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Convite ao estudo
Olá, seja bem-vindo! Este material foi elaborado com o objetivo de prepará-lo ainda mais para essa reta final que se aproxima do Enem. Para isso, construímos um conteúdo que apresenta não somente os temas mais abordados nas provas, mas, também, dicas que podem contribuir nos seus estudos e na aplicação dos conhecimentos adquiridos até aqui. Todas as provas do Enem esperam que você saiba resolver situações-problema, utilizando os seus conhecimentos sobre diversas áreas. É por isso que apenas compreender cada matéria de forma isolada nem sempre é suficiente para ter um ótimo rendimento durante o exame. Isso significa que é necessário saber aplicar os conceitos de forma integrada, o que chamamos de interdisciplinaridade.
Para isso, o candidato deve desenvolver as habilidades de interpretar e relacionar as informações, analisá-las, recorrer a conhecimentos de outras áreas e saber aplicar cada um deles nas decisões, a fim de solucionar as situações-problema. É possível notar que essas habilidades estão distribuídas ao longo de toda a prova e por esse motivo o exame pode apresentar questões muito fáceis de um tema e algumas mais difíceis de outros. Portanto, em nossa série de e-books, você encontrará um material rico e completo que procura integrar as habilidades apresentadas com os conteúdos mais abordados no Enem. Pronto para começar? Bons estudos!
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Sumário
I Estrutura da prova de Redação
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I Temas
Intolerância à população LGBT brasileira
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Mobilidade urbana no Brasil
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Acessibilidade no Brasil
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Analfabetismo funcional no Brasil
8
Desaos da inclusão digital no Brasil
9
Desaos da saúde pública no Brasil
10
Intolerância à diversidade de organização familiar no Brasil
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Aumento no índice de sobrepeso no Brasil
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Desaos da população refugiada no Brasil
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Bullying na sociedade brasileira
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I Glossário
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Estrutura da prova de Redação
Até o edital de 2016, o Enem abordava temas sociais, ambientais ou políticos do Brasil. A partir do edital de 2017, serão abordados apenas os problemas sociais, políticos ou culturais. Portanto, os temas de redação do Enem 2017: Sempre vão ser uma problemática. Sempre vão ser uma problemática no contexto brasileiro. Sempre vão ser uma problemática no contexto brasileiro atual. Sempre vão ser uma problemática no contexto brasileiro atual em caráter social, cultural e/ou político.
Vale ressaltar que os problemas apresentados pelo Enem não serão individuais e, sim, temas que impactam grande parcela da sociedade. Para definir o que pode cair na prova de redação de 2017, selecionamos alguns temas que abordam tanto questões políticas, quanto questões sociais e culturais. Lembrando que todas as apostas são fundamentadas a partir de uma análise técnica a respeito das informações que o Enem oferece: 1. Intolerância à população LGBT brasileira. 2. Mobilidade urbana no Brasil. 3. Acessibilidade no Brasil. 4. Analfabetismo funcional no Brasil. 5. Desafios da inclusão digital no Brasil. 6. Desafios da saúde pública no Brasil. 7. Intolerância à diversidade de organização fa-
miliar no Brasil. 8. Aumento no índice de sobrepeso no Brasil. 9. Desafios da população refugiada no Brasil. 10. Bullying na sociedade brasileira. Esses são alguns dos temas que apostamos para este ano e a partir de agora vamos desmembrar e trazer informações importantes que contribuirão para pensar e escrever os textos de cada assunto.
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Intolerância à população LGBT brasileira
Os pontos principais para a discutir esse tema é a falta de representatividade da população LGBT e a violência que o grupo sofre. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Em 2016, tivemos 127 mortes, o que representa uma vítima a cada três dias. Além disso, vale destacar que a expectativa de vida desse grupo é de 35 anos, enquanto a média nacional é de 75. O ponto principal para formular uma boa tese para essa questão é pensar no conceito de heteronormatividade, que rege grande parte da sociedade. Ou seja, compreende-se que ser heterossexual é um padrão e tudo que foge desse padrão é mal visto.
Como resolver este problema? É necessário propor medidas afirmativas, como dar mais representatividade ao grupo. Com maior visibilidade, a comunidade LGBT é incluída na sociedade e deixa de ser vista como errada. Dessa forma, a preferência sexual ou a identidade de gênero passa a ser mais uma das características de uma pessoa. Pensar nas formas de captar as denúncias também é muito importante. Podemos criar delegacias especializadas, dar treinamento específico para os profissionais, criar um ministério responsável pela população LGBT, entre outros.
Dicas de estudo: Pesquise quais são os gêneros existentes, diferenciando gênero e sexo. Veja, também, a definição de homossexual e de transexual. No glossário, você encontrará mais informações. Procure dados, estudos e reportagens que ilustrem os problemas vividos pela população LGBT e confira as estatísticas. Coloque-se na situação de um membro LGBT e reflita: e se você sofresse preconceito por ser quem você é, do jeito que você é?
Para formular a tese, é muito importante buscar de onde que vem esse tipo de intolerância. Existem vários elementos culturais que colocam o homossexual, o bissexual e o transexual como inferior, como o “desvio” ou como “algo que deu errado”. Todos esses pensamentos fazem com que se crie a ideia de que o LGBT é o erro da natureza, ocasionando o que chamamos de intolerância.
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Mobilidade urbana
Os pontos principais para discutir esse tema envolvem concepção de espaço geográfico das cidades, deslocamento, transportes, demografia e acesso.
exemplo. Ou então pensar em iniciativas como as caronas, propondo uma parceria entre iniciativa pública e privada.
É um tema cultural porque ninguém quer deixar o carro na garagem e pegar o transporte coletivo pelas condições que são apresentadas. É social porque impede que as pessoas tenham acesso à cidade, à cultura e, até mesmo, à saúde. É uma questão principalmente política porque só depende de políticas públicas para ser resolvida.
Outra forma não menos importante é as prefeituras pensarem na ampliação da malha metroviária e linhas de ônibus, para garantir alcances maiores de espaços e locais e otimização de deslocamento.
Dicas de estudo: A mobilidade envolve questões de trânsito e deslocamento de pessoas e veículos de transporte nos centros urbanos. Cerca de 65 milhões de pessoas vivem nas cidades e sofrem diariamente com más políticas de urbanização e transportes públicos precários. Portanto, torna-se imprescindível discutir sobre o assunto.
Como resolver este problema? Mais importante do que proibir o uso de transporte privado, é dar muitos incentivos para que as pessoas optem pelo transporte público, pelas suas facilidades. Para isso, o Estado pode oferecer estrutura para as pessoas se locomoverem, apresentar um transporte público de qualidade, subsidiando-o para que a população não tenha custos altos e possa se locomover adequadamente. É possível pensar em disponibilizar meios alternativos, como as vias fluviais e as ciclofaixas, por
Pesquise sobre a concentração de carros e pessoas nos centros urbanos, principalmente nas metrópoles. Como é o dia a dia no que se refere à mobilidade nesses lugares? Pesquise e entenda a responsabilidade de cada órgão governamental, vendo quem é o responsável por cada setor. Procure saber qual é a real situação do transporte no Brasil – o que dizem as estatísticas, pesquisas e reportagens. É bom estudar também o que já foi feito em várias cidades do Brasil e até mesmo em outros países para ter algumas ideias para a proposta de intervenção.
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Acessibilidade no Brasil
O que entendemos quando falamos de acessibilidade? Estamos nos referindo às dificuldades que pessoas com deficiência, grávidas, idosos ou pessoas com limitação motora ou de locomoção enfrentam no Brasil. Esse é um tema que envolve, principalmente, a questão de grupos discriminados por suas limitações, mesmo que provisórias. São pelo menos 650 milhões de pessoas no mundo que têm algum tipo de deficiência e sofrem diariamente com o acesso a lugares públicos e privados sem preparo para atendê-los em suas limitações.
Como resolver este problema? Para resolver os problemas de acessibilidade, o governo (em suas esferas municipais e estaduais) deve disponibilizar transportes adaptados com rampas e sinal sonoro para deficientes visuais. Além disso, contar com calçadas regulares, com largura suficiente para passar uma cadeira de rodas. Nas escolas, precisamos de vagas para pessoas com diversos tipos de deficiência. Os professores devem ser capacitados para ajudar todos os alunos da melhor maneira possível, com aulas em Libras, provas em braile, entre outros. É preciso ter alguém para acompanhar as crianças cegas e paraplégicas. Todas essas medidas devem ser fornecidas pela esfera pública. As construções civis também devem apresentar meios para que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam se locomover. Alguns desses meios são: rampas de acesso a andares, banheiros públicos com cabine adaptada, bebedouros, geladeiras, lousas/ quadros ou outros objetos a altura de cadeirantes, entre outras coisas. Isso pode ser realizado tanto pela iniciativa privada, como por órgãos públicos.
Dicas de estudo: Algo muito simples para pensar sobre esse tema é observar a cidade que você vive. Veja se existe algum tipo de acessibilidade. Pesquise dados sobre os deficientes físicos no Brasil, analise quais são os pr incipais problemas enfrentados por essa parcela da população em seu dia a dia, no que se refere à acessibilidade. Reflita: é fácil ser deficiente físico no Brasil? Procure verificar na legislação brasileira quais são as medidas de acessibilidade que uma empresa pode apresentar e veja como a escola proporciona esse serviço.
O Enem é um processo seletivo que apresenta medidas de acessibilidade. Os alunos podem solicitar 12 recursos ou serviços. São eles: 1. Prova em braile. 2. Provas ampliadas (macrotipo). 3. Tradutor-intérprete de Libras. 4. Leitura labial. 5. Auxílio ledor. 6. Auxílio para transcrição. 7. Guia-intérprete. 8. Mesas e cadeiras acessíveis. 9. Sala de fácil acesso. 10. Sala para lactentes (amamentação). 11. Sala especial. 12. Classe hospitalar.
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Analfabetismo funcional no Brasil
Analfabeto absoluto é aquele que não sabe ler, nem escrever. Já o analfabeto funcional é aquele que lê, mas tem dificuldade de interpretar as informações, ou seja, não consegue extrair as informações do texto que leu. De acordo com o IBGE, um analfabeto funcional é aquele com 15 anos ou mais e que possua menos de 4 anos de estudo em relação ao total de pessoas na população com a mesma faixa etária. Os pontos principais para discutir esse tema envolvem, principalmente, educação e marginalização social.
Como resolver este problema? Neste caso, as medidas devem vir majoritariamente do Estado, que precisa fornecer uma educação básica de qualidade e estruturas suficientes para que todos possam ser alfabetizados adequadamente. Como a percepção do analfabetismo funcional costuma acontecer com idade mais avançada, é importante desenvolver medidas para os adultos - não apenas referentes à vida escolar. As políticas de alfabetização não vêm só da escola. A criança passa muito tempo dentro de casa. Uma família com um nível cultural e de alfabetização melhor ajuda essa criança a ler com mais qualidade. Precisa haver uma mudança de cultura estruturada pelo Estado, para que as pessoas tenham mais o hábito da leitura, mais contato com textos e scritos e mais possibilidade de criticidade.
Dicas de estudo: Procure dados estatísticos sobre o tema e pesquise a diferença entre analfabetismo funcional e absoluto. Reflita se o analfabeto funcional está incluído socialmente ou não. Responda: será que a pessoa que não sabe ler adequadamente não ca à margem da sociedade? Reflita: é fácil ser deciente físico no Brasil? Procure vericar na legislação brasileira quais são
as medidas de acessibilidade que uma empresa pode apresentar e veja como a escola proporciona esse serviço.
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Desaos da inclusão digital no Brasil
Temos que nos fazer três questionamentos para embasar nossa discussão: por que a inclusão digital é importante? Por que é desejável que se tenha a inclusão digital? Por que ainda não há inclusão digital no Brasil? É importante pensar que existem locais que não têm acesso nem ao menos a energia elétrica ou saneamento básico, imagine então internet. Mas não são somente essas pessoas que estão excluídas. Muito desse fenômeno se refere à distribuição de renda, que cria ainda mais degraus na sociedade. Para discutir esse tema, portanto, é importante refletir sobre desigualdade social, globalização, novas tecnologias, mercado e possibilidades de ascensão social que são barradas àqueles que não estão incluídos no universo digital.
Como resolver este problema? É necessário pensar em investimentos estruturais. Se não é possível levar internet para todo mundo, é necessário existir algum centro que oferte isso às pessoas. As prefeituras podem ser capazes de fazer isso, ou o governo do es tado. Importante também investir em educação digital, como cursos de informática, redes sociais etc., que podem ser promovidos por escolas, ONGs, o próprio governo ou iniciativa privada. Assim, a população vai se incorporando à cultura digital e compreende como operar os novos recursos tecnológicos. De maneira secundária, é necessária uma mobilização do Estado no que se refere a recursos básicos de infraestrutura, como distribuição de energia elétrica em regiões que ainda não têm, para que seja possível ter a oportunidade de acesso ao universo digital.
Dicas de estudo: Analise os dados estatísticos e veja como está a situação da inclusão digital no Brasil. Observe como a inclusão digital está associada a sua vida. O que a internet possibilita? Coloque-se, depois, na situação de quem não conta com esse recurso. Agora, pense o seguinte: uma pessoa que não tem acesso à internet é vista como um cidadão? Será que ela está incluída nas questões que estão em pauta sendo discutidas na sociedade?
Para discutir o problema, é preciso pensar que existem questões estruturais relevantes: o país tem muita pobreza, vive-se uma situação de desigualdade social e a inclusão digital acaba não sendo uma prioridade. Além disso, não existe uma valorização das pessoas que estão excluídas socialmente. É muito comum vermos pessoas com smartphones, computadores, tablets e outros aparatos tecnológicos, mas esquecemos que grande parte da população está distante disso.
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Desaos da saúde pública no Brasil
Antes de escrever sobre este tema, precisamos pensar: por que esse problema existe no país? Ele existe por diversos fatores, como: desinteresse dos governantes, falta de investimento, má gestão dos recursos e conflitos de interesse. Falta também uma cultura sanitarista mais desenvolvida no país. Os hospitais estão superlotados e com infraestrutura precária, as filas de transplantes e tratamentos complexos enormes, há grande parcela da população morrendo por falta medicação adequada e, somado a isso, faltam profissionais para atuar nesse setor. Com o SUS, nosso sistema público de saúde evoluiu muito, mas ainda há muito o que fazer, pois há um crescimento demográfico constante no país, que precisa de atenção em todos os âmbitos sociais, entre eles a saúde. Poucos são os hospitais que recebem investimento e conseguem oferecer uma saúde pública de qualidade e é importante que se discuta isso na redação.
Como resolver este problema? É preciso que o Estado invista em saúde pública e tenha uma fiscalização eficiente na gestão dos recursos. Algumas medidas podem ser: criar postos de saúde com recursos e infraestrutura adequada, investir na contratação de profissionais, com salários adequados, reduzir as filas de transplante e valores de medicamento, além de fazer parcerias com hospitais particulares para tratamentos complexos. É preciso, acima de tudo, ter uma priorização de como vai ser enfrentado esse problema.
Dicas de estudo: Pesquise quais são os órgãos responsáveis pela saúde pública no Brasil. Veja estudos e reportagens que ilustrem a situação da saúde pública atual brasileira. Pense nos impactos que a defasagem da saúde pública causa e por que isso é, também, um problema social (uma pequena parcela tem acesso aos hospitais particulares e de referência e a maioria da população ca à margem disso).
Vale pensar em assuntos como o direito à vida ou à saúde de qualidade, propostos pela Constituição e pelo ECA. Responda: onde estão concentrados os hospitais? Qual é o tipo de atendimento que esses hospitais prestam? Onde encontramos atendimento de saúde básica? Qual região do país enfrenta mais problemas com isso?
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Intolerância à diversidade de organização familiar no Brasil
Esse tema não diz respeito a somente casal heterossexual e homossexual. Na verdade, existem outras formas de organização familiar, como mãe/ pai solteiros (unipessoal) ou composta por parentes, como os avós.
Dicas de estudo:
Para discutir esse tema, é importante pensar: por que existe um estigma em relação à “mãe solteira” se quase metade de uma população é de pais separados? Por que um casal gay não pode ter filhos? O que compreendemos por família? E por que há intolerância a composições familiares que fogem da organização pai-mãe-filhos?
Complete seu estudo entendendo quais são os direitos de cada tipo de família. Por exemplo, todos podem adotar filhos?
Segundo os dados do IBGE, a formação clássica “casal com filhos” representa 49,9% dos lares brasileiros. Isso significa que metade da população é composta por outros tipos de organização familiar, tornando o assunto de extrema relevância.
Como resolver este problema? Umas das formas de resolver esse problema é tentando mudar culturalmente o pensamento intolerante, dando mais visibilidade às novas composições familiares e valorizando-as. Outra forma seria o Estado facilitar os meios de adoção por casais gays e evitar que entre em vigor o Estatuto da Família, que prevê considerar como família somente aquela composta por pai, mãe e filhos. Escolas devem promover palestras e eventos que valorizem as diversas organizações familiares. Podemos pensar também em algum canal de denúncia para as pessoas que sofrem essa intolerância.
Pesquise os tipos de organização familiar. Para se ter uma ideia, existem famílias, como: unipessoal, nuclear, estendida e composta.
Veja na mídia como essa forma de intolerância costuma se manifestar e consulte a legislação brasileira para saber o que ela diz a respeito.
Reflita:
Qual é a origem dessa intolerância às diferentes organizações familiares? É simplesmente pensar que o certo é a estrutura familiar formada por pai, mãe e flho.
Porém, a realidade não é bem assim. Tem muitas pessoas, por exemplo, que são criadas pela avó. A avó não é família? Não existem tantas políticas públicas sobre esse assunto. Um exemplo: tem muitos planos de saúde que não aceitam o companheiro como família. Isso tudo tem que ser levado em consideração quando pensamos sobre esse tema.
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Aumento no índice de sobrepeso no Brasil
O aumento no índice de sobrepeso é um problema cultural, acarretado pelo estilo de vida da população, e sociopolítico, por trazer implicações para a saúde pública. A população adota hábitos adequados? Os alimentos estão nutritivos? Será que esse aumento de peso não pode desenvolver doenças?
Como resolver este problema? Precisamos dar estrutura para acabar com o sobrepeso. É necessário dar informação nutricional para a população – o que pode ser feito por meio dos rótulos dos alimentos destacando quais são os reais impactos para aquilo. Podem ser criadas leis, pelo Estado, que regulem a quantidade de açúcar e gordura que aparece nos alimentos. Além disso, é possível proibir o excesso de ingredientes nocivos, como agrotóxicos e conservantes. É necessário pensar, também, em outras medidas mais práticas, como incentivos fiscais para uma alimentação saudável, além de disponibilizar alimentos saudáveis a um preço subsidiado pelo Estado. A população precisa ter acesso a centros esportivos e academias abertas, também subsidiadas pelo Estado, em todos os bairros, ou por ONGs e iniciativa privada. Nos hospitais públicos, é preciso que existam especialistas em metabolismo para cuidar dos problemas de aumento de peso causado por questões metabólicas e endócrinas. Nutricionistas devem estar presentes em qualquer posto de saúde e hospital, adaptando a prescrição da alimentação para pessoas com sobrepeso e obesas.
Dicas de estudo: Assista ao filme “Muito além do peso”, pois ele trata de todas essas questões de uma forma muito inteligente e interessante. Observe também como é a sua alimentação. Procure entender os seus hábitos e como eles podem impactar na sua saúde. Por que você gosta de comer determinados alimentos? Existe algum fator que agrava como falta de tempo ou é apenas uma preferência? Reflita sobre dados e pesquisas que revelam a taxa de mortalidade de pessoas com sobrepeso e obesas por diversos motivos de saúde que são acarretados em função disso.
Sempre que for escrever uma redação, pense em causa e consequência. Primeiro, o que causa o aumento no índice de sobrepeso no Brasil? Sedentarismo, má alimentação, completo descaso com as questões nutricionais e falta de informação. (Explicamos por que o problema existe). Por que eu deveria me preocupar com isso? Porque esse problema pode gerar doenças, como diabetes e hipertensão. Ele pode ter reflexo, inclusive, na saúde pública. (Provamos que é preciso resolver esse problema).
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Desaos da população refugiada no Brasil
Para discutir esse tema, precisamos entender o que é um refugiado, por que as pessoas estão vindo para o Brasil e por que existiria algum tipo de desafio. O país está preparado para receber refugiados? Como o Brasil trata essas pessoas? Legalmente, quais são os aspectos positivos e negativos para os refugiados no Brasil?
Como resolver este problema? É necessário pensar em políticas públicas para dar estrutura aos refugiados. O Estado precisa dar moradia, formação e acesso ao mercado de trabalho, por exemplo. Podemos pensar em associações entre políticas públicas e privadas para que as empresas também contratem refugiados em trabalhos fora daquele contexto de situação precária. Outra solução seria desburocratizar o acesso a emprego, educação e moradia por parte dos refugiados. Essa é outra medida a ser tomada pelo Estado. ONGs e escolas podem atuar com atividades de integração e valorização dessa população, para criar uma cultura de acolhimento e dar visibilidade a esse público no Brasil.
Dicas de estudo: Procure saber como o Brasil se coloca diante da questão dos refugiados. Trata-se de um dos países que mais aceita refugiados. Então como ocorre essa política? Imagine que você é refugiado e precisou vir para o Brasil. Pense como você seria recebido e reflita, também, sobre suas necessidades e o que você gostaria que fosse feito em relação a isso. Pesquise conceitos de xenofobia e descubra em que momentos ela se manifesta no Brasil.
Vale refletir que esse problema está relacionado a uma minoria que sofre preconceito. É interessante pensar: quem é o refugiado? Refugiado é alguém que passou por uma situação insustentável e desumana em seu país e foi para outro país com o objetivo de encontrar uma situação melhor de vida e segurança. Então, por que rejeitamos quem veio nos pedir socorro?
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Bullying na sociedade brasileira
Esse tema é extremamente atual e requer muita atenção para discuti-lo. Antes de mais nada, é necessário entender o que é o bullying. Trata-se de ato agressivo praticado contra alguém, por um indivíduo ou um grupo de pessoas, com ameaça, intimidação e/ou violência física e verbal. Majoritariamente, o bullying ocorre nas escolas, atingindo o público jovem e infantil. O colega mais gordinho ou aquele muito inteligente sempre sofre com as piadas dos outros colegas. Mas esse ato também pode transformar-se em discriminação racial ou por classe social e até mesmo atos violentos e extremistas.
Na questão da sala de aula, podemos atribuir a responsabilidade para os professores de História, Sociologia, Filosofia e Redação. Ainda em relação às crianças e aos jovens, é necessário que os pais estejam atentos e abertos a solucionar os problemas enfrentados pelos filhos ou orientá-los, caso apresentem comportamentos discriminatórios. A sociedade em geral precisa ter fácil acesso a canais de denúncia, psicólogos etc., além de proteção contra o cyberbullying, que ocorre na internet.
O grande problema social que envolve o bullying são os impactos causados às ví timas, que muitas vezes podem ser levados para o resto da vida.
Dicas de estudo:
Como resolver este problema?
Responda: em que medida o bullying pode ser considerado um assédio ou um crime?
Para combater o bullying é necessário envolver medidas governamentais e pensar no ambiente em que ele se manifesta. As escolas precisam criar mecanismos que identifiquem esse tipo de violência, abrindo espaço para denúncias de forma confortável. Todas as escolas devem ter um coordenador pedagógico que consiga encaminhar essas crianças para um psicólogo ou, preferencialmente, ter um psicopedagogo no próprio colégio para identificar e cuidar desses casos.
Pesquise o conceito de bullying, veja quais são os tipos que existem e como eles se manifestam.
Estude sobre dados e/ou histórias verídicas que se relacionam com o bullying, para compreender sua real dimensão e impactos sociais.
Por que bullying é um problema? Porque ele pode causar transtornos irreversíveis às pessoas afetadas. Ele é uma violência que pode ser uma agressão física ou psicológica.
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Glossário
Acessibilidade: possibilidade de acesso facilitado
Identidade de gênero: modo de identicação
a lugares ou conjunto de lugares. Por exemplo: construções civis, veículos automotores e ruas.
com o gênero sexual (homem, mulher ou fora do convencional).
Bissexual: aquele que é ao mesmo tempo ho-
Imigrante: aquele que imigra ou cria vínculos em
mossexual e heterossexual; aquele que a presenta característica de dois sexos.
um país estrangeiro. Inclusão digital: democratização das tecnolo-
Bullying: ato agressivo praticado contra a lguém,
por um indivíduo ou um grupo de pessoas. Trata-se de ameaça, intimidação e/ou violência física e verbal.
gias, permitindo seu acesso a qualquer classe, cor, religião e opção sexual; forma de permitir a inserção da sociedade na cultura digital. Intolerância: intransigência contra pessoas que
Gênero: conceito de ordem geral que abrange todas as características ou propriedades comuns que especicam determinado grupo ou classe de
têm opiniões, atitudes, ideologia e crenças diferentes da maioria; rigidez, falta de tolerância; ato extremo do preconceito.
seres ou de objetos. LGBT (ou LGBTTT): sigla para “Lésbicas, Gays, BisHeteronormatividade: forma de tornar a heter-
sexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros”.
ossexualidade como norma ou padrão social, marginalizando orientações sexuais diferentes.
Libras: Língua Brasileira de Sinais; língua ocial
dos surdos. Heterossexual: aquele que tem atração ou
relação sexual com pessoas do sexo oposto.
Mobilidade urbana: condição de deslocamento de
carga e pessoas nos centros urbanos. Homossexual: aquele que tem atração ou relação
sexual com pessoas do mesmo sexo, mas se reconhece no seu sexo de origem.
Obesidade: acumulação de gordura no corpo
Identidade: estado de semelhança absoluta e
Orientação sexual: atração afetiva e sexual, seja
completa entre dois elementos com as mesmas características principais; série de características próprias de uma pessoa ou coisa.
entre pessoas de sexos opostos ou iguais.
superior a 20% no peso total do indivíduo.
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Glossário
Políticas públicas: ações ou conjunto de ações
Transgênero: pessoa cuja identidade de gênero
desenvolvidas pelo Estado e seus entes públicos, assegurando o direito de cidadania.
é oposta àquela do nascimento e que apresenta vontade de pertencer ao sexo oposto; não se reconhece em seu sexo de origem.
Preconceito: conceito ou opinião formados antes
de ter os conhecimentos necessários sobre um determinado assunto; atitudes discriminatórias relacionadas à raça, classe social, religião, opção sexual etc.; sua manifestação mais intensa pode tornar-se intolerância. Refugiado: indivíduo ou grupo humano que se de-
sloca para outro país ou para outra região dentro de seu próprio país, devido a problemas relacionados ao meio ambiente, a perseguições políticas ou situação de guerras e extrema pobreza. Sedentarismo: ato de ser sedentário; falta de
prática de exercícios físicos ou permanecer muito tempo em casa ou sentado. Sobrepeso: excesso de peso. Transexual: aquele que se submeteu a tratamen-
to com hormônios (estrogênio ou testosterona) e procedimento cirúrgico, a m de adquirir características do sexo oposto.
Xenofobia: aversão ou rejeição a pessoas ou
coisas estrangeiras.
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