Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
Livro: Livro: Geometria Geometria Euclidiana Euclidiana Plana - SBM (Jo˜ ao Lucas Marques Barbosa) ao nibblediego@ nibblediego @gmail.com Compilado dia 24/11/2015
O livro do Jo˜ao ao Lucas de Geometria Euclidiana Plana apresenta uma Geometria que quase beira a inutilidade. Publicado inicialmen inicialmente te em 1995 vem sendo usado at´ e hoje, quase 20 anos depois, nos cursos de licenciatura em matem´atica. atica. O documento a seguir traz algumas respostas dessa obra, embora ainda n˜ao ao esteja completo devido `a falta de tempo. Pode haver tamb´ em em uma ou outra passagem obscura, ou mesmo v´arios arios erros de portuguˆes es e codifica¸c˜ caao. ˜ o. Assi Assim m se o leito leitorr iden identi tific ficar ar algum problema desse tipo, uma virgula errada que seja, sinta-se a` vontade vontade para avisar-me avisar-me por e-mail. e-mail. Caso, Caso, deseje deseje a judar ainda mais pode p ode enviar-me as respostas dos exerc´ exerc´ıcios que ainda faltam. O que certamente agilizaria a finaliza¸c˜ cao ˜ao desse solucion´ario. ario.
Para obter as atualiza¸c˜ c˜oes oes desse documento e ter acesso a outros exerc´ıcios ıcios resolvidos acesse: www.number.890m.com EXERC´ICIO PAGINA 7 1. Sobre uma reta marque quatro pontos A, B, C e D, em ordem, da esquerda para a direita. Determine: a) AB ∪BC b) AB∩BC c) AC ∩BD d) AB∩CD e) S AB ∩SBC f ) SAB ∩SAD g) S CB ∩SBC e) S AB ∪SBC Solu¸ c˜ ao: a) AC
b) B
c) BC
d)
∅
e) S BC
f ) SAB
1
g) BC
h) SAB
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
2. Quant Quantos os pontos pontos com comuns uns a pelo menos menos duas retas retas pode ter um conjunto conjunto de 3 retas retas no plano? E um conjunto de 4 retas do plano? Solu¸ c˜ ao: Na pior das hip´oteses oteses teremos teremos 3 retas r 1 , r 2 e r 3 que ser˜ao ao distintas. distintas. Assim formar˜ formarao a˜o pontos Pij de intercess˜ ao conforme indicado na tabela abaixo: ao
•
r1
r1 r2 r3
–
r2 P12
P21 P31
–
r3 P13 P23
P32
–
A tabela tabe la possui poss ui trˆes es linhas e trˆes es colunas logo o numero de c´elulas elulas ´e 3 · 3 = 9. Os elementos das diagonais s˜ao ao nulos (pois as retas n˜ ao podem se interceptar com elas mesao mas), assim o numero de pontos de intercess˜ao ao passa a ser (3 · 3 − 3) = 6 Como os pontos P12 e P21 s˜ao ao o mesmo ponto de intercess˜ao, ao, nesse caso entre as retas r1 e cao a˜o ocorre para os demais pontos ent˜ao ao o numero de pontos de intercess˜aaoo r2, e a mesma situa¸c˜ distintos s˜ ao: ao: 6 3(3 − 1) = =3 2 2 Se tiv´essemos essemos n retas com racioc racio c´ınio an´alogo alogo chegar´ chegar´ıamos a formula numero de retas. Assim para n = 3 temos 3 pontos e para n = 4 temos 6 pontos.
n(n − 1) onde n ´e o 2
3. Prove o item (b) da proposi¸c˜ cao a˜o (1.4). Solu¸ c˜ ao: Definido as semi-retas se tem que: a entre A e X} SAB = { AB e os pontos X | B est´ SBA = { BA e os pontos X | A est´ a entre B e X }
Como AB = BA ent˜ ao se torna evidente que AB ∈ SAB ∩ SBA. Ago ao Agora ra imagine imagine um ponto D tal que D ∈ SAB ∩ SBA porem n˜ao ao perten¸ca ca a AB . Pode ocorrer ent˜ao ao dois casos: / SBA o que contraria a • A–B–D: (B est´a entre A e D), nesse caso D ∈ SAB mas D ∈ hip´ otese. otese. / SAB que novamente contraria a hip´otese. otese. • D–A–B: nesse caso D ∈ S BA mas D ∈ Ou seja, n˜ ao ao existe um ponto D ∈ / AB e que q ue tamb´em em perten per ten¸ca c¸a a S AB ∩SBA . Conclui-se assim que SAB ∩SBA = AB .
2
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
2. Quant Quantos os pontos pontos com comuns uns a pelo menos menos duas retas retas pode ter um conjunto conjunto de 3 retas retas no plano? E um conjunto de 4 retas do plano? Solu¸ c˜ ao: Na pior das hip´oteses oteses teremos teremos 3 retas r 1 , r 2 e r 3 que ser˜ao ao distintas. distintas. Assim formar˜ formarao a˜o pontos Pij de intercess˜ ao conforme indicado na tabela abaixo: ao
•
r1
r1 r2 r3
–
r2 P12
P21 P31
–
r3 P13 P23
P32
–
A tabela tabe la possui poss ui trˆes es linhas e trˆes es colunas logo o numero de c´elulas elulas ´e 3 · 3 = 9. Os elementos das diagonais s˜ao ao nulos (pois as retas n˜ ao podem se interceptar com elas mesao mas), assim o numero de pontos de intercess˜ao ao passa a ser (3 · 3 − 3) = 6 Como os pontos P12 e P21 s˜ao ao o mesmo ponto de intercess˜ao, ao, nesse caso entre as retas r1 e cao a˜o ocorre para os demais pontos ent˜ao ao o numero de pontos de intercess˜aaoo r2, e a mesma situa¸c˜ distintos s˜ ao: ao: 6 3(3 − 1) = =3 2 2 Se tiv´essemos essemos n retas com racioc racio c´ınio an´alogo alogo chegar´ chegar´ıamos a formula numero de retas. Assim para n = 3 temos 3 pontos e para n = 4 temos 6 pontos.
n(n − 1) onde n ´e o 2
3. Prove o item (b) da proposi¸c˜ cao a˜o (1.4). Solu¸ c˜ ao: Definido as semi-retas se tem que: a entre A e X} SAB = { AB e os pontos X | B est´ SBA = { BA e os pontos X | A est´ a entre B e X }
Como AB = BA ent˜ ao se torna evidente que AB ∈ SAB ∩ SBA. Ago ao Agora ra imagine imagine um ponto D tal que D ∈ SAB ∩ SBA porem n˜ao ao perten¸ca ca a AB . Pode ocorrer ent˜ao ao dois casos: / SBA o que contraria a • A–B–D: (B est´a entre A e D), nesse caso D ∈ SAB mas D ∈ hip´ otese. otese. / SAB que novamente contraria a hip´otese. otese. • D–A–B: nesse caso D ∈ S BA mas D ∈ Ou seja, n˜ ao ao existe um ponto D ∈ / AB e que q ue tamb´em em perten per ten¸ca c¸a a S AB ∩SBA . Conclui-se assim que SAB ∩SBA = AB .
2
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
4. Prove a afirma¸c˜ c˜ao ao feita, no texto, de que existem infinitos pontos em um segmento. Solu¸ c˜ ao: Dada uma reta r com os pontos A e B distintos, suponha por absurdo que entre A e B exista um conjunto conjunto finito de pontos. pontos. Por defini¸ definic˜ c¸ao a˜o um conjunto ´e finito quando pode p ode ser colocado em corresp corr espondˆ ondˆencia enci a biun biu n´ıvoca ıvoc a com N. Assim Assim teremos teremos que AB = {P1 , P2 , ..., Pn }, que significa que AB ´e um conjunto conj unto com com n n elementos. Tomando agora um ponto Pk (k ≤ n) e o ponto Pk 1 pelo axioma II2 existe um ponto Pr , (k − 1 < r < k ) tal que Pk 1 – Pr – Pk o que seria um absurdo pois nesse caso AB teria n + 1 elementos. −
−
5. Sejam P = {a,b,c}, m 1 = { a, b}, m 2 = { a, c}, m 3 = { b, c}. Chame P de plano e m e m 1 , m 2 e m3 de retas. Verifique que nesta “geometria” vale o axioma I2 . Solu¸ c˜ ao: Basta observar que todas as combina¸c˜ c˜oes oes poss p oss´´ıveis entre entr e os 3 pontos p ontos do d o plano pla no P, tomados dois a dois pertence a uma das trˆ es es retas dessa geometria. Por exemplo, as combina¸c˜ c˜oes oes poss pos s´ıveis s˜ao: ao: ab, ac, ba, bc, ca e cb. Note Note que por ab passa passa somen somente te uma reta, a reta reta m1 . Do mesmo mesmo modo modo pelos demais pares de pontos passam apenas uma das retas citadas ( m1 , m2 , m3 ). O que most mostra ra que nessa geometria vale o axioma I2 .
6. Os exemplos mais simples de conjuntos convexos s˜ao ao o pr´oprio oprio plano e qualquer semi-plano. Mostre que a interse¸c˜ c˜ao ao de dois semi planos ´e um convexo. convexo. Solu¸ c˜ ao: Imagine os semi planos S 1 , S 2 e S 3 tal que S 3 = S 1 ∩ S 2 , tomando dois pontos P 1 e P 2 ambos pertencentes a S3 ent˜ ao: ao: P1 ,P2 ∈ S1 ,S2
Seja S 1 e S 2 convexos ent˜aaoo P 1 P2 ∈ S 1 , S 2 e portanto pertence a interse¸c˜ cao, a˜o, assim S 3 ta tamb´ mb´em ´e conve co nvexo xo..
7. mostre que a intercess˜ao ao de n semi-planos ´e ainda um convexo. convexo. Solu¸ c˜ ao: Considere os semi planos α planos α 1 , α2 ,...,αn todos convexos. Seja B = {α1 ∩ α2 ∩, ..., ..., ∩αn } considere os pontos X e Y pertencentes a B. Isso implicar´a no fato de que X e Y pertence a α1 , α2 ,...,αn como todos esses semi-planos s˜ao ao convexos ent˜ao ao o segmento XY pertence a α1 , α2 ,...,αn logo tamb´em em pertence pert ence a intercess˜ao ao e portanto tamb´ em em pertencem a B, o que mostra que B ain ainda da ´e convexo.
3
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
8. Mostre, exibindo um contra exemplo, que a uni˜ao de convexos pode n˜ao ser um convexo. Solu¸ c˜ ao: Os quatro retˆangulos (em cinza) abaixo s˜ao figuras convexas e a uni˜ao deles formam uma figura com uma cavidade (parte em branco) e portanto cˆoncava. A
B
C
D
9. Trˆes pontos n˜ao colineares determinam trˆes retas. Quantas retas s˜ao determinadas por quatro pontos sendo que quaisquer trˆes deles s˜ao n˜ ao colineares? Solu¸ c˜ ao: Analogamente ao exerc´ıcio trˆes construiremos a seguinte tabela, onde rij ´e a reta determinada pelos pontos Pi e P j .
o numero de retas ser´a
•
P1
P1 P2 P3
–
P2 r12
r21 r31
–
P3 r13 r23
r32
–
3(3 − 1) n(n − 1) = 3 e para n pontos . 2 2
10. Repita o exerc´ıcio anterior para o caso de 6 pontos. Solu¸ c˜ ao: Para 6 pontos (n = 6),
6(6 − 1) = 15, ter´ıamos 15 retas. 2
4
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
EXERC´ICIO PAGINA 9 1. Discuta a seguinte quest˜ao utilizando apenas os conhecimentos geom´etricos estabelecidos, at´e agora, nestas notas: “Existem retas que n˜ao se iterceptam”? Solu¸ c˜ ao: Sim, retas que s˜ao paralelas como indica a proposi¸c˜ao 1.1.
2. Prove que, se uma reta intercepta um lado de um triˆ angulo e n˜ao passa por nenhum de seus v´ertices, ent˜ao ela intercepta tamb´ em um dos outros dois lados. Solu¸ c˜ ao: Dado um triˆangulo ABC e uma reta r, se r intercepta o segmento AB ent˜ ao A est´a do lado oposto a B em rela¸ca˜o a reta r. Como por hip´otese r n˜ao passa por C ent˜ ao C est´ a do lado de A ou ent˜ao de B . Se C est´ a do lado de A ent˜ ao C esta contr´ario a B e r intercepta BC . Se C est´ a do lado de B ent˜ ao ´e contrario a A e r e intercepta AC logo sempre intercepta um dos lados.
3. Repita o exerc´ıcio 2 para o caso de 5 e 6 retas. Fa¸ca uma conjectura de qual ser´a a resposta no caso de n retas. Solu¸ c˜ ao: Aproveitando o resultado para n retas j´a obtido teremos: Para n = 5:
5(5 − 1) = 10 2
Para n = 6:
6(6 − 1) = 15 2
4. Mostre que n˜ ao existe um exemplo de uma “geometria” com 6 pontos, em que sejam validos os axiomas I 1 e I2 e em que todas as retas tenham exatamente 3 pontos. Axioma I1 . Qualquer que seja a reta existem pontos que pertencem a reta e pontos que n˜ao pertencem `a reta. Axioma I 2 . Dado dois pontos distintos existe uma u ´nica reta que contem esses pontos. Solu¸ c˜ ao: Tomando uma reta r = {P1 , P2 } por hip´otese existe um Q1 ∈P ( P ´e o conjunto de pontos da geometria), diferente de P1 e P 2 . Seja Q 2 ∈ P e diferente de P 1 , P 2 e Q 1 , tamb´em por hip´otese, temos que Q 2 ∈ / r pois r j´a possui 5
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
3 pontos. Logo, existe uma reta s = {P1 , Q2 } e que contem um ponto Q 3 ∈ P com Q 3 = P 1 , P2 , Q1 , Q2 . Agora tome Q4 ∈ P com Q4 = otese Q4 ∈ / r, s pois, P1 , P2 , Q1 , Q2 , Q3 . Novamente por hip´ ambos j´ a possuem trˆes pontos. Logo deve existir uma reta t = {P1 , Q4 } que deve conter (por hip´ otese), um terceiro ponto Q 5 . Temos ent˜ao Q 5 = P 1 e Q 5 = Q 4 e, por constru¸ca˜o, Q 5 = Q 1 e Q 5 = P 2 , pois r = t , Q 5 = = t . Isto nos leva a uma contradi¸ca˜o pois Q 5 seria o Q 2 e Q 5 = Q3 , pois s s´etimo ponto da geometria dada.
5. Se C pertence a S AB e C = A, mostre que: S AB = S AC , que B C ⊂ S AB e que A ∈ / BC . Solu¸ c˜ ao: Dada a semi reta S AB pelos pontos A e B determinamos a semi reta SBA onde pela proposi¸c˜ao 1.4 pode-se gerar uma reta m. Por defini¸c˜ao SAB ´e o conjunto dos pontos do segmento AB mais o conjunto de pontos X tal que A − B − X. Como C ∈ SAB por hip´otese uma das trˆes possibilidades (mutualmente exclusivas), o corre:
• C = B Nesse caso a demonstra¸ca˜o ´e imediata. • A – B – C Nesse caso, por defini¸ca˜o de semi-reta SAB = SAC e sendo BC = SBC ∩ SCA , e como A ∈ / SBC , ent˜ ao A ∈ / BC.
• A – C – B Fica an´alogo ao caso anterior.
6. Demonstre que a interse¸ca˜o de convexos ainda ´e um convexo. Solu¸ c˜ ao Sejam A e B dois pontos pertencentes a interse¸ca˜ o de n conjuntos convexos, ent˜ ao A e B pertencem a cada um dos conjuntos convexos. Logo, o segmento AB pertence a cada um destes conjuntos, pois s˜ ao convexos. Portanto o segmento AB pertence a interse¸c˜ao, concluindo assim que a interse¸c˜ao ´e um conjunto convexo.
7. Mostre que um triˆangulo separa o plano em duas regi˜oes, uma das quais ´e convexa. Solu¸ c˜ ao Tracemos trˆes retas m, n e o que se interceptam nos pontos A, B e C como na figura abaixo.
6
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
m
o A
β α
X C
Y
B
n
Assim ser´a formado o triˆangulo ABC, que por sua vez separa o plano em duas regi˜oes. A regi˜ ao convexa ´e a regi˜ao que forma o interior do triˆangulo. Para provar isso considere os pontos X e Y pertencentes ao semi-plano α gerado p elas trˆ es retas. Como X e Y est˜ ao no mesmo semi plano gerado pela reta m ent˜ ao o segmento XY n˜ ao intercepta a reta m. Analogamente XY n˜ ao pode interceptar as retas n e o. O que implica que XY pertence ao semi-plano α formado pelo triˆangulo ABC que portanto ´e uma regi˜ao convexa.
8. Generalize os exerc´ıcios 11 e 12 para o caso de n pontos. Solu¸ c˜ ao: Estes exerc´ıcios n˜ao constam no livro, trata-se de um erro de edi¸ca˜o. Tais erros s˜ao muito comuns nos livros da SBM.
9. Podem existir dois segmentos distintos tendo dois pontos em comum? E tendo exatamente dois pontos em comum? Solu¸ c˜ ao: Dado os pontos A , B, C e D de modo que A –B–C–D ent˜ ao, os segmentos AC e BD ter˜ao o segmento BC em comum. Como em um segmento existe infinitos pontos ent˜ ao AC e BD possuem dois pontos em comum mas, nunca possuir˜ao apenas dois pontos.
7
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
EXERC´ICIO PAGINA 18 1. Sejam A, B, C pontos de uma reta. Fa¸ca um desenho representando-os, sabendo que m(AB) = 3, m(AC) = 2 e m(BC) = 5. Solu¸ c˜ ao: 2 cm C
A
B
3 cm
2. Repita o exerc´ıcio anterior, sabendo que C est´a entre A e B e que m(AB) = 7 e m(AC) = 5. Solu¸ c˜ ao: 5 cm A
C
B
7 cm
3. Desenhe uma reta e sobre ela merque dois pontos A e B. Suponha que a coordenada do ponto A seja zero e a do ponto B seja um. Marque agora pontos cujas coordenadas s˜ ao 3, 5, 5/2, 1/3, 3/2, 2, -1, -2, -5, -1/3, -5/3. Solu¸ c˜ ao: A
-2 -5
-5/3
-1
-1/3
B 1/3
3/2
2
5/2
3
5
4. Sejam A1 e A2 pontos de coordenadas 1 e 2. Dˆ e a coordenada do ponto m´edio A3 do segmento A1 A2 . Dˆe a coordenada do plano m´edio A4 do segmento A2 A3 . Dˆe a coordenada A5 do ponto m´edio do segmento A 3 A4 . Solu¸ c˜ ao: Sendo A 3 o ponto m´edio do segmento A1 A2 ent˜ ao a coordenada A3 ser´a a media aritm´etica A3 =
1+2 3 A1 + A2 = = 2 2 2
Analogamente se calcula para os demais pontos. A4 =
3 2
+ 2 8
4 2
=
7 4
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
A5 =
5.Prove que, se a c
a)
=
b d
b b) a+ = a a+b b
c)
d b
e
=
c+d d
=
e
c+d d
e
a b
3 + 74 2
2
= dc ent˜ ao
c a a−b a a−b b
= =
c−d c c−d d
Solu¸ c˜ ao: a)
a b
=
c d
b c
=
c d
a b
·
a c
=
·
b c
b d
E tamb´em a b
=
a b
·
d b
=
c d
d a
a b
db ac
·
d c
=
a b
c+d c
·
= dc ·
db ac
=1 +
b a
=
=
db ac
−1 ·
d c
a a
·
b a
b+a a
=
a b
c d
b a
c d · c c
a b
=
d c
1+
d a
c a
b)
c)
= dc ·
c d
= dc ·
db ac
= − 1 ·
b a
9
=
13 8
Geometria Euclidiana Plana
c−d c
=
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
a−b a
Dessa forma se procede as demais demonstra¸co˜es.
6. Se p ´e ponto de intercess˜ao de c´ırculos de raio r e centros em A e B, mostre que m(PA) = m(PB). Solu¸ c˜ ao Como o ponto P esta na interse¸c˜ao dos dois c´ırculos. Ent˜ao P pertence ao c´ırculo com centro A e raio r , e por defini¸ca ˜o de c´ırculo, PA = r, da mesma forma P pertence ao c´ırculo com centro B e raio r, por defini¸c˜ ao de c´ırculo, PB = r, que implica que PA = PB.
7. Usando uma r´egua e um compasso, descreva um m´etodo para constru¸c˜ao de um triˆangulo com dois lados de mesmo comprimento. (Um tal triˆangulo ´e chamado de triˆangulo is´ osceles). Solu¸ c˜ ao Considere um segmento AB. Com um compasso centrado em A trace uma circunferˆencia de raio AB. Agora com centro em B trace um circulo de raio BA . A intercess˜ ao entre as duas circunferˆencias ir´a gerar os pontos C e D. Fazendo o triˆangulo CAD teremos um triˆ angulo is´osceles de base CD e lados CA, AD = AB .
8. Descreva um m´etodo para constru¸ca˜o de um triˆangulo com os trˆes lados de mesmo comprimento. Solu¸ c˜ ao Tra¸ca-se uma reta e nela marca-se dois pontos A e B. A
B
Com centro em A e depois em B tra¸ca-se duas circunferˆencias de raio r gerando o ponto C tal que C ∈ C (A,r) ∩ C(B,r) depois disso tra¸ca se os segmentos AC, AB e BC que ir´a gerar ABC com lados iguais a r. C A
B
9.Mostre que, se a < b ent˜ ao a < (a + b)/2 e b > (a + b)/2. Solu¸ c˜ ao 10
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Se a < b ent˜ ao a+b
a+b 2
´ poss´ıvel desenhar se um triˆangulo com lados medindo 3, 8 e 5? 10. E Solu¸ c˜ ao N˜ao, a desigualdade triangular afirma que a soma de dois lados quaisquer de um triˆangulo ´e maior que o terceiro lado porem se tomarmos os lados de medida 5 e 3, teremos 8 = 8.
11. O c´ırculo de raio r1 centrado em A intercepta o c´ırculo de raio r2 centrado em B em exatamente dois pontos. O que se pode afirmar sobre m(AB)? Solu¸ c˜ ao Observe o seguinte desenho. r2
A
C
D
B r1
Considere o circulo de raio r 2 com centro em A e o circulo de raio r 1 com centro em B e cujo segmento AB formam os pontos C e D. Note que AB = AD + CB – CD e tamb´em que AD = r 2 , CB = r 1 e que CD e´ um segmento n˜ao nulo. Perceba que assim AB = r 2 + r1 − CD o que implica que AB < r 2 + r1
12. Considere um circulo de raio r e centro A. Sejam B e C pontos deste c´ırculo. O que se
11
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
pode afirmar sobre o triˆangulo ABC? Solu¸ c˜ ao: Se os pontos B e C pertencentes a circunferˆ encia que forma o circulo ent˜ao AB = AC = r logo o triˆangulo ´e is´osceles de base AB . NOTA: O livro refere-se a uma circunferˆencia como c´ırculo.
13. Considere um c´ırculo de raio r e centro O. Seja A um ponto deste c´ırculo e seja B um ponto tal que o triˆ angulo OAB ´e equil´atero. Qual ´e a posi¸c˜ao do ponto B relativamente ao c´ırculo? Solu¸ c˜ ao: Sendo o triˆ angulo equil´atero (lados iguais) e sendo um de seus lados o segmento OA de tamanho ao OB = r assim o ponto B est´ a a uma distancia r do centro do c´ırculo, isto ´e, B pertence a r ent˜ circunferˆencia.
14. Dois c´ırculos de mesmo raio e centros A e B se interceptam em dois pontos C e D. O que pode ser afirmado sobre os triˆangulos ABC e ACD? E sobre o quadril´atero ACBD? Solu¸ c˜ ao: Os triˆangulos ABC e ACD s˜ao is´osceles pois AC , BC = r e AD = r , note que tamb´em que BD = r . Como o paralelogramo ACBD ´e formado pela uni˜ao dos ABC e ADB seus lados seriam os segmentos que formam o triˆangulo, e ent˜ao AC = BC = AD = BD = r . Logo o pol´ıgono ´e um quadril´ atero de lados iguais e os triˆangulos s˜ ao is´osceles. C A
B D
12
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 20 1. Dado um segmento AB mostre que existe e ´e u ´ nico, um ponto C entre A e B tal que m(AC ) = a onde a ´e qualquer real positivo. m(BC ) Solu¸ c˜ ao: Se C est´ a entre A e B ent˜ ao existe duas possibilidades para a constru¸ca˜o do segmento AB . A B
a
c
b
C
a
c
b
C
1 caso ◦
B A
2 caso ◦
Vamos considerar apenas o primeiro caso, uma vez que a resolu¸c˜ao do segundo ´e an´alogo. Pelo axioma III 2 existe um x , um b e um c , reais e distintos, que representam as coordenadas dos pontos A, B e C respectivamente. Tamb´ em pelo axioma III 2 podemos declarar a seguinte equa¸c˜ao: m(AC) c−x = m(BC) b−c
E como
m(AC) = a por hip´ otese ent˜ao: m(BC) c−x = a b−c
Resolvendo esta ultima equa¸c˜ao em c chega-se ´a: c =
ab + x (1) 1 + a
Como a e´ positivo (afinal ´e resultado da divis˜ao de duas distˆancias), ent˜ ao c existe para qualquer valor de a e b o que garante a existˆ encia do ponto C . Para provar a unicidade de C procedemos assim: imagine por absurdo que exista um C’ nas mesmas condi¸co˜es que C , mas diferente dele. Ent˜ao: m(AC ) c −x = a ⇒ = a m(BC ) b−c
. Resolvemos esta ultima equa¸c˜ao para c’ chega-se a solu¸c˜ao
c =
ab + x (2) 1 + a
13
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Finalmente comparando (1) e (2), ent˜ao pelo axioma III2 os pontos C e C’ s˜ao o mesmo ponto. O que contraria a tese inicial. Com isso conclu´ımos que n˜ao pode haver um ponto m(AC) diferente de C entre A e B tal que = a . Provando a unicidade. m(BC)
2.Descreva um m´etodo para obter uma boa aproxima¸ca˜o do comprimento de um c´ırculo. Solu¸ c˜ ao: Utilizando um compasso desenhe um circulo de raio r . Com uma r´egua graduada desenhe no interior do c´ırculo um pol´ıgono com n v´ertices, sendo que cada v´ertice deve estar sobre o circulo. Mais ou menos como na imagem abaixo.
Pol´ıgono de 6 lados. Como cada segmento corresponde a um numero real podemos chegar a uma aproxima¸c˜ao do circulo bastando com a r´egua medir os lados do pol´ıgono. Lembrando que quanto mais v´ertices o pol´ıgono tiver mais precisa ser´a a aproxima¸c˜ao.
3. Prove a seguinte afirma¸ca˜o feita no texto: o segmento de reta ligando um ponto fora de um circulo com um ponto dentro do mesmo, tˆem um ponto em comum com o circulo. Solu¸ c˜ ao: Seja C um ponto qualquer fora de um circulo de centro O, ent˜ ao O C > r, onde r ´e o raio do c´ırculo. Assim existe um ponto D ∈ OC tal que m(OD) = r . Sendo o circulo formado por todos os pontos do plano que est˜a o a uma distˆancia r do ponto O, ent˜ a o o ponto D pertencente a intercess˜ ao do segmento OC com a circunferˆ encia. Como se queria demonstrar.
4. Dado dois pontos A e B e um numero real r maior do que m(AB), o conjunto dos pontos C satisfazendo a m(CA) + m(CB) = r ´e chamado de elipse. Estabele¸ca os conceitos de regi˜ao interior e de regi˜ao exterior a uma elipse. Solu¸ c˜ ao: Analogamente a circunferˆencia se m(CA) + m(CB) > r ent˜ ao o conjunto de pontos ´e externo. Se m(CA) + m(CB) < r ent˜ ao o conjunto de pontos ser´a interno.
5. Um conjunto M de pontos do plano ´e limitado se existe um circulo C tal que todos os pontos de M est˜ao dentro de C. Prove que qualquer conjunto finito de pontos ´e limitado. Prove
14
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
tamb´em que segmentos s˜ao limitados. conclua o mesmo para triˆangulos. Solu¸ c˜ ao: Dado o conjunto de pontos P 1 , P2 ,..., Pn tome um u ´ nico ponto P i que usaremos para o centro da circunferˆ encia, por cada ponto Pj com i = j e j variando de 1 a n retirando o pr´oprio i, passar´ a um segmento distinto. Seja Pi Pj o maior de todos os segmentos ent˜ao por ele marca-se um ponto Q(P1 − Pj − Q) sobre a reta que passa pelo segmento de modo que por P1 Q definimos um circulo de raio r = P 1 Q que conter´a todos os outros uma vez que o segmento que estabelece seu raio em rela¸c˜ao ao centro P1 ´e maior que os demais definidos por todos os outros pontos.
15
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
EXERC´ICIO PAGINA 29 1. Mostre que se um ˆangulo e seu suplemento tˆem a mesma medida ent˜ a o o ˆangulo ´e reto. Solu¸ c˜ ao: C β = 90
◦
B
O
A
Considere o ˆangulo α (BOC) e β , tal como no desenho, onde β ´e o suplemento de α. Por defini¸c˜ao temos: α + β = 180 (1) ◦
como α = β ent˜ ao: ◦
◦
α + α = 180 ⇒ 2 α = 180 ⇒ α = 90
◦
Assim por (1) conclui-se que β = 90 . Como se queria demonstrar. ◦
2. Um aˆngulo ´e chamado agudo se mede menos de 90 , e ´e obtuso se mede mais de 90 . Mostre que o suplemento de um ˆangulo agudo ´e obtuso. ◦
◦
Solu¸ c˜ ao: Seja α um aˆngulo agudo e β o suplemento de α. Sabemos que α + β = 180 e como α < 90 e β = 180 − α ent˜ ao β > 90 . Como se queria demonstrar. ◦
◦
◦
◦
4. Dois aˆngulos s˜ao ditos complementares se sua soma ´e um aˆngulo reto. Dois ˆangulos s˜ao complementares e o suplemento de um deles mede tanto quanto o suplemento do segundo mais 30 . Quanto medem os dois ˆangulos? ◦
Solu¸ c˜ ao: Seja α + β = 90 (1) com α 1 e β 1 suplementos de α e β ent˜ ao: ◦
α + α1 (2) β + β 1 (3) fazendo α 1 = β 1 + 30 (4) i.e. um ˆangulo igual ao outro somado 30 graus. E substituindo β 1 de (3) em (4) ent˜ ao: ◦
α1 = (180 − β ) + 30 = 210 − β (5) ◦
◦
◦
Substituindo (5) em (2) α + 210 − β = 180 α − β = − 30 (6) ◦
◦
16
◦
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
das equa¸co˜es (1) e (6) montamos o sistema: cuja solu¸c˜ao ´e α = 30 e β = 60 , logo um aˆngulo possui 30 e outro 60 graus. ◦
◦
5. Uma poligonal ´e uma figura formada por uma sequencia de pontos A1 , A2 , ..., An e pelos segmentos A1 A2 , A2 A3 , A3 A4 ,...,An 1 An . Os pontos s˜ao os v´ertices da poligonal e os segmentos ˆ = s˜ao os seus lados. Desenhe a poligonal ABCD sabendo que: AB = BC = CD = 2.cm, ABC ˆ = 100 . 120 e BCD −
◦
◦
Solu¸ c˜ ao: Para esse exerc´ıcio ´e necess´ario r´egua, transferidor e compasso. D
A
100
120 B
C
6. Um pol´ıgono ´e uma poligonal em que as seguintes 3 condi¸c˜oes s˜ao satisfeitas: a) An = A1 , b) os lados da poligonal se interceptam somente em suas extremidades e c) dois lados com a mesma extremidade n˜ao pertencem a uma mesma reta. Das 4 figuras, seguintes, apenas duas s˜ao pol´ıgonos. Determine quais s˜ao elas.
D
A D
C C
E B
B
E A
C A
B
B C D
A E
E
D
Um pol´ıgono de v´ertice A 1 , A2 , ..., A n+1 = A1 , ser´a representado por A 1 A2 A3 ,...,An . Ele tem n lados, n v´ertices e n ˆangulos. 17
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao: A primeira figura da esquerda e na linha de cima ´e um pol´ıgono. A segunda da esquerda, tamb´em da linha de cima n˜ ao ´e, pois se fosse contradiria a 2 condi¸c˜ao. A primeira da esquerda da linha de baixo tamb´em n˜ ao ´e um pol´ıgono, pois iria contra a 3 condi¸c˜ao. A segunda da linha de baixo ´e um pol´ıgono. ◦
◦
7. Desenhe um pol´ıgono de quatro lados tal ABCD tal que AB = BC , CD = DA = 2cm, ˆ = ADC ˆ = 100 e com BCD ˆ = BAD ˆ = 80 . com ABC ◦
◦
Solu¸ c˜ ao: Para esse exerc´ıcio ´e necess´ario r´egua, transferidor e compasso. B
A C
D
8. O segmento ligando v´ertices n˜ao consecutivos de um pol´ıgono ´e chamado de diagonal do pol´ıgono. Fa¸ca o desenho de um pol´ıgono de seis lados. Em seguida desenhe todas as suas diagonais. Quantas diagonais ter´a um pol´ıgono de 20 lados e de n lados? Solu¸ c˜ ao: Observe o seguinte pol´ıgono de 6 lados: D E
C
F B
A Do v´ertice A, por exemplo, deve partir diagonais para todos os outros v´ ertices exceto para ele mesmo e para os outros dois adjacentes. Como temos 6 v´ertices ent˜ao do ponto A sair˜ao um total de : 18
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
6 − 3 diagonais D E
C
F B
A A mesma coisa ocorre para os demais v´ertices. Assim se temos seis v´ertices teremos ao todo (6 − 3) · 6 = diagonais D E
C
F
B A
Contudo a diagonal AB ´e tamb´em a diagonal BA e a mesma coisa ocorre para as demais diagonais que acabam sendo contadas duas vezes. Considerando esse fato em o n´umero total de diagonais ser´a: (6 − 3)6 =9 2 Para um pol´ıgono de n lados, ter´ıamos ent˜ao: (n − 3)n 2 Essa f´ormula pode ser utilizada para determinar o n´umero de v´ertices de qualquer pol´ıgono, (20 − 3) · 20 como por exemplo o de 20 lados que teria = 170 lados. 2
9. Um pol´ıgono ´e convexo se est´a sempre contido em um dos semi-planos determinados pelas retas que contˆem os seus lados. Na figura seguinte o pol´ıgono (a) ´e convexo e o (b) ´e n˜ao convexo. 19
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Pol´ıgonos convexos recebem designa¸co˜es especiais. S˜ao as seguintes as designa¸co˜es dadas a estes pol´ıgonos de acordo com seu n´umero de lados, at´e 10 lados. n de lados 3 4 5 6 7 8 9 10 ◦
nome do pol´ıgono convexo triˆ angulo quadril´atero pent´ agono hex´agono hept´ agono oct´ agono non´ agono dec´agono
Solu¸ c˜ ao: Qual a pergunta mesmo?
10. Descreva um m´ etodo, em que se fa¸ca uso apenas de um compasso e de uma r´ egua n˜ ao numerada, de constru¸ca˜o de um quadril´atero com os quatro lados de mesmo comprimento. Estenda seu m´etodo para o caso de 5 lados. Solu¸ c˜ ao: Desenhe um circulo de raio r, e centro em O, e em qualquer ponto do circulo marque um ponto.
o
Com a ponta seca do compasso no ponto e com o compasso, ainda com a mesma abertura, fa¸ca outro c´ırculo centrado no ponto. 20
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
o
Marque novamente outro ponto na intercess˜ao dos c´ırculos como na figura.
o
E com o compasso, ainda com mesma abertura, desenhe um novo c´ırculo centrado no ultimo ponto esbo¸cado.
o
Finalmente, usando a r´ egua ligue os pontos de intercess˜ ao.
21
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Fazendo quatro segmentos de comprimento r .
r
r
r
r
Generalizando Desenhe um circulo de raio r, e centro em o, e em qualquer ponto do circulo marque um ponto.
o
Com a ponta seca do compasso no ponto e com o compasso, ainda com a mesma abertura, fa¸ca outro c´ırculo centrado no ponto. Em seguida ligue esses pontos.
22
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
o
Agora marque um novo ponto como na segunda circunferˆencia de modo que ele n˜ao esteja na mesma reta que os outros dois. Mais ou menos como na figura a seguir:
E trace uma nova circunferˆ encia com mesmo raio r, centrada no ponto. Formando com a r´egua um novo segmento.
Repetindo o processo desenha-se uma nova circunferˆ encia e tra¸ca-se um novo ponto.
23
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Na intercess˜ao entre a ultima (azul) e primeira (vermelha) circunferˆencia desenhada marcamos um ponto (que chamaremos de P).
P
Por fim liga-se P aos dois pontos adjacentes a ele.
24
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Isso formar´a um pol´ıgono de 5 lados cada um com comprimento igual a r .
25
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
EXERC´ICIO PAGINA 32
ˆ mostre que existe uma ´unica ˆ = COB. ˆ 1. Dado um ˆangulo angulo AOB unica semi-reta SOC tal que AOC ˆ A semi reta SOC ´e chamad cha madaa de bissetriz do do angulo aˆngulo AOB. Solu¸ c˜ ao:
Considere o angulo AOB OB com bissetriz SOC como na imagem a seguir. C
A
B Suponha por absurdo que exista uma segunda bissetriz S OC = qu e tamb´em em seja bissetriz bissetr iz SOC que OB. Nesse caso existe duas possibilidades: de AOB
• SOC est´a a direita de S OC , como na figura abaixo.
C
A
C’ B
• SOC est´a a esquerda de S OC , como na figura abaixo.
A
C’ C
B
Vamos considerar o 1 caso. Como S OC e S OC s˜ ao ao bissetrize bissetrizess de AOB ao ao pelo axioma III 6 OB ent˜ ◦
AO B = AO C + COB O B = 2COB OB (1) AO B = AOC’ O C’ + C’OB O B = 2C’OB OB (2) ( 2)
Pela figura 2 fica evidente que C O B = COC’ ( 3) O C’ + C’OB OB (3) Usando (3) em (1)
AOB O B = 2(COC’ O C’ + C’OB) OB) (4)
Comparando (2) e (4)
AO B = AOB OB 2C’OB O B = 2COC’ O C’ + 2C’ 2C’OB OB OC’ = 0. ⇒ COC’
26
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
OC’ = 0 ent˜ No entanto, se COC’ ao ao pelo axioma III4 SOC = S OC o que contradiz a hip´otese otese inicial de que S OC = ao pode ter mais que uma bissetriz. OB n˜ao SOC . Logo o angulo AOB
Analogamente se mostra para o caso de S OC a esquerda de S OC
2. Mostre que as bissetrizes de um ˆangulo angulo e do seu suplemento s˜ao ao perpendiculares. Solu¸ c˜ ao: Considere o desenho abaixo. B
E
D G
A O
OB um angulo OC seu suplemento ent˜ Seja AOB aˆngulo e BOC ao: ao:
AOB OB + BOC OC = 180
◦
(1)
OD + BOE OE = 90 para isso observe que B OD OD = Queremos mostrar que B OD ◦
de AOB OB e B OE OE =
BOC OC AOB OB BOC OC logo, BOE + (2) OE + BOD OD = 2 2 2
AOB OB , pois, S OD ´e bisse bis setri trizz 2
Comparando as equa¸c˜ coes o˜es (1) e (2) vˆem em que:
2(BOE OE + BOD OD) = AOB OB + BOC OC = 180
◦
180 = 90 2 ◦
BOE OE + BOD OD =
◦
Como se quer´ quer´ıa demonstrar. demonst rar.
4. De quantos graus move-se o ponteiro dos minutos enquanto o ponteiro das horas percorre um angulo aˆngulo raso. Solu¸ c˜ ao: Considere o seguinte desenho. 12 1 6 Quando o ponteiro dos minutos gira 360 graus o ponteiro da horas se move para o 1.
27
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria oria da Conquista/BA
12 1 θH 6 Dividindo 360 por 12 obtemos o deslocamento θ H que o ponteiro das horas se moveu. 360 = 30 12 Com esse valor obtemos a seguinte rela¸c˜ caao ˜o ◦
◦
θH =
θM 360 = c ⇒ θ M = 12 · θH θH 30 irc ◦
Assim, se o ponteiro das horas faz um deslocamento raso (180 ) ent˜ ao ao o deslocamento do ponteiro dos minutos ser´a: a: ◦
θM = 12 · 180 θM = 2160
◦
◦
˜ o ltiplo de 360 em rela¸c˜ Portanto, o ponteiro se move 2160 . Contudo, por ser um valor mA caao ˜o ˜ ao seu ponto inicial o deslocamento ´e de 0 . Am Ambas bas as resposta respostass (0 ou 2160 ), s˜ ao ao possAveis para a pergunta. ◦
◦
◦
28
◦
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
EXERC´ICIO PAGINA 41 1. Desenhe um triˆangulo. Construa agora um outro triˆangulo congruente ao que vocˆe desenhou. Descreva o procedimento. Solu¸ c˜ ao: C
G
A
B
E
F
Considere o triˆangulo ABC. A partir dele construiremos o triˆangulo EFG congruente a ABC . Seja os pontos G , E e F n˜ao colineares tal que EF = AC , GF = CB e FE = BA logo pelo caso LLL os triˆangulos s˜ao congruentes.
2. Construa um triˆangulo ABC sabendo que AB = 7.5cm, BC = 8.2cm e A BC = 80 . Me¸ca o comprimento de B C e os outros ˆangulos do triˆangulo. Solu¸ c˜ ao: Considere o seguinte exemplo provis´orio de triˆangulo. A 7.5 cm 80 8.2 cm
◦
C
B
Usando a Lei dos senos temos que:
(AC)2 = AB 2 + CB2 − 2(AB)(CB) cos B
AC =
(7.5)2 + (8.2)2 − 2(7.5)(8.2) cos80 AC ∼ = 10 .106
Aplicando novamente a lei
(AB)2 = BC 2 + AC2 − 2(CB)(AC) cos C
cos C =
(AB)2 − (BC)2 − (AC)2 −2(CB)(AC) 29
◦
◦
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
cos C =
(7.5)2 − (8.2)2 − (10.106)2 −2(8.2)(10.106) cos C ∼ = 0 .6825
C ∼ = cos
−
1
(0.6825) ∼ = 46 , 95 ◦
Como a soma de todos os aˆngulos de todo pol´ıgono ´e 180 graus ent˜ao A = 53 , 05 De posse desses dados ´e poss´ıvel construir o triˆangulo representado no desenho abaixo. ◦
A
C
B
Onde CB = 8,2cm; AB = 7,5cm e AC = 10,106cm. Com os aˆngulos A = 53 , 05 , B = 80 e C = 46 95 .
◦
◦
◦
3. Na figura ao lado os ˆangulos α e β s˜ao iguais. Mostre que AC = BC A
α
C β B Solu¸ c˜ ao:
Considere a figura acima e observe que α ´e o suplemento de B AC e β ´e o suplemento de ABC, logo:
α + ABC = 180 e β + ABC = 180 .
◦
◦
Fazendo α = 180 − BAC e β = 180 − ABC, como α = β temos: ◦
◦
◦
◦
180 − BAC = 180 − ABC BAC = A BC
Como todo triˆangulo is´osceles possui os ˆangulos da base congruentes e vice versa fica demonstrado o requerido.
4. Na figura ao lado tem se AB = AC e BD = CE Mostre que: 30
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
D
B A
E
C
a) A CD = A BE b) B C D = C BE Solu¸ c˜ao (a):
Por hip´otese AB = AC logo ABC ´e is´osceles e os ˆangulos ABC e ACB. Como DBC e ECB compartilham o lado BC e por hip´otese BD = EC pelo caso LAL DBC ´e congruente a ECB o que implica em: CBE = B CD assim:
ACD = A BC + CBE = A CB + BCD = A BE ACD = ABE
Solu¸ c˜ao (b): Use os dados da letra a.
5. Trˆes sarrafos de madeira s˜ao pregados, dois a dois, de modo a formar um triˆangulo, com somente um prego em cada v´ertice, como indicado na figura seguinte
A figura assim obtida ´e r´ıgida? Porque? Para compara¸ca˜o construa um quadril´atero com quatro sarrafos e um prego em cada v´ertice. ´ E esta figura r´ıgida? Solu¸ c˜ ao: Todo triˆangulo ´e uma figura r´ıgida. Dem: 31
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Seja os ABC e EFG congruentes. Supondo que os triˆangulos n˜ ao sejam figuras r´ıgidas ao deformarmos o ABC seus ˆangulos ir˜ao variar, mas os lados continuar˜ao com as mesmas medidas. Assim pelo caso LLL os dois triˆ angulos ainda seriam congruentes o que seria um absurdo pois um dos triˆ angulos sofreu uma deforma¸c˜ao.
7. Na figura abaixo, AC = AD e AB ´e a bissetriz do ˆangulo C AD prove que os triˆangulos ACB e ADB s˜ao congruentes. C A
B D
Solu¸ c˜ ao:
Se AB ´e bissetriz de CAD ent˜ ao C AB = B AD. Como CA = AD e AB ´e comum tanto a ADB como CAB ent˜ ao pelo caso LAL, ACB = ADB.
8. Na figura abaixo o ponto A ´e ponto m´edio dos segmentos CB e DE. Prove que os triˆangulos ABD e ACE s˜ao congruentes. C A
D
E
B Solu¸ c˜ ao:
Os aˆngulos CAE = DAB pois s˜ao opostos pelo v´ertice. Como por hip´otese CA = BA e DA = AE pelo caso LAL, ABD = ACE.
9. Na figura abaixo os aˆngulos A e C s˜ao retos e o segmento DE corta CA no ponto m´edio B de CA. Mostre que DA = CE.
32
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
D
B
C
A
E Solu¸ c˜ ao:
Os aˆngulos D BA = C BE pois s˜ao opostos pelo v´ertice e como CA = BA por hip´ otese, ent˜ao pelo caso ALA, ABD = CEB que implica em DA = CE .
10. Da figura abaixo sabe se que OC = OB, OD = OA e B OD = C OA. Mostre que CD = BA. C
D
B
O
A
Solu¸ c˜ ao:
Por hip´otese BOD = COA com:
BOD = BOC + C OD e COA = COB + BOA (1)
e pelo esquema COB = COD logo pelo caso LAL, BOA = COD o que implica em CD = BA .
33
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 44
1. Na figura abaixo CM A ´e um aˆngulo reto e M ´e ponto m´edio de AB. Mostre que CA = CB. A C
M
B Solu¸ c˜ ao:
BMC ´ e o suplemento de CMA logo CMA + BMC = 180 . Como CMA = 90 temos que BMC = 180 - 90 = 90 , logo CMA = BMC como M ´e ponto m´edio de AB, temos que AM = MB . Como CM ´e um lado comum ao AMC e BMC pelo caso LAL ent˜ao AMC = BMC que implica em CA = CB . ◦
◦
◦
◦
◦
2. A regi˜ao marcada com um M representa um lago. Descreva um processo pelo qual ser´ a possˆıvel medir a distˆancia entre os pontos A e B. (Qualquer medi¸c˜ao fora do lago ´e possˆıvel) A C
M B
Solu¸ c˜ ao: Considerando a figura, prolongamos a SAC e SBC construindo os segmento CD e CE tal que CD = CA e CE = CB .
E
A C
D
M B
Como DCE = ACB, pois s˜ao opostos pelo v´ertice, ent˜ao DCE = ACB pelo caso LAL. Assim basta medirmos o segmento DE para termos a medida de AB.
3. Mostre que, se um triˆangulo tem os trˆes lados congruentes, ent˜ao tem tamb´em os trˆes ˆangulos congruentes. Solu¸ c˜ ao: Considere a seguinte constru¸c˜ao: 34
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
A
B
C
Se ∆ABC ´e equil´atero ent˜ao tamb´em ´e is´ osceles de base BC , e portanto os ˆangulos de sua base ser˜ ao congruentes, isto ´e: B = C. Tomando agora AB como base, pelo mesmo motivo teremos A = C que implica em A = B = C. C.Q.D.
4. Na figura abaixo ABD e BCD s˜ao triˆangulos is´osceles com base DB. Prove que os ˆangulos ABC e A DC s˜ ao congruentes.
B C
A D
Solu¸ c˜ ao:
Como A BD = B DA e DBC = BDC pois s˜ao ˆangulos da base de triˆangulos is´osceles, ent˜ao:
que implica em:
ABD + DBC = A DB + BDC
ABC = ADC
5. Usando a mesma figura, (do exerc´ıcio 4), mostre que tamb´ em a reta AC ´e bissetriz de B AD e perpendicular a DB.
Solu¸ c˜ ao:
Os triˆangulos ABC e ADC s˜ao congruentes pelo caso LAL logo C AB = C AD. Ent˜ ao por defini¸c˜ao AC ´e bissetriz de B AD.
6. Na figura abaixo, ABD e BCD s˜ao triˆangulos is´osceles com base BD. Prove que A B C = ADC e que AC ´e bissetriz do ˆangulo BC D.
35
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
B
D A
C Solu¸ c˜ ao:
Como o tri´angulo BCD ´e is´osceles ent˜ao CBD = BDC. Como CBD = DBA + BC e BDC = BDA + ao: ADC ent˜
DBA + A BC = BDA + ADC
Como DBA = BDA, pois ∆BDC ´e is´osceles, ent˜ao ABC = ADC. E pelo crit´erio LAL temos que ∆BAC = ∆ADC o que implica que AC seja bissetriz.
7. Justifique o seguinte procedimento para determina¸ca˜o do ponto m´edio de um segmento. “seja AB um segmento. Com um compasso centrado em A, desenhe um circulo de raio AB. Descreva outro circulo de mesmo raio e centro em B. Estes dois c´ırculos se interceptam em dois pontos. Trace a reta ligando estes dois pontos. A interce¸c˜ao desta reta com o segmento AB ser´a o ponto m´edio de AB.” Solu¸ c˜ ao: Executando o procedimento chegaremos ao seguinte desenho. C
B
E
A
D Onde percebemos que CB = CA = BD = DA = raio. Assim ∆CBA = ∆BDA e ∆CAD = ∆CBD. Pelos crit´erios de congruˆencia ∆CBE = ∆CEA = ∆BDE = ∆EDA, ent˜ ao BE = EA e a reta r intercepta o segmento BA no ponto m´edio.
36
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIOS DA PAGINA 621 1. Prove que, se um triˆangulo tem dois ˆangulos externos iguais, ent˜ao ele ´e is´osceles. Solu¸ c˜ ao: Dado o ∆ABC como no esquema C
f
e A
B
Como e e CAB s˜ao adjacentes e est˜ao sob a mesma semi-reta ent˜ao:
e + CAB = 180
◦
CBA + f = 180
◦
Do mesmo modo se conclui que
O que implica que
e + CAB = C BA + f (1)
Como por hip´otese e = f ent˜ ao de (1) se conclui:
CAB = C BA
Portanto o triˆangulo ABC ´e is´osceles de base AB .
3. Na figura abaixo os aˆngulos externos AC E e ABD satisfazem a desigualdade: ACE < ABD. Mostre que AB D > ABC .
A D
B
C
E
Solu¸ c˜ ao: Pelo TAE tem se que:
ACE > B AC, ABC
Como por hip´otese ACE < A BD ent˜ ao 1
ˆ Neste cap´ıtulo as letras TAE se referem ao Teorema do Angulo Externo.
37
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
ABC < A CE < A BD
Que implica em A BC < A BD
4. Prove que um triˆangulo retˆangulo tem dois aˆngulos externos obtusos. Solu¸ c˜ ao: Dado o triˆangulo ABC como na figura a seguir C
A
B
sabe se que A + B + C = 180 . Como B = 90 ent˜ ao A, C < 90 . Logo o aˆngulo externo a A e C > 90 uma vez que s˜ ao suplementares.
◦
◦
◦
◦
5. Na figura abaixo, B, D e A s˜a o colineares. Do mesmo modo D, E e C s˜ ao colineares. Mostre que A E C > DBC
B
D
E
A
C
Solu¸ c˜ ao:
Note que A DE ´e um aˆngulo externo ao triˆangulo DBC e pelo TAE tem se:
ADE > D BC, DCB (1)
Do mesmo modo A EC ´e externo ao ∆ADE e novamente pelo TAE tem se: AEC > A DE (2)
De (2) e (1) tira-se que, A EC > D BC. Concluindo a demonstra¸ca˜o.
6. Em um cart´orio de registro de im´oveis um escriv˜ao recusou se a transcrever o registro de um terreno triangular cujos lados, segundo o seu propriet´ario mediam 100m, 60m e 20m. Vocˆe pode dar um argumento que justifique a atitude do escriv˜ao? 38
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao: Uma possibilidade e que este escriv˜ao seja funcion´ario publico e j´a tenha dado a hora que marca o fim do seu expediente. Outra possibilidade ´e que ele conhe¸ca o Teorema da desigualdade Triangular. Pelo teorema da desigualdade triangular a soma de quaisquer dois lados de um triˆangulo deve ser maior que o terceiro lado. Ora se somarmos 60 + 20 teremos 80 que ´e menor que 100, o que iria contra o teorema.
7. Prove as propriedades da fun¸c˜ao “reflex˜ao”, constantes do texto. Solu¸ c˜ ao: Prova de (i) Sabe-se que F m (F m (A)) = A , no entanto queremos provar que F m (A) = A o que seria equivalente ao mostrar que F m (A ) = A . Portanto para verificar essa igualdade ( F m (A) = A ) vamos mostrar que F m (A ) = A .
Se F m (A) = A ent˜ao existe um segmento AA’ perpendicular a uma reta m.
A D A
m
Como por hip´otese A e A’ n˜ ao pertencem a reta m, ent˜ ao AA’ intercepta m num ponto D tal que AD = DA’. Agora verifica-se que o segmento AA’ possui duas condi¸c˜oes de reflexo.
A A = { AD ∪ DA } = AA
Contudo, como AD e DA’ est˜ao sob a mesma reta A A coincide com AA , logo A A ´e perpendicular a m tendo D como seu ponto m´edio. Assim F m (A ) = A . Como se queria demonstrar.
Prova de (ii) (⇒) Se F m (A) = A ent˜ ao por defini¸c˜ao existe um segmento AA perpendicular a uma reta m onde m ∩ AA ´ e um ponto P que ´e ponto m´edio do segmento AA. No entanto como AA ´e um conjunto unit´ ario (AA={A}) ent˜ ao A ∈ m. (⇐) Como AA = {A} e A pertence a m ent˜ ao F m (A) = A , pois o reflexo de um ponto ´e o pr´ oprio ponto. Prova de (iii) Fazendo F m (A) = A e F m (B) = B ent˜ ao F m (A)F( B) = A B deste modo devemos provar que A B = AB .
• Se A = B usando a propriedade (ii) a demonstra¸ca˜o ´e imediata. • Se A = B ent˜ao AA’ e BB’ ser˜ao interceptados por m nos seus pontos m´edios D e E respetivamente
39
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
r
B
A D
E A
m
B
s
Seja r a reta que passa por DB e s a reta que passa por DB teremos que:
∆BDE = ∆EB’D (caso LAL)
Note que ∆BDB’ ´e is´osceles de base BB’ e a reta m ´e sua bissetriz. Assim B DE = B DE e como
ADB + BDA + BDE + EDB = 180
e tamb´em
ADB = B DE = 90
◦
◦
Ent˜ao conclui se que ADB = A DB . E portanto ∆ADB = ∆A’DB’ s˜ao congruentes pelo caso LAL.
B
A D A
E
B
Assim AB = A B C.Q.D.
Prova de (iv) Seja r a reta que passa por A e B , e s a reta que passa por A e B’ ent˜ ao: B
m
A B
r
s
BDA = A DB = 90 e portanto ∆ABD = ∆ADB’ pelo caso LAL. Logo ∆ ABB’ ´ e is´osceles e como e sua bissetriz. m ´e sua altura, pois m ⊥ BB , tamb´em ´ ◦
8. Na figura a seguir os triˆ angulos ABC e EDC s˜ao congruentes e os pontos A, C e D s˜ao colineares. Mostre que AD > AB 40
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
B E A
D
C
Solu¸ c˜ ao:
O aˆngulo ECD > B, A pelo TAE. Como ∆ ABC = ∆ECD rema da desigualdade triangular temos que:
∴
E CD = B CA, assim AC = EC pelo teo-
AC + CB ≥ AB
Como AC = EC e CB = CD ent˜ ao EC + CD > AB
Como AD = AC + CD tem se que: AD = EC + CD > AB
que implica em AD > AB .
9. Na figura a seguir tem se 1 = 2 e 1 + 2 = 180 . Conclua que as retas m e n s˜ao paralelas. ◦
m
n
1
2
Solu¸ c˜ ao:
Se m n˜ao for paralela a n ent˜ ao se formara um triˆangulo com dois ˆangulos retos, pois 1 = 2 e 1 + 2 = 180 o que n˜ ao seria poss´ıvel, (isso porque a soma dos ˆangulos internos seria maior que 180 graus). Portanto a reta m e paralela a reta n .
◦
10. Na figura abaixo B e D s˜ ao ˆangulos retos e AB = DC. Mostre que AD = BC. A
B
D
C
41
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao: Basta tra¸car o segmento AC, e ent˜ao ∆ ADC = ∆ABC pelo crit´erio cateto hipotenusa que implica que AD = BC .
11. Sejam ABC e A’B’C’ dois triˆangulos quaisquer em que AB = A’B’, A = A e C = C . Decida se ABC e A’B’C’ s˜ao congruentes ou n˜ao.
Solu¸ c˜ ao: Os triˆangulos ser˜ao congruentes pelo caso LAA ou pelo caso cateto, ˆangulo oposto caso sejam triˆangulos retˆangulos. ◦
12. No final da demonstra¸ca˜o do teorema 5.2, ´e feita a seguinte afirma¸ca˜o: “.. a semi-reta S AF divide o ˆangulo B AD,...”. Justifique com detalhes porque essa afirma¸c˜ao ´e verdadeira. Solu¸ c˜ ao:
Dado B AD este ˆangulo ´e definido por duas semi-retas com origem em A. B A
F D
Dado um ponto F entre as semi-retas S AB e S AD ent˜ ao F ∈ B AD e portanto S AF ⊂ B AD logo divide
BAD
42
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 84
1. Na figura ao lado O ´e o ponto m´ edio de AD e B = C . Se B, O e C s˜ao colineares, conclua que os triˆangulos ABO e DOC s˜ao congruentes. A
B O
C
D
Solu¸ c˜ ao:
Por hip´otese AO = OD e B = C, devemos provar que ∆AOB = ∆COD. Pela proposi¸c˜ao 6.3 AB ´e paralelo a CD logo A = D pois s˜ao correspondentes, como C OD = A OB, pois s˜ao opostos pelo v´ertice. Assim pelo caso ALA, ∆AOB = ∆COD
2. Prove que a soma das medidas dos ˆangulos agudos de um triˆangulo retˆangulo ´e 90 0 . Solu¸ c˜ ao: B
A
C
Pelo teorema 6.5 A + B + C = 180 0 . Seja C = 90 0 ent˜ao A + B = 180 0 − C que implica em A + B = 90 0 .
3. Prove que cada ˆangulo de um triˆangulo equil´atero mede 600 . Solu¸ c˜ ao: C
A
r
B
Seja ∆ABC equil´atero ent˜ao:
A + B + C = 180 0
43
(1)
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Por ser is´osceles A = C = B ent˜ ao:
3 · B = 1800
Que implica em B = 600 . Logo A = C = B = 600
4. Prove que a medida do ˆangulo externo de um triˆangulo ´e igual a soma das medias dos ˆangulos interno a ele n˜ao adjacentes. Solu¸ c˜ ao: C
e A
B
Dado ∆ABC sabe se que A + B + C = 180 0 (2) temos:
(1) tamb´em B + e = 1800
(2) igualando (1) com
A + B + C = B + e ⇒ e = A + B
Como se queria demonstrar.
5. Um segmento ligando dois pontos de um circulo e passado por seu centro chama-se diˆametro. Na figura ao lado O ´e o centro do circulo, AB ´e um diˆ ametro e C ´e outro ponto do circulo. Mostre que 2 = 2 · 1 Solu¸ c˜ ao:
C
A
1
2 O
B
Como mostramos na quest˜ao anterior 2 = 1 + c. Para mostrar que 2 = 2 · 1 basta mostrar ent˜ao que c = 1. Sabemos que AD = r (r ´e o raio da circunferˆencia) e OC = r logo AO = OC portanto ∆AOC ´e is´osceles de base AC e seus ˆangulos 1 = C C.Q.D..
44
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
6. Prove que se m e n s˜ao retas equidistantes ent˜ao m e n s˜ao paralelas ou coincidentes. Solu¸ c˜ ao A n P m A’ Seja m e n duas retas distintas que se interceptam no ponto P. Marca se na reta m o ponto A por onde desse uma perpendicular a reta n no ponto A’. Como as retas s˜ao equidistantes ent˜ ao osceles de base AA o que ´e um absurdo pois a soma de seus aˆngulos internos AP = A’P e ∆AA P ´e is´ seriam maior que 1800 , logo ou m ´e paralela a n ou m = n i.e. coincidentes.
7. Seja ABC um triˆangulo is´osceles com base AB. Sejam M e N os pontos m´edios dos lados CA e CB, respetivamente. Mostre que, o reflexo do ponto C relativamente. Mostre que, o reflexo do ponto C relativamente a´ reta que passa por M e N ´e exatamente o ponto m´edio do segmento AB. Solu¸ c˜ ao: Considere as figuras: C
M
N
A
B
Dado ∆ABC com os segmentos CM = CN, pois o triˆ angulo ´e is´osceles e M, N e´ ponto m´edio. E seja F(MN) (C) = C ent˜ao CC’ intercepta MN perpendicularmente. Assim pelo crit´erio Hipotenusa, Cateto ∆CMF = ∆NFN ent˜ ao CC’ intercepta MN no seu ponto m´edio.
8. Demonstrar a proposi¸c˜ao (6.10). Solu¸ c˜ ao: Para o quadril´atero ABCD por hip´otese AB//DC, AB = DC , BC = AD ent˜ ao temos:
45
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
A
B O
D
C
Pelo desenho ´e poss´ıvel deduzir que os ˆangulos ACD = C AB; A BD = B DC e DAO = A DO = O BC = B CO Ent˜ao pelo caso LAL ∆AOB = ∆COD, portanto AO = OD. Analogamente ∆BOD = ∆AOC logo BO = OC o que conclui que ambas as retas se interceptam no ponto m´edio.
9. Demonstre a proposi¸c˜ao (6.12). Solu¸ c˜ ao: Proposi¸c˜ao 6.12: Dado um quadril´ atero qualquer se dois lados opostos s˜ao congruentes e paralelos ent˜ao o quadril´atero ´e um paralelogramo. B
A
D
e
r
C
Para esta prova usaremos a proposi¸c˜ao 6.11 onde dado o quadril´atero ABCD com AB //DC e AB = DC por hip´ otese provaremos que AD = DC por hip´otese provaremos que AD = BC, pois segundo 6.11 se isso ocorre o quadril´atero ´e um paralelogramo. AB//DC por hip´otese, logo tra¸camos uma reta r que divide o quadril´atero em ∆ADB, DeltaDBC (esquema) ent˜ ao:
ao opostos pelo v´ertice. e = A BD pois s˜ e = B DC pois s˜ ao correspondentes.
Como DB ´e comum aos dois triˆangulos e AB = DC por hip´otese ent˜ao ∆ADB = ∆DBC pelo caso LAL. Dessa forma BC = AD e pela proposi¸c˜ao 6.11 ABCD ´e um paralelogramo.
10. Um retˆangulo ´e um quadril´ atero que tem todos os seus ˆangulos, retos. Mostre que, todo retˆ angulo ´e um paralelogramo. Solu¸ c˜ ao: Considere o desenho. A
B
D
C 46
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Sabendo que AB//DC marcamos uma reta r tal como no esquema. Os ˆangulos BAC = A CD e como a soma dos dos ˆangulos internos de um triˆangulo ´e 180 graus ent˜ao:
ACB = D AC
Logo pelo caso LAL
∆ADC = ∆ABC
ent˜ao os segmentos AD = BC e ambos s˜ao perpendiculares a AB, DC logo os quatro lados s˜ao congruentes e paralelos.
11. Mostre que, as diagonais de um retˆangulo s˜ao congruentes. Solu¸ c˜ ao: Por defini¸c˜ao um retˆ angulo ´e um quadril´ atero com 4 ˆangulos retos. A
B
O D
C
Sabe se que se duas retas s˜ao interceptadas por uma terceira perpendicular a elas ent˜ao estas s˜ao paralelas, logo dado o retˆangulo ABCD tˆem se que: AB//DC e AD//BC
Portanto o retˆangulo ´e um paralelogramo e AB = DC e AD = BC . Dado as retas DB e AC, diagonais de ABCD, provemos que s˜ao congruentes. PROVA: Dado os pontos ABC temos ∆ABC , e de forma an´aloga constru´ımos ∆ADC como ambos s˜ ao retos e AD = BC , AB = DC pelo caso LAL s˜ ao congruentes e DB = AC .
12. Um losango ´e um paralelogramo que tem todos os seus lados congruentes. Mostre que, as diagonais de um losango cortam-se em ˆangulos reto e s˜ao bissetrizes dos seus ˆangulos. Solu¸ c˜ ao: Em um losango e em um paralelogramo suas diagonais se interceptam em seus pontos m´edios.
47
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Seja AC e BD diagonais do losango ABCD que se intercepta em F, ent˜ ao pelos pontos AB e C constru´ımos o triˆ angulo ABC de modo an´alogo constru´ımos o triˆangulo DAB . Como BA = BC e DA = AB ent˜ ao ∆ABC e ∆DAB s˜ao is´osceles tal que ∆ABC = ∆ABF ∪ ∆BFC ∆DAB = ∆DAF ∪ ∆FAB
e ∆ABF = ∆BFC, ∆DAF = ∆FAB pelo caso LLL. Ent˜ao BD intercepta AC em 900 e como se interceptam em seus pontos m´ edio ( e as diagonais s˜a o a base do triˆangulo is´osceles) ent˜a o s˜ao bissetrizes.
13. Um quadrado ´e um retˆangulo que tamb´em ´e um losango. Mostre que, se as diagonais de um quadril´ atero s˜ao congruentes e se cortam em um ponto que ´e ponto m´edio de ambas, ent˜ao o quadril´ atero ´e um retˆangulo. Solu¸ c˜ ao: Um retˆangulo ´e um quadril´ atero com 4 ˆangulos retos internos. A
C F
B
D
Pelo caso LLL os ∆AOC = ∆BOD; ∆AOB = ∆COD Como AB = BC por hip´ otese e O ´e o ponto m´edio de ambos ent˜ao: BO = OD = OC = AO (1) ∆AOC = ∆BOD; ∆AOB; ∆COD
Pelo caso LLL. Assim como os ˆangulos A OB e B OC est˜ ao sob a mesma semi-reta e s˜ao complementares al´em de serem congruentes ent˜ao: AOB = B OD = 900
Analogamente para AOC = C OD = 90 0 . Como por (1) os triˆ angulos contidos em ABCD s˜ao is´osceles ent˜ao: OBD = O DB = O BA = B AD = D AC = A CD = O DC = 45 0
pois a soma de seus ˆangulos internos deve ser 1800 , um dos ˆangulos j´ a ´e reto e dois da base s˜ao congruentes. Assim os ˆangulos A BD = BAC = CDB = ABD = 900 Satisfazendo a defini¸ca˜o de retˆangulo.
48
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 86 3. Mostre que, se dois ˆangulos e o lado oposto a um deles, em um triˆ angulo, s˜ao iguais ´as correspondentes partes de um outro triˆangulo, ent˜ ao os triˆangulos s˜ ao congruentes. Solu¸ c˜ ao:
A soma dos ˆangulos internos de cada ∆ ´e 180 ou seja C + A + B = C + A + B como A = A e B = B ⇒ C = C . Assim pelo crit´erio LAL o ∆ ABC = ∆A’B’C’. ◦
49
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 100 10. Mostre que todo triˆ angulo retˆangulo de lados p2 − q 2 , 2 pq e p2 + q 2 ´e um triˆangulo retˆ angulo. Aqui p e q s˜ao quaisquer n´ umeros inteiros positivos com p > q . Solu¸ c˜ ao: Se o triˆangulo ´e retˆangulo deve valer o teorema de Pit´agoras caso contr´ario o triˆangulo n˜ ao ´e retˆangulo. Vamos mostrar que este teorema ´e v´alido. ( p2 + q 2 )2 = (2 pq )2 + ( p2 − q 2 )2 ( p2 + q 2 )2 = 4 p2 q 2 + p4 + q 4 − 2 p2 q 2 ( p2 + q 2 )2 = p 4 + 2 p2 q 2 + q 4 Note que o segundo termo da igualdade ´e um quadrado perfeito ( p2 + q 2 )2 = ( p2 + q 2 )2
50
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 119 1. Prove que, em um mesmo circulo ou em c´ırculos de mesmo raio, cordas congruentes s˜ao equidistantes do centro. Solu¸ c˜ ao: A E B O C F
D
Construa uma circunferˆencia de centro O com cordas AB = CD . Por O tra¸camos os segmentos OA = OB = OC = OD = Raio .
Assim ∆ABO ´e is´osceles, o mesmo para ∆ COD. Como A OB = C OD, pois s˜ao opostos pelo v´ertice, ent˜ao ∆ABO = ∆COD pelo caso LAL. Tra¸cando os segmentos OE e OF tal que OE e EF s˜ao alturas dos triˆangulos, portanto perpendiculares a AB e CD respetivamente. Como ∆ AOB = ∆COD ent˜ ao EO = OF e as cordas AB e CD s˜ao equidistantes. Como se queria demonstrar.
2. Prove que, em um mesmo circulo ou em c´ırculos de mesmo raio, cordas equidistantes do centro s˜ao congruentes. Solu¸ c˜ ao: Imagine a seguinte constru¸c˜ao: A E B O
C
F D
Pelo problema anterior sabemos que se duas cordas s˜ao equidistantes ent˜ao existe uma perpendicular a cada corda que ´e congruente, isto ´e: OE = OF por hip´ otese e temos que OE, OF ⊥ AB, CD respetivamente.
Assim ∆OAE = ∆OBE = ∆OCF = ∆OFD pelo caso cateto hipotenusa. Portanto A E = E B = CF = FD e ent˜ ao: AE + EB = CF + FD AB = CD
51
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Como se queria demonstrar.
3. Prove que, em um mesmo circulo ou em c´ırculos de mesmo raio, se duas cordas tem comprimentos diferentes, a mais curta ´e a mais afastada do centro. Solu¸ c˜ ao: Imagine a seguinte constru¸c˜ao: A E B O C
F
D
Como A , B, C e D pertence ao circulo ent˜ao: OC = OD = OA = OB = raio
Logo ∆COD, ∆AOB s˜ ao is´osceles. Tra¸cando os segmentos OE e OF de modo a termos, ∆ AOB = ∆COD ambos retˆangulos. Ent˜ ao pelo teorema de Pit´agoras: OA2 = OF2 + AF2
e tamb´em OC2 = OE 2 + CE2
Como OA = OC = raio OF2 + AF2 = OE 2 + CE2 (1)
Como AB < CD por hip´otese e F e E s˜ao pontos m´edios de AB e CD respetivamente, pois ∆AOB, ∆COD s˜ao is´osceles, ent˜ao AF < CE o que obriga a desigualdade OF > OE para manter a igualdade em (1). Como se queria demonstrar.
4. Mostre que a mediatriz de uma corda passa pelo centro do circulo. Solu¸ c˜ ao: Dado uma corda AB e uma mediatriz m cortando AB no ponto E tal que AE = EB e m⊥AB imagina-se a constru¸c˜ao a seguir:
52
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
m
A
E
B
O
Com base na constru¸c˜ao ´e f´acil ver que: AO = OB = Raio
e tamb´em que ∆AOB ´e is´osceles de base AB. Seja OE mediana relativa a base AB do ∆AOB ent˜ ao (por constru¸ca˜o), OE ⊥ AB . Como por um ponto passa uma u ´nica reta perpendicular ent˜ao OE ´e a pr´opria mediana passando pelo ponto O (centro). Como se queria demonstrar.
5. Explique porque o reflexo de um circulo relativamente a uma reta que passa pelo seu centro ´e ainda o mesmo circulo. Solu¸ c˜ ao: Recordando as propriedades de reflex˜ao temos: F m (A) = A se A ∈ m .
˜ §A ˜ £o: Imagine a seguinte construA A
m
O
E
A
Tra¸cando uma reta m que, passe pelo centro do circulo, o reflexo do centro ´e o pr´oprio centro. E seja A um ponto qualquer pertencente ao circulo ent˜ao existe um segmento AA’ que intercepta m no ponto E tal que, AE = A’E e AA’ ⊥ m. Tra¸camos ent˜a o o ∆AOE = ∆EOA’ que s˜ao congruentes pelo caso LAL. Assim OA = OA’ e portanto, o reflexo de A tamb´em pertence ao circulo.
7. Na figura abaixo AE ´e tangente comum e JS liga os centros dos dois c´ırculos. Os pontos E e A s˜ao pontos de tangencia e B ´e o ponto de intercess˜ ao dos segmentos JS e AE. Prove que o aˆngulo J ´e igual ao aˆngulo S.
53
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
S E
B A J Solu¸ c˜ ao: Teorema: Se um raio tem uma reta tangente a circunferˆencia em sua extremidade ent˜ ao esta ´e perpendicular a reta tangente.
Note que pelo teorema ∆ ESB e ∆JBA s˜ao retˆangulos e E BS = J BA, pois s˜ao postos pelo v´ertice. Como ∆ESB e ∆JBA possui dois ˆangulos congruentes ent˜ao s˜ao semelhantes e portanto S = J. Como se queria demonstrar.
8. Na figura seguinte, M ´e o centro dos dois c´ırculos e AK ´e tangente ao circulo menor no ponto R. Mostre que AR = RK.
M A
R
K
Solu¸ c˜ ao: Construa ∆MAR e ∆MRK tal que AM = MK = Raio .
M
A
R
54
K
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Por m tra¸camos uma reta que intercepta AK no ponto R . Ora, se um raio intercepta uma reta em seu ponto de tangencia esta ´e perpendicular a reta. Com base nisto teremos A RM = M RK = 90 . Portanto, ∆AMR, e ∆MRK s˜ao retˆangulos e pelo crit´ erio cateto hipotenusa dos triˆ angulos retˆangulos ∆MRK = ∆AMR. Logo AR = RK . Como se queria demonstrar.
◦
9. Na figura abaixo, UK ´e tangente ao circulo no p onto U e UE = LU. Mostre que LE = EK.
L
E K
U Solu¸ c˜ ao:
Se UK ´e tangente ao circulo no ponto U ent˜ ao UK ⊥ LU logo L UK = 90 . ◦
Por hip´otese UE = LU e como LE ´e raio ent˜ao LE = LU = UE .
Assim ∆LUE ´e equil´atero e L EU = LUE = ULE = 60 . ◦
Como L EU ´e ˆangulo externo do ∆EUK ent˜ ao:
LE U = EK U + EUK
No entanto como L U K = LU E + EUK ent~ ao LU E + EUK = 90 (1) Como L UE = 60 por (1) tem-se ◦
◦
EUK = 30
◦
Assim L E U = EU K + EKU implica em:
60 = 30 + E KU ◦
◦
EKU = 30
◦
Assim ∆EUK ´e is´osceles de base UK, pois possuem dois ˆangulos de 30 , e assim EK = UE (2). Como UE = LU = LE (3). Por (2)e por (3) chegamos a LE = EK. Como se queria demonstrar.
10. Na figura seguinte, MO = IX. Prove que MI = OX. X
M
O
I
55
◦
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao:
Tra¸cando uma corda MX com ela ´e poss´ıvel perceber que MO X = MIX, pois ambas possuem a mesma corda. X
M B O
I
Como ∆MOB e ∆BXI possuem dois ˆangulos congruentes estes s˜ao semelhantes portanto: MO OB = XI BI
Como MO = XI por hip´ otese: OB = 1 ⇒ OB = BI BI
Assim ∆MOB = ∆BXI pelo caso LAL e MB = BX , portanto: MB + BI = BX + OB MI = XO
Como se queira demonstrar.
11. Na figura seguinte, H ´e o centro do circulo e CI e um diˆametro. Se CA e HN s˜ao paralelos, mostre que AN e IN tem a mesma medida. A C
N I
H
Solu¸ c˜ ao: A C
H
N I
Na figura dada tra¸camos AH (figura acima), ent˜ao:
C = 0.5(AHI) (1)
56
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Note que CA = HA = HN = HI = Raio por paralelismo entre CA e HN. Tamb´ em podemos perceber CAH = AHN, pois s˜ao ˆangulos alternos internos.
Como ∆ACH ´e equil´atero (AH = CA = CH = Raio ) ent˜ ao C = C AH = AHN. Ent˜ao de (1) vem que: C = 0.5AHI = 0.5(AHN + NHI) C = 0.5(AH N + NHI)
Como A HN = C
C - 0.5 C = 0.5 N HI 0.5 C = 0.5 NHI NHI = C = AHN
Concluindo que NH I = AHN.
Como ˆangulos centrais iguais resultam em cordas congruentes completamos a demonstra¸ca˜o concluindo que AN = IN.
12. Na figura abaixo, O ´e o centro do circulo e TA ´e um diˆametro. Se PA = AZ, mostre que os triˆangulos PAT e ZAT s˜ao congruentes. T
P O
A
Z Solu¸ c˜ ao:
Note que T PA e TZA remetem ambos a arcos formados por semi c´ırculos de modo que
TPA = T ZA = 90
◦
Logo os triˆ angulos PAT e ZAT s˜ao congruentes pelo caso especial ( PA = AZ e TA comum).
14. Na figura seguinte, o quadril´ atero DIAN ´e um paralelogramo e I, A e M s˜ao colineares. Mostre que DI = DM. D
N
O M 57
I
A
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao:
Temos DNA = DMA, pois submetem ao mesmo arco DA . Como DIAN ´e um paralelogramo ent˜ao D NA = D IA, assim:
DMA = DIA
Como I , A e M s˜ao colineares o ∆DMI ´e is´osceles de base MI o que implica em DM = DI .
15. Na figura abaixo, qual dos dois arcos AH ou MY, tem a maior medida em graus? Sabe se que os dois c´ırculos s˜ao concˆentricos. A
M
E T
H
S
Y
Solu¸ c˜ ao: ˜ §A ˜ £o: Com base na figura dada imagine a seguinte construA
A
M
E o
H
T S
Y
Note que AOH ´e um aˆngulo central da mesma circunferˆ encia em que ATH est´ a inscrita e portanto:
ATH =
AOH 2
Com ATH relativo ao arco AH e MOY relativo ao arco MY.
Como M OY > A OH isso implica diretamente em MY = AH.
16. Mostre que um ˆangulo secante cujo v´ertices esta dentro do circulo tem medida igual a metade da soma do arco que determina com o arco que ´e determinado pelo ˆangulo que se lhe 1 op˜oe pelo v´ ertice. (Na figura anterior a esquerda: APB = (med AB + med CD). 2
58
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao: Fa¸camos a seguinte constru¸c˜ao: A C P D
B
Note que A PB ´e ˆangulo externo a ∆PBD e pelo axioma V temos que APB = A D B + CBD. Como A OB ´e ˆangulo inscrito na circunferˆ encia que corresponde ao arco AB e C BD corresponde ao arco DC temos:
ADB =
2
CBD =
Como A P B = AD B + CBD segue se que:
AB DC
2
APB =
AB + DC
2
17. Na figura abaixo APB ´e um aˆngulo secante cujo v´ertice esta fora do circulo mostre que A PB 1 = (med AB - med CD) 2 A
P
C D B
Solu¸ c˜ ao: Na figura fazemos a seguinte constru¸ca˜o:
59
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
A
P
C D B
Com essa constru¸c˜ao teremos os seguintes ˆangulos inscritos A CB, A DB e CBD. Como A CB ´e ˆangulo esterno ao triˆangulo CBP por consequˆencia do axioma V temos:
AC B = AP B + CBD AP B = AC B - CBD
AB
APB =
+
2 1 APB = (AB − CD) 2
Como se queria demonstrar.
2
CD
21. Prove que o segmento ligando um v´ertice de um pol´ıgono regular ao centro do c´ırculo em que ele esta inscrito ´e bissetriz do ˆangulo daquele v´ertice. Solu¸ c˜ ao: Seja A1 ,...,An um pol´ıgono qualquer inscrito numa circunferˆencia de centro O A1 A2 A3
O
An
A4
Os triˆangulos A1 OA2 e A 2 OA3 s˜ao congruentes e dessa congruˆ encia retiramos que:
A1 A2 O = O A2 A3
Logo OA2 ´e bissetriz de A1 A2 A3 . Como se queria demonstrar.
60
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 125 1. Prove que uma reta pode cortar um c´ırculo em no m´aximo dois pontos. Solu¸ c˜ ao: Seja C um circulo e A um ponto deste circulo. Tra¸camos por A uma reta m que intercepta o c´ırculo num ponto B , assim C ∪ m{A, B} pois A e B s˜ao colineares. Suponha por absurdo que exista um ponto C diferente de A e B que perten¸ca a m e a C simultaneamente (em outras palavras C ∩ m ∈ C ). Como A , B e C s˜ao colineares ent˜ao C est´ a entre A e B (A − C − B). Deste modo sendo “O” o centro da circunferˆencia ter´ıamos OA = OB = OC . O que seria um absurdo pois se C est´ a entre A e B OA = OB > O C .
2. Na figura abaixo A P C ´e um a´ngulo secante cujo v´ertice encontra-se fora do circulo e que o intercepta em quatro pontos como indicado. Prove que AP ·PB = CP·PD. A
B
P D
C Solu¸ c˜ ao:
´ poss´ıvel observar Tra¸cando AD e CB tem se B AD = B CP, pois determinam o mesmo arco BD. E que ∆APD ´e semelhante ao ∆CBP, desta semelhan¸ca tem-se:
AP AD DP = = CP CB PB
Que implica em AP · PB = CP · PD
Como se queria demonstrar.
3. Na figura abaixo W S e H I s˜ao cordas que se interceptam no ponto G, e RT ´e bissetriz do ˆangulo W GI . Prove que W R · T S = H T · RI .
W
I
R
G H T S
61
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao:
WGR = R GI, pois RT ´ e bissetriz de W GI. Como W GR = T GS, pois s˜ao opostos pelo v´ertice, ent˜ao RGI = H GT que implica que RGI = S GT.
Temos que WSH = W IH, pois subentende-se ao mesmo arco WH. Com isso pode-se afirmar que ∆IRG ´e semelhante ao ∆SGT, (pois possuem dois ˆangulos congruentes SGT = I GR e WST = W IH). Desta semelhan¸ca temos que:
RI RG IG = = (1) TS GT GS
Considerando que IWS = I HS, pois se subentendem ao mesmo arco IS, segue se que ∆ WRG ´e semelhante ao ∆HGT. Desta semelhan¸ca tem se que: WR RG WG = = (2) HT GT HG
De (1) e (2) obtemos RG WR RG RI WR RI = ; = = ⇒ ⇒ WR · TS = HT · RI GT HT GT TS HT TS
Como se queria demonstrar.
4. Seja ABC um triˆ angulo e D um ponto de BC tal que AD ´e bisstriz do aˆngulo A. Prove que (AD)2 = AB · AC − BD · DC . Solu¸ c˜ ao: Considere o ∆ABC inscrito no circulo ( C) como na figura abaixo; onde acrescentamos os segmentos DE e EB . A
B
C
D
E
Note que B AD = D AC, pois por hip´otese AD ´e sua bissetriz. Como B EA = A CB, pois s˜ao ˆangulos que subtende ao mesmo arco, no caso AB, ent˜ ao se conclui que ∆ABE ´e semelhante ao ∆ADC. Isso implica que: AB AE = ⇒ AB · AC = AE · AD AD AC
Observe que D BE e C AD s˜ao ˆangulos que determinam o mesmo arco EC e portanto D BE = C AD. E como BED = A CD ent˜ ao ∆BDE ´e semelhante ao ∆ADC. Desta semelhan¸ca tem-se: 62
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
BD ED = ⇒ AD · DE = BD · DC AD DC
Levando em conta que AE = AD + DE temos: AD · AE = AB · AC AD · ( AD + DE ) = AB · AC 2
AD + AD · DE = AB · AC 2
AD + BD · DC = AB · AC 2
AD = AB · AC − BD · DC
Como se queria demonstrar.
5. Na figura seguinte o c´ırculo est´a inscrito no quadril´atero. Prove que a soma dos comprimentos de um par de lados opostos ´e igual a soma dos comprimentos do outro par. Solu¸ c˜ ao: Considere o desenho a seguir onde os segmentos de mesma cor s˜ao congruentes. X 90
B ◦
A O 90
◦
Y
P D
Z
C
Note que AB , BC , CD e DA s˜ao tangentes ao circulo nos pontos X , Y, Z e P , o que implica em: AX = AP BX = BY CY = CZ DZ = DP
Somando membro a membro:
63
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
AX + BX + CY + DZ = AP + BY + CZ + DP AB + ( CY + DZ) = AD + ( BY + CZ) AB + DC = AD + BC
Com se queria demonstrar.
6. Seja ABCDEF um hex´ agono que circunscreve um c´ırculo. Prove que AB + CD + EF = BC + DE + F A. Solu¸ c˜ ao: A
X
B
T
Y
F
C
Z
Q E
P
D
Por hip´otese e pela constru¸c˜ao dada, AB, BC, CD, DE, EF, e FA s˜ ao tangentes ao circulo nos pontos X, Y , Z , P, Q e T respectivamente. Pela constru¸ca˜o ´e poss´ıvel notar que alguns segmentos s˜ao congruentes, isto ´e: AT BX CY DZ EP FQ
= = = = = =
AX BY CZ DP EQ FT
somando as igualdade membro a membro. AT + BX + CY + DZ + EP + FQ = AX + BY + CZ + DP + EQ + FT
Permutando alguns membros (BX + AX) + (DZ + CZ) + (EQ + FQ) = (BY + CY) + (DP + EP) + (AT + FT) AB + CD + EF = BC + DE + FA
64
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Como se queria demonstrar.
8. Prove que se dois c´ırculos tˆem dois pontos em comum, a reta dos centros ´e mediatriz do segmento ligando estes dois pontos. Solu¸ c˜ ao: Considere a seguinte constru¸c˜ao onde A e B s˜ao os pontos de intercess˜ao entre os c´ırculos. A
O
B
OA = OB pois, s˜ ao raios do circulo mais a esquerda de modo que OAB = O BA pois s˜ao ˆangulos da base ∆AOB is´osceles. Tra¸cando agora um segmento OH tal que OH ⊥ AB (com H ∈ AB), ent˜ ao pelo crit´erio LAL o ∆AOH e ∆BOH s˜ ao congruentes de modo que H ser´a ponto m´edio de AB.
Tra¸cando agora um segundo segmento PH’ de modo que PH’⊥AB (com H’ ∈ AB ). Com pensamento an´ alogo se chega a constru¸ca˜o de que H’ tamb´em ´e ponto m´edio do segmento AB. Como um segmento n˜ao pode possuir dois pontos m´edios ent˜ ao H = H’ assim
OH ∪ H P = OP
Que intercepta AB no seu ponto m´edio. Como se queria demonstrar.
10. Prove que se dois c´ırculos s˜ao tangentes, a reta dos centros passa pelo ponto de contacto. Solu¸ c˜ ao: Dado o esquema a seguir queremos mostrar que a reta determinada por O e P passa pelo ponto de tangˆencia X . r
O
X
65
P
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Para tanto perceba que OX ´e perpendicular a reta r , assim os pontos O, X e P s˜ ao colineares. Onde se conclui que OP passa pelo ponto X.
11. Na figura seguinte as retas s˜ao tangentes comuns aos dois c´ırculos. Prove que m1 e m2 se interceptam na linha dos centros. Prove que se os raios dos dois c´ırculos s˜ao diferentes, as retas n 1 e n2 tamb´em se interceptam na reta dos centros. Solu¸ c˜ ao: (Primeira parte) Considere a seguinte constru¸c˜ao. m1 n1 B O
D
H
P
A
C n2 m2
O angulo B AC ´e tangente ao circulo de centro O assim: AB = AC e ∆ABC ´e is´osceles que implica que C BA = B CA. Tra¸cando o segmento OH de modo que OH seja perpendicular ao segmento BC ser´a formado o ponto D (que ´e intercess˜ao de OH com BC) que ser´a ponto m´edio de BC. Segue-se ent˜ao que AD ´e altura, bissetriz e mediana. Usando de mesmo racioc´ınio para o circulo mais a direita conclui-se que O, A e P s˜ao pontos colineares e que ent˜ao m1 e m 2 se interceptam na linha dos centros.
12. Sejam A e B pontos de intercess˜ ao de dois c´ırculos. Sejam C e D as extremidades dos diˆametros dos dois c´ırculos que se iniciam no ponto A. Prove que a reta que liga C a D cont´em o ponto B. Solu¸ c˜ ao: Imagine a seguinte constru¸c˜ao
66
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
A
C
D
B
Os aˆngulos ABC e ABD s˜ ao inscritos e subtendem a semi-c´ırculos pois AC e AD s˜ao diˆametros, assim ABC = 90 = ABD. Isto implica que eles s˜ao suplementares e portanto os pontos C, B e D s˜ao colineares o que prova a afirma¸ca˜o. ◦
13. Prove que a medida de um ˆangulo formado por um tangente e uma corda de um circulo ´e igual a metade da medida do arco que ele determina. Solu˜ ao: Considere o seguinte esquema: A C
O B
Perceba que OA⊥ AC e ∆OAB ´e is´osceles o que implica no fato de que O AB = A BO. Como A OB ´ e angulo central correspondente ao arco AB , pelo axioma V tem se:
AOB + OAB + OBA = 180
◦
◦
AOB = 180 − 2 OAB
Como O AB = 90 − CAB ent˜ ao: ◦
Que implica em
AOB = 180 − 2(90 − CAB) ◦
CAB =
Como se queria demonstrar.
◦
AOB arco(AB) = 2 2
67
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
´ EXERC´ICIO PAGINA 142 1. Quando o sol est´a a 20 acima do horizonte, qual o comprimento da sombra projetada por um edif´ıcio de 50m? ◦
Solu¸ c˜ ao: tg 20 = ◦
50 ⇒ AB 137.3796 AB
2. Uma a´rvore de 10 metros de altura projeta uma sombra de 12m. Qual ´e a altura angular do sol? Solu¸ c˜ ao:
10m θ
12m
10 ∼ 39.8 . ⇒ θ = arctg(0.8333...) = 12
tg θ =
◦
3. Os lados de um triˆangulo ABC s˜ao os seguintes: AB = 5, AC = 8, e BC = 5. Determine o seno do ˆangulo A. Solu¸ c˜ ao:
A
B
5
5
α
α
C
8 Pela lei dos cosenos temos: 2
2
AB = AC + BC − 2AC BCcos C
Substituindo os valores da figura: 25 = 64 + 25 − 2 · 8 · 5 cos C
cosC =
64 ⇒ C ∼ = 36 87 80
◦
Como C = A pois o triˆangulo ´e is´osceles, ent˜ao sen C = sen A = 0.6 68
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
˜ a um navio segundo 4. Do topo de um farol, 40 metros acima do n´ıvel do mar, o faroleiro v A um aˆngulo (de depress˜ao) de 15 . Qual a distˆ ancia do navio ao farol? ◦
Solu¸ c˜ ao: C 15
◦
40
A
tg θ =
B
AC ⇒ AC = tg(15 ) · 40 ∼ = 10.72m BC ◦
5. Um carro percorreu 500 metros de uma estrada inclinada 20 em aclive. Quantos metros o ponto de chegada esta acima do ponto de partida. ◦
Solu¸ c˜ ao: C
500m 20
A
◦
B
Aplicando a lei dos senos
SenC SenA = AB BC ◦
◦
Sen90 Sen20 ∼ 171.01m = ⇒ BC = 500 BC
6. Mostre que o per´ımetro de um pol´ıgono regular inscrito em um circulo de raio R e 180 pn = 2Rsen . n
◦
Solu¸ c˜ ao: O per´ımetro de P n de n lados ´e calculado por:
69
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Pn = 2nP
Onde P ´e a metade da medida de um lado, conforme a figura abaixo indica. B D A
C
A
BD = DC e P =
BD DC
P Sendo Sen A = com A = R
◦
360 2n
ent˜ ao:
P = R · senA
e portanto
Pn = 2n · R · senA
◦
Pn 2n · R · sen
360 2n
◦
Pn = 2n · R · sen
180 n
Como se queria demonstrar
7. Num triˆangulo ABC tem se AC = 23, A = 20 C = 140 . Determine a altura do v´ ertice ◦
B.
◦
Solu¸ c˜ ao: Esse triˆangulo n˜ ao existe. O que invalida a quest˜ ao. Isso pode ser provado com o seguinte calculo. A soma dos aˆngulos internos de todo pol´ıgono ´e igual a 180 , logo B = 20 e o triˆangulo ´e is´osceles e portanto CB = 23. Como na figura abaixo. ◦
◦
C 140
◦
A 20
B 20
◦
◦
Tra¸cando uma bissetriz em C teremos dois triˆangulos retˆangulos como na figura abaixo.
70
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
C 70
◦
90 A 20
B 20
D
◦
◦
◦
Usando a lei dos senos ◦
◦
sen20 sen90 = ⇒ DC ∼ = 7.866 23 DC
Aplicando o teorema de Pit´agoras chegamos a AD = 21.613. Portanto, AB = 43.226. Vamos usar esses dados para mostrar que essa constru¸ca˜o de triˆangulo n˜ ao ´e poss´ıvel pois se tra¸carmos uma altura (segmento BE ) conforme a figura abaixo C E
90
A 20
◦
B
◦
teremos ABE = 180 − (20 + 90 ) = 70 o que seria imposs´ıvel. ◦
◦
◦
◦
8. As fun¸c˜oes secante, cossecante e cotangente de um ˆangulo A s˜ ao definidas por secA = 1/cosA, cossecA = 1/senA e cotgA= 1/tgA, desde que cosA, senA e tgA sejam definidas e diferentes de zero. Prove que:
a) 1 + tg2 A = sec 2 A b) 1 + tg2 A = cossec2 A
71
Geometria Euclidiana Plana
Diego Oliveira - Vit´oria da Conquista/BA
Solu¸ c˜ ao de a:
sec2 A = sec2 A = 2
sec A =
1
cos2 A
sen2 A + cos2 A cos2 A
sen2 A cos2 A
+1
sec2 A = Tg 2 A + 1
Como se queria demonstrar Solu¸ c˜ ao de b:
=
1
Cosec2 A =
sen2 A
sen2 A + cos2 A
1+
sen2 A
cos2 A sen2 A
= 1 + cotg2 A = 1+
1
tg2 A
Como se queria demonstrar
72