N E T B O O K
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C A S T A
Foi inspirado no netbook da raça Ekimmu, escrito pelo Dr. H e pelo Ramalokion que decidi fazer um netbook sobre a casta de anjos Recípere, na minha opinião a melhor da Cidade de Prata. Ao escrever a história da casta pensei em conjeturar sobre alguns pontos da história angelical que não foram esclarecidos no Jyhad: Guerra Santa, como a origem das castas cristãs. Um ponto que considerei importante no netbook foi uma descrição melhorada das divisões dos Recípere, Armeiros, Magos, Burocratas e Big Brothers, devidamente acompanhadas de kits. O restante do netbook contém novos recursos de campanha com Recípere e no final eu coloquei o caminho de magia Anjos, que apesar de ser não-oficial, é algo que muitos jogadores gostariam de ter em mãos. Bem, faça uma boa leitura e colete muitas almas para usar de forma escusa!
A Deus. À minha mãe, pois mesmo não entendendo RPG e achando ser “coisa do demônio” sempre me ajudou em tudo na vida. A senhora é uma mãezona! Ao Marcelo Del Debbio, Norson Botrel, Shaftiel e todos os escritores da Daemon por terem criado o cenário tão rico que é o Mundo de Trevas. Ao Shaftiel, por ter criado vários poderes e a descrição dos Armeiros que estou utilizando aqui e por estar renovando o Mundo de Trevas com seus excelentes livros. Ao Satânico Dr. H, que redigiu o contrato para venda de almas. Devo dizer que ficou muito bem redigido, digno de um Mercador de Almas, hehehe... Ao Henrique Morcego, por ter escrito o conto introdutório do netbook, pois eu não estava conseguindo terminá-lo por causa deste bendito conto! Aos autores das imagens neste netbook, que contribuíram aqui com seu talento involuntariamente. Aos usuários do fórum da Daemon, em especial Henrique Morcego, Grigori Semjaza, Padre Judas, Lord Metatron e todos os outros que me ajudaram na elaboração deste netbook. Este netbook e suas atualizações estarão disponíveis para download gratuitamente no site da Editora Daemon ( www.daemon.com.br www.daemon.com.br ) ou no meu Multiply ( www.darkchet.multiply.com www.darkchet.multiply.com ) não podendo ser vendido ou comercializado. Dúvidas, comentários, sugestões, ameaças, cobranças e críticas me procurem no fórum da Daemon ou no e-mail
[email protected] Esta é uma obra de ficção. Instituições e grupos reais que sejam mencionados nesse netbook devem ser tratados como ficcionais. Isto é apenas um jogo. A Realidade é muito pior.
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O novato senta-se ao lado do ancião para mais uma das lições. Estas duras lições em enxergar a verdade sob o véu da Forma-Pensamento, que tanta confusão lhe causa, mas ainda assim o atrai. O ancião, Meliael, é muito res peitado entre os seus, e o novato sabe que é uma verdadeira honra tê-lo como mentor. Seus dias de aprendizado che gam ao fim, e o novato entende que logo assumirá uma missão para Meliael. - Pois diga-me, jovem, começa Meliael, conheces a estória terrena de Chapeuzinho Vermelho? - Claro que sim, senhor! É aquela em que a menina é enganada pelo Lobo Mau a percorrer um atalho falso enquanto o Lobo devorava sua avó que a esperava. O Lobo depois tenta enganar a menina, que só é salva quando o lenhador abre a barriga do Lobo! Lembro sim! - Eu imaginava... Meliael o observa com ternura. Preste muita atenção então em um evento no que ocorreu com os Anjos Cidade de Prata, algo muito semelhante à estória de Chapeuzinho Vermelho: Madripel era uma conhecida Recípere de séculos atrás, um psicopompo muito ativo que tinha como marca re gistrada seu manto vermelho que esvoaçava enquanto ela se movia. Esta Recípere atuava na região norte do antigo Sacro Império, na lendária Floresta Negra, onde ela tinha contato com os diversos espíritos da floresta, entre Fadas e criaturas ancestrais. Muito culta e influente, Madripel percorria os territórios destes seres sem problemas, oferecendo a salvação da fé em Demiurge a todos os humanos dispostos à redenção, nunca pela força, mas simplesmente com carinho e a misericórdia do Senhor. Todas as almas que Madripel recolhia da Floresta Negra eram levadas por ela a uma catedral muito antiga, erguida sobre solo sagrado dos primeiros homens da região. Esta catedral românica estava localizada em uma clareira evitada pelas outras criaturas, em sinal de respeito pelo comportamento de Madripel, e assim nenhum conflito ocorria. Dentro da catedral, uma pequena comunidade de monges dedicava-se à oração e à agricultura de subsistência, pouco se importando com o mundo exterior, sob a vontade de uma figura muito antiga que vivia na catedral. Uma Recípere de nome Voah, muito temida entre aqueles que conheceram sua atuação na Segunda Rebelião. Voah era também chamada de 'dama dos projetos e das métricas, uma das raras entidades da Cidade de Prata que teve ínfimo contato com os sábios matemáticos e físicos da antiga Grécia. Esta Recípere era especialista na criação de itens sagrados a partir das almas que Madripel coletava. As almas excedentes eram então transportadas por Voah em pessoa aos Burocratas da Cidade de Prata. Porém, Madripel foi informada por seus companheiros da floresta sobre uma macabra figura que chegara ao local, foragida das próprias caçadas da Cidade de Prata. Uma criatura de poder imenso e nenhum remorso. Atrás desta criatura vinha um grupo de Anjos caçadores que buscavam pistas suas, mas tal criatura não deixava nenhum sinal de sua existência ou mesmo de sua identidade. Madripel, entusiasmada com a oportunidade de auxiliar a Cidade de Prata com mais do que apenas coletar almas, buscou por pistas da criatura procurada, sem encontrar nenhum. Dias depois, entretanto, Madripel encontrou-se com um maravilhoso Anjo Recípere que examinava uma lagoa da Floresta Negra, com uma atenção impressionante. A Recípere do manto vermelho aproximou-se dele em busca de um contato amigável, sentindo toda aquela energia celestial que o envolvia. O belo Recípere desconhecido virou-se para Madripel e sorriu. Seu sorriso penetrante atraiu Madripel para mais perto do Recípere, e ela se apresentou. Madripel, a dama do capuz vermelho, agente direta de Voah, a suprema dama dos projetos e das métricas, disse, contente pelo contato com o Recípere. Ele, porém, apenas revelou seu nome e mostrou-lhe o que suas mãos retiraram da lagoa rasa. Ele chamava-se Araquiel, e suas mãos seguravam um punhado de moedas, sinal de que tal lagoa era considerada uma espécie de poço dos dese jos pelos antigos, e portanto possuía uma pequena reserva de Forma-Pensamento concentrada ali. Araquiel disselhe que conhecia os segredos da terra, e iria aprontar o terreno, mas Madripel deveria antes avisar aos seres da floresta para depois coletar a energia para Voah. Enquanto isso, Araquiel continuaria realizando sua missão. Madripel então decidiu voar rapidamente em direção às comunidades feéricas da Floresta Negra para avisar do poço dos desejos. Logo na primeira visita, Madripel é informada de que todos os seres sabem da existência de tal lagoa, e também sabem que era lá o esconderijo do monstro fugitivo da Cidade de Prata, uma criatura muito furtiva e dissimulada que devorava as ovelhas dos campos ao sul da Floresta Negra com a mesma selvageria de um lobo ensandecido. Percebendo o quão grave era seu erro, Madripel voou o mais rápido que conseguiu até a catedral de Voah, para avisá-la da ameaça. Chegando lá, a Recípere encontrou sua mestra sentava passivamente entre os monges, invisível, apenas observando-os trabalharem nas pequenas hortaliças. Madripel aproximou-se dela com rapidez, e per-
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guntou-lhe se alguma criatura estranha tinha chegado à catedral. Com um semblante calmo e sereno, Voah apenas olhou nos olhos de Madripel e respondeu que estava tudo bem. Madripel, desconfiada, voou para dentro da catedral, em direção ao altar onde as almas eram armazenadas e onde Voah forjava os poderosos itens que eram entregues à Cidade de Prata. Ao chegar, Madripel sente a energia celestial se esvaindo, resultado da ausência de sua mestra. Aquela lá fora era uma impostora, o Recípere Araquiel. Virando-se em direção à porta, Madripel encontra-se de frente com Araquiel, que a vislumbra curioso. Tanta coragem e determinação em um corpo tão frágil e recente. Uma simples criança que brincava no bosque de recolher o alimento da Cidade de Prata, o doce alimento em forma de almas, para sua mestra, uma anciã angelical. Ele, um predador de eras muito antigas, rechaçado por seus irmãos por simplesmente desejar a liberdade entre seu rebanho de mortais. Lentamente, Araquiel toca a testa de Madripel, e começa a absorver sua essência para dentro de si, desfazendo aos poucos o corpo da coletora de almas em minúscula poeira celestial. Enquanto se esvai, Madripel ouve os gritos desesperados de sua mestra Voah e de todas as almas que também estão presas dentro de Araquiel. Suas lembranças se entrelaçam, e Madripel então compreende o valor de sua alma num lugar chamado de Mercado de Almas, onde Araquiel pretende entrar. O Anjo de capuz vermelho sente o vazio da inexistência dentro de si surgir como uma bola de neve, devorando sua identidade cada vez mais rápido e com mais vontade. Quando mais nenhuma esperança havia para Madripel, ela sente a interrupção da reação espiritual que devorava seu corpo, e tem tempo apenas de enxergar vultos voadores feitos de luz dourada arremessando fachos de luz em Araquiel, até cair inconsciente. Seu despertar, assustado, é amenizado apenas quando Madripel se vê ao lado de Voah, sentada e conversando com os vultos, na verdade Anjos muito poderosos. Um deles, inclusive, portava um machado de combate muito belo, construído pela própria Voah séculos antes. A criação torna-se a salvação do criador, disse Voah antes de voltar à catedral. Madripel deixou sua atuação junto a Voah e tornou-se uma caçadora de demônios, inspirada por seus salvadores contra o antigo Grigori Araquiel, agora preso pela eternidade no Deserto de Dudael. - Gostei muito desta história, mestre! Comenta, contente, o novato. Mas quem passou a auxiliar Voah na Floresta Negra - Tenho muita satisfação que tenha gostado, minha criança, e lhe digo que, desde séculos, Voah atua sem um ajudante, um arauto do Senhor na Floresta Negra. Meliael retira de seu grosso manto um manto menor, mais delicado. Um manto vermelho. É chegada a hora de Voah receber um auxiliar, e eu indico a ti, Phyrexiel, como o Cavaleiro do Capuz Vermelho! - Tenho fé em suas palavras e o sigo em cada ordem! Phyrexiel responde, orgulhoso de si. Conhecendo minha futura mestra Voah, terei eu a oportunidade de conhecer os grandes Anjos que a salvaram contra os ataques ladinos de Araquiel. - Dois deles estão em missões muito importantes e em pontos muito longínquos, então acredito que seja muito difícil encontrá-los. Meliael explica com frustração, enquanto ergue um enorme machado duplo de energias flamejantes verdes. Porém, tu sempre poderás me visitar quando quiser. Meliael sorri com grande carinho para Phyrexiel e voa para o Solarium, enquanto o novo Cavaleiro do Capuz Vermelho encaminha-se para os portais do distrito de Luna, em direção à Floresta Negra.
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Como todas as castas cristãs da Cidade de Prata os Recípere tiveram sua origem após a Primeira Rebelião. Com a guerra muitos anjos pereceram ante as falanges de Lúcifer, criando um grande vazio na Cidade de Prata. Os anjos existentes até então eram nascidos da vontade divina, sendo criados pouco a pouco por Demiurgo segundo seu desejo, mas agora, com a morte de muitos anjos, notou-se que apenas a criação divina não seria suficiente para enfrentar um desafio da altura daquele da Primeira Rebelião, e ficou decidido que os próprios servos do Senhor se encarregariam de selecionar novos irmãos. E após a Primeira Rebelião passaram a existir vários grupos de anjos, cada um focado num objetivo: uns eram encarregados da organização política, outros da guerra e caça aos inimigos do céu, psicopompia, estudos míticos, forja de itens mágicos, organização de informação etc. As castas foram adquirindo forma aos poucos, mais sem ainda possuírem as denominações atuais e sem diferenças ideológicas marcantes. Aqueles que futuramente formariam as castas cristãs surgiram de anjos que seguiam ao Filho e acreditando que ele era o caminho mais próximo para chegar ao pai. Dentre estes os Recípere eram aqueles que exerciam as funções da casta atualmente: psicopompia, estudo místico, logística e organização das informações e forja de armas.
como justificativa os mesmos motivos já citados. Muitos Magos dizem que a razão da perseguição era na verdade a posição de desvantagem dos Nimbus em relação ao aprendizado dos caminhos de magia, no qual os Recípere já estavam bem mais avançados, por terem continuado o aprendizado com Samyaza, enquanto os Nimbus privilegiaram a política em detrimento do poder concedido pela magia. Seja qual for à verdade, os Recípere ganharam a batalha política com o apoio do próprio Samyaza e dos Corpore e continuaram com seus estudos arcanos. Por causa do apoio mútuo aos Corpore, os Recípere ganharam a confiança eterna da casta. Alias, parece ser por causa do apoio à causa dos Magos que os Recípere sempre encaminham mais almas para esta casta. Entretanto, esta batalha política entre os Nimbus e Recípere ficou restrita ao passado, pois com o tempo os Nimbus se aproximaram dos Recípere por notarem seu poder na lida com as almas e a magia. A aliança entre as duas castas somente cresceu com o tempo.
Antes que as relações da cidade de Prata com outros panteões paradisianos não houvessem sido estremecidas por causa do orgulho e da paranóia dos anjos, as várias cidades compartilhavam conhecimentos, enviando diplomatas para a troca de rituais e fórmulas e a Cidade de Prata fazia o mesmo. Um pequeno grupo de anjos aprendeu a arte da forja de armas e outros itens com Hefesto, o deus artífice de Olympus. Os anjos melhoraram sua técnica como artífices e aprenderam como infundir habilidades mágicas nos objetos. Certo dia, um dos anjos aprendizes, Lutiah, descobriu que o deus-ferreiro conseguia forjar almas dentro dos objetos que criava, concedendo aos objetos poderes mágicos maiores e mais duradouros. Ao notar que estava sendo espionado, o deus imediatamente expulsou Lutiah e seus companheiros, que voltaram à Cidade de Prata, onde desenvolveram a técnica da forja de almas, e até mesmo aprimorando-a. Os Armeiros, no entanto, sempre se vangloriavam da superioridade de suas armas em relação as produzidas por Hefesto, atirando certo sarcasmos contra deus, dizendo que assim como o deus-ferreiro era imperfeito suas criações eram imperfeitas também. O deus, sempre orgulhoso de sua habilidade tida como incomparável na forja resolveu mostrar aos anjos como se faz uma arma. Com o ferro extraído das montanhas circundantes de Olympus, forjou uma espada, e a enviou de presente a Miguel, o prín-
Um grupo de Recípere dedicava-se ao estudo de conhecimentos ocultos, estudando outras formas de realizar feitos que manipulassem diretamente a realidade. Até a descoberta de Yggdrasill estes estudos eram apenas teorias, mas com a descoberta da Árvore da Vida, passaram a estudar as Formas e Caminhos desenvolvidos por Hermes e Samyaza através dos Sephirot. As teorias passaram a fórmulas místicas reais, permitindo a realização de rituais, e então esses Recípere se tornaram discípulos do próprio Samyaza e deram origem à sub-casta dos Magos. Desde o começo estes magos ficaram com o estigma de praticarem a arte da magia, considerada inferior por muitos anjos e vista muitas vezes como uma deturpação na criação de Demiurgo. Dentre os maiores opositores da prática da magia pelos anjos estavam os primeiros que mais tarde seriam os Nimbus, os anjos mais inescrupulosos e sedentos de poder de todas as castas. Apesar do nicho de poder dos seguidores de Christos ainda ser mínimo, os Nimbus já possuíam alguma influência e faziam de tudo para impedir o uso da magia na Cidade de Prata, usando
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cipe dos Arcanjos. Lutiah também forjou uma espada e apresentou ao Príncipe de Guerra, no que este resolveu testar o poder de ambas, uma contra a outra. Quando a espada de Hefesto encontrou a espada de Lutiah, e arma forjada pelo Armeiro se espatifou em mil pedaços. Isso humilhou profundamente e enraiveceu a Lutiah, que prometeu um dia criar uma arma tão formidável que poderia concorrer com a própria espada dos Mil Sóis. Quanto a espada de Hefesto, Miguel a entregou a um de seus generais da Orbis Dei.
para que fosse mais fácil vigiar o que os anjos estavam fazendo. Os Recípere poderiam ter assumido a liderança dos anjos, por possuírem grande conhecimento, tanto mundano quanto místico, mas os Nimbus mostraram ser mais hábeis no campo da política e ainda a havia a mácula de Samyaza, que feria a moral dos Recípere ante o Conselho. Os Recípere haviam conseguido colocar vários dos seus em posições de controle e influência dentro da Cidade de Prata, mesmo que os elohim ainda fossem maioria. A importância dos Recípere entre os anjos só cresceu com os séculos, o que acabou fazendo com que desde após a Primeira Rebelião os Nimbus tentassem neutralizar a influência de seus irmãos entre os anjos. Além do mais os Recípere já eram encarregados de muitas funções, e o conselho decidiu que os Nimbus se tornariam os líderes dos anjos, comandando quase todos os aspectos da Cidade de Prata. Sendo assim ficou decidido que os Recípere ficariam responsáveis pela seleção de almas a serem recrutadas como anjos, no que seriam fiscalizados pelos Nimbus; no estudo da Magia e na organização e segurança e das informações dos campos de batalha e da forja de itens mágicos.
Em tempos ancestrais, antes que o judaísmo fosse instituído, os anjos pouco visitavam a Terra, sendo enviados apenas em missões específicas. Mas Demiurgo queria que os homens fossem vigiados, e para isso criou uma casta de anjos, que foram nomeados como Grigori, que significa Vigilantes. A tarefa dos Grigori era vigiar e auxiliar a humanidade quando necessário e preparar os primeiros patriarcas para o estabelecimento futuro da religião de Demiurgo na Terra. Eles ensinaram as leis de Deus a todos os descendentes de Adão, de Set a Noé, para que preservassem a fidelidade ao Deus único. Mas diz o livro de Enoch que os Grigori se encantaram pelas belas filhas dos homens, desceram no monte Aradis e tomaram-nas como esposas e tiveram filhos com elas, os Nephalins e os Gigantes chamados Gibborim, quebrando a lei de Jeová que proibia os anjos a praticar o sexo. Os Gibborim (descritos no netbook Gigantes) se espalharam pela Terra, provocando guerras e destruição, e quando os maiores celestiais da Cidade de Prata viram o clamor dos homens, decidiram intervir contra os gigantes e capturar os anjos, que foram punidos (conforme está descrito em Trevas). Demiurgo cobriu então a Terra com o Dilúvio, matando os Gibborim e milhões de pessoas que viviam na região onde caiu a lendária chuva. O fato de Samyaza, um Recípere, ter liderado os rebeldes diminuiu o prestígio da casta na Cidade de Prata, fornecendo aos Nimbus mais um pretexto para diminuir os poderes da casta através de manobras políticas junto ao conselho. É a partir desse momento que os Nimbus iniciam suas manipulações para tomar o controle das decisões na Cidade de Prata. A Segunda Rebelião resultou numa decisão do Conselho em enrijecer a estrutura social do Paraíso. As divisões das castas de anjos evoluiu pelos séculos, mas ainda não estava formalmente definida até o fim do V milênio a.C., alguns séculos antes da Segunda Rebelião. Foi decidido que os anjos se dividiriam em castas de acordo com a divisão funcional que já possuíam, e que cada casta teria uma tarefa específica,
Todos os dias grandes quantidades de almas chegam ao mundo espiritual, para fazerem arte do processo de reencarnação coordenado por entidades conhecidas como Engenheiros da Reencarnação, que estão acima dos poderes e da compreensão da maioria dos seres de Paradísia ou Arkanun. Desde quando as primeiras criaturas de Paradísia e Arkanun se tornaram deuses dos mortais, as almas foram exploradas como se fossem mercadorias, sendo capturadas e negociadas pelos servos dos deuses para os mais diversos objetivos (para saber mais sobre o que se faz com uma alma consulte o livro Spiritum). Também outras criaturas participavam desse escambo, como vampiros e outros espíritos poderosos. Eles eram chamados de mercadores de almas. A captura de almas só era possível caso a alma acreditasse que a criatura que a levaria era seu deus ou um servo dele. Caso contrário, apenas seria possível escravizar a alma negociando-se com ela, ou prendendo-a através de poderosos feitiços, coisa só possível aos mais poderosos magos. Esse processo de contínua e desenfreada exploração de almas levou no 1000 a.c. à uma falta generalizada de almas, provocada em parte pela exploração desenfreada e em parte acredita-se que aos próprios Engenheiros da Reencarnação. A grande crise não afetou os Recípere da maneira como se pode pensar. Seria de se esperar que sendo os Recípere recrutadores de almas, a crise ti-
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vesse abalado a casta, como também a todas as outras, devido à escassez de almas que seguissem ao Filho. De fato isso aconteceu, mas a escassez de almas afetou bom mais os elohim, já que os anjos raramente conseguiam recrutar uma alma terrestre para seguir sua fé, já que não existiam cristãos na Terra nessa época. No lugar disso a crise forneceu aos anjos uma oportunidade de começar a virar a balança da fé na Cidade de Prata a seu favor. O menor ritmo de crescimento dos Elohim e o desgaste das falanges no combate aos deuses pagãos de outras cidades abriu o caminho para os anjos iniciarem seus planos de dominar a Cidade de Prata.
comerciais de almas a simples ruínas em seus bolsões planares. Plutão então percebeu a movimentação dos exércitos angelicais, que se aproveitaram para dominar os espólios resultantes, e assim suprimirem os rituais psicopompos do panteão greco-romano. As novas almas seriam encaminhadas diretamente para a Cidade de Prata ou para o Inferno, e não mais para Olympus. Bhaalzebub, então, ofereceu aliança a Plutão, incorporando o Hades ao território infernal. Plutão torna-se um poderoso Mercador de Almas.
Um exército de Fantasmas ataca a Torre de Kaelthorpe e causa o desaparecimento de diversos artefatos espirituais, incluindo vários itens adquiridos de contatos com Loas e Viajantes Astrais. Com esta situação caótica, os Mercadores de Almas começam a utilizar forças paramilitares de perseguição a almas condenadas e de defesa aos Mercados de Almas. Durante décadas, os Mercenários Astrais caçaram e destruíram principalmente almas pagãs livres e atéias, uma vez que estas raramente se tornavam produto do Mercado de Almas.
A Grande Crise de 1000 a.C. não foi a única nem a última que os Mercadores de Almas enfrentaram. No decorrer da história da orbe de Satânia, vários momentos críticos para os humanos tiveram conseqüências em Spiritum causando momentos de maior ou menos afetação no Mercado.
Uma grande crise de almas ocorreu em Spiritum em 476 d.C., e é considerada a maior crise de almas já ocorrida por alguns historiadores do Mercado de Almas. Esta crise foi resultado da queda da civilização romana, ápice do pensamento e razão humana no mundo ocidental. O rápido declínio de Roma fez com que a escuridão e a morte ressoassem nas regiões profundas de Spiritum, criando mais Espectros e Aparições que o normal. Levados a atuar pelas forças desconhecidas que mobilizam estes espíritos, os Espectros percorreram diversas regiões de Spiritum e possuíram os corpos dos bárbaros europeus enquanto eles atacavam Roma, e quando estes bárbaros caíam, suas almas eram incorporadas às Aparições e Espectros que saqueavam os pontos onde funcionava o Mercado de Almas. Foram grandes combates entre os Mercadores de Almas e seus servos contra as hordas ensandecidas de Espectros e Aparições. A Guerra ocorreu principalmente no maior ponto do Mercado de Almas da época, o Bolsão de Saraphmael. Os mais poderosos Mercadores de Almas combateram os invasores. Plutão e os psicopompos da Cidade de Prata buscavam evitar que os processos de transmigração da alma se complicassem enquanto a guerra ocorria em Spiritum e cada vez mais pessoas morriam em Roma, mas chegou um momento em que a crise tornou-se inevitável. A grande crise de almas representou uma destruição massiva de almas, Aparições, Espectros e Mercadores de Almas, reduzindo diversos pontos
Grandes Obscuri Recípere iniciam uma batalha entre si pela liderança do Mercado de Almas, ameaçando o poder de Kaelthorpe e Plutão. Plutão então convoca novamente os Mercenários Astrais, desta vez para acabarem com a guerra civil e destruir ou banir muitos Obscuri Recíperes. Surge então uma espécie de “sociedade mercantil” entre os grandes Mercadores da época (entre eles, Plutão, Saraphmael, Kaelthorpe, Imperador Chin, Hel, Nergal e Anúbis), que estabeleceriam um código de conduta no comércio de almas de modo a evitar futuras disputas.
Outra grande reviravolta no Mercado de Almas ocorreu com a devastação das populações nativas da América durante a conquista espanhola, e foi muito influenciada pelos eventos da Era da Razão e do Édito Fantasmal. Com o aumento absurdo de Fantasmas e a criação dos Mercenários Astrais, novas almas foram necessárias, mas havia já o início da catequização dos sobreviventes, que seriam levados à Cidade de Prata. Quando o imenso fluxo de almas chegou a Spiritum, os grandes Mercadores de Almas do Édito Fantasmal tiveram de lidar com um novo forte concorrente: Mictlantecuhtli, o senhor dos mortos. A aliança deste deus asteca com os Magos Corrosivos auxiliou no extermínio dos nativos americanos, cujas almas dos mortos pelas doenças se encaminhavam
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diretamente à construção da Fortaleza de Ossos, em Ark-a-nun. Mais uma crise de almas surgia. Muitos Vales Espirituais começaram a ser alvos das visitas dos Mercadores de Almas, que buscavam criaturas desesperadas, que aceitariam realizar Pactos com estes grandes mestres espirituais. As regras para a liberdade dos Fantasmas, Aparições e Espectros começaram a ser revistas pelos Mercadores de Almas, de modo a quebrar certas autonomias e permitir que algumas destas almas pudessem ser capturadas como “bens sem dono”. Os Forjadores de Itens Mágicos também foram muito procurados, pois poderiam reverter diversos itens mágicos em almas e vendê-las aos Mercadores de Almas.
No auge da Primeira Guerra, o acúmulo de almas de mortos nos campos de guerra que era possível encontrar Corpore, Recípere, Valquírias e uma infinidade de outros seres interessados em cada alma que se desprendia do corpo, e mesmo as que ainda habitavam um invólucro humano. Sabe-se do surgimento de uma Fortaleza Trevosa habitada unicamente por Espectros, que passou a integrar os pontos comerciais do Mercado de Almas. A Rainha Cocaine já adquirira projeção suficiente para ser considerada um membro dos Mercadores de Almas do Édito Fantasmal, e tornou-se temida pelos outros, que viram a facilidade com que ela condenava as almas dos vivos a uma pós-vida servindo a esta Dama Branca. Outro poderoso Mercador de Almas foi a Rainha de Marfim, uma força corruptora do continente africano. Esta arkanita arrebanhou as almas das centenas de indianos que viajaram à África durante a Guerra. Porém, os indianos tinham uma tendência incômoda a ela: além de difíceis de se corromper, ainda tornavam-se Aparições e assombravam todo o caminho de volta ao continente asiático. A Cidade de Prata atuou intensamente na África com serviços de exorcismo e catequização.
Por motivos ainda obscuros, Plutão retira-se para seu palácio no Inferno e deixa de participar do Mercado de Almas. Alguns dizem que Bhaalzebub o chamou para planos mais nefastos; outros acreditam que a Cidade de Prata decidira acabar de vez com o paganismo europeu.
Até o século II A.C. os anjos seguidores de Christos eram um grupo pequeno e raramente conseguiam recrutar um anjo a partir de uma alma; ao invés disso, eles se concentravam em converter os anjos judeus para seguir a sua fé por meio de pregações. Por vários séculos os chefes elohim toleraram este tipo de atitude, pois acreditavam que era apenas mais uma vertente ideológica que esperava pelo retorno do filho de Demiurgo para anunciar seu Reino na Terra. Quando finalmente Christos veio à Terra e começou a pregar que seu reino não era deste mundo, e que ele não lideraria os judeus contra os romanos, os chefes Elohim decidiram que aquele simplesmente não poderia ser o filho de Demiurgo. Para eles o Messias deveria liderar o povo escolhido contra os romanos, para que os libertassem da opressão pela qual passavam a incontáveis anos. Uma conspiração de judeus na Terra e no Céu levou Christos a crucificação e à morte. A partir daí a situação ficou complicada na Cidade de Prata, com conflitos entre os anjos seguidores de Christos e os elohim, quase resultando numa guerra civil. Com a vitória final do cristianismo na terra sobre os deuses pagãos no século IV em Roma, a balança da fé pendeu definitiva-
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mente para o lado dos anjos cristãos, que estenderam sua influência por todo a cidade, a começar pelo Conselho, que foi preenchido em peso pelos seguidores do Filho, em especial aqueles que o tinham seguido na Terra, conhecidos como Apóstolos. Desse ponto em diante os anjos cristãos cresceram rapidamente em número, com os fiéis que morriam na Terra abastecendo as fileiras das falanges angelicais. E os Recípere foram os grandes responsáveis por esse crescimento, já que eram eles que selecionavam as almas mais fiéis e habilidosas para habitar o Paraíso. De fato, deve ser dito que nos primeiros tempos eram os próprios burocratas que buscavam as almas em Spiritum, mas com o crescimento da população na Terra eles precisaram descentralizar tal processo para os Anjos da Morte. Antes encarregados apenas de assistir a morte dos humanos e evitar que as almas fossem levadas pelos demônios, os Anjos da Morte passaram a ser os verdadeiros fornecedores de almas para a seleção de novos anjos.
terrestres a ciência dos humanos. Através de muita contestação e jogos de influência os Recípere, Virtude e também os Corpore conseguiram colocar um Recípere como chefe da biblioteca do Vaticano. Com a sua ajuda os Recípere e Virtude transportaram os livros para o distrito de Mercúrio na Cidade de Prata, formando uma biblioteca.
Com o fim da Idade das Trevas e o fim da Inquisição, chega a Idade da Razão, com o grande aperfeiçoamento da tecnologia humana e da mudança de ideologia. Agora o homem passava a ser o centro das coisas, e começa o triunfo da humanidade sobre os anjos. Apesar de do declínio do poder dos anjos na Terra, o Renascimento foi um período ainda mais lucrativo para os Recípere que o anterior, pois sem o domínio dos Nimbus e ação da Inquisição os Recípere puderam estudar os tomos místicos mais à vontade. Agora o paganismo na Terra voltou a expandir-se e as igrejas cristãs viram-se ameaçadas pelo crescimento do islamismo. Com tudo isso os líderes da casta têm exigido providências imediatas do Conselho, mas eles sabem que os anjos não podem fazer tudo e que o papel de levantar o cristianismo é dos homens que estão à frente das igrejas cristãs, em especial a católica, que perdeu a maior quantidade de fiéis. A cada vez maior escassez de almas tem preocupado os Recípere, pois cada vez menos almas aptas a renascerem como anjos chegam à Cidade de Prata. Até pouco tempo os Recípere mais antigos eram inflexíveis quanto ao apoio da casta a novas maneiras de atrair os cristãos, como o movimento de Renovação Carismática, por considerarem seus cultos acompanhados de danças a músicas agitadas como estratégias do Inferno em distanciar os cristãos da verdadeira fé. No entanto cada vez mais anjos vêm percebendo que o momento é crítico e que divagações conservadoras só impedem o reerguimento do cristianismo. Só que tal preocupação é exclusiva do catolicismo e de igrejas mais antigas, como a ortodoxa e as igrejas do protestantismo histórico. Os anjos de seitas protestantes pentecostais e neopentecostais tem apenas crescido com o tempo, acompanhando o crescimento dessas igrejas na Terra. Em meio a tudo isso a maior ameaça aos mantenedores do Céu talvez sejam os malaks, que crescem sem parar e em breve ultrapassarão os anjos seguidores da palavra de Christos. Deste modo prefigura-se uma crise ainda mais séria do que a de 1000 a.C. Tudo que os Recípere sabem é que devem combater estes elementos nocivos o mais rápido possível ou as falanges fiéis a Christos não terão número para enfrentar as numerosas legiões de malaks no Apoca-
A Idade das Trevas foi um período bastante lucrativo para os Recípere Magos, embora também desafiador. Com a Inquisição muitos livros e tomos das mais diversas partes do mundo vieram para nas mãos da Igreja, e este material representava uma rica fonte de saber das artes arcanas, que os Recípere Magos desejavam estudar. Para conseguir estes livros, vários Magos infiltraram na Inquisição e na Ordem de São Cipriano, chegando a postos de comando dentro de ambas e adquirindo acesso aos valiosos pergaminhos capturados pela Inquisição. Os Magos também se esforçavam para evitar que documentos de tal valor fossem destruídos na fogueira do index, usando seus contatos e influência para surrupiar os livros e estudá-los. Ainda assim eles enfrentavam o olho dos anjos mais radicais e conservadores, principalmente os Nimbus, comandantes da Inquisição. Alguns Recípere chegaram a cair, acusados de estarem traindo a sua fé com o estudo e prática de conhecimentos pagãos e malignos, repetindo o erro dos Grigori. Na verdade o que os Nimbus queriam era afastar os Recípere destes tomos, pois temiam que com o conhecimento adquirido passassem a ser mais poderosos na Cidade de Prata. De fato os Nimbus conseguiram seu intento, ao menos parcialmente: com a criação da Inquisição Celestial o acesso aos livros apreendidos pela Inquisição na Terra foi restringido a poucos anjos, em geral apenas aqueles que estavam diretamente ligados aos anjos Nimbus. No entanto isso não impediu que os Recípere conseguissem acessar esse conhecimento após um acordo de mútuo interesse com os anjos Virtude, que também desejavam aprender nos livros
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lipse, quando os Jardins de Alá estarão mais poderosos que nunca.
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Os Recípere estão divididos em quatro grandes grupos, cada um com sua organização e hierarquia própria, descrita neste capítulo. No entanto, de modo geral, os anjos que atingem três mil anos de idade entram para o Alto Conselho Recípere, que se dirige diretamente ao Conselho da Cidade de Prata. Existem cerca de uma centena de anjos neste Alto Conselho.
Aprimoramentos: Detecção de Magia 2, Objetos Má-
gicos 3 Poderes Angelicais: Aumento de Constituição 3,
Defesas 2, Defesas Especiais (Fogo 2). Poderes dos Armeiros 1 – Conhecer a Alma: Simplesmente obser-
vando uma alma durante um turno, o anjo pode saber de onde ela veio, se sua memória já foi apagada e, se for usada na forja, para o que servirá. 1 – Afiar Lâmina: Usando seus talentos de Armeiro, o anjo consegue afiar uma lâmina tão bem que esta ganha um bônus de dano +1 de forma permanente. Este poder funciona apenas uma única vez por arma que sejam cortantes e de metal. 2 – Mãos em Brasa: Por lidarem com as brasas incandescentes nas forjas os Armeiros aprendem a lidar com o fogo. Com o devido treinamento, e realizando um teste de WILL o anjo é capaz de aquecer suas mãos até que estas fiquem tão quentes quanto brasa, podendo acender brasas numa forja ou usá-las para ferirem inimigos, causando +2 de dano por fogo no combate com as mãos. O efeito dura até o fim da cena, quando o anjo deve realizar outro teste de WILL para renovar a duração do efeito por mais uma cena. 2 – Aumentar Habilidade: O anjo pode colocar uma alma dentro de um de seus itens e usar sua habilidade mais alta. Não se pode escolher a habilidade a ser usada. Ele sempre receberá como bônus aquela de maior pontuação na ficha. 2 – Restringir o Uso: O Armeiro pode decidir quem utilizará a arma mágica que produz. Assim que cria a arma ou carrega um de seus objetos, o Armeiro decide se uma pessoa específica a utilizará ou pode definir uma certa classe (por exemplo, apenas anjos Captare). Caso alguém não especificado utilize a arma, sofrerá 2d6 pontos de dano. 3 – Usar Habilidade Específica: Como Aumentar habilidade, só que uma habilidade específica poderá ser utilizada, mas não poderá ser trocada depois que a alma for colocada no objeto. 3 – Fio Infalível: Semelhante a Afiar Lâmina, mas acrescenta um bônus de +2 de forma permanente. Além disso o desgaste da arma é muito mais lento. 3 – Forjar o Metal: O anjo pode aumentar tanto a temperatura de suas mãos que estas adquirem uma aura fulgurante capaz de amolecer quaisquer metais que o anjo toque, podendo entortá-los com facilidade. O efeito em armas de metal é diminuir em dois o dano da arma até o restante da cena.
Os Armeiros são encarregados de produzir as armas mágicas da Cidade de Prata. Para isso, eles moldam as almas dos recém chegados. E a maioria delas não se importa, já que servirão para ajudar o Céu e sua Fé. Quando protestam, logo são calados, afinal esses objetos raramente falam. Aprenderam parte do que sabem com deus olimpiano Hefesto, com quem um dos chefes dos Armeiros, Lutiah mantêm uma rixa milenar sobre quem é o melhor ferreiro de Paradísia. Os Armeiros sabem como utilizar os poderes das almas, mesmo quando não são forjadas. Muitos utilizam o poder de nível 3 Arrancar Alma para conseguir poderes temporários para certos itens. Todo Armeiro tem pelo menos três itens descarregados, que podem absorver o poder das almas temporariamente. Esses objetos são uma espécie de foco para o uso de alguns dos poderes a seguir. Assim que a alma é colocada em um desses itens, ele torna-se momentaneamente mágico e pode ser utilizado por qualquer um. A hierarquia dos Armeiros se baseia na habilidade do anjo na Forja das armas. Os Aprendizes são anjos em treinamento, aprendendo a forjar armas e outros objetos dos mais variados tipos de metal. Os Armeiros são os “profissionais”, aqueles que já aprenderam os meandros da Forja Celeste e constroem itens para os outros anjos. O Mestre da Forja é uma Armeiro mais experiente, que já forjou centenas de armas e por sua habilidade foi colocado na chefia de uma Forja, coordenando o trabalho dos artífices daquela forja. Quando um Mestre da Forja atinge mil anos de idade passa a ser chamado de Artífice Ancião. Recipere Armeiro Custo: 3 pts. de Aprimoramento, 4 pts. de Poderes
Angelicais, 180 pts. de Perícia Perícias: Armeiro 50%, Ciências Proibidas (Alquimia 30%, Spiritum 40%), Manipulação (Intimidação 30%, Lábia 30%), Negociação (Avaliação 40%)
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4 – Lâmina Resistente: as armas forjadas pelo
mação, desde informação sobre assuntos mundanos a tomos de magia e também informações da Terra. Uma dessas bibliotecas foi formada com a ajuda dos Virtudes e Corpore e possui quase todo a acervo da Biblioteca do Vaticano, a maior da Terra em número de títulos diferentes. Com tanta informação em mãos, os Magos são, juntamente com os Big Brothers, os responsáveis pela logística no ataque aos inimigos da Cidade de Prata. Por falar nisso existem boatos de que um Recípere Mago é o chefe geral da Biblioteca do Vaticano, possuindo as chaves há quase quinhentos anos.
Recípere não se desgastam devido ao uso habitual, além de serem mais resistentes e tenazes. Em termos de jogo será duas vezes mais difícil quebrá-las. 5 – Forja da Purificação: o Armeiro pode purificar armas, sejam estas de que metal forem feitas. A arma é depositada na Forja e deve passar num teste da perícia Armeiro. Depois de algumas horas a arma estará purificada, e não poderá ser usada por criaturas das Trevas. Se uma criatura dessas tocar a arma levará 1d6 pontos de dano por rodada.
Recipere Mago
O conhecimento místico e a procura incessante de itens valiosos e relíquias são a contribuição dos Recípere Magos para a Cidade de Prata. Podem estar em suas bibliotecas pesquisando magias, livros, pergaminhos, tomos e diversos outros objetos em busca de rituais ou outra informação útil aos anjos; ou podem sair para a ação indo a busca de conhecimento e objetos de valor místico (ou mundano) em Paradísia, na Terra ou em outros planos. Também realizam muitos estudos sobre os outros reinos de Paradísia, do Inferno, da Terra e até do Abismo. Aliás, se os Recípere são conhecidos como os únicos seres de Paradísia que possui conhecimento sobre o Abismo, isto se deve aos magos da casta. Além disso, os Magos também podem ser designados em missões de proteção do mundo espiritual de uma cidade, caçando espíritos hostis. Os mais velhos entre estes Recípere foram contemporâneos de Samyaza e alguns foram discípulos dele até a Segunda Rebelião, quando Samyaza caiu. Estudaram a Árvore da Vida e se tornaram grandes conhecedores da Cabala, e, portanto da magia. Participaram da fundação de muitas das lendárias 22 sociedades secretas da Cidade de Prata e os que sobreviveram à passagem dos séculos fazem parte do círculo interno dessas sociedades. Hoje, a afinidade dos Recípere Magos com a Cabala os leva a serem aliados dos Corpore e mais ainda dos Hephzibah. Assim, é lógico que muitos membros desse grupo façam parte de alguma dessas ordens, mas esses são apenas os mais destacados no uso da magia. Os Magos podem escolher quaisquer caminhos de magia para trilhar (mas o caminho das Trevas não costuma ser ensinado na Cidade de Prata, se você me entende...), mas os caminhos da Luz, Ar, Metamagia e Spiritum costumam ser os mais comuns entre eles. Por lidarem diretamente com a magia, a Inquisição Celestial costuma ficar de olho nesses anjos, para evitar que usem a magia para outras finalidades que não seja servir a Demiurgo. Uma das maiores vantagens de ser um Recípere desse grupo é o acesso às bibliotecas da Cidade de Prata, que contêm uma quantidade imensa de infor-
Custo: 3 pts. de Aprimoramento, 1 pt. de poderes
angelicais, 250 pts. de Perícia Perícias: Avaliação de Objetos (Relíquias 30%), Ciências (Teologia 10%), Ciências Proibidas (Alquimia 20%, Rituais 40%, Teoria da Magia 40%, Conhecimento de Demônios 30%, Conhecimento de Espíritos 30%), Manipulação (Lábia 10%, Manha 10%), Pesquisa 30%. Aprimoramentos: Poderes Mágicos 2, Biblioteca 2, Biblioteca Mística 1. Poderes Angelicais: Aumento de Inteligência 2. Poderes dos Magos 1 – Sentir Fonte Mística: O anjo pode sentir
fontes místicas como nodes, mecas e teiches em até 100 metros de raio e com um teste de PER pode determinar a força da fonte e caminhos por ele influenciados. 1 – Compartilhar Quintessência: O anjo pode conceder pontos de magia seus a outros magos ou mesmo não-magos, até um máximo de 1 ponto de magia por alvo a cada século de vida do anjo. 2 – Ampliar Foco: Uma vez por dia, o anjo pode escolher algum efeito de alguma de suas magias para que este seja aumentado em um 1D. 2 – Fé em Mana: O anjo pode transformar pontos de fé em pontos de magia. Cada ponto de fé demora uma rodada para ser convertido em magia, durante a qual anjo não pode fazer nada, a não ser se defender de algum ataque. 3 – Poupar Quintessência: Uma vez por semana, o anjo pode escolher algum efeito de alguma de suas magias e diminuir o custo dele em 1 ponto de magia, mas sem nunca zerar o valor do custo do efeito. 4 – Contenção de Fluxo: O anjo pode fazer com que o fluxo de energia em determinado trecho de uma linha de Ley seja interrompido por 1d6 horas, fazendo com nodes, mecas e teiches por onde essa linha passa sejam desativados. O tamanho máximo do trecho é WILL*20 metros.
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5 – Distorção de Fluxo: O anjo pode distorcer
com potencial para serem recrutadas. Em tempos antigos os Recrutadores realizavam seu trabalho de coleta das almas sem auxílio externo, mas com a explosão demográfica na Terra, eles passaram a contar com a ajuda dos Anjos da Morte. Um anjo da Morte é o encarregado dentre outras coisas de tomar as almas de fiéis de Demiurgo que morreram e levá-los a localizações mais seguras de Spiritum, vales espirituais protegidos para que as almas fiquem longe de influências indesejadas, como os demônios. Tais vales espirituais estão presentes em diversos pontos de Spiritum e funcionam como postos temporários, on-
linhas de Ley que estejam a até 100m, podendo redirecionar o fluxo de energia astral para uma nova direção, encurvando ou deformando de outra maneira a linha. Este poder pode ser utilizado para fazer com que duas linhas de Ley se cruzem num dado ponto onde não se cruzam normalmente. Para poder torcer a linha de Ley o Mago deve fazer um teste de WILL resistido contra a força da linha. 6 – Canalizar Energia: O anjo pode controlar as energias místicas de um local de forma a poder canalizá-la ao longo de uma linha imaginária, que será uma Linha de Ley com uma extensão de 100 metros. Este poder dura enquanto o anjo estiver no local.
Desde que os anjos deixaram de ser criados pelo sopro divino e passaram a serem criados a partir dos espíritos fiéis à palavra de Deus, a casta Recípere foi escolhida para desempenhar a tarefa de escolha e “criação” de novos anjos cristãos. E é bom dizer que os Recípere detêm a exclusividade dessa tarefa. Cabe dizer que para os anjos eles não criam anjos, pois para eles apenas Demiurgo é o Criador. Eles apenas se consideram servos de Deus que ajudam seus irmãos a virem ao mundo para servi-lo. Transformar a alma errada em anjo pode colocar em perigo a estrutura da Cidade de Prata, pois essas almas erradas passarão a conviver com outros anjos e poderão trazer idéias nocivas e pior ainda, se caírem provavelmente passarão para o lado do Inferno, algo que os anjos realmente não desejam. Como escolher a alma certa, então? Antes de tudo, a vida mortal das almas deve ser investigada, para ver se ela realmente será um anjo fiel a Deus. Sua fé, suas ações, seus conhecimentos, seus sentimentos, tudo isso influi na escolha da alma. Para melhor cumprir seu papel de seletores de almas foi criado dentro dos Recípere o grupo dos Burocratas, que desde o começo adotou um eficiente esquema de seleção de almas. Para isso os Recípere Burocratas estão divididos hierarquicamente em três grupos: um responsável pela busca de almas, outro para julgar se essa alma é adequada para morar na Cidade de Prata e um terceiro grupo que molda corpos angelicais para as almas escolhidas. O primeiro grupo dos Burocratas são os Recrutadores. Todos os jovens Recípere burocratas começam nessa função, e aqui adquirem experiência na seleção das almas, pois se forem bem sucedidos podem tornar-se Burocratas propriamente ditos. Os Recrutadores passam grande parte do tempo viajando pela Terra e pelo mundo espiritual à procura de locais com concentração de cristãos fiéis, onde geralmente se estabelecem e passam a observar almas
de as almas ficam antes de seguirem para o Céu ou para o Purgatório. Os bolsões são protegidos da presença criaturas malignas através de poderosos rituais do caminho da Luz e da fé. Em suma, a função dos Anjos da Morte é procurar as almas cristãs que morrem na Terra e levá-las a regiões do mundo espiritual onde os Recrutadores podem examiná-las e determinar o potencial de cada uma em servir ao Céu, encaminhando-as para os lugares apropriados. Quando encontram algum candidato, o Recrutador vai a procura de informações sobre a alma para verificar se foi um bom servidor de Deus e se sua fé é sólida. Caso o espírito se encaixe nesses requisitos, é levado pelo Recrutador até uma Comissão de Burocratas, que farão uma segunda análise da alma. Mas e se a alma não quiser ir para o Paraíso? Se ela não quiser renascer como um anjo? Bem, nesses raros casos os Recrutadores capturam a alma mesmo as-
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sim, utilizando o poder Coletar Alma; esta alma, no entanto, provavelmente não renascerá como anjo, sendo destinada a outros usos, como serem enviadas à Forja. Muitas vezes os recrutadores têm de enfrentar a disputa de outros mercadores de almas pela alma escolhida (sim, podemos de alguma forma considerar os Burocratas como mercadores de almas). Demônios (e espíritos também) estão sempre procurando chegar primeiro a uma alma promissora, e às vezes o concorrente do anjo às vezes nem está interessado na alma; o que a criatura quer é impedir que os exércitos de Deus recebam mais um reforço. Quando os dois grupos adversários se encontram, acontecem disputas tão ferrenhas quanto maior for o valor da alma. Por isso é imprescindível ao anjo manter-se melhor informado que seus concorrentes, criando uma grande rede de contatos através da qual ele fique sempre melhor informado acerca da existência de almas que possam atrair a atenção de outros mercadores.
encontrada e colhida por Anjos da Morte e levadas a vales seguros. Sendo assim mais de 90% das almas (excetuandose as que não foram condenadas ao Inferno) reencarnam novamente, seguindo a ordem natural instituída pelos verdadeiros Engenheiros da Reencarnação , seres além do poder dos paradisianos mais poderosos.
Acima dos Recrutadores, estão os Burocratas, organizados em comissões. Uma Comissão de Burocratas é formada por no mínimo três anjos Recipere mais experientes, que já foram Recrutadores durante dezenas de anos e já encaminharam muitas almas à Cidade de Prata. As comissões estão instaladas em castelos no distrito de Mercúrio, mas mantêm postos de observação em regiões estratégicas de Spiritum, de onde podem observar a ação dos Recrutadores. Os postos são localizados nos vales de almas já citados e também servem como refúgios para os Recrutadores em viagens por Spiritum e possuem portais para Mercúrio, que são abertos apenas do lado da Cidade de Prata. Os castelos dos Burocratas possuem diversos andares, sendo que os primeiros são formados por incontáveis prateleiras onde estão pergaminhos com informações sobre todas as almas que já passaram pela Cidade de Prata. Um Burocrata nesse posto não tem menos de trezentos anos de idade e muitos possuem vários séculos de serviço nas costas. A função de uma comissão de Burocratas consiste em analisar as almas trazidas pelos Recrutadores e por sua experiência, os membros da comissão podem fazer uma verificação mais detalhada das qualidades da alma. O “candidato” é então testado pela segunda vez, sua vida e sua fé são analisadas novamente e a decisão da comissão deve ser unânime, pois isso garante que não existam dúvidas de que a alma realmente merece entrar no Reino dos Céus. Se pelo menos um membro discordar, a alma é descartada, e nesse caso ela pode voltar a vagar por Spiritum, ou pode ser encaminha aos Armeiros, onde servirá a Deus de outra forma (ver Armeiros). Caso os Burocratas decidam pela conversão do espírito em anjo, este é encaminhado aos Engenheiros da Reencarnação da Cidade de Prata , que irão realizar os procedimentos para a encarnação da alma num corpo angelical. O terceiro e mais alto nível hierárquico dos burocratas é o que detêm maior responsabilidade, pois eles são os responsáveis definitivos pela criação do novo anjo, e é o posto pelo qual os Recípere são mais conhecidos. Os Engenheiros são Recipere antigos, com mais de quinhentos anos de idade, que foram Recrutadores há muitas décadas, já avaliaram centenas de almas e encaminharam outras dezenas para os Engenheiros mais velhos. Ao chegar aos Engenheiros, a alma é novamente analisada, e este grupo tem a última palavra sobre o destino da alma, ou seja, se ela reencarnará num corpo angelical ou não, e se reencarnar, a qual casta irá pertencer.
Sobre a reencarnação de almas cristãs
Quando um cristão morre, sua alma pode ter quatro destinos: reencarnar, ir para o Purgatório, viver no paraíso como ou ir para o Inferno. Se um cristão foi um cristão com fé e com habilidades que interessem à Cidade de Prata, é recrutado para servir como anjo ou se não for aprovado pelos Engenheiros da Reencarnação pode viver lá como uma alma mesmo. Se foi um cristão medíocre, que cometeu muitos pecados e tinha a vontade mas não teve a força suficiente ou tempo para arrepender-se deles em vida, ele é condenado ao Purgatório. O Purgatório funciona como um grande reformatório de almas, onde elas sofrem castigos divinos para se arrependerem de seus muitos pecados, lá permanecendo o tempo necessário até serem consideradas puras para retornar ao convívio dos outros cristãos. Não são raros os casos de almas que saem do Purgatório com mais fé do que outras, pois os tormentos que sofrem naquele lugar servem como uma prévia para mostrar o que acontece com eles se continuarem a pecar: o Inferno. Ainda sobre os recém-saídos do Purgatório, é comum que uma ou outra alma acabe sendo recrutada pela Cidade de Prata, pois a fé que ganham com o medo do Inferno os faz se tornar anjos até mais fiéis do que almas recrutadas da forma convencional, isto porque estes últimos não experimentaram o temor do Inferno que os primeiros tem. Outro destino é o de cristãos comuns, que pecaram e se arrependeram, cumpriram os mandamentos e depois os transgrediam e também não tinham tanta fé assim em Demiurgo. Estes retornam a Spiritum e ficam esperando a reencarnação. Neste caso, a alma pode ser encaminhada aos vales protegidos pela Cidade de Prata ou ser aprisionada pelos Armeiros e usada nas suas armas mágicas. Mas isto não é uma regra, pois os Armeiros tem critérios próprios quanto às almas que irão aprisionar nos itens, resultando que menos de 1% das almas irão parar numa arma angelical ou até mesmo se tornar um anjo. Mas a principal razão desse pequeno número é a quantidade de almas cristãs existentes, pois milhares de cristãos morrem todos os dias, e apenas uma pequena parte dos moribundos consegue ser
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Caso a alma seja aprovada é iniciada a “construção” do novo corpo, realizada através de um ritual conhecido apenas pelos Engenheiros. Quaisquer feridas ou marcas que o espírito ainda possua são removidas pelo moldamento de seu perispírito, em “hospitais” instalados na periferia do mundo espiritual, alguns beirando o Aether. Estes hospitais são construídos em áreas bastante instáveis, por estarem próximos do Aether, que é uma região caótica do espaço, sujeita a ação de ondas energéticas vindas do Solarium, planos errantes, Aether Spirits e outras criaturas interplanares. Mesmo assim, subsistem graças a poderosos escudos criados pela benção de Demiurgo. Depois de restaurada, a alma é levada aos andares mais altos dos castelos dos burocratas, em uma sala onde os anjos criarão seu corpo. A sala é redonda e possui um pilar central com inscrições em enochiano que evocam a presença do Espírito Santo de Demiurgo para que este recaia sobre a alma e lhe conceda a vida. O espírito é então colocado dentro de uma câmara onde entra em animação suspensa pelo período que seu corpo demorar a ficar pronto. Pouco a pouco a matéria etérea que forma o espírito se torna mais e mais densa, realizando uma espécie de fusão entre o espírito e o corpo. Durante todo o tempo de incubação o próprio Espírito Santo se encarrega de transmitir os conhecimentos básicos necessários ao novo anjo e também apagando as lembranças de sua vida passada. Depois de algumas semanas, o corpo do novo anjo está maduro e este já está tanto físico, quanto mentalmente quase pronto para a vida no Paraíso. Um último ritual é realizado, onde os anjos clamam por inspiração ao Espírito Santo para determinar a casta do “recém-nascido” anjo. Geralmente os Engenheiros já sabem qual é a casta desde antes do processo de reencarnação começar, apenas confirmando com este ritual. Finalmente eles utilizam um poder para apagar quaisquer memórias que tenham permanecido de sua vida mortal. Depois disso os Engenheiros decidem para qual vila da Cidade de Prata será encaminhado o anjo e quem será seu tutor durante seu período de treinamento.
Aprimoramentos: Contatos 3. Poderes Angelicais: Recípere (1– Absorção de Agili-
dade; 2– Absorção de Força de Vontade; 3–Arrancar Alma). Poderes dos Burocratas 1 – Conhecer a Alma: Simplesmente obser-
vando uma alma durante um turno, o anjo pode saber de onde ela veio, se sua memória já foi apagada e se possui pureza e fé suficiente para tornar-se um anjo. Este poder é usado para reconhecer anjos em potencial. 1 – Olhos Espirituais: Permite ao Recípere perceber almas mesmo estando no mundo físico. Necessita de um teste de PER para ativar o poder pelo restante da cena. 2 – Coletar Almas: Tocando uma alma cristã, o anjo a transforma numa pequena esfera de energia, que pode ser carregada com maior facilidade. Para que essa transformação ocorra, o anjo deve vencer uma disputa de Força de Vontade com a alma. 3 – Magnetismo espiritual: O anjo consegue impedir que uma alma fuja dele, podendo ativar uma espécie de força magneto-plasmática que age sobre o hectoplasma da alma, atraindo-a para perto do anjo. É necessário vencer uma disputa de 3D vs. WILL da alma. 4 – Moldar perispírito: O anjo pode moldar temporariamente o períspirito de um espírito com força de 1D durante 1d6 horas. Pode ser comprado mais vezes, e a cada vez a força e a duração aumentam em +1D e +1d6, respectivamente. Este poder pode tornar-se permanente quando usado em Hospitais do Aether , explicados anteriormente. 5 – Atravessar o Manto: O Recípere pode, uma vez por dia, atravessar a barreira entre o mundo físico e Spiritum, lá permanecendo por 1d6 horas, depois das quais será enviado de volta ao mundo físico.
Os Big Brothers trabalham diretamente para o Conselho, mas são apenas os mais velhos que entram em contato direto com os governantes da Cidade de Prata. Estão divididos de acordo com o tipo de função que possuem no grupo: existem os Espiões, encarregados de missões de espionagem, e os Guardiões, que fazem os relatórios e a segurança das informações na Cidade de Prata.
Recipere Burocrata Custo: 3 pts. de Aprimoramento, 2 pts. de poderes
angelicais, 200 pts. de Perícia Perícias: Avaliação de Almas 40%, Ciências (Teologia 20%), Ciências Proibidas (Conhecimento de Espíritos 50%), Manipulação (Empatia 40%, Lábia 30%, Manha 30%), Negociação (Barganha 30%, Burocracia da Cidade de Prata 30%), Procura 30%.
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Os Espiões estão divididos entre aqueles agem dentro da Cidade de Prata e aqueles que agem fora. O primeiro grupo age infiltrando-se nas outras castas, seitas, ordens e sociedades secretas angelicais, enquanto o segundo grupo realiza missões de espionagem e infiltração em Paradísia, na Terra ou até no Inferno. Os espiões são treinados para serem perfeitos em seu disfarce, de forma que os membros do meio infiltrado não percebam um intruso entre eles. Vale ressaltar que essa é uma missão extremamente perigosa, principalmente se o anjo está se infiltrando fora da Cidade de Prata. Caso um Espião seja descoberto, dependendo da situação, o comando dos Big Brothers enviará uma pequena equipe de anjos que “sumirá” com o agente de identidade revelada. Se no entanto a missão for muito perigosa e haja alto risco de exposição para os Big Brothers ela não é realizada e o espião é deixado por sua própria conta e risco. Os Guardiões permanecem quase todo o tempo escrevendo relatórios, organizando e criptografando as informações mais secretas da Cidade de Prata. Os mais jovens são chamados Relatores e são encarregados de enviar relatórios da ação dos grupos que observam aos seus superiores na Cidade de Prata. Estes participam de grupos de anjos enviados em missão, enquanto os mais velhos e experientes são os Guardiões propriamente ditos, e recebem as informações trazidas dos campos de batalha e pelos espiões, criptografam-nas e arquivam na Torre dos Vigilantes, a base dos Big Brothers, cuja localização é conhecida apenas pelos próprios Big Brothers, pelo Conselho e por outros anjos influentes. Sobre isso, não é preciso dizer os agentes que porventura revelarem a localização da Torre sumirão. Alguns Guardiões relatores se fixam numa determinada cidade ou região com a missão de observar o Principado local e relatar sobre os pontos positivos a negativos de seu governo.
Muitos dos Big Brothers mais influentes também fazem parte dos Ishmerai, a polícia secreta da Cidade de Prata (para detalhes sobre os Ishmerai veja o netbook Faces da Fé). À primeira vista as funções dos Big Brothers e da Ishmerai parecem as mesmas, e realmente são em vários pontos. Ambos são coletores de informações, ambos agem disfarçados, entre outras coisas, diferindo unicamente no fato os Big Brothers serem uma estrutura exclusiva do clã Recípere, não aceitando outras castas anjos. Recipere Big Brother – Espião Custo: 3 pts. de Aprimoramento, 4 pts. de Poderes
Angelicais, 190 pts. de Perícia. Perícias: Artes (Atuação 20%), Camuflagem 20%, Criptografia 20%, Escutar 30%, Furtividade 20%, Manipulação (Empatia 20%, Lábia 20%, Manha 20%), Investigação 20%. Aprimoramentos: Contatos 3, Identidade Secreta. Poderes Angelicais: Disfarces 3, Controle Mental (1– Blenden; 2–Mentira). Recipere Big Brother – Guardião Custo: 2 pts. de Aprimoramento, 100 pts. de Perícia Perícias: Artes (Redação 40%), Burocracia da Cidade
de Prata 20%, Falsificação (Documentos 20%), Idiomas (Enochiano 20%, Criptografia 50%), Pesquisa 20%. Aprimoramentos: Biblioteca 2, Talento (Criptografia). Poderes dos Big Brothers 1 – Conhecer o Espionado: Concentrando-se
por um turno o anjo pode informações sobre aqueles
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que está espionando. Em termos de jogo, funciona como uma perícia 25% para conhecer informações sobre aqueles a quem está espionando. 1 – Fundir-se ao Segredo: Por lidarem com segredos que não podem ser confiados a outros, os Big Brothers desenvolvem a habilidade de esconder o segredo no próprio corpo como glifos, na forma de uma tatuagem. Apenas o próprio anjo compreende os glifos, e o segredo só pode ser lido quando o Recí-
pere quiser ou através de poderosos rituais de Metamagia acima do sexto círculo. 2 – Disfarce Angelical: O Recipere pode mudar sua aparência angelical parecendo-se com membros de outras castas e podendo viver sem problemas entre os membros dessa casta. O anjo pode ser descoberto por anjos que conheçam bem a casta espionada, e caso o Espião seja descoberto, estará em sério perigo.
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Desde então os Mercadores tem aproveitado o que aprenderam no Céu para encontrar almas que sirvam para o que querem. Estiveram presentes na maioria das grandes guerras, epidemias a desastres naturais que assolaram o mundo ocidental para se aproximar das muitas almas recém-desencarnadas e confusas e oferecer-lhes um pacto, do qual na grande maioria das vezes as almas que aceitam se arrependem.
Durante toda a história da Cidade de Prata sempre existiram caídos, desde Lúcifer até nossos dias. Nos séculos que as passaram após a Primeira Rebelião até quando a religião cristã ainda não tinha dominado a política na Cidade de Prata, poucas almas foram arrebanhadas em Spiritum e recrutadas para formar as fileiras angelicais. Quando o cristianismo despertou seu poder na Terra e expandiu a fé por boa parte do mundo conhecido, passou a haver muito que fazer para os Burocratas. Almas a mais almas de cristãos chegavam ao Céu e muitas delas foram recrutadas, enquanto outras passaram a servir como armas nas mãos dos artífices da Cidade de Prata. Os Mercadores de Almas surgiram quando Burocratas mais ambiciosos notaram o poder que possuía uma alma, e movidos pela ambição passaram a coletar almas para seus próprios fins. Quando foram descobertos, caíram, sendo acorrentados no Deserto de Dudael, mas muitos conseguiram fugir, refugiandose primeiro em Spiritum próximas às grandes cidades da cristandade, e alguns no Inferno, ambicionando pretensões também sobre as almas dos condenados.
Na verdade os melhores Mercadores de Almas ainda estão na Cidade de Prata, ou seja, são tão discretos em suas ações que ainda não foram descobertas pela Inquisição Celestial. Eles realizam seus negócios inescrupulosos principalmente quando estão longe da Cidade de Prata, nos vales onde os Anjos da Morte levam as almas que coletam. Uma vez lá eles procuram algo de interesse e usam seus poderes sobre a alma para prendê-la de alguma forma, seja usando o poder Coletar Alma ou em algum item mágico. Seguem então para o Mercado de Almas, ou acionam algum contato de lá para buscar as almas e negociam a venda delas.
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vezes são mesmo. Mas é raro algum anjo ser abençoado com algo relacionado às artes arcanas, pois elas são consideradas uma deturpação da criação de Deus. Assim, quando um anjo é abençoado com algum dom relativo a magia é porque sua fé já foi testada à exaustão e ele provou ser realmente leal a Demiurgo. Este poderoso aprimoramento aumenta em 1 o foco de todos os caminhos que o mago já tenha aprendido, e somente daqueles que aprendeu.
Disfarce Angelical 1 ponto: (não tão novo assim, apenas adapta-
do) o Personagem possui uma identidade totalmente falsa. Embora todas informações a respeito dele de fato estejam contidas em documentos e registros legais na Cidade de Prata, TODAS não passam de exímias falsificações criadas para que o anjo se passe por outro anjo, que aqui é uma identidade falsa. É importante ressaltar o fato de que a verdadeira identidade do Personagem é altamente sigilosa, portanto apenas pouquíssimos NPCs, superiores seus, a conhecem, além é claro de alguns anjos dentro da Ishmerai, com os quais os Big Brothers mantêm um acordo em não revelar as verdadeiras informações sobre o personagem.
Absorção de mana 3 pontos: Por serem os mestres da magia na
Cidade de Prata, os Recípere adquiriram habilidades estupendas quanto a esta arte. Uma dessas habilidades consiste em preparar a mente e o corpo para absorver mais rapidamente a energia vital dos planos inferiores. Em outras palavras, o anjo consegue recuperar mais rapidamente seus pontos de magia sem precisar drená-los de ninguém. Este aprimoramento é raro e permite ao anjo mago recuperar 1 ponto de magia a cada 20 minutos, ao invés dos 30 minutos convencionais. 4 pontos: Semelhante ao anterior e muito mais raro os anjos que possuem esta magnífica habilidade podem recuperar 1 ponto de magia a cada 10 minutos, ao invés dos 30 minutos normais. Apesar disso o anjo deve se submeter a um teste de Constituição e um de Força de Vontade diariamente para ativar o poder. Nos dois níveis deste aprimoramento a habilidade não funciona caso o mago esteja próximo de mecas ou teiches negativos.
Guardião do Nexo Central 4 pontos: O anjo foi recrutado por Ganthetiel e
agora atua como um guardião das linhas de ley, teiches, nodes e mecas da Cidade de Prata. Entre suas tarefas está a de supervisionar a estrutura das linhas e fontes místicas de sua área de atuação para que o fluxo de energia mágica seja sempre constante para manter os nodes e máquinas mágicas dos distritos sempre funcionando. Ao ser recrutado o Recípere Mago recebe um treinamento intenso de um a dois anos em Teoria da Magia, Cabala, Geometria Sagrada e outras ciências místicas. Ao fim do treinamento o anjo recebe um anel mágico, o Anel de Controle Místico, descrito na seção de itens mágicos, e um bônus de 20% em Teoria da Magia. Depois é designado o seu local de atuação e seus afazeres. Cada guardião responde a um coordenador da área, que responde ao coordenador do distrito que respondem a Ganthetiel.
Lembrança persistente 3 pontos: Ás vezes pode ocorrer que durante o
apagamento da memória uma alma ainda preserve lembranças de sua vida passada. Tais lembranças normalmente vêm na forma de “flashes” ou na manifestação de conhecimento que o anjo não aprendeu durante sua presente vida no Paraíso. Essas lembranças podem ser úteis, caso o anjo possa se lembrar de coisas que aprendeu quando humano, ou pode pre judicá-lo, caso elas o levem a questionar sua situação atual de maneira a afastá-lo de sua missão em servir unicamente a Demiurgo. E caso a Inquisição Celestial descubra que a personagem possua estas lembranças tentarão apagá-las, e não conseguindo, aprisionarão ou até destruirão o anjo. Em termos de regras o jogador deve construir a ficha da personagem de sua última encarnação. O jogador pode acessar perícias, usar atributos mentais, aprimoramentos (alguns, dependendo do caso, o mestre não deve permitir) e caminhos de magia que possuía em sua vida humana uma vez por sessão de jogo, devendo ter sucesso num teste de WILL.
Habilidade ritualística 1 ponto: Os magos Recípere são conhecidos
por sua habilidade em magia, podendo desenvolver rituais muito mais rapidamente que os magos de outras castas. Este aprimoramento diminui pela metade o tempo necessário para desenvolver ou modificar um ritual. 2 pontos: Semelhante ao anterior, mas diminui por quatro o tempo necessário para desenvolver ou modificar um ritual. 3 pontos: Semelhante ao anterior, mas diminui por oito o tempo necessário para desenvolver ou modificar um ritual. Mago poderoso 4 pontos: Alguns anjos consideram-se abenço-
ados por Demiurgo em vários aspectos, e muitas
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20% – Pode saber a religião da alma e saber se
cometeu muitos pecados durante sua última vida. 30% – Pode saber de que lugar (plano e reino ou país) ela veio e saber que pecados cometeu. Também pode ter uma idéia dos conhecimentos que ela possui, como saber se tem aptidão para a guerra por exemplo. 40% – Pode saber o nome dela quando viva e a cidade onde viveu, além de saber da maioria dos seus pecados e os conhecimentos mais destacados que possui. 50% – Pode saber quase tudo sobre a última vida da alma, inclusive saber que tipo de pessoas estavam mais próximas a ela. Identificar os
Mercenário Astral 3 pontos: Os Mercenários Astrais são uma mi-
lícia cujos serviços são contratados pelo Mercado de Almas em tempos de crise ou quando surge alguma entidade que ameace a estabilidade do mesmo. Entre s regras que os mercenários seguem está a de sempre cobrar um preço adiantado e nunca mudar o preço acordado; só prestar serviço a um mercador de almas estabelecido e reconhecido pelo Mercado. Estão divididos em milícias que variam de meia dúzia a algumas dezenas de integrantes, que são liderados e treinados por um Capitão, que é um mercenário mais experiente. Para tornar-se um Mercenário Astral, o personagem deve procurar o Capitão de uma milícia e demonstrar que tem habilidades suficientes para isso. Uma vez aceito como recruta, seu treinamento consiste em acompanhar os outros mercenários e aprender com eles. Todo Mercenário Astral possui uma arma mágica +2 que também é capaz de ferir espíritos, além de ganhar 30% para distribuir em perícias de combate e +20% em Conhecimento de Espíritos e Viagem Astral.
Anel do Guardião
Custo: 6 pontos de item mágico Cada Guardião de Ganthetiel recebe este poderoso anel ao término do treinamento. O anel é feito em prata sagrada e possui uma preciosa pedra azul com um desenho rudimentar de uma lanterna. Ao colocar o anel no dedo, as asas do anjo adquirem tons azulados e seus olhos adquirem uma forte cor azul brilhante. O item tem vários poderes, e o mais usado é o de controlar linhas de ley, podendo torcê-las ou encurvá-las conforme sua vontade. Uma outra vantagem é que o anel pode criar tentáculos azuis de energia astral semi-sólida que podem ser usados para agarrar corpos ou como escudo. A força destes tentáculos é igual a WILL do usuário. O anel possui dez cargas, sendo que cada carga demora uma hora para regenerar. A cada 7 dias o anel precisa ser recarregado numa espécie de bateria que fica com coordenador dos guardiões na área.
Reserva de Almas
A entidade tem acesso ao Mercado de Almas, e possui uma certa quantidade de Almas presas a ele sob um Pacto ou Absorção de Almas, que ele pode utilizar de acordo com sua vontade e também sua capacidade de controlar almas (Caminhos Spiritum e Metamagia): 2 pontos: Pequeno Acionista Espiritual . Possui conhecimento de como realizar um Pacto de Alma e meios de armazenar e transportar. Ganha uma alma por semestre, e possui até 3 almas. 5 pontos: Acionista Espiritual. Ganha uma alma por trimestre, e possui 10 almas comuns. 7 pontos: Mercador de Almas menor . Ganha uma alma por mês, possui 20 almas e uma delas tem um bom valor no mercado. 10 pontos: Mercador de Almas. Ganha duas almas por mês, possui 30 almas e duas delas têm um ótimo valor no mercado. 15 pontos: Tubarão do Mercado de Almas . Ganha três almas por mês, possui 100 almas e dez delas têm um ótimo valor de mercado. 20 pontos: Feitor de Almas . Ganha uma alma por semana, possui 200 almas e vinte delas têm um ótimo valor de mercado.
Espada de Arquiel
Custo: 6 pontos de item mágico Este poderoso item mágico foi inicialmente forjado pelo Recípere Arquiel, que precisava constantemente ir ao mundo espiritual para trabalhar com as almas. A espada forjada por Arquiel cria um rasgo entre o plano físico e o mundo espiritual, permitindo ao portador da espada atravessar o rasgo e adentrar Spiritum. Apenas o portador pode entrar, mas ele pode permanecer lá o tempo que quiser, e sair e entrar de novo o momento que desejar. Martelo da Forja Celeste
Custo: 3 pontos de item mágico Os poderes mágicos concedidos pelas almas às armas forjadas pelos Recípere são temporários, variando de acordo com a habilidade do anjo em usar a Forja. Geralmente as almas permanecem um mês e um dia na arma. O Martelo do Forja Celeste permite aumentar e até prender permanentemente a alma
Avaliação de Almas (PER): Este perícia permi-
te ao anjo avaliar uma alma e saber informações apenas observando-a. 10% – Pode dizer se a alma é cristã ou não.
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dentro do instrumento forjado. Durante o processo de construção do objeto, o Armeiro testa sua perícia Armeiro e também um teste resistido de WILL com a alma. Se passar em ambos os testes, a alma fica permanentemente presa no item.
daquele que toca a flauta. O efeito dura 3d6 rodadas ou uma cena. Trombeta de Gedeão
Artefato O poder deste artefato criado pelos Armeiros é mostrado no livro dos Juízes 7. Os hebreus estavam em guerra com os madianitas, e não conseguiam vencê-los. Então um anjo deu a um hebreu chamado de Gedeão e missão de derrotá-lo, e para isso lhe deu uma trombeta mágica forjada pelos armeiros. Quando Gedeão tocou a trombeta no acampamento dos madianitas e seus aliados, estes tiveram medo e fugiram, e aqueles que não fugiram começaram a atacarse entre si. Sempre que a trombeta é tocada, todos os inimigos que ouvirem seu som devem fazer um teste difícil de WILL ou fugirão amedrontados. Os que passarem no teste devem fazer ainda outro teste difícil de WILL ou começarão a atacar seus aliados.
Pergaminho dos Segredos
Custo: 1 ponto de item mágico Este pergaminho é muito utilizado pelos Big Brothers Guardiões para guardar com extrema segurança as informações da Cidade de Prata. Trata-se de um pergaminho capaz de guardar qualquer informação escrita nele numa linguagem criptografada que nenhuma outra criatura possa entender, mas apenas o dono do objeto. Este item é um objeto pessoal e uma vez consagrado a um dono ele não pode mais ser trocado. Além disso, o pergaminho é quase indestrutível, sendo imune ao fogo e sendo necessária uma força/dano maior que 30 para rasgá-lo/destruí-lo. Flauta das Almas
Arco de Cupido
Custo: 9 pontos de item mágico Criadas pelos Armeiros e mais utilizadas pelos Recrutadores, essas flautas permitem encantar um grande número de almas (espíritos) e deixá-las sob o comando daquele que toca a flauta. As almas (um máximo igual ao CAR do anjo) devem fazer um teste de WILL vs. perícia Instrumento Musical, e se falharem devem obedecer cegamente a todas as ordens
Artefato Este artefato foi criado pelos armeiros para o deus Cupido, que reside no distrito de Vênus. As flechas do arco não ferem, mas fazem aquele que foi atingido por elas se apaixonar perdidamente pela primeira pessoa do sexo oposto que vir a sua frente. O alvo não tem chance de resistir ao efeito do arco.
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Beriah, o primeiro pastor de C-
Pré-Vida: Quando os primeiros povos canaitas
hristos
ainda se disseminavam no Oriente Médio, Abraão difundia o monoteísmo e a fé no Deus Único, o grande senhor da Cidade de Prata. Ayyi, um de seus primeiros seguidores, era um adepto da magia ctônia e constantemente entrava em contato com criaturas de mundos inferiores, aprendendo muito sobre o fluxo de energia mágica, chamada por ele de Maná. Ao converter-se à religião abraâmica e abrir mão dos entes sobrenaturais, Ayyi entrou em contato com os Anjos que apoiavam Abraão, aprendendo sobre a língua enochiana e ainda mais sobre a Teoria da Magia e a Árvore Yggdrasil. Ao morrer, sua alma foi encaminhada aos grandes Magos da Cidade de Prata, os Recíperes. Vida: Misteriosamente, notou-se que a alma de Ayyim era especial, e continuava especial mesmo quando renasceu como um Recípere. Sua pele tornou-se azulada e suas asas possuíam nuances coloridos em meio à totalidade branca comum a todos os Anjos. Desde seu treinamento, Ganthetiel foi esclarecido sobre sua missão: coordenar o fluxo das Linhas de Ley que circundavam a Cidade de Prata e todos os seus Distritos multiplanares, que tornava extremamente confuso compreender a dinâmica dos fluxos de energia mágica que surgiam e desapareciam sem razão aparente. Ao fim do treinamento, Ganthetiel projetou uma estrutura tecnomágica no alto do Monte Aramesh em Paradísia (portanto, no ponto onde o Palácio Júpiter foi sobreposto ao plano de Paradísia), e chamou a estrutura de Nexo Central. Estudando Distrito por Distrito, capela por capela, metro por metro da Cidade de Prata, até conseguir mapear todas as Linhas de Ley multiplanares, interligando-as todas ao Nexo Central. Com isso, as falhas das Linhas de Ley foram eliminadas e a Cidade de Prata tornou-se padronizada em sua essência mágica. Para manter o Nexo Central em funcionamento, Ganthetiel retirouse para a estrutura (possível de ser acessada através de um único portal no interior do Palácio Júpiter) e treinou um grupo seleto de Recíperes que vigiariam as Linhas de Ley e a utilização da Magia na Cidade de Prata. Era Atual: Ganthetiel continua isolado no Nexo Central, mantendo contato telepático com seus Guardiões do Nexo Central, seus Recípere treinados. Constantemente os Guardiões precisam penetrar nas regiões multiplanares (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter) para resolverem perturbações na harmonia das Linhas de Ley.
Recípere com mais de 8000 anos Origem: Um dos mais antigos Recípere, senão
o mais antigo, é dito que Beriah foi criado logo depois da Primeira Rebelião, tendo sido um dos primeiros a seguir Christos. Não se sabe exatamente como foi criado, mas dizem que teria sido criado pelo próprio Demiurgo a pedido de seu filho. Um dos indícios de que foi criado pelo Pai é que seu nome significa "criação" em hebraico. Vida: Beriah arrebanhou e moldou a maioria dos anjos que hoje compõem o conselho da casta Recípere bem como muitos anjos antigos de todas as castas cristãs. Durante a grande crise de almas, o anjo percebeu que a organização da coleta de almas precisava ser revista, e começou a desenvolver o sistema que é usado até hoje. Pode-se dizer que foi em grande parte por obra dele que os seguidores de Christos na Cidade de Prata conseguiram crescer em número, podendo chegar à época cristã com número suficiente para fazer frente aos Elohim. Nessa época já tinha sido implantada há vários séculos a logística dos Recípere na busca e coleta de almas, a hierarquia dos Burocratas e criados postos de Vigília no mundo espiritual para observar a ação dos agentes. Na prática Beriah é o comandante geral dos Burocratas, apesar de outros também possuírem esse cargo, e em efeito a última palavra é a sua. Era Atual: Beriah tem visto com tristeza e raiva a corrupção que tem tomado conta de seus irmãos nos tempos próximos do Armagedon. A quantidade de Recípere que caem tem aumentado tanto que agora Beriah tem apoiado a Inquisição Celestial com todos os recursos que puder fornecer. Ele inclusive criou um grupo dentro da casta ligado à Inquisição Celestial, que agem como a “corregedoria” dos Burocratas. A maioria dos membros desse grupo são inquisidores também, utilizando a força que aquela instituição possui agora para caçar e condenar os Obscuri Recípere. Apesar de estar aliado a esta instituição ser fundamentalmente católica, Beriah não se envolve muito nos assuntos concernentes a teologias, deixando isso para anjos mais jovens. Por causa disso muitos dizem Beriah tem uma certa tendência ser mais próximo de um Apocriphae, mas ele não dá atenção a estas fofocas e continua com sua fé em Christos e seu trabalho de coordenar os Burocratas. Ganthetiel, Engenheiro do Nexo Central
Recípere de 4000 anos
Grigori
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lo. Nós convocamos os Vigilantes para 'assistir' ou fiscalizar o ritual e quaisquer trabalhos que devamos fazer. No Dicionário dos Anjos de Gustav Davidson, os Vigilantes são retratados como uma ordem elevada de Anjos (Arcanjos), também conhecida como Grigori ou Irin. Nem todos os Vigilantes decaíram: aqueles que se mantiveram são os Vigilantes sagrados, e residem no 5º Céu. Os Vigilantes malignos habitam o 3º Céu ou o Inferno. Alguns anjos Grigori: Armaros: Ensinou aos homens na resolução de encantamentos. Araquiel: Ensinou aos homens os sinais da terra. Azazel: Ensinou os homens a fabricar facas, espadas, e escudos, e inventar ornamentos e cosméticos. Baraqijal: Ensinou aos homens a astrologia. Ezequeel: Ensinou aos homens o conhecimento das nuvens. Gadreel: Apresentou armas de guerra. Kokabel: Ensinou a ciência das constelações. Penemue: Instruiu a humanidade na escrita e ensinou as crianças a amargura e gentileza, e os segredos da sabedoria. Sariel: Ensinou aos homens o curso da lua. Semjaza: Ensinou aos homens os encantamentos, uso das raízes, etc. Shamshiel: Ensinou aos homens os símbolos do sol.
O nome Vigilante ou Grigori significa "Aqueles que Vigiam", ou "Aqueles que estão Despertos", ou "Aqueles que Nunca Dormem". Oitava ordem misteriosa de anjos, os gentis Grigori foram criados por Deus para serem pastores terrenos dos primeiros humanos. Os Grigori eram tanto física quando espiritualmente gigantes, ao menos para os padrões das pessoas que escreveram posteriormente sobre eles. Eles serviram à ancestral humanidade como vastos reservatórios de informação relacionados aos pontos mais delicados da civilização, e sua gentileza era além da comparação. Eles eram também chamados de Vigilantes, pois seu trabalho era observar a humanidade, dando uma mão amigável quando necessário, mas sem interferir no curso do desenvolvimento humano. No Livro de Enoch, é dito que Deus enviou uma legião de anjos a Terra com a função de velar e assistir o homem durante o início da civilização. Esses anjos ensinaram ciências ao homem que foram proibidas por Deus, como a magia das ervas, leitura das estrelas, adivinhação e feitiçaria. Enoch disse "... mas eles escolheram maridos e esposas entre os humanos e iniciaram vidas corrompidas, negligenciando seus deveres celestes..." Isso enfureceu tanto a Deus que Ele baniu os "caídos". Entre os Strega, os Vigilantes eram chamados de 'Grigori'. Originalmente eram 4 estrelas reais ou Senhores e foram chamados de Vigilantes. Cada um desses Senhores governava sobre um dos 4 pontos cardeais: Norte, Sul, Leste, Oeste. Norte - Formalhaut - que marcava o Solstício de Inverno Sul - Regulus - que marcava o Solstício de Verão Leste - Aldebaran - que marcava o Equinócio de Primavera Oeste - Antares - que marcava o Equinócio de Outono Nos mitos Strega, os Vigilantes eram deuses que guardavam os Portões dos Céus e da Terra. Com o passar do tempo, os gregos fizeram deles deuses dos 4 ventos, e os cristãos transformaram-nos em criaturas do Ar. Em Stregheria nós chamamos os elementos do altar. Os Grigori são do reino "mais elevado" e guardam os portais dos deuses. A feiticeira é velada e auxiliada pelos Grigori. Todo ato de magia é visto e registrado pelos Grigori. Isso não significa que os Grigori irão parar um trabalho, nós somos responsáveis por nossas próprias ações. Apenas que todo trabalho é registrado e todos devemos pensar sobre o que fazemos - antes - de fazermos. Eu pessoalmente vejo os Grigori como um tipo de 'consciência' por onde eu peso as coisas que eu desejo fazer e as conseqüências dos atos. Nosso primeiro encontro é quando nós convocamos o círcu-
Haradim, Devorador de Pecados
Recípere de 70 anos Pré-Vida: Hanz Razler, judeu alemão dono de
uma próspera fábrica de equipamentos náuticos, participou da Primeira Guerra Mundial ao lado de seu próprio país, e entrou em miséria após o Tratado de Versalhes, morrendo de fome. Sua alma foi encaminhada para a Cidade de Prata para que ele se tornasse um Hayyoth, mas ela acabou encaminhada aos Recíperes (conta-se que ele era um judeu, mas que tinha fortes contatos com a Escola de Yamesh e com os Cavaleiros Teutônicos, sendo um simpatizante da causa católica). Ele foi treinado pessoalmente por Meliael, o Resgatador das Almas Perdidas. Início da Vida: O treinamento de Haradim terminou logo que eclodiu a Segunda Guerra Mundial, quando ele foi encaminhado por Meliael para procurar por almas ávidas pela salvação em meio à miséria que a guerra estava causando na Alemanha. Andando entre os nazistas, Haradim viu o mal que existia nos corações destes soldados, e entrou em desespero por aquelas almas, que estavam condenadas ao Inferno. Descontrolado, Haradim atacou a
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própria alma de um general nazista, buscando "limpá-la" de toda aquela corrupção, e foi quando ele sentiu pela primeira vez o toque do Preconceito. Compreendendo a atuação deste tenebrita, Haradim desistiu da função dada por Meliael e assumiu como missão eliminar a essência do Preconceito das almas. Uma boa quantidade de almas de antigos generais nazistas foi purificada e levada à Cidade de Prata, graças a Haradim. Era Atual: Inimigo jurado do Preconceito, Haradim atua em países que tenham conflitos étnicos e culturais, sempre rastreando os tentáculos corruptores do Preconceito, para eliminá-los das almas dos inocentes e levá-los à Cidade de Prata. Meliael ainda desconfia do modus operandi de Haradim, temendo que seu antigo pupilo acabe ele próprio corrompido pelo Preconceito.
Inquisição Celestial e a Ishmerai, possuindo vários Recípere infiltrados entre os Inquisidores, em especial a um grupo de Inquisidores formado apenas por Recípere e destinados a caça e extermínio de Mercadores de Almas. Lutiah, o artífice orgulhoso
Recípere de 5000 anos Origem: Lutiah é mais um dos Recípere cuja
origem é desconhecida, não se sabendo como foi criado. Tudo sobre sua origem é especulação, e o que parece mais provável é que tenha sido um ferreiro na Terra, e que sua alma foi recrutada depois que os discípulos de Beriah viram seu potencial. Vida: Lutiah foi enviado ao Olympus junto com um pequeno grupo de Recípere em 3000 A.C. para aprender a arte do forja de itens mágicos com Hefesto, considerado o maior artífice da parte ocidental de Paradísia. Lutiah aprendera com perfeição tudo que o deus-ferreiro lhe ensinou, mas um dia, ao espionar Hefesto descobriu que este sabia como utilizar a energia do fio de prata de uma alma criar um item mágico. Ao notar a presença do anjo, Hefesto ficou irado por ter sido espionado e ordenou que Lutiah e seus companheiros fossem embora. De volta a Cidade de Prata, aperfeiçoou a técnica do forja de almas, permitindo não só aproveitar os pontos de magia contidos na alma, mas a essência da própria alma, adicionando habilidades adicionais ao objeto. Conta-se que Lutiah freqüentemente enviava provocações a Hefesto dizendo que “suas armas não passavam de pedaços de metal frágeis...”. Hefesto era um deus um tanto humilde, por ser aleijado, mas não admitia que sua maestria na forja fosse insultada, então decidiu responder as provocações da melhor maneira possível: com o ferro extraído das montanhas circundantes de Olympus, forjou uma espada, e a enviou de presente a Miguel, o príncipe dos Arcan jos. Lutiah também forjou uma espada e apresentou ao Príncipe de Guerra. Lutiah pediu então a Miguel que testasse o poder das duas armas, mas o Príncipe da Guerra já sabia qual das duas seria a melhor, mas mesmo assim, assentiu o teste. Quando a espada de Hefesto encontrou a espada de Lutiah, a arma forjada pelo Armeiro se espatifou em mil pedaços. Isso humilhou profundamente e enraiveceu a Lutiah, que prometeu um dia criar uma arma tão formidável que poderia concorrer com a própria espada dos Mil Sóis. Quanto a espada de Hefesto, Miguel a entregou a um de seus generais da Orbis Dei. Era Atual: Continua tentando forjar uma arma mais perfeita que a de Hefesto, mas nunca conseguiu. Nos últimos 500 anos Lutiah tem se dedicado exclusivamente a esta arma, para fazê-la melhor que qualquer arma já criada em Paradísia.
Hehiah, olho do conselho
Recípere de 1500 anos Pré-Vida: Gerdel era um dos muitos cristãos
que surgiram durante o início século IV, e assim como seus irmãos de fé foi perseguidos por Roma durante o governo de Diocleciano. Gerdel era paranóico e procurava organizar as reuniões de culto no maior segredo possível. Para conseguir melhorar a situação dos cristão, Gerdel também organizou uma rede de contatos onde conseguia informações sobre onde e como as perseguições seriam realizadas. Quando morreu os Recípere notaram sua habilidade em lidar com informações e o recrutaram para a Cidade de Prata. Vida: No Céu, já como Hehiah, encaixou-se entre os Big Brothers e aprimorou suas habilidades em lidar com informações, estudando métodos de esconder e criptografar as informações que chegavam a Torre dos Vigilantes. Hehiah aperfeiçoou inclusive o nível de criptografia dos documentos, criando o item mágico conhecido por Pergaminho dos Segredos, utilizando-se de Metamagia para aumentar a segurança das informações no item. Quando um dos mestres Big Brothers, Nesehed foi morto por uma conspiração arquitetada por Recípere traidores há alguns anos, Hehiah foi indicado para a função assumindo o posto e se destacando com louvor. Nesehed tinha a tarefa de obter informações dos anjos dentro da própria Cidade de Prata, visando descobrir a existência de caídos que ainda continuam no Céu e possíveis conspirações que possam levar a novas rebeliões. Era Atual: Apesar de ser mais paranóico que os outros mestres Vigilantes, Hehiah conduz seus subordinados de forma muito organizada, espalhando-os pela Cidade de Prata para coletar informações sobre possíveis traidores infiltrados da forma mais discreta possível. Hehiah atua em conjunto com a
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seus adversários Nimbus e também pela própria casta.
Merkhel, perscrutador da mansão dos mortos
Recípere de 400 anos
Uliael
Recípere com 900 anos
Origem: Luís de Lima Macário foi um jesuíta
que viveu na segunda metade do século XVI e viajou por vários lugares do mundo convertendo os gentios ao Cristianismo, especialmente entre os indígenas da costa brasileira. Ele faleceu no Brasil assassinado por indígenas que resistiam ao processo de colonização, capturado por uma tribo antropofágica e devorado. Vida: Ao chegar à Cidade de Prata, sua alma foi transformada em um Anjo Recípere Burocrata, e o recém-nascido Merkhel abraçou com fervor sua tarefa de conduzir as almas cristãs ao Paraíso. Porém, ele logo percebeu que havia muitas almas que se perdiam em Spiritum. Ele então idealizou um plano para resgatar essas almas: juntou-se às falanges da Orbis Spiritum, assumindo a liderança de uma Nau Celestial após algumas décadas. Seu local preferido de atuação situa-se na região próxima a Halzalee, por onde algumas raras almas fogem do Inferno e os Elfos Negros não se incomodam com os Anjos (pelo menos, não tanto quanto com qualquer outra criatura que invada seu território). Era Atual: Merkhel é muito respeitado por sua austeridade e seriedade, uma vez que não permite atitudes emocionais em sua Nau Celestial. Recentemente adquiriu a inimizade do Obscuri Nimbus Itiah, que teve alguns de seus contatos em Halzalee exterminados pelos esquadrões de Merkhel. Itiah ainda utiliza criaturas que “nadam” em Spiritum como forma de atacar a Nau Celestial.
Origem: Antonio de Cagliari foi um frade ita-
liano que viveu no final do século XI. Vivia envolto em estudo de magia e ocultismo, algo que não era bem visto pelos outros frades de seu convento. Quando algum tomo ou livro que contivesse algo sobre magia ou ocultismo era descoberto e confiscado pela Igreja, Antonio logo tratava de conseguir acesso a ele. Antônio possuía contatos no Vaticano que permitiram-no ter acesso aos ditos livros. Mas Antônio não teve muito tempo de continuar seus estudos, morrendo jovem, vítima da peste negra. Sua alma foi recrutada como o Recípere Uliael e treinado como um Mago. Vida: Os conhecimentos que Uliael havia adquirido sobre magia e ocultismo na Terra não abandonaram sua mente, e nem sua curiosidade sobre o místico arrefeceu. Ele então pediu permissão aos seus superiores para ir a Terra e estudar os livros e tomos místicos que a Igreja havia reunido em diversos séculos. Corria o ano de 1233, quando a Inquisição deflagrou-se sobre a Europa. Quando Uliael viu uma fogueira com livros sendo queimados por serem considerados heréticos, apavorou-se e logo tratou de se mexer para impedir. Ele acreditava que todo conhecimento, de origem pagã ou não, devia ser preservado e estudado. Por isso infiltrou-se na Inquisição e também na Ordem de São Cipriano, a qual manipulou secretamente e fez sua influência crescer por mais de um século, superando até mesmo o controle dos Nimbus em Roma. Uliael também agia disfarçado como um religioso mortal, tornando-se um dos responsáveis pela Biblioteca, e lá dentro foi ascendendo em influência até adquirir o controle quase total da hoje Biblioteca do Vaticano. O tempo fez com que Uliael percebesse o poder da informação, tornandose preocupado em controlar que m tinha ou não acesso aos preciosos tomos que haviam sido adquiridos durante décadas. Era Atual: Pode-se dizer que Uliael possui as “chaves” da Biblioteca do Vaticano a mais de quinhentos anos, mandando em todos aqueles que passaram por lá. Até hoje qualquer decisão de revelar ou não alguma uma informação contida em qualquer livro, pergaminho ou códice passa pelas mãos de Uliael.
Recherel, vidente da conspiração
Recípere de 2500 anos Origem: Outro dos mais antigos Recípere, sua
origem também é desconhecida. Vida: Recherel afirma que o plano dos Anciões Nimbus e de seus irmãos caídos seria tão ousado que suas manipulações alcançariam até mesmo celestiais poderosos, como Gabriel e Miguel. A grande influência de Recherel, no entanto, foi ofuscada por idéias que a maioria dos líderes da casta consideram absurdas, e o anjo foi caindo na descrença e perdendo sua influência com o passar do tempo. Era Atual: Por volta de 500 D.C. Recherel simplesmente desapareceu, não se sabendo se caiu, se foi destruído, está aprisionado em algum lugar ou simplesmente desapareceu para não ser perseguido por
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Aqui está o Caminho Anjos pelo qual tantos jogadores ansiaram. Este caminho é aquele utilizado pelos Anjos de Paradísia da mesma forma que os Humanos utilizam o Caminho Humanos. Sugiro ao narrador que humanos não possam aprender este caminho, a menos que realizem uma serie de missões muito difíceis que compensem seu aprendizado.
Criar Anjos
Pode emular um poder intuitivo (Aumento de Atributos ou Defesas) de nível UM de um anjo por um espaço de tempo (3d6 rodadas ou uma cena). Controlar Anjos
O mago grita uma ordem simples para um an jo, e ele, caso falhe num teste de WILL, obedecerá. A ordem pode ser “pare”, “corra”, “solte”, “mate” ou outra ordem simples. Em todo caso, a ordem nunca poderá durar mais de uma rodada.
Entender Anjos
Pode sentir a presença de uma criatura de Paradísia num círculo de 10 m de raio, apesar de não identificar exatamente quem seja ou de que raça é (o mago apenas sabe que ele está lá, mas não o vê). Pode influenciar um anjo colocando um idéia simples em sua cabeça, como medo, pressa, cansaço, alegria, tristeza.
Entender Anjos
Pode saber exatamente a posição de um ser de Paradísia numa área de até 50m de raio. Pode romper a forma invisível de um anjo, permitindo ao mago vê-lo e conversar com ele. Para isso testa-se 3D vs. WILL do anjo. Pode entender uma emoção básica de um anjo. Compreende uma língua de Paradísia sem tê-la estudado.
Criar Anjos
Permite modificar uma pequena parte do corpo angelical (que é mais etéreo que o humano), como formato da boca, formato do nariz, cor dos olhos e do cabelo, mudar de forma leve a cor das asas. Pode apagar manchas no corpo por um curto período de tempo, bem como cicatrizes.
Criar Anjos
Permite emular um poder de maior nível, como Aumento de Força 2 ou outro, durante um certo espaço de tempo.
Controlar Anjos
Ajuda a acalmar um anjo que esteja tentando agredir o mago ou outra pessoa (acrescenta modificador dobro em todos os testes que se destinem a isso).
Controlar Anjos
Controle mental de um anjo pelo olhar. O mago olha profundamente nos olhos de um anjo, e faz um teste de WILL vs. WILL do anjo. Caso o mago vença a disputa, o anjo fica sobre seu controle durante um curto espaço de tempo (3d6 rodadas ou uma cena).
Entender Anjos
Pode sentir uma característica básica de um anjo pelo toque, como peso, altura, idade, casta ou outras. Sente a presença de anjos em até 25 metros de raio, sabendo para que lado o anjo está (mesmo em forma invisível, mas se o anjo estiver assim o mago não o verá, apenas saberá a direção para onde está). Pode gritar uma pequena frase, e ela será ouvida em uma região de até 25 m, em Paradísia. Sem o uso de magia o mago consegue melhorar o entendimento do Enochiano (adiciona modificador FÁCIL nos testes de Enochiano).
Entender Anjos
O mago pode detectar a presença de um ser de Paradísia em um raio de 100m, mesmo que esteja camuflado através de poderes angelicais, mágicos ou em forma invisível. Criar Anjos
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O mago pode invocar a presença de um anjo de até cem anos de idade ou dois anjos de 50 anos que estejam no plano de Paradísia, Terra ou Spiritum.
Pode enxergar através dos olhos de uma criatura de Paradísia. Criar Anjos
Invoca a presença de anjos muito poderosos, não importando em que ponto da Roda dos Mundos eles estejam. Pode ser 1 anjo de 500 anos de idade, 2 de 250 anos, 4 de 100 anos ou 8 de 50 anos e deixá-los no local onde está por curto espaço de tempo.
Controlar Anjos
Pode controlar um pequeno grupo de anjos jovens (1d6 anjos) olhando em seus olhos. Pode controlar um anjo de até 50 anos de idade por toque.
Controlar Anjos
Um nível bastante perigoso de controle. Pode controlar um anjo com até 500 anos de idade, através de um poderoso e demorado ritual.
Entender Anjos
Permite ao mago enviar a um anjo no plano de Paradísia uma frase de até 25 palavras. Detecta um anjo num raio de 200m; localiza aproximadamente um anjo no plano de Paradísia.
Falar em deformações para este caminho parece não fazer sentido, mas a palavra deformações não significa necessariamente que todas as alterações na mente e no corpo do mago tenham que deixá-lo mais feio. O sentido da palavra é mais amplo, incluindo qualquer modificação, que torna o corpo do mago mais feito ou mais bonito. Parece que a tendência é que os estudiosos do Caminho dos Anjos se tornem cada vez mais parecidos com os anjos, tanto em corpo quanto em mente. No primeiro círculo a aura dos aprendizes torna-se mais luminosa, e sua aparência torna-se um pouco mais agradável. Considere que o mago ganhe +1 na constituição no que se refere a aparência. O mago fica mais belo ainda no segundo círculo. Ele ganha +2 em Constituição no que se refere a aparência. Nos círculos seguinte use uma regra prática: o mago ganha +1 em Constituição no que se refere a aparência para cada nível de focus que o personagem tiver no Caminho Anjos. Por volta do quarto círculo ele adquire uma espécie de alergia a hadjar, levando +1d6 de dano de armas feitas com hadjar. Esta deformação pode ser bloqueada usando-se um ritual apropriado. No quinto círculo aumenta a alergia por had jar, recebendo +1d6+2 de dano. No sexto círculo recebe +2d6 de dano por armas feitas de hadjar.
Criar Anjos
Pode conjurar a presença de 1 anjo de até 250 anos de idade, 2 anjos 100 anos ou 4 anjos de 50 anos; podem estar em qualquer ponto da orbe terrestre. O(s) anjo(s) aparece(m) em 3 rodadas. Pode emular até quatro poderes angelicais simples ou um poder superior. Pode ter Força 2 e Agilidade 2, ou IP 2 e Destreza 2, ou outros poderes distribuídos de igual forma. Controlar Anjos
Permite ao mago colocar sugestões póshipnóticas num anjo de até 250 anos. Possibilita ao mago rasgar a tessitura planar entre Terra e Paradísia e controlar um anjo no plano de Paradísia num raio de até 8 metros. Pode criar uma ligação emocional com um anjo, fazendo com que ele tenha um grande, um profundo afeto pelo mago. Isso facilitará em influenciar o anjo, pois ele não será somente um “zumbi angelical”, mas terá ao mago como um irmão ou amante.
Entender Anjos
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Del Debbio, Marcelo. Anjos: a Cidade de Prata . Daemon, 2004. Del Debbio, Marcelo. Trevas. Daemon, 2001.
Shaftiel, Antônio Augusto. Poderes Cabalísticos. 2003. Shaftiel, Antônio Augusto. Kits para Anjos: A Cidade de Prata e Demônios: A Divina Co média. 2003 Shaftiel, Antônio Augusto. Faces da Fé. 2005.
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Recíperes Nome ___________________________________________Data de Criação_______________ Casta _____________ Área de Atuação ______________________ Altura _____Peso _____ ) Local de Residência ________________________________ Idade: Aparente ( ) Real ( Atributo Constituição (CON) Força (FR) Destreza (DEX) Agilidade (AGI) Inteligência (INT) Força de Vontade (WILL) Percepção (PER) Carisma (CAR) Total
Original Modif.
Atual Teste (%) Pontos de Vida IP Pontos de Magia Pontos de Fé
Aprimoramentos
Armaduras :
Custo
Armas (
. Ata / Def / / / / /
)
Briga
Poderes Angelicais Perícias ( Língua Nativa (
Rituais / Itens Mágicos
Formas
Caminhos
Entender
(
)
Criar
(
)
Controlar (
)
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( ( ( (
) ) ) )
Crítico
Inicial Gastos
) )
30%
Dano
Total
Pacto [Nome do Vendedor], completamente capaz de suas capacidades mentais e espirituais, neste ato denominado Maldito. De outro lado, denominado Mercador, [Nome do Comprador], [Títulos], residente da [Plano de Origem]. Têm entre os mesmos, de maneira justa e acordada, o presente Pacto de Compra e Venda de Alma, ficando desde já aceito, pelas cláusulas abaixo descritas. Cláusula 1ª - Do Objeto do Pacto O presente tem como Objeto a alma, também conhecida como espírito ou presença ectoplásmica, com as características e nas seguintes condições acordadas: Parágrafo Primeiro : A alma objeto do presente pacto é usada, apresentando o mérito ou depreciamento de sua atual condição, visto seu histórico de pecados e vivência pessoal.
Cláusula 2ª - Das Responsabilidades Profanas Sem prejuízo do disposto no Parágrafo Único da Cláusula 1ª, o Maldito responde pelo estado da época da venda da alma, seja esta marcada pela depredação dos pecados ou imaculada e pura, pelo prazo de duração de sua vida mortal, a contar da data da do pacto, com exceção dos elementos que, em
Declaração anexa a este pacto, sejam excluídos pelas partes do âmbito da garantia. Parágrafo Único : A exceção prevista no caput da presente Cláusula somente é aplicável a elementos que não se relacionem, direta ou indiretamente, com a segurança da alma e cuja destruição, roubo ou alteração não impeçam a satisfação dos fins a que se destina.
Cláusula 3ª - Das Responsabilidades do Mercador É dever do Mercador de Almas verificar, até ao momento da entrega da alma, se o mesmo se encontra nas condições negociadas, conforme descritivo constante no quadro da Cláusula 3ª das Condições Particulares. Cláusula 4ª - Das Demais Responsabilidades Qualquer alteração espiritual, além daquelas que forem efetuadas na inspeção referida, e que não constituam elementos indispensáveis ao desejo do Mercador, apenas será efetuada mediante pedido escrito do Mercador e eventual revisão do preço pago na venda da alma. Cláusula 5ª - Do Preço e Forma de Pagamento O Mercador de Almas concorda em realizar o pagamento do preço acordado, sendo ele [descrever em detalhes o preço da alma, quaisquer que seja] sendo que este valor será dividido da seguinte forma: Parágrafo Primeiro : Na determinação do preço foram elementos da sua fixação as pendências espirituais da alma, bem como seu depreciamento e pureza.
Parágrafo Segundo : O preço referido acima inclui os meios e usos mágicos e sobrenaturais necessários para a conclusão do pacto. Parágrafo Terceiro : Sem prejuízo do disposto nas Cláusulas anteriores, a alma é vendida livre de quaisquer ônus ou encargos.
Cláusula 6ª - Das Condições Gerais do Pacto Perante qualquer anomalia verificada na alma, o Mercador deverá denunciála ao Maldito no prazo de [prazo para reclamação de anomalias], após o seu conhecimento. Parágrafo Primeiro : O Maldito não se responsabiliza pela utilização negligente da alma ou por defeitos ou vícios resultantes de operações de uso ou alteração. Parágrafo Segundo : O Mercador deverá manter o registro do pacto, caso ele seja realizado. Caso o registro se perca ou destrua, este pode perder seus direitos resultantes sobre aquela alma frente a outras entidades do Mercado de Almas e afins. Parágrafo Terceiro : A alma deverá estar no corpo do Maldito durante a entrega desta, salvo convenção escrita em contrário.
Cláusula 7ª - Da Transferência da Propriedade A Escritura de Compra e Venda será formalizada imediatamente após a venda da alma.
Cláusula 8ª - Das Disposições finais O presente pacto passa a vigorar entre as partes a partir da assinatura do mesmo, as quais elegem as leis cósmicas do Mercado de Almas e os próprios termos do presente pacto como fonte de informações para quaisquer dúvidas posteriores. Os herdeiros ou sucessores das partes contratantes se obrigam desde já ao inteiro teor deste pacto. E, por estarem de pleno acordo, as partes assinam o presente Pacto de Compra e Venda de Alma [Nome da cidade], [dia], [mês] e [ano]. [Nome completo do vendedor] [Nome completo do comprador]
