Pentateuco
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Levítico Introdução Geral 1 1- Título
Levítico Levítico é o terceiro livro livro do Pentateuco. O título provém da LXX, leuiticov n, e descreve as atividades dos levitas. O nome é bem apropriado, porque este livro servia como uma espécie de manual litúrgico para os sacerdotes pertencentes à tribo de Levi e, contemporaneamente, ensinava aos israelitas a necessidade de observar normas de pureza, que dizem respeit respeitoo a todos todos os aspectos aspectos da vida, aim aim de conseguir conseguir a santidade dese!ada dese!ada por "#$# %c. Lv 1&,'(. O título em )ebraico é ar'q. qYIY. w:wI : ( )* e ele chamou. + orma )ebraica . +ssim, ao usar o Levítico é alude a uma voca-oc)amado na instru-o da T bom nunca esquecer desta conota-o )ebraica )ebraica de chamado ou vocação à santidade. +queles que oram tirados da escravid-o e entraram no deserto, precisavam de uma s/lida orienta-o para seguir sua voca-o como 0um reino de sacerdotes e uma nação santa %c. 23 1&,4( em especial durante os anos no deserto. O início do livro do Levítico aponta para um evento que undamentar5 e dar5 grande sentido ao papel do santu5rio* 02 c)amou 6oisés e alou "#$# a ele da tenda da reuni-o e disse. 7esse momento em diante, "#$# ala a 6oisés n-o mais do 8inai, mas a partir da tenda da reuni-o. 9 "#$# quem se desloca até 6oisés e n-o mais 6oisés quem se desloca subindo a montan)a do 8inai. 2 - Centralidade e importância do Levítico
O livro se ocupa de leis e rubricas. Por isso, a sua contribui-o para a narrativa do Pentateuco é muito limitada. :odavia, ao se ler o Levítico é necess5rio ter ter pres presen ente te o seu seu caráter orientador * ele é como um capítulo undamental da , isto é, para a )ist/ria impar do povo de 7eus, constituída no e pelo T Pentateuco* trata do Deus anto e de um povo chamado a ser santo'. , é necess5rio considerar o Para se entender este capítulo capítulo da )ist/ria )ist/ria da T termo ;inte!ridade; como um dos signiicados determinantes do termo santidade. 2m certo sentido, o termo ;inte!ridade; descreve a vida pr/pria de 7eus, pois descreve a vida do povo en"uanto re#lete a vida do pr$prio Deus. O sentido levítico de santidade inclui n-o s/ o mistério de 7eus, mas também a resposta do ser )umano a 2le. 0 ede santos% por"ue eu sou santo% eu% o enhor% vosso Deus %c. Lv 11,<<<=> 1&,'> '?,@.'4(. [CW signiica 0isolar , separar * * o puro do impuro> qadash reerese a pessoas, lugares ou coisas separadas ou tocadas apenas sob certas condiAes de pureza ritual. Para o conteúdo deste ponto do programa ve!ase* +ntonio B+CDLE, ;Entroduzione Particolare ai Libri del Pentateuco;, in Il Messaggio della Salvezza, vol. F, 1'41F?> Goland H. B+L2", Commentario Biblico , @&I?. ;Levitico; in Nuovo Grande Commentario ' J. J. $aK $aKne +. :DGC :DGC2G 2G,, ;Lev ;Levít ític ico; o;,, in 7. 2GM 2GM+C +C:, :, J8+ J8+ G. H. N+ N+GG GGE8 E8,, OB6, OB6, Comentário Bblico I! Introdução" #entateuco" 1'?1'1. 1
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Pentateuco
+ ;inte!ridade; descreve a rea-o do povo à ordem dada* 0 ede santos% por"ue eu% &'(' vosso Deus% sou santo. 8/ 7eus )abita em unicidade absoluta e, ao contr5rio da unicidade, a integridade admite partes ou componentes. 9 na ordena-o apropriada das partes da vida que a integridade acontece e serve à causa da santidade. +ssim, ao se ler o Levítico, é necess5rio que o leitor ten)a em mente que tudo se a!usta na ordem apropriada, pois aquilo que serve à integridade relete a unicidade de 7eus que c)amou o povo liberto do 2gito a ser santo. + simples ordem de obedincia, de pureza ritual e de santidade é t-o v5lida )o!e quanto na ocasi-o em que ela oi apresentada ao povo pelos autoresredatores sacerdotais. + verdadeira obedincia planta a semente de um ritual autntico, que puriica e prepara para a vida de santidade. uando essa li-o simples oi recon)ecida e aceita, o material do levítico se concretizou. 2ste livro atuou, ent-o, como pea principal para o Pentateuco e se tornou o terceiro livro de 6oisés. Os cinco livros ormaram um relato completo de relacionamento divino)umano, tendo o Levítico bem no centro da :. ) - *utor e G+nero do livroF
9 impossível alar de um 0autor em senso estrito. O livro é obra de muitas m-os, que no curso dos séculos oram adaptando as leis, os rituais e as estas religiosas segundo as necessidades de cada época. O Livro do Levítico, contudo, deve ser atribuído a um grupo sacerdotal 0 P e est5 em particular cone3-o seguimento com a legisla-o contida em 23 '=F1> F= Lv 1,1 e Cm 1,1(. Ca realidade, se o con!unto das prescriAes sacerdotais remontam tanto à época do grande legislador, quanto ao seu undo religioso, elas, porém, supAem um longo período de elabora-o. Por conseguinte, podese dar como certa a poca e.ílica/p$s-e.ílica para a redação #inal da inteira o0ra sacerdotal . C-o se esquea, todavia, que muitas partes das prescriAes rituais do Levítico s-o de época bem mais remota. uanto ao G+nero literário deste livro, podese dizer que ele n-o é somente um c$di!o de leis, mas se apresenta como um verdadeiro ritual . O livro do Levítico, na sua globalidade, é um grande ritual onde se tem um con!unto de normas e rubricas para que se obten)a uma e3ata e acurada e3ecu-o do gesto cultual pelos levitas. J. Goland H. B+L2", ;Levitico; in Nuovo Grande Commentario Biblico , @&.
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Livro do Levítico
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+ originalidade do culto levítico* um culto ao Deus pessoal de *0raão% "ue " o Deus da aliança% pelo povo atravs de seu mediador " oiss. Dm 7eus &'(' ao qual se acessa com a é e se serve com o empen)o de uma lei, e3press-o da sua vontade. 3 e Lei são a alma e a estrutura da melhor tradição do culto 0í0lico. 4 - Conte5do do Levítico
O Levítico é o cora-o da T e o batimento deste cora-o c)amase Lei da antidade. O material usado na sua composi-o con!uga narrativas hist$ricas com corpus le!ais, isto porque se pode dizer* as leis nascem do cotidiano da vida. +s leis surgem da )ist/ria, de acordo com o crescimento socioreligiosocultural do cotidiano do povo eleito em marc)a para tomar posse da terra de Jana-.
Lv 1678 9rescriç:es so0re os sacri#ícios
+presenta as prescriAes sobre como se celebravam os sacriícios durante o 8egundo :emplo, isto é, depois do retorno da abilRnia. Co Levítico, os sacriícios s-o* o holocausto %c. 1(> a o#erta de um produto ve!etal %c. '(> o sacri#ício pa; ou de comunhão %c. F(> o sacri#ício de e.piação reali;ado por diversas cate!orias %sumo sacerdote, assembléia de Esrael, um c)ee, um membro do povo... outros casos particulares* Lv <,1=,1F(> e o sacri#ício de reparação %Lv =,1<'4(. Os capítulos 4 e @ tratam sobre os mesmos sacriícios, s/ que do ponto de vista das unAes sacerdotais a serem realizadas em rela-o a eles.
Lv <61=8 Investidura dos sacerdotes
Dma ampla se-o narrativa trata da 0consagração de +ar-o e dos seus il)os. 9 um ritual em uso para o sumo sacerdote nos tempos sucessivos ao e3ílio. +través da narrativa da investidura de +ar-o, o te3to d5 as prescriAes que dizem respeito à consagra-o dos sacerdotes %c. I( e a sua entrada no servio sacerdotal através da oerta de determinados sacriícios %c. &(. Lv 1? complementa as prescriAes.
Lv 1161>8 9rescriç:es a respeito do puro e do impuro
+s leis de pureza contm muitas normas antigas. +nimais puros ou impuros, aptos ou n-o ao culto %c. 11(> puriica-o da purpera, isto é, da parturiente %c. 1'(> critérios para diagnosticar a lepra e outras doenas, normas de puriica-o %c. 1F 1<(> impurezas se3uais do )omem e da mul)er e normas de puriicaAes %c. 1=(. + legisla-o leva gradualmente ao 5pice da puriica-o, que é o capítulo 14, onde é reservado ao ritual representado pelo grande ~yrIPuKhi ; ~Ay, isto é, dia das e.piaç:es* rito anual de puriica-o de todos os pecados e impurezas do povo.
Lv 1762>8 Lei da antidade
O 0J/digo da 8antidade engloba v5rias normas que remontam ao período da monarquia e est5 marcado pela nase colocada sobre a santidade %c. Lv 1&(. 2ste con!unto de normas est5 entre as mais importantes da legisla-o )ebraica e sublin)a o aspecto positivo das coisas, das pessoas que s-o oerecidas ou dos que
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Pentateuco
operam no culto. Joisas e pessoas devem ser ; santas; como é santo o 7eus ao qual s-o se colocam a servio. 8antidade é ;consa!ração; %aspecto e3terior da oerta( e é ; ?ustiça; %aspecto interior do oerente(. Co primeiro caso, a santidade equivale à pureza cultual. Co segundo caso, a santidade realiza as e3igncias mais proundas do 7eus da aliana.
Lv 278 *p+ndice ao C$di!o da antidade
2ste último capítulo se ocupa das tarias, das oertas votivas para o santu5rio e o preo dos resgates. @ - A C$di!o da antidade
7e toda a legisla-o sacerdotal, destacase pela importSncia, antigTidade e doutrina, o c)amado C$di!o ou Lei da antidade. Enicialmente deve ter e3istido separadamente, mas atualmente ocupa a parte central do livro do Levítico, como acontece com o c$di!o deuteronomico no livro do 7euteronRmio %c. 7t 1''4( e o c$di!o da aliança no livro do Q3odo %c. 23 '?,''U'F,FF(. 7e acordo com 2. Venger, os trs corpos de leis possuem uma estrutura geral semel)ante<. J/digo da aliana
Lei da santidade
Lei deuteronRmica
23 '?,'''4
Lv 1@
7t 1',1U1<,'1
6andamentos sociais e cultuais isolados 23 '1,1U'F,1& Jargos %!uízes, sacerdotes( 6andamentos cultuais e sociais isolados
Lv 1IU'? Lv '1U'' Lv 'FU'=
7t 1<,''U14,1@ 7t 14,1IU1I,'' 7t 1&U'=
n-o e maldi-o
Lv '4
7t '@U'I
6andamento principal* Oerta de sacriícios e seu local
23 'F,'?'F
+ idéia teol/gica e !urídica, que serve de base para cada um dos con!unto de leis, mostram que o c$di!o da aliança visa proteger a liberdade recebida como dom ao sair do 2gito> a lei da santidade visa a santiica-o a ser buscada no dia a dia e no mundo> a lei deuteronBmica visa a concretiza-o da solidariedade raterna. 2sta nomenclatura, lei da santidade, deriva da nase colocada sobre a santidade %c. Lv 1&,'> '?,1I(. 2sta se-o é uma coleta de leis precedentes, rituais e aAes éticas, que oram codiicadas de modo deinitivo durante o período imediatamente precedente ao e3ílio ou talvez durante o pr/prio e3ílio para que acontecesse a convers-o do cora-o %c. 2z F4, '<'4> Hr F1,F1F<(.
J. 2. Venger, Introdução ao $ntigo Testamento , LoKola, 8-o Paulo '??F, 4&.
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Livro do Levítico
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+nalogamente a 7t 1'14 e 23 'F,'?'F, a lei da antidade possui uma unidade liter5ria pr/pria, que inicia com as prescriAes que dizem respeito ao santu5rio e aos sacriícios, terminando com ;0+nçãos e maldiç:es;. O ator uniicante do con!unto destas leis rituais e éticas é representado pela nase dada à santidade de "#$#. 2sta considera-o serve de base e trampolim de lanamento para a e3igncia que ser5 eita aos israelitas para que, em todos os Smbitos da vida, se!am santos como é santo o seu 8en)or %c. Lv 1&,'> '?,'4(. Cotese, porém, que a santidade aqui e3igida vai além da mera pureza legal e denota que, sem a retid-o moral, a santidade n-o est5 completa. + evidncia sobre a transcendente santidade de "#$# é a característica sublin)ada que ter5 um eeito marcante sobre toda a tradi-o sacerdotal.
