !isse que [ni deveria dar-lhe oito cola para Mogar e que se viessem quatro com a face para :aiDo e quatro para cima, todos deveriam começar a cantar) U&Modu chega, o filho de AreraK U&Modu chega, o filho de AreraK U"oc9s deviam dar graças comigo porque as colas se revelaram :oas. U&Modu chega, o filho de AreraK U"oc9s deveriam pegar um animal como sacrifEcioK U"oc9s não deveriam tomar a ca:eça de um parente. U"oc9s deveriam tomar um animal como sacrifEcioK U"oc9s não deveriam tomar a ca:eça de um parenteK “Ojodu chega, o filho de Arera.”
A partir de então, sacrificamos ovelhas para Ifá. m outro verso Ifá 3A:im:Hla 567?) ST-S@K56>7) 57-57S8, em versão potica, pode ser comparado com o verso A7. Algumas variaçRes são simplesmente diferenças ar:itrárias em tradução. "oc9 e conhecido como &lálGunK *uMo outro nome `mnnGunK lefante não pode ser virado ca:eça para :aiDo para ser trinchado ]ue tam:m chamado tCtC:EC-Gun. & pequeno e terrEvel homem C noite. m cachorro macho significa honra. m Cg
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0eu sacerdote Ifá portanto pediu-lhe para oferecer :astante :
A narrativa que se segue, contada por um divinador de If_ e registrada numa máquina de escrever como prosa, pode ser comparada com A5S. [runmila despertou cedo certa manhã e foi para &riNa. [riNá disse que ele deveria divinar para ele porque seus escravos estavam perdidos. A ca:ra 3ewur&8, o escravo de &riNa, o sapo 3 ọ$ọlọ8, o escravo de [riNá e o camaleão 3alag&mọ8, o escravo de &riNa, estavam perdidos. les procuraram e procuraram por eles mas não puderam encontrá-los. [runmila lhes disse para trazerem água quente, cascas de inhame e uma pena vermelha do ra:o de um papagaio, e eles trouDeram essas tr9s coisas. les verteram a água quente para dentro do ralo do :anheiro e o 0apo veio para
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fora. Puseram a pena contra uma árvore aGoGo = e *amaleão tornou-se vermelho e eles o pegaram. *olocaram então as cascas de inhame no celeiro e a *a:ra saiu. [riNá ficou surpreso com a rapidez com que [runmila havia encontrado os tr9s escravos e disse) U"oc9, [runmila, foi quem rou:ou meus escravos.VT. [runmila chorou e voltou para sua casa. #o caminho, encontrou Nu. Nu perguntou-lhe qual era o pro:lema e [runmila lhe contou que [riNá o tinha chamado de ladrão. Nu disse) Uudo :em. 0eMa apenas paciente. "ou indo para lá para me pendurar.V ]uando lá chegou, Nu amarrou uma corda ao redor dos quadris e a mandou para o arK [ramf_ @ segurou a corda e Nu pendurou-se no ar, de ca:eça para :aiDo.a gente o viu e diziaVNu se dependurouV. ntão Alara e AMero e &rangun7 se traMaram em finas roupas e se assentaram com [riNa. !isseram que chamariam [runmila enviou os mensageiros de volta para dizer-lhes que os tr9s reis deveriam largar todos os seus finos traMes e fugir porque ningum deveria enDergar Nu dependurado ali. #ão deveriam levar nada com eles, mas irem despidos. [runmila foi para lá e achou todas as roupas. !isse que chamaria gente para cuidar de Nu que se havia dependurado. ]uando estava de volta, encontrou seu amigo, o sacerdote de [:ameri, em meio do caminho. & sacerdote pegou todas as roupas os tr9s reis haviam deiDado para trás e olhou para Nu ali pendurado quando ningum mais ali se encontrava. ]uando Nu o viu, disse a [ramf_ que soltasse a corda. 0altou para o chão e se postou diante do sacerdote. ste pegou os traMes, duas ovelhas e duas ca:ras do [riNá e levou tudo para [runmila. [runmila pegou tudo e perguntou) U*om que nome deverEamos chamar o homem que trouDe essas coisas para mimjV le disse que seu nome deveria ser) UkAquele que anda o que encontra seu amigo no caminhok aquele que nBs chamamos 2oGor_, o sacerdote que corta quem se penduraV 3 .n#'# o r#n, l# o !o ọr& lọna la n$e n# 8o!or&, #șoro '# on já #șo8>. &utros paralelos entre versos para dezesseis cawris, de 0alaGH, e aqueles em divinação Ifá incluem os seguintes) =
em itálico, no original. Por isso diz [runmila que se Mogamos Ifá nossa predição não pode ocorrer no mesmo dia porque as pessoas ficarão desconfiadas. *f. A 5S, nota S. @ & deus do rovão de IfY. *f. 4ascom 56764) ?>. 7 r9s reis. > Isto eDplica o tEtulo do sacerdote de &:ameri, 2oGore 3li o Go Hr_8, U& que encontra seu amigo que quem a:ate aqueles que cometem suicEdio se dependurando e faz eDpiação para eles. A figura associada com este verso não foi registrada. T
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4?. A origem do MeMum muçulmano. A:im:Hla 0. !., I") ?>K 56>5) TT6T@K 56>>) 5S?-5=5 3('u a 3ej#8 46. Aranha tece sua teia como feitiço. A:im:Hla 0.!., I") 5TK 56>7) S5?K 56>>) @T-@@ 30worí 3ej#8 *55. 29mure foge de carneiro. pega 0.!., III) 5S5 Q 5ST 3 (gb= Ọ"á8 *5?. 'eiMão 0arnento. A:im:Hla 0.!., I") 55-5SK 56>7) S=-S=5 3 Ọ"& 3ej#8
7. 'ilhotes de squilo. A:im:Hla 0.!., I") ?@K 56>7) 566-SK 56>>) 5S75S6 3('ura 3ej#8 '5. 'orasteiro resoluto vai para peri. 4ascom 5676) =5T-=5> 3Ed# 3ej#8 1?. Ira, Daltação e 'rieza. pega 0. !., III) 557-55> 3 (gb= (gundá8 I5. A:B:oras de [:Crá. A:im:Hla 5767) 7=-77K 56>>)?S-?> 3Ọbàrá 3ej#8 I5. "E:ora, PEton e scorpião. A:im:Hla 567?) >?->6 3 Ọbàrá 3ej#8 I5S. 'ilho de PoFe. leason 56>=) 57T-57? 3 0r/'= 3ej#8K 4ascom 5676) 77 I57. Nu deiDa caça escapa. leason 56>=) SS=-SS@ 3 (gb= ('ura8 I5?. *aiDão de *alau. A:im:Hla 0. !., I") T7-T?K 56>7) S5S-S5@K 56>>) ??6= 3Ọbàrá 3ej#8 @. +edida. A:im:Hla 567?) @>K 56>7) 57-5> 3(d# 3ej#8 7. +ilhafre mergulha na fumaça. leason 56>=) ST>-S@ 3('ura Ọ"á8 5S. 'orasteiro resoluto vai para o 4enin. A:im:Hla 5676) 5=>-5=6K 56>>) 7S-7@ 3(d# 3ej#8 +enos parecidas são as histBrias do Pom:o e da Pom:a 3A5@. 4ascom 5676) S7?-S>@, 0worí (gb= 8, `lbGOn se torna rei de todas as águas 3AT>. A:im:Hla 567?) 5@T-5@@) 56>7) @6-7, (+un 3ej#8, 2Erio apanha água para `lbGOn 35=. pega 0. !., III) =?-=6, (gundá Ọy&!u8, e Pom:o tem g9meos 35?) A:im:Hla, 0. !., III) @->K 56>7) S7-S?, (gb= 3ej#8. Apenas sete 3A7, 5T, I5, I5?, @ e 5S8 desses vinte e tr9s versos estão associados com figuras de nomes semelhantes em am:os sistemas de
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divinação, como por eDemplo &di em dezesseis cawris e &di +eMi em Ifá 35S8. DplanaçRes parecidas do nome de &lodumare são dadas em diferentes versos 345S. 4ascom 5676) =SS-=S=, Ed# Ọ!anran8, e dois versos :astante diferentes eDplicam porque o ferro enferruMa mas latão e chum:o, não 3*@. 4ascom 5676) ===, 0worí 3ej#8. r9s dos cinco versos de dezesseis cawris pu:licados por &gun:iFi são tam:m semelhantes aqueles dados por 0alaGH) ela &Go acha dinheiro na lavoura 3S. &gun:iFi 56@S) 7?-768, Asno Insensato retira 2eopardo de dentro de um poço 3'5=. &gun:iFi 56@S) >=8. !estes, o segundo 3'5=8 atri:uEdo a Irosun por 0alaGH, mas [sá 3*8 por &gun:iFi. 1á concordncia, no entanto, so:re as figuras Cs quais os outros dois versos pertencem. A narrativa acerca dos ta:us de ;emHMá e &G_r_ 315S8 foi registrada como uma lenda-mito em Is_Fin, [FH e Zoso e aquela so:re [runmila e o filho de PoFe 355S8 em Igana 34ascom 5676) 778. &utras narrativas nos versos de 0alaGH foram registradas como contos populares 3*6, I55, ?, Z6,8K e os versos cont9m provr:ios 3Z?, 2>8 e um enigma 3+8. 2endas, contos populares, provr:ios e enigmas ocasionais tam:m ocorrem em versos de Ifá. *onquanto os tr9s versos Ifá citados não seMam id9nticos aos seus correlativos em divinação com dezesseis cawris, eles tam:m diferem de um divinador para outro e at mesmo em diferentes ocasiRes quando recitados pelo mesmo divinador. Isso tam:m foi verdadeiro no caso de 0alaGH, que gravou alguns versos mais de uma vez. A versão seguinte pode ser comparada com 2T. A eDpressão Uogado para o !ia e partilhado com o 0olV significa que a divinação para o !ia tam:m inclui o 0ol, mesmo assim ele não consultando o divinador, e que am:os teriam de oferecer um sacrifEcio. U!oze maioresV refere-se aos doze cawris a:ertos para cima. [riNá dá uma :enção de via longa, o que ele vaticina &nde vemos os !oze +aiores. U*olina redonda com um cume pontudo não caiV ogado para o !ia e partilhado com o 0ol. !ia, o que deveria ele fazer de modo que os :raços dos outros não o segurassemj 0ol, o que deveria ele fazer para que os :raços dos outros não o segurassemj le disse que os :raços dos outros não o segurariamK m sacrifEcio era o que ele tinha de oferecer.
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& que deveria ele oferecerj les disseram que ele deveria oferecer ST. cawris. disseram que o 0ol deveria oferecer a taça importada que ele tinha. & !ia reuniu o sacrifEcio, ofereceu o sacrifEcioK & 0ol apaziguou os deuses. Am:os vieram para a terraK stiveram deleitando-se na terra, suas vidas corriam agradáveis. & !ia ficava dançando, & 0ol se reMu:ilavaK 2ouvavam os divinadores, estes o [riNá ]ue seus divinadores tinham falado a verdade. U/edonda, redonda colina U*om cume pontudo não caiV ogou para o !ia dividiu com o 0ol. le cantou) U!ia, ofereci um sacrifEcio por causa das :ocasK U0ol, fiz um sacrifEcio por causa das :ocasK U#enhum :raço pode segurar o 0olK U4oca nenhuma pode comandar o !ia.V [riNá diz que as :ocas de outros não serão capazes de nos comandar.
A despeito de as diferenças não serem grandes, fica claro que os versos não são decorados palavra por palavraK o divinador dispRe de alguma latitude ao recitá-los. Por eDemplo, 2T acrescenta U]uando o 0ol apareceu, as pessoas disseram U& sol está quente hoMe.kV Am:os versos foram gravados como versos divinatBrios. *omo seria de esperar, as diverg9ncias são ainda maiores quando os versos foram registrados como lendas. Algumas diferenças possivelmente se devem a gravaçRes imperfeitas e outras devidas talvez a lapsos de memBria em decorr9ncia da idade de 0alaGH e a declinante freqJ9ncia das vezes em que era solicitado a divinar. Por eDemplo, em 2T, a pergunta U!ia e 0ol, o que poderiam eles fazer de modo a que as :ocas dos outros não pudessem lhes dar ordensjV mas aqui U!ia, que deveria ele fazer para que os :raços dos outros não o segurassemj 0ol, o que teria ele de fazer para que os :raços dos outros não segurassemjV Por causa da canção, que id9ntica em am:as
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gravaçRes, suspeito que a versão correta U!ia, o que deveria ele fazer para que as :ocas de outros não pudessem comandá-loj 0ol, que deveria ele fazer a fim de que os :raços dos outros não pudessem segurá-lojV Atentei nos erros 3A5, A5S, A=, A=@, '7, 5S,8 e erros possEveis 3*7, *5>, !7, 6, 57, Z>, Z5S, 2T8. Pode haver outros, mas erros em apenas 5T destes S5 versos de modo algum seria uma marca ruim mesmo para um homem mais Movem que tivesse de confiar eDclusivamente na memBria. 1ouve outras ocasiRes em que 0alaGH se repetiu ou inseriu o que se poderia denominar Utapa-:uracoV, toda vez que o:viamente hesitava e procurava ganhar tempo para se recordar do que vinha adiante. ntretanto, conforme ressalta A:im:Hla, algumas repetiçRes são eDpletivas. *onsiderando-se que se trata de transcriçRes literais duma tradição puramente oral, at que suas recitaçRes são notavelmente acuradas e de flu9ncia retilEnea. videntemente, 0alaGH tinha aprendido os versos :em. m minhas análises dos versos Ifá, encontrei como padrão geral para a maior parte dos versos 358 a declaração do caso mitolBgico que serve como um precedente, 3S8 a solução ou desfecho desse caso e 3=8 sua aplicação ao consulente 34ascom 5676) 5SS8. Isto válido igualmente para os versos destinados aos dezesseis cawris, conquanto o sacrifEcio requerido ao consulente não eDpresso tão especificadamente como nos versos IfáK ha:itualmente entendido como sendo o mesmo que o feito no caso mitolBgico. A primeira seção normalmente inclui diversas linhas o:scuras, em:ora freqJentemente muito :elas, que são interpretadas como sendo os nomes dos divinadores no caso que serve como precedenteK elas são aneDadas entre aspas na tradução em Ingl9s, sendo amiOde repetidas perto do fim do verso. ande A:im:Hla 356>5) TK 56>7) T=8 propXs uma estrutura composta de oito partes) 358 nomes de sacerdote3s8 Ifá em divinação no passado, 3S8 nomes de consulente 3s8 para que a divinação foi realizada, 3=8 razão pela qual foi feita, 3T8 instruçRes ao 3s8 consulente3s8, 3@8 se o consulente 3s8 agiu ou não de acordo com as instruçRes, 378 o que aconteceu com o consulente 3s8, 3>8 reação do consulente 3s8 e 3?8 uma moral :aseada na histBria. As partes 5-= e >-? são memorizadas e recitadas o mais acuradamente possEvel, sendo salmodiadas rapidamente. As partes remanescentes 3T-78 não são decoradas, mas são recitadas lentamente na prBpria linguagem do divinador e numa forma mais livre que se assemelha C prosa 3A:im:Hla 56>7) 7=8. Por isso eDiste considerável latitude na minha segunda parte,
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a resolução do caso ou o que os consulentes fizeram e o que aconteceu a eles como um desfecho. m:ora A:im:Hla indique que as instruçRes ao consulente 3T8 são opcionais e não memorizadas, acho surpreendente que o sacrifEcio que o consulente instruEdo a oferecer varie em diferentes registros do mesmo verso. #as duas gravaçRes consideradas, o galo e o pom:o mencionados em 2T são omitidos do sacrifEcio na segunda versão. A ordem do segundo a qual os itens a serem sacrificados são mencionados aparece ser irrelevante, mas em diversas oportunidades 0alaGH fez um esforço especial para nomear um item que houvera sido omitido, por eDemplo, o f5S, onde o assento mencionado depois de dizer que o sacrifEcio tinha sido realizado, e #S, quando dois carangueMos são acrescentados de modo semelhante. !e toda maneira, há eDemplos onde fica claro que um item não mencionado havia sido sacrificado 3455, 5S, 1?, P58 e outros onde itens são agregados ou omitidos em uma segunda gravação 3*55, '5@, =, 7, 25, 2S, 2=, 2T, 2@8. & sacrifEcio, freqJentemente, não especificado 3A5, AS=, AT5, *>, *5=, *5@, @, 'S, '@, '>, ?, 15S, Z?, Z558 e muitas vezes sequer mencionados 3A5, A6, A5>, AS, ASS, 4=, 45S, *S, *?, !>, 5, 7, '5, Z68. !a mesma forma que em Ifá, os versos instruem o consulente a sacrificar uma ampla variedade de aves domsticas e animais, tam:m selvagens, carne de caça, alm de outros alimentos e produtos. "ários deles são sacrifEcios apropriados a divindades determinadas. ]uando pássaros ou animais devem ser sacrificados, a ca:eça e o sangue são Udados de comerV C divindade indicada no verso ou identificada por intermdio de alternativas especEficas, como o lEquido da casca de um caracolK a carne cozida e comida pelos divinadores. ecidos, ferramentas e outros o:Metos incluEdos no sacrifEcio são tam:m conservados pelos divinadores, a não ser que outra determinação esteMa especificada no verso. ]uando dinheiro se acha incluEdo nos sacrifEcios, deve ser conservado pelo divinador como pagamento 3 eru8, ao invs de oferecido C divindade. & montante eDpressado em cawris, que outrora serviam como dinheiro. & valor do cawri tem declinado ao longo do tempo como resultado da inflação 34ascom 5676)7T-7@8, mas quando moeda corrente foi introduzida, o valor de dois mil cawris foi esta:ilizado, para fins de divinação, a seis $enAe , agora cinco Go:o, ou ?. cawris para li:ra esterlina, agora S naira. #estes versos, como nos Ifá S. cawris 3&gb&wã, &gbã 8 são a unidade :ásica de dinheiro contá:il, e, neste caso, o montante
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especificado usualmente relacionado com o nOmero de cawris Mogados com a face a:erta para cima, conforme mostrado a:aiDo.
A Q Mi &g:9 4 Q &fun * Q [sá ! Q [Ganran Q Mi &Go ' Q Irosun Q [N_ 1 Q &gundá I Q [:Crá Q &di Z Q [wHnrin 2 Q Mila L_:Hra + Q IGa # Q &turuGpHn & Q &fun Zaran P Q Ir_t_ ] Q &pirá
? cawris 5 cawris 6 cawris 5 cawri S cawris T cawris @ cawris = cawris 7 cawris > cawris 55 cawris 5S cawris 5= cawris 5T cawris 5@ cawris 57 cawris cawri
? D S. ou do:ro deste montante 5 D S. 6 D S. 55 D S. 5S D S. T D S. ou mais freqJentemente 5T D S. @ D S. = D S. ou mais freqJentemente 5= D S. 7 D S. > D S. 55 D S. 5S D S. == D S. 5T D S. 5@ D S. 57 D S. #enhum dinheiro especificado
Apenas IGá 3+8 acompanha o padrão regular. Para @ cawris e acima, o nOmero de a:ertos para cima simplesmente multiplicado por S.. Porque, presumivelmente, são demasiado reduzidos, os montantes para um e dois cawris 3!, 8 são aumentados mediante acrscimo de S. cawris, e isso pode ou não ser feito para tr9s e quatro cawris 31, '8. Para Mi &g:93A8, o montante freqJentemente do:rado. Pode ser duplicado para qualquer figura ao se pedir o mesmo montante nos lados direito e esquerdo ou triplicado 3I>8 ao se pedir 5S. cawris do lado direito. 5S. cawris no meio. m certos casos, os montantes foram decuplicados, especificando 5S. cawris 3I5T8, 5T. cawris 37, M5=, M5@8, SS. cawris 3Z=8, ST. 3=8 e =S. cawris 3A=, AT?8. *aso um verso especifique S.cawris ou menos, em mOltiplos de S. deveria ser possEvel identificar a figura a que pertence, mesmo que o nome não seMa eDpressado. A conta em cawris pode tam:m influenciar o nOmero de itens no sacrifEcio, por eDemplo, onze porçRes de massa de milho :ranco, onze :olinhos fritos, onze UiseV e onze tigelas de cerveMa 3Z5=8. Pode influenciar tam:m os
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nOmeros no teDto da narrativa, como quando [runmila demanda oito fardos de inhames, oito cargas de milho, oito de feiMRes e oito de homens 3A58. +uitos elementos etiolBgicos aparecem nos versos e, a despeito de serem fantasiosos, provavelmente foram aceitos em tempos passados a tEtulo de eDplanaçRes acerca das caracterEsticas de pássaros, animais, insetos, plantas e o:Metos, e das origens de costumes e instituiçRes 34ascom 5676) 5S>-5S?8. !o mesmo modo que nos versos Ifá, essas caracterEsticas são, em geral, o resultados de haver oferecido o sacrifEcio prescrito ou de não hav9-lo feito e, uma vez que as caracterEsticas são conhecimento comum ou rapidamente constatáveis, dão su:stncia C veracidade do verso, com seus vaticEnios e sacrifEcios prescritos, alm de ao sistema de divinação como um todo. As eDplicaçRes podem ser implEcitas ou declaradas eDplicitamente na narrativa. !estarte, os versos contam como os papagaios tiveram penas vermelhas na cauda 3558, porque pom:os vivem com os homens e pom:as nas florestas 3A5@8, porque pássaros UecelRes da AldeiaV es:rugam palmeiras nas suas copas para fazerem seus ninhos 3'S58 e como o calau tem um tufo em sua ca:eça 3I5?8. *ontam porque ratos são pegos pelos ra:os 34=8, porque galos são sacrificados 34=8, porque galos cocoricam do modo que se conhece 34= nota 58, porque leopardos são temidos pelos outros animais 34>8, porque macacos são presos com correntes ao redor e seus peitos e alimentados com :ananas e papaias 3'5>8, como o esquilo terrestre o:teve sua cauda 35T8, porque gatos almiscarados dormem mais que todos os outros animais 3558 e como as le:res conseguiram as linhas :rancas em suas testas 3T8. Dplicam a razão pela qual as co:ras tem se rasteMar so:re seus ventres e porque se livram de suas peles 3A=?, 45S8. Porque crocodilos ganharam seus dentes e escamas, tornando-se os reis nos rios 3158, porque troveMa antes dos crocodilos terem filhotes 3278, e como o sapo ZonGo se fez rei de todos os sapos 3*5=8. Dplicam porque filarias podem a:ater seres humanos 3AT68 e a razão pela qual aranhas tecem seus fios como magia, sem um fuso 3468. sclarecem a respeito da origem da papaia 3!>8, porque nozes de cola são utilizadas em rituais e em divinação 3*5>, 58, porque gente come feiMão-manteiga e pRe feiMRes sarnentos de lado 3*5?8, porque inhames-cXco crescem na lama 3'78, porque as árvores fEcus crescem na praça do mercado 3IS8 e como duas ervas Q Amaranthus e Zalanchoe crenata Q se tornaram notBrias por sua frescura 3=8. Dplicam porque colinas nunca morrem 3AS58, porque o ferro oDida e o latão e o chum:o, não 3*@8, e porque os arco-Eris desaparecem no dia em que surgem 3'SS8.
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Dplicam como a cascavel N_G_r_ o:teve sua rede de cawris e porque ela e o gongo de ferro soam como soam 34T, 4@8, porque o tam:or U:ataV não deiDa Lago 32?8, porque tempo frio provoca desconforto 34558, como a noite o:teve o fruto do la:or matinal 3'=8. !e especial interesse são as eDplanaçRes e relatos lendários das origens de costumes e instituiçRes. !esse modo, os versos informam so:re a grande dimensão da cidade de I:adan 3T, @8 e a importncia da cidade de [FH 3A=, 6, I5T8. Dplicam a origem do serviço de Ar_mH, o UPrEncipe 1erdeiroV e presumido herdeiro do rei de [FH 3I578 e do Ustri:eiro-mBrV do rei 3=8K e contam como Ati:a, o Alafn que esta:eleceu a capital na nova [FH, tomou terras de ANipa, um de seus chefes 3A=58. /elatam a origem dos Mulgamentos em tri:unal 31558, e como começou a competição por tEtulos 3A=8. &s versos eDplicam porque os homens não tomam emprestadas as esposas de outros homens para levá-las Munto em viagens 3A=78, porque recmnascidos são mimados e o:Meto de indulg9ncias 3AT@8, porque um marido não deve estar presente para rece:er sua noiva quando ela chega em sua casa com seu corteMo matrimonial 3Z=8, e porque um irmão mais novo toma as viOvas de seu irmão mais velho 3Z=8. *ontam como a lavoura so:repuMou todas as outras ocupaçRes 3>8, e porque comerciantes usam medidas ao venderem milho e feiMão 3@8 e cestas para fazer a eDposição de suas mercadorias 3AT8. *ontam a propBsito a origem de um nome 3*?8, de um ditado 3*5S8 e de um provr:io 3Z?8. Dplicam porque al:inos não penetram na cidade de Mi:o. 35>8., porque um carneiro inteiro morto so:re o tOmulo em funerais 3*558, porque as pessoas oram pelas :9nçãos da noite 3'=8, e como começou o MeMum dos muçulmanos 34?8. Distem tam:m muitos elementos eDplicativos que dão conta de crença religiosa, ritual, e parafernália ritualEstica. A SISTEMÁTICA DA CRENÇA
*omo uma introdução aos versos divinatBrios que se seguem, informaçRes acerca das divindades ;or<:á e outros elementos do credo ;or<:á, aqui apresentada, Muntamente com aquilo que os versos nos relatam a respeito da religião ;or<:á e seu modo de visualizar o mundo 3eltanschauung8.
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&s versos confirmam, suplementam e, por vezes, contradizem aquilo que conhecido so:re religião ioru:ana, revelando como variam crenças, com mem:ros do culto freqJentemente atri:uindo maior importncia Cs suas prBprias divindades do que geralmente reconhecido. Por isso, enquanto LHpHna especialmente proeminente no estudo de &gun:iFi 356@S) 7>8 so:re os dezesseis cawris, [riNálá quem controla os dezesseis cawris de 0alaGH, e quem mencionado repetidamente em seus versos e eDerce algumas das funçRes usualmente atri:uEdas a outras divindades, incluindo at mesmo [lHrun, o !eus do cu e divindade suprema. 0e os versos divinatBrios recitados por devotos de Nu, [Nun, ;emHMá e outras deidades associadas com os dezesseis cawris fossem analisados, revelariam provavelmente uma glorificação semelhante de suas prBprias divindades, do mesmo modo que ocorre com os versos da divinação Ifá. Diste um grande nOmero de divindades 3 &bora, &bura, #mọl/, *rìșà8 segundo a crença ;or<:á, cuMo total Mamais foi registrado. Informantes falam, com freqJ9ncia, de T5 deidades, assim como o fazem os versos 3A5, 6, Z?8, mais um deles 3A5?8 menciona =.S divindades. *ada uma delas possui atri:utos especiais ou poderes especEficos, mas todos podem dar filhos, proteção e outros :enefEcios a seus fiis devotos. Acredita-se que todas as divindades, C eDceção de [lHrun, o deus do cu, Má viveram alguma vez na terra e que entraram pelo chão adentro, su:iram ao cu, se transformaram em rios colinas e tornaram-se divindades. m verso 3A=S8 fala de gungun, &ro, LHpHna e &gun que entraram na terra e ficaram imortais, alm de outro 315S8 que relata como ;emHMá e &fiGi se transformaram em rios. +uitas deidades estão associadas com cidades onde se acredita tais coisas tenham tido lugar ou local onde tenham vivido. m verso 3A=T8 enumera as cidades de LCngB, &riNá &Go, Ifá 3 Ọrunm#lá, Ọyá, Egungun, Șọ$ọna, .l&gba BEșuC e Ọbalu+ọn , e ainda outro 35>8 identifica a cidade de [riNá (g#yan. Acima de todas as divindades acha-se o deus do cu, &lodumare, Uaquele que dono do cuV 3 Ọlọrun8 ou Urei do cuV 3 Ọbá ọrun8, que foi sincretizado com o !eus cristão e o Allah muçulmano. &s versos identificam +arvel 3 Drà8? como seu filho 345=8 e duas das mulheres de [runmila, Aina e [r_, como filhas 3A68. [lHrun não tem devotos especEficos, nenhum culto e sacrário algum. 0acrifEcio nenhum lhe oferecido diretamente mas qualquer um pode orar para ele 3'=8. 1a:ita nas alturas, acima do arco-Eris 3AS8, mas como mostram os versos de Ifá 34ascom 5676) 5T8, ele pode intervir nos assuntos humanos. #os versos de 0alaGH, tam:m, ele envia a +orte para trazer (nd&șeroro para o cu 3A78, um agricultor diz que [lHrun ?
*uriosamente, +arvel 3em ing.8 significa prodEgio, maravilha.
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lhe deu um escravo 3478 e quando [NOn cura crianças, todos dizem que foi [lHrun que o fez 3+S8. m verso 3'S8 prediz que [lHrun aMudará o consulente a pegar algum que quer rou:a-lo, e outro 3Z68 recomenda que devemos ser pacientes em pedir a devolução de um emprstimo Uporque não sa:emos o que dirá [lHrun no futuroV. ma das personagens designada de U0e [lHrun não me mata, gente não poderá faz9-loV 3?8. & mais importante que [lHrun quem determina e controla os destinos humanos 34ascom 5676)55@-55?8. &s ;or<:á cr9em na reencarnação e em algumas almas mOltiplas. A mais importante dentre elas a alma guardiã ancestral 3 &l&dá, ì$ọnr#, #$ọrí 8, associada com a ca:eça da pessoa, seu destino reencarnação. A segunda a respiração 3&mí 8, que reside nos pulmRes e no tBraD e tem as narinas para servi-la como as duas a:erturas no fole de um ferreiro ;or<:á. A respiração a força vital que faz o homem tra:alhar e lhe dá a vida. Alguns dizem que eDiste uma terceira alma, a som:ra 3 *jìj#8, que não tem função no decorrer da vida mas simplesmente segue o corpo vivente por todos os lugares. Pode-se ver a som:ra e ouvir e sentir a respiraçãoK mas ningum ouve, sente ou enDerga a alma guardiã ancestral enquanto o indivEduo for vivo. A som:ra não dispRe de su:stncia e não quer alimentoK a respiração sustentada pela comida que o prBprio indivEduo ingereK mas a alma guardiã ancestral precisa ocasionalmente nutrida por intermdio de sacrifEcios conhecidos por Ualimentando a ca:eçaV 3ìbọrí, ìbọ or# 8. Antes de uma criança nascer Q ou renascer Q, a alma guardiã ancestral comparece perante [lHrun a fim de rece:er um novo corpo, uma nova respiração, e seu destino 3ìwà, ì$ín 8 para sua nova vida na terra. AMoelhando-se diante de [lHrun, a essa alma dada a oportunidade de escolher seu prBprio destino, e se acredita poder ela fazer qualquer escolha que deseMar, em:ora [lHrun possa recusar caso os pedidos não seMam feitos humildemente ou seMam desarrazoados. & destino envolve a personalidade do indivEduo, sua ocupação e sua sorteK e inclui um dia fiDo no qual as almas tem de retornar para o cu. Por vezes, a alma guardiã ancestral denominada de ca:eça 3 orí 8 ou de Udona da ca:eçaV 3olórí 8, e nos versos de 0alaGH personificada como *a:eça 3AS?, A=T, A=@, A5=, 568. m verso 3A=@8 conta como a ca:eça escolheu Utodos os destinosV. m outro 3A@8, uma mulher chamada Ua que tem filhos pequenosV disse que Usuas :9nçãos se atrasaramK ela disse que suas :9nçãos celestiais se atrasaram. la disse que não sa:e se sua ca:eça
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escolheu um destino de contas, sua ca:eça escolheu um destino de latão, sua ca:eça escolheu uma grande a:undncia de dinheiroV. ma pessoa de sorte chamada Ua que tem :oa ca:eçaV, significando um :om destino, e uma pessoa sem sorte Ua que tem uma má ca:eçaV. Informantes enfatizam a importncia da alma guardiã ancestral, alguns at denominando de deidade. UA ca:eça a principal divindade do indivEduo. A ca:eça mais importante para qualquer um do que sua prBpria divindade. A ca:eça a mais velha e mais poderosa de todas as deidadesV 34ascom 567) T?8. m verso 3A=T8 narra como a *a:eça lançou nove divindades para suas cidades, onde elas prosperam, e UAssim foi como a ca:eça ultrapassou todas as divindadesV. [runmila sacrifica C sua ca:eça e casa com !inheiroK ele louva-se a si prBprio por este fato at que sua esposa faz o:Meção, ele louva !inheiro at que seus divinadores lhe dizem que louve aquela que o fez ser :em sucedido, e finalmente ele louva a *a:eça 3AS?8. As personagens nos versos freqJentemente são instruEdos no sentido de que sacrifiquem para suas ca:eças 3AS?, T, '5S, 1S, 16, I55, 5, ?, 6 nota 58 mas nos dizem U0e nossa ca:eça vai dar atenção Cs nossas sOplicas, isso não sa:emosV 3*?8. #os versos, há muitas louvaçRes C ca:eça. U#ão eDiste paEs onde a ca:eça não seMa conhecidaV 3AS?8. U*a:eça o melhor defensor, aquele que tem :oa ca:eça não tem equivalenteV 3A=T8. UA ca:eça de uma pessoa o que a faz ricaV 3I578. U*a:eça o que faz do menino um homemV 3AS?8. U#ão há nada que uma ca:eça não possa fazer de um homemK a ca:eça de uma pessoa faz dela um reiV 3@8. & dia da morte de uma pessoa nunca pode ser postergado, mas outros aspectos de seu destino podem ser modificados por meio de atos humanos e por seres ou força supra-humanas. 0e algum dispRe do integral apoio e proteção de sua alma guardiã ancestral, de [lHrun, e das outras divindades, então desfrutará do destino que lhe foi prometido e esgotará o lapso de vida que lhe foi atri:uEdoK caso contrário pode ver-se privado das :9nçãos a ele destinadas ou morrer antes da hora. Atravs de sua vida, o indivEduo faz sacrifEcios para sua alma guardiã ancestral e para suas divindadesK dispRe de magias ou UmedicinasV, preparadas para proteg9-lo e assisti-loK e quando em dificuldades, ele consulta um divinador a fim de determinar o que deveria ser feito para melhorar sua sorte. & divinador tam:m consultado antes de qualquer empreendimento de maior envergadura, para sa:er que sacrifEcio necessário para assegurar um desfecho :em sucedido.
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Por ocasião da morte, as mOltiplas almas a:andonam o corpo e normalmente atingem o cu, lá permanecendo at sua alma guardiã ancestral seMa reencarnada. Pessoas que morrem antes de seu tempo, continuam na terra como fantasmas, permanecendo em cidades distantes aonde não possam ser reconhecidas, at que chegue o dia indicado por [lHrun, momento que UmorremV uma segunda morte e seguem para o cu. ]uando as tr9s almas lá chegam, [lHrun lhes prescreve um Uum :om cuV ou um Umau cuV, dependendo de seu comportamento na terra. Aqueles que foram enviados para o Umau cuV Mamais poderão ser restituEdos C vida atravs da reencarnaçãoK tampouco podem os suicidas, as quais nunca alcançam o cu mas se tornam espEritos malignos, que se dependuram Cs copas das árvores, tais como morcegos ou :or:oletas. 0e uma mulher tem diversos filhos em sucessão, que morrem no parto, na infncia ou at quando um tanto mais velhos, possEvel que não seMa uma sucessão de diferentes almas guardiãs ancestrais porm uma sB alma que repetidamente renasce, apenas para retornar por curto espaço de tempo ao cu, onde conserva sua forma infantil. la não quer permanecer por longo tempo na terra, preferindo a vida no cu ou simplesmente deseMando ir e vir entre o cu e a terra, havendo-lhe sido concedidos curtos tempos de vida por [lHrun. ais crianças são conhecidas por Ua:iGuV 3àbí!ú8 ou Uo nascido para morrerV, e suas mães podem unir-se a .gb& Ọgb , um culto que torna propEcios os Ua:iGuV e cuMos mem:ros tem feitos grandes guizos de ferro para suas crianças e que estas usam atados aos quadris. & cadáver da criança pode ser marcado mediante a raspagem de um local da ca:eça ou um corte na orelha para atestar que se trata de um Ua:iGuV quando venha a renascer com a mesma marcaK e o corpo morto de um Ua:iGuVpode ser ameaçado de ser queimado ou ter um artelho ou dedo decepado a fim de aterrorizá-lo para que permaneça na terra quando de novo renasça. #os versos, consulentes são mandados sacrificar por causa de um a:iGu 3'SS8 e de modo que a criança que venham ter não seMa a:iGu 35S8. [runmila ofereceu um sacrifEcio antes que se casasse com uma a:iGu, e ela não morreu 3AS78. Arco-Eris 'rEvolo Ucontinua morrendo como um a:iGuV porque seus pais não sa:em seu nome verdadeiro 3'SS8. m sacrifEcio tam:m prescrito para g9meos 3?8. stes 3 #béjì8 não são tão ruins como a:iGu mas são temidos porque são poderosos e podem fazer mal ou at mesmo provocar a morte de seus pais. ]uando nascem g9meos, dois pintinhos são parcialmente enterrados a um canto de um cXmodo e sacrifEcios são oferecidos
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prBDimos a eles, anualmente. ]uando um dos g9meos morre, os pais mandam um entalhador de madeira esculpir uma figurinha de g9meos 3 /re #béjì8 do mesmo seDo e com as marcas faciais de sua linhagem. *aso o segundo venha a morrer enquanto Movem, uma segunda figura lavradas. *omo os a:iGu, os g9meos guardam a forma de crianças no cu e passam seu tempo :rincando. 9meos e a:iGu não são deidadesK os sacrifEcios a eles oferecidos são para suas almas. m verso 3A@8 conta como pessoas começaram a cozinhar inhames amassados e temperados, milho 3cozido8, fritar :anana-da-terra e inhames para g9meos. m verso 358 conta de que modo [lHrun deu a uma dentre as dezessete figuras 3[N_8 todos os destinos que este havia perdido. ntretanto, em outro verso 3A=@8, [riNálá 3-rìnșanlá8 quem distri:ui destinos e, conforme Má vimos, segundo LalaGH, não &lorun mas [riNálá 3-rìșanlá -ș&r&gbọ8 quem determinou as divindades os respectivos poderes. ste tema repetido em outros versos 3A5?, A=@8. &s versos, da maneira como foram ensinados a 0alaGH, o:viamente, enriquecem a importncia de sua prBpria divindade. [lHrun tam:m chamado de &lBd
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governá-la. ornou-se o primeiro rei, de quem os monarcas ;or<:á alegam descender diretamente. A [riNálá foi dado o poder de moldar os corpos humanos, tornando-se ele o criador da 1umanidade. A despeito de sua importncia na mitologia ;or<:á, &duá 3 (duá, (duwà, (d)duwà8 não aparece nos versos de 0alaGH, conquanto fosse mencionado como vinculado C figura &fun 348 e constando em uma das lendas de 0alaGH, como acompanhante de [riNálá C terra. m discussão, 0alaGH descreveu-o como uma das Udivindades :rancasV e mensageiro de [riNálá em IfY, que o usava para auDiliá-lo em seu tra:alho de modelar crianças não nascidas. +esmo em sua versão da criação, contada so: a forma de lenda, [riNálá 3 Ọbanlá8 e não &duá ou *amaleão quem pXs o :ocado de terra so:re a água, pousou a galinha dos cinco dedos para espalhá-la, e criou os pássaros, animais, árvores, ar:ustos e gramEneas. Am:as versRes são mencionadas por Idowu 3567S) 56SS8, o qual favorece o depoimento de 0alaGH. [ranmiFan 3Ọránmíyàn, Ọrányàn8 outra importante divindade que não aparece nesses versos, mas mesmo assim 0alaGH o mencionou como divindade associada C figura [Ganran 3!8. !iz-se haver tido ele dois pais e ser meio pele :ranca como &duá e meio pele negra como `gOn, o !eus do 'erro. ornou-se grande guerreiro como seu pai, `gOn, e curioso que não tenha sido citado pelo fato de haver sido o fundador e primeiro rei de [FH. [riNálá, o !eus da 4rancura e o criador da 1umanidade, Má foi a:ordado porm eDige consideração adicional em decorr9ncia de sua importncia na versão de 0alaGH da divinação com dezesseis cawris. 1avendo-lhe sido dado o poder de moldar os corpos humanos, ele criou o primeiro homem e a primeira mulherK de acordo com 0alaGH, eram eles :_g:ade e +Htawede, outros nomes para [riNá /owu e [risa ;emo. [riNálá tam:m modela a forma humana dos seres no Otero, antes que nasçam. 0alaGH declarou que ignorava como isso era feito, mas outros informantes disseram que, tra:alhava na escuridão com uma faca, ele molda seus corpos e depois, como um entalhador de madeira, separa os :raços, as pernas, os dedos e artelhos, e a:re os olhos, os ouvidos, o nariz e a :oca. le , por vezes, denominado escultor de &lorun e dois de seus nomes quando louvado são UAquele que eDculpe na escuridãoV 3 S8. m um dos versos 3A5?8, Nu achou [riNálá esculpindo e dele aprendeu como fazia ps, :ocas e olhos.
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&utro dos nomes de louvação de [riNálá UAquele que cria uma pessoa como :em entendeV 3 8. &s nascidos envoltos na mnio 3*!é, àlà8 tam:m são sagrados ante [riNálá, e os nomes dados aos nascidos nessas condiçRes tam:m são mencionadas 345, Z58. le aparece nos versos com os nomes -rìșálá e -rì"ànlá , freqJentemente encurtado para -șãlá e -șànlá , ou com seus nomes de louvação -rìșãlá Ọș&r/gb* e Er#j#alo 3AS@8. [:afOnwC que significa U/ei dá destinoV parece constituir outra designação de louvor 3Z58. &s nomes [:Cl, ?8 ou `rsa tam:m são usados. +ais amiOde referem-se a ele como, simplesmente, UPaiV 3 àbá8 ou U!ivindadeV 3`rNC, ou em sua forma reduzida, `NC8. nquanto a palavra [riNá traduz-se como divindade, comumente se refere, especificamente, Cs Udivindades :rancasV, distinguindo-se de outras deidades 3 &bọra, &bura, #mọl&8. *laramente [riNálá quem controla a divinação de dezesseis cawris, de 0alaGH, do mesmo modo que [runmila que o faz na divinação Ifá. /epetidamente rezam os versos U[riNá dizV quando anunciam a predição, e o consulente Uestava louvando os divinadores e os divinadores estavam louvando [riNá por seus divinadores terem falado a verdadeV ou, literalmente, Uque os divinadores tinham falado com :oas :ocasV. Isto significa que os divinadores estavam louvando [riNálá porque ele fez com que a divinação tenha sido acurada, de modo que a predição revelou-se verdadeira. &s versos identificam Aratumi 3A58, [NOn 3AS@8, re ou PEton 345S8, &ro 3*578 e ;emo ou ;emuo 3578, tam:m conhecida por +Htaw_de, como sendo as esposas de [riNálá, havendo 0alaGH acrescentando Adun, ou *aracol, e ;emHMá. !iz-se que seMam seus filhos Nu 3ZS8 e [mHniFinr_ 3?8. &s versos narram como [riNálá conseguiu o poder 3CN_8 de ter suas prediçRes não se realizam em um dia 3A5S, '?8 e como lhe foi dito para que usasse roupa :ranca 3578. ]uando [NOn se reOne a [riNálá em seu sacrário, dito a ela para traMar-se com tecido :ranco, com chapu :ranco, e calças compridas :rancas e que Ulas tem de estar limpasV 3AS68. ]uando a roupa de [riNálá enodoada com Bleo de palmeira e Bleo de caroço de palmeira, am:os ta:u para ele, e suMada por madeira preta, ;emo lhe dá roupas
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:rancas limpas para vestir 3578. &utros versos contam como ele começou a comer o guisado não temperado que lhe oferecido em sacrifEcio 3!58, e como ele fez do sal um ta:u para al:inos 3AT=8. /efer9ncias são feitas Cs suas contas :rancas 345=8, seu metal especial, o chum:o 3*@, *56, 578, e a seu tam:or ag:a 3558, e os sacrifEcios que ele instruEdo a fazer incluem tecidos :rancos, galinhas :rancas, pom:os :rancos e caracBis 345=, 578. m um verso 3AS8, [riNálá encontra *aracol co:rando pedágio no portão da cidade e [runmila e `gOn, de maneira semelhante, encontram seus animais sacrificiais favoritos, a *a:ra e o *ão. A maioria destes pontos confirmam crenças aceitas acerca de [riNálá, mas eu não consigo eDplicar a razão pela qual um sacrifEcio a ele deveria incluir uma galinha preta, um pom:o e uma ca:ra preta. 3P58. !iversas outras Udivindades :rancasV são citadas nos versos. [riNá &luHfin, Má mencionado como identificado com &lodumare, transporta o traMe :ranco do [riNá /owu, que toma o tEtulo do [riNá &loMo 3A=8. 0egundo 0alaGH, estas são tr9s divindades :rancas distintas e [riNá /owu o filho mais velho de [riNálá, mas Idowu 3567S) >@8 identifica [riNá /owu como &riNálá na cidade de &wu. m verso 35?8 prescreve um sacrifEcio para uma divindade :ranca não identificada. [riNá &giFan, que denominado UAquele que desfruta da honraV, golpeado com :astRes por sete al:inos em eMig:o, sua cidade, uma aparente alusão e flagelação, que praticada por seus devotos 35>8. este mesmo prescreve um sacrifEcio C colina &giFan e outros prescrevem sacrifEcios para uma colina 32= nota I, 2T8. *olinas figuras notavelmente em vários versos 3e. g., AS58, incluindo &sinnido, em I:adan 3T, @8 e &lumo, em A:eoGutá 3Z@8. Nu 3Fș)8 o divino mensageiro que entrega os sacrifEcios oferecidos em seu sacrário, de acordo com o que prescrevem os divinadores, a [lHrun. le tam:m o divino trapaceiro que não sB delicia em fazer arruaça mas tam:m serve a outras divindades ao pertur:ar os seres humanos que as ofenderam ou negligenciaram. le chamado de UNu não :omV 3 Fș) -dáraK ATT, *5@8, e tam:m conhecido por .l&gbá 3A=T8 e G)or#wà 3ZS8. 0ua cidade Iworo 3A=T8. Independentemente de qual divindade cultuada por cada indivEduo, todo mundo era para ele de modo a que ele não lhes cause pro:lema, e uma parte de qualquer sacrifEcio posta de lado, para ele. 0eu assentamento sagrado um :loco de laterita montado fora da casa e ao qual sacrifEcios são oferecidos ou uma tosca figura de
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:arro posta em encruzilhadas, C qual os passantes dão cawris ou pedacinhos de alimento. Nu a mais Movem e a mais esperta dentre todas as divindades criadas por [lHrun, conquanto 0alaGH novamente parta da crença comum ao atri:uir este ato a [riNálá. m um dos versos de 0alaGH 3ZS8, antes que [riNálá gerasse Nu ele foi advertido de que Nu Uvai querer superá-loU e Utomará seu mundo de voc9 se não prestar atençãoVK depois Nu talhava porretes e os usava para superar qualquer um so:re a terra, e Utudo que o Pai fazia, Nu faziaV. de novo foi [riNálá quem enviou Nu para viver nas encruzilhadas e fazer coleta de alguma coisa de qualquer um que passasseK e por isso Nu se tornou rico e Umaior que todos os seus maioresV 3A5?8. le preguiçoso 3ZS8 e não tem tra:alho para fazer 3A5?8. A afirmação que Uhomens indolentes vivem de sua sa:edoriaK somente os tolos não sa:em como administrar seus negBciosV 3A5?8 se refere a Nu. !o mesmo modo que nos versos de Ifá, Nu aparece aqui, primariamente, em seu papel de Udivino eDecutorV, o que impRe, quem pune aqueles que deiDam de fazer os sacrifEcios prescritos pelos divinadores e recompensa os que os fazem. 0ua notável imparcialidade neste papel 34ascom 5676) 5@-57, 55?8 e no de mensageiro das divindades são dificilmente compatEveis com sua identificação a 0atanás como o fazem tanto cristãos como muçulmanos. A:im:Hla 356>7) ?78 define-o como um policial, mas Nu não prende simplesmente as pessoas ou as traz perante um MulgamentoK ele, em pessoa, quem ministra Mustiça divina, quer recompensas, quer puniçRes. ampouco este papel coerente com sua identificação com o que se chamaria de Uo princEpio da am:igJidadeV 3'agg 5678ou Uum espErito de acaso e incertezaV 3lisofon e 'agg 56@?) 55T8. #ão eDiste nada mais infalEvel do que quando Nu assiste algum, porque essa pessoa ofereceu o sacrifEcio prescrito ou fez alguma outra coisa que lhe agradou, ou então quando algum deiDou de realizar o sacrifEcio, se recusa a o:edecer a outras instruçRes, ou ainda comete uma outra ofensa qualquer, Nu a punirá ou se alegrará com seu infortOnio. Por isso, um verso afirma que Nu estraga o tra:alho de um menino que se recusa a ficar em casa aprendendo Ifá, os ritos sacrificais e como apaziguar os deuses 3*5@8. `gOn rompe com um ta:u e depois mata o encarregado do pedágio da porta da cidade, e Nu o faz foragir-se na floresta 3AS8. ma mulher realizou sacrifEcio e tem filhosK mas escarnece dos divinadores e Nu faz com que as crianças Moguem frutas nela 3A@8. m com:atente chama Nu de ladrão e se recusa a fazer
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sacrifEcio, sendo então morto em :atalha 35=8. ]uando AGisa m_r_ desafia os deuses e se recusa a sacrificar carne seca, Nu eDclama) Ule não deveria comportarse assimV e AGinsa m_r_ se engasga sufocado com a carne enquanto Nu se reMu:ila 3I5>8. gungun e AgunfHn se recusam a sacrificar suas espadas e Nu diz) Ules não ofereceram sacrifEcioV. gungun decapita AgunfHn com sua espada e Nu se regoziMa 3#58. & tam:or ag:a leva um sova com a :aqueta que ele deiDou de sacrificar e Nu se deleita 3558. A árvore cola não completa seu sacrifEcio e Nu diz Cs pessoas para usarem seus filhos 3nozes de cola8 em seus rituais 3*5>, 58. ma erva daninha não completa seu sacrifEcio e Nu diz aos lavradores para capinarem com a enDada o que ela não ofereceu 3A=>8. m:ora não seMamos informados se ele sacrificou ou não, aparentemente o squilo não o:edece Cs instruçRes para não falarK camponeses matam então seus filhotes e de novo Nu se alegra 378. ]uando a Pom:a se recusa a sacrificar, Nu leva os campXnios a comer seus filhotes e [Fá a que:rar seus ovosK mas porque o pom:o realizou o sacrifEcio, Nu faz os homens a levá-lo para casa e o guardar como :ichinho de estimação 3A5@8. ]uando 'eiMão +anteiga reMeita sacrificar Nu faz os lavradores comerem seus feiMResK mas porque 'eiMão 0arnento oferece sacrifEcio, eles o a:andonam 3*5?8. ]uando uma planta rasteira se nega a sacrificar, faz lavradores a cortarem. &chra, que sacrifica, deiDada crescer 3Z78. ]uando anga e a *a:eça ]uente não querem sacrificar suas facas, Nu as faz se matarem com suas prBprias armasK mas ele dá a 0erenidade os tr9s cestos de contas que a mãe deles tinha enviado a seus tr9s filhos 31?8. ]uando eg:e não sacrifica, Nu devolve a vida aos animais que ele matou, e eles fogemK então eg:e realiza sacrifEcios e Nu o aMuda a conseguir um cavalo, seis tOnicas, seis servidores e seis esposas e tornar-se o herdeiro do rei 3I578. ]uando o chefe de ata faz o sacrifEcio mas sua mulher não o faz, Nu o salva mas deiDa sua mulher ser morta 3*5S8. #a realidade, nesses versos, Nu assiste aqueles que oferecem o sacrifEcio prescrito em muito mais eDemplos do que pune os que não o fazem ou se reMu:ila quando estes topam com infortOnios. & rei de Igede sacrifica uma faca e Nu a emprega para salva-lo quando ele tenta enforcar-se 3178. & chefe de IfHn e o chefe de Mig:o sacrificam e Nu os aMuda a encerrar a disputa que mant9m entre si 35?8. & chefe de Mu sacrifica e Nu o aMuda, :em como os seus parentes, a viverem vidas longas 35@8. 2ag:onpala e uma mulher velha sacrificam e Nu os auDilia a se casarem um com o outro 358. & 1omem *ego sacrifica e Nu o aMuda a a:ater
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pássaros e um antElope com espingarda quando outros fracassaram 3>8. /HMuforiti toma dinheiro emprestado para fazer o sacrifEcio e Nu o auDilia para que se torne rico 3A==8. Nu multiplica o sacrifEcio de +Hloun e a salva dos gungun 3Z5=8. le multiplica o sacrifEcio da mãe de &nkdere e salva seu filho da morte ao ha:ilita-lo para se tornar chefe de Idere 3'68. +acaco olo sacrifica e Nu o aMuda a escapar do 2eopardo 3'5=8. *rocodilo sacrifica cravos de ferro e cascas de cocos e Nu os transforma em seus dentes e escamas 3158. A mãe de Potto oferece um sacrifEcio e Nu o salva da morte 3*55, nota T8. +açarico sacrifica e Nu lhe consegue roupas, dinheiro e uma esposa 3*>8. Palmeira luMu sacrifica e Nu a aMuda a dar a luz aos seus re:entos 3A578. *olina oferece um sacrifEcio e Nu a auDilia a resistir aos ataques dos pássaros, dos ratos e dos homens 3AS58. A ca:eça sacrifica e Nu a defende quando ele toma os destinos 3A=@8. & !estino faz sacrifEcio e Nu convence [riNálá a perdoa-lo por haver sido insolente 3*568. Por tr9s vezes [runmila sacrifica e Nu o salva da morte 3I5?8, aMuda-o a ficar rico 35T8 e convence [NOn a lhe dar dinheiro e filhos 35@8. [runmila inicia Nu em Ifá e Nu lhe retri:ui aMudando-a a tornar-se rico 3A568. As liçRes dos versos são B:vias) agrade a Nu e não o ofendaK e Uoferecendo sacrifEcios o que aMuda a algumK não oferecendo, não aMuda a ningumV. [runmila 3-rúnmìlà8, de quem se diz derivaria a divinação com dezesseis cawris, freqJentemente mencionado nos versos. m:ora seMa evidente que Ifá 3Ifá8 tam:m um nome de [runmila, 3A5S, 5=, 5T, 5@, I5S8, nBs nos referimos a ele como [runmila, e a seu sistema de divinação como Ifá. 'ala-se amiOde de [runmila como um amanuense ou um escri:a porque ele UescreviaV Cs outras divindades e ensinou aos seus divinadores a UescreverV, ou seMa, a marcar as figuras Ifá em pB de madeira em seus ta:uleiros divinatBrios. tam:m definido como um homem instruEdo ou erudito em virtude da sa:edoria contida nos versos Ifá. Aqui ele denominado U0a:edoriaV 3*S8, U& pequeno que vive de sua sa:edoriaV 3A=T, 45T8, e UAquele que mas possante que medicinaV 3#S8. #os dito que) rande sa:edoria a chave para se conseguir grande sa:er. 0e não tivermos grande sa:edoria #ão poderemos aprender medicina potente,
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#ão conhecendo medicina :astante forte #ão curaremos doença grave #ão ganharemos grande fortuna, se não ganharmos muito dinheiro #ão poderemos fazer grandes coisas. 3478
'icamos sa:endo tam:m que U na po:reza que o menino aprende IfáK sB mais tarde que ele prosperaV 3*5T8. #Bs Má vimos que [runmila fisicamente d:il, e que sB se tornou divinador e her:anário porque nenhum outro tra:alho lhe era fácil. +esmo assim, um verso 35T8 diz que a luta corporal foi sua profissão e que a:ateu diversos reis at que Nu lhe ensinasse a perder. 0ua pele preta 3#S8 e sua cidade Ado 3A=T8. tam:m chamado UAquele que tem uma coroaV 3A68 e &luwara &Gun 3A=T8. &s versos porque uma ca:ra o principal animal sacrificial de [runmila 3I5S8. /eferem-se ao seu re:enque de ra:o de vaca, de divinador 3IT8 e mencionam o seu gongo3I5S, #S8 e dois de seus tam:ores, aran I5S8 e ogidan 3558. !ão conta da origem da tigela divinatBria 3 o$ón #gede8 dentro da qual são conservados seus dezesseis dend9s, e do :astão de ferro 3 o"), o")n8 que se encontra Munto ao seu sacrário e não pode tom:ar 368. les esclarecem a origem do arremesso do opel9 35T, nota T8 e, provavelmente, se refere ao modo como manipulado 35@, nota 58. !escrevem a maneira como as figuras Ifá são marcadas no ta:uleiro de divinação e contam como [runmila Muntou dend9s com quatro UolhosV cada um e as ervas com as quais são lavados a fim de prepara-los para o uso na divinação 3478. m verso 3A58, [runmila planta ervas eDclusivamente destinadas C medicina, mas enche seus depBsitos com milho, milho da guin, feiMRes e inhames cultivados por outras divindades. 0eu conhecimento acerca das propriedades das ervas superado pelo de [sánFin, o deus da medicina 3568, mas vence este num torneio de magia, tomando-lhe o gongo para si 3#S8. [runmila se casa com a filha do chefe de Iwo 31>8, PoFe 3I5S8, &du 345T8, r_ 3Z5S8, AMesuna 3AS?8 ou !inheiro, mere 3AS78 uma a:iGu, [NOn 3*S8 e Aina e [r_ 3A68, filhas de &lorun. le tam:m deflora tanto [NOn 3'58 quanto PoFe 3I5S8 e acusado de adultrio 3I5S, Z5S8K e rompe um ta:u de [NOn ao derramar cerveMa de milho-da-guin so:re ela 35@8. *omparece como principal personagem em muitos outros versos 3A?, A5S, A56, AS, *7, 55, 5=, I5, I5=, I5?, I568. [NOn 3Ọșun8 a deusa do rio [Nun, que nasce em Giti, no leste, e corre passando pela cidade de &Nog:o, onde se encontra localizada seu principal
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sacrário. #arram os versos que ela casou com [runmila 3*S8 e [riNálá 3AS@8, e informantes acrescentam que, em outros tempos, foi casada com `gOn, LCngB, LopHna e [sánFin, alm de tomar outros deuses como amantes. m uma de suas lendas, 0alaGH o:serva que U[NOn mais apreciadora de relaçRes seDuais que todas as outras mulheresV. m conseqJ9ncia de sua promiscuidade, os seus devotos a descrevem como uma rameira mas sentem orgulho das aventuras amorosas dela porque contri:uem para sua reputação de :eleza e por seu meticuloso cuidado com a apar9nciaK e tão famosa por dar C luz crianças quanto por ser :ela. 0eus devotos em [FH dizem que o tra:alho de [NOn provocar a concepção, criando os :e:9s dentro do Otero apBs relação seDual antes que [riNálá comece a modelá-los na forma humana. la tam:m usa água fria para curar fe:res 3+S8. [NOn denominada UPossuidora de (gua 'riaV 3AS@, AS6, +S8, U[NOn deu a mimV 3S8, U*onhecimento 3*S8, U#ossa +ãeV 3'T8, U+inha +ãe, &tolo fHnV 3AST, *T, S, 7, 6, 58 e ainda &ladeGoMu 35@8. m devoto de [NOn em IleNa interpretou 2adeGoMu como significado Uem muitas coroasV, se referindo a suas coroas de cawris, e &toro fHnV em Giti. 0eus devotos em &Nog:o dizem que ela natural de Igede 3'58, cidade situada a sete milhas a oeste de Ado Giti. m um verso 358, [NOn dá filhos C gente de [Nog:o, mas eles a ignoramK assim, ela faz com que seus filhos tenham fe:re e depois os cura quando o povo recomeça a sacrificar para ela. &s sacrifEcios a ela incluem alface selvagem, acará, _GH, nozes de cola e galinhas 35, 5@8. la toma cerveMa de milho :ranco, mas cerveMa de milho-de-guin ta:u. [runmila diz Ula não tem maiores ta:us que milho-de-guinV e quando ele verte cerveMa desse milho so:re ela, [NOn está sentada em seu trono em todo esplendor 35@8. #este verso 35@8, o consulente instruEdo a dar a [NOn seu ta:u e, em seguida, oferecer-lhe seus pratos favoritos. &utro verso 3*T8 conta como ela deiDou de :e:er cerveMa de milho-de-guin e tomou cerveMa de milho :ranco a fim de ter filhos. [NOn captura a *idade de +ulheres e traz as mulheres para [Mog:om_Gun, onde todas a veneram 368. 0eu metal latão 3S8, Uo primeiro nascido de [NunV 3*@8, e seus devotos usam :raceletes desse metal como suas insEgnias. LCngB 3Șàngó8 um !eus do raio. 1a:itando o cu, arroMa meteoritos para a terra, matando os que o ofendem ou ateando fogo a suas casas. 0ão machados pr-histBricos de pedra que lavradores por vezes encontram ao passarem as enDadas nos campos que cultivamK são levados aos sacerdotes de LCngB que os conservam em seu sacrário numa :andeMa apoiada num gral invertido, o qual
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tam:m serve de assento quando as ca:eças dos iniciados são raspadas 3cf. 4ascom 56>S) 78. As pedras nos sacrifEcios a LCngB 3AT7, S, 25, 2=8 podem ser uma alusão aos seus meteoritos e, em um verso 3'@8, LCngB mata um leopardo ao colocar so:re o animal um almofariz invertido. le tem um tipo especial de tam:or conhecido por :atak 3cf. 4ascom 56>S)5?8, e um verso 32?8 eDplica que 4ata, que havia sido amigo de LCngB desde a infncia, tornou-se seu su:stituto ou representanteK LCngB sacrificou um tam:or :ata e Usta a razão porque 4ata não pode largar LCngB hoMeV e porque as pessoas dão C divindade dinheiro, tOnicas e frangos. &s alimentos favoritos de LCngB incluem nozes de cola amarga e massa de inhames 3AT7, 258, mas nem carneiros inteiros nem cozido de ochra são mencionados. Afirma-se que LCngB sucedeu a seu pai, [ranmiFan, como um dos primitivos reis de [FH e vários versos dizem que ele se tornou rei 3AT?, 2>, 2?8. le foi notado por seus poderes mágicos e foi temido porque, quando falava, fogo saEa de sua :oca. m verso tem LCngB acendendo um fogo em sua :oca com itufuk 32=8, fi:ras empapadas de Bleo provenientes do pericarpo da palmeira oleaginosa, e que são empregadas na confecção de archotes e para atear fogo. m estado de possessão, diz-se que um devoto de LCngB pode engolir fogo, possivelmente usando itufu, transportar um pote com :rasas vivas so:re a ca:eça ou colocar sua mão em :rasas vivas sem dano parente. &utro verso 3*5>8 aconselha) U!everemos usar itufu para rece:er a aMuda de LCngBV. 0egundo uma lenda, foi uma derrota em um torneio de magia que levou LCngB a deiDar [FH e a dependurar-se 3ou enforcarsej8, conquanto quando relmpagos faEscam e trovRes ri:om:am seus devotos :radam U& rei não se enforcouV, uma saudação que aparece em um verso 3AT78. 'icamos sa:endo que sua cidade Zoso3A=T8, onde se diz que se enforcou, e que LCngB, !ada e gungun são meio-irmãos, filhos da mesma mãe, ;emHMá 31S, nota S8. +uitos nomes são dados a LCngB nos presentes versos, mas não o mais usual, aquele que U2uta com pedrasV 3 Ga!u'a8, referindo-se aos meteoritos que arremessa C terra. le chamado de U& que inverteu um gral e matou um leopardo em npe U 3'@8, U1omem louco de IMe:uV 3'@8, filho U!aquele que v9 S inimigos e os conquistaV3258, U'olhas me aMudamV 32=, 2?8 e Awalawulu 3'58, que relem:ra o som do trovão. +uitos nomes de LCngB não puderam ser traduzidos, inclusive 2aGiH 3A=T8, ag:a 3AT78, _miade 3AT?8, _la &Go 3S8, &lu:am:i 3'@, 2=, 2?8, _nrHla 3258, filho de &Mog:o 328, &romaMog:o 32=8 e AfHnMa 3AT?, 2>8, que tam:m o nome de AfHnMa de IlHrun, o qual se revoltou contra o rei de [FH.
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#os versos, somos informados de que, quando *rocodilo não conseguiu parir seus filhotes, LCngB soltou gritos e todos os seus filhos nasceram, e U por isto que o trovão estala antes de os filhos de *rocodilo saEremV 3278. LCngB Ua:riu a porta de água um poucoV e chuva caiu durante sete dias, provocando a :rotação de árvores desfolhadas, fazendo com que rios corressem de novo e que o povo de Ire prosperasse 3T8. le sacrificou e ningum mais pode levantar-se contra eleK tomou de um porrete na mão e derrotou os seus inimigos 3258. Afastou os antElopes africanos 31arte:eeste8 que estavam matando os filhos do povo de IMag:a e se tornou a divindade que toda a gente de IMag:a reverenciava 3AT78. [Fá 3Ọyá8 a esposa favorita de LCngB, a Onica mulher que lhe permaneceu fiel at o fim, deiDando [FH com ele e virando divindade com ele. la a deusa do rio #Eger, que chamado /io [Fá 3 (d* Ọyá8, mas ela se manifesta como sendo o forte vendaval que precede uma tempestade. ]uando LCngB quer lutar com relmpago ele envia sua mulher C frente para lutar com vento. la destelha casas, derru:a árvores e insufla os fogos ateados pelos meteoros de LCngB, fazendo deles um grande inc9ndio de altas chamas. ]uando [Fá chega, as pessoas sa:em que LCngB não está muito atrás, e diz-se que, sem ela, ele não consegue lutar. &s versos informam que [Fá a mulher de LCngB, Ua esposa que mais feroz que o maridoV31@8. 0ua cidade Ira 3A=T8, que se diz ser prBDima a [fa. #os versos, Zite apela para [Fá que prova um tal vento que lhe permite mergulhar na fumaça e retirar do fogo uma pedra 378, e Nu diz a [Fá para sacudir uma árvore 3com o vento8 e fazer tom:ar os ovos da Pom:a ao chão e assim que:ra-los 3A5@8. A mãe de Potto sacrifica para [Fá e [Nun, e ele salvo por um vento 3*55, nota T8. -nos relatado que Uchifre de 4Ofalo :om para ser liDado com camwoodkK nBs o esfregamos at ficar vermelho e o damos a [Fá3*58, uma refer9ncia aos chifres avermelhados que são colocados no sacrário de [Fá. 'icamos sa:endo que [Fá faz da carne de ovelha ta:u porque ela a comeu para ter filhos, e que ela tam:m chamada de Uaquela que trem filhosV 3 Ọlọmọ8 e U+ãe de #oveV 30yan"an, HYan"an8 porque ela teve nove filhos 3*=8. &utra das esposas de LCngB, [:á, tam:m deusa de rio com [NOn e [Fá, não mencionada nos versos, em:ora apareça em uma das lendas de 0alaGH. ;emHMá 3Yemọjá8 a !eusa do rio `gun3od* *gun8, Cs vezes definido como o rio ;emHMá 3 od* Yemọja8, que corre na direção sul, atravs do territBrio ;or<:á, e passa pelas cidades de [FH e A:_oGutá. m:ora 0alaGH a identificasse como a mulher de [riNálá, diz-se em geral que ela procede da cidade de 4ida, no territBrio
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#upe, tomando a direção da antiga [FH, onde se casou com o rei, [ramiFan, e com ele teve LCngB. +ais tarde largou do marido e casou-se com [G_r_, chefe de LaGi, cidade situada a cerca de setenta e cinco milhas a noroeste de [FH. m verso 315S8 narra a mais importante lenda a respeito de ;emHMá Q como ela e [G_r_ se prometeram respeitar os ta:us respectivos, mas quando ela penetrou no proi:ido aposento de flechas para tira-las da chuva, [G_r_ violou o ta:u dela escarnecendo de seus seios longos e caEdos, que chegavam ao chãoK então foi a vez dela romper o ta:u dele ao zom:ar de seus dentes protraEdos e fugiu, caiu ao solo e se transformou no rio `gun enquanto sua mais Movem companheira de concu:inato virou rio &fiGi, um afluente do `gun. m uma variante desta lenda, contada por devotos de ;emHMá, em Is_Fin, a deusa entrou num quarto proi:ido do palácio de [G_r_ em :usca de alimento para seu hBspede e ele violou o ta:u dela ao ridicularizar seus compridos seios :aloiçantesK ela replicou ao mofar de seus imensos testEculos, e tomou seus potes e se escafedeu. [G_r_ a perseguiu e a derru:ou, transformando-a em um rio que escorria de seus potes. [G_r_ se tornou a colina [G_re, a fim de :loquear o curso dela, mas LCngB veio em seu socorro e fendeu a colina com um raio de modo que o rio fluEsse atravs. ma terceira variante, contada por um divinador Ifá, em Igana, diz que ela e [G_r_ não respeitavam mutuamente seus ta:us conforme haviam com:inado. [G_r_ dizia que os seios de ;emHMá eram longos demais e ela replicava que os testEculos eram tão grandes quanto ca:aças. [G_r_ agarrou uma faca e ;emHMá escapuliu com seu pote, caEdo no chão e se transformou no rio `gun. ma quarta versão, apresentada por devotos de ;emHMá, em [FH, não indica porque eles se separaram mas diz que ;emHMá foi em:ora levando Cs costas seus :e:9s e seu pote dkágua so:re a ca:eça. [G_r_ a seguiu, mas ela pousou seu pote e o transformou em um rio que ele escorre. [G_r_ se fez uma colina no traMeto do curso dkágua, mas LCngB fulminou-a, rompendo um caminho para que o rio fluEsse atravs. ma versão final, relata por sacerdote de LCngB, em Zoso, conta apenas que ;emHMá querelava com [G_r_ e foi viver no rio, mas faz de [G_r_, ao invs de [ranmiFan, o pai de LCngB.
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& nome ;emHMá ha:itualmente interpretado como significando U+ãe de PeiDesV ou, mais literalmente, U+ãe de fi?lhos de peiDeV. 3 Y/yé ou Iyé ọmọ &ja8. tam:m conhecida por U(gua toma uma coroa, pela qual consentimos para casarU 31S8, filha Udaquela que comeu :rocas de palmeira e teve seiscentos filhosV 31S8, Atalamag:a 3h58, +HaNHg:Hg:Hg:aFo 3158 e [mHM_l_wu ou +HM_l_wu 315S8, nome tam:m dado por informantes de Is_Fin e Igana. la identificada como a mãe de LCngB, gungun e !ada 31S, nota S8. &gun 3-gún8 o deus do 'erro e patrono de todos aqueles que usam ferramentas desse metal. o patrono de caçadores e guerreiros e, por isso, um !eus !eus da uer uerra ra,, um pa padr droe oeir iroo de ferr ferrei eiro ros, s, de enta entalh lhad ador ores es de made madeir iraa e coureiros, de :ar:eiros, daqueles que realizam circuncisão e cicatrização e, em tempos recentes, dos que dirigem automBveis e locomotivas. 0em ele, as pessoas não poderiam ter cortados os seus ca:elos, não poderiam ser circuncidados e teriam marcas faciais, animais não poderiam ser caçados ou a:atidos, fazendas não poderiam ser limpas ou suas terras revolvidas, caminhos para fazendas :em como poços dkágua seriam tomados pelo mato, e ningum poderia ter acendido fogo sem pederneiras, as quais eram empregadas at que fBsforos foram importados. As outras divindades tam:m dependem de &gun, pois ele lhes a:re o caminho com sua marcheteK mas ele mais afamado como ferreiro e um grande com:atente. &gun o dono do ferro e de novas copas de palmeiras, que são empregadas para marcar seus sacráriosK frondes de palmeiras podem ser usadas em outros sacrários de outras divindades, mas pertencentes a &gun. 'icamos sa:edores por estes versos que 'erro o primog9nito de &gun, e porque enferruMa ou oDida enquanto 2atão ou *hum:o, não 3*@8, e que Ucopas novas de palmeira fazem o corpo de &gunV 34@8. le tam:m o dono dos cãesK os machos constituem um dos seus alimentos sacrificiais favoritos, sendo comidos por seus devotos. *ontrariando os conselhos de [runmila e [riNálá, &gun foi para o mercado U0uporta sofrimentoV, tomando um :ordão e uma espada. ncontrou o *ão recolhendo pedágio na porta da cidade e cortou fora a ca:eça dele. Assustado por Nu, &gun refugiou-se na floresta, onde suas roupas foram laceradas por urzes e espinhos. Assim, ele cortou frondes novas de palma e as vestiuK Uisto o que elas armam para &gun, e porque não dão sossego a &gunV 3AS8. A cidade de &gun Ire. ]uando o chefe de Ire desprezou &gun, divi divind ndad adee de seu seu pa pai,i, sua sua vida vida fico ficouu pert pertur ur:a :ada da,, ele ele foi foi info inform rmad adoo pelo peloss divinadores de que deveria sacrificar para &gun e deus dois amigos, LCngB e
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[riNá&Go, e deveria cantar, pedindo a &gun que retornasse para casa 3T8. 'icamos sa:endo que U&gun mata o credorV 3I558. le descrito como muito forte e muito preto, sendo definido como U&fun #egroV 34@8. 0eus outros nomes são tam:m &niMaole 3AS8 e i_l_ 34@8. [NHsi 3-ș:ș#8 um deus da *aça e, como &gun, um padroeiro dos caçadores. le foi um destes e deu todos os animais que a:ateu a [riNálá 3'>8. chamado U/efinamentoV e filho Udaquele que sem tra:alhar usa tOnica de contasVK quando os mem:ros de sua sociedade decidiram fazer novas tOnicas longas para o festival anual, [riNálá deu-lhe uma tOnica feita de contas e todos os outros prostraram-se diante dele 3'>8. há:ito esses gr9mios ;or<:á fazerem costumes id9n id9nti tico coss de modo modo que que seus seus mem: mem:ro ross po poss ssam am ser ser ra rapi pida dame ment ntee iden identi tifi fica cado doss quando saem MuntosK mas , segundo esse verso, fizeram tipos diversos de tOnicas. ma outra versão deste verso acrescenta que [riNálá tam:m lhe deu um gorro e calças, am:os de contas 3'>, nota T8. ma terceira versão registrada adiciona [NHsi era um arqueiro e caçava com flechas de latão e co:re presenteadas por [riNálá3'>, nota S8. nquanto uma espingarda um sEm:olo de &gun, o arco e a flecha são sEm:olos de [NHsi. m dos o:Metos guardados em seu sacrário um arco em miniatura, freqJentemente com uma flecha de ferro, forMado ao arco e C corda do mesmo metal. ]uando [runmila e [NOn vão visitar [riNálá, eles são rece:idos por [NHsi, que tenta evitar que entrem para v9-loK o verso acrescenta) Ual como IGud_fu atende C porta da casa do rei de [FH, assim [NHsi guarda a casa de [riNáláV 3*S8. IGud_fu um atendente 3 0lar#8 do rei de [FH, que fica sentado Munto C estrada do palácio para o:servar todos que chegam e se vão. ma terceira versão de outro verso 3'>8 repete essa assertiva, acrescentando que [NHsi o porta voz ou UlingJEsticaV 3g:dY g:Fo8 de [riNálá e que ningum poderia encontrar [riNálá se não fosse por intermdio de [NHsi 3*S, nota =8. sse interessante papel Mamais foi mencionado em minhas entrevistas com sacerdotes de [NHsi, tampouco o foi seu costume de contas ou a designação de UrefinadoV. [riNá&Go 3-rì"à (!o8 chamado de !eus da 'azenda, mas outro !eus da caça. A despeito de seu nome, não uma U!ivindade 4rancaVK tampouco o !eus da lavoura ou agricultura, como se diz comumente. oma seu nome em decorr9ncia do fato de viver na fazendaK pratica um pouco a agricultura mas :asicamente um caçador. caçador. U*açador de elefantes que mantm sua casa limpaV 3 Ọd& er#n a mulé mọ 8 um de seus ápodos de louvaçãoK a palavra caçador 3 ọd&8
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incorporada em nomes dados por seus devotosK e a ele se referem, em cançRes, como caçador. #os dois versos aonde figura com proemin9ncia, ele definido como um caçador 3A5T, *58. m um deles, foi-lhe dito para não ser avarento e dar um festim com o primeiro animal que a:atesseK assim procedeu ele e, desde então, quem quer que esteMa ansiando por filhos ou enfermo a ele se dirige, dele rece:endo água fria 3*58. 0ua cidade rCwb 3A=T, *58, a cerca de dez milhas ao sul de NaGi. ali que ele Uentrou terra adentroV e onde está localizado seu principal sacrário. & mais importante o:Meto deste o seu :astão. A porção inferior ferro e moldado como uma lmina, mas interpretado como a pernaK a parte intermediária de madeiraK e a eDtremidade, de ferro, tem uma forma fálica, sendo interpretada como a ca:eça. & formato fálico mencionado em outro verso 3A5T8. Pelo fato de haver sido impotente, dirigiu-se C fazenda para caçar e esculpiu um :astão com um p9nis, encostou-o contra a parede e o cultuou. ]uando chegou sua vez para suceder em cargo oficial, ele se recusou a voltar para casa. !isse que quem quer que quisesse filhos, que viesse e sacrificasse ao seu :astão, para o qual sacrificam at hoMe. !esde -r#"à l?(!ó l?(!ó8V, aquele que hoMe então foi denominado de U!eus um p9nis 3 -r#"à chamamos de U!eus da 'azendaV 3A5T8. &s versos não mencionam seu importante papel ao punir feiticeiras ou administrar infortOnios em seu sacrário em IrawH quando há uma acusação de :ruDaria. [sánFin 3Ọ"ányìn8 o !eus da +edicina. 1erdou as ervas e se tornou um her:alista ou doutor 3I6, nota 58, rival de [runmila. 0eu tra:alho o de curar pessoas com medicinas C :ase de folhas, pedOnculos, cascas e raEzesK diz-se que não consegue fazer uma medicina sem uma parte de alguma planta. ]uando se tornou peão ou serviçal contratado de [runmila, foi posto para limpar de ervas daninhas a fazenda de [runmila, mas encontrou uma folha par dinheiro, uma para esposas, uma para filhas, outra para dor de estXmago, outra ainda par dor de ca:eça Q todas as folhas eram OteisK não achou uma Onica daninha para capinar e [runmila cancelou a sua o:rigação 3I68. le seguiu para [FH e curou uma pessoa de dor de ca:eça, uma com dor de estXmago, outra cuMos ps doEam, uma mulher que não engravidava e outra que não conseguia parirK e o rei de [FH o fez rico 3I578. 0ua cidade, A:_, não citada nos versos, nem tampouco o fato de possuir apenas uma perna. chamado de U'olhasV 3#S8, 3#S8 , isto , ervas, UAquele UAquele que so:renaturalV 3#S8, e de Ang:eri 3I78, e a sua mulher denominada U'olhas me deramV 3I6, nota 58. &s sacrifEcios de [sánFin incluem uma galinha preta, um pom:o preto, um :ode preto
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e uma tOnica preta 3I7, I68. leo de caroço de palmeira o seu principal ta:u, assim como o para Nu. numa disputa com seu rival [runmila, [sCnFin ficou inteiramente composto apBs haver ficado enterrado durante =S dias, restando apenas as varetas, grampos, potes e cacos de ferro que usavaK [runmila so:reviveu, pegou o gongo de [sánFin e deu aos devotos deste um chocalho, parecido com o de LCngB 3cf. 4ascom 56>S) 78, para que o usassem em seu culto 3#S8. LHpHna 3Șọ$*náC o deus da varEola. *onquanto o seu culto tenha sido proi:ido pelo governo nigeriano em vista das acusaçRes segundo as quais seus sacerdotes disseminavam a varEola para o:ter a propriedade de suas vEtimas, os sacerdotes sustentam que seu papel o de curar a enfermidade e, caso fracassem, fazem um eDpiação para evitar uma recorr9ncia da molstia na famElia. le um aleiMado que usa muleta ou :engala 3 o$a ì'#l&8K isso não se acha indicado nos versos mas uma das lendas de 0alaGH eDplica como ele que:rou sua perna como AGere, o sapo 34ascom 5676) TT-T>8, com que [sánFin identificado por 0alaGH. As pessoas ha:itualmente evitam mencionar o nome LHpHna, chamando-o de U/ei do +undoV 3 Ọbalúaìyé 8 ou outro de seus muitos nomes de louvação, mas nos versos ele citado como LHpHna e em um verso como Udono da água quenteV 3+S8. Aprendemos que sua cidade gOn 3A=T8, uma refer9ncia ao !aom, re:atizado 4eninK e somos informados de que ULHpHna mata o inimigoV 3I558. Aparece incidentalmente em alguns outros versos 3A6, A5, A=S, 45T, 68, mas em maior papel apenas dois versos, associados a IGa, 5= cawris. Aqui ficamos sa:endo que ele sacrificou água quente e que quando ela imerge o filho de algum em água quente, a criança tem fe:re 3+S8. m outro verso 3+58, não deram a LHpHna a sua parte e assim ele sacrificou folhas, moscas e fogo e os divinadores fizeram uma medicina para ele. ntão ele sacudiu seu chocalho e a varEola apareceu nos corpos das pessoas envolvidas, que disseram que tão logo voc9 vir a varEola, voc9 terá de dar alguma coisa a LHpHna e lhe pedir para aMuda-lo. ste verso afirma que LHpHna cortava marcas faciais sem navalha, referindo-se C semelhança entre cicatrização e as marcas deiDadas pela varEola. gungun 3Egungun, Fgun8 uma divindade venerada por homens freqJentemente definidos como UmascaradosV, que estão ocultados em costumesfantasia. 1á quatro categorias de gungun, e nem todas incluem máscaras entalhadas como parte de seus traMes 34ascom 56764) ?6, 6=-6@8. & mais poderoso, protegido por muitos sortilgios, outrora eDecutava feiticeiras e fazedores de magias malficas. A categoria mais numerosa dança em pO:lico no
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festival gungun. ma terceira, que usa costumes em forma de saco e que se arrastam atrás, personifica um parente masculino recentemente falecido. A quarta classe, tam:m muito numerosa, mas apenas para diversão, entretm os espectadores com rápidas trocas de costumes e arremedando diversas pessoas e profissRes enquanto usam máscaras de madeira talhada. 0omente indivEduos do seDo masculino podem usar as fantasias. +ulheres podem cultuar gungun e o:servar os dançarinos mascarados, mas lhes proi:ido ver as fantasias quando não em uso e não se lhes pode contar quem as está usando. U0e uma mulher conhece o segredo, está proi:ida de contarV. m verso 3Z5=8 conta como uma mulher pegou um traMe de Alapini, o mais elevado na hierarquia dos mem:ros do culto dos gungun, para tira-lo da chuva e guarda-lo no aposento onde os costumes eram guardadosK Alapinni ameaçou mata-la mas Nu a salvou. anto o quarto-depBsito quanto o lugar onde ela deveria ser eDecutada são chamados de Ig:al_ 3Z5=, nota =8, nome do pequeno :osque sagrado de gungun onde sacrifEcios são oferecidos e :ruDas eram eDecutadas. citado em dois versos 3Z55, Z5S8. ]uando a deso:edi9ncia ignorou uma advert9ncia e se apossou de terra de lavoura no arvoredo sagrado, surgiu gungun e cantou) U*onhecias o ta:uK porque fizeste issojV ntão !eso:edi9ncia desistiu da lavoura e se tornou seguidor de gungun, transportando suas vestes 3Z558. [runmila ofereceu um sacrifEcio no pequeno :osque sagrado e depois casou com a mulher de gon 3Z5S8. Isto pode ser uma refer9ncia a gHn, o gungun eDecutor 3cf. A:raham 56@?) 5@8, mas do modo transcrito, os tons não são os mesmos. &s devotos de gungun em If_ disseram que AmaiFegun o nome do deus que ensinou o povo a fazer e a usar os costumes. #o verso de 0alaGH 3'58, U'orasteiro /esolutoV, identificado como gungun, que foi para Peri, curou pessoas e lhes deu filhos e depois lhes disse para fazerem um tecido e uma rede para ele. & tecido de roupa ou tOnica que serve como traMe e a rede atravs da qual os dançarinos podem enDergar são mencionadas em vários versos 35T, ZT, Z?, Z55, Z5=8, e nos relatado que U& gungun que nos aMuda aquele para quem adquirimos roupasV 3'578. gungun tem sido denominado de culto dos ancestrais, em:ora informantes divirMam em suas interpretaçRes dos dançarinos mascarados. Alguns deles dizem que eles são ancestrais mortos que retornam do cu, mas devotos de gungun em If_, [FH e Igana sustentaram que isso somente se aplica C terceira categoria com seus costumes com aspecto de mortalhas, conquanto a segunda
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classe poderá dançar durante funerais. m [FH, disseram que essa terceira categoria somente aparece em funerais de devotos de gungun e patriarcas de linhagens ou estirpes, e enquanto gungun são chamados de Ugente do cuV 3 ará *run8 isso nada mais significa que os devotos foram dedicados a gungun antes de seu nascimento e não que seMam ancestrais de retorno. 0omente tr9s versos 3IT, =, T8 sugerem alguma relação com culto ancestral) Ules 3le8 sacrificou para os gungun da casaK eles sacrificaram Cs divindades fora 3da casa8V. +as isso pode simplesmente significar que eDistiam devotos dos gungun na casa. 0omos informados de que quando gungun veio para a terra, ele ofereceu um sacrifEcio e Ugungun tornou-se mais poderoso que seres humanosV 35T8. !uas espcies de gungun recusam-se a sacrificar suas espadas e gungun l_ru degola AgunfHn 3#58. A cidade de gungun [M_ 3A=T8. le tam:m conhecido por AluGulaGaK ele vai para o g:a ;or<:á para divinar, eles o cultuam e ele gera A:uMa AGa 3ZT8. gungun, LCngB e !ada são filhos de ;emHMá 31S, nota S8. gungun mencionado incidentalmente em outros versos 3A6, A5, 46, 45T, '5>, 6, IS8 e aparece tam:m com seu rival, &ro. le e &ro estavam tra:alhando e vivendo Muntos, mas gungun gastava todo o dinheiro que ganhavam para comprar tecidos 3para seus costumes8K por isso que não vão para lugar algum Muntos, nunca mais, assim dando eDplicação para o provr:io U#ão vemos gungun num festival &ro U 3Z?8. & chefe de Mig:o, que identificado como gungun 3Z=, nota @8, morto por ordem de &ro. m:ora seMa, Cs vezes, negado por informantes, os versos deiDam claro que tanto gungun quanto &ro são divindades) eles vieram am:os para a terra com LHpHna e `gOn e, como eles, tornaram-se imortais 3A=S8. Am:os rece:em sacrifEcios 3Z>, Z558 e eles mesmos oferecem-nos 3A=S8. &ro 3(r*8 a divindade que cultuada com zunidores ou :erra-:ois. *omo gungun, os sacerdotes eram outrora chamados para apanhar e eDecutar feiticeiras e todos aqueles que faziam medicinas malignas. +ulheres estão eDcluEdas de seu culto e em algumas cidades, quando os zunidores soavam nessas ocasiRes ou no decurso dos festivais anuais de &ro, as mulheres eram o:rigadas a permanecer dentro de casa , atrás de portas e Manelas vedadas. #uma grande cidade Is_Fin, onde o culto a &ro particularmente forte, a visão dos mercados e das ruas vazias de mulheres inesquecEvel. 'icamos sa:endo que a cidade de &ro &lufHn 3A=T8, e que o chefe ur:ano de Is_Fin um descendente de &ro e está sepultado em ZHit_, o arvoredo sagrado de &ro 3Z>8. ntretanto, em 567, foram-se mostrados os tOmulos do
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As_Fin in Ile A:a ItHn, a casa de A:a, a ca:eça de &ro em Is_Fin. 0omos informados tam:m que a mãe do primeiro As_Fin ou chefe de Is_Fin era chamado relu, e que seu pai foi um chimpanz ou :a:uEno 3Z>8. Acredita-se, em geral, que &ro um homem, mas 0alaGH disse tratar-se de uma mulher, aparecendo como tal em dois de seus versos. m um, &ro uma mulher escrava que manifesta seu desdm ao marido, U&lufon, 4ahV e essa eDpressão identificada como o grito de &ro, significando o som de zunidores 3*578. #outro, o chefe de Mig:o, que identificado como gungun, surrado at a morte por ordem de sua noiva pretendida, UAlgo scassoV, identifica como &ro 3Z=8. ste verso acrescenta que U& mercado que ela freqJentava rapidamente quando ia para a casa de seu marido o mercado que ela está freqJentando hoMeV, uma refer9ncia C precipitação com que as mulheres a:andonam o mercado quando escutam o som dos zunidores. #umerosas outras divindades ;or<:á aparecem nos versos. `lbGOn, deus do +ar, dependendo da localidade, tem água puDada para ela por 2Erio3I=8 e ela se torna rei de todas as águas 3AT>8. A parceira de `lbGOn, [lHsa, deusa da 2aguna, não mencionada, em:ora &gun:iFi a cite e `lbGOn como as divindades associadas com a figura &fun 34. aje ou 8, pode ser [riNáláK mas o sacrifEcio de uma galinha preta, de um :ode preto e um pom:o tam:m preto, sugere que possa ser [sánFin. &Numare, o arco-Eris, e IroGo, uma árvore, não são divindades em [FH, e sim em +_GH e outras cidades ioru:anas do oeste em:ora apareçam nos versos de 0alaGH. Porque sua mãe não realizou um sacrifEcio, o Arco-Eris retorna ao cu no mesmo dia em que veio C terra, tal qual um a:iGu que morre logo depois que nasce 3'SS8. 0ão prescritos sacrifEcios a IroGo 3'57, 68 assim como C árvore de shea :utter 3Z>8, terminalia 3Z>8 e C !racena 3!78K e somos informados de que Use uma árvore me auDilia, posso ter nozes de Gola e sacrifEcio C árvoreV .
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APÊNDICE
A ta:ela seguinte lista os nomes das figuras da divinação com dezesseis cawris conforme dados por informantes ;or<:á nos cultos de &riNálá em [FH 34ala!ọ8, ;emHMá em Ilara, a oeste de A:eHGuta, prBDimo C fronteira do !aom, LCngB em +_GH, eDatamente a leste de Ilara, e em [FH, [Nun, em [FH e IfY, e Nu, em +_GH. ma oitava lista ;or<:á para o culto de LHpHna de &gun:iFi 356@S) 7@778. A ta:ela inclui tam:m os nomes registrados no !aom por +aupoil 356T=) S77-S7>8, no 4rasil por 4astide e "erger 356@=) =>>, repetido em 4astide 56@?) 5=8, de tr9s informantes em *u:a por mim mesmo, de seis manuscritos não editados C venda em loMas de U0anteriaV em *u:a e como registrado em *u:a por 2achatanere 356TS) ?@-??8, 'a:elo 356@7) =8, 1ing 356>5) @?, 7S-6T, 678, /ogers 356>=) 57, 75-55T8, *anet 356>=) ==-=T8, *a:rera 356>T) 5?T-5?@8, lizondo 3s. d.) 6, 57-758, 0uarez 3s. d.) =7-=>8 e AnXnimo 3s. d. T-@, S?-=@8. m traço, de certa forma curioso, o uso dos nomes, para as figuras UcasadasV, na divinação Ifá. #ão constitui surpresa que o nome mais elevado dentre as S@7 figuras de Ifá, Mi &g:9ou &g:9 +eMi, am:os significando Udois &g:9V, seMa o padrão para a figura A. #o entanto, tam:m encontramos Mi ou variantes em muitos dos nomes cu:anos para Irosun 3'55-S>8, em um nome ;or<:á par &gundá 31>8, em um nome ;or<:á para &di 378 e possivelmente em um nome cu:ano para [wHnrin 3Z578. Mi, UdoisV, tam:m aparece em todos os nomes para &Go 38, mas aqui refere-se ao nOmero de cawris com as a:erturas voltadas para cima, tal como ocorre em Udez &funV 3478, Utr9s &gundáV 3158 e UdozeV 32S8. #omes de figuras de Ifá, derivadas ou UmistasV, tam:m aparecem 3*7, !57, '7, S, 17, I7, Z7, &58. Por outro lado, os nomes são uniformes para as primeiras doze figuras, mas nota-se considerável confusão a partir daE. &lhando-se primeiro para as listas ;or<:á 35-?8 da #igria, &tura 3*?8ou &tuwa, &tua, foi identificado por 0alaGH como um nome alternativo para [sá. & maior nOmero de nomes diferentes foi dado pela devota de [NOn em If_, que empregava vários nomes para as figuras derivadas de Ifá, incluindo [sá wori 3*78 de [sá-IworE, &gundá womk[sá 3178 de &gundá-[sá, [:Crá :k&g:9 3I78 de [:Crá-&g:9, e o [wHnrin Nk&g:9 3Z78 de [wHnrin-&g:9. la especificamente identificava &g:9krosun 3'78, derivado de &g:9-Irosun, como um nome alternativo para Irosun. & [Garan-0ode 3!78 aparece
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como sendo uma alternativa para [Ganran segundo ela, :aseado no padrão de [wHnrin 0ode, que 0alaGH identificava como uma alternativa para [wHnrin 3Z8. Mi &nGo 3S, =, >8 uma pronOncia variante de Mi &Go fornecida por informantes de ou prBDimo a +_GH. &g:9N_ 3S, @, >, ?8 foi identificado como uma alternativas para [N_ por devotos de [NOn em [FH, uma derivado da figura Ifá &g:9-[N_ ou possivelmente uma a:reviatura de &g:9 s_gun 378, que quer dizer U&g:9 conquistaV. &g:9 FHnu 31S8, nome alternativo para a figura Ifá &g:9-&gundá, e &g:9 gun foram identificados por 0alaGH como nomes alternativos para &gundá. &gudá 31?8 uma variante de &diK em divinação Ifá, di, &di e Idi são sinXnimos. [wHrin 3Z>8 pronOncia variante de [wHnrin 3Z58. Mila 32S8, que quer dizer UdozeV com refer9ncia ao nOmero de cawris a:ertos para cima, uma a:reviatura de Mila L_:Hra 3258K Mil_wa IN_ :ura 3278, talvez sua forma por eDtenso, foi interpretada pelo informante de If_ como sendo U!oze, tra:alho ou &:ra das !ivindadesV. A maior parte das diferenças apresentadas pelos nomes dahomeanos, :rasileiros e cu:anos para as primeiras doze figuras devida a erros de ortografia, de pronOncia ou tipográficos, não sendo de maior significação. Por isso, o UshV do Ingl9s apresentado como UNV ;or<:á, UchV em *u:a , UDVno 4rasil e UcV por +aupoil par o !aom. m *u:a, o UMV ;or<:á 3e tam:m ingl9s8 escrito UllV ou UFV, conquanto pronunciado UMV pelos informantes cu:anos, UGV grafado ou como UGV ou como UcVK U:V tanto escrito U:V como UvVK e o UsV escrito ou UsV ou UzV. nos nomes cu:anos, eDiste um curioso desvio do UiV para o UoV 3'55, '5=,-S>8 e do UeV para o UoV 3A5=, A56, 5@, '5=, '5T, 'S=, 'S@, 'S>, 25T8. !o mesmo modo como pode suceder em ;or<:á, as vogais são elididas com freqJ9ncia. &s nomes dahomeanos seguem tam:m os padrRes comuns da inversão Ul-rV 3'6, I6, 268 e a supressão de vogais iniciais 3A6, 46, *6, 6, '6, 16, 6, 268. !estarte Mi &Go se torna 38 M 3i8 Q onGo 368, com &Go sendo pronunciado &nGo, como nos nomes das cidades ;or<:á situadas na proDimidade da fronteira 3S, =, >8. +aupoil tam:m dá 2oso 3'68 por Irosun e A:la 3I68 por [:Crá como os nomes dahomeanos para divinação Ifá. ele 3Z68 difere apenas ligeiramente do nome dahomeano para a figura Ifá [wHnrin, que +aupoil apresenta como enl_, ele e onlin.
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#o 4rasil, Mi &g:93A8 vira Mi &nile. m *u:a, Mi apresentado como Mi, Fi, lli , Fe, lle, &lle ou &MoK &g:9 se torna &nle, &m:e, &nde, nle. &fun 348 &fun no 4rasil e em *u:a, ou ocasionalmente fun em *u:aK &Mun +aMu e &fui são talvez erros tipográficos. &fun +afun usado alternativamente como &fun por /ogers 34S=8 e AnXnimo 34S?8. [sá 3*8 eDpresso simplesmente como &sa no 4rasil e em *u:a, tendo &ssa, Asa, &san e &sain como variantes cu:anas. [Ganran 3!8 &Garan no 4rasil e &Gana ou &cana em *u:a. +uitas fontes cu:anas empregam o nome alternativo 3!78, dando 0ode como 0ode, 0Hde, 0odde, 0ote, ite, 0orde ou 0ordo. &canrandi 3!578 parece ser derivado da figura Ifá [Ganran-&di e &Gan *hocho de *a:rera significa Uum sBV 3 ọ!an "ọ"ọ8, assim se referindo ao Onico cawri com a:ertura voltada para cima. &canani 3!5?8 talvez queira significar U [GanranV 3 Ọ!anran n#8. Mi &Go 38 usado corretamente eDceto para :ioGo 3S58, que parece ser um erro de impressão. Irosun 3'8 transcrito como &rosun no 4rasil e freqJentemente, em *u:a, onde tam:m grafado &rozun, &ruzun e &roso. &rosun foi tam:m dado como sendo o nome da figura Ifá Irosun por um informante ;or<:á de Ilara, e listado por 4eFioGu 356T) =T8 como sendo o nome ;or<:á para esta figura na divinação Ag:ig:a. A inversão Ul-rV eDplica o &losun cu:ano :em como as suas variantes, &lozun e &losuK a figura Ifá foi chamada de Ilosu por um informante ;or<:á de [FH e &losun por outro, em +_GH. em *u:a, o nome tam:m apresentado como Irosun, Iroso e IrozoK e Mi, Fi, e lli, significando UdoisV, comumente prefiDado ao nome. llonoso 3'5>8 pode ser um erro tipográfico de lloroso. *onforme apontado anteriormente, as diferenças entre [N_ 358, *_, 368, &De 358 e &che 355-S?8 são simplesmente ortográficas, eDceto no caso da supressão da vogal inicial em *_ 368. Para &gundá 318, o :rasileiro ta&gundá quer dizer Utr9s &gundáV, referindo-se aos tr9s cawris a:ertos para cima. m *u:a, o nome comumente dado como &gundá, conquanto seMa grafado tam:m &ggunda, &lgunda e &rgunda. [:Crá 3I8 mais freqJentemente dado como &:ara no 4rasil e *u:a, porm &::ara, &l:ara, &r:ara, &vara e &svara são variantes cu:anas. &di 38 ha:itualmente &di no 4rasil e em *u:a, com &ddi, &ldi, &rdi e &rdF como variantes cu:anas. [wHnrin 3Z8 o nome mais difEcil em termos fonticos e há considerável variação em matria de pronOncia aqui, do mesmo modo que eDiste para a figura
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Ifá deste nome 34ascom 5677)T5T8. 4astide registra &wanrin para o 4rasil e a maioria das fontes cu:anas dão &guani ou &Muani. &utras variantes cu:anas são &nMuani, &guane, &guoni, &g:ani, &wani, &whani e &nhwani. Algumas fontes cu:anas seguem a devota de [NOn de If_ 3Z78, acrescentando &ho:er 3ZS?8, que , presumivelmente, erro de impressão, *ho:er, *ho:e ou 0ogue em lugar de Lk&g:9. &guorin #eFi 3Z578 um nome desviado, mas possivelmente falha tipográfica para &guorin +eFi ou Udois [wHnrinV. Mila L_:Hra 328 dado como Mila 0e:ora no 4rasil e foi pronunciado Mila L_:ora por um informante cu:ano. m *u:a, Mila freqJentemente se torna Fila, llila ou &llillaK e L_:Hra vira *he:ora, *he 4ora, *he:ara ou *hevoa. *omo o devoto de ;emHMá de Ilara 32S8, fontes cu:anas simplificam amiOde o nome para Mila, UdozeV ou suas variantes. Por conseguinte, nas primeiras doze figuras, o Onico desvio significativo a adição de UdoisV a Irosun 3'8, &gundá 31>8, di ou &di 378, e talvez tam:m a [wHrin 3Z578. &Mun +aMun 34578, &fui 34568, :ioGo 3S58, llonoso 3'5>8, &guorin #eFi 3Z578 e &Muani &ho:er 3ZS?8 parecem ser erros tipográficos. 2oso 3'68, A:la 3568 e el_ 3Z68 correspondem aos nomes dahomeanos na divinação Ifá. Para as cinco figuras remanescentes, os nomes não revelam suficiente correspond9ncia para comparaçRes significativas. & Onico eDemplo que emerge como padrão aquele que simplesmente designar as figuras + a P pelo nOmero de cawris com as a:erturas voltadas para cima) +_tala reze, +erinla ]uatorze, +arunla 3o qual, em ;or<:á, teria de ser 3&dogun8 ]uinze e +_rindinlogun !ezesseis. +ais uma vez Má mEnimas variaçRes de ortografia, mas +etanla 3S=8 para quinze cawris , o:viamente, um erro. 0alaGH identificava Ag:a +_tala 3+=8 reze Anciãos como uma alternativa de nomenclatura para IGa, e Ag:a +_rinla 3#=8, *atorze Anciãos como um nome alternativo para &turupHn. Para &fun Zanran 358, ele deu [Ganran 'unfun, U[Ganran 4rancoV, e Iru Gun, U*auda do 2eopardoV como nomes alternativosK e para &pira 3]58, s_ Zan [la, UP oca /iquezaV, e [F_Gu, nome de uma figura Ifá que &gun:iFi dá para &turupHn 3#?8. le igualmente identificou IworE, que o devoto de Nu, em +_GH, disse ser o nome para IGa 3+>8, como uma designação alternativa para Mila L_:Hra 328. &s nomes para as Oltimas cinco figuras são tam:m notavelmente incompletos. +uitas fontes aca:am com Mila L_:Hra, doze cawris. A devota de ;emHMá, em Ilara, continuou para U*atorzeV 3#S8, mas afirmou que quando 5@, 57
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ou cawris aparecem, ela não os pode ler e então Moga de novo os cawris. & devoto de LCngB, em +_GH, parava no mesmo ponto, alegando que as tr9s outras figuras eram más e que, conquanto lhes conhecesse os nomes, não os diria. & devoto de LCngB, em [FH, parava no 5S porque, dizia ela, 5= para LHpHna, o !eus da "arEola. &s devotos de [Nun, em [FH, deram um nome para 5T cawris mas disseram que desconheciam os relativos a 5=, 5@, 57 ou . a devota de [Nun, em If, afirmou que não diria os nomes das quatro Oltimas figuras e o devoto de Nu, em +_GH, estancou em 5T, dizendo que as Oltimas tr9s eram más. !as S? fontes aqui listadas, apenas 0alaGH forneceu os nomes de todas as 5>. As divindades e outras entidades supra-humanas associadas Cs figuras da divinação de dezesseis cawris foram citadas por tr9s informantes ;or<:á, 0alaGH para o culto de [riNálá, e outros informantes de [FH para os cultos de LCngB e [Nun. 0ão fornecidas por &gun:iFi 356@S) 7>->68 para o culto de LHpona na #igria, por +aupoil 356T=) S77-S7>8 para o !aom, por 4astide 356@?) 5=8 para o 4rasil e por *a:rera 356>T) 5?T-5?@8 para *u:a. As outras fontes cu:anas ou não fornecem quaisquer associaçRes ou citam tantas divindades para cada uma das figuras que comparaçRes não fazem sentido. Porque essas associaçRes presumivelmente se :aseiam na freqJ9ncia com que as divindades são mencionadas nos versos para uma dada figura e porque versos diferentes foram, sem dOvida, aprendidos em cultos diferentes, de se esperar que as associaçRes irão variar de um culto para outroK mas eles oferecem algumas surpresas, particularmente para as figuras !, e . & quadro = indica primeiro as divindades mais freqJentemente mencionadas nos versos de 0alaGH e o nOmero de versos para cada figura em que aparecem, quer como aquela a quem o sacrifEcio deve ser oferecido, como uma personagem principal na narrativa, quer nos nomes dos divinadores, dados entre aspas na tradução, ha:itualmente prBDimo ao começo ou ao fim do verso. le omite refer9ncias C divinação Ifá e a [riNálá em seu papel na divinação, por eDemplo, U[riNálá dizV e U&s divinadores louvavam &riNaV. &lorun omitido por não ser mencionado em qualquer das sete listas) ele surge com maior freqJ9ncia 3= versos8 na figura 4. a fim de simplificar o quadro, Nu tam:m não incluEdo mas a sua contagem 55 versos em A, > em *, S em !, e em , T em ', = em , = em 1, = em I, @ em , T em Z e 5 em #. Nu aparece num total de T@ versos, quase como [riNálá, com T7K &runmila, com =7, o terceiro. 0eguindo a ta:ulação para os versos, aE vem os nomes fornecidos pelas fontes mencionadas no parágrafo
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acima. m:ora apresentados no quadro como [riNálá, informantes mencionaram efetivamente [:anla para 4S, [riNáfunfun 3!ivindades 4rancas8 para 4=, e [:alufHn para 'S. !uas outras Udivindades :rancasV, [riNá /owu e [riNá &luHfin não são equiparadas a [riNálá pelo fato de 0alaGH os haver considerado distintos. Algumas dessas associaçRes podem estar :aseadas nos nomes das figuras. Por isso &fun 348 sugere 3 :rancoV, a cor de [riNálá. [as 3*8 rima com [Fá, e [Ganran 3!8 rima com [ranFan de 0alaGH 3 Ọranmy#an8. Mi &Go 38,com dois cawris de a:ertura para cima, sugere g9meos. &gundá 318 sugere &gun e IGa 3+8 sugere UcrueldadeV 3iGa8 e,em conseqJ9ncia, talvez, LHpHna. ntretanto,o aparecimento nos versos das divindades designadas para os versos deveriam ser mais significativas. Para a figura A, com seus quarenta e nove versos, *a:eça 3 (r#8 ligada por LCngB e [Num 3= versos cada8 e ultrapassada por &gun 3@ versos8 e por Nu 355 versos8,assim como por [riNálá e [runmilaK[riNá /owu aparece em apenas um verso e *olina 3&Ge8 não mencionada. [runmila 36 versos8 talvez mereça segundo lugar para a figura A, conforme dado pelos devotos de [NOn e por *a:rera. Para a figura 4,&gun 3= versos8 classifica-se logo atrás de [riNálá3versos8 mas não foi citado como associado a eleK [NOn aparece em Onico verso e &duá, `lbGOn, [lHsa, &godo, e [Fá não são mencionados nos versos. Para a figura *, [Fá mais freqJentemente citada pelas fontes mas ela se situa a:aiDo de [NOn 3= versos8, :em como de [riNálá e &runmila 3T versos cada8. 'eiticeiras,[sánFin, AMaguna e AganMu não são citados Para a figura !, Nu aparece em dois versos, não muito atrás de [riNálá 3T versos8K mas ele mencionado mais freqJentemente nos versos para oito outras figuras 3A, *, ', , 1, I, , Z8K gOngOn não aparece nos versos para esta figura e [ranFan não citado em nenhum verso de 0alaGH. Para figura , g9meos são mencionados em tr9s das quatro listas ;or<:á, mas não o são nos versos, tampouco o `gOnK apenas LCngB 35 verso8 e Nu 3S versos8 aparecem. Para a figura ', LCngB surge em um verso, do mesmo modo de [runmila, [NHsi, 2apetiMi e A:iMu, mas todos se classificam a:aiDo de [NOn 3S versos8 e [riNálá e gOngOn 3= versos cada8K [Fá, `lbGOn e ;ewá não são citados.
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Diste completa concordncia com as fontes ;or<:á e cu:anas para a figura , conquanto &runmila 3T versos8 e [riNálá 3@ versos8 não esteMam muito a:aiDo de [NOn 37 versos8K ;emHMá aparece em apenas um verso. Para a figura 1, `gOn, acompanhado de LCngB e [Fá 35 verso cada8, classifica-se a:aiDo de ;emHMá 3= versos8. Para a figura I, leg:a 3Nu8, `gOn e LCngB 3= versos cada8 situam-se :em a:aiDo de Ọrunm#la 3> versos8K A:iGu sB aparece em um verso e Yalode , Ọyá e Ọșún não são citados. Para a figura ,
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QUADRO II NOME DAS DEZESSETE FIGURAS (ODU)
'0
A ? cawris
4 5 cawris
5. [riNálá, [Fo S. ;emHMá, Ilara =. LCngB, +_GH T. LCngB, [FH @. [Nun, [FH 7. [Nun, If_ >. Nu, +_GH ?. LHpHna, &gun:iFi 6. !aom) +aupoil 5. 4rasil) 4astide 55. *u:a) Informante A 5S. *u:a) Informante 4 5=. *u:a) Informante *
Mi &g:9 3S g:e8 Mi &g:9 Mi &g:9 Mi &g:9 Mi &g:9 &g:9 +eMi Mi &g:9 Mi&g:9 F&g:9 Mionile Mi &nle Mi &nle &Mo &nle
&fun &fun na &fun &fun &fun &fun +ewa 35 &.8 &fun &fun 'u &fu &fun fun &fun
* 6 cawris [sá [sá &sa [sá [sá [sákwon [sá &tura 0a [sá [sá [sá [sá
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5T. *u:a) +anuscrito llionle, 2leun:e A 5@. *u:a) +anuscrito 4 lliom:e, nllionle 57. *u:a) +anuscrito llionle * 5>. *u:a) +anuscrito llionle ! 5?. *u:a) +anuscrito llionle, &llionde 56. *u:a) +anuscrito ' &lleonle S.*u:a) 2achtaWere Fi &nde S5. *u:a) 'a:elo Feunle SS. *u:a) 1ing lleunle, Feunle S=. *u:a) /ogers lleunde, lleunle ST. *u:a) *anet llionle S@. *u:a) *a:rera Fionle, Feunle S7. *u:a) lizondo Fionle, llionle S>. *u:a) 0uarez lleunle S?. *u:a) AnXnimo Fionle, lleunle
! 35 cawri8 5. [Ganran S. [Ganran =. [Ganran T. [Ganran @. [Ganran 7. [Ganran 0ode >. [GHnrHn ?. [Ganran 6. -----5. [Ganran
&funmofun, fun
[sá, &ra
&fun
Asa, [sá
&fun +aMun, &fun [sá &fun
[sá
&fun &fui &fun &funfun &fun +afun &fun +afun, &fun
[sá, &ra &sain [sá [sá [sá [sá
&fun &fun &fun &fun +afun &fun, &fun +afun
[sá [sá &ssa, [sá [sá [sá
3S cawris8
' 3T cawris8
Mi &Go3S &Go8 Mi &nGo Mi &nGo Mi &Go Mi &Go Mi &Go Mi &nGo Mi &Go onGo MioGo
Irosun Irosun Irosun Irosun Irosun &g:9krosun, Irosun Irosun Irosun 2oso &rosun
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55. &Gana 0ode 5S. &Gana 0ordo 5=. &Gana 0Hde 5T. &cana 0orde 5@. &cana 0orde 57. &carandi 5>. &canasote 5?. &canazode, &canani 56. &canasode S. &Ganasorde S5. &cana-0odde SS. &cana-0orde, &cana S=. &Ganasodde, &cana 0orde, &Gana ST. &Gana S@. &Gana 0ode, &Gan *hocho S7. &Gana, &Ganasorde S>. &cana 0orde, &cana S?. &cana, &canasorde 3@ cawris8 5. [N_ S. &g:9Ne =. [N_ T. [N_ @. [N_, &g:9Ne 7. &g:9 L_gun >. &g:9Ne ?. &g:9Ne 6. *_ 5. &De
Mi &Go Mi &Go Mi &Go llioco llioco, &llioco llioco llioco llioco llioco Fi &Go :ioGo llioco, Fioco llioco
Mi &rosun 3S &rosun8 Mikrosun &Mo &rosun lliolosun, &lloroso lliorosun lliolosun llonoso lliolosun, lliolozun lliolosun Mi &losun Forosun llioroso, lliroso Iroso, &lloruzun, Irozo
llioco FioGo
lliorosun Fiolosun, &Foroso, Irosun Irosun, lliolosu, Iroso &llorozun Irozo
FioGo llioco FioGo, llioco
1 3= cawris8 &gundá &g:9 Fonu &gundá &gundá &gundá &gundá wonk[sá Mi &gundá, &g:9 FHnu &gundá, &gundá uda ta&gundá 3=
I 37 cawris8
3> cawris8
[:Crá [:Crá [:Crá [:Crá [:Crá [:Crá dk &g:9 [:Crá
&di &di &di &di &di Mi +eMi &di
[:Crá, [:Crá
&di !i &di
[:Crá
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55. &che 5S. &che 5=. &che 5T. &che 5@. &che 57. &che 5>. &che 5?. &che 56. ----S. &che S5. &che SS. &che S=. &che ST. &che S@. &che S7. &che S>. &che S?. &che Z 355 cawris8 5. [wHnrin S. [wHnrin =. [wHnrin T. [wHnrin @. [wHnrin 7. [wHnrin sk&g:9 >. [wHnrin ?. [wHnrin
&gundá8 &gundá &gundá &gundá &gundá, &lgunda &gundá &rgunda, &gundá &rgunda &rgunda &rgunda &rgunda &gundá &ggunda &rgunga, &gundá &gundá &gundá &ggunda, &rgunda, &gundá &gundá &gundá
[:Crá [:Crá [:Crá [:Crá, &l:ara [:Crá, &vara &svara, [:Crá
&di &di &di &di, &ldi &di &rdi, &di
&vara [:Crá, &r:ara [:Crá [:Crá [::ara [:Crá [::ara, [:Crá
&rdi &rdi &di &di &di &di &ddi, &di
[:Crá [:Crá [::ara, [:Crá
&di &di &ddi, &di, &rdF
[:Crá [:Crá
&di &di
2 35S cawris8 Mila L_:ora Mila 35S8 Mila L_:ora Mila L_:ora Mila L_:ora Mil_wa IN_ :ura Mila L_:ora Mila L_:ora
+ 35= cawris8 IGa +etala 35=8 Ag:a +_tala ------------+_tala IworE &du Pariwo
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6. el_ 5. &wanrin 55. &g:ani 5S. &nhwani 5=. &whani 5T. &guani 0ogue, &guani 5@. &guoni, &guani cho:e 57. &guorin #eFi, &guani 5>. &Muani 5?. &Muani, &guani 56. &guani S. &guani S5. &guani SS. &Muani-*ho:er, &Muani S=. &Muani cho:er, &Muani ST. &Muani S@. &Muani *ho:e S7. &wani, &guane S>. &Muani cho:er S?. &nMuani, &Muani *ho:er # 35T cawris8 5. &turupHn S. +_rinla 35T8 =. Ag:a +_rinla T. -----
ila-*e:ola Mila L_:ora Mila *he:ora Mila Mila L_:ora llila *hevora, &lli la 0e:ora llila *he:ara, llila *he:ora llila *he:ora, lli:a
2oso-lolo Mi olog:on -----+etanla 4a:a gudu ede -------
llilache:ora llila *hevora, llila *he:ora ------Fila *he 4ora Fila Fila-*he:ora, Fila
-------------
llilla *hevora
+etanla
llila *he:ora Fila *he:ora Fila, llilache:ora llila chevora Fila *he:ora, llila *he:ora
+etanla +etanla +etanla +etalas, +etanla +etala
& 35@ cawris8 &fun Zanran -------------
P 357 cawris8 IrYt9 -------------
-------------
-----+etanla ----+etanla, +etala
] 3 cari8 &pira -------------
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@. Ideg:e 7. ---->. [Gan 0ode ?. &F_Gu 6. &sanlu&g:9nMo 5. IGa 55. ----5S. ----5=. ----5T. ----5@. ----57. ----5>. ----5?. ----56. ----S. ----S5. ----SS. +_rinla S=. +_rinla ST. +_rinla S@. ----S7. +_rinla S>. +_rinla S?. +_rinla
------------Igara &lo-o:a g:o
------------AdaGete, AdaGete -----
---------------------
------------------------------------------------+edilogun, +eridiloggun +etanla +eidilogun +anula +edilogun --------+arunla +ediloggun +anula, +anola +eridilogun +anunla +eridilogun
-----------------------------------------------------
------------------------------------------------+anula, +arunla
-------------------------
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QUADRO III DIVINDADES ASSOCIADAS COM AS FIGURAS
'0 5. "ersos S. [riNálá) [FH =. LCngB) [FH T. [Nun) [FH @. LHpHna) &gun:iFi 7. !aom) +aupoil >. 4rasil) 4astide ?. *u:a) *a:rera
*368 56 "ersos 5. [riNálá T, [runmila T S. [Fá =. [Fá, 'eiticeiras T. [Fá @. [sánFin 7. AMaguna >. AganMu ?. [Fá
A3?8 T6 "ersos [riNálá 5T, [runmila 6 [riNá /owu [runmila [riNálá, [runmila &ri 3*a:eça8 &Ge 3*olina8 &Ge 3*olina8 &:atala 3[riNálá8, &runla ! 358 > "ersos [riNálá T [ranFan gOngOn Nu --------Du 3Nu8 llegua 3Nu8
' 3T8 SS "ersos 5. [riNálá=, gOngOn = S. [riNálá =. LCngB T. LCngB
3@8 "ersos [Nun [Nun [Nun [Nun
4 358 5T "ersos [riNálá T, &gun= [riNálá, &duá [riNálá [riNálá `lbGOn, [lHsa [:á g:o 3[riNálá8 &godo &:atala, &Fa, &chun 3[Nun8 3S8 > "ersos LCngB 5 I:eMi 39meos8 I:eMi 39meos8 I:eMi 39meos8 &gu 3&gun8 &gun &gun +uitas 3mas não g9meos8 1 3=8 "ersos ;emHMá = ;emHMá &gun &gun
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@. [Fá 7. *ago 3LCngB8 >. ango 3LCngB8 ?. `lbGOn, ;ewá I 378 "ersos 5. [runmila > S. [runmila =. [runmila T. A:iGu @. &gun 7. ;alode >. ;ansan 3[Fá8 ?. *hango, &chun, legua 2 35S8 ? "ersos
[Nun ;_maMa ;emanMa-&Dun &chun 3[Nun8 3>8 5? "ersos [riNálá? A:iGu A:iGu [runmila A:iGu 2_g:a 3Nu8 Du 3Nu8 ;emaMa + 35=8 S "ersos
5. LCngB 7
LHpHna S
S. LCngB =. LCngB T. LCngB @. LCngB 7. *ãngo 3LCngB8 >. ----?. *hango 3LCngB8
LHpHna LHpHna LHpHna LHpHna 0aGpata 3LHpHna8 &molu 3LHpHna8 4a:alu AFe 3LHpHna8
& 35@8 5 "erso 5. #ão identificado &gun =. -----
P 3578 5 "erso [riNálá5 &luHfin -----
;emHMá &gu 3&gun8 &gun &gun Z 3558 5= "ersos gungun @ gungun gungun gungun gungun 0aGpata 3LHpHna8 &molu 3LHpHna8 legua, gun 3gungun8, &chosi # 35T8 S "ersos gungun 5, [runmila 5, [sánFin 5 &GiriGiNi ----[riNá&Go ----[Numare 3Arco-Eris8 &Dunmare 3Arco-Eris8 ----] 38 5 "erso erra 5 &g:oni -----