UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA DE PLANEJAMENTO E PROJETO
PRIMEIRO EXERCÍCIO ESCOLAR: ESTUDO SOBRE QUESTÕES DE PLANEJAMENTO E CONTROLE
PROFESSORA: ÍRIS EUCÁRIS ALUNA: YASMIN MENDONÇA DE FARIAS
RECIFE, JUNHO DE 2015.
QUESTÕES: 1) O QUE É PROJETO EM GESTÃO DE PRODUÇÃO?
O projeto deve propor o formato e os objetivos de produtos, processos de produção ou serviços a partir de um conceito ou ideia que motiva o desenvolvimento do que será criado. Todo conceito, independente de qual seja busca atender às necessidades dos supostos consumidores do produto ou serviço. 2) QUAIS OS OBJETIVOS A ATIVIDADE DO PROJETO DEVERIA TER?
Determinar o produto a ser entregue; Estabelecer a quantidade a produzir; Definir e prover o material a ser usado; Quantificar a necessidade de mão-de-obra; Calcular o prazo de execução.
3) O QUE SÃO TIPOS DE PROCESSOS?
São abordagens realizadas para gerenciar o processo de transformação e dependem do volume e da variedade dos outputs de uma operação. Na manufatura temos: Projeto; Jobbing; Lotes; Produção em massa; Processos contínuos; 4) ESTUDO DE CASO: VERENIGDE BLOEMENVEILING AALSMEER (VBA) - (LEILÕES FLORES UNIDAS, AALSMEER, HOLANDA) 4.1) QUAIS DOS CINCO OBJETIVOS DE DESEMPENHO (QUALIDADE, RAPIDEZ, CONFIABILIDADE, FLEXIBILIDADE E CUSTO) SÃO OS MAIS IMPORTANTES PARA INCORPORAR AO PROCESSO DO PROJETO DE VBA E POR QUÊ?
Rapidez e confiabilidade são os objetivos de desempenho que foram fortemente incorporados devido a sistemática e automação empregadas. A condução do leilão feita dessa forma segue com velocidade. Na técnica empregada, o leilão holandês , uma vez que o relógio escalonado é inicializado, o acionamento de cada comprador por um botão vai rapidamente processando os lances, lances únicos para cada transação, porque a compra é instantânea. O computador do leilão imprime a fatura do comprador a ser liquidada diariamente por carta de crédito ou dinheiro, que podem ser retirados nos bancos instalados nas proximidades do escritório do leilão. 4.2) COMO A TECNOLOGIA DE PROCESSO AJUDA ESSA OPERAÇÃO A ALCANÇAR SEUS OBJETIVOS?
Através da tecnologia aplicada, não há perda de tempo na avaliação do produto por parte dos compradores, todas as informações sobre o produto a ser leiloado podem ser vistas online nos telões do salão ou mesmo em vídeo monitores. A automatização no processamento dos lances, informações e nos pagamentos são fatores chave na eficiência e no baixo custo das operações. Este tempo economizado se traduz em produtos mais frescos de maior qualidade, consequentemente, clientes mais satisfeitos, bem como atraindo mais vendedores e maiores lances. 4.3) DESENHAR O FLUXO DE FLORES NA OPERAÇÃO VBA. QUAIS SÃO OS PONTOS CRÍTICOS NESSE FLUXO?
Durante a noite anterior ao leilão: Seção do Leilão
Contenedores-padrão
Gaiolas-padrão
Armazém resfriado
Manhã do leilão:
Inspeção de Qualidade VBA Seção dos Compradores
Formulário de Entrega Centros de distribuição
Telões e monitores do Leilão
Compradores
Figura1. Gaiolas-padrão recebedoras dos lotes de flores.
Figura 2. Seção dos compradores: espaços alugados por compradores, exportadores e atacadistas para recebimento e arrumação dos lotes comprados
Figura 3. Caminhões transportadores: responsáveis pelo transporte das flores resfriadas para a Seção de Compradores. Pontos críticos: Transporte e acondicionamento do produto. Como o fluxo das operações é muito dinâmico e veloz, qualquer problema ou atraso no fornecimento pode comprometer todo o sistema. Da mesma forma, quaisquer problemas de logística interna pode afetar a qualidade do produto. 5) POR QUE OS PROJETOS DE PRODUTO E SERVIÇO E O PROJETO DE PROCESSO DEVERIAM SER CONSIDERADOS INTERATIVAMENTE? Cria possibilidade de melhorias significativas seja do produto ou serviço, ou mesmo do processo. Torna possível a execução dos projetos finais, uma vez que considera as limitações do processo de produção, bem exige do projeto do processo de produção que seja desenvolvido atendendo às necessidades de longo prazo dos produtos ou serviços. Otimiza tempo de lançamento do produto ou serviço porque permite que se alcance o equilíbrio sobre os próprios investimentos mais rapidamente. 6) COMO DEVERIA SER GERENCIADO O PROJETO INTERATIVO? Tomando as decisões o mais cedo possível, empregando o desenvolvimento simultâneo. Buscando a resolução de conflitos que comprometem ou atrasam a tomada de decisão. Usando uma estrutura organizacional baseada em projeto, de forma que equipes de projetistas possam trabalhar de maneira focada dedicando-se a um só projeto ou grupo de projetos. 7) POR QUE É IMPORTANTE UM BOM PROJETO DE PRODUTO E SERVIÇO?
Pois um bom projeto de produção e serviço é aquele que traduz as necessidades dos consumidores na forma e configuração do produto ou serviço, e dessa forma especificar as capacitações exigidas da operação produtiva.
8) QUAIS SÃO OS ESTÁGIOS NO PROJETO DE PRODUTOS E SERVIÇO?
Quando os administradores de uma empresa lançam um produto, esperam que sua vida útil seja longa e produtiva. Contudo, eles sabem o produto não venderá para sempre, ou seja, ele possui um “ciclo de vida”. Este ciclo é evidenciado através de cinco estágios:
Desenvolvimento do produto: é quando a empresa tem a ideia e começa todo o estudo de viabilidade, produtividade e desenvolvimento. Neste período, o produto ainda não está no mercado, portanto, suas vendas estão zeradas e os custos de investimentos são crescentes. Introdução: período em que o produto é lançado no mercado, onde suas vendas vão crescendo lentamente. Não há lucros nesta fase, em virtude dos custos para colocar este produto no mercado. Crescimento: período de aceitação rápida pelo mercado e de lucros crescentes. Maturidade: período de baixo crescimento nas vendas. Os níveis de lucro tornamse estáveis ou diminuem, em função dos gastos que a empresa tem para defender o produto da concorrência. Declínio: é quando as vendas e os lucros começam a cair.
O tempo que um produto permanece em cada uma das fases acima é muito variável. Algumas empresas, ao perceberem que um de seus produtos entrou na fase de Declínio, promovem intensa divulgação, fazem modificações substanciais no produto e tentam reposicioná-lo para o estágio de crescimento. 9) ONDE UMA OPERAÇÃO PRODUTIVA DEVE ESTAR LOCALIZADA? A divisão da localização pode ser dividida entre a influências do lado do suprimento e do lado da demanda. Do lado do suprimento os fatores que influenciam são mão-de-obra, terra e custos de utilidade, que podem mudar à medida que a localidade muda. Já para o lado da demanda incluem a imagem da localização, sua conveniência para os consumidores e a adequação do local. 10) POR QUE UMA EMPRESA DEVE ADOTAR A PERSPECTIVA DE REDE DE SUPRIMENTO TOTAL? Para ajudar a operação a compreender como pode competir de forma efetiva dentro da rede. Podendo também identificar ligações significativas dentro da rede e, assim, identificar mudanças estratégicas de longo prazo que afetam a operação. 11) COMO DEVERIA SER O PROJETO DETALHADO DE CADA ARRANJO FÍSICO? O arranjo físico (em inglês lay-out) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: instalações, máquinas, equipamentos, pessoal de produção. Mudanças relativamente pequenas na localização de uma máquina numa fábrica ou dos produtos em um supermercado podem afetar o fluxo de materiais ou de pessoas, dessa forma podendo afetar positiva ou negativamente os custos e a eficácia da operação. As razões práticas pelas quais as decisões de arranjo físico são importantes são as seguintes:
Mudanças de arranjo físico são freqüentemente atividades difíceis e de longa duração, por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação movidos, além das mudanças necessárias em termos de alimentação de energia, entre outras; O rearranjo de uma operação existente pode interromper seu funcionamento suave, levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção; Um arranjo físico errado gera padrões de fluxo confusos e longos, estoques de materiais, filas de clientes, resultando em tempos de processamento longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos.
O fluxo para tomada de decisão por qual arranjo físico empregar segue na Figura 4. A partir desse momento, o projetista pode iniciar a terceira fase do processo, que é o projeto detalhado do arranjo físico, quando a posição de todos os recursos de transformação é definida, gerando os fluxos de recursos transformados que passarão pela produção. Em geral, são as características de volume e variedade de processo que ditam o tipo de arranjo (Figura 5).
Figura 4. Decisão de arranjo físico e projeto.
Figura 5. Arranjo físico por tipo de processo e exemplos de aplicação. Arranjo físico posicional: os recursos que estão sendo transformados (materiais, informações ou consumidores) não se movem, enquanto todos os recursos de transformação como equipamentos e pessoal devem se mover para ou na região onde está sendo feito o processo de produção. Aplica-se nos casos onde o recurso a ser transformado é muito grande, ou, ao contrário, são muito delicados para serem movidos, ou ainda não querem ser movidos. Exemplos: construção de uma rodovia, restaurante de alta classe (em geral não oferecem refeição por quilo), cirurgias (não podem ser feitas com o paciente andando), estaleiro (construção de navios). Arranjo físico por processo: É bastante comum encontrarmos operações onde os processos de transformação são muito importantes na tomada de decisão sobre o tipo de arranjo físico a adotar, e dentro dessas operações, ainda podem ser identificadas aquelas onde existem muitos recursos de transformação (equipamentos e instalações) similares, que por conveniência de controle e administração, devem ficar juntos: nos hospitais, os equipamentos de raio-x em geral são colocados em uma única região, devido às necessidades de proteção; os laboratórios também se concentram em uma região, assim como centros cirúrgicos, e uma ampla gama de outros exemplos que podem ser citados. Na fabricação de componentes mecânicos, alguns processos exigem instalações e pessoal específico e treinado, sendo portando mais fácil a administração desses equipamentos se forem colocados juntos, conforme sua característica; nos supermercados,
não vemos carne misturada com peixe, ou verduras misturadas com pães. Os setores são separados conforme o tipo de produto a oferecer. Arranjo físico celular: Essa técnica foi inventada pelos russos ainda no século XX, nos anos 30, mas acabou sendo implementada com sucesso pelos japoneses. Os recursos a serem transformados são separados em famílias de peças que possuem processos de fabricação idênticos ou muito similares, permitindo que todos os recursos de transformação necessários para sua produção sejam colocados juntos, permitindo a produção sem interrupção de determinado lote de peças. Terminada a operação em uma célula, o lote de peças segue para outra célula, e assim por diante até sua conclusão. Como resultado, o tempo total de fabricação é extremamente reduzido, assim como o estoque em processo (Figura 6).
Figura 6. Loja de departamentos, com diferentes células de serviço. Arranjo físico por produto: No caso de produção em larga escala ou produção em massa, os recursos de transformação (instalações e pessoas) devem ser dispostos de tal forma que não exista perda de tempo para mudança de processo de uma máquina para outra. Assim sendo, a sequência prevista para o processo é exatamente a mesma na qual os recursos ficam arranjados fisicamente. Permite-se assim a produção em larga escala, com baixos custos (Figuras 7 e 8).
Figura 7. Fabricação de papel.
Figura 8. Centro de alistamento militar. 12) QUAIS SÃO OS TIPOS DE ARRANJO FÍSICO BÁSICO USADOS EM PRODUÇÃO? Arranjo físico posicional ; Arranjo físico por processo; Arranjo físico celular ; Arranjo físico por produto.
13) O QUE É TECNOLOGIA DE PROCESSO? São máquinas, equipamentos e dispositivos que de acordo com essa definição, todo equipamento utilizado pela empresa para transformar matérias-primas e conhecimentos em novos produtos, podem ser considerados como tecnologia de processos. 14) QUAIS SÃO AS TECNOLOGIAS DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS MAIS SIGNIFICATIVAS?
Máquinas e/ou ferramentas de controle numérico, robôs, sistemas flexíveis de manufatura, veículos guiados automaticamente e sistema de manufatura integrada por computador. 15) COMO A TECNOLOGIA DE PROCESSO É ESCOLHIDA? Pode ser avaliada através da análise de três dimensões: Pelas exigências do mercado: Onde será estimado o impacto que a tecnologia de processo terá sobre a qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo. Pelos recursos da operação: Nessa avaliação serão observados as restrições e capacitações que a tecnologia de processo trará. Pela avaliação financeira: Envolve a avaliação do valor presente líquido . 16) QUAIS TEM SIDO AS PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS NA PRÁTICA DO PROJETO DO TRABALHO?
Divisão de trabalho: Dividir o total das tarefas em pequenas partes de forma que cada uma é desempenhada por uma só pessoa. Administração Cientifica: Todos os aspectos do trabalho devem ser estudados de forma científica para estabelecer leis, regras para melhores métodos de trabalho. Ergonomia: Há primeiramente a preocupação com os aspectos fisiológicos do projeto de trabalho. Deve haver uma adequação entre pessoal e trabalho que realiza. Empowerment: Concentra-se
em aumentar a autonomia que os indivíduos têm conforme a natureza de seus trabalhos. Tendo como benefícios, respostas mais rápidas às necessidades dos consumidores, as insatisfações dos clientes, empregados sentem-se melhor a respeito dos seus empregos.
Trabalho em equipe e projeto de trabalho: Equipe de melhoria da qualidade, força tarefa de melhoria, equipe com um dispositivo organizacional. Com o objetivo do aumento da produtividade, qualidade, satisfação, implementação de mudanças tecnológicas no ambiente de trabalho facilitadas. Trabalho Flexíveis: Envolve indivíduos que sejam capazes de mudar a natureza de seus trabalhos, o tempo despendido e a localização onde os trabalhos são desempenhados. 17) O QUE É PLANEJAMENTO E CONTROLE? Planejamento, programação e controle formam um processo que deve ser repetido todo mês, toda semana, todos os dias. Compõem o conjunto de atividades frequentes que garantem a continuidade operacional. 18) QUAL A DIFERENÇA ENTRE PLANEJAMENTO E CONTROLE? O plano determina o que vai ser feito e com quais recursos. A programação ou organização sequência e abastece com ordens os centros produtivos. Por fim, se dá o controle ou monitoramento, assegurando que o executado esteja dentro do previsto. De modo que:
Caso não haja desvios, segue-se executando e controlando; Mesmo sem a ocorrência de desvios, podem-se analisar os processos buscando melhorias contínuas por meio da implementação de ações preventivas; Caso ocorram desvios, deve-se buscar identificar causas e implementar ações corretivas.
19) O QUE É CAPACIDADE DE PRODUÇÃO? Volume de bens e/ou serviços que uma empresa pode produzir durante um período de trabalho já pré-determinado, onde pode ser medido por dias, meses ou anos. 20)O QUE É ESTOQUE? O estoque ocorre em operações produtivas quando ritmos de fornecimento e de demanda são diferentes. São usados para atender às necessidades decorrentes dessas diferenças (fornecimento e demanda) de uso na produção ou na comercialização. Todas as operações mantêm estoques de algum tipo. Alguns tipos de operação, como os serviços profissionais, manterão níveis baixos de estoque, enquanto outras, como as operações de varejo ou armazéns, vão manter grandes quantidades de estoque de mercadorias para vendas. 21) POR QUE O ESTOQUE É NECESSÁRIO? Há quatro principais razões para manter estoque: Estoque isolador – também chamado de estoque de segurança, tem como propósito compensar as incertezas inerentes a fornecimento e demanda. Estoque de ciclo – ocorre porque um ou mais estágios na operação não podem fornecer todos os itens que produzem simultaneamente. Estoque de antecipação – Mais comumente usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis. Também pode ser usado quando as variações de fornecimento são significativas, como em alimentos sazonais enlatados. Estoque de canal de distribuição – existe porque o material não pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda.
22) O QUE É MRP? MRP significa “manufacturing resource planning”, ou planejamento das necessidades materiais, e funciona como um sistema de cálculo que prevê a demanda em função das necessidades. Assim, o método é capaz de informar ao empresário a quantidade necessária de matéria-prima ou componentes para se manter no estoque, com o intuito de fazer com que produção não atrase. O MRP é um sistema computadorizado de controle de inventário e produção criado com a intenção de aperfeiçoar a gestão do estoque e reduzir custos. Em geral, um MRP é alimentado com dados sobre o calendário de produção, a política de lotes mínimos e máximos, o estoque de segurança e a base de clientes recorrentes. Como saída, ele oferece informações sobre o plano diretor de produção, índices de performance e dados para compra de matéria-prima. Desta forma, o MRP é indicado quando a utilização de algum material ou componente é altamente instável durante o ciclo normal da empresa. 23) QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UM SISTEMA MRP?
Lista de material (BOOM): Todos os produtos da linha de fabricação devem ser "explodidos" em todos os seus componentes, subcomponentes e peças. Um grande
número de empresas, mesmo já atuando no mercado há anos, não dispõe de relação de materiais. Algumas outras dispõem de duas, um para o pessoal de custos e outra para a fabricação e compras. Outra dificuldade é manter atualizada a lista de material, o que normalmente é uma atribuição da engenharia. As constantes mudanças na tecnologia e nas exigências do mercado tornam constantes tais alterações. Em muitos softwares hoje disponíveis no mercado, essas alterações podem ser facilmente programadas, ficando por conta do software efetuar as alterações nas datas previstas. Controle de estoques: a informação sobre os estoques disponíveis é essencial para a operação de um sistema MRP. Como o número de empresas que dispõem de sistemas computadorizados de controle de estoques é maior que o das que dispõem de um MRP, os softwares mais usuais tratam as duas coisas como módulos do sistema. Assim, tem-se um módulo de estoques e um outro de MRP, que podem, evidentemente, ser integrados. Estoques de segurança devem ser contemplados nos sistemas MRP, a fim de absorver eventuais ocorrências não previstas, como greves, inundações, etc. Plano mestre: o plano mestre retrata a demanda a ser atendida, já depurada dos fatores externos. Isto é, aquilo que deve ser efetivamente produzido. Por se tratar de uma previsão, contém as incertezas inerentes ao futuro. O sistema MRP deve contemplar as possibilidades de alteração nas demandas previstas. Aliás, existem sistemas que trabalham em tempo real, ou seja, em resposta a qualquer alteração, seja na demanda, seja no nível de estoques, decorrente, por exemplo, de um recebimento, o sistema atualiza imediatamente todos os dados. Os mais comuns, entretanto, fazem os cálculos periodicamente, em geral uma vez por dia. Compras: um dos produtos do MRP, como já mencionado, é uma relação dos itens que devem ser comprados. A partir dessa listagem o departamento de compras pode atuar. Com o advento das parcerias, é grande o número de empresas que têm seus sistemas interligados, e os pedidos de reabastecimento são feitos diretamente pelo computador. Trata-se do EDI (Electronic Data Interchange) que atualmente está sendo substituído com vantagens pela Extranet/Internet.
24) O QUE É O JUST IN TIME E COMO DIFERE DAS PRÁTICAS DE OPERAÇÕES TRADICIONAIS? Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. O termo just in time é
em inglês, e significa na hora certa.
Figura 9. Fluxo just in time. Fonte: Wilmers, R. A. M. – Módulo 6, fascículo 6. No modelo tradicional, a existência de um estoque amortecedor entre as diferentes operações permite que cada uma trabalhe de forma mais ou menos independente um a da outra, permitindo que os estágios A, B e C continuem trabalhando a partir do estoque residual que existe em cada etapa, por mais algum tempo. Maior o estoque isolador ou amortecedor, mais as operações se tornam independentes entre si. Já, na abordagem JIT, deixa de existir o estoque amortecedor entre as distintas operações, e assim elas tem, por exigência do modelo, que adotar uma abordagem compartilhada para a solução de problemas. Se um estágio para de produzir por alguma razão, rapidamente os demais estágios da cadeia percebem o problema. Dessa forma, mais cabeças irão participar na tentativa de solucionar o problema daquele estágio que parou, ampliando-se assim as possibilidades de encontrar uma solução. 25) QUAIS SÃO AS TÉCNICAS DE JIT? Just In Time procura refletir uma filosofia e um conjunto de técnicas utilizadas pelas
indústrias japonesas a partir da revolução iniciada na década de 60 por Deming: FAZER AS COISAS SIMPLES FAZER CADA VEZ MELHOR ELIMINAR OS DESPERDÍCIOS
É tipicamente uma filosofia que dá ênfase à eliminação do desperdício e ao alto valor agregado. Assim sendo, a filosofia JIT baseia-se em eliminar desperdícios, envolver os funcionários na produção, e no esforço pelo aprimoramento contínuo. Desperdício, conforme Slack, é definido como qualquer atividade que não agrega valor: superprodução, tempo de espera, transporte, perdas de tempo no processo, estoques, movimentação das pessoas, produtos defeituosos.