Modos Gregos Curso completo
Philippe Lobo
03
Introdução %m pouco de hist#ri
04
Entendendo os modos ou sete escls num s# $onl e Modl
05 07
Modo Jônio
09 11 15 17 20 22 23 26
$rnspondo o modo Jônio
Modo rico Prticndo com o repert#rio
Modo 'rígio Prticndo com o repert#rio
Modo Lídio Prticndo com o repert#rio
Modo Mixolídio Prticndo com o repert#rio
Modo E#lio
27 30
Prticndo com o repert#rio
31
Modo L#crio
33
!esumo
35 36
Exercícios
37
!esposts
Auls !elcionds Cr"ditos
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Introdução %m pouco de hist#ri
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Entendendo os modos ou sete escls num s# $onl e Modl
05 07
Modo Jônio
09 11 15 17 20 22 23 26
$rnspondo o modo Jônio
Modo rico Prticndo com o repert#rio
Modo 'rígio Prticndo com o repert#rio
Modo Lídio Prticndo com o repert#rio
Modo Mixolídio Prticndo com o repert#rio
Modo E#lio
27 30
Prticndo com o repert#rio
31
Modo L#crio
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!esumo
35 36
Exercícios
37
!esposts
Auls !elcionds Cr"ditos
Modos Gregos Gregos – curso completo
Introdução Os chamados Modos Gregos são espécies de escalas que podem nos ajudar a criar e interpretar melodias e harmonias. Cada modo tem uma sonoridade, um sabor sabor específi específico co,, um ETHOS . Eles foram desenvolvidos na Grécia antiga, séculos antes de Cristo e sua importncia estava relacionada ! compreensão das sensa"#es que a m$sica provoca nos praticantes e ouvintes. %esta forma, cada modo se alinhava a certas qualidades de carater &E'(O)*, sendo algumas mais apropriadas ! vida coletiva do que outras.
%m Pouco de (ist#ri O Grego Grego +itg +itgora oras, s, seis seis sécul séculos os antes antes de Cristo Cristo,, con conseg seguiu uiu siste sistemat mati-a i-arr estruturas musicais através da matemtica, determinando medidas eatas para se afinar os instrumentos e organi-ar escalas musicais. +or isso, a Grécia antiga foi a mãe da teoria musical como conhecemos hoje e os modos gregos foram parte deste processo. processo. /a Grécia antiga, foram desenvolvidas, desenvolvidas, a partir das sete sete notas naturais, diversas diversas 0escalas1 ou modos musicais que receberam os nomes das regi#es da Grécia onde eram mais familiares, por se adaptarem !s suas tradi"#es culturais e estéticas &23nio, %4rico, 5rígio, 6ídio, E4lio*. Cada uma destas escalas possuía um sabor harm3nico difer7nte que evocava diferentes sensa"#es em quem as escutava. 8ais tarde, durante a idade média, a liturgia cat4lica, através do +apa Greg4rio 9, adapto adaptouu estas estas formas formas de estrur estrura"ã a"ãoo music musical al e estabe estabelec leceu eu sete sete modos modos musicais: 23nio, %4rico, 5rígio, 6ídio, 8iolídio, E4lio e 64crio. ;ssim, a m$sica lit$rgica deste período usava modos específicos de acordo com a sensa"ão ou estado mental que se queria despertar nos fiéis em cada parte de uma cerim3nia. +or isso, os modos são conhecidos também como modos gregorianos &em refer7ncia ao +apa Greg4rio 9* e usados no chamado canto gregoriano. /a m$sica moderna e contempornea, contempornea, os 8odos 8odos Gregos, ou gregorianos, gregorianos, ainda são são ampl amplam amen ente te util utilii-ad ados os de uma uma form formaa mais mais livr livre, e, ofer oferec ecen endo do vri vrias as possibilidades de cria"ão mel4dica e harm3nica para a composi"ão e improvisa"ão musicais.
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Modos Gregos – curso completo
Entendendo os modos ou sete escls num s# 'odos os sete modos gregos são derivados de uma mesma escala, que é conhecida hoje como 0Escala 8aior /atural1, e que corresponde aatamente ! estrutura do primeiro dos sete modos gregos: o modo Jônio. Ou seja, o 8odo 23nio, é eatamente igual ! nossa conhecida Escala 8aior /atural. Então o modo 23nio em %4 ser formado pelas sete notas naturais, assim como a escala de %4 maior. ;gora é que vem a melhor parte: todos os sete modos são derivados desta mesma escala. +or isto, não vamos come"ar do -ero a aprender sete escalas novas, mas sim, aprender a ver a escala maior de uma forma diferente para transform=la em sete escalas que, embora possuam sonoridades e características muito peculiares, podem ser todas tocadas com as mesmas digita"#es ou shapes que conhecemos para tocar a Escala 8aior. +ara isto basta mudar o refer7ncial, a nota t3nica, que em cada modo, estar em uma posi"ão diferente da escala. Ou seja, cada uma das sete notas da escala, se transformar na t3nica de um dos sete modos gregos.
s, analisando eemplos e aprendendo a criar melodias modais características. 8as antes, vamos tentar esclarecer uma questão muito importante: qual é a diferen"a entre música tonal e música modal .
$onl e Modl
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+or isso, se o conteto é tonal, j pensamos logo em um Campo (arm3nico com o qual a melodia estar intimamente relacionada, e se o conteto é modal, pensamos em criar atmosferas e melodias, sem a necessidade de ter progress#es harm3icas dentro das funcionalidades tradicionais do tonalismo. Contudo, é possível usar os acordes do campo harm3nico em um conteto modal também, porém a l4gica muda. ;o invés da necessidade de ter a '3nica da escala maior como refer7ncia para resolver a harmonia, podemos ter uma harmonia que não se resolve. +or eemplo, podemos ficar num acorde de G como se fosse uma t3nica e não uma dominante. /esse caso, a palavra t3nica serve apenas como maneira de indicar aquela nota ou acorde principal, e não tra- a mesma l4gica das fun"#es harm3nicas da m$sica tonal.
Modo Jônio Como vimos, o modo 23nio é igual, ou equivalente ! Escala 8aior /atural, possui a mesma forma, a mesma estrutura intervalar... Ta&'la ()
~ Modo Jônio = Escala Maior Tônica
2ª maior
T
3ª maior
T
4ª Justa
St
5ª Justa
T
6ª maior
T
7ª maior
T
8ª
St
/o tom de %4 maior . O modo 23nio ter as sete notas naturais: Ta&'la (2
Modo Jônio Em Dó Dó
Ré
Mi
!
"ol
#!
"i
$
$$
$$$
%
%$%$
%$$
Dó
+ara tocar o modo 23nio com a guitarra ou violão, podemos usar as mesmas digita"#es que aprendemos na aula sobre a Escala 8aior /atural.
&igitç)es pr o modo Jônio /a +r4ima pgina, temos as cinco digita"#es para o modo 23nio seguindo o sistema C;GE%. Elas serão epostas no 'om de Ié maior, mas podem ser deslocadas para tocar em qualquer tom. 6embre=se que a t3nica do modo ¬a em destaque no diagrama* define o tom em que se vai tocar, e fique atento ! indica"ão da casa refer7ncia, pois ela identifica a região do bra"o em que o diagrama est locali-ado.
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$rnspondo o modo Jônio %a mesma forma que aprendemos a transpor a Escala 8aior /atural para qualquer tonalidade, podemos também transpor o modo 23nio, ou qualquer um dos modos gregos, para qualquer tonalidade. +ara transpor corretamente qualquer escala ou modo, basta aplicar os seus intervalos característicos a partir da nova '3nica.
Modo Jônio
Tom Tônica
2ª maior
3ª maior
4ª Justa
5ª Justa
6ª maior
7ª maior
1
"ol
#!
"i
Dó
Ré
Mi
!
D
Ré
Mi
!
"ol
#!
"i
Dó
#!
"i
Dó
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Eb
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!
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#!b
"ib
Dó
Ré
b
#!b
"ib
Dó
Réb
Mib
!
"ol
+ara reali-ar a transposi"ão na prtica, tocando o modo 23nio ao violão ou guitarra em qualquer tonalidade, basta desli-ar o shape que usamos em %4 e posicion=lo de modo que a sua t3nica esteja na casa que corresponde ao tom em que queremos tocar. +or eemplo, pra tocar em E, vamos colocar a digita"ão com a t3nica na sétima casa da quinta corda, ou na casa A da seta corda, ou ainda na segunda casa da quarta corda, etc.
Exercícios 1. 9mprovise solos mel4dicos usando o modo 23nio sobre a
harmonia
abaio. 5ique atento !s orienta"#es a seguir. ||:
E
|
%
|
G#
|
%
|
C
|
%
:||
; cada mudan"a de acorde devemos mudar também o tom em que aplicamos o modo em neste eercício. Ou seja, come"amos usando o modo 23nio em 8i, depois tocaremos o modo 23nio em )ol sustenido e depois o modo 23nio em %4. +ara isso devemos, antes de come"ar a improvisar, fa-er um mapeamento das digita"#es que usaremos durante o improviso.
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Modo rico O modo %4rico é uma escala menor com uma sonoridade peculiar. O que o caracteri-a uma escala diferente das outras escalas menores é a sua configura"ão intervalar pr4pria, responsvel pela sonoridade especial que produ-. Ta&'la (4
Modo Dórico Tônica
2ª maior 3! meno
T
St
4ª Justa
T
5ª Justa
T
$! maio
T
7ª m'nor
St
8ª
T
Ta&'la (5
Modo Dórico Em Ré %&
Mi
'(
"ol
#!
Si
Dó
$
$$
)))
%
%$*)
%$$
Ré
; presen"a do intervalo de sexta maior neste modo menor provoca essa atmosfera diferenciada muito eplorada na m$sica folcl4rica, nordestina e no ja--, entre outros estilos. Km bom eemplo da aplica"ao do modo %4rico para fa-er refer7ncia ao sertão brasileiro é a ca"ão Carcará de 2oão do também h bons eemplos de uso do modo d4rico, como é o caso do tema Eat The Question de 5ran> Lappa, lan"ado em AM no emblemtico disco The Grand Wazoo , uma obra prima situada entre o roc> progressivo e o ja-- fu-ion. Conhe"a a o tema Eat The Question, um interessante eemplo do emprego da sonoridade do modo %4rico. http:DDD.cifraclub.com.brfran>=-appaeat=the=question ; seguir, vamos aprender a reconhecer os shapes pra tocar este modo por toda a escala do instrumento...
&igitç)es pr o modo rico
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Prticndo com o repert#rio +ra eercitar de forma prtica a improvisa"ão com o modo %4rico, vamos usar um tema de 'ito +uente que foi consagrado por Carlos )antana nos anos N. ; m$sica Oe Como !a é perfeita para as primeiras improvisa"#es em modo %4rico. )ua harmonia simples usa apenas dois acordes: ;m e %&M*. Esses acordes mostram na harmonia quase todas as notas do modo %4rico.
R'la-.o otas Dos cord's 1raus Da Escala m7
D79
,(
D+
Mi
So
%&
'(#
,(
D+
Tônica
3!m
5!J
!m
4!J
$!M
tônica
3!m
+odemos apenas praticar a improvisa"ão mel4dica sobre esta harmonia, porém, a aproveitaremos muito melhor se aprendermos a tocar também os temas mel4dicos da m$sica na forma como Carlos )antana os toca ! guitarra. +or isso, transcrevo as tablaturas com todos os temas mel4dicos e riffs de Oe Como !a a seguir. ;ssim poderemos tocar a m$sica completa usando como base a ac>ing trac> disponível para doDnload neste lin>: http://!"itar$acin"trac!com/p&a'/santana()car&os/o'e)como)*a)+2,!htm
Esta trac> tem eatamente a mesma forma da grava"ão em est$dio de )antana no lbum "#ra$as. : http://!ci-rac&$!com!$r/santana/o'e.como.*a/
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Oye Como Va Composição: Tito Puente Versão: Santana Transcrição: Philippe Lobo
Tom: Lá Dórico Intro: 4X: ( Am7
7(!" "
(Tema A): Am7 7(!" #########7#$#%######################### #%##%#########$'%&################### ########################################## ########################################## ########################################## ########################################## Am 7(!" #########7#$#%######################### #%##%#########$#%################### #######################!)7###7p*######### ########################################## ########################################## ##########################################
(Riff 1): Am 7(!" ########################################## #*###*#*###*#*#*#####*###7###7############ #*###*#*###*#*#*#####*###7###7############ #7###7#7###7#7#7###7###7###7############## ########################################## ########################################## Am7 ########################################## #*###*###*#*###7###7###7)################# #*###*###*#*###7###7###7)################# #7###7###7#7#####7#####7)################# ########################################## ##########################################
Estrofe (2X): Am7 +,e como -a 7(!" ., ritmo
Am7 /ueno pa 0o1ar 7(!" .ulata
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(Riff): Am 7(!" ########################################## #*###*#*###*#*#*#####*###7###7############ #*###*#*###*#*#*#####*###7###7############ #7###7#7###7#7#7###7###7###7############## ########################################## ##########################################
(Tema B): Am 7(!" ########################################## #######*#$#*#$#7########################## #####*############7######*#7p*########### #*'7####################7#######7#*#7)#### ######################7################### ########################################## Am 7(!" ########################################## ###*#$p*#$#$p7#$'%&###%################ #*########################%%############## #############################%2)########## ########################################## ########################################## Am 7(!" ########################################## #######*#$#*#$#7########################## #####*############7######*#7p*########### #*'7####################7#######7#*#7)#### ######################7################### ########################################## Am 7(!" #######*p############################### ###*#$#####$#$p7##$'%&'################## #*######################################## ########################################## ########################################## ##########################################
(Tema C): Am 7(!" #$#$#######$######$####################### #####%%##%####%#####%&########### #######################!'%%#######*#7p*### #################################7######7# ################################7######### ########################################## Am 7(!" #$#$#######$############################## #####%%##%####%&################### ################!'%%###################### ########################%2p%&############ ########################################## ##########################################
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Am 7(!" #$#$#######$######$####################### #####%%##%####%#####%&########### #######################!'%%#######*#7p*### #################################7######7# ################################7######### ########################################## Am 7(!" #$#$#######$############################## #####%%##%####%&################### ################!'%%###################### ########################################## ########################################## ########################################## Am 7(!" #$p*###$p*##$p*###$p*##$p*###*h$p*#$p*#### ########################################## ########################################## ########################################## ########################################## ########################################## Am 7(!" #$p*###################################### ########################################## #####7'!)7###*p7h*####################### ########################################## ########################################## ##########################################
(Tema D): Am 7(!" ########################################## #########*###*#7########################## #*#*#*#*###*############################## ###################4#*#3#7################ ########################################## ##########################################
(2X): Am 7(!" ########################################## #############*###*#7###################### #*#*#*#*#*#*###*########################## #######################4#*#3#7############ ########################################## ##########################################
(Riff 2) (3X): Am 7(!" #####################*#################### #####*#####*#####*###*#################### ###*#####*#####*#####*#################### #7#####3#####*#####4###################### ########################################## ##########################################
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Modo 'rígio O 8odo 5rígio é caracteri-ado por ser um modo menor &possui a ter"a menor* com um intervalo atípico que é a se"nda menor. Este intervalo gera uma sonoridade muito peculiar capa- de criar uma atmosfera sombria ou misteriosa, apropriada para evocar sensa"#es ligadas ao primitivo, oriental ou místico. Ta&'la (7
Modo r:,io Tônica
.! meno
T
3! meno 4ª Justa
St
T
5ª Justa
T
6ª m'nor
T
7ª m'nor
St
8ª
T
)e tocamos a Escala 8aior /atural de %4 a partir da sua ter"a &a nota mi como t3nica do modo* teremos o modo 5rígio em 8i sendo formado por todas as sete notas naturais, sem nenhum acidente &sem sustenidos ou bem4is*. Ta&'la (8
Modo r:,io Em Mi Mi
'(
So
#!
"i
Dó
Ré
$
))
)))
%
%$%$
%$$
Mi
;ssim como acontece em todas as escalas, se mantivermos a sequ7ncia de intervalos do modo frígio preservada, podemos toc=lo em qualquer tom. ; prtica das digita"#es ou shapes de escala para o modo 5rígio nos proporciona a capacidade de toc=lo em todas as tonalidades sem dificuldade de pensar a transposi"ão, uma ve- que o shape mantem seu formato no violão ou na guitarra, ajustando as notas ao tom escolhido automaticamente.
&igitç)es pr o modo 'rígio
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Prticndo com o repert#rio O modo 5rígio é um dos modos mais epressivos e fceis de reconhecer. ; atmosfera misteriosa que ele cria é tão marcante que o uso deste modo na m$sica popular atual não é muito comum, uma ve- que a m$sica radiof3nica privilegia as can"#es alegres e dan"antes ou romnticas. +orém, encontramos mesmo assim alguns eemplos interessantes da aplica"ão do modo 5rígio na m$sica popular atual e, um destes eemplos est numa can"ão chamada Where%er & Ma 'oam da banda americana 8etallica. ; m$sica foi lan"ada no lbum de maior sucesso da banda, o chamado 0lac> album1.
Composição: ames 5et6iel 'Lars8lrich Transcrição: Philippe Lobo Tom: $i %r&'io
(#tro*+,o): #######&p%######### p*#%##################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################### ############################################### % 2 9 4
#####&p%##################################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################# % 2 9 4
#######&p%######### p*#%##################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################### ############################################### % 2 9 4
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#####&p%##################################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################# % 2 9 4
#######&p%######### p*#9p%################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################### ############################################### % 2 9 4
################################################# ################################################### ################################################### ################################################### ################################################### ################################################# % 2 9 4
################################################### ################################################### ################################################### #2#####2#2h9#%#########*#*h7#9##################### #2################################################# ################################################# % 2 9 4
################################################### ################################################### ################################################### #2#####2#2h9#2##################################### ################################################### ################################################### % 2 9 4
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################################################### ################################################### ################################################### #2###9###4###*###2#####2#2h9#2###2#####*#*h7#9##### ###%###2###9###2###############2################# ############################################### % 2 9 4 % 2 9 4 % 2 9 4
################################################### ################################################### ################################################### #2#####2#2h9#2###2###9###4###*###2#####2#2h9#2##### #2#################%###2###9###2################# ############################################### % 2 9 4 % 2 9 4 % 2 9 4
################################################### ################################################### ################################################### #2#####*#*h7#9###2#####2#2h9#2###2###9###4###*##### #2###############2#################%###2###9##### ############################################### % 2 9 4 % 2 9 4 % 2 9 4
P. ################################################### ################################################### ################################################### #7#!#!#!#########2#####*#*h7#9###2#####2#2h9#2##### #*#7#7#7#7h$#7###2###############2################# ############################################### % 2 9 4 % 2 9 4 % 2 9 4
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Modo Lídio O 8odo 6ídio é caracteri-ado por ser um modo maior &possui a ter"a maior* com um intervalo característico que é a arta amentada. Este intervalo diferencia o modo 6Rdio com sua atmosfera épica e fantasiosa. Ta&'la (
Modo #:dio Tônica
2ª maior
T
3! maio
T
4! 0m2
T
5ª Justa
St
6ª maior
T
7ª maior
T
8ª
St
)e tocamos a Escala 8aior /atural de %4 a partir da sua quarta &a nota 5 como t3nica do modo* teremos o modo 6ídio em 5 sendo formado por todas as sete notas naturais, sem nenhum acidente &sem sustenidos ou bem4is*. Ta&'la )(
Modo #:dio Em ! !
"ol
,(
Si
Dó
Ré
Mi
$
$$
)))
%
%$%$
*))
!
;ssim como acontece em todas as escalas, se mantivermos a sequ7ncia de intervalos do modo 6ídio preservada, podemos toc=lo em qualquer tom. ; prtica das digita"#es ou shapes de escala para o modo 6ídio nos proporciona a capacidade de toc=lo em todas as tonalidades.
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Prticndo com o repert#rio +ara ilustrar o uso do modo 6ídio na m$sica popular, podemos recorrer a um tema do brilhante guitarrista britnico 2immQ +age, membro fundador do (ed )eppelin. 'rata=se da introdu"ão da can"ão *ancing *as lan"ada no lbum Houses O+ The Hol de AMS. 2 na introdu"ão da m$sica, +age surpreende o ouvinte com um tema mel4dico muito epressivo que soa com certa agressividade no tom de )ol 6ídio. O compositor consegue uma sonoridade muito dissonante até para o roc> da época, enfati-ando o intervalo de TU aumentada e a ter"a maior do modo, em uma melodia enérgica que se contrap#e a uma base de roc> onde a harmonia, etranhamente, utili-a a ter"a menor do )ol, o que torna o trecho ainda mais dissonante e compleo. O resultado é um tema envolvente que provoca grande impacto no ouvinte e é memori-ado rapidamente devido ! sua for"a epressiva.
Composição: imm, Pa0e '
(#tro*+,o): ################################################### ####2#######9###2###9p2p######################### ############################9################## ############################9################## ################################################### ####9############################################## % 2 9 4 ################################################### ####2#######9###2###9p2p######################### ############################9################## ############################9################## ################################################### ####9############################################## % 2 9 4
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################################################### ####2#######9###2h9p2p'7)*###################### ################################################# ######################3'7)*###################### ################################################### ####9############################################## % 2 9 4
################################################### ####2#######9###2###9p2p######################### ############################9################## ############################9################## ################################################### ####9############################################## % 2 9 4
################################################### ####2#######9###2###9p2p######################### ############################9################## ############################9################## ################################################### ####9############################################## % 2 9 4
################################################### ####2#######9###2h9p2p'7)*###################### ################################################# ######################3'7)*###################### ################################################### ####9############################################## % 2 9 4
################################################### ####2#######9###2###9p2p####9###*############## ############################9###*############## ############################9###*############## ################################################### ####9############################################## % 2 9 4
Modo Mixolídio O 8odo 8iolídio é caracteri-ado por ser um modo maior com um intervalo característico que é a stima menor. Este intervalo confere ao modo 8iolídio uma atmosfera tensa, bastante utili-ada na m$sica nordestina, no blues e no ja--, entre outros estilos.
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24 Ta&'la ))
Modo Mi*ol:dio Tônica
2ª maior
T
3! maio
T
4ª Justa
St
5ª Justa
T
6ª maior ! meno
T
St
8ª
T
)e tocamos a Escala 8aior /atural de %4 a partir da sua quinta &a nota )ol como t3nica do modo* teremos o modo 8iolídio em )ol sendo formado por todas as sete notas naturais, sem nenhum acidente &sem sustenidos ou bem4is*. Ta&'la )2
Modo Mi*ol:dio Em "ol "ol
#!
Si
Dó
Ré
Mi
'(
$
$$
)))
%
%$%$
*))
"ol
)eguindo a l4gica que estamos observando neste curso, este modo também pode ser transposto para qualquer tom se mantivermos a sua sequ7ncia de intervalos preservada. Como j percebemos, os shapes que aprendemos para tocar cada modo são usados sem nenhuma altera"ão em qualquer região do bra"o e, a posi"ão em que o colocamos &a casa onde est sua t3nica* define o tom em que iremos tocar.
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Prticndo com o repert#rio Km 4timo eemplo da aplica"ão do modo 8iolídio est num tema muito legal que aprenderemos agora. B um baião instrumental chamado O O%o, composto por um dos maiores m$sicos brasileiros de todos os tempos: (ermeto +ascoal. Embora muitas ve-es (ermeto seja visto como um compositor muito compleo e ec7ntrico, neste tema, o bruo dos sons usa de uma absurda simplicidade para compor um tema que se revela ao mesmo tempo arrojado e divertido. )eguem as tablaturas de O O%o de (ermeto +ascoal... O O"o !tt/:00cifrac.*comr0!ermeto4/ascoa.0o4o"o0
Tom: B $i5o.&io
5ermeto Pascoal (Tema a): E B ########################################## #############!###%!#7################### #####3#$#!##############!#$############### ###!#######!###!########################## ########################################## ########################################## % 2 %
2
E %67 B ########################################## #####7#################################### ###$###!#$#3#########3#################### #!###########!#3###!#####!################ ###########################!############## ########################################## % 2 % 2
E B #############7############################ #########7#!###%!#7##################### ###3#$#!##############!#$################# #!######################################## ########################################## ########################################## % 2
%
E %67 B ########################################## #####3#################################### ###$###!#$#3#########3#################### #!###########!#3###!#####!#!############## ########################################## ########################################## 2 % 2
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(Tema ): B7 #7######################################## ###%!#7#######7###############7######### ##########$###$###!#$#3###$###$########### ############!###########!###!############# ########################################## ########################################## 2
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#7######################################## ###%!#7#######7######################### ##########$###$###!#$#3################### ############!###########!#!############### ########################################## ########################################## 2
% 2 %
Exercícios ; seguir temos uma base harm3nica apropriada para a prtica da improvisa"ão mel4dica com o modo 8iolídio. 'rata=se de uma harmonia modal dividida em duas partes. ; primeira parte poderia se encaiar no Campo (arm3nico de %4 maior, porém, apresenta o acorde de G sem rela"ão com a fun"ão dominante. ;o invés disso, o G acaba assumindo o papel de t3nica, dando ao trecho um sabor modal característico do modo miolídio em )ol. /o segundo trecho, temos os acordes e ; desenhando o ambiente do modo miolídio em )i. +ortanto, vamos empregar o modo miolídio primeiro em G e depois em nas nossas improvisa"#es.
= =
> /
Modo E#lio
= =
?7.'C A
= =
> /
= =
?7.'C A
8 :=8
Modos Gregos – curso completo
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O 8odo E4lio possui eatamente a mesma estrutura da Escala 8enor /atural. Ou seja, é uma escala menor, com segunda maior, quarta e quinta justas e seta e sétima menores. Ta&'la )3
Modo Eólio Tônica
2ª maior 3! meno
T
St
4ª Justa
T
5ª Justa
T
$! meno 7ª m'nor
St
T
8ª
T
)e tocamos a Escala 8aior /atural de %4 a partir da sua seta &a nota 6 como t3nica do modo*, teremos o modo E4lio em 6 sendo formado por todas as sete notas naturais, sem nenhum acidente &sem sustenidos ou bem4is*. Ta&'la )4
Modo Eólio Em #! #!
Si
Dó
Ré
Mi
'(
"ol
$
$$
- )))
%
%$- *)
- *))
#!
)e lembrarmos da teoria dos tons relativos, veremos que o modo E4lio e o 8odo 23nio são eatamente o que chamamos no universo da m$sica tonal de Ielativos menor e maior. Ou seja, %4 23nio e 6 E4lio são os relativos %4 maior e 6 menor. O modo E4lio, que possui a mesma estrutura da Escala 8enor /atural, é uma das escalas menores mais usadas na m$sica popular de um modo geral. B muito comum ouvirmos solos de roc>, ou melodias de can"#es romnticas que empregam esta escala em sua composi"ão. Entretanto, é muito comum também ouvirmos nas escalas menores um intervalo que não encontraremos em nenhum dos modos gregos menores: a sétima maior. O uso da sétima maior em escalas menores est ligado ! tradi"ão tonal da m$sica ocidental, que para usar das fun"#es harm3nicas de '3nica, %ominante e )ubdominante, organi-ando a harmonia com uma rela"ão causal entre os acordes, precisa da sétima maior na escala funcionando como a nota sensível, aquela nota que atrai a t3nica de volta e ser a ter"a maior do acorde de quinto grau dominante. Estudaremos isso mais a fundo no volume sobre a Escala 8enor (arm3nica.
Modos Gregos – curso completo
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Prticndo com o repert#rio Km 4timo eemplo da aplica"ão do modo E4lio est na introdu"ão de um dos maiores sucessos da banda inglesa &ron Maden: Wasting (o%e. ; introdu"ão da m$sica é feita com um solo no qual duas guitarras tocam a mesma ideia mel4dica com intervalos de ter"as entre elas. Essa prtica de solos em dueto com melodias paralelas é muito comum no roc> em geral e para eecutar este tipo de dueto basta que cada guitarra siga a mesma melodia em diferentes regi#es da escala preservando os saltos mel4dicos e respeitando a escala.
Iron .aen >uitarra %: Intro >uitarra % parte % @m C ########################################## ################%&b%2#%################# #!####%%#%2##############%%############### ############%########################### ########################################## ########################################## Intro >uitarra % parte 2 C ########################################## #%2#%################################### #######%2#%%#%2#%%#!###################### #####################%2################### ########################################## ##########################################
>uitarra 2: Intro >uitarra 2 parte % @m C ##########7#####$b%$#################### #$#####%#############%################ ############!############################# ########################################## ########################################## ########################################## Intro >uitarra 2 parte 2 C #%$#7####7############################## ########%##%$#7####################### ########################################## ########################################## ########################################## ##########################################
Modos Gregos – curso completo
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Modo L#crio O 8odo 64crio é o sétimo modo e é estruturado tendo a sétima nota da escala maior como t3nica. ; sequ7ncia de intervalos resultante é muito interessante, pois contém os intervalos de segunda menor e quinta diminuta, o que torna o modo 64crio o $nico modo com sonoridade diminuta.
Modo #ócrio Tônica
.! meno 3ª m'nor
St
T
4ª Justa
T
5! dim2
St
6ª m'nor
T
7ª m'nor
T
8ª
T
)e tocamos a Escala 8aior /atural de %4 a partir da sua sétima &a nota )i como t3nica do modo*, teremos o modo 64crio em )i sendo formado por todas as sete notas naturais, sem nenhum acidente &sem sustenidos ou bem4is*. Ta&'la )6
Modo #ócrio Em "i Si
D+
Ré
Mi
'(
"ol
#!
"i
$
- ))
- )))
%$-*
- *)
- *))
$
%evido a essa estrutura, a sonoridade do modo 64crio é dissonante, semelhante ao efeito do acorde menor com quinta diminuta &mV=*. +or conta dessa sonoridade dissonante, tensa, spera, não é muito comum que o modo l4crio seja usado na m$sica popular atual, que privilegia as can"#es romnticas ou alegres e dan"antes. Contudo, é possível us=lo sim para compor e improvisar, desde que se queira eplorar essa sonoridade dissonante. ; seguir veremos as digita"#es para praticar o modo 64crio e eplorar o fraseado mel4dico dentro de suas possibilidades. ;s digita"#es são apresentadas no tom de %4 sustenido 64crio.
Modos Gregos – curso completo
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!esumo ;s escalas modais conhecidas hoje como 08odos Gregos1 são sete escalas derivadas da Escala 8aior /atural, ou 8odo 23nio. Como vimos se transformarmos cada uma das sete notas &graus* da Escala 8aior na t3nica de uma nova escala teremos os sete 8odos Gregos.
I * Jônio
Escl mior nturl + " o modo do primeiro gru,
II * rico
Escl menor com sext mior + " o modo do segundo gru-
Wcomo tocar a escala de %4 maior a partir da nota ré.
III * 'rígio
Escl menor com segund menor + " o modo do terceiro gru
I. * Lídio
Escl mior com /urt umentd + " o modo do /urto gru
. * Mixolídio
Escl mior com s"tim menor + " o modo do /uinto gru
.I * E#lio
Escl menor nturl + " o modo do sexto gru
.II * L#crio
Escl menor com /uint diminut + " o modo do s"timo gru
Comprndo os sete modos em
Modos Gregos – curso completo
34
Jônio
!"
Mi
'0
1ol
L0
1i
I
II
III
I.
.
.I
.II
I
rico
!"
Mib
'0
1ol
Lá
Sib
I
II
- III
I.
.
VI
- VII
I
'rígio
Réb
Mib
'0
1ol
Láb
Sib
I
- II
- III
I.
.
- VI
- VII
I
Lídio
!"
Mi
Fá#
1ol
L0
1i
I
II
III
+ IV
.
.I
.II
I
Mixolídio
!"
Mi
'0
1ol
L0
Sib
I
II
III
I.
.
.I
- VII
I
E#lio
!"
Mib
'0
1ol
Láb
Sib
I
II
- III
I.
.
- VI
- VII
I
L#crio
Réb
Mib
'0
Solb
Láb
Sib
I
- II
- III
I.
-V
- VI
- VII
I
Os modos podem ser usados livremente para improvisa"ão mel4dica como qualquer escala, desde que se tenha o cuidado de aplicar um modo que seja coerente com a harmonia da m$sica. +ara isso, basta cuidar para que as notas dos acordes estejam todas contidas dentre as sete notas do modo aplicado para o trecho ou m$sica que se est tocando. B importante conhecer cada modo por sua sonoridade e escolher entre um modo específico ou escala pensando na epressividade que se quer buscar. 9sso leva tempo. B preciso praticar e assimilar aos poucos, aprendendo a reconhecer auditivamente as características epressivas de cada modo ou escala. ;ssim, com o tempo, vamos amplicando nosso 0vocabulrio1 musical, ou seja, adquirindo versatilidade para usar diferentes recursos epressivos de acordo com o que se quer epressar com a m$sica.
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Exercícios te#ricos +reencha as tabelas a seguir de acordo com o título de cada uma, cuidando de colocar as notas corretas para cada modo e para cada tom.
'0# Jônio I
II
III
I.
.
.I
.II
I
.I
- VII
I
.I
.II
I
- VI
- VII
I
.I
- VII
I
- VI
- VII
I
- VI
- VII
I
Mi Mixolídio I
II
III
I.
.
Mib Lídio I
II
III
+ IV
.
L0b 'rígio I
- II
- III
I.
V
1ib rico I
II
- III
I.
.
# E#lio I
II
- III
I.
.
!" L#crio I
- II
- III
I.
-V
Modos Gregos – curso completo
36
!esposts
'0# Jônio '02
1ol2
L02
1i
!"2
Mi2
'02
I
II
III
I.
.
.I
.II
I
Mi Mixolídio Mi
'02
1ol2
L0
1i
!"
Mi
I
II
III
I.
.
.I
- VII
I
Mib Lídio Mib
'0
1ol
L0
1ib
!"
Mi
I
II
III
+ IV
.
.I
.II
I
L0b 'rígio L0b
1ibb
b
!"b
Mib
'0b
1olb
L0b
I
- II
- III
I.
V
- VI
- VII
I
1ib rico 1ib
!"b
Mib
'0
1ol
L0b
1ib
I
II
- III
I.
.
.I
- VII
I
# E#lio
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Mi
'02
1ol2
L0
1i
I
II
- III
I.
.
- VI
- VII
I
!" L#crio !"
Mib
'0
1ol
L0b
1ib
!"
I
- II
- III
I.
-V
- VI
- VII
I
Modos Gregos – curso completo
Auls !elcionds 1. ntrodo 5 6eoria 7sica&
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Cr"ditos E&a$orao
+hilippe 6obo ?e*iso
'iago Ger>en +hilippe 6obo ?ea&i0ao
Cifra Club '< )tudio )ol comunica"ão digital
37