OS ANTIGOS MISTÉRIOS
P
aara ra que possamos compreender as origens da conspiração ocultista, em suas primeiras manifestações abertas na Europa medieval através das sociedades secretas do período, convém examinarmos as as suas raízes antigas, que podem ser localizadas localizadas no antigo Egito e nas civilizações cláss clássica icass de Ro Roma ma e Grécia Grécia.. Durant Durantee a Ida Idade de Méd Média, ia, surgir surgiram am div divers ersas as socied sociedade adess secret secretas as baseadas nas doutrinas ocultista que afirmavam possuir antecedentes remontando quase ao início da história. As ideias místicas que elas esposavam tinham a sua origem nas crenças religiosas mais antigas conhecidas pela humanidade. Essas crenças pagãs sobrevivem à formação das grandes religiões mundiais — judaísmo, cristianismo e islamismo, adotando a sua forma externa ou operando no seu interior como uma tradição herética, secreta e esotérica. Com a perseg perseguiç uição ão às crença crençass es espir piritu ituais ais alt altern ernati ativas vas na Europ Europaa cristã cristã med mediev ieval, al, os guardiões dessa sabedoria antiga tiveram de se esconder, formando sociedades secretas para preservarem os seus ideais pagãos. As duas grandes sociedades secretas formadas nesse período, ainda, que só se revelassem publicamente nos séculos XVI e XVII, foram a franco-maçonaria e a Ordem Rosa-Cruz. As crenças e práticas dessas duas fraternidades clandestinas nos dão uma ideia do funcionamento da conspiração ocultista e da visão sócio-política que ela abriga. Enquanto a Ordem Rosa-Cruz dos Rosa cruzes continua a ser uma sociedade secreta, objeto de pouquíssima publicidade nos tempos modernos, uma considerável atenção pública tem se voltado para a franco-maçonaria recentemente. Essas sociedade tem sido apontada como uma influência potencialmente corrompedora, porque os seus membros abrangem homens de negócios, juize juizess e che chefes fes de po políc lícia, ia, cu cujos jos jurame juramento ntoss e ati ativid vidade adess ma maçôn çônica icass sã sãoo enc encara arados dos co como mo a camuflagem ideal ideal para o nepotismo. Aos olhos do mundo mundo externo, a maçonaria maçonaria aparece como um clube de profissionais superiores, que querem progredir em suas carreiras pela adesão a um grupo social de elite. Supõe-se que os maços favoreçam-se mutuamente nos negócios e na concessão de empre em pregos gos,, enq enquan uanto to a proemi proeminên nência cia das aut autori oridad dades es jud judici iciári árias as na nass lojas lojas ma maçôn çônica icass lev levant antaa suspeitas de que o curso da justiça pode ser pervertido por homens ricos reunidos em suas sombrias salas. Os maçons têm respondido a essas acusações negando que os membros de suas lojas gozem de qualquer vantagem especial nos mundos profissionais e dos negócios. Eles vêm tentando apresentar, para o mundo externo, uma imagem respeitável, argumentando que a sua confraria não é uma sociedade secreta, mas uma sociedade com segredos. Contudo, não obstante esse exercício de relações públicas, a imagem popular da franco-maçonaria é de um grupo de homens de negócios de meia-idade que se reúnem uma vez ao mês, vestem trajes extravagantes e realizam rituais escolares misteriosos. Em muitos casos, as atividades da loja maçônica moderna talvez sejam exatamente essa pantomina excêntrica; porém, se a maçonaria é tão ridícula, por que, no correr dos séculos, tem ela atraído algumas das mentes mais brilhantes: destacados cientistas, proeminentes políticos, escritores, intelectuais, artistas, financistas e até a realeza? A resposta deve estar nos ensinamentos secretos da franco-maçonaria, raramente discutidos em público. Em um rece recent ntee síno sínodo do da Ig Igre reja ja Angl Anglic ican ana, a, um rela relato to so sobr bree a franc francoo-ma maço çona nari riaa foi foi apre ap rese sent ntad adoo pa para ra de deba bate te ao aoss clér clérig igos os e leig leigos os reun reunid idos os.. Dive Divers rsos os orad orador ores es de denu nunc ncia iara ram m a maç açon onar aria ia co como mo co cont ntrá rári riaa ao aoss en ensi sina name ment ntos os do cris cristitian anis ismo mo,, co cond nden enan ando do os cris cristã tãos os,, especialmente os clérigos, que porventura fossem membros. Um orador chegou ao ponto de atacar a maçonaria como “blasfema”, porque — segundo ele — o se u principal ritual de iniciação, que envolve uma representação simbólica da morte e do renascimento, seria uma paródia da crença cristã cristã na crucificação crucificação e ressurreição ressurreição de Jesus de Nazaré. Nazaré. Desde os seus primórdios primórdios,, a francofrancomaçonaria tem sido alvo da ira cristã, ainda que, mais à frente neste livro, seja revelado que a Igreja Católica está infiltrada por agentes das sociedades secretas. Por que deveriam os cristãos ser tão críticos da franco maçonaria, afora a razão óbvia de que a Igreja se opõe a qualquer sistema de crença alternativo capaz de ameaçar o seu monopólio espiritual? Novamente a resposta a essa pergunta está nos “segredos” da franco-maçonaria. Se esses segredos estivessem prontamente disponíveis ao público em geral, é pouco provável que o seu significado fosse compreendido por aqueles não-versados nas doutrinas do ocultismo e da
reli religi gião ão an antig tiga. a. Na ve verd rdad ade, e, é po pouc ucoo prov prováv ável el qu quee mu muititos os do doss me memb mbro ross co comu muns ns da dass loja lojass compreendam o que os seus segredos representam. No círculo interno da maçonaria, entre quem alcançou graus de iniciação superiores, existem e xistem maçons que compreendem ser os herdeiros de uma tradição antiga e pré-cristã transmitida desde os tempos pagãos. Os maçons medievais herdaram essa tradição secreta na forma de ensinamentos simbólicos que expressam verdades espirituais. Esses ensinamentos tiveram origem nos Mistérios pagãos, amplamente seguidos no mundo antigo. Para compreendermos esses ensinamentos secretos — e, ao fazê-lo, situarmos em um contexto cont exto espiritual espiritual o envo envolvime lvimento nto das sociedade sociedadess secretas secretas medi medievais evais na polít política ica internacion internacional al —, temos tem os de exa examin minar ar as presum presumíve íveis is origen origenss da franc franco-m o-maço açonar naria ia no períod períodoo pré-cr pré-crist istão. ão. As informações sobre essas origens estão preservadas nos escritos de historiadores maçons, nas teorias teorias formuladas formuladas por ocultistas ocultistas que têm investigad investigadoo o simb simbolism olismo o da franco-maçonar franco-maçonaria ia e nos relatos acadêmicos das religiões pagãs influenciadoras da tradição ocultista medieval. Histor Historica icamen mente, te, sa sabebe-se se qu quee a franco franco-ma -maço çonar naria ia esp especu eculat lativa iva origin originouou-se se das ant antiga igass guildas medievais de pedreiros* (Em inglês, que designa, indistintamente, tanto pedreiros como memb me mbro ross da ma maço çona naria ria (N. (N. do T.) ) co cons nstru truto tore ress da dass ca cate tedr drai aiss gó gótitica cass eu euro ropé péia ias. s. Eles Eles se organi organizav zavam am em gu guild ildas, as, qu quee fun funcio cionav navam am com comoo grupos grupos de aju ajuda da recípr recíproc ocaa se semel melhan hantes tes aos sindi sindicat catos os mod modern ernos. os. Essas Essas gui guilda ldass usa usavam vam sím símbol bolos os secret secretos os — as cha chama madas das ma marca rcass dos pedreiros, encontradas nas velhas igrejas —, bem como senhas e um aperto de mão especial, para q eu seus membros p pudessem se reconhecer mutuamente. Acredita-se, nos círculos ocultistas, que esses pedreiros medievais herdaram o conhecimento esotérico de seus antecedentes pagãos, conhecimento esse incorporado à arquitetura sagrada das catedrais. Ao serem fundadas as lojas da franco-maçonaria especulativa — que se opõe à operante —, nos séculos XVII e XVIII, esse conhecimento foi transformado no simbolismo que constitui, atualmente, a ase do ritual maçônico. As associações medievais de pedreiros podiam envolver até 700 membros, que firmavam contr co ntrato atoss co com m a Igreja Igreja para para con constr struir uir cat catedr edrais ais e mo moste steiro iros. s. Acredi Acreditata-se se qu quee um umaa associ associaçã açãoo maçônica de pedreiros específica tenha se originado em Colônia, no século XII, a qual valia-se de cerimônias de iniciação ao admitir novos membros, denominados “pedreiros livres”. Eventualmente, essas lojas maçônicas operantes aceitavam forasteiros, contanto que provassem ser homens de erudição, ou pessoas que ocupassem uma elevada posição social. No final do século XVI, as lojas de maçons maçons operários operários haviam em grande grande parte, desaparecido desaparecido,, sendo substituídas substituídas pel pelaa francofrancomaçonaria especulativa, com a sua ênfase no simbolismo esotérico do Ofício como metáfora do progresso espiritual e da iluminação. Ainda Ainda que os maç maçons ons medievais medievais pude pudessem ssem ser vistos como como artesãos práticos, práticos, também também possuíam um arcabouço mítico para explicar as origens de sua atividade. Os maçons operantes também dividiam todos os conhecimentos existentes em sete artes liberais e ciências. Elas eram classificadas em gramática, ou a arte de falar e escrever corretamente; retórica, a aplicação da gramática; dialética, a distinção entre falso e verdadeiro; aritmética, ou cálculo exato; geometria, o estudo das dimensões da Terra, música e astronomia. De todas essas artes e ciências, os maçons consideravam a geometria e mais importante. De acordo com suas crenças, a geometria fora ensinada por um patriarca antediluviano chamado Lamec que tinha três filhos. Um inventou a geometria, o outro foi o primeiro pedreiro, e o terceiro, um ferreiro, o primeiro ser humano a trabalhar com metais preciosos. Assim como Noé, Lamec La mec foi adv advert ertid idoo po porr Jeo Jeová vá do dilúvi dilúvio, o, cau causad sadoo pel pelaa perver perversid sidade ade da hum humani anidad dadee e pel pelaa interferência dos Anjos Caídos nos assuntos mundanos. Lamec e seus filhos decidiram guardar o s eu conhecimento em dois pilares de pedra, de modo que as gerações futuras pudessem descobri-lo. Um desses pilares foi descoberto por Hermes Trimegisto, ou Três Vezes Maior, conhecido pelos gregos como o deus Hermes e pelos antigos egípcios como o escriba dos deuses, de cabeça, de íbis, Toth. Diz-se que a assim chamada Tábua de Esmeralda de Hermes contém a essência da sabedoria perdida de antes dos dias do Dilúvio bíblico. De acordo com fontes ocultistas, essa tábua foi descoberta em uma caverna pelo místico Apolônio de Tiana, considerado pela Igreja primitiva um rival de Jesus. Jesus. A primeira primeira versão versão publicada publicada da Tábua Tábua de Esmeralda Esmeralda data data de uma fonte árabe árabe do século VIII a.C., só tendo sido traduzida para o latim, na Europa, no século XIII. Contudo, o mito da sabedoria hermética exerceu um profundo efeito sobre os gnósticos, que eram eram cristã cristãos os herege heregess em co confl nflito ito direto direto com a Igreja Igreja Cristã Cristã primit primitiva iva,, por ten tentar tarem em fun fundir dir o paganismo com a nova fé. Eles também afirmavam possuir os ensinamentos secretos de Jesus, que
este divulgou apenas para o seu círculo interno de discípulo. Esses ensinamentos haviam sido excluído da versão oficial do Novo Testamento, aprovada pelos concílios da Igreja reunidos para decidir a estrutura e o dogma do cristianismo primitivo. A filosofia gnóstica emergiu sob uma forma diferente na Europa medieval, com o surgimento do movimento cristão herético dos cátaros e da Ordem dos Cavaleiros Templários. A tradição hermética serviu de inspiração espiritual para muitas sociedades secretas na Idade Média, e a sua influência faz-se notar tanto na franco-maçonaria especulativa como na sociedade Rosa-Cruz. Segundo a tradição maçônica, os pedreiros [ maçons ] se organizaram pela primeira vez numa corporação durante a construção da Torre de Babel. De acordo com Gênesis 11:4-6, essa torre fora concebida para se atingir o céu e contatar Deus. O desmoronamento da Torre de Babel destruiu a língua comum falada pela humanidade e encerrou a idade de Ouro que se seguiu ao Dilúvio. O arquiteto da torre foi o rei Nimrod, da Babilônia, que era pedreiro. Ele pôs à disposição de seu primo, o rei de Nínive, sessenta pedreiros para ajudar na construção de suas cidades. Ao partirem. Ao partirem, os pedreiros foram instruídos a se manter sempre leais entre si, a evitar dissensões a qualquer custo, a viver em harmonia e a servir o seu senhor como o seu mestre na Terra. Segundo a crença popular, os hebreus receberam os seus conhecimentos de alvenaria dos babil ba bilôni ônios, os, int introd roduzi uzindo ndo-os -os no Egito Egito ao serem serem escrav escraviza izados dos,, No Egito, Egito, esse esse con conhec hecime imento nto foi influenciado pelos Mistérios e pelas tradições ocultistas dos construtores de pirâmides, versados nas técnicas da geometria sagrada. A chave para as origens pagãs da franco-maçonaria está na história simbólica narrada aos candidatos à iniciação nos três graus da maçonaria: Aprendiz Principiante, Companheiros Artesão e mestre Pedreiro. Segundo o saber maçônico, a base dessa lenda é a história semimítica da construção do templo do rei Salomão, em Jerusalém. A edificação foi vista como repositório da sabedoria e do simbolismo ocultista antigo, tanto pelos franco-maçons como pelos Cavaleiros Templários. O rei Davi iniciou a construção do templo em Jerusalém e, depois de sua morte, seu filho Salomão completou a obra. Para construir o edifício, Salomão recrutou pedreiros, artistas e artesãos de países vizinhos. vizinhos. Especialme Especialmente, nte, enviou uma mensagem mensagem ao rei de Tiro, Tiro, perguntando perguntando se podia contratar os serviços de seu mestre construtor, Hiram Abiff, que era versado em geometria. Hiram era filho de uma viúva, tendo aprendido o ofício de artesão trabalhando com bronze. Devido ao seu talent tal entoo artíst artístico ico,, Salomã Salomãoo no nomeo meouu Hiram Hiram arquit arquiteto eto-ch -chefe efe e me mestr stre-p e-pedr edreir eiroo do tem templo plo a ser construído em Jerusalém. Hiram concluiu o templo num período de sete anos (esse número tem uma significação especial na tradição ocultista e na maçonaria), mas essa realização foi empanada por sua morte misteriosa e violenta. Certa vez, ao meio-dia, durante o descanso dos pedreiros, Hiram fez uma visita ao templo para verificar o andamento do trabalho, que se aproximava do fim. Ao entrar no pórtico do templo, atravessando a entrada flanqueada pelos dois pilares do portão, um de seus colegas pedreiros aproximou-se de Hiram, solicitando o segredo da senha do Mestre Pedreiro. Hiram negou-se a fornecer essa informação secreta, dizendo ao trabalhador que ele receberia no momento propício, depois de avançar mais em sua carreira. O pedreiro, insatisfeito com a resposta, golpeou Hiran, que seguiu aos tropeções, aturdido e sangrando, até o segundo portão do tempo. Ali, foi abordado por um segundo pedreiro, que fez a mesma pergunta e, ao ser-lhe negada a resposta, golpeou Hiram, que acambaleou até a terceira entrada (ocidental) do templo, onde outro pedreiro o aguardava. O processo se repetiu e, dessa feita, o arquiteto-chefe morreu do terceiro golpe. Os três pérfidos pedreiros carregaram o corpo de Hiram do templo até o topo de um monte vizinho, onde cavaram uma cova rasa e o enterraram. Marcaram o local do túmulo com uma acácia e, à tarde, como de hábito, retornaram ao trabalho. Quando a falta de Hiram foi notada, uma equipe de busca foi organizada, mas esta levou quinze dias para descobrir o seu corpo. Salomão foi informado e ordenou que o corpo de Hiram fosse exumado e enterrado novamente, com uma cerimônia religiosa completa e as horas devidas a um artesão de seu quilate. Os três assassinos acabaram sendo descobertos, descobertos, julgados e condenados à morte pelo seu crime. Examinando-se essa lenda à luz da situação religiosa no reinado de Salomão, alguns fatos interessa interessantes ntes vêm à tona tona,, descortina descortinando-n ndo-nos os o simb simbolism olismoo pagã pagãoo oculto oculto da franco-maç franco-maçonar onaria. ia. Primeiro, na época em que Salomão ocupava o trono de Israel, Tiro era conhecida como um centro da adoração da Deusa. Ainda que seja considerado um importante devoto de Javé (ou Jeová),
Salomão mantinha extensa correspondência com o rei pagão de Tiro, tendo-lhe solicitado que enviasse o seu mestre construtor — que devia estar ocupado na construção de templos dedicados à veneração da Grande Deusa e — para ajudá-lo a projetar e construir o seu templo a Javé. Uma leitura cuidadosa do Antigo Testamento Testamento revela que, quando os hegreus se reinstalaram em Canaã, depois de escaparem da escravidão no Egito, a adoração de seu deus tribal, Javé, sofreu forte resistência pelos habitantes nativos que reverenciavam a deusa da fertilidade Asserá ou Astarte e o seu consorte masculino. A situação, quando o culto de Jeová foi introduzido em Canaã, pode ser comparada ao início do período medieval na Europa, quando os missionários romanos tentaram converter as tribos pagãs, e a África do século XIX, quando os colonizadores brancos forçaram os nativos a adotar o cristianismo. Além disso, as discrepância no mito hebreu da criação, registrado no Gênesis, mostram claramente que o judaísmo primitivo foi fortemente influenciado pelas crenças pagãs das tribos nômades ancestrais dos israelitas. Ao estabelecerem a religião de Javé, os patriarcas do Antigo Testamento se valeram da rica estrutura da mitologia existente nos países vizinhos, incluindo Suméria e Babilônia. Em particular, os mitos do Jardim do Éden e do Dilúvio são identificáveis como contribuições externas enxertadas no sistema de crenças judaico. O javeísmo somente se tornou a religião dominante do Israel antigo através das campanhas militantes de uma pequena elite de sacerdotes patriarcais, na maior parte do tempo — mas nem sempre — apoiada pela monarquia e pela classe dirigente. O povo comum resistiu-lhe bravamente, apoiado pelos membros heréticos das classes dominantes. O conflito acarretado ainda pode ser detectado no judaísmo ortodoxo, onde o Supremo Criador é representado como nem masculino nem feminino. Um filósofo judeu medieval afirmou que “Deus não é um corpo e tampouco pode receber atributos corpóreos (sic), e Ele não tem semelhança com nada“, A despeito dessa tentativa de apresentar a Divindade como uma entidade abstrata, a maioria dos rabinos judeus encaravam Javé como de natureza masculina. O seu título alternativo de Adonai, que se traduz como “Senhor”, confirma essa crença. O ant antigo igo con concei ceito to de um umaa dei deidad dadee an andró drógin ginaa so somen mente te sob sobrevi reviveu veu no noss ens ensina inamen mentos tos secretos do sistema místico conhecido como Cabala, a doutrina esotérica da religião judaica, na imagem feminina da Shekiná ou Noiva de Deus. Nas sinagogas judaicas, a Shekiná é acolhida no pôr-do-sol de sexta-feira , nas preces celebrantes do início do Sabá. Nessas preces, a Shekiná é acolhida como a Noiva de Deus e, segundo os ensinamentos cabalistas, a criação só pode se manifestar através dela. Essa idéia é reforçada pela crença popular de que a Shekiná se materializa, de forma invisível, sobre o leito da noite de núpcias, sugerindo resquícios dos antigos ritos da fertilidade realizados em honra da deusa. Antigas memórias da adoração da deusa também sobrevivem no mito judaico da demônia Lili Lilith th,, insp inspir irad ador oraa de de dese sejo joss se sexu xuai aiss ma masc scul ulin inos os atrav através és de so sonh nhos os erót erótic icos os.. Segu Segund ndoo os ensinamentos cabalísiticos, Lilith foi a primeira esposa de Adão, antes de Eva, ensinando-lhe as artes do encantamento mágico. De acordo com a sabedoria ocultista, de sua união ilícita foi gerado o reino elemental dos elfos, das fadas e dos gnomos. Lilith não era, originalmente, uma figura demon de moníac íaca, a, pod podend endoo ser ide identi ntific ficada ada com a de deusa usa su sumer merian ianaa int intitu itulad ladaa Senhor Senhoraa das Bestas Bestas,, representada sob a forma de uma coruja. Lilith simboliza o aspecto escuro da Grande Deusa da antiga religião pagã, em seu aspecto de mulher fatal ou sedutora. Esse aspecto da feminilidade sempre rejeitado pelas culturas patriarcais, cujo puritanismo sexual o transformou em um símbolo demoníaco, pela incapacidade de lidar com as poderosas energias eróticas a ele associadas. Inicialmente, a adoração das deidades da fertilidade de Canaã era parte integrante da religião judaica. A deusa Asserá, o seu consorte El e o seu filho Baal — significando o Senhor — eram bastante venerados. Efígies da Deusa foram erigidas por todo o Israel, conforme descrito nos livros do Antigo Testamento, Reis, Crônicas, Juizes, Deuteronômio, Êxodo e Miqueías. Conta que Gideão destruiu um altar de Baal por ordem de um anjo (Juízes, 6: 25-31) e existem referências à adoração do deus e da deusa da fertilidade ferti lidade em altares erguidos no templo de Jerusalém. Como Salomão figura nessa tradição de adoração da Deusa? Durante a Idade Média, o rei hebreu adquiriu uma reputação infamante de mestre em magia, capaz de evocar os espíritos elementais, e diversos manuais de magia exibiram o seu nome no título )por exemplo, A Clavícula de Salomão) ou a autoria destes lhe era creditada. de um modo geral, ele era visto como um poderoso mago, curandeiro e exorcista e, atualmente, alguns cristãos de fé renovada o denunciam como um adorador do diabo que afastou os israelitas do verdadeiro Deus. No apócrifo Livro da
Sabedoria, es escr crito ito no sé sécu culo lo I. I.d. d.C. C.,, cita cita-s -see Salo Salomã mãoo dize dizend ndo: o: “Deu “Deuss me de deuu o ve verd rdad adei eiro ro conh co nhec ecim imen ento to da dass co cois isas as co como mo elas elas sã são; o; um umaa co comp mpre reen ensã sãoo da es estr trut utur uraa do mu mund ndoo e do funcionamento dos dos elementos do início e final das eras e o que vem entre elas.... elas.... os ciclos do ano e as constelações... os pensamentos dos homens... o poder dos espíritos... as virtudes das raízes... tudo, secreto ou manifesto , eu aprendi.” [ Sabedoria, 7:17-21. ] Além de seus atributos mágicos e poderes ocultos, Salomão é visto por alguns estudiosos como um adorador secreto da Deusa. A conversão de Salomão ao paganismo e o seu culto a deuses estranhos são atribuídos a seus casamentos com princesas estrangeiras, que introduziram os seus costumes religiosos na corte (I Reis 11:1-8). Especula-se, ainda, que a legendária Rainha de Sabá apresentou ao rei herege as doutrinas ocultistas de sua terra (situada na África ou na Arábia). Ao visitar Salomão, não só trouxe tr ouxe camelos carregados de especiarias, ouro e pedras preciosas, mas incluiu em seu séquito sacerdotes que iniciaram o monarca judeu nos Mistérios da antiga religião pagã. o Antigo Testamento narra que Salomão “sacrificava e queimava incenso nos lugares altos” (I Reis 3:3), que eram os locais dos santuários santuários dedicados à adoração adoração da Grande Deusa. Os indícios indícios existentes mostram que, durante 200 dos 370 anos de história do templo de Jerusalém original, ele serviu, total ou parcialmente, para a veneração da Deusa. Quando um dos profetas de Javé denunciou a obstinação de Salomão em favor de um jovem chamado Jeroboão, que se tornou o novo rei (I Reis 11:29-40), a adoração dos deuses pagãos reduziu-se por um breve tempo. Em II Reis 23:4-7 , consta que o sumo sacerdote Helcias destruiu os santuários da deusa Asserá, que Salomão erigira em todo o Israel. Desafortunadamente para os seguidores de Javé, a escolha de Jeroboão como novo líder religioso de Israel foi um erro de cálculo. o jovem logo retornou ao culto do deus-touro pagão (I Reis 12:33) , desgraçando-se. O culto da Deusa reforçou-se ainda mais com a chegada, em Israel, da princesa Jezabel, a “grande meretriz” original, filha do rei de Sídon e sacerdotisa da fé pagã. A sua imagem de promíscua desavergonhada advém, evidentemente, da sexualidade explícita dos ritos realizados por Jezabel para a Deusa, que horrorizaram os sacerdotes puritanos de Javé. Sob a influência de Jezabel, o seu marido, o rei de Israel Acab, construiu um altar para Baal e um bosque sagrado para a Deusa (I Reis 16:30-33). Consta que 850 sacerdotes de Baal e Asserá participaram de um pródigo banquete organizado pela nova rainha. Ela adorava Astarte e, nas ruas de Jerusalém, fogos sagrados eram acesos, bolos de mel condimentados eram assados, libações de vinho eram deitadas ao solo e incenso era queimado, como uma oferenda sacrifical à deusa da fertilidade. Jezabel acabou destronada e morta pelos adoradores de Javé, devido aos seus excessos eróticos. No entanto, o culto da Deusa sobreviveu por muitos anos e, quando iniciou a sua cruzada para restaurar o javeísmo, Josias teve, primeiro, de destruir os altares e santuários aos deuses pagãos, erigidos pelo povo comum (II Reis 23:4-15). O adorador da deusa, Salomão, havia convidado de Tiro, um centro da adoração pagã, o mestre construtor Hiram Abiff, para ser o principal arquiteto do templo de Jerusalém. Hiram foi assassinado ao término do trabalho, em circunstâncias já descritas, que se afiguram uma morte ritual ou um sacrifício humano, Como Hiram fora o projetista de templos pagãos, parece provável que tenha incorporado elementos do paganismo na arquitetura do templo de Salomão. De fato, o templo foi construído em um estilo pagão, com um vestíbulo, uma nave e um santuário interno, cuja entrada era guardada por dois pilares. A entrada principal do templo era de grande importância simbólica, por ser flanqueada por dois pilares, historicamente conhecidos como Joaquin e Boaz. Eles formavam a estrutura do pátio externo ou pórtico do templo, onde — conforme a lenda — os pedreiros construtores do edifício se reuniam. Tem sido afirmado que esses dois pilares foram posicionados de modo a imitar os obeliscos construídos nas entradas do templos egípcios. Os mais famosos dentre eles foram erguidos por ordens do faraó. os mais famosos dentre eles foram erguidos por ordens do faraó Tutmés III, em Heliópolis ou Cidade do Sol, no século XV a.C. Esses pilares, por alguma razão desconhecida chamados de Agulhas de Cleópatra, podem ser atualmente encontrados às margens do Tâmisa, em Londres, e no Central Park, em Nova Uork. os símbolos na base do obelisco americano foram identificados como sinais maçônicos. Tutmés é considerado por alguns ocultistas modernos o lendário fundador da Ordem Rosa-Cruz.
Os dois pilares frontais do templo de Salomão também guardam semelhanças com os símbolos da fertilidade cananeus tradicionais. Os templos dedicados à Deusa em Tiro teriam — ao que se diz — pilares de pedra de formato fálico em suas entradas. Esses pilares eram o foco dos ritos de fertilidade realizados em honra de Astarte em suas festas especiais. Esses pilares também têm sido associados aos monólitos usados por Lamec e seus filhos para preservar nos símbolos hieroglíficos gravados nas superfícies o seu antigo conhecimento. Os cabalistas os têm identificado como símbolos dos princípios masculino e feminino, pelos quais o Universo passou a se manifestar, conforme exprime o símbolo da Árvore da Vida. Além disso, ocultistas e maçons concordam em que esses dois pilares representam as energias masculina e feminina, que são a base da criação. A sua posição, em ambos os lados da entrada do templo dedicado à deusa, indica que essa passagem pode representar os lábios femininos. na crença religiosa antiga, os tempos da Deusa — quer de Astarte, Ishtar ou Ísis — eram projetados como símbolos de seu corpo, o que se refletia em sua arquitetura sagrada. A parte mais sagrada do templo de Salomão era o santuário interno ou Sagrado dos Sagrados, que simbolizava o útero da Deusa e era o repositório da Arca da Aliança, que continha a legislação sagrada dos hebreus concedida por Javé a Moisés no monte Sinai. Somente os sumos sacerdotes de Javé podiam penetrar no santuário santuário interno, onde ficava guardada a Arca de ouro e acácia. A tampa da arca era uma placa de ouro, sobre a qual ficavam ajoelhadas efígies dos guardiões místicos da Aliança, os querubins. Eles se fitavam mutuamente e tinham grandes asas cobrindo a Arca. Tratava-se do trono de Deus, onde Javé supostamente descia para se comunicar com o Seu sumo sacerdote. De acordo com o professor Raphael Ktav, em seu livro The Hebrew Goddess, os querubins que guardavam a Arca da Aliança Aliança no templo tinham t inham a forma de figuras femininas desnudas e aladas. A palavra querubim significa “mensageiro” e, na mitologia hebraica, refere-se a um intermediário, de origem divina, entre a humanidade e Deus. Os dois querubins do Sagrado dos Sagrados foram descritos, pelo místico judeu Filo, escrevendo no século I.d.C., como símbolos da natureza dualista de Deus e dos princípios masculino e feminino da criação. Filo considerava a deidade adorada pelos antig an tigos os heb hebreu reuss co como mo and andróg rógina ina,, po possu ssuind indoo tan tanto to caract caracterí erísti sticas cas ma mascu sculin linas as co como mo fem femini inina. na. Segundo um relato, um dos querubins era masculino e outro, feminino. Se Hiram Abiff era adorador pagão da Deusa, tendo sido responsável pelo projeto de seus templos em Tiro, qual o significado do seu assassínio ritual, em Jerusalém, pelas mãos dos colegas pedreiros? Nos antigos ritos da Deusa, a morte ritual ou sacrifício de seu consorte, ou de um sacerdote representando-o, figurava com proeminência. Esses elementos sacrifical, na adoração da Deusa, era comum no Oriente Médio, devendo ter sido bem conhecido pelos israelitas. Tal aspecto sacrifical também vinha acompanhado do mito da ressurreição do deus morto — encontrado na lenda de Hiram Abiff, em seu enterro e exumação pagão, é a história de Ísis e Osíris, no antigo Egito. O mito exerceu profundo efeito no desenvolvimento dos Mistérios pagãos do mundo clássico, tendo também influenciado o cristianismo primitivo. Na mitologia egípcia, Ísis e Osíris representam os mais antigos soberanos do delta do Nilo, nos termos imemoriais. Durante o seu reinado, o Egito floresceu, porque as duas divindades civilizaram a terra e a sua gente, anteriormente bárbaros selvagens entregues ao canibalismo e a prática sexuais pervertidas. Ísis e Osíris introduziram um código legal, a agricultura, as artes e os ofícios, os templos e a veneração correta dos deuses. Devido a esses feitos, o povo egípcio adorava os seus soberanos, venerando-os como seres divinos. di vinos. Porém Osíris possuía um rival e inimigo, o seu irmão gêmeo Set (ou Typhon, significando, em grego, grego, “insol “insolênc ência” ia” ou “orgul “orgulho” ho”). ). Set Set que queria ria gov govern ernar ar o paí paíss e est estava ava,, co const nstant anteme emente nte,, conspirando contra a família real. Durante um afastamento de Osíris, em que Ísis estava governando sozinha, Set tramou, com 72 conspiradores, a morte do rei. Ele havia, secretamente, medido o corpo de Osíris, e construiu uma arca especial capaz de conter perfeitamente o rei. No retorno de Osíris, ele convidou o rei e os conspiradores para uma festa de boas-vindas. Ísis alertou o marido para não ir, mas Osíris riu e disse nada Ter a temer de seu frágil irmão. Na festa, todos os presentes admiraram a arca adornada com jóias feita por Set, e ele prometeu dá-la de presente à pessoa cujo corpo nela se encaixasse. Um após o outro, os convivas o tentaram, mas tinham o tamanho errado. Finalmente, Osíris entrou na arca e Set e os conspiradores
fecharam a tampa, pregaram-na e a selaram com chumbo derretido. Eles então, atiraram o esquife no Nilo. Quando Ísis soube do assassinato de seu marido, foi tomada de dor. na crença egípcia, o corpo tinha de ser enterrado com os ritos fúnebres corretos, para que a alma não ficasse vagando eternamente pela Terra. Ísis pôs-se à procura do corpo de Osíris, subindo e descendo o Nilo, e perguntando a quem encontrasse se havia divisado a arca. Finalmente, algumas crianças contaram que tinham visto o esquife na boca do rio, flutuando em direção ao mar. A rainha descobriu que ele tinha ido parar no litoral de Biblos derrubou a árvore, sem perceber o ataúde de Osirís preso no tronco, transformando-a em um pilar para o teto de seu palácio. Quando Ísis descobriu o ocorrido, navegou até Biblos, onde, valendo-se de ardis, tornou-se uma aia na casa real, servindo a rainha daquela terra, também chamada Astarte. Esse, é claro, também era o nome da deusa da fertilidade adorada em Tiro, Sídon e pelos israelitas em Canaã. Através de sua amizade com a jovem rainha, Ísis persuadiu o rei a cortar a árvore liberando o corpo de Osíris. Ela levou o corpo de seu marido de volta ao Egito, e o pilar de tamargueira tamargueira tornou-se um objeto de culto em Biblos. depois de retornar ao Egito, Egito, Ísis deixou a arca em um local seguro, seguro, enquanto procurava o filho Horus. Entretanto, Set soube de seu retorno e, durante uma caçada, descobriu o esconderijo da arca. Em sua ira, ele desmembrou o corpo de Osíris, espalhando os 14 pedaços por todo o Egito. Quando Ísis foi informada desse novo ultraje, percorreu todo os país e, sempre que encontrava uma parte do corpo, erguia um santuário para marcar o lugar. Cada um desses sítios sagrados ficava em um monte, e o local do sepultamento foi marcado com uma árvore, significando que Osíris se erguera de entre os mortos. A décima Quarta parte do corpo de Osíris — o seu pênis — jamais foi achada, por Ter sido engolida por um peixe. isís fez uma réplica de ouro do pênis de seu marido, enterrando-a em Mendes, sede de um templo dedicado ao culto do deus-bode. Nos tempos medievais, o Diabo era, às vezes, chamado de Bode de Mendes, porque nesse templo, no antigo Egito, rituais grotescos eram realizados, envolvendo sacerdotisas nuas que mantinham relações sexuais com bodes. Nos julgamentos medievais de bruxas, as mulheres eram acusadas de haverem mantido relações sexuais com o Diabo, que aparecia em forma de carneiro ou bode. Osíris tornou-se o foco do culto da ressurreição no Egito dinástico, e os seus adoradores acreditavam que, pela prática de seus seus ritos, conquistariam a vida eterna após após a morte. Como Osíris Osíris havia introduzido a cevada e o trigo no Egito, e sua principal festa religiosa coincidia com a colheita, ele tem sido reconhecido como um deus da vegetação que morreu no outono e renasceu na primavera. o seu mito, portanto, assemelha-se a outros deuses da fertilidade do Oriente Médio, tais como Adônis, Adônis, Átis e Dionísio. Credita-se a Osíris a introdução da vinha e das uvas no Egito e, nos Mistérios gregos, Dion Dionís ísio io,, ou Baco Baco,, era era ad ador orad adoo co como mo o de deus us pa patr tron onoo do doss vinh vinhed edos os.. Mu Muititas as ve veze zes, s, ele ele era era simplesmente representado como uma face babada esculpida em uma árvore, ou a sua imagem era um pila pilarr de deco cora rado do co com m um umaa má másc scar araa ba barb rbad adaa ce cerc rcad adaa de folh folhas as.. Essa Essass repr repres esen enta taçõ ções es assemelham-se às máscaras folhadas que se dizia representações que se dizia representarem o personagem do folclore inglês, Jack-in-the-Green, ou o Homem Verde, que se pode ver nas igrejas de época anteriores à Reforma. Comparem-se, também essas imagens com a história do corpo de Osíris preso nos ramos de uma árvore, que mais tarde viria a ser venerada como um objeto sagrado. Dionísio e Osíris têm, ambos, vínculos com o culto de Adônis, cuja adoração era comum no Oriente Médio dos tempos antigos. Adônis era reverenciado pelos povos semitas da Babilônia e Síria, sendo originalmente conhecido como Tamuz. o nome foi alterado para Adônis, que significa “Senhor”, e as suas conexões lingüísticas com o Adonai judaico costumavam descrever um dos aspectos de Javé. Adônis ou Tamuz nasceu na meia-noite de 24 de dezembro e irrompeu para a vida do tronco de uma árvore. Ambos os eventos sugerem paralelos com Osíris e Jesus. tamuz é o deus-menino consorte da deusa babilônica do amor e da guerra, Istar, venerada pelos sumérios como Inana e pelos cananeus como Astarte. Istar era identificada com a Lua e a estrela da manhã Vênu Vênuss (O símb símbol oloo as asso soci ciad ado, o, na Bíbl Bíblia ia juda judaic icoo-cr cris istã tã,, ao an anjo jo rebe rebeld ldee Lú Lúci cife ferr, ma mais is tard tardee erradamente identificado com Satã ou o Diabo) e fugura no mito babilônico do Dilúvio, tomado de empréstimo pelos hebreus. no mito de Tamuz e Istar, o jovem deus, que é o seu amante, é morto por um javali e transportado para o Mundo dos Mortos. A deusa, enlutada pela perda, viaja para a região das
sombras, em uma tentativa de recuperar o consorte perdido. Enquanto está afastada da Terra, as colhe co lheita itass fracas fracassam sam,, o gad gadoo se torna torna est estéri érill e hom homens ens e mu mulhe lheres res perdem perdem a ca capac pacida idade de de praticarem o sexo. Em cada um dos sete portões do Mundo dos Mortos, a deusa é forçada a remover um item de seu vestuário, até, finalmente, conseguir penetrar o reino dos mortos despida e inde indefe fesa sa,, Co Como mo resu resultltad adoo de su suaa sú súpl plic icaa ao aoss so sobe bera rano noss do Mu Mund ndoo do doss Mo Morto rtos, s, Tam amuz uz é ressuscitado, Istar retorna à terra e a fertilidade é restaurada. O culto pagão ao deus da fertilidade Tamuz nas vizinhanças do templo de Jerusalém é mencionado pelo profeta do Antigo Testamento, Ezequiel. Descrevendo uma visão propiciada por Javé, o profeta diz, em Ezequiel 8:14:” Levou-me à entrada da porta da casa do Senhor (o templo de Salomão), que está da banda do norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz”. *(Em algumas citações bíblicas, usando a clássica tradução portuguesa de João Ferreira de Almeida (N. do T.) Ele, então, prossegue descrevendo um grupo de homens de pé nos recintos do templo, voltados para leste e adorando o Sol amaneira dos pagãos. nos mitos de Osíris, Dionísio e Adônis/Tamuz, estão contidos os elementos-chave da morte, do renascimento e da fertilidade. Esses elementos, juntamente com os papéis que esses deuses representavam como consortes da Deusa Mãe, são fundamentais para a compreensão da lenda de Hiram Abiff, das origens pagãs da franco-maçonaria e da visão utópica constituindo o ideal político das fraternidades ocultistas derivadas da maçonaria. Consoante mitos antigos, o soberano de Tiro também se chamava Hiram e diz-se que teria sido um rei-sacerdote do culto de Adônis. De acordo com as crenças religiosas dessa época, esse rei-sacerdote foi sacrificado para a Deusa, ao se tornar velho demais para representar Tamuz na festa anual dedicada ao deus. Ao morrer, a sua alma supostamente passou para o corpo de seu filho ou do substituto escolhido, que reinou como reisacerdote em seu lugar. É possível que Hiram Abiff tenha sido o filho do rei-sacerdote de Tamuz? Ele é, certamente, chamado de filho da viuva (a deusa do luto) e esse título foi adotado pelos maçons medievais em suas autodescrições. Segundo as tradições cabalísticas da construção do templo de Salomão, os artesãos provenientes de Tiro eram pagos com trigo, vinho e azeite. Essas eram as oferendas sacrificais associadas aos cultos da fertilidade dos deuses mortos, como Osíris e Adônis. As mesmas mesmas tradições relatam como Salomão enviou o rei Hiram, de Tiro, até o Inferno, pela evocação de um demônio. Quando o rei retornou, ele narrou a Salomão tudo que tinha visto e aprendido no reino infernal. Os rabinos sugerem Ter sido essa a verdadeira fonte da sabedoria de Salomão. É possível que o rei hebreu tenha se tornado um discípulo de Hiram, tendo sido por ele instruído nos Mistérios da deusa Istar ou Astarte e da sua descida ao Mundo dos Mortos. Existem referências, na abundante corres correspon pondên dência cia ent entre re os doi doiss reis, reis, con consis sistin tindo do em eni enigma gmass que Salom Salomão ão tin tinha ha de resolv resolver er,, sugerindo que alguma informação secreta estivesse sendo transferida para o monarca hebreu em forma de código. os primei primeiros ros his histor toriad iadore oress ma maçôn çônico icoss en encar carava avam m Hiram Hiram Abiff Abiff com comoo um repres represent entant antee simbólico de Osíris, o deus egípcio da morte e do renascimento. Ele é assassinado no portão ocidental do templo, onde o Sol se põe. na mitologia egípcia, o Mundo dos Mortos ou Átrio de Amenti, regido por Osíris como o Senhor dos Mortos, está situação sob o oceano ocidental. Osíris tradicionalmente ergue-se de entre os mortos ao norte, que, na mitologia egípcia, é astrologicamente regido pelo signo do zodíaco Leo, o Leão .No terceiro grau da franco-maçonaria, o candidato, representando Hiram Abiff, é erguido de entre entre os mortos por um aperto aperto de mão maçônico especial especial conhecido como “cumprimento do leão”. Tanto nos Mistérios maçônicos como nos egípcios, o “deus” ressuscitado é enterrado sobre uma montanha, em uma tumba marcada por uma árvore. Osíris era também chamado de Senhor da Acácia, mesma árvore plantada no túmulo de Hiram Abiff pelos seus três assassinos. Em Canaã, o culto à deusa Astarte envolvia árvore e pilares erguidos em bosquetes sagrados e montes, como símbolos de sua divindade. na arquimaçonaria real, o candidato à iniciação é informado de que o nome sagrado de Deus é, de fato, Jebalon. Esse nome foi decifrado como uma referência codificada aos dois grandes deuses do culto da fertilidade do Oriente Médio — Osíris e Baal — em combinação com o deus tribal hebreu Jeová. Na maçonaria, Deus também é chamado de Grande Arquiteto do Unive Un iverso rso,, reflet refletind indoo a imp import ortânc ância ia da ge geome ometri triaa sag sagrad radaa no projet projetoo de con constr struçõ uções es sa sagra gradas das baseadas no axioma hermético “Assim acima... como abaixo”. Esse axioma ensina a antiga filosofia de que o plano material da existência é um reflexo do reino espiritual.
As as aspi pira raçõ ções es po polílític ticas as da fran franco co-m -maç açon onar aria ia,, reve revela lada dass em su suaa infl influê uênc ncia ia so sobr bree os movimentos revolucionários e proto-socialistas da Europa dos séculos XVIII e XIX, podem ser remontadas ao mito da Idade de Ouro, no Egito pré-dinástico, sob o reinado de Osíris e Ísis e, antes do Dilúvio, aos mitos babilônio e hebreu da criação. na lenda de Osíris, o rei-deus é uma influência civilizadora em uma terra habilitada por selvagens primitivos sem noções de moralidade ou lei. O sacerdócio de Osíris era herdeiro de uma utopia política expressa através de símbolos espirituais. Essa foi a visão compartilhada pelas sociedades secretas da Europa medieval, associadas ao surgimento da franco-maçonaria e da doutrina política que lhe serviu de núcleo. De acordo com a tradição ocultista. Hiram Abiff Abiff foi, secretamente, um membro de uma antiga sociedade conhecida como os Artífices de Dionísio, surgida por volta de 1000 a.C., quando o templo de Jerusalém estava sendo construído. Eles tomaram o nome do deus grego e possuíam sinais e senhas secretas pelos quais se reconheciam mutuamente, estavam divididos em capítulos ou lojas governadas por um Mestre e se dedicavam a ajudar os pobres. Eles estabeleceram lojas em todas as nações mediterrânea mediterrâneas, s, e a sua influência influência se expa expandiu ndiu,, a leste, leste, até a Índia Índia.. Com a ascensão ascensão do Império Romano, lojas foram fundadas na Europa central e ocidental, inclusive nas Ilhas Britânicas. Os Artífices estavam ligados a outra sociedade secreta conhecida como os Jônios. Os membros dessa dessa sociedade haviam se estabelecido estabelecido na Ásia menor, menor, dedicando-se a disseminarem a civilização, especialmente em sua forma grega, no que eles encaravam como o mundo bárbaro. Supõe-se que os Jônios tenham sido responsáveis pelo famoso templo da deusa Diana, em Éfeso. Os arquit arquiteto etoss des dessa sa socied sociedade ade,, jun junto to co com m me membr mbros os dos Artífice Artíficess de Dionís Dionísio, io, vie vieram ram de Tiro Tiro trabalhar no templo de Salomão. Mas tarde, os Artífices passaram a se chamar Filhos de Salomão, usando o seu selo mágico — dois triângulos entrelaçados, representando a união das energias masculina e feminina — como a sua marca registrada. Os Artífices que se estabeleceram em Israel fundaram os Cassidens, guilda de artesãos especialistas no reparo de edifícios religiosos. A nova seita contribuiu para a fundação do grupo místico judaico conhecido como os Essênios, que se tornaram famosos com a descoberta dos pergaminhos do mar Morto. Na tradição ocultista, Jesus de Nazaré foi um essênio, e existem conexões entre esse grupo e os Cavaleiros Templáros medievais. Os Artífices de Dionísio acreditavam que os templos que construíam tinham de obedecer aos princípios da geometria sagrada, refletindo o plano divino, Com o uso da simetria, do sistema de medidas e do cálculo de proporção, os Artífices construíram edifícios religiosos representando o corpo humano como um símbolo do universo. A sua teoria arquitetônica baseava-se na filosofia hermética e na crença pagã panteísta na unidade entre o universo e Deus. Eles também promoviam o ideal político da Utopia terrestre, expressa sob forma simbólica. A humanidade era o bloco de pedra bruta que o mestre pedreiro ou Grande Arquiteto (Deus) estava, constantemente, moldando e polindo, a fim de transformá-lo em um objeto da perfeição. o martelo e o cinzel do pedreiro tornaramse as forças cósmicas que davam forma ao destino espiritual da humanidade. Na maçonaria especulativa do século XVIII, o martelo simbolizava o poder divino. Ele era usado para medir os precintos abençoados da loja, indo até onde o grão-mestre conseguia atirar o martelo em qualquer direção. O arquiteto e mestre construtor romano, Vitrivius, nascido no século I.d.C., foi influenciado pelo Artífices de Dionísio. As suas teorias formaram a base da arquitetura do Império Romano e, com a redescoberta do conhecimento clássico, no século XVI, também exerceram impacto sobre os maiores arquitetos da Renascença. O conceito de Virtrivius do teatro mágico representando o microcosmo do mundo como símbolo do macrocosmo do universo espelha-se na famosa frase de William Shakespeare, “O mundo todo é um palco, e todos os homens e mulheres meros atores...”, e no nome de seu teatro, The Globe [ O GLOBO]. Pretende-se que Shakespeare tenha sido um iniciado Rosa-Cruz e, como tal, tenha estado familiarizado com as idéias de Vitrivius e dos Artífices de Dionísio. Segundo a tradição maçônica, César Augusto foi nomeado patrono dos pedreiros, na Roma antiga, e diz-se Ter sido grão-mestre do Colégio Romano de Arquitetos. Essa sociedade estava organizada em guildas, com símbolos baseados nas ferramentas de seu ofício, como o fio de prumo, o esquadro, os compassos e o nível. O Colégio tinha rituais iniciatórios envolvendo o mito pagão da morte e do renascimento, familiares através dos Mistérios egípcios. Um templo construído e usado pelo Colégio foi desenterrado em Pompéia, cidade destruída pela erupção vulcânica do monte Vesúvio, em 71 d.C. Entre os símbolos descobertos no templo, estava o duplo triângulo de Salomão,
a prancha de decalque preta e branca (usada inicialmente pelos Artífices de Dionísio), a caveira, o fio de prumo, o bastão do peregrino e o manto esfarrapado. Esses símbolos emergiriam, mais tarde, na maçonaria medieval e na franco-maçonaria especulativa. As tradições do Colégio Romano parecem ter sido transmitidas para a Ordem dos Mestres de Comacini, que floresceu durante o reinado dos imperadores Constantino e Teodósio, Teodósio, no século IV d.C., quando o cristianismo estava emergindo como a religião dominante do Império Romano. Conforme a lenda, a Ordem foi fundada por ex-membros do Colégio Romano, que se viram forçados a fugir dos bárbaros. Eles estabeleceram a sua sede na ilha de Comacini no lago de Como, e, em 643 d.C., conquistaram o patrocínio do rei da Lombardia, que lhes deu o controle sobre todos os pedreiros e arquitetos da Itália. A Ordem de Comacini dividia-se em lojas governadas por grãomestres, seus membros usando aventais e luvas brancas e se reconhecendo mutuamente por sinais e senhas secretas. A Ordem foi responsável pelos estilos lombardo e romântico de arquitetura, podendo ser vista como o elo entre os arquitetos e pedreiros construtores dos templos pagãos e os mestres construtores das catedrais góticas da Europa ocidental, na Idade Média cristã. Existem indícios de que os pedreiros de Comancini viajaram por toda a Europa e, segundo o historiador Bede, chegaram a atingir a Inglaterra anglo-saxã, onde foram responsáveis pela construção de uma igreja em Northumbria. Aind Aindaa qu quee os pe pedr drei eiro ross qu quee co cons nstr truí uíra ram m as igre igreja jass e ca cate tedr drai aiss me medi diev evai aiss foss fossem em nominalmente cristãos, a profusão de símbolos e imagens pagãs, nesses antigos edifícios, indica que muito ainda eram, no fundo, pagãos. Já fizemos referências às imagens do Homem Verde achadas em velhas igrejas, mas outros símbolos pagãos também podem ser encontrados, inclusive Sheela-na-gig. trata-se de representações grosseiras do corpo feminino desnudo, na forma de mulheres de pernas abertas e exibindo a vulva. Elas foram identificadas como imagens da deusa pagã da fertilidade cultuada na época dos celtas. outros entalhes encontrados em igrejas medievais retrat retratam am mo monge ngess e sacerd sacerdote otess em po posiç sições ões sexuai sexuaiss com me menin ninas as dis disso solut lutas, as, realiz realizand andoo ato atoss homossexuais homossexuais ou usando cabeças de animais. Exem Exempl plos os aind aindaa ma mais is es estra tranh nhos os de es escu cultu ltura ra em pe pedr draa [ masonry ] pa pagã gã po pode dem m se ser r encontrados. Ao pesquisar um livro sobre bruxaria — a sobrevivência medieval da antiga religião pagã — , o autor Michael Harrison topou com a obra do falecido professor Gregory Webb, da Universidade de Cambridge, que, em 1946, era secretário da Comissão Real de Monumentos Históricos. Webb era uma autoridade em arquitetura medieval e, no final da Segunda Grande Guerra, foi designado pelo governo inglês para pesquisar antigas igrejas ao sul do país que se achavam danificadas pelos bombardeios alemãs. Em uma das igrejas examinadas, uma bomba nazista havia deslocado o topo do altar, revelando o interior pela primeira vez, desde o século XIV. No interior do altar danificado, Webb e a sua equipe descobriram um falo de pedra, que fora cuidadosamente cuidadosamente escondido no interior oco. de início, Webb pensou que essa descoberta seria única, mas ele começou começou a examinar outras igrejas, igrejas, à cata de sinais de paganismo. paganismo. Em 90% de todas as igrejas da pré-Reforma construídas antes da irrupção da peste bubônica, no final do século XIV, quand qu andoo su suaa con constr struçã uçãoo foi int interr erromp ompida ida po porr um lon longo go períod período, o, Webb Webb des descob cobriu riu qu quee alt altare aress escondiam símbolos da fertilidade que dedicavam as igrejas cristãs à velha religião pagã. A par com suas crenças religiosas pagãs, as guildas maçônicas medievais também tinham pontos de vista políticos avançados para a época, que expressavam livre e convictamente. À semelhança de seus antecedentes pagãos, os maçons eram os promotores de uma visão utópica do futuro da humanidade. Num período em que o feudalismo não passava de um sinônimo de escravidão, as guildas de artesãos haviam se organizado em grupos de ajuda mútua, pregando as virtudes da democracia e dos direitos individuais centenas de anos antes que essas metas políticas atingissem o povo comum. Essa imagem pública de associações protetoras que usam os seus poderes para promover o comércio justo e a ética dos negócios escondia o fato de que os franco-maçons medievais constituíam uma sociedade secreta de origens pagãs que promoviam, clandestinamente, opiniões políticas radicais. De acordo com a doutrina esotérica oculta pela construção do templo de Salomão, os maçons acreditavam ser o seu dever espiritual aperfeiçoar o templo do corpo humano como um símbolo do Divino. Os iniciados ocultistas, o verdadeiro poder por detrás das sociedades secretas,
sabiam que, para atingir o seu objetivo, teriam de usar o sistema político e, no século XII, passaram a colocar o seu plano plano em funcionamento. funcionamento.
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A
fim de compreendermos o surgimento das sociedades secretas medievais, temos, primeiro, de examinar o ambiente de pano de fundo à fundação do cristianismo, que constituiu a maior influência religiosa sobre a política européia da Idade Média. As histórias ortodoxas do cristianismo inicial dão a falsa impressão de que a nova fé substituiu as degeneradas religiões pagãs no espaço de algumas centenas de anos, encontrando uma resistência apenas moderada por parte dos seguidores dos antigos deuses. A conversão, no leito da morte, do imperador Constantino à nova religião e a sua aceitação dela como a fé do Império Romano, já em declínio durante a sua vida, certamente dotaram os primeiros cristãos de uma base no poder estabelecido. Entretanto, eles ainda enfrentavam uma forte e, muitas vezes, violenta oposição por parte dos simpatizantes do sistema de crenças pagãs, que se mostravam relutantes em aceitar os novos ensinamentos, ao menos me nos na forma forma em que eram eram aprese apresenta ntados dos pel pelaa Igreja Igreja primit primitiva iva,, a qua quall hav havia ia efe efetiv tivam ament entee suprimido o evangelho de Jesus de Nazaré. Quando Jesus pregava a sua mensagem radical aos seus seguidores judeus na Judéia, entã en tãoo so sobb oc ocup upaç ação ão roma romana na,, a relig religiã iãoo pa paga ga,, no mu mund ndoo clás clássi sico co,, ha havi viaa se de dege gene nera rado do.. os sacerdotes das religiões pagãs estabelecidas haviam se tornado corruptos, ávidos de poder e entregues a vícios anormais como a pederastia. Eles estavam sendo desafiados pelos cultos dos mistérios, que propiciavam a iniciação em sociedades secretas preservando a Sabedoria Antiga e ensinando a senda oculta à iluminação espiritual. Esses cultos dos Mistérios eram baseados nos antigos temas da morte, do renascimento e da fertilidade, expressos através do simbolismo interno das religiões pagãs do Egito, da Caldéia, da Babilônia e da Grécia. os cultos dos Mistérios se valiam de elaboradas cerimônias de iniciação, de um simbolismo arcano arcano e de rituais teatrais teatrais para proporcio proporcionar nar ao iniciado a revelação revelação da realidade realidade espiritual espiritual oculta oculta por detrás da ilusão do mundo material. Durante a iniciação, o neóflito era posto em um transe e experimentava o contacto com os deuses através de uma viagem simbólica ao Outro Mundo. Os iniciados morriam simbolicamente, renascendo como almas perfeitas. O propósito subjacente a tais rituais era provar ao candidato que o corpo em que havia encarnado no plano físico era um objeto ilusório, que o espírito era a única realidade verdadeira e que a reeencarnação na Terra era um processo de aprendizado para o desenvolvimento espiritual. Essas crenças pagãs iriam formar o drama drama cen centra trall do mis mistér tério io dos rituais rituais de inicia iniciação ção pratic praticado adoss nas lojas lojas da franco franco-ma -maçon çonari ariaa especulativa. O cristianismo inicial estava permeado pela influência dos cultos dos Mistérios. Ainda que a Igreja proibisse as doutrinas pagãs, como a reencarnação, condenada pelo Concílio de Nicéia em 325 d.C. reofertasse templos pagãos ao culto cristão e transformasse deuses pagãos em santos, ela logo descobriu ser impossível erradicar totalmente o paganismo. O culto às deusas predominava no mundo antigo e a devoção da Igreja Católica à Virgem Maria constitui um exemplo da influência do princípio feminino sobre a crença cristã primordial. A virgem recebeu o título de rainha do Céu, sendo representada com um manto azul decorado com estrelas e erguendo-se sobre uma lua crescente. Essa imagem é quase idêntica às representações pagãs da deusa do amor Istar, adorada pelos babilônios. As estátuas da Madona com o menino Jesus entre os braços, erigidas nas igrejas católicas, são cópias quase exatas das efígies de Ísis amamentando o seu filho Horus, encontradas nos templos egípcios. Durante o período que se seguiu à emergência dos cultos dos mistérios e a adoção do cristianismo como religião oficial do Império Romano, surgiu no Oriente Médio um novo movimento místic mís ticoo procur procurand andoo sin sintet tetiza izarr os me melho lhores res ele elemen mentos tos do pag pagani anismo smo dec decade adente nte co com m as nov novas as crença crençass cristã cristãs. s. O mo movim viment entoo era con conhec hecido ido por gn gnost ostici icismo smo do grego grego gnosis significan significando do
“conhecimento”, e os gnósticos compartilhavam, com os discípulos originais de Jesus a crença que Deus poderia ser diretamente contactado, sem a intercessão do clero estabelecido, Alegavam eles terem terem prese preservad rvadoo os verdad verdadeir eiros os ens ensina iname mento ntoss de Jesus, Jesus, que hav haviam iam sid sidoo su supri primid midos os pel pelos os concílios eclesiásticos organizados pela Igreja, a fim de produzir um dogma unificado para a nova religião. Os gnósticos derivaram a sua inspiração espiritual de uma variedade de fontes, incluindo os Mistérios gregos e romanos, a mitologia egípcia antiga, a tradição hermética, as doutrinas dualistas do zoroastrismo, os cultos da fertilidade do Oriente Médio, a religião estelar dos caldeus e os cristianismo esotérico. O gnosticismo derivava as suas crenças centrais das obras do líder espiritual persa Zoroastro, que vivera em aproximadamente 1800 a.C. Ele era um sacerdote da religião indoariana, que envolvia o culto das forças elementares da água e do fogo. Aos 30 anos, Zoroastro teve uma visão, durante a qual um dos deuses iranianos, Ahura-Masda ou Ormuzde, apareceu-lhe e diss dissee qu quee era era o Ser Ser Supr Suprem emo. o. A pa part rtir ir de dess ssee mo mome ment nto, o, Zoro Zoroas astr troo romp rompeu eu co com m a reli religi gião ão estabelecida e ensinou a sua própria filosofia, baseada no universo como um campo de batalha cósmico entre as forças opostas da luz e das trevas, em eterno conflito. De acordo com o zoroastrismo, a pessoa iluminada tinha de escolher entre um ou outro desses princípios. A iniciação na religião de Zoroastro se dava aos 15 anos, quando ambos os sexos eram admitidos em seus ritos. o candidato à iniciação recebia uma corda especial que usava como um cinturão. Ela era passada três vezes em torno da cintura e amarrada na frente e atrás. Diariamente, o iniciado desamarrava a corda e, depois a recolocava, ao mesmo tempo em que recitava preces, usando-a à ,maneira de um rosário católico. Existem semelhanças entre essa corda e a usada pelos sacerdotes brâmanes na Índia, sobretudo porque era usada sobre uma camisa ou túnica de algodão branca que era um símbolo da perfeição espiritual. Em seus estágios posteriores, o zoroastrismo passou a ser associado ao culto do Mistério do deus-touro Mithra, originário na Pérsia como uma ramificação da religião de Zoroastro, mas, que, rapidamente, se alastrou para o oeste, onde fez muitos conversos entre os soldados de Roma imperial, atraídos por sua imagem masculina. Mithra era um deus discípulo da luz que, em comum com Jesus, nascera em uma caverna cercado de animais e pastores, no solstício de inverno, em dezembro. Uma famosa estátua de Mithra, que pode ser vista no Museu britânico, representa-o montado sobre um touro e mergulhado um punhal em seu pescoço. O sangue jorra da ferida e penetra na terra para fertilizá-la Mithra usa uma túnica curta e um manto e, sobre a sua cabeça, está o barrete frígio também associado a Adônis e Átis. Essa cobertura para a cabeça característica foi adotada, tanto pelos maçons medievais como pela guarda revolucionária durante a Revolução Francesa. No zoroastrismo e gnosticismo, Mithra tornou-se o mediador entre os opostos cósmicos de Ormuzde e Ahriman, os deuses que representavam os poderes da luz e das trevas, Os gnósticos ensin en sinava avam m que que,, pel pelaa co compr mpreen eensão são do pap papel el de Mit Mithra hra,, os seu seuss dev devoto otoss hum humano anoss pod poderi eriam am aprender a reconciliar os aspectos bons e maus de suas próprias naturezas, percebendo que o mal não passava da imagem em forma de sombra do bem e que ambos tinham de existir em um mundo imperfeito. Mithra também estava associado a outra deidade gnóstica conhecida como Aion, que representava o tempo incessante. Os zoroastristas viam o universo como funcionando dentro de uma escala de tempo cíclica, com Aion sendo um deus tanto da destruição como da criação. Ele era simbolizado em forma humana com uma cabeça de leão e uma serpente enrolada em torno do corpo. Muitas vezes, ele apresenta o falo ereto e se ergue sobre um globo terrestre circundado pelo Zodí Zodíac aco. o. um umaa es está tátu tuaa de Aion Aion,, de dese sent nter erra rada da de um umaa vila vila roma romana na do sé sécu culo lo I.d I.d.C .C.. e, ag agor ora, a, preservada no Vaticano, representa-o alado e desnudo, somente coberto por um avental de tipo maçônico. O ca cand ndid idat atoo à inic inicia iaçã çãoo no noss Mi Mist stér ério ioss mi mitr trai aico coss pa parti rtici cipa pava va de um rito rito de mo mort rtee e renascimento, comparável ao cerimonial maçônico. Pedia-se-lhe que deitasse sobre o solo e se fize fizess ssee de mo morto rto.. o su sumo mo sa sace cerd rdot otee do cu culto lto ag agar arrav ravaa o inic inicia iado do “mor “morto to”” pe pela la mã mãoo dire direitita, a, leva levant ntan ando do-o -o em um at atoo simb simból ólic icoo de rena renasc scim imen ento to.. Após Após o ritu ritual al,, os me memb mbro ross do cu cultltoo compa co mpartil rtilhav havam am um umaa refeiç refeição ão ritual ritual de pã pãoo e vin vinho. ho. Durant Durantee essa essa com comunh unhão ão sim simból bólica ica,, ele eless acreditavam estar comendo a carne do jovem deus Sol e bebendo o seu sangue. Conforme já dissemos, os gnósticos derivaram algumas de suas doutrinas da religião estelar praticada pelos astrólogos caldeus. Eles adotaram os sete espíritos ou deuses planetários de seu
panteão pagão, que também eram representados pelos deuses clássicos da mitologia greco-romano — Mercúrio (Hermes), Vênus (Afrodite), Marte (Ares), Júpter (Zeus), Saturno (Cronos), Sol e Lua. Na crença gnóstica, esses deuses foram transformados em arcanjos, que se tornaram o foco central da magia medieval e da tradição hermética. Os gnósticos tentaram unir o paganismo ao cristianismo, produzindo uma versão híbrida da nova fé baseada nos textos heréticos que circularam após a morte de Jesus. Sabe-se muito bem que os evangelhos foram escritos muitos anos, após a crucificação e que seus autores não foram testemunhas diretas dos eventos por eles descritos, ainda, que usassem os nomes dos discípulos de Jesus. Os primeiros concílios da Igreja decidiram que evangelhos seriam incluídos no Novo Testamento oficial, rejeitando os que não correspondiam a sua versão da fé cristã. Na versão ortodoxa do Novo Testamento, faz-se alusão a Jesus como um descendente da casa real de Davi, significando que também descendia do mago Salomão, que construiu um templo em Jerusalém para o culto da Deusa. Os gnósticos observam referências, nos evangelhos evangelhos heréticos, ao fato de Jesus ter tido irmãos e, também, de ter sido chamado de filho da viúva, pois José faleceu antes de Jesus começar a sua jornada de pregação. O filho da viúva era um título simbólico concedido a Hiram Abiff, Abiff, ao deus egípcio Horus e a Mthra. Segundo a crença gnóstica, Jesus um homem comum que fora dominado pelo espírito de Deus e se tornara o Cristo — do grego kristos, significan significando do “o ungi ungido”. do”. A morte física de Jesus Jesus na cruz — alegavam os gnósticos — só se explica, realmente, se a força de Cristo o abandonou antes da crucificação. Segundo uma explicação alternativa, Jesus sobreviveu à morte na cruz, sendo substituído por um bode expiatório que morreu em seu lugar, ou foi tirado da cruz vivo, reanimado e enviado às escondidas para fora do país, Se Jesus não morreu na cruz, qual foi o seu destino? Segundo várias teorias especulativas, ele teria levado uma vida monástica em uma comunidade essência às margens do Mar Morto, teria morrido de velhice em Kashmir, teria sido morto pelos romanos em Massada durante a revolta judaica ou viajado para a Europa a fim de gerar a futura dinastia real francesa. Qualquer que tenha sido a sua crença sobre a morte de Jesus, a maioria dos gnósticos rejeitava o símbolo da cruz. Eles condenavam a adoração de um instrumento de morte e tortura. Outros gnósticos adotaram a visão mais extrema de que o Deus do Antigo Testamento, Jeová, seria Satã e de que o Supremo criador do universo teria enviado o Cristo, encarnado no corpo de Jesus, a fim de salvar a humanidade. Os romanos e os sacerdotes judeus, agindo como agentes de SatãJeová, conspiraram para assassinar Jesus, de modo, que venerar a cruz era adorar um símbolo do mal satânico. Essa última crença também foi compartilhada pelos maniqueístas, nome originário de seu fundador, Mani, nascido na Pérsia no século III d.C. Mani se convertera ao gnosticismo através dos ensinamentos de Zoroastro e pregava a dualidade do universo que, na crença judaico-cristã, estava simbolicamente dividido entre Deus e Satã, eternamente batalhando pelas almas da humanidade, em um jogo de xadrez cósmico. os maniqueístas tinham crenças religiosas rigorosas que incluíam o celibato para os seus sacerdotes — homens e mulheres —, uma dieta vegetariana e a proibição do álcool e das drogas. os ensinamentos de Mani se espalharam, rapidamente, pelo Oriente Médio e Império Imp ério Romano Romano e, em certa época, época, competia competia seriamente seriamente como o emergente emergente culto cristão pelos conversos. Eles também se disseminaram a leste da Pérsia, ganhando muitos conversos na China e Índia, durante os primeiros séculos da era cristã. A heresia de Mani parece Ter sido um fator que contribuiu para o surgimento dos cátaros ou albigenses, nos séculos XI e XII d.C. As origens dos cátaros são obscuras, mas sabe-se que hereges dualistas haviam estabelecidos grupos no Oriente Médio e leste europeu, no século X. Na Bulgária, uma seita conhecida como os bogomilos foi implacavelmente perseguida pela Igreja, que os acusou de práticas sexuais anormais. Devemos a essa seita a origem da moderna gíria inglesa “buggery” significando o coito anal, ainda que não haja evidências de que membros desse culto tivessem se entregue a essa prática. Da Bulgária e Iugoslávia, a doutrina herética dos cátaros (do grego cathari, significando “os puros”) estabeleceu comunidades n o norte da Itália, nas regiões alpinas e n sul da França. À semelhança da maioria das filosofias gnósticas, os cátaros ensinavam a crença dualista nos poderes opostos da luz e das trevas. Entretanto, eles também ensinavam a crença pagã na reencarnação e identificavam o mundo material como o plano da ilusão. Os cátaros acreditavam que a humanidade
poderia ser salva levando uma vida moral e, assim como os gnósticos, rejeitavam a cruz como um símbolo do mal. Eles se recusavam a aceitar a Igreja Católica como a verdadeira guardiã dos ensinamentos de Jesus, ensinavam que todos os homens e mulheres eram iguais e construíram hospitais e escolas para os pobres. os cátaros tinham um círculo interno dentro do clero com sete graus graus de inicia iniciação ção,, repres represent entand andoo os est estági ágios os da perfei perfeição ção espiritu espiritual. al. As cerimô cerimônia niass eram eram realizadas ao ar livre, em cavernas e florestas, e os iniciados cátaros vestiam túnicas brancas amarradas com uma corda. Em face à ameaça dos cátaros, a Igreja reagiu de sua forma tradicional. Ela acusou os here he rege gess de cu culto lto ao diab diabo, o, sa sacr crififíc ício ioss hu huma mano nos, s, ca cani niba balis lismo mo,, ince incest sto, o, ho homo moss ssex exua ualis lismo mo e celebração da Missa Negra. A última acusação se baseava na prática cátara do agape ou festa do amor, herdada dos Mistérios pagãos. Em 1209, a Igreja lançou uma cruzada contra os cátaros e milhares deles foram mortos. o cavaleiro que liderou a cruzada, interpelado pelos seus homens s obre quem deveriam abater a fio de espada e quem deveriam poupar, nas cidades atacadas, replicou com as palavras imortais: “Matarem-nos a todos. Deus reconhecerá r econhecerá os Seus.” Os cátaros não aceitaram a perseguição pela Igreja docilmente, ao contrário defenderam-se com todos os recursos disponíveis. No entanto, a derrota final adveio em Montsegur, aos pés dos Pirineus, quando, em março de 1244, mais de 200 sacerdotes cátaros foram massacrados pelas forças cristãs. Alega-se que, pouco depois de fortaleza Ter sido subjugada pelos cruzados, um tesouro secreto foi removido do castelo e escondido em algum ponto dos territórios das redondezas. A esp especu eculaç lação ão sob sobre re a nat nature ureza za des desse se tes tesour ouroo tem sid sidoo fértil fértil no co corre rrerr dos século séculos. s. Alguns Alguns ocultistas chegaram a argumentar que os cátaros seriam os guardiões do Santo Grall — o cálice usado por Jesus na última ceia —, o qual eles não queriam ver capturado pela Igreja Romana, segundo eles uma títere de Satã. Outras teorias defendem que o tesouro misterioso seriam escritos esotéricos revelando os ensinamentos ocultistas dos cátaros a partir de suas origens pagãs. Essa crença se afigura mais provável do que a teoria do Graal. Os historiadores estudiosos dos cátaros tem apontado muitas conexões pagãs na área em torno de Montsegur. A alguns quilômetros do castelo, está o local de um altar druida datando dos tempos célticos e uma cruz cristã esculpida com símbolos pagãos. Em cavernas próximas, existem indícios do culto a Mithra, e o próprio sítio de Montsegur tinha a reputação de Ter sido um centro da adoração solar pagã milhares de anos antes da chegada dos cátaros. Conforme vimos, os cátaros tinham vínculos com dualismo do Oriente Médio, os cultos dos Mistérios e os gnósticos, sendo através dessas conexões que eles podem ser vinculados com socied sociedade adess secret secretas as tai taiss co como mo os Sufis Sufis e os Assas Assassin sinos, os, que, por su suaa vez vez,, inf influe luenci nciara aram m os Cavaleiros Templários, Os sufis são, tradicionalmente, os seguidores da tradição secreta encoberta pela ordoxia do islamismo. Atualmente, a religião fundada pelo profeta Maomé é, essencialmente, patriarcal, mas a religião original da Arábia encontrava-se na adoração do princípio feminino. A Caaba, ou mesquita de Meca, centro sagrado da crença islâmica, era, originalmente, o local de um templo pagão. Acredita-se que a misteriosa pedra negra adorada dentro da Caaba que, segundo a crença islâmica, foi dada ao profeta Abraão pelo arcanjo Gabriel, fosse, de fato, o objeto de culto de um centro pré-islâmico de adoração à Deusa. Na crença islâmica, a sexta-feira é um dia sagrado, e no mundo clássico esse dia era dedicado à deusa do amor, Vênus. A cor tradicional de Maomé é verde, que é associada à Grande Deusa Mãe em seu aspecto egípcio como Ísis, a Senhora da Natureza. Os símbolos islâmicos da cimitarra e do crescente têm sido identificados, variadamente, como a Lua ou a estrela da manhã, Vênus. É possível que Maomé tivesse contactos com o sistema de crenças gnóstico. Ele foi, certamente, ensinado por monges cristãos, reconhecendo a sua contribuição na fundação de sua nova religião. Ainda que islamismo e cristianismo fossem, na Idade Média, politicamente rivais, havia diversos vínculos entre as duas religiões. Ambas eram monoteístas, patriarcais e derivavam a sua inspiração espiritual de uma fonte semita comum. Os seguidores do islamismo reconheciam em Jesus um grande mestre espiritual, apesar de não aceitarem a sua divindade, e reverenciavam muitos dos patriarcas do antigo Testamento. Se bem que a tradição sufis supostamente se originou do islamismo, há quem afirme que as suas crenças foram bem mais antigas. Em seu livro póstumo, The Masters of Wisdom, J.G. Bennett descreve como foi levado pelo místico russo, Gregori Gurdjieff, para ver as pinturas de caverna préhistóricas em Lascaux. Gurdjieff mostrou a Bennett os desenhos, nas paredes da caverna, de
rebanhos de renas cruzando um rio, e explicou tratar-se de uma representação simbólica de um antigo ritual iniciatório. De acordo com Gurdjieff, o número de chifres das renas representava o nível de espiritualidade alcançado pelos iniciados, dos quais elas eram o emblema totêmico. Gurdjieff revelou em confiança a Bennett que essas antigas escolas de Mistérios datavam de 30 a 40 mil anos e que aprendera sobre elas ao estudar desenhos de cavernas nas montanhas caucasianas e no Turquestão. O místico russo havia recebido a iniciação de mestres sufis, de modo que, quando, na mesma passagem do livro, Bennett revela que existe uma tradição no sufismo remo remont ntan ando do à Ásia Ásia Ce Cent ntra rall de 40 mi mill an anos os at atrá rás, s, nã nãoo temo temoss dú dúvi vida dass qu quan anto to à font fontee de dess ssaa surpreendente informação. A semelhança do cristianismo, a introdução do islamismo sofreu resistência por parte dos árabes que continuaram seguindo o culto aos deuses pagãos. Após a morte de Maomé, surgiram várias seitas heréticas, promovendo formas alternativas ao islamismo, e foram fundadas sociedades secretas baseadas nessas filosofias. Elas incluíam os ismaelitas, batimis, karmatitas, fatímidas e drusos. Várias dessas seitas heréticas se inspiraram em idéias gnóticas e maniqueístas, e algumas alegavam estar preservando a tradição ocultista árabe. A mais poderosa e bem-documentada sociedade secreta islâmica operando no Oriente Médio foi a seita popularmente conhecida como os Assassinos. As suas origens estão encobertas pelo mistério, mas eles parecem Ter estado vagamente vinculados ao gnosticismo. No século XI d.C., surgiu na Pérsia um místico chamado Abdula, com a missão de estabelecer uma religião panteísta em substituição ao islamismo. Fundou ele uma sociedade secreta para propagar as suas crenças, derivadas de uma mistura do hinduísmo com os ensinamentos herege persa Mani. Aos iniciados nessa sociedade, ofereciam-se nove graus de iluminação, similares aos Mistérios de Elêusis praticados na Grécia antiga. Aos iniciados era ensinado o significado místico do número sete, que, na tradição ocultista, repres represent entava ava o núm número ero de pla planos nos da exi existê stênci ncia, a, do ma mater terial ial ao esp espiri iritua tual.l. Tamb ambém ém lhe lhess era ensi en sina nado doss qu quee De Deus us ha havi viaa en envi viad ado, o, ao mu mund ndo, o, se sete te gran grande dess me mest stre ress pa para ra co cond nduz uzire irem m a huma hu mani nida dade de à pe perf rfei eiçã çãoo es espi piri ritu tual al.. Esse Essess me mest stre ress fora foram m Adão Adão,, o prim primei eiro ro ho home mem; m; No Noé, é, o sobrevivente do dilúvio; Abraão, o fundador caldeu da religião de Javé; Moisés, o iniciado egípcio e fundador da Cabala; Jesus; Maomé e Ismael. Os membros da sociedade também aprendiam as filosofias gregas de Platão e Aristóteles e eram doutrinados com os ensinamentos esotéricos dos sufis. A sociedade secreta de Abdula se espalhou pelo Oriente Médio, reunindo-se em pequenos grupos a fim de conspirar contra o islamismo, até a sua supressão em 1123. Um de seus iniciados foi Hassan Hassan-ib -ibn-S n-Sabá abá,, que que,, em 109 1093, 3, organi organizou zou um umaa ramific ramificaçã açãoo de denom nomina inada da de Ordem Ordem dos Devotos. A nova Ordem renunciou ao panteísmo místico da sociedade original, em favor das virtudes positivas do Corão. Foi essa Ordem dos Devotos que se desenvolveu na seita conhecida como os Assassinos. Argumenta-se que os Assassinos derivam o seu título do árabe hashishmar, ou “comedor de haxixe”, o cânhamo usado em seus rituais. Outras autoridades alegam derivar-se do árabe hass, significando “destruir”, ou de asana, que quer dizer “armar ciladas”. Hassan recebeu o tradicional título de Sheikh al Jebal ou Senhor da Montanha, daí o seu título popular de Velho das Montanhas. Ele e os seus seguidores construíram um castelo em Alamut ou Ninho das Águias, na Pérsia. Encarapitado 183 metros acima de um desfiladeiro e cercado de montanhas hostis, era praticamente inexpu ine xpugná gnável vel.. Dessa Dessa ele elevad vadaa fortal fortaleza eza,, os Assass Assassino inoss mov movera eram m um umaa gue guerra rra int intern ernaci aciona onall de terrorismo contra quem se lhes opusesse. Hassan morreu em 1124, mas os Assassinos sobreviveram como mercenários dispostos a matar a qualquer preço. Vários conhecidos cruzados europeus lançaram mão dos Assassinos, inclusive o rei inglês Ricardo Coração de Leão e Frederico II, da Sicília, excomungado pelo papa por contratá-los para assassinarem o duque da Baviera. A fortaleza dos Assassinos foi, finalmente, invadida pelos mongóis, em 1256, e a Ordem foi disp disper ersa sada da.. Entr Entret etan anto to,, já em 17 1754 54,, o cô côns nsul ul ingl inglês ês em Alepo Alepo as asse seve vero rouu qu quee a Orde Ordem m do doss Assassinos ainda sobrevivia na Pérsia, Síria e Índia. Afirmou-se que eles ensinaram as suas habilidades assassinas ao culto hindu dos turgues, que adoravam a deusa da destruição Kali e praticava praticavam m sacrifício sacrifícioss humanos durante durante os dias do domí domínio nio britânico. britânico. Em 1866 1866,, os Assassinos Assassinos
foram mencionados mencionados em um caso judicial judicial em Bombaim, Bombaim, envolvendo um príncipe príncipe persa que alegava ser um descendente direto do grão-mestre original da Ordem. Alguns estudiosos tentaram estabelecer vínculos concretos entre os Assassinos e os sufis, identificados como adoradores da Deusa por usarem o símbolo do duplo machado (associado à antiga adoração da Deusa) e pela natureza xamanista de seus rituais, envolvendo a dança e o canto. Cerâmicas pintadas com o pentagrama ou estrela de cinco pontas e o vesica piscis — um símbolo abstrato da vulva feminina — foram f oram desenterrados das ruínas da fortaleza da montanha dos Assassinos. Eles também usavam túnicas e uma faixa vermelha, simbolizando a inocência e o sangue, semelhantes ao traje adotado pelos zoroastristas, sufis, cátaros e templários. No período da atuação dos Assassinos, a Igreja Católica organizava as suas primeiras cruzadas, para estender o seu poder político ao Oriente Médio e recuperar a Terra Santa do islamismo. o início das Cruzadas pode ser fixado a partir da década de 1060, quando o papa Alexandre II concedeu indulgencias aos cavaleiros que haviam enfrentado os invasores mouros na Espanha. Em 1096, um monge excêntrico, Pedro o Eremita, liderou, através da Europa, uma Cruzada dos Camponeses composta de vários milhares de homens, mulheres e crianças para libertarem Jerusalém dos árabes. A maioria desses desafortunados foi massacrada, no caminho, por bandos de criminosos e pelos exércitos do Império Bizantino, que abrangia os modernos países da Bulgária, Iugoslávia, Grécia e Turquia. A essa primeira e desastrosa cruzada, seguiram-se outras bem-organizadas bem-organizadas e lideradas por cavaleiros treinados que lograram consideráveis sucessos militares e, finalmente. estabeleceram um reino cristão em Jerusalém, no início do século XII. Não obstante o estabelecimento de um exército de ocupação cristão na Terra Santa, os peregrinos europeus que viajavam para os locais sagrados continuavam enfrentando vários perigos. na Páscoa de 1119, um grupo de 300 peregrinos, viajando de Jerusalém para o Jordão, foi atacado e morto pelos sarracenos, O rei Balduíno II, de Jerusalém, ficou tão chocado com essa atrocidade, que tomou providências para impedir que fatos semelhantes jamais voltassem a se repetir. Balduíno tinha, a seu serviço, um cavaleiro frâncico chamado Sir. Hugh de Payens, que passara três anos pelejando na Terra Santa. O rei sugeriu a de Payens que organizasse uma Ordem Cavalheiresca para defender as rotas dos peregrinos, oferecendo parte de seu palácio para a sede da nova organização. O palácio dentro dos muros de uma mesquita erguida no local do templo original de Salomão e, por essa razão, Sir Hugh denominou a sua nova Ordem de Templi Militia, ou Soldados do Templo, que mais tarde assumiu a denominação mais pomposa de Cavaleiros do Templo de Salomão em Jerusalém. Balduíno inicialmente financiou os Cavaleiros Templários, mas de Payens decidiu viajar à Europa em busca de patrocínio, por saber que, para que a Ordem tivesse sucesso, precisaria do apoio da Igreja. Ele já havia decidido que os templários seriam monges guerreiros e aceitou o apoio de St. Bernard de Clairvaux, fundador da Ordem de Cister, que formulou as regras monásticas para a Ordem e intercedeu a seu favor f avor junto ao papa, que concedeu a sua aprovação. Sob a proteção religiosa de St. Bernard, os templários proferiam votos de pobreza, castidade e obediência aos princípios cristãos e declaravam a sua intenção de proteger as rotas até a Terra Santa para os peregrinos. Eles se dedicavam à Mère de Dieu, ou Mãe de Deus (Virgem Maria), juran jurando do “consa “consagra grarem rem as su suas as espadas espadas e as suas vidas vidas à de defes fesaa dos mistér mistérios ios da fé cristã”. cristã”. Considerando-se a história e o posterior declínio da Ordem, esse voto é muito significativo. Ainda que o relato acima constitua a versão geralmente aceita da fundação dos templários, a controvérsia ainda cerca as suas origens. Os autores do best-seller, The Holy Grail and the Holy Blood, argumentam que os templários foram uma ramificação de uma sociedade secreta ainda mais antiga denominada Priorado de Sião. Essa organização se dedicava à restauração, na França, da antig an tigaa din dinast astia ia me merov rovíng íngia, ia, su supos postam tament entee des descen cenden dente te de Jesus Jesus e Maria Maria Mad Madale alena, na, se sendo ndo a eminência parda por detrás da Ordem Rosa-Cruz. A fundação do Priorado pode ser, presumivelmente, remontada ao adepto gnóstico Ormus, que viveu no século I d.C. Ele foi convertido para a versão herética da mensagem cristã por Marcos, um discípulo de Jesus de Nazaré, e formou uma sociedade secreta que uniu o cristianismo esotérico aos ensinamentos da escola de Mistérios pagãs. Ormus adotou, como seu símbolo, uma cruz encimada por uma rosa, significando a síntese da antiga e da nova religião. A cruz vermelha foi, mais tarde, adotada pelos templários, enquanto a cruz rósea era o sinal mágico usado pelos rosacruzes medievais.
Quaisquer que sejam as origens da Ordem, com o apoio de St. Bernard, os templários parecem Ter se fortalecido mais e mais. O papa Honório concedeu-lhes a bênção papal, e a Ordem adotou como o seu uniforme um manto branco com uma cruz vermelha de ramos iguais. De inícios, os templários aderiram a seus votos de castidade e pobreza, mas um pouco depois de sua fundação, a Ordem começou a adquirir aspirações políticas. A tradição dos templários baseava-se, firmemente, na renovação do ideal cavalheirescos, severamente enfraquecido pelas Cruzadas. Os cavaleiros, que haviam deixado a Europa com um código moral de guerra rigoroso, tinham se embrutecido com as suas batalhas contra os sarracenos, entregando-se a uma orgia de massacres sangrentos estrupos e saques. Os templários desejavam restaurar os princípios do cavalheirismo, estabelecendo a sua nova idade de ouro. O seu objetivo derradeiro, em nível político, consistia em uma Europa unificada, regida por princípios cristãos, ainda, que a sua versão do cristianismo diferisse radicalmente da do Vaticano. In Insp spira irado doss pe pelo loss grão grãoss-me mest stre ress da Orde Ordem m qu quee su suce cede dera ram m Sir Sir Hu Hugh gh de Paye Payens ns,, os templários adquiriram tanto poder político como material. Mesmo antes da morte de Payens, a Ordem havia se ramificado internacionalmente. Em 1129, de Payens visitara a Inglaterra e Escócia, tendoo contactado tend contactado ricos patronos patronos que doaram terras e dinheiro dinheiro à sua causa. causa. A Ordem Ordem també também m se estabeleceram na França e Espanha, e na Terra Santa construíram uma rede de castelos para defender as rotas dos peregrinos e os locais santos da Cristandade. Cristandade. No início do século XII, os templários haviam se tornado os banqueiros internacionais da Europa, sendo nomeados tesoureiros da família real francesa e do Vaticano. Os grãos-mestres das ordens militares de monges guerreiros, que incluíam os Cavaleiros Templários, Templários, os Cavaleiros de São João e os Cavaleiros Teutônicos, haviam adquirido considerável poder político. No século XII, as suas Ordens controlavam 40% das fronteiras da Europa. Navios de propriedade dos templários e de outra ou trass orde ordens ns mi milit litar ares es nã nãoo só ca carre rrega gava vam m so sold ldad ados os pa para ra o Orie Orient ntee Mé Médi dio, o, co como mo tamb também ém transportavam peregrinos ricos que pagavam suas passagens. Em suas viagens de volta, os navios traziam cargas que incluíam especiarias, perfumes e seda, vendidas para mercadores a altos preços. Em janeiro de 1162, o papa Alexandre III emitiu uma bula papal especial concedendo poderes extraordinários aos templários. Eles foram liberados de toda obediência espiritual, exceto ao próprio papa, permitidos. de possuírem os seus próprios capelâes e cemitérios e liberados do pagamento de dízimos, podendo, em vez disso, recebê-los. Uma vez um cavaleiro tornando-se um templário, era-lhe proibido deixar a Ordem, a não ser que fosse transferido para outra Ordem militar. Essa bula papal fortaleceu o poder político da Ordem ainda mais, e consta que o grão-mestre teria dito a Henrique II, da Inglaterra, “Você permanecerá rei na medida em que for justo”., sugerindo Ter o poder de derrubá-lo do trono. Os artifícios empregados pelos templários para ganhar dinheiro eram legendários. Diz-se que um grupo de cavaleiros foi enviado a um convento perto de Damasco, onde um milagre havia ocorrido, Uma estátua da Virgem Maria havia se coberto de carne e de seus seios escorria um abun ab unda dant ntee líqu líquid idoo co como mo o po pode derr de cu cura rarr os do doen ente tess e ap apag agar ar os pe peca cado dos. s. Os temp templá lári rios os retornaram do convento com um grande suprimento do líquido dos seios da Virgem, que eles engarrafaram e venderam a peregrinos crédulos. No entanto, rumores de má conduta por parte dos membros da Ordem começavam a circular. Já em 1208, o papa havia censurado o grão-mestre, alegando que, ainda que os cavaleiros usassem a cruz cristã, poucos seguiam os ensinamentos de Jesus. Segundo ele, muitos dos homens admitidos na Ordem eram culpados de adultério e outros delitos sexuais não-especificados. As atividades dos templários nas Cruzadas também estavam sendo criticadas por aqueles que os consideravam traidores da causa cristã. Em 1219, os templários professaram a sua obediência a um legado papal, quando esse encabeçou uma força expedicionária contra Damasco. Contudo, os cavaleiros desobedeceram às suas ordens e agiram por contra própria. Quando o r ei Frederico II, da Sicília, empreendeu a sua prim primei eira ra cruz cruzad adaa ao Egit Egito, o, os te temp mplá lári rios os co cons nspi pira rara ram m co com m o su sultltão ão pa para ra qu quee a ca camp mpan anha ha fracassasse. o rei retaliou confiscando as propriedades dos templários na Itália e Sicília, ao que os templários deram a devida resposta, desapropriando os Cavaleiros Teutônicos, ordem fundada por Frederico, de suas propriedades na Síria.
Tornou-se crença generalizada que os templários estavam empenhados em assinar pactos secretos com os sarracenos. Esses rumores pareceram se confirmar quando a Ordem se aliou ao emir de Damasco contra os Hospitalários da Ordem de São João. Em 1259, as relações entre as duas Ordens haviam degenerado a tal ponto, que o conflito aberto irrompeu, e uma batalha se travou travou ent entre re os tem templá plário rioss e os ho hospi spital talári ários. os. Eram Eram freque frequente ntess os exe exempl mplos os de alianç alianças as dos te temp mplá lári rios os co com m os sa sarra rrace ceno nos, s, ch cheg egan ando do eles eles a co cont ntac acta tarr a Orde Ordem m do doss Assa Assass ssin inos os e, um umaa conspiração para conceder-lhes o poder em Tiro, o antigo centro de adoração da Deusa e local do nascimento de Hiram Abiff. Devido Devido à força força dos tem templá plário rios, s, po pouco ucoss ous ousava avam m des desafi afiá-l á-los os abe aberta rtame mente nte,, mas vin vinha ham m ocorrendo eventos que levariam ao enfraquecimento de seu poder político, com consequência fatais para o futuro da Ordem. Esses eventos coincidiram com a perda de sua sede no local do Templo de Salomão, em Jerusalém, e a sua expulsão da Terra Santa, em 1291, ao ser recapturado pelos sarracenos. Em 1307, o rei Filipe, da França, estava à beira da falência, devendo aos templários considerável montante de dinheiro, Filipe soube que acusações vinham sendo feitas contra a Ordem por dois membros renegados, Roffo Dei e o prior de Montaucan, que tinham sido aprisionados pelos templários por crimes desconhecidos. Ambos os homens haviam escapado e procurado a proteção do rei francês, imediatamente oferecida em troca de provas incriminadoras das atividades secretas dos cavaleiros Templários. Felipe IV passou a informação ao papa Clemente V, e orei e o pontífice conspiraram para atrair o grão-mestre da Ordem, Jacques de Molay, a uma armadilha em solo francês. O papa solicitou solicitou ao grão-mestr grão-mestree que viesse, viesse, de sua sede em Chipre, Chipre, visitar Paris, a fim de discutirem discutirem uma nova cruzada na Terra Santa para recuperarem Jerusalém dos árabes. De Molay deixou Chipre trazendo trazendo a sua guarda pessoal pessoal de cavaleiros, cavaleiros, 150 mil florins de ouro e seis cavalos cavalos carregados carregados de prata. Esse tesouro foi depositado na casa capitular templária em Paris. De modo a transmitir a Molay uma falsa sensação de segurança, Filipe fez do grão-mestre padrinho de seu filho e o convidou ao funeral de sua cunhada, ajudando a carregar o caixão. Na realidade, o ardiloso rei. estava tramando a queda dos templários e a morte de Molay. Os cavaleiros estavam hospedados na cidade templária de Paris e, a 13 de outubro de 1307, o rei levou a cabo o seu plano. Tropas cercaram a edificação e todos no seu interior foram presos. Num período de 48 horas, mandados haviam sido emitidos ordenando a detenção de todos os templários na França, ainda que essa medida fosse tecnicamente ilegal, já que a Ordem se subordinava apenas ao papa, e não às leis civis. Entretanto, em 22 de novembro, o papa emitiu uma bula a todos os soberanos cristãos da Europa ocidental, ordenando-lhes que prendessem os membros da Ordem residentes em seus países. A sorte dos templários estava selada. A lista de acusações contra a Ordem era conhecida, pois tinham sido lançadas contra os cátaros do sul da França, porém havia alguns interessantes novos elementos. Especificamente, os templários foram acusados de negarem os princípios da fé cristã, cuspirem ou urinarem no crucifixo durante ritos secretos de iniciação, cultuarem uma caveira ou cabeça chamada Baphomet em uma caverna escura, ungirem-na com sangue ou a gordura de bebês não batizados, cultuarem o Diabo na forma de um gato preto preto e cometerem atos de sodomia e bestialidade. bestialidade. Segundo outras acusações menores, os templários juravam obedecer somente à Ordem, assinavam pactos secretos com os sarracenos e se entregavam a práticas islâmicas, assassinavam quem qu em se opu opuses sesse se a su suas as preten pretensõe sões, s, ent enterr errand ando-o o-oss secret secretame amente nte em sol soloo nã nãoo con consag sagrad rado, o, rompiam os seus votos de castidade e providenciavam abortos para as suas amantes, e, finalmente, o grão-mestre da Ordem ouvia as confissões dos cavaleiros, absolvendo-os de todos os pecados cometidos em nome dos templários. Qual a base real dessas acusações, se é que a tinham? É fácil identificar as alegações sensa se nsacio cional nalist istas, as, respal respaldad dadas as por respal respaldad dadas as por co confi nfissõ ssões es ext extraíd raídas as sob tortur tortura, a, com comoo um pretexto urdido por um rei falido para poder se apossar, legalmente, da riqueza da Ordem. O papa apoiou o plano porque passara a temer o poder político dos templários, que estavam criando uma igreja dentro da Igreja, ameaçando a sua própria posição como líder ungido da Cristandade. No entanto, os templários despenderam muitos anos no Oriente Médio e a Ordem tinha t inha sido fundada no local do templo do rei Salomão. Duas importantes cidadelas templárias localizavam-se nos portos de Tiro e Sídon, antigos centros de adoração à Deusa, associados às origens pagãs da franco-
maçonaria. O uniforme templário vermelho e branco também era usado pelos Assassinos, com os quais qu ais os cav cavale aleiro iross hav haviam iam,, sup supost ostame amente nte,, pac pactua tuado. do. Um Umaa das acu acusaç sações ões lan lançad çadas as con contra tra s templários foi a de que usavam uma faixa ou corda mágica recebida nas cerimônias iniciatórias, sugerindo conexões com os zoroastristas, cátaros e sufis. Em suas confissões, os cavaleiros revelaram que as cerimônias de iniciação dos templários se davam à noite em capelas iluminadas por velas. Os iniciadores eram forçados a renunciarem a fé cristã, em sinal de fidelidade à Ordem, e a cuspirem, urinarem ou pisotearem em um crucifixo. Por blasfemo que isso pareça, é possível que o iniciado fosse assim instruído por que, à semelhança dos cátaros, os templários rejeitassem o crucifixo como um símbolo mau do sofrimento e da morte. Alguns iniciados confessaram Ter ouvido, dos superiores da Ordem, que Jesus fora um falso profeta e que não deveriam respeitar o crucifixo por ser “jovem demais”. Isso sugere elementos do dualismo gnóstico e do paganismo. Os candidatos a ingressar na Ordem também tinham de beijar os seus inciadores na boca, no umbigo, no pênis e “na base da espinha”. Esses beijos, para os críticos da Ordem, provavam as suas atividades sexuais pervertidas; porém, na tradição ocultista, o umbigo, os órgãos sexuais e o períneo são a localização física dos centro psíquicos do corpo humano, conhecidos no Oriente como chakras. O períneo marca o Kundalini Kundalini chakra, a fonte psíquica da energia sexual no corpo. Diferentes técnicas oculistas permitem a liberação dessa energia, de modo que ela possa subir a medula espinhal para iluminar o cérebro. É possível que, em sua permanência no Oriente Médio, a Ordem Ordem dos tem templá plário rioss ten tenha ha co conta ntacta ctado do ade adepto ptoss das escola escolass de Mistér Mistérios ios árabes árabes,, qu quee lhe lhess ensinaram os segredos da magia sexual. Essa teoria é respaldada pelo fato de que, no clímax da cerimônia, o iniciado se entregava a um ato de sodomia com o capelão. A especulaçã especulaçãoo foi sempre fértil quan quanto to à natureza natureza exata do objeto de culto vene venerado rado pelos templá tem plário rios. s. Tratava ratava-se -se de uma ima image gem m em forma forma de cav caveir eiraa ou cab cabeça eça,, de denom nomina inada da pel pelos os cavale cav aleiro iross de Baphom Baphomet, et, pal palavra avra de deriva derivaçã çãoo ign ignora orada. da. Baphom Baphomet et tem sid sido, o, alt altern ernada adame mente nte,, descrito como uma divindade divindade andrógina com duas duas faces e uma longa barba branca, branca, ou uma caveira humana, dizendo profecias oraculares que guiavam o destino da Ordem. Alguns estudiosos dos templários chegam a especular que essa imagem seria o sudário de Turim, presumivelmente a peça usada para enrolar o corpo de Jesus após a sua morte. O ocultista do século XIX, Alphonse Constant , ex-sacerdote católico romano que adotou o pseudônimo judaico de Eliphas Levi, ao abraçar a via mágica, escreveu extensamente sobre a deidade dos templários . Levi via Baphomet como uma figura mágica e panteísta representando, simbolicamente, o Absoluto. Ele reproduziu uma ilustração de Baphomet, aparentemente baseada em um umaa efí efígie gie da de deida idade de en encon contra trada da na Com Commn mnade aderie rie de Saint Saint Bris Bris le Vineu Vineux, x, co const nstruç rução ão pertencente à Ordem. A gárgula tem a forma de uma figura chifruda e barbada, com seios femininos pendentes, asas e patas fendidas. Ela está sentada de pernas cruzadas, numa posição semelhante às estátuas do deus-cervo, Cernunnos ou o Chifrudo, adorado na Gália (França) antes da ocupação romana. Na ilustração de Levi, Baphomet é uma figura com cabeça de bode e características andróginas, sentado sobre um cubo. Uma tocha queima entre os cornos do bode, representando a inteligência cósmica e a iluminação espiritual. Na tradição oculta, Lúcifer — encarado pela Igreja como o Diabo — é chamado de o que traz a luz, por conceder aos seus discípulos a iluminação espiritual através da encarnação no plano físico. De acordo com Levi, a cabeça de Baphomet combina as características de um cão, um touro e um bode, que representam as três fontes da tradição pagã dos Mistérios. Elas são o Egito — o deus-chacal Anúbis, guia dos mortos no Outro Mundo e identificado com o grego Hermes; a Índia — o touro sagrado, que pode ser a origem de Mithra; e a Judéia — o bode expiatório, sacrificado no deserto para limpar os pecados da tribo. Na testa da figura de Baphomet, marcado o local físico da glândula pineal ou terceiro olho, está o sinal mágico do pentagrama ou estrela de cinco pontas, que representa a humanidade em seu estado imperfeito. Trata-se também de um símbolo da estrela da manhã. Vênus, que era associada a Istar e Astarte. A estrela da manhã também era um título dado a Lúcifer, descrevendo a sua queda do céu na Bíblia. A figura andrógina de Baphomet possui seios femininos e a parte inferior do corpo velada, retratando os mistérios da procriação. Entretanto, a natureza fálica do deus-bode é simbolizada pelo caduceu, isto é, a vara com duas serpentes enroscadas portadas por Hermes. O símbolo esconde o
pênis ereto da figura de Baphomet. O seu ventre está coberto por escamas, representando a origem reptiliana da raça humana no processo evolucionário. A natureza andrógina de Baphomet é enfatizada pelo fato de que um braço é masculino, enquanto o outro é arredondado e feminino. Uma das mãos aponta para cima e a outra para baixo, representando o axioma hermético “Assim em cima... como embaixo”. As mãos apontam para uma lua crescente preta e outra branca, significando as fases crescente e minguante preta e outra branca, significando as fases crescente e minguante da lua. Estas simbolizam a dualidade da natureza humana e os princípios masculinos e femininos, cuja união produziu a manifestação do universo e os poderes da luz e das trevas. O que representa a palavra Baphomet? O falecimento Montague Summers, autor de d versos livros sobre bruxaria e demonologia, de um ponto de vista católico radical, derivou a palavra do grego Baph metis, significando “ o batismo da sabedoria”, que se referia a um ritual secreto conhecido apenas pelo grão-mestre dos templários. A falecida Madeline Montalban, conhecida ocultista e fundadora da Ordem da Estrela da Manhã, conta-nos que converteu Baphomet em Bfmaat, palavra derivada da língua enoquiana. Segundo Montalban, o enoquiano era a língua falada no con contin tinent entee perdid perdidoo de Atlântid Atlântidaa e, ain ainda da qu quee con conhec hecida ida por inicia iniciados dos,, ocu ocultis ltistas tas de desde sde os primeiros tempos, ela só foi revelada para o mundo externo pelas pesquisas do astrólogo e mago da era elisabetana, dr. John Dee. Em enoquino, a palavra Baphomet ou Bfmaat pode ser interpretada, segundo Montalban, como “o Abrigo da Porta”. Madeline Montalban interpretou, ainda, a figura de Baphomet como um glifo do signo zodiacal Capricórnio. Esse signo astrológico simbolizava as ambições materiais e as aspirações políticas dos templários. Em nível esotérico, o emblema caprino de Capricórnio é encarado como um símbolo do iniciado ocultista que escala a montanha celeste para alcançar a unidade com o Divino. Segundo Idries Shah, o autor de temas sufis, Baphomet vem da palavra árabe Abufihamat, que pode ser traduzida como “o Pai da Compreensão”, ou “a fonte da sabedoria e do conhecimento”, sendo um título usado para descrever um mestre sufi. É bem possível que os templários tivessem se exposto às crenças do sufismo, em seu período na Terra Santa, e à filosofia dualista gnóstica. Muitos dos templários eram nascido no Oriente Médio, inclusive o grão-mestre Filipe de Nablus, eleito em 1167, natural da Síria. Escreve Escreveuu Lev Levii que que,, inv invert ertend endo-s o-see as let letras ras de Baphom Baphomet, et, obt obterí eríam amos os TEM OHP ABI. Estendendo e traduzindo-se para o latim esse anagrama, obtenmos Templi omnium hominum pacis Templo da Paz de todos os homens”. Levi o considerou como uma referência ao abbas , ou “O Pai do Templo templo construído por Salomão, cujo propósito esotérico era trazer a paz ao mundo. Há muitas afirmações no sentido de que os templários eram adoradores secretos da Deusa. Um dos objeto encontrados em uma casa capitular templária em Paris foi a imagem de prata de uma figura fig ura fem feminin inina. a. den dentro tro de dessa ssa est estatu atueta eta es estava tavam m alg alguns uns os ossos sos hu human manos os enrola enrolados dos em linho linho vermelho e branco. Segundo o dr. Hugh Schonfield, um especialista nos pergaminhos do Mar. Morto, existira um vínculo entre os templários e os essênios. Ele afirma que o nome Baphomet pode ser traduzido, de acordo com um código secreto essênio, na palavra Sofia. Trata-se da palavra grega para a sabedoria e o nome de uma deusa venerada na religião gnóstica. Além disso, o misterioso gato preto cultuado pelos templários tem sido identificado, por alguns ocultistas, como uma imagem da deusa-gata egípcia, Bast, ou da deusa-leoa, Secmet. Os relatos do culto a Baphomet derivam-se, em grande parte, de confissões extraídas sob tort to rtur ura, a, du dura rant ntee as qu quai aiss vá vári rios os me memb mbro ross da Orde Ordem m mo morr rrer eram am.. Entr Entret etan anto to,, mu muititos os de dele less confessaram sem recurso à tortura, confirmando histórias que os agentes do rei Filipe, infiltrados na Ordem, haviam obtido. Em 22 de outubro, Jacques de Molay confessou, perante uma assembléia de acadêmicos da Universidade de Paris, que as acusações contra a Ordem eram verdadeiras. Ele endereçou uma carta aberta aos seus colegas instruindo-os, prontamente, a confessarem as más práticas às quais se entregaram como membros da Ordem. Como resultado dessa carta, um dos principais membros da Ordem a confessar foi o Grande Tesoureiro, Hugo de Pairuad, Revelou Ter sido responsável pela iniciação de muitos cavaleiros na Ordem e de Ter Ter visto o deus dos templários, que lhes concedia a riqueza terrena, tornava-lhes as terras férteis e causava a morte de seus inimigos. A investigação dos crimes dos templários foi minuciosa e durou vários anos. A Ordem só foi ofic oficia ialm lmen ente te diss dissol olvi vida da pe pelo lo pa papa pa em 13 1312 12 Os temp templá lári rios os qu quee se reve revela lara ram m inoc inocen ente tess da dass
acusações ou que, caso culpados, se submeteram à Igreja, foram libertados e receberam pensões. Aqueles que se recusaram a se retratar foram condenados à fogueira. Ao rei Filipe coube parte subst su bstanc ancial ial das propri proprieda edades des e rendas rendas dos tem templá plário rios, s, o restan restante te sen sendo do com compar partil tilhad hadoo pel pelos os Cavaleiros de São João. Em março de 1314, após vários adiamentos causados pela incapacidade do papa de aceitar plenamente a culpa dos templários, de Molay recebeu a oportunidade de se submeter à Igreja e, ao recusá-la, foi queimado vivo. A pira foi acesa em uma pequena ilha do Sena, entre os jardins do palácio real e a igreja dos Irmãos eremitas. Logo antes de morrer, de Molay anunciou a sua inocência e amaldiçoou o rei de França e o papa. Ele disse que Filipe seria convocado pelo seu criador dentro de 12 meses e o papa antes de 40 dias. Clemente morreu a 20 de abril e Filipe morreu a 29 de novembro. Ainda que Ordem Templária fosse dizimada na frança, ela não sofreu tão brutalmente em outras nações européias. na Inglaterra, o rei Eduardo II reagiu lentamente à bula papal condenando os tem templá plário rios. s. Ele prende prendeuu os seu seuss me membr mbros, os, ma mass permit permitiu iu que o Mes Mestre tre do Temp emplo lo ing inglês lês recebesse uma pensão. No entanto, decorrido um mês das prisões, Eduardo confiscou todas as propriedades dos templários no país, aproveitando-se dos seus recursos financeiros para abarrotar os próprios cofres. Ainda que um sacerdote templário confessasse Ter negado Jesus em sua iniciação, nenhuma ação foi tomada contra ele. Os membros da ordem prontamente se submeteram à Igreja, para evitarem qualquer punição adicional, tendo sido perdoados. na Alem Aleman anha ha,, em Port Portug ugal al,, na Suíç Suíçaa e em Arag Aragão ão,, os temp templá lário rioss fora foram m de decl clar arad ados os inocentes, e em Chipre, que abrigava a sede da Ordem, todos os cavaleiros foram absolvidos das acusações lançadas pelo rei Filipe. Antes de sua execução, de Molay nomeou como sucessor um cavale cav aleiro iro de con confia fiança nça,, cha chamad madoo La Larme rmenui nuis, s, ped pedind indo-lh o-lhee que reorga reorganiz nizass asse, e, secret secretam ament ente, e, a Ordem e reunisse os cavaleiros dispersos. É a partir desse ponto da história que os templários, efetivamente, desaparecem desaparecem da visão visão pública. Eles emergiriam, emergiriam, nos séculos posteriores, posteriores, como uma uma organização clandestina que se dedicava, subterraneamente, à promoção da tradição ocultista e da política subversiva.