EFU
Equipamentos de Fluxo Unidirecional Foco no estabelecimento de padrões e disseminação de conhecimento técnico ao mercado são pontoschaves para a melhoria contínua dos Equipamentos de Fluxo Unidirecional (EFU). Norma desenvolvida no âmbito do GT-51 do ABNT/CB-46 contribuiu decisivamente para ampliar os debates no setor, chamar atenção para a qualidade dos produtos e informar usuários Marcelo Couto
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á um ano e meio os Equipamentos de Fluxo Unidirecional (EFU) passaram a ser regulamentados por uma norma técnica brasileira, a ABNT NBR 15767, que xou requisitos e métodos de ensaio aplicáveis a esses equipamentos, utilizados para proteger produtos sensíveis a contaminação durante o manuseio em ambientes como laboratórios e indústrias, especialmente as farmacêuticas e eletrônicas, entre outras. A nova norma, ainda pouco conhecida, é um instrumento importante para ajudar usuários e fabricantes de equipamentos, fornecedores de acessórios e prestadores de serviços a falar a mesma língua, a começar pela padronização de terminologia e denição dos tipos de produtos comumente encontrados no mercado, além de
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Norma estabelece parâmetros técnicos que servem de referência referência a usuários, fabricantes de equipamentos, fornecedores de acessórios e prestadores de serviço
seguir critérios comuns de qualicação, para garantir a conformidade do equipamento nas fases de fabricação e de operação. O documento estabelece ainda recomendações para a instala-
ção e manutenção e a troca dos ltros, que são procedimentos essenciais para assegurar o grau de limpeza do ar em toda a zona útil de trabalho.
Confusão na hora da compra Há consenso entre os prossionais consultados pela reportagem da Revista da SBCC de que questões básicas relacionadas aos EFU ainda não estão sucientemente disseminadas, notadamente entre os usuários dos equipamentos. Ao mesmo tempo em que buscam reforçar os princípios preconizados pela norma, os prossionais do setor reconhecem também a importância de tratar um problema
Bancada de fluxo unidirecional vertical Pré-ltro
Motoventilador Sistema de ltragem HEPA / ULPA
Barreira física
frequente no dia a dia: a confusão entre EFU e Cabines de Segurança Biológica (CSB). E nesse ponto eles concordam que o problema se deve, em grande parte, à carência de informações. “Embora ambos os equipamentos sejam sicamente semelhantes e geralmente produzidos pelos mesmos fabricantes, eles têm funções e características especícas”, destaca Cesar Leão de Santana, gerente de Vendas da Trox do Brasil. “Os EFU são projetados para proporcionar um ambiente limpo delimitado para proteger o produto ou o processo de produção. Portanto, não cabe a eles oferecer proteção nem a quem está realizando a manipulação nem ao meio ambiente”, explica. Ele esclarece que nas situações em que cuidados com o operador e o meio ambiente são requeridos deve-se utilizar Cabines de
Segurança Biológica, concebidas e classicadas conforme o risco envolvido em cada tipo de operação. A diculdade frequentemente começa na hora de adquirir o equipamento. “Muitas vezes, o usuário não sabe especicar o que necessita, porque não dispõe de pessoal com conhecimento para esse tipo de compra. Ao fabricante, por sua vez, também não cabe determinar o que é melhor para atender a necessidade do cliente, o que acaba gerando uma situação bastante complicada”, avalia Miguel Ferreirós, diretor da Análise Consultoria e Engenharia e coordenador do GT-51 da SBCC, grupo de trabalho do Comitê Brasileiro de Áreas Limpas e Controladas (ABNT/CB-46), responsável por “Equipamentos Autônomos de Ar Limpo” (leia mais na pág. 16). O especialista conta que não raro os prossionais responsáveis chegam na instalação para realizar a qualicação inicial (antes de o equipamento começar a operar) e se deparam com um EFU onde deveria ter uma CSB e vice-versa. “No primeiro caso, há uma situação inadequada e que pode expor o operador e o meio ambiente a riscos, enquanto quando uma CSB é instalada no lugar de um EFU há desperdício, pois seria dispensável um equipamento mais caro e complexo”, pondera. Conhecer o processo, os riscos nele envolvidos e as condições de operação são requisitos essenciais para determinar qual equipamento deve ser utilizado e quais as congurações exigidas em cada caso. Portanto, é evidente que o usuário-comprador deve ter conhecimento técnico do que necessita e está comprando. E esse conhecimento vai muito além de apenas diferenciar um EFU de uma CSB. “A situação ideal no momento da
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EFU compra seria fornecer a especicação ao fabricante e, depois, adotar rotinas de qualicação e manutenção periódicas para garantir a ecácia do equipamento, mas a realidade dos clientes é bastante variada. Há companhias e instituições bem preparadas e com pessoal técnico atento a essas questões, mas há casos em que a situação é bem diferente”, aponta Eduardo Cabanes Bertomeu, gerente de Engenharia da empresa de ltros e equipamentos Aeroglass.
Padrões para facilitar Até novembro de 2009, quando a NBR 15767 entrou em vigor, a principal norma técnica adotada pelos fabricantes que atuam no Brasil em relação aos EFU era a americana IEST RP-CC002
Catálogos e outros materiais de divulgação dos equipamentos ainda trazem terminologia antiga como referência a clientes
– Equipamentos de Ar Limpo com Fluxo Unidirecional, do Instituto de Ciências Ambientais e Tecnologia (IEST, na sigla em inglês). Os usuários, no entanto, dicilmente tinham acesso ou conhecimento a respeito dela. “A norma brasileira surge como uma das iniciativas do setor para reforçar a disseminação de parâmetros técnicos respaldados nas referências internacio-
Bancada de fluxo unidirecional horizontal Sistema de ltragem HEPA / ULPA
Motoventilador
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Barreira física
Pré-ltro
nais e na experiência acumulada pelos prossionais do País”, considera José Augusto Senatore, do departamento de Engenharia de Aplicações da fabricante de equipamentos Atmen. “Além disso, o documento nacional é mais acessível e de fácil leitura, pois está em português e traz a terminologia que está sendo adotada no Brasil”, defende. Ele argumenta que a NBR 15767 não resolve todos os problemas de falta de informação, mas é um passo nessa direção à medida que começa a ser citada em documentos e discutida em seminários e demais apresentações sobre o assunto. Um dos esforços tem sido para padronizar a terminologia empregada em relação aos equipamentos. Embora ainda frequentemente apareçam nos catálogos dos fabricantes como referência aos clientes ainda habituados à nomenclatura antiga, os termos capela ou cabine de uxo laminar são atualmente considerados ultrapassados. O apropriado é designá-los como Equipamentos de Fluxo Unidirecional e especicá-los pelos tipos mais comuns encontrados no mercado, que são: bancadas de uxo unidirecional (podem ser de uxo horizontal ou vertical); módulo de uxo unidirecional (sempre com uxo vertical) e unidades ltro-ventilador – também bastante conhecidas pela sigla FFU, que vem do nome em inglês “fan lter unit”. As imagens que ilustram esta reportagem são desenhos esquemáticos básicos dos principais tipos de EFU preparados por ocasião da produção da norma brasileira. No entanto, há no mercado uma grande variedade de tipos de equipamentos, projetados sob medida para atender necessidades especícas do processo do cliente, mas observando os mesmos princípios ge-
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EFU
EFU Módulo de fluxo unidirecional vertical
Pré-ltro Plenum
Sistema de Filtragem HEPA/ULPA
Motoventilador
Barreira física
a) com filtro terminal e plenum único de insuflamento
Sistema de Filtragem HEPA/ULPA
Pré-ltro
Plenum Tela difusora Motoventilador
Barreira física
b) com filtro final e tela difusora
rais de uxo unidirecional do ar. Os EFU entram em cena como recurso para oferecer um ambiente limpo localizado e normalmente cam instalados no interior de um outro ambiente controlado. São utilizados em processos como a manipulação e
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o envase de produtos farmacêuticos, áreas de pesagem e amostragem de matéria-prima, manipulação em clínicas e laboratórios e na manufatura de componentes eletrônicos de alta tecnologia. Os EFU podem inclusive ser instalados sobre outros equipamentos
Plenum
Moto-ventilador
Barreira Física Sistema de ltragem HEPA/ULPA
c) com unidades filtro-ventiladores
Pré Filtro
de produção, de modo a evitar que o produto processado seja exposto ao ambiente com impurezas. “As bancadas oferecem ambientes pequenos, o que em algumas situações é insuciente para atender a necessidade. Nesses casos, unidades modulares podem ser utilizadas para oferecer proteção ao produto manipulado num ambiente maior”, explica Luciano Figueiredo, gerente comercial do Grupo Veco. Ele acrescenta que essa solução é amplamente adotada para a proteção de máquinas de envase ou áreas de dispensação de injetáveis estéreis, nas indústrias alimentícias e ainda no envase de iogurtes e sucos, por exemplo.
EFU
Qualificação é fator-chave Antes de começar a funcionar, no entanto, todo EFU deve passar por um rigoroso processo de qualicação, que começa ainda na fase de protótipo,
passa pela linha de produção na fábrica e se estende até o local onde será utilizado. Em cada uma dessas etapas há ensaios obrigatórios e outros opcionais, que são realizados mediante as exigências denidas pelos usuários em função do seu processo. Os ensaios incluem vericações
da velocidade e uniformidade do uxo de ar, diferença de pressão do sistema de ltragem HEPA/ULPA (para analisar a perda de carga dos ltros), determinação do ponto representativo de amostragem de aerossol, ensaio para detecção de pontos de vazamento no sistema de ltragem, inltração
Norma sobre Cabine de Segurança Biológica está a caminho Uma norma técnica brasileira dedicada a Cabines de Segurança Biológica (CSB) também está a caminho. Assim como aconteceu no caso dos Equipamentos de Fluxo Unidirecional (EFU), as discussões estão sendo conduzidas pelo GT51, grupo de trabalho responsável por “Equipamentos Autônomos de Ar Limpo” no Comitê Brasileiro de Áreas Limpas e Controladas (ABNT/CB-46). A previsão é de que a proposta de norma vá a consulta pública ainda no segundo semestre deste ano. Atualmente, os padrões para pro jeto, construção e certicação das CSB são denidos por uma norma internacional, a NSF 49 (NSF International
Standard/American
National Standard for Biosafety Cabinetry),
largamente adotada como referência pelos principais fabricantes de equipamentos, especialmente aqueles que têm suas matrizes no exterior. A norma nacional levará em conta os requisitos dessa e de outras normas internacionais e será enriquecida com a experiência dos prossionais brasileiros, habituados à realidade do nosso mercado.
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Diferentemente dos EFU, as CSB servem para proteger o operador em relação a agentes perigosos e impedir o impacto ambiental de contaminantes do interior da cabine, além de, na maior parte das vezes, proteger também o produto ou o ensaio que está sendo executado no interior da cabine em relação a possíveis contaminantes do laboratório ou de contaminação cruzada no interior da própria cabine. As CSB são classicadas conforme os riscos e as exigências do processo. A Classe I, pouco utilizada atualmente, oferece proteção somente ao operador e o ambiente. A Classe II, com os seus tipos A1, A2, B1 e B2 (variações de características construtivas e de funcionamento), cobre os principais riscos biológicos e, por isso, é a mais comumente encontrada no mercado. Já a Classe III é a que oferece barreira total e impede qualquer contato entre o operador e produto manipulado. Esforço normativo
O GT-51 é aberto à participação de fabricantes, prestadores de serviços e usuários dos chamados
“Equipamentos Autônomos de Ar Limpo”. Logo que a norma relativa a CSB car pronta, o grupo já sabe no que concentrar esforços: na produção de documentos técnicos relativos a outros equipamentos especiais. Na lista estão cabines de pesagem, túneis de despirogeinização e capelas de exaustão. “Temos um longo trabalho pela frente, mas também a oportunidade de os prossionais brasileiros tratarem desses temas, criar normas adaptadas à nossa realidade e capazes de elevar continuamente a qualidade dos produtos oferecidos ao mercado nacional”, diz o coordenador do GT-51, Miguel Ferreirós. Segundo ele, a normalização é condição não somente para facilitar a relação entre usuários e fabricantes, fornecedores de acessórios e prestadores de serviços que atuam no País, como também para criar no futuro processos de certicação aplicáveis a todos os equipamentos, inclusive os importados, que deverão no mínimo igualar-se aos padrões de desempenho dos fabricados no Brasil. Sem normas apropriadas não há como exigir que a qualidade esperada seja garantida.
por indução, contagem de partículas em suspensão no ar, capacidade do motoventilador com a perda de carga máxima dos ltros, iluminação, vibração, ruído, estabilidade estrutural e acréscimo de temperatura, entre outros itens adicionais. Nas fases de protótipo e produção normalmente são os próprios fabricantes que realizam os ensaios requeridos e atestam a conformidade do seu produto. Quando o equipamento é entregue ao usuário, quase sempre, uma empresa especializada é contratada para fazer a qualicação prevista e liberá-lo para iniciar o funcionamento. São poucos os usuários nais que dispõem de técnicos próprios capacitados para realizar o processo de qualicação dos equipamentos adquiridos.
Processo de qualificação envolve ensaios que começam com o protótipo do equipamento, passam pelo processo de produção na fábrica e se completam após o EFU ser instalado no local onde será utilizado
“Um EFU somente pode entrar em operação após ser aprovado em todos os ensaios obrigatórios. A não-conformidade em qualquer dos itens críticos
impede a qualicação do equipamento”, explica Miguel Ferreirós. “Algum desvio pode ser aceito apenas se for realizada uma criteriosa análise de riscos, conduzida por uma equipe multidisciplinar e que chegue à conclusão cabal de que a não-conformidade identicada não tem impacto relevante sobre o processo”, ressalva. Ainda assim, segundo ele, um plano de ação corretiva deve ser instaurado e implementado. A NBR 15767 estabelece que a qualicação dos EFU seja feita por prossional “qualicado e com atribuições técnicas compatíveis com estas atividades”, no entanto, não fornece mais detalhes a esse respeito. Não há atualmente no Brasil instituições – ou mecanismos do próprio setor – que scalizem quem está habilitado a realizar a qualicação
EFU
EFU Unidade filtro-ventilador (FFU)
Plenum
Pré-ltro
Sistema de ltragem HEPA / ULPA
Barreira física-ventilador (FFU)
prevista e com o rigor técnico esperado. E, dadas outras necessidades mais imediatas de informação e disseminação de conhecimento, a “qualicação dos qualicadores” ainda é um sonho acalentado para o futuro.
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Instalação e manutenção Não basta somente que o equipamento tenha sido aprovado em todos os ensaios realizados. O local onde ele será instalado também faz diferença. Fatores como o uxo de pessoas, posicionamento de portas, ventiladores, aquecedores e saídas de ar condicionado ou de outros equipamentos que produzam correntes de ar podem causar interferência negativa no desempenho de um EFU e, por isso, exigem atenção. Outro aspecto é o que o EFU, frequentemente instalado dentro de
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um outro ambiente controlado e previamente concebido, também deveria ser considerado no cálculo da carga térmica, o que pode também gerar um problema – neste caso não para o funcionamento do equipamento em si mas para o ambiente onde ele opera. Além da qualicação inicial, os EFU devem passar por certicações no mínimo uma vez por ano. A periodicidade varia em função da criticidade do processo. Uma nova qualicação também é necessária nos casos em que o equipamento é movido do lugar onde foi instalado e qualicado ou se ocorrer alguma manutenção corretiva. “De resto, todo EFU requer o estabelecimento de uma rotina de manutenção preventiva, que deve incluir a limpeza das superfícies (externas e internas) e dos motoventiladores, além da inspeção dos pré-ltros”, destaca Miguel Ferreirós. “Axar o controle de manutenção no equipamento também ajuda muito”, recomenda.
O controle da troca de ltros é outra medida essencial para manter o desempenho do equipamento e garantir a sua ecácia. Com a utilização, os ltros HEPA/ULPA acumulam partículas e periodicamente precisam ser vericados e eventualmente substituídos. Esse momento, no entanto, requer cuidado especial, pois de nada adiantará todos os demais cuidados anteriomente tomados se o ltro for rompido. O intervalo de substituição depende da qualidade do ar do ambiente onde o EFU está instalado e do tempo em que ele permanece em funcionamento. Em síntese, os especialistas alertam que, sem o adequado conhecimento técnico para a aquisição de um EFU (ou de uma CSB, quando for o caso), a realização de qualicações periódicas
dos equipamentos – conduzidas por prossionais competentes – e a observância de cuidados especícos durante a instalação e manutenções de rotina, torna-se difícil garantir o desempenho esperado do equipamento e, por consequência, o grau de limpeza do ar e a segurança necessários para uma operação sem riscos de contaminação para o produto manipulado. “A criação da norma brasileira foi fundamental, mas o esforço de disseminação de informações técnicas deve ser contínuo, para favorecer as boas práticas no mercado”, conclui Humberto Pereira Neves, da Divisão de Assistência Técnica da Bonaire Climatécnica. Ou seja, a normalização foi apenas o primeiro passo!
O desempenho de um EFU, com o grau de limpeza do ar e segurança esperado durante todo o seu funcionamento, exige não apenas equipamentos bem projetados e fabricados mas também cuidados na instalação e nos processos periódicos de manutenção e qualificação
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Fabricantes apresentam novidades Os principais fabricantes de Equipamentos de Fluxo Unidirecional (EFU) foram consultados pela Revista da SBCC para apresentar as suas linhas de produtos, os esforços de inovação desenvolvidos e eventuais novidades a caminho. Acompanhe: Aeroglass
Com mais de 40 anos de experiência na fabricação de ltros de ar e componentes para controle de contaminação, a Aeroglass mantém uma extensa linha de equipamentos de uxo unidirecional na qual incluem-se cabines fabricadas nas congurações básicas de uxo horizontal e vertical e com dimensões variadas. A empresa destaca que tem concentrado esforços para fazer com que a operação e manutenção de seus produtos tornem-se ainda mais fáceis, além de realizar investimentos em solu-
Equipamento da Atmen com painel “tablet”: aposta em tecnologia
ções para produzir equipamentos mais compactos. A Aeroglass também informa que está remodelando seus equipamentos para agregar novos tamanhos e incrementar a eletrônica embarcada. As mudanças neste sentido envolvem também a linha de cabines de segurança biológica da empresa.
para injeção de névoa de PAO (Poly Al pha Olen ) ou ponto normalizado para captar upstream. Nas próximas semanas lançará uma linha de equipamentos com novo design de plenum de insuamento, que deverá reduzir a turbulência interna antes do ltro HEPA. Para o 2º semestre reserva a maior novidade: equipamentos dotados de painel de comando com display sensível ao toque, que permitirá ao usuário registrar informações, consultar o manual do equipamento, pedir suporte técnico à distância via rede sem o e controlar todas as funcionalidades com poucos toques. Adicionalmente, pretende adotar ventiladores DC em seus equipamentos, visando reduzir o consumo de energia em pelo menos 20% e diminuir ruído e vibração. BSTec
Dedicada a soluções em biossegurança, a BSTec produz três linhas de EFU. A Ecco e Ecco Plus, lançadas em 2010, caracterizam-se pelas dimensões reduzidas, que facilitam a instalação em pequenos espaços. A linha
Atmen
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Bancada de fluxo horizontal da Aeroglass
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A Atmen disponibiliza ao mercado equipamentos com uxo horizontal e vertical, módulo com uxo vertical, forros ltrantes com ventiladores e unidades ltro-ventilador (FFU), além de equipamentos especiais para a transferência de animais. A fabricante tem incorporado a seus produtos componentes como o painel de comando que monitora a velocidade do uxo do ar, a saturação do ltro e a data da próxima certicação. Também estuda a aerodinâmica interna dos equipamentos, para garantir uniformidade do uxo do ar durante a vida útil do ltro HEPA, e busca oferecer recursos para facilitar a certicação, como pontos
c e T S B / o ã ç a g l u v i D : o t o F
EFU produzido pela BSTec: inovação em parceria com universidades
Plus se diferencia por tecnologias como movimentação automática da janela frontal. Já a “ultracompacta” linha Smart possui controle dos ciclos de esterilização. Agora, a empresa está lançando um equipamento para manipulação de PRP (plasma rico em plaquetas). A BSTec tem apostado em desenvolvimento tecnológico por meio de parcerias com renomadas universidades gaúchas, como a PUC-RS, UFRGS e FEEVALE. Segundo a empresa, o trabalho conjunto é para desenvolver produtos de alto desempenho e que incorporem as melhores práticas adotadas pelo mercado. Ela cita como exemplos desse esforço o conceito “intrinsecamente seguro”, incorporado aos equipamentos; o sistema automático de movimentação da janela frontal; e o sis-
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Módulo de fluxo unidirecional da linha Steriflux, da Filtracom tema de monitoramento do diferencial de pressão nos ltros e da velocidade do ar de downow, desenvolvidos juntamente com as universidades.
Filtracom
A linha da Filtracom inclui módulos e bancadas de uxo unidirecional vertical e horizontal, além de cabines de pesa-
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EFU gem e amostragem, cabines de segurança biológica, pressurizadores com ar refrigerado, unidades de transporte de material estéril, cabines de transferência de animais e de raspagem de maravalha. Todos os itens dotados de sistemas de uxo unidirecional e com variadas especicações. Por meio de um painel de membrana com tela de cristal líquido, os equipamentos permitem obter dados de performance a qualquer momento (sem interrupções), ajustar as velocidades de cada motoventilador e ter acesso a indicadores visuais de funcionamento, alarme de falhas, leitura da perda de pressão dos ltros absolutos, horímetro parcial e total e ainda proteção contra falha no motoventilador. As mais recentes inovações também envolvem eciência, com redução média de 40% no consumo de energia; ergonomia, para garantir o conforto e produtividade do operador; e redução de ruído, buscando níveis abaixo de 55 dB(A). Outra novidade é o motoventilador do tipo “Direct Drive”, sem polias e correias, visando reduzir os níveis de vibração e ruído e contaminação provocadas pelas correias.
x a r t l i F / o ã ç a g l u v i D : o t o F
Fan Filter Unit (FFU) da Filtrax: equipamento com carrinho e bateria
Filtrax
pa para outra. Os equipamentos podem ser projetados conforme a necessidade do projeto de cada obra.
As unidades do tipo “fan lter” (com base xa ou carrinho) são os principais destaques da linha de EFU da Filtrax. A empresa informa que a mais recen- Neu Luft te inovação apresentada ao mercado A Neu Luft, que trabalha com profoi justamente o uxo com carrinho e jeto e confecção de EFU sob medida bateria, que dispensa os, facilitando o para atender os requisitos do processo transporte de produtos de uma sala lim- de cada cliente, está preparando uma
Fabricantes apostam em produtos mais compactos e silenciosos, com menos vibrações e maior eficiência energética. Norma contribuiu para ampliar os debates técnicos do setor
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Área de envase de um laboratório farmacêutico, com fluxo unidirecional Mesh, da Neu Luft
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novidade: “um equipamento portátil do tipo ‘plug and play’, desenvolvido com materiais mais leves, para clínicas e laboratórios”, mas sobre o qual ainda não revela detalhes. Em relação aos atuais sistemas, a empresa destaca que o conceito do seu produto, que produz uxo unidirecional por meio do equalizador “Mesh”, permite projetar o plenum de insuamento com a mesma geometria da área de trabalho, o que aproxima o ar estéril da fonte a ser protegida e reduz a quantidade de ltros, a vazão e o tamanho dos motoventiladores, resultando em economia de energia, menor custo de peças sobressalentes e menor tempo de parada para recerticações e manutenção. A empresa também informa que uti-
liza motoventiladores com rotores aerodinâmicos e motores de alto rendimento, garantindo nível de ruído abaixo de 60dB(A), cujos motores são acionados por conversores de frequência. Além disso, seleciona ltros absolutos com elevado número de plissas, para reduzir perda de carga inicial e prolongar a vida útil do meio ltrante. Pachane
A Pachane produz bancadas de uxo horizontal e vertical e módulos de uxo unidirecional, além de cabines de pesagem, cabines para troca de animais, cabines para raspagem de maravalha e de segurança biológica classe II
Bancada de fluxo vertical - modelo Pa300 da marca Pachane
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EFU tipo A1, A2, B2. A principal novidade no momento são os novos layouts de toda a linha de produtos da empresa, que foram aprimorados para oferecer maior desempenho (melhoria do desvio padrão da velocidade média) e melhor acabamento. Reintech
Disponibiliza equipamentos autônomos de uxo vertical, com controle individual de velocidade para cada elemento ltrante; e forros ltrantes em formato integrado ou autônomo para áreas grau A, com unidades ltro-ventilador (FFU) ou caixas terminais com ltros HEPA/ ULPA integradas ao tratamento de ar principal. Entre as recentes inovações na linha da Reintech estão a possibilidade de controle individual de velocidade e vazão para cada elemento ltrante, a utilização de luminárias tipo gota d’água em inox e o sistema de vedação dos l tros com gel de poliuretano. Para com-
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Forro filtrante com ventilador FFT comercializado pela Trox do Brasil pletar, a empresa destaca que o tipo de ltro por ela utilizado permite manutenção pela sala, além de disponibilizar ponto para leitura de concentração de PAO (Poly Alpha Olen) para ensaios também pela sala. A Reintech informa que está desenvolvendo interfaces computadorizadas, para o controle individual pelo sistema supervisório, com controle automático de vazão para cada elemento ltrante, sendo todo o sistema de acordo com o “CFR 21 Part 11”. Trox
Planta de insumos biológicos com o equipamento modelo FUV-12.6, da Reintech
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A Trox produz EFU horizontais, “mini EFU” horizontais e verticais para manipulação de pequenos volumes, módulos verticais com plenum de até 300mm de altura (para salas com pé direito baixo), unidades ltro-ventilador (FFU) em peça única ou agrupadas para compor o forro ltrante de toda a sala, além de cabines de pesagem para fracionar componentes ativos na indústria farmacêutica. Atualmente, a empresa está concentrando esforços no desenvolvimen-
to de um novo EFU modular com carac terísticas que considera inovadoras. A tecnologia empregada no equipamento propiciará melhor desempenho e oferecerá custos e prazos de entrega menores. O lançamento neste caso está previsto para 2012. A Trox destaca que se mantém atenta às necessidades dos clientes e às inovações nacionais e globais do segmento. Segundo avalia a empresa, as constantes evoluções do mercado brasileiro, com o aperfeiçoamento e a criação de normas e requisitos regulamentares tem impulsionado o desenvolvimento de novas tecnologias, marcadas sobretudo pela busca de menor impacto ambiental, redução dos níveis de ruído e de vibração, melhor desempenho e eciência energética. Veco
Tradicional fabricante, com 37 anos de atuação no mercado, a Veco oferece uma linha de EFU basicamente composta de bancadas de uxo horizontal e vertical e de módulos de uxo vertical. No caso das bancadas, a empresa re-
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Módulo de fluxo unidirecional, da Veco, instalado sobre máquina de enchimento
alizou recentemente uma completa reformulação de design, adotando linhas arredondadas e vidros nas laterais da área de trabalho, mas mantendo, logicamente, a integridade e os parâmetros de aceitação e funcionalidade dos equipamentos. Além da reformulação no design, a Veco informa que as principais inovações estão relacionadas à busca de melhor eciência operacional e energética (utilizando ventiladores de alto rendimento), baixo nível de ruído e baixo consumo. A empresa enfatiza que os esforços de aprimoramento são constantes e que tem se concentrado no desenvolvimento de projetos feitos sob medida para atender as necessidades operacionais e as limitações do espaço físico de cada cliente.